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Projeto de conclusão do Curso de Jornalismo da Terra- UFC, MST, MAB. Via Campesina- Brasil
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1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
INSTITUTO DE CULTURA E ARTE
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
AGRICUTURA FAMILIAR EM DOCUMENTÁRIO:
IMAGENS SOBRE A PRODUÇÃO DO
ASSENTAMENTO ROSÁRIO
HILDEBRANDO SILVA DE ANDRADE
FORTALEZA
2013
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AGRICUTURA FAMILIAR EM
DOCUMENTÁRIO: IMAGENS SOBRE A
PRODUÇÃO DO ASSENTAMENTO ROSÁRIO
HILDEBRANDO SILVA DE ANDRADE
FORTALEZA
2013
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AGRICUTURA FAMILIAR EM
DOCUMENTÁRIO: IMAGENS SOBRE A
PRODUÇÃO DO ASSENTAMENTO ROSÁRIO
Relatório técnico apresentado ao Curso de
Comunicação Social do Instituto de Cultura e Arte
da Universidade Federal do Ceará como requisito
parcial para a obtenção do grau de Bacharel em
Comunicação Social, habilitação em Jornalismo da
Terra.
Orientadora: Profa. Ms. Evelyse Lins Horn.
Turma: Luiz Gama.
FORTALEZA
2013
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HILDEBRANDO SILVA DE ANDRADE
AGRICUTURA FAMILIAR EM
DOCUMENTÁRIO: IMAGENS SOBRE A
PRODUÇÃO DO ASSENTAMENTO ROSÁRIO
Monografia submetida ao curso de Comunicação Social do Instituto de Cultura e Arte
da Universidade Federal do Ceará como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel.
A citação de qualquer trecho desta dissertação é permitida desde que feita de acordo
com as normas da ética científica.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________
Profa. Ms. Evelyse Lins Horn – UFC - Orientadora
_______________________________________________________
Profa. Ms. Zoraia Nunes Dutra Ferreira – UFC - Examinadora
_______________________________________________________
Prof. Dr. Silas José de Paula – UFC - Examinador
_______________________________________________________
Prof. Felipe Canova Gonçalves – MST - Examinador
FORTALEZA
2013
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Lista de Imagens
FIGURA 1 -------------------------------------------------------------------------------13
FIGURA 2 -------------------------------------------------------------------------------15
FIGURA 3 -------------------------------------------------------------------------------15
FIGURA 4 -------------------------------------------------------------------------------16
FIGURA 5 -------------------------------------------------------------------------------16
FIGURA 6 -------------------------------------------------------------------------------17
FIGURA 7 -------------------------------------------------------------------------------17
FIGURA 8 -------------------------------------------------------------------------------18
FIGURA 9 -------------------------------------------------------------------------------18
FIGURA 10 ------------------------------------------------------------------------------19
FIGURA 11 ------------------------------------------------------------------------------19
FIGURA 12 ------------------------------------------------------------------------------20
FIGURA 13 ------------------------------------------------------------------------------20
FIGURA 14 ------------------------------------------------------------------------------21
FIGURA 15 ------------------------------------------------------------------------------21
FIGURA 16 ------------------------------------------------------------------------------22
FIGURA 17 ------------------------------------------------------------------------------22
FIGURA 18 ------------------------------------------------------------------------------23
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SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS....................................................................................................05
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................07
2. OBJETIVOS..............................................................................................................09
2.1 GERAL..........................................................................................................09
2.2 ESPECÍFICOS...............................................................................................09
3. METODOLOGIA E PLANO DE TRABALHO.....................................................10
4. HISTÓRICO, LOCALIZAÇÃO E ACESSO.........................................................11
5. SOBRE AS FOTOGRAFIAS...................................................................................13
6. CONCLUSÃO............................................................................................................24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................25
7
1. Introdução
O trabalho desenvolvido é um documentário fotográfico sobre a produção do
assentamento P. A. Rosário, localizado em Ceará Mirim-RN. Optei por este método
pela viabilidade de se divulgar as atividades produtivas dessa área e pela intimidade
criada com a fotografia ao longo do curso. Outro motivo também, seria ter um registro
das atividades de produção que a mídia de grande circulação não mostra e quando
mostra é apenas para criticar negativamente.
