Transcript

Itabuna 2014

JOÃO NOGUEIRA DA SILVA FILHO

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO

ACIDENTES DE TRABALHO

Itabuna 2014

ACIDENTES DE TRABALHO

Trabalho de João Nogueira da Silva Filho apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Perícia Trabalhista e Avaliação e Desempenho; Laudo Técnico das Condições de Trabalho; Toxicologia e Segurança; Seminário III. Orientador: Profs. Alfredo Ribeiro Regiane Brignoli Anelise Passarine Claudiane Balan Regiane Brignoli

JOÃO NOGUEIRA DA SILVA FILHO

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3

2 Definições e conceitos de acidentes do trabalho ................................................. 5

2.1 Acidente do trabalho ......................................................................................... 5

2.1.1 Acidente ........................................................................................................ 5

2.1.2 Incidente ....................................................................................................... 5

2.1.3 Conceito legal de acidente de trabalho ......................................................... 6

2.1.4 Conceito prevencionista de acidente do trabalho ......................................... 6

2.1.5 Doença profissional ....................................................................................... 6

2.1.6 Doença do trabalho ....................................................................................... 6

2.1.7 Acidentes Registrados .................................................................................. 6

2.1.8 Acidentes Típicos .......................................................................................... 6

2.1.9 Acidentes de Trajeto ..................................................................................... 7

2.2 Causas de acidentes de trabalho ..................................................................... 7

2.2.1 Ato inseguro .................................................................................................. 7

2.2.2 Condição insegura ........................................................................................ 7

2.2.3 Fator pessoal de insegurança ....................................................................... 7

2.2.4 Perigo ............................................................................................................ 7

2.2.5 Risco ............................................................................................................. 8

2.2.5.1 Avaliação quantitativa do risco ...................................................................... 8

2.2.5.1.1 Decibelímetro ............................................................................................ 8

2.2.5.1.2 Audiodosímetro ......................................................................................... 8

2.2.5.1.3 Luxímetro .................................................................................................. 8

2.2.5.1.4 Termômetro de globo ................................................................................ 9

2.2.6 Imprudência .................................................................................................. 9

2.2.7 Negligência ................................................................................................... 9

2.2.8 Imperícia ....................................................................................................... 9

2.3 Consequências do acidente de trabalho ........................................................... 9

2.3.1 Lesões imediatas .......................................................................................... 9

2.3.2 Lesões mediatas ......................................................................................... 10

2.3.3 Natureza da lesão ....................................................................................... 10

2.3.4 Localização da lesão ................................................................................... 10

2.3.5 Fonte da lesão ............................................................................................ 10

2.3.6 Morte ........................................................................................................... 10

2.3.7 Perda de tempo .......................................................................................... 10

2.3.8 Lesão com perda de tempo ........................................................................ 10

2.3.9 Lesão sem perda de tempo ........................................................................ 11

2.3.10 Incapacidade total permanente ................................................................... 11

2.3.11 Incapacidade parcial permanente ............................................................... 11

2.3.12 Incapacidade temporária ............................................................................. 11

2.4 CAT .................................................................................................................. 11

2.4.1 Preenchimento correto e envio da CAT ...................................................... 12

2.4.2 CAT inicial ................................................................................................... 12

2.4.3 CAT de reabertura ...................................................................................... 13

2.4.4 CAT de comunicação de óbito .................................................................... 13

3 Equipamentos de proteção para o empregado .................................................. 14

3.1 EPC ................................................................................................................ 14

3.1.1 Equipamento de proteção coletiva .............................................................. 14

3.2 EPI .................................................................................................................. 14

3.2.1 Equipamento de proteção individual ........................................................... 14

3.2.2 Uso do EPI .................................................................................................. 14

3.2.3 Escolha do EPI ........................................................................................... 15

3.2.4 Classificação ou categoria dos EPIs: .......................................................... 15

3.2.5 Obrigações legais ....................................................................................... 15

4 LTCAT ................................................................................................................ 17

5 PPRA ................................................................................................................. 18

6 Toxicologia e segurança no trabalho ................................................................. 19

6.1 Subdivisão da toxicologia ................................................................................ 19

6.1.1 Toxicologia Ocupacional ............................................................................. 19

6.1.2 Toxicologia de Alimentos ............................................................................ 19

6.1.3 Toxicologia de Medicamentos ..................................................................... 19

6.1.4 Toxicologia Social ....................................................................................... 19

6.1.5 Toxicologia Experimental ............................................................................ 20

6.2 Segurança no trabalho quando se manuseia agentes químicos .................... 20

7 Acidente de trabalho mais frequentes ................................................................ 22

8 Quantidade de Acidentes de trabalho ................................................................ 23

8.1 Global .............................................................................................................. 23

8.2 Brasil ............................................................................................................... 24

8.3 Estatísticas de Acidentes do Trabalho por regiões do brasil .......................... 25

8.4 Estatísticas de Acidentes do Trabalho na bahia ............................................. 26

9 CONCLUSÃO .................................................................................................... 27

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 28

3

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo demonstrar as

responsabilidades do empregador não só quando da ocorrência do acidente do

trabalho, mas, também, para que estes sejam evitados, preservando-se, assim, a

saúde física e psíquica do trabalhador.

