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UNIVERSIDADE PAULISTA Sidnéia Rodrigues A INFLUÊNCIA DA PROPAGANDA DE TELEVISÃO NO CONSUMO DE BEBIDAS ÁLCOÓLICAS ENTRE JOVENS E ADOLESCENTES

A Influência Da Propaganda de Televisão No Consumo de Bebidas Alcoólicas Entre Jovens e Adolescentes

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Trabalho de Conclusão de Curso da Aluna Sidneia Rodrigues.Pós-Graduação em Saúde Mental para Equipes Multiprofissionais.

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UNIVERSIDADE PAULISTASidnia Rodrigues

A INFLUNCIA DA PROPAGANDA DE TELEVISO NO CONSUMO DE BEBIDAS LCOLICAS ENTRE JOVENS E ADOLESCENTES

SO PAULO2014

Sidnia Rodrigues

A INFLUNCIA DA PROPAGANDA DE TELEVISO NO CONSUMO DE BEBIDAS LCOLICAS ENTRE JOVENS E ADOLESCENTES

Trabalho de concluso de curso para obteno do ttulo de especialista em Sade Mental para Equipes Multiprofissionais apresentado Universidade Paulista - UNIP.Orientadores: Profa. Ana Carolina S. de OliveiraProf. Hewdy L. Ribeiro

SO PAULO2014

Sidnia Rodrigues

A INFLUNCIA DA PROPAGANDA DE TELEVISO NO CONSUMO DE BEBIDAS LCOLICA ENTRE JOVENS E ADOLESCENTES

Trabalho de concluso de curso para obteno do ttulo de especialista em Sade Mental para Equipes Multiprofissionais apresentado Universidade Paulista - UNIP.Orientadores: Profa. Ana Carolina S. de OliveiraProf. Hewdy L. Ribeiro

Aprovado em:BANCA EXAMINADORA_______________________/__/___Prof. Hewdy Lobo Ribeiro Universidade Paulista UNIP_______________________/__/___Profa. Ana Carolina S. OliveiraUniversidade Paulista UNIP DEDICATRIA

Dedico este trabalho a todos que tanto torceram por mim, em especial minha amada me, minhas irms, irmo e meu adorado filho Lucas.

AGRADECIMENTOS

Agradeo a Deus pela fora e a oportunidade de estudar, aos professores que ministraram as aulas durante todo o curso, em especial Ana Carolina S. Oliveira e Hewdy Lobo Ribeiro, assistente Rosineide Lima, minhas amigas da graduao Deusdedith Pereira e Vilma Maria Costa e finalmente minha amiga e companheira Katia de Oliveira da Ps Graduao.

EPGRAFE

A MENTE QUE SE ABRE PARA UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTAR A SEU TAMANHO ORIGINAL (ALBERT AINSTEIN)

RESUMO

Contexto: O lcool considerado uma droga psicotrpica que atua no sistema nervoso central, podendo causar dependncia. Seu consumo de grande aceitao social, ainda que seu uso exagerado cause problemas de grandes propores sociais, tais como acidentes de trnsitos, suicdios, violncias diversas e problemas de sade. Mtodo: Reviso sistemtica da literatura brasileira, por meio de artigos, legislaes e pesquisa literria de forma que fosse possvel compreender o quanto jovens e adolescentes esto expostos e so influenciados pela mdia, uma vez que fazem uso cada vez mais cedo como apontam as pesquisas. Resultados: Foram selecionados 08 artigos para discusso dos resultados. Concluso: Conclui-se ento a necessidade urgente de polticas publicas efetivas com o apoio incondicional do governo Federal juntamente com a participao do (CONAR) rgo responsvel em regulamentar a publicidade no Brasil, na regulao de vinculao de publicidade que contenha em seu contedo bebidas alcolicas.Palavras- chave: Dependncia Qumica e Mdia, Consumo de lcool e Adolescentes.

ABSTRACTContext: Alcohol is considered a psychotropic drug that acts on the central nervous system and may cause dependence. Its consumption is of great social acceptance, although their overuse causes problems of great social proportions, such as traffic accidents, suicides, violence and various health problems. Method: Systematic review of Brazilian literature through articles, laws and literature search so that it was possible to understand how young people and teenagers are exposed to and are influenced by the media, since they make use of increasingly early as the polls indicate. Results: 08 articles were selected for discussion of the results. Conclusion: It is concluded then the urgent need for effective public policies with the full support of the Federal Government with the participation of (CONAR) agency responsible for regulating the advertising in Brazil, in regulating the binding of advertising that contains your content in alcoholic beverages.Key-words: Addiction and Media Consumption, Alcohol and Teens.