Em vários outros assentamentos do estado do Rio Grande do Norte são
desenvolvidas diversas experiências de agroecologia com plantações de frutas e
hortaliças orgânicas. Essa atividade, além de alimentar as famílias assentadas ajuda a
melhorar a procura nas feiras livres e possibilita a merenda escolar de crianças e jovens.
Na região do litoral norte do estado, a produção de abacaxi é um dos grandes
responsáveis pelo avanço da renda do assentamento Canudos, que tem 45 famílias e é
localizado no município de Touros. O assentamento trabalha com essa cultura já há
mais de cinco anos e garantem que a produção é de qualidade e suficiente para abastecer
o mercado local.
Por outro lado, na região do "Mato Grande", os assentamentos Riachão II, com
70 famílias, e Padre Cícero, com 60 famílias, trabalham com o cultivo de hortaliças e
frutas. Eles trabalham com o sistema de plantação consociado com a criação de galinhas
ou caprinos que ajuda na biofertilização das plantas, conhecido como mandala, que é
uma forma de produção que envolve toda a família, as mulheres, os homens e os jovens,
ajudando no manejo e na comercialização da colheita. A maioria destes produtos são
destinados para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), um incentivo do
governo federal.
Ainda na região do “Mato Grande” o grupo de mulheres do assentamento
“Modelo II”, em João Câmara, usa o tempo para a criação de abelha. O mel produzido
pelo grupo das Margaridas já ganhou inclusive o selo orgânico e é comercializado em
feiras de várias regiões do estado. Este grupo é destaque pela organização coletiva de
mulheres que se disponibilizaram a deixar o trabalho exclusivamente doméstico e
passaram a se dedicar ao trabalho da agricultura familiar. Além da produção de
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hortaliças, elas também trabalham com um apiário, e na produção de mel e artesanato,
como bonecas e chapéus.
O município de João Câmara é o berço do Movimento dos Trabalhadores Sem
Terra (MST) no Rio Grande do Norte, uma região estratégica para o desenvolvimento
produtivo dos assentados. Mediante essa característica, foi criada em março de 2011 a
Cooperativa Local de Produção dos Produtores do Assentamento Maria das Graças
(COOAMAG). Este assentamento tem 45 famílias, sendo que apenas 38 são filiadas à
cooperativa. O objetivo da COOAMAG é fortalecer a cooperação dos assentados de
toda a região.
Além da produção de frutas, mel e hortaliças, todos estes assentamentos também
trabalham com o cultivo de feijão, milho, roça de macaxeira, mandioca para a produção
de farinha, e plantação de batata, que são culturas tradicionais no campo potiguar. A
maioria destes alimentos é para o consumo humano e animal, mais os produtores
deixam uma reserva para os próprios bancos de sementes ou para bancos de sementes
coletivos.
Em Mossoró, município situado na região oeste do estado, a luta das famílias é
bem maior contra o grande polo do agronegócio, porém isto não impede que a
agricultura familiar se fortaleça. A maior conquista desta região foi a desapropriação
das 22 mil hectares da fazenda Maísa, hoje assentamento Eldorado dos Carajás com
1.150 famílias assentadas. A produção maior desta área é de frutas, a maioria vendida
para os grandes mercados de Mossoró e Natal.
9
2. Objetivos
2.1. Geral
Apresentar um documentário das produções agroecológicas existentes nos
assentamentos e postar no blog: http://nossaproducaosaudavel.blogspot.com.br/
Aperfeiçoar as técnicas de fotografia com o objetivo de informar e documentar
os produtos e demais atividades dos assentamentos.
2.2. Específicos
Fazer uma análise sintetizada das produções dos assentamentos.
Divulgar seus produtos e avaliar a aceitação da sociedade.
Compreender e diferenciar a monocultura e a agroecologia.
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3. Metodologia e plano de trabalho
Para trabalhar este tema me dediquei a conhecer melhor como os assentados
fazem para ter sua própria produção agrícola e uma alimentação saudável e de
qualidade. Para isto, foi utilizado o método experimental, em entrevistas com os
assentados e realização de fotos do local, de modo a documentar as ações, permitindo
uma maior aproximação dos objetos fotografados, ou seja, a produção no assentamento.