Serão apresentadas implicações oriundas do acidente do trabalho

para o empregador, servindo-lhe como um alerta, de forma que possa evitar a sua

ocorrência, vez que a sua existência, ainda mais quando reiterada, poderá

comprometer sua própria sobrevivência. Dentre os principais fatores que

contribuíram para o surgimento dos acidentes de trabalho, podem-se destacar as

más condições no ambiente de trabalho como, por exemplo, a pouca iluminação,

falta de ventilação adequada, a falta de treinamento dos trabalhadores junto às

máquinas, ferramentas e equipamentos usados para o desempenho da tarefa diária,

carga horária extensa e a falta de equipamentos de proteção individual e coletiva.

A industrialização não trouxe só o aumento do lixo, mas também

uma preocupação que antes não era tão comentada ou mesmo tão preocupante

como passou a ser os acidentes de trabalho. Com a inserção das máquinas nas

fábricas, o processo de trabalho sofreu grandes mudanças, onde o trabalho manual

do homem dá lugar ao trabalho mecanizado, surgindo assim, um aumento brusco no

número de acidentes e óbitos entre os trabalhadores (TOLEDO et al., 2002) .

Visto que o número de acidentes aumentou, tanto os trabalhadores

quanto os movimentos sindicais começaram a fazer pressão para reivindicar a

atenção aos trabalhadores a fim de evitar os acidentes e óbitos relacionados ao

processo de trabalho. Foi então, a partir daí, que surgiu a necessidade de inserção

de uma Política Pública que oferecesse proteção ao trabalhador, garantindo seu

direito de trabalho em condições dignas, com uma carga horária aceitável e um

salário condizente, pois até então o trabalhador acidentado era descartado pelo

patrão e outro trabalhador era contratado nas mesmas condições precárias de

trabalho, pois os empresários precisavam da reprodução da força de trabalho para a

mais-valia (MELLO; CUNHA; TONINI, 2005).

É a partir das descobertas sobre a interação homem-trabalho-saúde-

doença é que começam a ocorrer grandes modificações no campo da saúde do

trabalhador num geral, pois as ciências passam a se solidificar, facilitando os

4

estudos desta relação, e juntamente com a saúde coletiva surgem às escolas de

medicina, onde estas começaram a dar ênfase à medicina do trabalho e saúde

ocupacional, destacando-se a promoção de condições laborais que visam garantir

qualidade de vida no trabalho, proteção à saúde dos trabalhadores, promovendo o

bem-estar físico, mental e social, prevenindo e controlando os acidentes e as

doenças através da redução das condições de risco. Este é um grande marco para a

atenção à necessidade de políticas relacionadas à Saúde do Trabalhador, que até o

século XIX eram inexistentes, porém, que ainda hoje não estão totalmente definidas

devido a sua grande fragmentação, fator este que gera dificuldade na fiscalização

adequada, e consequentemente a não implementação da política voltada a saúde e

segurança do trabalhador (MELLO; CUNHA; TONINI, 2005).

5

2 DEFINIÇÕES E CONCEITOS DE ACIDENTES DO TRABALHO

Vamos começar relembrando um pouco do significado da palavra

trabalho, pois sem o trabalho propriamente dito nunca teremos o acidente do

trabalho. A palavra trabalho vem do Latim tripalium, que significa castigo. Pois para

muitas pessoas o trabalho é uma verdadeira tortura diária. Outra interpretação que

contribui para uma visão desagradável do trabalho foi à interpretação dada à história

de Adão e Eva. Para a interpretação da Igreja Católica medieval Adão e Eva após

serem expulsos do paraíso foram condenados a trabalhar, pois seriam eles

obrigados a viver do “suor do próprio rosto”.

Para fins de Política de Saúde do Trabalhador, é considerado

trabalhador a pessoa que exerça uma atividade de trabalho, independentemente de

estar inserido no mercado formal ou informal de trabalho, inclusive na forma de

trabalho familiar e/ou doméstico (BRASIL/MS. Caderno de Saúde do Trabalhador:

Legislação, 2001).

Uma vez que toda atividade humana envolve risco, seja uma simples

ação como a de caminhar, seja nas atividades mais complexas como navegar pelos

mares, trabalhar em grandes construções.

Empregado é todo aquele trabalhador que reúne concomitantemente

a pessoa física, personalidade, onerosidade, não eventualidade e subordinação.

2.1 ACIDENTE DO TRABALHO

2.1.1 Acidente

Acidente é um evento não programado e nem planejado, sendo,

portanto indesejável, que resulta em perda de tempo, lesão, doença ou morte do

individuo ou causa algum dano a propriedade.

2.1.2 Incidente

Incidente é um evento não programado, não planejado, portanto se

torna indesejável, porém não resulta nenhum tipo de lesão ao individuo ou dano a

propriedade, apenas tem como consequência a perda de tempo. Muitos ainda dizem

6

que o incidente foi quase um acidente.

2.1.3 Conceito legal de acidente de trabalho

Acidente de trabalho pelo conceito legal é todo aquele que ocorre

pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal,

perturbação funcional ou doenças que cause a morte, perda ou redução,

permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.

2.1.4 Conceito prevencionista de acidente do trabalho

Segundo o conceito prevencionista acidente do trabalho é qualquer

ocorrência não programada, inesperada, que interfere ou interrompe o processo

normal de uma atividade, trazendo como consequência isolada ou simultaneamente,

a perda de tempo, o dano material ou lesões ao homem.

2.1.5 Doença profissional

Doença profissional é aquela adquirida pela profissão, pelo ofício,

pelas atividades de um profissional específico.