SUMRIO

1 INTRODUO.........................................................................................101.1 Subitem................................................................................................102 OBJETIVO...............................................................................................153 METODOLOGIA......................................................................................164 RESULTADOS E DISCUSSO...............................................................175 CONCLUSES........................................................................................28REFERNCIAS..........................................................................................30

1 INTRODUO1.1 O lcoolAinda que parte da populao desconhea, o lcool uma droga considerada psicotrpica que atua no sistema nervoso central, e causa mudanas no comportamento de quem a consome podendo levar a dependncia. (CEBRID, s.d.).Se comparado com as demais drogas, o lcool visto de forma diferenciada, pois uma das poucas drogas psicotrpicas que tem seu consumo admitido e at mesmo incentivado pela sociedade. (CEBRID, s.d.).Apesar de sua ampla aceitao social, o consumo de bebidas alcolicas, quando excessivo, passa a ser um problema. Alm dos inmeros acidentes de trnsito e da violncia associada a episdios de embriaguez, o consumo de lcool a longo prazo, dependendo da dose, frequncia e circunstncias, pode provocar um quadro de dependncia conhecido como alcoolismo. Desta forma, o consumo inadequado do lcool um importante problema de sade pblica, especialmente nas sociedades ocidentais, acarretando altos custos para sociedade e envolvendo questes mdicas, psicolgicas, profissionais e familiares (CEBRID, s.d.).

O individuo que faz uso constantemente da bebida alcolica pode desenvolver a dependncia, e passar a ser visto socialmente como alcoolista (CEBRID, s.d.). Segundo o Observatrio Brasileiro de Informaes sobre Drogas (OBID,sp) os principais sinais e sintomas da Sndrome de Dependncia do lcool so: Estreitamento do repertrio de beber: as situaes em que o sujeito bebe se tornam mais comuns, com menos variaes em termos de escolha da companhia, dos horrios, do local ou dos motivos para beber, ficando ele cada vez mais estereotipado medida que a dependncia avana; Salincia do comportamento de busca pelo lcool: o sujeito passa gradualmente a planejar seu dia-a-dia em funo da bebida, como vai obt-la, onde vai consumi-la e como vai recuperar-se, deixando as demais atividades em plano secundrio; Sensao subjetiva da necessidade de beber: o sujeito percebe que perdeu o controle, que sente um desejo praticamente incontrolvel e compulsivo de beber; Desenvolvimento da tolerncia ao lcool: por razes biolgicas, o organismo do indivduo suporta quantidades cada vez maiores de lcool ou a mesma quantidade no produz mais os mesmos efeitos que no incio do consumo; Sintomas repetidos de abstinncia: em paralelo com o desenvolvimento da tolerncia, o sujeito passa a apresentar sintomas desagradveis ao diminuir ou interromper a sua dose habitual. Surgem ansiedade e alteraes de humor, tremores, taquicardia, enjoos, suor excessivo e at convulses, com risco de morte; Alivio ou evitao dos sintomas de abstinncia ao aumentar o consumo: nem sempre o sujeito admite, mas um questionamento detalhado mostrar que est tolerante ao lcool e s no desenvolve os descritos sintomas na abstinncia, porque no reduz ou at aumenta gradualmente seu consumo, retardando muitas vezes o diagnstico; Reinstalao da sndrome de dependncia: o padro antigo de consumo pode se restabelecer rapidamente, mesmo aps um longo perodo de no uso.As pessoas que estejam em situao de dependncia de lcool so passiveis de ter comprometimentos em alguns rgos como: problemas do fgado (esteatose heptica, hepatite alcolica e cirrose), aparelho digestivo (gastrite, sndrome de m absoro e pancreatite), no sistema cardiovascular (hipertenso e problemas no corao) e polineurite alcolica, que se caracteriza por dor, formigamento e cimbras nos membros inferiores (CEBRID, s.d.). O Centro Brasileiro de Informaes sobre Drogas Psicotrpicas (CEBRID s.d.) afirma que os fatores que levam um indivduo a se tornar um dependente de lcool pode ser originada por ordem biolgica, psicolgica, sociocultural ou mesmo por todo esse conjunto de fatores. Ainda de acordo com o CEBRID (s.d.) pode se dizer que: A dependncia do lcool uma condio frequente, atingindo cerca de 5 a 10% da populao adulta brasileira Segundo o I levantamento Nacional Sobre os Padres de Consumo de lcool na Populao Brasileira (2007), os adolescentes so os que mais apresentam riscos em relao ao consumo de bebidas alcolicas e no h um padro de consumo seguro para os mesmos, ainda que o consumo for considerado pouco, os riscos com acidentes estaro relacionados a ingesto de lcool. Os estudos do I levantamento Nacional Sobre os Padres de Consumo de lcool na Populao Brasileira (2007), ainda aponta que 9% dos adolescentes bebem mais de uma vez por semana sendo 12% meninos e 6% meninas. Quando se trata de dose usual 50% dos meninos bebem mais de trs doses em situao habitual, um tero desses adolescentes ingeriam 5 ou mais doses. Ainda de acordo com este levantamento, quando se refere ao beber binge o grupo dos adolescentes apresentam uma taxa significativa de consumo sendo 21% garotos e12% garotas.Comparando as idades de jovens entre 18 e 25 anos aos dos adolescentes em relao experimentao ou consumo regular de bebida alcolica, os adolescentes iniciam o consumo com 13,9% anos enquanto os jovens com 15,3%, enquanto a ingesto da mesma de forma regular os adolescentes iniciaram com 14,8% e os jovens com 17,3% anos de idade, independente do sexo, devido venerabilidade da dessa populao. Ainda de acordo com este levantamento, quando se refere ao beber binge o grupo dos adolescentes apresentam uma taxa significativa de consumo sendo 21% garotos e 12% garotas. As pesquisas no apontam o nmero de pessoas que passam a consumir bebidas alcolicas anualmente, mas revelam que, os jovens esto consumindo bebida cada vez mais cedo. Afirmam tambm que no Brasil, a bebida alcolica a primeira droga a ser consumida. Descrevem que de 2001 a 2004 houve um aumento de jovens que passaram a ingerir bebida alcolica, esse numero passou de 48,3% para 54,3% com idade entre 12 e 17 anos e com aumento de dependncia de 5,2% para 7,0% e ambos os sexos bebem de forma parecidas (ABP; SBMFC, 2011).Os aspectos que mais influenciam a experimentao do lcool pelo jovem, so a curiosidade normativa do adolescente, reforada pelos fatores socioculturais.