Participei de varias reuniões no assentamento Rosário para discutir o processo de
plantio coletivo nos lotes de Paul que lá existem. Assim, pude perceber em qual
determinado lote eu poderia trabalhar as fotos.
Vivenciei os momentos em que os trabalhadores foram aos lotes de roçado para
fazer o plantio, os momentos que estiveram nas plantações e o momento de colheita e
comercialização dos produtos.
Realizei uma primeira visita ao assentamento para expor minha proposta e
receber a aprovação dos assentados. Selecionei os lotes para realizar o trabalho. Fiz
sondagem de informação, no local, conversando com os produtores sobre a
comercialização das mercadorias. Acompanhei o plantio irrigado e pude participar do
dia a dia do trabalho na roça junto aos assentados, realizando, durante esse período o
trabalho de documentação com as fotografias.
Durante o processo deste trabalho pude participar diretamente da vida do
assentamento. Nas casas, festas, trabalho nos lotes e muita participação nas discursões e
assembleias.
Segue abaixo o meu cronograma de ações realizadas para compor o
documentário apresentado:
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Março Visitas ao assentamento.
Abril Fazer sondagem nos lotes.
Maio Participar do dia a dia do trabalho na roça.
Junho Acompanhar o plantio irrigado.
Julho Organizar as informações e digitar o relatório de
atividades.
Agosto Seleção das fotografias.
Enviar o trabalho para orientação.
Setembro Finalizar a parte teórica (8° etapa presencial).
Finalizar o trabalho.
Outubro Pré-defesa do trabalho
Novembro Etapa final e mandar o trabalho para a banca de
análise.
Dezembro Apresentação e defesa do produto final.
4. HISTÓRICO, LOCALIZAÇÃO E ACESSO
O Projeto de A. Rosário localiza-se no Município de Ceará-Mirim-RN,
distanciado de 23 km da sede municipal. O acesso se dá pela rua principal da sede, onde
se percorrem cerca de 2,5 km na rodovia estadual RN-064 que interliga Ceará-Mirim a
Touros, à 16,3 km e à esquerda em estrada carroçável está a entrada do assentamento.
Após mais 4,2 km está a casa sede, sendo que a primeira agrovila dista da RN apenas
1,0 km. Também dista da capital estadual, Natal, 56 km. A localização e o acesso
podem ser considerados ótimos, uma vez que o imóvel localiza-se próximo à cidade de
Ceará-Mirim e a referida RN é asfaltada e trafegável durante todo ano.
As antigas Fazendas Santa Maria, São Sebastião e Rosário, pertencentes e
registradas no Cartório do Primeiro de Notas de Ceará-Mirim, no nome da Construtora
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A. Gaspar S/A, cujo sócio majoritário e dono era o senhor Henrique Gaspar, foi
ocupada inicialmente por vários grupos de 35 famílias, formadas por crianças e adultos
e, comandadas pelo MST, em 24 de junho de 1997. A Construtora proprietária do
imóvel, com sede social localizada na Rua José de Alencar, 745 – Natal/RN, entrou em
juízo com uma “Ação de Reintegração de Posse” contra o Movimento e os
trabalhadores. Esta primeira ocupação aconteceu entre as três e as quatro horas da
madrugada do dia 24 de junho de 1997. Os trabalhadores reuniram-se na área de
colonização de reforma Agrária de Dom Marcolino, área vizinha às fazendas ocupadas.
As famílias e/ou grupos de famílias partiram de Punaú, Santa Águeda e Riacho d’água,
comunidades próximas ao ponto de concentração, bem como da área ocupada.
Para a ocupação da área, na época o MST fez um trabalho de organização das
famílias que durou nove meses, em várias comunidades e cidades vizinhas da Região do
Mato Grande e Litoral Norte do Estado.
Durante a mobilização para ocupação da fazenda, estava acontecendo, dentro do
MST, um processo de expulsão de alguns membros. Pessoas estas que estavam
envolvidas na movimentação pela conquista da terra, fato que desencadeou, dentro do
movimento, a formação de um grupo específico, com 40 participantes, ligados a estes
membros que tinham sido desligados do MST. Assim, o espaço se constituía de um total
de 120 pessoas, sendo que destas, 80 seguiam a orientação do MST e 40 ficavam com
este grupo dissidente.