2.1.6 Doença do trabalho

A doença do trabalho não tem nada a ver como a atividade

profissional do trabalhador, mas sim com o ambiente agressivo onde o trabalhador

desenvolve suas atividades.

2.1.7 Acidentes Registrados

Corresponde ao número de acidentes cuja Comunicação de

Acidentes do Trabalho – CAT foi cadastrada no INSS.

2.1.8 Acidentes Típicos

São os acidentes decorrentes da característica da

7

atividade profissional desempenhada pelo acidentado.

2.1.9 Acidentes de Trajeto

São os acidentes ocorridos no trajeto entre a residência e o local de

trabalho do segurado e vice-versa.

2.2 CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO

2.2.1 Ato inseguro

O ato inseguro é a maneira como o trabalhador ou uma pessoa se

expõem, consciente ou inconscientemente, a riscos de acidentes que são motivados

pelo fator pessoal, todo ato inseguro é proveniente do homem.

2.2.2 Condição insegura

A condição insegura tem como resultado o tempo, a resistência de

certos materiais se desgasta, a organização do local, que é um fator humano ou falta

de manutenção, tecnologia aplicado ao local, sendo originadas por diversos fatores

externos, as condições inseguras tem como responsabilidade o próprio homem, seja

por sua omissão ou irresponsabilidade.

2.2.3 Fator pessoal de insegurança

O fator pessoal de insegurança é a causa relativa ao comportamento

humano, que propicia a ocorrência de acidentes.

2.2.4 Perigo

O perigo é uma condição ou um conjunto de circunstâncias que têm

o potencial de causar ou contribuir para uma lesão ou morte de uma pessoa,

podendo provocar danos em instalações, equipamentos, materiais e meio ambiente.

8

2.2.5 Risco

O risco é uma função da natureza do perigo, acessibilidade

ou acesso de contato (potencial de exposição), a probabilidade de ocorrência e

a magnitude da exposição e das consequências para o trabalhador. Os riscos

podem ser identificados como físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de

acidentes, sendo utilizadas medidas de proteção para sua redução ou eliminação.

2.2.5.1 Avaliação quantitativa do risco

A avaliação quantitativa do risco visa dimensionar a exposição dos

trabalhadores a riscos mensuráveis, com o intuito de colher informações do

ambiente de trabalho, visando uma maneira para eliminar ou diminuir os riscos para

o trabalhador, para isso utilizamos alguns equipamentos para medir o quanto o

trabalhador está exposto a determinado risco.

2.2.5.1.1 Decibelímetro

O decibelímetro é um equipamento utilizado para coleta instantânea

de ruídos, não servindo de base confiável, uma vez que não emite material

impresso, podendo desta forma ter seus dados alterados.

2.2.5.1.2 Audiodosímetro

Equipamento utilizado para execução de Laudo de Ruído, emitindo

laudo impresso do período avaliado, configurando assim instrumento confiável para

acompanhamento da jornada de trabalho. Conforme observado na NR-15, anexo nº

1 e n° 2.

2.2.5.1.3 Luxímetro

Equipamento utilizado para verificação da luminância nos ambiente,

observando os limites estipulados de conforto lumínico conforme observados na NR-

15.

9

2.2.5.1.4 Termômetro de globo

Trata-se de um equipamento utilizado para verificação de

temperatura nos ambientes desejados, e tem sido usado na determinação do Índice

de Bulbo Úmido - Termômetro de Globo (IBUTG), previsto na legislação (Portaria

3214/78, NR/15 - Anexo) para avaliação da exposição ocupacional ao Calor.

2.2.6 Imprudência

A imprudência é quando se pratica uma ação sem as devidas

precauções, agindo sem a devida cautela e sensatez, colocando em risco a si

próprio e a de outras pessoas.

2.2.7 Negligência

A negligência é a omissão voluntário de cuidados ou a falta em

determinada situação, por motivo de desatenção, preguiça, indiferença ou desleixo,

quando se deveria sempre que puder agir com as devidas cautelas.

2.2.8 Imperícia

A imperícia acontece quando se pratica uma ação sem nenhuma

aptidão especial teórica ou prática, conhecimento ou experiência necessária para

realizar determinada atividade.

2.3 CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE DE TRABALHO

2.3.1 Lesões imediatas

As lesões imediatas acontecem logo o acidente, ou seja, o acidente

típico.

10

2.3.2 Lesões mediatas

São provocadas pelas doenças profissionais do trabalho ou

ocupacionais que lesão a uma lesão no decorrer do tempo da vida do trabalhador.

2.3.3 Natureza da lesão

A natureza da lesão nada mais é do que o tipo de lesão que ocorreu

como o trabalhador, podendo ser contusão, entorse, luxação, fratura, ferimento,

queimadura, entre outras.

2.3.4 Localização da lesão

A localização da lesão será em uma parte do corpo humano.

2.3.5 Fonte da lesão

A fonte da lesão sempre será o objeto ou algo que ocasionou a

lesão, podendo ser máquina, ferramenta, escada, carro entrou outros.

2.3.6 Morte

Segundo as leis trabalhistas é a cessação da capacidade de

trabalho pela perda da vida, independente do tempo ocorrido desde a lesão.

2.3.7 Perda de tempo

Para a visão legal é quando o profissional por conta de uma lesão

sofrida durante sua jornada de trabalho, não retorna as sua atividades normais no

dia seguinte ao acidente.

2.3.8 Lesão com perda de tempo

Acontece quando o trabalhador lesionado não pode voltar ao

trabalho por conta deste acidente que o lesionou, não podendo assim retornas as

11

suas atividades normais no primeiro dia útil após o acidente.