Nas sociedades intolerantes ao consumo, que pregam a abstinncia, o consumo de lcool e a dependncia tem baixa incidncia, apesar de favorecer o uso ilcito e o beber nocivo, diferente de sociedades permissivas e que produzem o produto (ABP; SBMFC, 2011 p.5). Ainda de acordo com ABP e SBMFC (2011) a influncia no consumo de bebida alcolica se caracteriza por alguns fatores como: baixo custo, fcil acesso e o maior agravante a falta de regulao e, a permissividade social. Afirma tambm que o histrico familiar de alcoolismo, problemas emocionais, familiares, gentica e a falta de polticas especificam aumentam as chances de indivduos consumirem bebidas alcolicas. No se deve negligenciar o peso da propaganda na instalao da cultura e moda de consumo, principalmente entre adolescentes. No Brasil, toda propaganda de cerveja direcionada ao pblico jovem, veicula mensagens de sucesso, beleza e prazer, omitindo os danos sade, o que faz com que eles mudem suas crenas e expectativas em relao ao beber. A exposio e a apreciao que os jovens desenvolvem pelas propagandas de bebidas alcolicas predizem um beber mais frequente e pesado, atingindo seus pares e criando um clima, o que aumenta ainda mais o consumo (ABP; SBMFC, 2011 p.5)

Segundo ABP e SBMFC (2011) os jovens tm maiores chances de consumirem bebidas alcolicas devido a fatores relacionados prpria faixa etria como: curiosidade, presso do grupo social, o modelo de famlia, propagandas e a falta de polticas pblicas. Informa ainda que Nos ltimos 23 anos a primeira droga de experimentao entre estudantes no Brasil tem sido o lcool, seguido de outras drogas. O ultimo levantamento brasileiro realizado em 2010 entre estudantes das principais capitais brasileiras mostra que a idade de experimentao de drogas acontece entre 10 e 12 anos, com uso na vida de lcool de 22,1%, de qualquer outra droga 7,7% e de tabaco de 2,3% (ABP; SBMFC, 2011).

Segundo Romera et al. (2011) foram realizados dois estudos, sendo um em Diadema, em 2003 e o outro em Paulina no ano de 2004 - S.P para verificar com qual frequncia os adolescente menores de 18 anos conseguiam comprar bebidas alcolicas em estabelecimentos comerciais. Os resultados dessas pesquisas foram:Os adolescentes abaixo da idade mnima legal conseguiram comprar bebidas alcolicas em uma primeira tentativa 85,2% dos locais em Paulina e em 82,4% em Diadema.Com esses dados foi concludos que nas cidades pesquisadas os adolescentes tm fcil acesso na obteno de bebidas alcolicas. E ainda sugerem polticas especificas para uma reduo no consumo de bebida alcolica para essa faixa etria.Como citado, uma das hipteses para este alto beber entre os jovens apresentado atravs dos estudos epidemiolgicos a exposio mdia televisiva que incentiva o consumo de lcool atravs da propaganda. Assim, justifica-se o estudo de reviso bibliogrfica dos impactos das propagandas relacionadas ao lcool entre os jovens brasileiros.

2 OBJETIVO

O objetivo do presente estudo foi realizar uma reviso bibliogrfica na literatura atual e cientfica brasileira a fim de analisar a relao entre a propaganda e o consumo de bebidas alcolicas por jovens e adolescentes. Pretendeu-se realizar uma reunio de contedos para possibilitar uma viso completa do assunto, importante tanto para futuras pesquisas na temtica, quanto para estudos para melhoras de prticas em sade mental.

3 METODOLOGIA

Para a presente pesquisa foi realizada uma reviso bibliogrfica na base Lilacs, e busca ampla no google acadmico e google; textos completos; em portugus. No Lilacs os descritores utilizados foram mdia and lcool, e no google e google acadmico comercial de tv e consumo em lcool. Como critrios que para excluir artigos, foram utilizados artigos que fugissem do tema mdia e lcool, que falassem exclusivamente da mdia impressa, ou que no falassem de jovens. A seleo foi realizada primeiro a partir da leitura dos ttulos das primeiras 5 pginas do google e google acadmico, depois dos resumos e ento atravs da leitura dos textos completos. No Lilacs, para a seleo foram lidos todos os ttulos encontrados, seguido da leitura dos resumos daqueles selecionados e por fim a atravs da leitura na ntegra dos artigos.