A ocupação ocorreu de maneira pacífica e muito organizada. Não houve
confronto direto com o proprietário, mas quando chegou ao conhecimento dele que suas
terras haviam sido ocupadas por trabalhadores rurais sem terra, ele entrou na justiça
com uma liminar de reintegração de posse. O grupamento da Polícia Militar de Ceará-
Mirim foi deslocado para cumprir o mandado e o clima ficou tenso, mas não chegou a
haver violência física. O mandado foi cumprido e os trabalhadores acamparam à beira
da rodagem, mas isso causou uma baixa no número de famílias que estavam acampadas
na área, pois cerca de 48 famílias que vinham da comunidade de Santa Águeda
abandonaram o acampamento. O restante do grupo, então, providenciou o reforço de
novas famílias em outras áreas, como Bárbara (Ceará-Mirim e Taipu) e Fazenda
Rockfeller (São Gonçalo do Amarante), chegando a atingir o número de 150 famílias.
Eles voltaram a ocupar a área, mas houve novamente outro mandado e nova
desocupação. Também não houve confronto, pois se negociou um prazo para a
interposição de recurso contra a liminar proferida. Finalmente, depois de sete ocupações
e reintegrações de posse, as partes intermediadas pelo MST, foram negociar no INCRA
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a desapropriação da área, que ocorreu no ano de 1998. Todas as 150 famílias acampadas
foram cadastradas pelo INCRA, mas só 120 foram beneficiadas.
5. SOBRE AS FOTOGRAFIAS
Foi divulgado no site do MST, no dia 23 de setembro de 2013, o seguinte dado:
“De acordo com o censo rural do IBGE no ano de 2010, a maior parte da produção para
alimentação do povo brasileiro (70%) e o emprego dos trabalhadores está na agricultura
familiar, mesmo esta tendo menos crédito e poucas terras.”
Trabalhar de forma orgânica é um desafio enorme no Brasil, um país que tem o
domínio do grande agronegócio, que concentra e controla as terras e os meios de
produção capitalistas, e destina toda a alimentação para a exportação. Esse modelo,
além de submeter as famílias a obterem um preço absurdo no mercado, também obriga a
população a comer produtos transgênicos ou, na maioria dos casos, com uma grande
quantidade de venenos por causa do uso excessivos de agrotóxicos.
Muitos projetos são destinados a este tipo de incentivo do grande capital
agroexportador. Assim milhões de hectares de terras são de uso absoluto da
monocultura da cana de açúcar, da soja, do eucalipto e de várias outras experiências
agrícolas.
Neste sentido, para contrapor esse modelo é que existe a agricultura familiar e
camponesa. Esse modelo é uma forma de mostrar que o povo brasileiro que depende da
terra para plantar, morar e tirar seu sustento tem métodos alternativos de produção
orgânica e combate as pragas da lavoura sem precisar usar qualquer tipo de produto
químico no solo ou na água.
14
A agricultura familiar permite que o agricultor além de trabalhar em uma terra
própria, pode também selecionar modalidades de alimentos que possam suprir as
necessidades dentro e fora de casa. As famílias trabalham de forma coletiva, onde todos
tem uma parcela de contribuição para a organização e manutenção dos roçados, com
isso podem também se dedicarem ao tempo para estar com suas famílias em momentos
de lazer.
Ao praticar assa forma de produção, também se adota os métodos de produção
consociada aumenta ainda mais a função social da terra que é produzir alimentos de
qualidade e em grade quantidade diversificada, por exemplo, ao mesmo tempo em que
se planta a macaxeira também se planta o feijão, o milho, entre outros.
Para explicar melhor esse tema que escolhi trabalhar essas fotos no assentamento
Rosário. Por que o essa área entre tantas outras? Escolhi essa área por que é dos
modelos de assentamentos que trabalham agro ecologicamente no Rio Grande do Norte.