2.3.9 Lesão sem perda de tempo

Nesta situação o trabalhador pode retornar a trabalhar no mesmo dia

ou no dia seguinte ao acidente, lembrando que quem diz isso é sempre o médico

que atendeu o acidentado.

2.3.10 Incapacidade total permanente

É aquela que leva o trabalhador a se aposentar por invalidez,

corresponde à lesão que não provocando a morte, impossibilita o acidentado,

permanentemente de exercer ocupação remunerada.

2.3.11 Incapacidade parcial permanente

Dá-se pela redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter

permanente. Corresponde a lesão que, não provocando morte ou incapacidade

permanente total, é causa de perda de qualquer membro ou parte do corpo, ou

qualquer redução permanente de função orgânica.

2.3.12 Incapacidade temporária

Consiste na perda temporária da capacidade para o trabalho,

impossibilitando ao acidentado voltar à sua ocupação habitual no mesmo dia ou no

dia seguinte ao acidente, isso no horário regulamentar.

2.4 CAT

A sigla CAT significa Comunicação de Acidente do Trabalho, é um

documento tipo formulário usado pela empresa que deverá ser preenchido e enviado

ao INSS para comunicar o acidente ou doença de trabalho ocorrido com um

trabalhador. É também a principal ferramenta de estatísticas de acidente de trabalho

e de trajeto da Previdência Social. A CAT deve ser emitida logo após o acidente,

pode ser emitido até o primeiro dia útil após o acidente.

12

2.4.1 Preenchimento correto e envio da CAT

a) A CAT deve ser preenchida em seis vias, o formulário pode ser

encontrado em papelarias na forma de blocos ou ainda através

de formulário on-line no site do INSS, sendo preenchida e

enviada aos destinatários dentro do prazo estipulado pela

legislação em vigor. Depois de emitida não é possível corrigir a

CAT pelo sistema, deve-se ir ao pessoalmente até um posto de

atendimento do INSS para corrigi-la.

b) Destinação da CAT:

- 1º via - para o INSS;

- 2º via - para o empregador;

- 3º via - para o empregado;

- 4º via - para o sindicato de classe do trabalhador;

- 5º via - para o SUS;

- 6º via - para o SRTE;

c) Forma correta de preencher o formulário da CAT na forma de

blocos ou ainda através de formulário on-line:

- Não assinar a CAT em branco;

- Ao assinar a CAT, verificar se todos os itens de identificação

foram devida e corretamente preenchidos;

- O atestado médico da CAT é de competência única e

exclusiva do médico que atendeu o acidentado;

- O preenchimento deverá ser feito a máquina, letra de forma

com caneta ou no site do INSS;

- Não conter emendas ou rasuras;

- Evitar deixar campos em branco;

2.4.2 CAT inicial

Quando acontece um acidente do trabalho, típico, de trajeto ou

doença do profissional ou do trabalho devendo ser aberta CAT inicial.

13

2.4.3 CAT de reabertura

Acontece quando houver um agravamento de uma lesão anterior

que provoque afastamento para tratamento. Quando um trabalhador já estava

recuperado e tem uma piora, Nesse caso se usa a data do acidente inicial.

2.4.4 CAT de comunicação de óbito

Quando houver falecimento do trabalhador provocado pelo acidente

ou doença profissional ou do trabalho. Vale lembrar que se o trabalhador sofre seu

primeiro acidente de trabalho e vai a óbito não devemos abrir a CAT de

comunicação de óbito, e sim a CAT inicial e colocar no campo observação que o

trabalhador foi a óbito.

14

3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO PARA O EMPREGADO

3.1 EPC

3.1.1 Equipamento de proteção coletiva

O EPC é toda medida ou dispositivo, sinal, imagem, som,

instrumento ou equipamento destinado à proteção de uma ou mais pessoas. Os

EPCs mais conhecidos são os extintores, os cones, a fita zebrada, as correntes de

isolamento, os sinais sonoros, onde todos têm como finalidade uma ação coletiva,

podendo ser usado por qualquer um, não ficando na responsabilidade de uma única

pessoa.

3.2 EPI

3.2.1 Equipamento de proteção individual

O EPI é todo dispositivo de uso individual, destinado à proteção de

uma pessoa, não sendo permitido duas ou mais pessoas compartilhar o mesmo

equipamento, produto ou dispositivo. Sendo capaz de proteger o trabalhador dos

riscos suscetíveis à saúde e a segurança do mesmo. Todo EPI só poderá ser posto

a venda se possuir CA (Certificado de Aprovação) marcado no próprio EPI de forma

indelével (não podendo ser destruído ao longo do uso). Sendo que as definições de

prazos de validade dos CA’s são competência do órgão competente em segurança e

saúde no trabalho do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

3.2.2 Uso do EPI

Os EPIs devem ser utilizados quando os meios de proteção coletiva

não forem suficientes para garantir a proteção dos trabalhadores e em casos de

trabalhos eventuais, emergenciais e em exposição de curto período.

15

3.2.3 Escolha do EPI

A escolha do EPI deve ser feita por pessoal especializado,

conhecedor não só do equipamento, como também das condições em que o

trabalho é executado. É preciso conhecer também o tipo de risco, a parte do corpo

atingida, as características e qualidades técnicas do EPI, se possui Certificado de

Aprovação do Ministério do Trabalho e Emprego e, principalmente, o grau de

proteção que o equipamento deverá proporcionar.