4 RESULTADOS E DISCUSSO

Na base Lilacs foram encontrados 13 artigos, e foram selecionados quatro de acordo com os critrios apresentados na metodologia.No google acadmico, das primeiras cinco pginas foram selecionados quatro artigos, pelo restante no atender aos critrios descritos na metodologia ou por repetir os resultados do Lilacs.Os resultados se encontram resumidos na tabela a seguir:Autor. Ano.MtodoResultadoConcluso

PINSKY; PAVARINO FILHO, 2011.Reviso de Literatura.Entre os diversos fatores que impactam os acidentes de trnsito por dirigir alcoolizado encontrase a propaganda ou comerciais.A propaganda ainda principalmente exercida atravs do exerccio da autoregulamentao.

OLIVEIRA; ROMERA; MARCELLINO, 2011.Anlise de 18 propagandas de cerveja.o contedo das peas publicitrias analisadas destaca somente a parte "benfica" do ato de ingerir bebidas nas vivncias de lazerFaz-se necessria uma maior nfase na exigncia de cumprimento da regulamentao j existente relativa veiculao dessas propagandas nas emissoras de TV.

COLL; AMORIM; HALLAL, 2010.Estudo transversal de base populacional na zona urbana de Pelotas, RS. A amostra foi composta de 2096 indivduos com 10 anos ou mais de idade.Alto percentual de respostas positivas (valor mdio de 80%), quando os indivduos foram questionados se acreditavam que a mdia influenciava no estilo de vida individual, inclusive para o consumo de lcool.Embora a exposio mdia tenha sido elevada, uma pequena parcela dos entrevistados referiu ter mudado seu comportamento com base na influncia da mdia.

SAMPAIO FILHO, 2010.Trata-se de um estudo exploratrio e descritivo.Os adolescentes reconhecem o risco entre o consumo de lcool e comportamento sexual, e destacam que o ato de beber facilita as relaes entre os pares e apontam a influncia da mdia neste processo. O resultado serve como ferramenta de construo de estratgias educativas em trabalhos posteriores que visem promoo da sade de adolescentes.

VENDRAME et al. 2009. Foram utilizadas questes demogrficas e sobre o consumo de lcool, questionrio de autopreenchimento sobre a exposio e apreciao dos adolescentes quanto s propagandas.Em relao exposio prvia s propagandas, 79% dos adolescentes haviam assistido previamente pelo menos uma das 32 propagandas exibidas dez vezes ou mais, e 2/3 deles viram ao menos uma das cinco primeiras colocadas mais de dez vezes.Os adolescentes brasileiros quanto mais expostos s propagandas de cerveja mais gostam delas e consomem lcool em maiores quantidades em relao queles menos expostos, ainda que menores de idade.

FARIA et al. (2011).Entrevistas de 1.115 estudantes de 7 e 8 anos de trs escolas pblicas de So Bernardo do Campo, SP, em 2006.O consumo de cerveja nos ltimos 30 dias esteve associado ao uso de cigarro, uma marca preferida de bebida alcolica no ser monitorado pelos pais achar que as festas que frequentam parecem-se com as de comerciais, prestar muita ateno aos comerciais e acreditar que os comerciais falam a verdade. As propagandas de bebidas alcolicas associam-se positivamente ao consumo recente de cerveja, por remetem os adolescentes prpria realidade ou por faz-los acreditar em sua veracidade. Limitar a veiculao de propagandas de bebidas alcolicas pode ser um dos caminhos para a preveno do uso e abuso de lcool por adolescentes.

BARBOSA; SILVA (2012). Revises bibliogrficasSem o auxlio da interveno estatal, atravs do Poder legislativo, estipulando limites legais para atuao de tais empresas no mercado, no permitindo afronta a direitos fundamentais do consumidor em razo do lucro perseguido.A campanha das cervejarias contra a aprovao do Projeto de Lei 2.733/08 alcanou seu objetivo ao menos temporariamente, mantendo uma publicidade agressiva e enganosa,

ROMERA et al.(2007)Pesquisa de compra de bebidas alcolicas por adolescentes em duas cidades do Estado de So Paulo

Adolescentes abaixo da idade mnima legal conseguiram comprar bebidas alcolicas em uma primeira tentativa em 85,2% dos locais testados em Paulnia e em 82,4% em Diadema. Os adolescentes compraram bebidas alcolicas com a mesma facilidade em todos os estabelecimentos pesquisados.Os dados mostraram uma quase unnime facilidade de obteno de bebidas alcolicas, sugerindo a relevncia do problema nestas cidades e provavelmente no Brasil. Ressalta-se a importncia da adoo de polticas especficas para esta faixa etria, no sentido de reduzir o consumo de lcool.