O assentamento Rosário, especificamente a Associação Nova Esperança, hoje produz
alimentos de forma coletiva e organizada com um grupo de 39 famílias que dedicam seu
trabalho para alimentar a fome da população. Esse assentamento é responsável hoje por
50% da alimentação escolar do município de Ceará Mirim, também garante alimentação
para 1.500 famílias acampadas e de mais de 2.000 famílias carentes das periferias do
município, isso é possível através de alguns programas do governo federal, como o
PAA e PNAE.
O Assentamento é um exemplo de produção camponesa e saudável, uma prova
de que é possível se produzir organicamente e sem autos custos para o agricultor. Uma
forma de se alto sustentarem e alimentarem a fome de quem precisa. As famílias que
vendiam todos os seus produtos para atravessadores por um preço muito abaixo do
valor. Hoje fazem entregas diretas para as escolas municipais e detêm sua renda e seu
sustento com sua própria produção. Os produtos são de produção 100% orgânicas o faz
o melhoramento da circulação e venda da produção do assentamento.
De acordo á agricultora Terezinha de Araújo assentada do Rosário, o recurso do
programa servil para á auto-organização financeira e social das famílias, para reforma
das casas aquisição de bens matérias e a melhoria de vida dentro do assentamento. E
ajudou no incentivo para as famílias produzirem mais alimentos com a certeza de uma
venda direta com o lucro certo.
As imagens a seguir vão mostrar um pouco disso tudo que já venho falando ao
longo deste trabalho. Poderão observar que cada tem uma explicação para estarem
selecionadas.
15
Figura 2: Aqui é uma representação de como é feita as atividades. Todos
ajudam na atividade da roça milho e feijão. Esse jovem esta trabalhando no lote da
família, para que a sua família possa fazer outras atividades produtivas dentro
assentamento.
Muitas famílias trabalham nos lotes coletivos e individuais, por isto dentro dos
núcleos familiares existe uma divisão para que todos possam ajudar em tudo.
Figura 3: Uma das produções existentes no assentamento é o cultivo de babatas
que gera muita renda aos produtores. Atualmente cada família tem em média de quatro
16
a cinco hectares de batateiras já plantadas e a tendência é que aumente de acordo com a
exploração das áreas irrigadas.
Figura 4: A produção de cajueiro anão precoce também é uma das culturas
trabalhadas no assentamento, todos os assentados tem uma cota de meio hectare de
cajueiro. A cultura do caju é muito presente em todo o estado do Rio Grande do Norte,
por isto que em muitas áreas existem plantações do fruto, mas no caso do assentamento
Rosário essa cultura ainda é apenas uma experiência por isto que a área cultivada é
pequena.
Figura 05: Essa uma plantação coletiva de Graviola. Uma área de mais seis
hectares na qual vinte e duas famílias cultivam essa fruta.
17
Figura 06: Em muitos dos casos as famílias passam o dia todo nos lotes, por isto
eles usam toda a sua criatividade e fazem um tipo de barraco com mateira prima de
próprio lote para ficarem e guardar as ferramentas durante o dia. Nessa se pode ver que
foi usada à sombra da azeitoneira para servir de base para a casa.
Figura 07: Muitas árvores nativas dessa região já existiam no momento em que
as famílias chegaram ao local, entre elas estão as azeitoneiras que permaneceram
cultivadas pelos assentados. Essa planta além de ter um fruto muito saboroso também
tem uma grande copa que ajuda na sombra.
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Figura 08: Essa é outra das culturas mais produzidas no assentamento que é a
cultura do jerimum (abóbora em muitos lugares), esse produto é muito cultivado
em toda a região do vale de Ceará Mirim, no assentamento todos produzem o
jerimum de forma coletiva e também em lotes individuais.
Figura 09: Essa é a fonte de todos os lotes irrigados. Esse é o Rio
Maxaranguape que corta os lotes do assentamento e torna o ambiente propício
para o cultivo, e o canal de irrigação dos paus é necessário para que todos
possam ter seus lotes demarcados, além de facilitar o cultivo de frutas como
banana, goiaba e caju e a água também é utilizada para a produção hortaliças.
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Figura 10: O coentro é um dos legumes produzidos nas hortas coletivas do
assentamento, o coentro além de um saboroso condimento culinário também tem uma
comercialização muito proveitosa nas feiras e na entrega para a merenda escolar do
município de Ceará Mirim.