3.2.4 Classificação ou categoria dos EPIs:

Proteção para a cabeça (protetores para o crânio e para o

rosto);

Proteção para os olhos e face (óculos e máscaras faciais);

Proteção para vias aéreas (respiradores descartáveis e

semifacial);

Proteção auditava (protetores auditivos tipo concha ou plugs

de inserção);

Proteção para o tronco (aventais e vestimentas especiais);

Proteção para os membros superiores (luvas, mangotes e

pomadas protetoras);

Proteção para os membros inferiores (perneiras, botas ou

sapatos de segurança);

Proteção para o corpo inteiro (macacão, capa de chuva);

Proteção para queda com diferença de nível (cintos de

segurança contra quedas ou impactos).

3.2.5 Obrigações legais

Cabe ao empregador adquirir o tipo adequado à atividade do

empregado, fornecer gratuitamente ao empregado somente EPI aprovado pelo

Ministério do Trabalho e Emprego através do Certificado de Aprovação, orientar o

trabalhador sobre o seu uso, tornar obrigatório, deve substituí-lo de imediatamente

quando danificado ou extraviado.

16

Cabe ao empregado usá-lo apenas para a finalidade a que se

destina, deve responsabilizar-se por sua guarda e conservação, comunicar ao

empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso e responsabilizar-se

pela sua higienização e manutenção periódica.

17

4 LTCAT

O Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT

tem como objetivo atender às exigências previstas pelo Instituto Nacional do Seguro

Social (INSS), órgão do Ministério da Previdência e Assistência Social. É neste laudo

que vem uma descrição minuciosa do ambiente de trabalho e de todas as atividades

desenvolvidas pelo trabalhador durante toda a sua vida profissional, caracterizando

ou não a exposição a agentes nocivos a saúde. Observe que o LTCAT não é um

Laudo que foi elaborado com o intuito de documentar a existência ou não de

insalubridade e periculosidade no ambiente de trabalho, mas sim, para ser usado

exclusivamente para fins de documentar a necessidade ou não de uma

aposentadoria especial concedida pelo INSS para o trabalhador.

A periodicidade do LTCAT é definida pelo Artigo 254 no seu Inciso 1

(Instrução Normativa INSS/PRES Nº 45, de 6 de Agosto de 2010 - DOU de

11/08/2010), onde diz que deve ser revisto uma vez ao ano, ou sempre que ocorrer

qualquer alteração no ambiente de trabalho ou em sua organização. A emissão do

LTCAT de acordo com o § 1º do art. 58 da Lei 8213/91, com a redação dada pela Lei

9732/98, deve ser feita pelo engenheiro do trabalho ou pelo médico do trabalho da

empresa ou mesmo que venha prestar serviço à organização na área de saúde

ocupacional, que após uma visita ira determinar os riscos existentes para os

trabalhadores naquele local de trabalho. Apenas estes profissionais estão

qualificados perante a legislação trabalhista e previdenciária a emitir o LTCAT, este

laudo tem validade indefinida, atemporal, ficando atualizado permanentemente,

enquanto o “layout” da empresa não sofrer alterações.

O LTCAT deve conter o nome da empresa com todos os dados

cadastrais, descrições das diversas atividades e funções desempenhadas pelo

trabalhador, os riscos presentes e a análise das condições do ambiente de trabalho

com medições dos agentes de risco à saúde do trabalhador que constam na NR 15

e NR16. A empresa que não mantiver o LTCAT atualizado, ou que emitir

documentos em desacordo com o respectivo laudo, estará sujeita à penalidade

prevista no art. 133 da Lei n° 8213, de 1.991.

18

5 PPRA

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) tem como

Norma Regulamentadora 9 que visa à preservação da saúde e da integridade dos

trabalhadores, por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente

controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no

ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos

recursos naturais. Para o PPRA os riscos ambientais são os agentes físicos,

químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua

natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar

danos à saúde dos trabalhadores, é obrigatória para todos os empregadores e

instituições que admitam trabalhadores como empregados, não importando o grau

de risco ou a quantidade de empregados, tanto um condomínio, uma loja ou uma

refinaria de petróleo, todos estão obrigados a ter PPRA, cada um com suas próprias

características e complexidade.

19

6 TOXICOLOGIA E SEGURANÇA NO TRABALHO

A toxicologia é ciência que estuda os efeitos adversos produzidos

quando um agente químico entra em contato com um sistema biológico, ela também

estudando os venenos, os sintomas, os efeitos, para produzir seus antídotos. O

termo tóxico vem do grego toxicón que quer dizer flecha envenenada.

6.1 SUBDIVISÃO DA TOXICOLOGIA

6.1.1 Toxicologia Ocupacional

A toxicologia ocupacional é aplicada ao estudo dos mecanismos de

ação e efeitos nocivos produzidos pelos contaminantes, presentes nos ambientes de

trabalho, sobre a saúde dos trabalhadores, visando ao controle ambiental desses

contaminantes, à vigilância da saúde dos trabalhadores, através de controle

biológico de exposição durante e após as exposições, além de avaliação de

tratamentos feitos em trabalhadores doentes.

6.1.2 Toxicologia de Alimentos

A Toxicologia de Alimentos está aplicada ao estudo dos efeitos

nocivos produzidos pelos contaminantes presentes nos alimentos.