Segundo Pisky e Pavarino Filho, (2007) estudos realizados anos atrs para medir os resultados de impactos relacionados com as propagandas e o aumento no consumo de bebida alcolica, eram deficitrias, sem muita consistncia, mas nos dias atuais os estudos existentes j so formados de conhecimentos relevantes a cerca do consumo de lcool e propaganda.Ainda de acordo com Pinsky e Pavarino (2007), em 1990 comeou a ser publicado artigos mais consistentes a respeito da influncia de propaganda e como se do esse fatos a cerca do consumo, em dois livros-biblia da rea de politicas publicas do lcool, publicado em 1994 e em 2003, revelam os avanos feito nessa rea de pesquisa. Na primeira publicao foi concludo que h uma diferenciao entre as marcas e que a propaganda pode atenuar atitudes pr-lcool, e tambm aumentar o consumo entre pessoas que j consomem o lcool e da mesma forma desencorajar indivduos que bebem a diminurem ou deixar de consumir bebidas alcolicas e assim incentivar o surgimento de polticas pblicas.No segundo livro possvel observar uma indstria do marketing fortemente globalizada e perversa:e contando com resultados mais aprimorados, ainda mais incisivo em suas concluses. Os autores analisam que: Apesar da pesquisa na rea de propaganda do lcool provavelmente se manter altamente controversa, h algumas evidncias que o marketing pode ter um impacto sobre os jovens (...) As pesquisas indicam a influncia cumulativa da propaganda de lcool em formatar as percepes dos jovens sobre o lcool e as normas do beber. A propaganda do lcool predispe os jovens a beber bem antes da idade legal para compra (PINSKY e PAVARINO FILHO,2007, p. 183) A linha de pesquisa feita no Brasil algo novo nessa rea. Um dos presentes autores em 1994 realizou um estudo para medir a frequncia em que apareciam bebidas alcolicas nos comerciais de televiso. O resultado desse estudo apontou que as de bebidas alcolicas apareciam com mais frequncia em relao aos medicamentos e cigarro, no proibidos de vincular na poca (PINSKY e PAVARINO FILHO, 2007). Fora isso, h uma srie de estudos da rea sendo elaborados, dentro de um projeto aprovado pela Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP) (PINSKY e PAVARINO FILHO, 2007p. 113). Ainda de acordo com os autores citadas acima, muitas pesquisas j realizadas em diversos pases apontam que, a relao entre propaganda e consumo de bebidas alcolicas por jovens tambm decorrente da exposio e apreciao, pois guardam na memoria lembranas que tm dessa propaganda.Pinsky e Pavarino, (2007) citam que pesquisa realizada pela Datafolha revela que duas ou trs marcas de cervejas esto entre as dez propagandas mais apreciada e lembrada, isso independe da idade, fato esse que j ocorre por anos e que so investidos anualmente milhes nas campanhas publicitaria de cervejas no Brasil.De acordo com Oliveira et al.(2011) essa uma realidade brasileira, onde a vinculao desacerbada de comerciais de cerveja se justificam, ainda que rgos pblicos demonstrem preocupaes . Oliveira et al. (2011) esclarece que no Brasil existe o conselho de autorregulamentao Publicitaria (Conar) responsvel por regulamentar as publicidades divulgadas no pas e que esse conselho regido por um cdigo especifico que o Cdigo do Conselho Nacional de Autorregulamentao Publicitria,2009.Entretanto argumenta que segundo noticias do jornal Folha de So Paulo, do ano de 2008,revelaram que estudos feito pele Universidade Federal de So Paulo apontou que propaganda de cerveja mostrada em televiso no respeitam muitas das determinaes do cdigo citado acima (Conar).E ainda de acordo com esse mesmo estudo, as propagandas exerce um forte apelo ao consumo de cerveja pois desperta a ateno de crianas e adolescentes e que essas propagandas mostra contedo destinado ao publico adulto, esses comerciais de cerveja so associados ao sucesso profissional, social e sexual . rgos como, o Ministrio Pblico Federal, o Ministrio da Sade, o PROCON, a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa) e o Congresso Nacional tm atuado no sentido de regulamentar e proibir propagandas. (OLIVEIRA ,ROMERA e MARCELLINO,2011p.142). Hoje no Brasil j existe um movimento que luta por propaganda isenta de bebidas alcolicas, de iniciativa da Aliana Cidad pelo Controle do lcool. Esse Movimento de cunho civil, no governamental sem fins lucrativos um grupo composto por igrejas, universidades, servios de sade, entidades mdicas, conselhos profissionais, ONGs que trabalham com dependncia qumica, grupo de apoio e autoajuda, portadores de outras patologias, entidades de defesa do consumidor e outros. Um dos objetivos da Aliana Cidad a aprovao de Lei que limite a vinculao de propagandas que traga em seu contedo bebidas alcolicas, que seja uma abrangente e restrita nos eventos esportivos, culturais e sociais, assim como foi a legislao que restringiu as propagandas de cigarros. (OLIVEIRA, ROMERA e MARCELLINO, 2011). Segundo Coll, Amorim e Hallal (2010), a OMS esclarece que o lcool a substncia psicoativa mais consumida no Brasil e no mundo, pois uma substancia de grande capacidade de levar o individuo a dependncia. Informa tambm que os estudos realizados no Brasil nos dias atuais, apontam que a ingesto habitual dessa substancia trs comprometimentos negativos na sade. Devido aos malefcios causados pelo consumo de lcool e pela provvel dependncia, a promoo da sade deve ser uma prtica abrangente incentivada, para garantir hbitos e estilo de vida mais saudveis como: as prticas de esportes e o consumo de alimentos mais saudveis. tambm de grande importncia que as pessoas conheam os fenmenos que acometem a sua sade, esse conhecer pode fazer a diferena na qualidade de vida da populao (COLL; AMORIM; HALLAL, 2010).De acordo com Call et al. (2010) acredita-se que a mdia um veiculo de comunicao tm sua importncia em transmitir informaes a populao mas ela capaz de influenciar o modo de vida das pessoas de maneira positiva mas tambm negativa e com isso leva a rever seus conceitos com discurses a cerca dos impactos dos meios de comunicao de massa e em relao ao sistema de sade da populao.