Figura 11: Aqui é outro pé de abóbora, o jerimum como é conhecido aqui na
região. Essa planta tem uma beleza individual por se montar em círculos e depois ao
crescer transformar-se em ramas espalhando-se pelos roçados.
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Figura 12: Essa é uma divisa dos lotes, é usado o canal de irrigação dos paus
para fazer as demarcações dos lotes familiares. Em muitos deles não se tem essa cerca
de arame farpado, é usado apenas às cercas naturais seja assim com água ou com uma
fileira de bananeiras.
Figura 13: Essa é à entrada de um lote do assentamento, sempre com a
plantação consociada. Aqui nesse lote existem bananeiras, milho, feijão, além da roça,
há também capim para a ração animal. Essa forma de produção é a mais usada por todos
do assentamento.
21
Figura 14: Pedi para que alguns companheiros me acompanhassem até os lotes,
pois assim eu poderia identificar de quem é determinada área e poder também saber
onde e como ficariam a divisão de tarefas das produções coletivas. Ao fim dessa estrada
ai ficam as margens do Rio Punaú, já citado anteriormente.
Figura 15: Esse é o caminho de acesso dos lotes para as agrovilas de casas dos
assentados. Também é uma estrada que já existia na área antes de se tornar
assentamento, ela foi cultivada pela facilidade que tem de ligar todos os assentados a
seus lotes familiares e coletivos.
22
Figura 16: Aqui é a toda aquela produção de melancia, jerimum, macaxeira,
batata e banana encontrada nas fotos anteriores, essa mercadoria foi distribuída para as
comunidades carentes do município de Ceará Mirim. Essa atividade foi realizada para
mostrar á sociedade a produção da agricultura familiar, produtos sem venenos e de boa
qualidade sendo distribuído de graça para o povo.
Figura 17: Aqui também mais produtos sendo distribuídos pelos assentados a
comunidades carentes de Ceará Mirim. Levando em conta nesta imagem também a
bandeira do MST como referencia ao acompanhamento que o movimento dá para essas
famílias desde a formação politica até as orientações e incentivos a produção
agroecológicas.
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Figura 18: Por fim, aqui é a imagem capa do Blog Nossa Produção Saudável
onde ficara armazenadas todas as informações contidas nesse trabalho de conclusão de
curso, também todas as demais atividades produtivas que forem realizadas futuramente
pelo assentamento Rosário e os demais assentamentos e atividades da agricultura
familiar camponesa.
24
5. CONCLUSÃO
Chegamos ao fim desse trabalho falando da satisfação e importância de poder
participar de atividades dentro de assentamentos do MST. Sempre tive a concepção que
a melhor escola de formação do ser humano é a pratica, claro que a pratica com um
certo embasamento teórico, e nesse caso foi o que desenvolvi ao longo destes quatro
anos de curso dentro desta Universidade, porém se não tivesse esse momento de
partilhar os conhecimentos, eles não terão uma função diante da sociedade.
Os assentamentos desenvolvem um grande potencial produtivo, porém muitos
não tem seus espaços de comercialização e acabam se perdendo nas mãos de
atravessadores ou de pequenos grupos econômicos individuais. Foi assim que consegui
perceber dentro deste trabalho a importância da coletividade e da produção de alimentos
orgânicos para a geração de renda e a soberania alimentar de todos.
25
Referencias Bibliográficas:
SINEDINO, Edmundo. Da articulação para ocupação e conquista da terra a desarticulação
pós conquista o caso do assentamento Rosário. Ceará-Mirim/RN. Disponível em:
http://www.sbsociologia.com.br/portal/index.php. Acessado em 21/09/2013.
SINEDINO, Edmundo. Diagnóstico sócio-econômico do assentamento Rosário -
jan/mar/2003”. Natal/RN. Disponível em:
http://www.sbsociologia.com.br/portal/index.php Acessado em 20/09/213.
SOUSA, Jorge Pedro. Uma História Critica do Fotojornalismo Ocidental. Porto: Editora
da Universidade Fernando Pessoa, 1998; p. 52.