6.1.3 Toxicologia de Medicamentos

A Toxicologia de Medicamentos se dedica ao estudo dos efeitos

nocivos decorrentes do uso de substâncias químicas como medicamentos.

6.1.4 Toxicologia Social

A Toxicologia Social trabalha realizando estudos aplicados dos

efeitos nocivos dos agentes químicos usados pelo homem individualmente ou em

sociedade, capazes de induzir a toxicomania. A toxicomania, por sua vez, é um

estado de intoxicação nocivo ao indivíduo e à sociedade, devido aos problemas de

20

ordem ética, moral e legal acarretado pelo consumo repetitivo de uma droga, seja

ela licita ou ilícita

6.1.5 Toxicologia Experimental

A Toxicologia Experimental é uma das mais interessantes, pois é

aplicada ao estudo de testes toxicológicos realizados em cobaias e/ou voluntários.

6.2 SEGURANÇA NO TRABALHO QUANDO SE MANUSEIA AGENTES QUÍMICOS

Como vimos anteriormente a Toxicologia Ocupacional tem como

objetivo maior a saúde do trabalhador, onde é importante reconhecer no ambiente

de trabalho, às misturas e combinações, os resíduos gerados, as propriedades

físico-químicas, absorção, metabolização e excreção.

Para que os agentes possam causar danos à saúde, é necessário

que estejam acima de uma determinada concentração ou intensidade, que seja

suficiente para uma atuação nociva desses agentes sobre o ser humano.

Denominamos Limites de Tolerância, para fins legais, como está na

NR-15 da Portaria 3214/78 do MTE, aquelas concentrações dos agentes presentes

no ambiente de trabalho sob as quais os trabalhadores podem ficar expostos

durante toda a sua vida laboral, sem sofrer danos a sua saúde. Quando se

determina a possibilidade de uma substância provocar câncer, por exemplo,

(substância cancerígena), não há mais sentido em falar-se em limites de tolerância,

uma vez que qualquer exposição deverá ser evitada.

Para se trabalhar com produtos químicos temos que usar EPIs que

sejam adequados para cada tipo, pois nenhum material protege contra todos os

produtos químicos, para isso deve-se observar a CA (Certificado de aprovação) que

vem numa etiqueta colada, costura, na forma carimbo a quente em baixo relevo ou

quando se trata de um EPI muito pequeno está na embalagem ou num pequeno

manual que o acompanha.

Os melhores EPIs para se trabalhar em ambiente onde se manuseia

produtos químicos são aqueles que ao entrar em contato com o elemento não

mudam em nenhuma de suas características físicas e devem apresentar baixa

permeabilidade evitando assim a degradação durante o tempo de exposição para a

21

realização do trabalho. Os EPIs para estas atividades são avental ou roupas de

proteção, luvas, proteção facial, óculos, proteção respiratória e botas. Para a

conservação dos EPIs você deve sempre manter os equipamentos limpos, não

utilizando para isso materiais abrasivos ou solventes orgânicos e sempre guardar os

equipamentos de forma a prevenir avarias. A utilização de EPI se fará apenas

quando as medidas de proteção coletiva não existem, não podem ser implantadas

ou são insuficientes. Os responsáveis pela segurança do trabalho dentro da

empresa devem sempre está educando e treinando os trabalhadores, com isso

serão conscientizados dos riscos que cada um está lidando quando desempenha

sua função durante a jornada de trabalho.

22

7 ACIDENTE DE TRABALHO MAIS FREQUENTES

Dados indicam que os trabalhadores mais jovens correm maior risco

de sofrer acidentes de trabalho, as taxas de acidentes e as suas causas variam

muito entre os diferentes setores e profissões. Os jovens trabalhadores apresentam

taxas de acidentes mortais geralmente mais baixas, embora, em alguns setores,

essas taxas possam ser elevadas. A agricultura apresenta a taxa de incidência mais

elevada, seguida pela construção, os transportes e comunicações e a indústria. A

construção é o sector onde se registram mais mortes de trabalhadores jovens. Os

trabalhadores mais velhos sofram menos acidentes, as suas lesões são muitas

vezes mais graves demandando assim mais tempo para retornar as atividades

normais. Os escorregões, tropeções, quedas, cortes, fraturas, choque contra

objetos, golpes de ferramentas, estresse, ansiedade, depressão e distúrbios

osteomusculares relacionados ao exercício do trabalho são a causa mais frequente

de acidentes em todos os setores, desde a indústria ao trabalho de escritório.

Enquanto os trabalhadores mais jovens tendem a sofrer mais lesões nos olhos ou

nas mãos, os trabalhadores mais velhos sofrem mais de lesões lombares.

Os trabalhadores mais velhos poderão ter mais dificuldade em ver ou focalizar a

determinadas distâncias, têm menor visão periférica, vêm às coisas com menor

clareza, têm maior dificuldade para percepção de profundidade e sendo mais

sensíveis ao ambiente com claridades normal. Tem maior probabilidade de sofrer de

outros males que afetam a visão, como cataratas e infecções de retina. Estas

alterações da capacidade visual podem aumentar o risco de acidentes. Além disso,

uma perda maior de equilíbrio, reflexos mais lentos, problemas visuais e falta de

concentração podem resultar em quedas. São necessários muitos esforços para

melhorar as condições de trabalho das mulheres e dos homens. Quando evocamos

os riscos no trabalho, pensamos geralmente nos homens que trabalham em

ambientes de alto risco de acidentes, como uma obra, linhas de transmissão de alta

tensão e não nas mulheres que trabalham em serviços de saúde ou sociais, por

exemplo. Uma análise das condições reais de trabalho revela que as mulheres, tal

como os homens, estão sujeitas aos mesmos riscos no seu trabalho. Assim a melhor

forma de se prevenir os acidentes é ter implantada boas práticas de segurança e

está sempre atento a qualquer desvio que venha acontecer antes, durante e depois

do trabalho.