Coll et al. (2010) ressaltam que a mdia poderia ser um veiculo de interveno e uma grande aliada social na divulgao de hbitos mais saudveis como as praticas de exerccio fsico alimentao saldveis j, que pessoas que participaram de estudos revelaram que mudaram alguns hbitos no salveis por hbitos mais saudveis por lembrar de ter visto em propagandas menes positivas a respeito da sade e tambm as menes dos males causados pelo tabaco e pelo lcool. Segundo Sampaio Filho et al. (2010) a adolescncia marcada por mudanas significativas, mudanas no corpo, nova estruturao de personalidade, nova identidade, aumento na vaidade, busca de grupo para se firmar, novos valores pessoal e social, anseio pela independncia, busca por coisas novas, considerando que tambm um momento de diversos conflitos, dificuldade de obedecer regra e as leis. No se deve desconsiderar a influencia que o ambiente familiar oferece, se o individuo nasce e cresce em um ambiente onde a famlia faz ingesto de bebidas alcolicas e ainda associa a alegria e prazer, provavelmente ir fazer uso e abuso do lcool acreditando que ter todos os prazeres e alegrias observadas durante a infncia (SAMPAIO FILHO et al., 2010).Em relao percepo dos adolescentes acerca da associao entre o consumo de lcool e comportamento sexual, apontaram situaes que evidenciam os riscos dessa dade, sendo o gnero masculino predominante em seus relatos. Salientam que beber facilita as relaes interpessoais, nomeadamente com o par sexual, ficam mais descontrados e sentem-se mais corajosos, o que pode facilitar o abuso desta substncia provocando situaes de risco e vulnerabilidade que influenciam negativamente na qualidade de vida. (SAMPAIO FILHO ET AL 2010 p.513)

De acordo com Vendrame et al. (2009) a publicidade exerce influencia a cerca do consumo de lcool, pois os indivduos que esto mais expostos carregam consigo as lembranas e apreciaes do comercial. Ela ressalta que os adolescentes com mais exposio aos comerciais relataram que suas perspectivas em relao ao consumo e efeito das bebidas alcolicas eram boas e com inteno de consumir a mesma quando adultos. E que, portanto quanto mais o adolescente se recorda e aprecia a propaganda mais chances ele tem de fazer ingesto de bebida alcolica no futuro. O governo do Brasil tem mostrado preocupao com a liberdade adquirida pelas propagandas de cerveja, por esse motivo medidas de limitao a esses tipo anncio esto no plano nacional de politicas a respeito do consumo de lcool de 2007 pelo Ministrio da sade onde O principal foco foi a tentativa de modificar a definio de bebida alcolica, para fins de limitao de circulao de propagandas na televiso. Pela legislao atual, apenas bebidas com teor acima de 13GL so consideradas alcolicas, de modo que as cervejas e vinhos no se enquadram na definio de bebida alcolica para fins de publicidade. Tal medida causou inflamadas reaes, principalmente por parte da indstria do lcool e dos setores da publicidade e propaganda, que argumentam inexistir qualquer relao das propagandas com o pblico adolescente, bem como que elas no se associam ao aumento de consumo de lcool.(VEDRAME, et al. 2009 p1).

