07 de outubro de 2009

Eng. MSc. Fabiano Armellini

Prof. Dr. Paulo Carlos Kaminski

Desverticalizando a cadeia de valor da inovação através da inovação aberta

Escola Politécnica da Universidade de São PauloPME – Departamento de Engenharia Mecânica

Objetivos do trabalho

• Estudo teórico exploratório que faz parte de revisão bibliográfica dentro de plano de pesquisa sobre modelos de referência para inovação no processo de desenvolvimento de produtos (PDP)

• Tem por objetivos:

– comparar dois modelos de referência para gestão da inovação:

• Cadeia de valor da inovação (HANSEN e BIRKINSHAW, 2007)

• Inovação aberta (CHESBROUGH, 2003)

– Mostrar que os dois modelos são harmônicos entre si e que a inovação aberta não se limita a uma mera ferramenta de prospecção externa de idéias, como sugerem Hansen e Birkinshaw (2007)

2

De que trata a inovação aberta?

3

Investimento em P&D

Novos Produtos

Nova tecnologia

Aumento de vendas e

lucros

Inovação fechada

4Adaptado de SCHUMPETER (1957)

Pesquisa Desenvolvimento

Empresa A

Empresa B

Inovação fechada

5Adaptado de CLARK e WHEELWRIGHT (1993)

Fatores de erosão do modelo fechado

Mobilidade da mão-de-obra: distribuição do conhecimento

Aumento da qualidade da pesquisa aplicada nas universidades: investimento privado em pesquisa

Aumento de disponibilidade de capital empreendedor (venture capital)

Retornos econômicos de P&D cada vez menores

Aumento da P&D em pequenas empresas: desenvolvimento tecnológico de qualidade fora dos grandes laboratórios de P&D

6Adaptado de CHESBROUGH (2003)

Aquisição ou abertura de

capital

Engenheiros-chave abrem novo negócio

Venture Capital

Do modelo fechado para o aberto

Investimento em P&D

Novos Produtos

Nova tecnologia

Aumento de vendas e

lucros

7Adaptado de CHESBROUGH (2003)

Inovação aberta

“Novo paradigma que considera que as empresas podem e devem usar idéias internas e externas, assim como

caminhos internos e externos para o mercado”

8Fonte: CHESBROUGH (2003)

Pesquisa Desenvolvimento

Empresa A

Empresa B

Novo

Mercado

Mercado

Atual

Mercado

Atual

Licenciamento

Spin inAquisição

Spin out

Inovação aberta

9Adaptado de CHESBROUGH (2003)

Cadeia de valor da inovação

10Fonte: HANSEN e BIRKINSHAW (2007)

Escopo da inovação aberta, segundo Hansen e Birkinshaw (2007)Identificar

“elo fraco”

Medir

Corrigir

Gestão da inovação

Resumo da análise crítica

• Inovação aberta trata de todo o PDP, na medida que propõe atuação em todas as etapas do funil de desenvolvimento, e não apenas do processo de geração de idéias

• Uma das propriedades de uma cadeia de valor é a propriedade de dividi-la entre diferentes players (desverticalização)

• A divisão do trabalho para geração da inovação é exatamente a proposta da inovação aberta, no modelo proposto por Chesbrough (2003). Assim sendo, sua proposta é a desverticalização da cadeia de valor da inovação, e busca do modelo de negócios que melhor captura o valor da inovação

• Para Hansen e Birkinshaw, o que importa é os elos da cadeia estarem fortes. Não contradiz a proposta de desverticalização, que pode ser um dos caminhos para fortalecê-los.

• Portanto, os modelos de referência são harmônicos entre si: a inovação aberta é uma proposta de desverticalização da cadeia de valor da inovação de Hansen e Birkinshaw (2007)

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Referências bibliográficas

CHESBROUGH, H.W. Open Innovation: The New Imperative for Creating And Profiting from Technology, Harvard Business School Press, 2003.

CHESBROUGH, H.W. The Era of Open Innovation, MIT Sloan Management Review – Spring, 2003 pp.35-41.

CHESBROUGH, H.W. Open Business Models: How to Thrive in the New Innovation Landscape, Harvard Business School Press, 2006.

CHESBROUGH, H.W. As novas regras de P&D, apud: HARVARD BUSINESS SCHOOL Implementando a Inovação, Elsevier Editora, Rio de Janeiro, 2007, pp.57-62.

CHESBROUGH, H.W. Why Companies Should Have Open Business Models, MIT Sloan Management Review, Winter 2007 pp.22-28.

CLARK, K.B.; WHEELWRIGHT, S.C. Managing new product and process development – Text and cases, Harvard Business School, The Free Press, 1993.

DAVILA, T.; EPSTEIN, M.; SHELTON, R. As Regras da Inovação: Como gerenciar, como medir e como lucrar, Ed. Bookman, Porto Alegre, 2007.

HAMEL, G. E SAYAGO, A. Derrubando as muralhas que cercam a criatividade empresarial apud: HARVARD BUSINESS SCHOOL Implementando a Inovação, Elsevier Editora, Rio de Janeiro, 2007, pp.29-39.

HANSEN, M.T.; BIRKINSHAW, J. The Innovation Value Chain, Harvard Business Review, June 2007.

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Referências bibliográficas (cont.)

OCDE Manual de Frascati: Proposta de Práticas Exemplares para Inquéritos sobre Investigação e Desenvolvimento Experimental, Publicação em Português editada pela F.Iniciativas (Portugal), 2002.

OCDE; EUROSTAT Manual de Oslo: Proposta de Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação Tecnológica, 3ª Edição, Tradução e publicação FINEP, 2004.

OCDE Open Innovation in Global Networks, OCDE, 2008.

O'REILLY, C.A.; TUSHMAN, M.L. The Ambidextrous Organization, Harvard Business School Review, April 2004.

PORTER, M. E. The Competitive Advantage: Creating and Sustaining Superior Performance Simon & Schuster, 1985.

SCHUMPETER, J.A. Capitalism, Socialism and Democracy George Allen & Unwin Ltd., 1943.

SCHUMPETER, J.A. The theory of economic development Cambridge, Harvard University. 1957.

VALOR ECONÔMICO S.A.Valor Análise Setorial: Indústria Têxtil e de Vestuários, 2006.

ZARIFIAN, P. Mutação dos sistemas produtivos e competências profissionais: a produção industrial do serviço, apud: SALERNO, M. S. (org.). Relação de serviço: Produção e avaliação, Senac, 2001, cap.2, pp. 69-93.

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Fabiano Armellinifabiano.armellini@poli.usp.br

Paulo Carlos Kaminskipckamins@usp.br

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