23

8 QUANTIDADE DE ACIDENTES DE TRABALHO

8.1 GLOBAL

Hoje as doenças profissionais continuam sendo as principais causas

das mortes relacionadas com o trabalho. Segundo estudos realizados pela ILO (do

inglês International Labour Organization), de um total de 2,34 milhões de acidentes

de trabalho mortais a cada ano, somente 321.000 se devem a acidentes onde os

trabalhadores estão desempenhando suas atividades ou a serviço da empresa. Os

restantes 2,02 milhões de mortes são causadas por diversos tipos de enfermidades

relacionadas com o trabalho (doença do trabalho ou doença profissional), o que

equivale a uma média diária de mais de 5.500 mortes. A ausência de uma

prevenção adequada das enfermidades profissionais tem profundos efeitos

negativos não somente nos trabalhadores e suas famílias, mas também na

sociedade devido ao enorme custo gerado, particularmente no que diz respeito à

perda de produtividade e a sobrecarga dos sistemas de seguridade social. A

prevenção é mais eficaz e tem menos custo que o tratamento e a reabilitação. Todos

os países podem tomar medidas concretas agora para melhorar sua capacidade de

prevenção das enfermidades profissionais ou relacionadas com o trabalho.

Gráfico 1 – Acidentes e doenças mortais no mundo.

Fonte: Organização Internacional do Trabalho (OIT) (2013)

Este informação estatísticas de doenças profissionais implica

necessariamente um aumento real nos casos, pode ser devido a vários fatores

24

positivos, como a melhoria sistemas de registro e comunicação, monitoramento da

saúde mais eficaz, implementação de mecanismos de reconhecimento e

compensação, a maioria das informações disponíveis para os trabalhadores e

empregadores.

8.2 BRASIL

No Brasil, a atenção do governo à saúde do trabalhador se dá por

meio dos 60 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CRST), espalhados

por todo o país, responsáveis pelo tratamento dos cinco problemas que têm maior

gravidade e prevalência: as Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Doenças

Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT); as pneumoconioses (doenças

provocadas por inspiração de grãos de areia); doenças produzidas pelos

agrotóxicos; pelos metais pesados e solventes orgânicos e acidentes graves e fatais

de trabalho. A figura 1 mostra abaixo um exemplo de apresentação de uma figura.

Figura 1 – Óbitos para acidentes de trabalho por Região segundo Faixa etária. Período: 2011

Fonte: Ministério da Previdência Social (MPS). Secretaria de Políticas de Previdência Social (SPPS) e Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev): Sistema Único de Benefícios (SUB) e Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).

A prevenção aos acidentes do trabalho é a ferramenta mais

importante para evitar a incapacitação de milhares de trabalhadores brasileiros. Para

os especialistas, a prevenção aos acidentes do trabalho é a ferramenta mais

importante para evitar a incapacitação de milhares de trabalhadores, apesar de

muitas empresas não entenderem a prática como um investimento rentável.

Enquanto este quadro não mudar será difícil conseguir reduzir o número de

acidentes de trabalho no Brasil.

25

8.3 ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES DO TRABALHO POR REGIÕES DO BRASIL

Segue abaixo no quadro 1 a quantidade de acidentes do trabalho,

por situação do registro e motivo, segundo a Classificação Nacional de Atividades

Econômicas (CNAE), no Brasil – 2011.

Quadro 1 – Acidentes de trabalho por situação de registro e motivo em 2011

Fonte: MTE/RAIS, MPS/AEPS

26

8.4 ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES DO TRABALHO NA BAHIA

Segue abaixo na tabela 1 que mostra a quantidade de acidentes do

trabalho, do estado da Bahia, sendo mostrado o levantamento entre os anos de

2009 a 2011, com CAT registrada e sem CAT registrada, segundo Anuário

Estatístico de Acidentes de Trabalho (AEAT) no Brasil – 2009/2011.

Tabela 1 – Quantidade mensal de acidentes do trabalho, por situação do registro e motivo, no estado da Bahia

MESES

QUANTIDADE DE ACIDENTES DO TRABALHO

Total

Com CAT Registrada

Sem CAT

Registrada Total

Motivo

Típico Trajeto

Doença do Trabalho

2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011

TOTAL 26.483 24.567 23.597 15.395 14.046 14.227 12.200 10.985 11.219 2.238 2.223 2.403 957 838 605 11.088 10.521 9.370

Janeiro 2.222 1.999 2.024 1.222 1.190 1.151 949 926 939 178 198 160 95 66 52 1.000 809 873

Fevereiro 1.845 1.835 1.929 1.057 1.059 1.118 843 838 903 141 151 163 73 70 52 788 776 811

Março 2.418 2.185 2.023 1.350 1.272 1.194 1.054 1.008 921 204 189 208 92 75 65 1.068 913 829

Abril 2.162 2.028 1.882 1.247 1.179 1.137 1.001 902 896 171 211 185 75 66 56 915 849 745

Maio 2.339 2.118 2.217 1.370 1.221 1.340 1.091 923 1.042 193 207 243 86 91 55 969 897 877