Segundo Giacomini Filho (2001, p.92 apud BARBOSA e SILVA, 2012), em muitos lares j existe uma ou mais televiso e elas ocupam um lugar de destaque na vida diria das pessoas, entretanto as informaes transmitidas por ela traz em seu contedo imposies do modo de vida das pessoas. Barbosa e Silva (2012) afirma que o marketing tem mtodos criado por pessoas de capacidades criativas, por isso a publicidade adentra a casa de milhares de pessoas levando-as a acreditar que se consumirem os produtos apresentados pelas propagandas, a vida ser mais feliz e agradvel. Porm o que se percebe que na verdade as pessoas adente uma demanda de afazeres, com uma vida corrida e consequentemente menos qualidade de vida. Ainda de acordo com Barbosa e Silva (2012) as pessoas por meio de estmulos de propagandas acabam adquirindo produtos desnecessrios:Para alguns consumidores tal situao funciona como verdadeiro escape, na medida em que precisam criar meios de preencher uma falta aparentemente psicolgica de conquistar algo que realmente desejam, driblando a frustrao de algo no realizado, criando um gancho para as agncias de publicidade trabalharem a imaginao desses potenciais consumidores, dando-lhes essa alternativa para suas frustraes, nada difcil frente s artimanhas dos fabricantes e fornecedores de produtos, com suas peas publicitrias (BARBOSA E SILVA, 2012 p.12)

A indstria da cerveja esta cada vez mais em destaque, na publicidade e ocupa um espao privilegiado, rendendo muitos aos fabricantes, emissoras de TV e agencias de publicidades. As mesmas ganham milhes anualmente com a venda de cervejas e investem em emprego e pagam impostos (BARBOSA E SILVA, 2012).Barbosa e Silva (2012) afirmam que a publicidade de cerveja ganhou um espao muito abrangente. Eles esto em: televiso, rdio, estdio de futebol, ginsio de esportes, patrocnio em camisetas e bons de evento automobilstico dentre outras, mas que em tese no deveria ter associao de imagem de bebidas alcolicas.Pessoas famosas vendem sua imagem na campanha publicitria de bebida alcolica, mesmo sendo proibido pela regra do CONAR, que pessoas faam propaganda de produto que no consuma (Barbosa e Silva, 2012)Segundo Barbosa e Silva (2012) as mulheres expostas a esse tipo de publicidade onde tem seu copo exposto a sensualidade tm sofrido criticas negativas pelas organizaes que defendem o interesse social e coletivo do gnero feminino.De acordo com Barbosa e Silva (2012) o consumo de bebida alcolica no prejudica apenas o corpo fsico, afeta tambm a mente com prejuzos que leva o individuo a cometer atentado contra sua prpria vida e, em muitos casos so internados em hospitais psiquitricos. Ainda de acordo com os autores, mesmo com toda a gravidade que o abuso do lcool oferece a seus consumidores, ainda so ocultados pelos meios de comunicao, no deixando a sociedade devidamente informada.O Projeto de Lei (PL) n2.733 do ano de 2008, a qual faz restries a vinculao publicitria de cerveja por meio de canal televisivo entre seis e vinte uma hora, ganhou o apoio de um numero relevante de parlamentares associados igreja catlica e protestantes, isso causou um estranhamento por parte de parlamentares mais liberais, pois nesse projeto de Lei, viram uma certa ameaa a liberdade expresso.O Governo Federal recebeu atravs das mos do ento Ministro da Sade, Jos Gomes Temporo, um manifesto de apoio ao indigitado Projeto, cujos termos propem a alterao da Lei n. 9.294/1996, que estabelece o que considerado como bebida alcolica e, conseqentemente, o que est sujeito s restries previstas para sua publicidade (BARBOSA e SILVA 2012,p.35)

Barbosa e Silva (2012) esclarecem que, o manifesto citado acima foi representado por mais de 300 entidades compostos por vrios segmentos da sociedade civil, os quais fazem parte do Movimento Propaganda sem bebida alcolica e ainda pelo Frum Brasileiro do Terceiro Setor sobre Dependncia Qumica. Ainda de acordo com Barbosa e Silva (2012), o projeto mencionado de autoria do Ministrio da Sade e Secretaria Nacional Antidrogas, que prope uma forma mais abrangente a cerca do conceito de bebida alcolica a partir da escala Gay Lussac, onde essa escala indica a concentrao de lcool etlico contido em bebidas alcolicas. E que a Lei atual considera alcolica bebidas que contenha 13 graus Gay Lussac ou mais de concentrao e com isso a mesma tm sua vinculao comercial em rdios e televiso restrita aos horrios de vinte horas s seis horas da manh.Se o projeto for aprovado, diz Barbosa e Silva (2012) a definio de bebida alcolica ser abrangente, pois vai ser considerada alcolica bebida que tiver 0,5 graus gay Lussac em sua composio sendo assim, cervejas, vinhos e ice, bebidas gelada a base de vodca e cachaa estaro nesse grupo, dessa forma as propagandas vo ter que se ajustar com as mesmas restries das ento consideradas alcolicas. Segundo Barbosa e Silva (2012) de acordo com o decreto n6.117 de 22 de maio de 2007, o Governo Brasileiro aprovou a Poltica Nacional sobre lcool, onde demonstra a preocupao em definir as diretrizes que norteia as aes do governo para essa questo to importante. De acordo com esse decreto vai definir uma srie de medidas urgente, como forma de diminuir e prevenir os males causados a sade do individuo, alm de evitar situaes de crime e violncia decorrente do consumo do lcool. Na atuao desses Conselhos e na poltica estabelecida no texto original do projeto possvel visualizar a gravidade da situao a que chegou o tema do alcoolismo, e o esforo dos rgos de governo na conduo de polticas pblicas que sejam capazes de arrefecer a onda crescente apontada pelos estudos realizados, impondo-se tomada de medidas urgentes para minorar os efeitos deletrios do consumo abusivo de lcool.(BARBOSA; SILVA 2012 p.38)

Entretanto, apesar de toda essa constatao e do empenho governamental, o PL 2.733/08 continua aguardando para ser includo em pauta para votao, sem expectativa de data (BARBOSA; SILVA, 2012, p.38). Barbosa e Silva (2012) afirmam que O PL.2.7333/2008 recebeu o apoio de quatro Ministros da poca. So eles: Jorge Armando Felix (Ministro Chefe do Gabinete de Segurana Institucional da Presidncia da Repblica), Tarso Genro (Ministro da Justia), Jos Gomes Temporo (Ministro da Sade), e Fernando Haddad (Ministro da Educao), contudo a importncia que o Governo demonstrou em evidenciar os gastos em doenas e acidentes decorrente da ingesto de lcool, mais o apoio dado por esses Ministro no foi o bastante para o projeto ser votado pela Congresso Nacional, nem ao menos chegou at o gabinete. O deputado Gilson de Souza (DEM) responsvel pela autoria do Projeto de Lei1. 229/2011, cujo objetivo restringir, acabar com a:exposio de crianas e adolescentes s propagandas que promovam a circulao de bebidas alcolicas. De acordo com o PL, so consideradas como propaganda as divulgaes de imagens ou vdeos, bem como as divulgaes escritas ou faladas, que tenham como objetivo aumentar a venda e o consumo de bebidas alcolicas. Subordinam-se a essa lei todos os estabelecimentos que admitam o ingresso e permanncia de crianas e adolescentes, bem como quaisquer eventos ou espetculos, promovidos ou no pela administrao pblica. (ASSEMBLIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SO PAULO, 2012,p.1)

Segundo a Assemblia Legislativa de SP (2012 apud SOUZA, 2012) essa medida foi tomada como meio protetivo e de aumentar a proteo constitucional das crianas e adolescentes, pois dever do Estado que as propagandas de bebidas alcolicas devam ser restritas, colaborando assim na formao de jovens at que alcance a maioridade. E informa tambm que as propagandas de contedo alcolicas tm carter apelativo, pois envolve a sexualidade e pode distorcer a realidade vivida por crianas ,adolescentes e jovens, acredita que essa medida de restringir propagandas de lcool, pode ser positiva para uma diminuio na ingesto de bebida alcolica entre crianas e adolescentes. Segundo a lei no 9.294, de 15 de julho de 1996:

1 O uso e a propaganda de produtos fumgeros, derivados ou no do tabaco, de bebidas alcolicas, de medicamentos e terapias e de defensivos agrcolas esto sujeitos s restries e condies estabelecidas por esta Lei, nos termos do 4 do art. 220 da Constituio Federal.Pargrafo nico. Consideram-se bebidas alcolicas, para efeitos desta Lei, as bebidas potveis com teor alcolico superior a treze graus Gay Lussac.

De acordo com o Estatuto o da Criana e do adolescente:

Art.243 vender fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a criana ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependncia fsica ou psquica, ainda que utilizao indevida. Pena deteno de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa, se o fato no constituir crime mais grave.(redao dada pela Lei 10.764 de 12/11/03)

5 CONCLUSES O lcool considerado uma droga psicotrpica que atua no sistema nervoso central, podendo causar dependncia. Seu consumo de grande aceitao social, ainda que seu uso exagerado cause problemas de grandes propores sociais, tais como acidentes de trnsitos, suicdios, violncias diversas e problemas de sade. Os estudos apontam que a propaganda de bebidas alcolicas exerce forte influencia e atrai a ateno dos jovens e adolescentes para o consumo de lcool. O presente estudo revela que o governo diante de tantos problemas relacionado a ingesto de lcool demonstra preocupaes, entretanto a indstria de cervejaria fatura milhes anualmente com vendas e comerciais da mesma. Conclui-se ento a necessidade urgente de polticas publicas efetivas com o apoio incondicional do Governo Federal juntamente com a participao do (CONAR) rgo responsvel em regulamentar a publicidade no Brasil, na regulao de vinculao de publicidade que contenha em seu contedo bebida alcolicas.Percebe-se que a indstria da cerveja lucrativa, e detm uma parcela do setor econmico brasileiro. Ela cresce e se fortifica cada vez mais, enquanto seus consumidores adoecem, morrem em acidentes automobilsticos, se envolvem em violncias diversas, dentre outros. Contudo as polticas pblicas so ineficazes e enfraquecidas ainda que pesquisas apontem que o governo se preocupa com esse crescente consumo e com os gastos monetrios decorrentes dos problemas do uso do lcool, no se observa nada para mudar essa situao. Com isso h um desrespeito geral com nfase nos jovens, adolescentes e crianas que uma parte da populao que merece respeito, dignidade, pois esto em desenvolvimento e necessitam de mais ateno e educao e no de propaganda que induza ao uso de droga psicoativa onde seu futuro pode vir a ser prejudicado.

REFERNCIAS

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