Junho 2.115 1.828 1.996 1.190 1.038 1.223 947 808 940 172 178 231 71 52 52 925 790 773

Julho 2.500 2.201 2.119 1.483 1.226 1.244 1.156 957 961 229 188 223 98 81 60 1.017 975 875

Agosto 2.435 2.323 2.324 1.439 1.336 1.437 1.151 1.043 1.138 203 208 236 85 85 63 996 987 887

Setembro 2.387 2.186 1.909 1.380 1.151 1.163 1.106 904 922 188 168 196 86 79 45 1.007 1.035 746

Outubro 2.229 2.032 1.843 1.281 1.148 1.157 1.024 916 919 182 177 207 75 55 31 948 884 686

Novembro 1.974 1.996 1.726 1.242 1.159 1.056 974 911 839 209 181 173 59 67 44 732 837 670

Dezembro 1.857 1.836 1.605 1.134 1.067 1.007 904 849 799 168 167 178 62 51 30 723 769 598

Fonte: AEAT 2011

27

9 CONCLUSÃO

Para se realizar uma boa pericia o perito deve ter uma

especialização que requer um universo diversificado de conhecimentos não

bastando, apenas, o conhecimento acadêmico, pois agora ele vai interagir com

pessoas de boa e má fé, na perícia, o perito precisa enxergar onde não há luz, ler o

que não está escrito e encontrar o que parece não existir.

No momento da realização da pericia deveremos buscar por

documentos, registros, realizar inspeções, coletar informação de pessoas que

trabalham no ambiente que está sendo periciado para a obtenção de informações e

confirmações internas e externas. Logo em seguidas seria realizada uma verificação

das características construtivas do ambiente de trabalho, onde será feita uma

inspeção dos locais em que o reclamante desempenhou suas atividades, buscar

também por ficha de recebimento e registro de treinamento do correto uso dos EPI’s,

tentar agendar uma entrevista com o proprietário ou gerente da empresa e realizar

uma verificação dos laudos ambientais da empresa.

O mais importante quando se trabalha na área de segurança do

trabalho é o controle dos riscos de acidentes e melhoria continua do ambiente de

trabalho envolve etapas importantes, as quais devem ser seguidas a fim promover a

qualidade de vida no trabalho, tais como a identificação das condições de risco para

a saúde presentes no trabalho, a caracterização da exposição e quantificação das

condições de risco, criar discussão e definição das alternativas de eliminação ou

controle das condições de risco e a implementação e avaliação das medidas

adotadas, mantendo os trabalhadores treinados e conscientes dos riscos que estão

expostos.

28

REFERÊNCIAS

SZABÓ JUNIOR, Adalberto Mohai. Manual de Segurança e Medicina do Trabalho. 5º edição. São Paulo, 2013.

SIAB Disponível em: < http://www2.datasus.gov.br/SIAB/index.php > Acesso em: 03 Maio 2014

CBO Disponível em: < http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/saibaMais.jsf > Acesso em: 03 Maio 2014

IDB Disponível em: < http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm > Acesso em: 03 Maio 2014

Kangaroo Disponível em: < http://www.kwc.com.br/produto/comunicacao-de-acidente-do-trabalho-cat-c-50-folhas-sao-domingos.html#axzz2zTqHWrEu > Acesso em: 20 Abr. 2014

Dataprev Disponível em: < http://www.dataprev.gov.br/servicos/cat/cat.shtm > Acesso em: 20 Abr. 2014

Nrfacil Disponível em: < http://www.nrfacil.com.br/midias.php?tipo=textos&id_galeria=68a08c4bedc98c2dfd965c4bde5dd2bf > Acesso em: 13 Maio 2014

Napo Disponível em: <http://www.napofilm.net/en > Acesso em: 03 Maio 2014

Portal sesmt Disponível em: < http://www.sesmt.com.br/portal/ > Acesso em: 20 Abr. 2014

MTE Disponível em: < http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.html > Acesso em: 21 Abr. 2014

NC NET Disponível em: < http://www.ncnet.com.br/contabil/arquivos/cat_instr.html > Acesso em: 21 Abr. 2014

Segurança no Trabalho Disponível em: < http://www.segurancanotrabalho.eng.br > Acesso em: 04 Maio 2014

SST Disponível em: < http://www.saudeetrabalho.com.br/sites.php> Acesso em: 04 Maio 2014

Manual de Produtos Químicos Perigosos Disponível em: < http://www.moppbrasil.com.br/attachments/manual_produtos_quimicos_perigosos.pdf> Acesso em: 13 Maio 2014

29

CEREST PIRACICABA Disponível em:<http://www.cerest.piracicaba.sp.gov.br/site/images/CARTILHA_cat.pdf> Acesso em: 22 Abr. 2014

Normas Regulamentadoras Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm > Acesso em: 04 Maio 2014

AEAT 2011 – Seção I – Estatísticas de Acidentes do Trabalho Subseção A – Acidentes do Trabalho – TABELAS Disponível em: < http://www.previdencia.gov.br/aeat-2011-secao-i-estatisticas-de-acidentes-do-trabalho-subsecao-a-acidentes-do-trabalho-tabelas/> Acesso em: 10 Maio 2014.

Acidentes do Trabalho segundo o TST Disponível em: <http://www.tst.jus.br/web/trabalhoseguro/dados-nacionais> Acesso em: 10 Maio 2014.

Bíblia Online Disponível em: < http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/3>. Acesso em: 13 Abr. 2014.