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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DE MARKETING POLÍTICO ADOTADA NO
MUNICÍPIO DE LAGOA DE DENTRO - PB
Luciana da Costa Vieira
Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB
Profª Drª Jacqueline E. Barrancos
Professor do Departamento de Economia - UFPB
RESUMO
O presente trabalho tem como principal objetivo analisar as estratégias de marketing político
adotada pelos políticos eleitos no último pleito das eleições municipais da cidade de Lagoa de
Dentro – PB. A fim de sondar o nível de percepção que os candidatos políticos têm em
relação ao assunto, e os tipos de estratégias que foram adotadas por esse público, a pesquisa
adotou uma combinação de método exploratório/descritivo. O universo da pesquisa está
constituído por todos os candidatos que foram eleitos. Como instrumento de pesquisa foi
aplicado um questionário fechado contendo 10 perguntas. No decorrer da aplicação da
pesquisa, mostrou-se relevante, em virtude de apontar as estratégias de marketing que os
políticos utilizaram para projetar sua imagem perante a população. Hoje em dia, a adoção
dessas ferramentas mercadologias se tornou essencial para estar mais próximo das
necessidades da população, conseqüentemente para melhor atender seus clientes e saber que
produtos ou serviços eles preferem. Mas, antes de tudo é importante perceber a diferença
entre o marketing político e o marketing eleitoral, pois ainda existem pessoas que confundem
os dois, mas eles são muito diferentes. Uma diferença bastante clara citada neste trabalho
entre os dois termos é que, o marketing eleitoral é um serviço de venda enquanto marketing
político é um serviço de pós-venda. No universo pesquisado, os dados apontam que as
estratégias de marketing adotadas pelos entrevistados aproximam-se consideravelmente ao
marketing eleitoral.
Palavras-chave: Marketing. Estratégias. Políticos. Eleitores.
2
1 - INTRODUÇÃO
Devido às grandes transformações que o mundo está vivendo, o cenário da Gestão
Pública é, portanto, um cenário de adaptações organizacionais e de busca de inovações na
intenção de sobreviver nesse ambiente competitivo e turbulento. Nesse sentido, acredita-se na
importância da referência à apropriação dos subsídios teóricos e práticos.
Neste caso do Marketing, - como ciência ou arte aplicada para entender as práticas
realizadas dentro da organização, que são necessárias não apenas no âmbito empresarial ou
organizacional, como também são necessárias para o cenário político.
Observa-se que na vida pública onde a imagem parece ser o principal produto de
venda, se faz necessário adotar estratégias para a projeção dessa imagem. E é nesse contexto
que está inserida a adoção do Marketing na política que serve para “moldar” o candidato,
destacando suas melhores qualidades, algumas vezes até criando uma imagem que não é real.
Atualmente a imagem que se tem do cenário político, seja em nível nacional, ou
mesmo em nível municipal, é uma deterioração e interpretação do desempenho dos políticos
na ocupação dos seus cargos, além do que parece se observar nos meios de comunicação as
questões de falcatruas, desinteresse pelo povo e interesse pessoal somado a escândalos. Isso
não quer dizer que não existam ainda políticos preocupados com o bem-estar do povo, que o
represente com dignidade e responsabilidade, que se pode confiar; porém, esse número vem
caindo gradativamente, basta olhar cada manchete de corrupção dia após dia.
Nesse contexto pretendeu-se explorar as estratégias de marketing usadas pelos
políticos na cidade de Lagoa de Dentro - PB. A pesquisa foi feita com os eleitos no último
pleito para o poder executivo e legislativo, tentando perceber que tipos de estratégias estão
sendo usadas pelos políticos para passar sua imagem a população.
É importante ressaltar neste trabalho que existem diferenças significativas entre o
marketing político e o marketing eleitoral, mesmo sabendo que normalmente os dois
caminham juntos. O marketing eleitoral, como o próprio nome sugere, está diretamente ligado
ao processo eleitoral que se encerra com o final do pleito, o marketing político, por sua vez,
estende-se por toda a legislatura e está intimamente ligado com a capacidade de comunicar ao
povo a qualidade dos serviços prestados e da responsabilidade. Constituindo-se em um
instrumento permanente para formação e manutenção da imagem do político.
As empresas utilizam as ferramentas de Marketing para definir seu mercado alvo e
para serem mais eficazes que seus concorrentes, satisfazendo as necessidades e desejos dos
clientes através de produtos e serviços adequados. O candidato ao oferecer o seu serviço, pode
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ser considerado como um produto. De acordo com o conceito de Marketing ele deveria adotar
procedimentos que possibilitem a comunicação de suas qualidades ao cliente potencial, o
eleitor, para que esse possa ser conquistado.
Conforme o problema levantado, fruto de nossa inquietação em relação à importância
das estratégias de marketing para candidatos políticos, sobre a imagem que os políticos da
cidade de Lagoa de Dentro estão sabendo passar para a sociedade, foi possível estabelecer os
princípios que nortearam o trabalho, desde a fase de escolha do tema até a justificativa das
razões que levaram a trabalhar o desafio de analisar as estratégias de Marketing –
principalmente sobre a imagem pessoal que é importante em qualquer ramo ou profissão que
se pretende atuar, podendo decidir ou minar o futuro de um ser humano.
Nesse sentido, o presente artigo justifica-se em quatro etapas, a primeira pelo desejo
pessoal da autora em ampliar seus conhecimentos acerca do tema proposto, bem como da
necessidade de compreender e apresentar os mais pertinentes conceitos de estratégias de
Marketing.
A segunda diz respeito a academia, pois entendemos que este artigo ao ser elaborado é
de grande relevância para a produção científica da Gestão Pública Municipal, haja vista a
escassez de obras que apontem a preocupação a respeito da imagem que vendem os políticos e
que atingem um público tão amplo e tão heterogêneo quanto à população de uma cidade,
Estado ou até mesmo de um País inteiro.
A terceira razão, para a construção deste trabalho repousa na contrapartida de todo o
investimento empregado pela sociedade, em um conhecimento confiado aos acadêmicos de
qualquer campo do saber. De acordo com Oliveira (2009), “é por meio dos trabalhos feitos no
ambiente acadêmico, que a Ciência começa a ser produzida, desde os processos mais simples,
como um trabalho de conclusão de curso (TCC), até a apresentação de trabalhos em eventos”.
(OLIVEIRA, 2009, p. 11).
E por fim, a ideia de trabalhar cientificamente um tema visto na prática, como também
em algumas disciplinas que foram oferecidas no ambiente virtual, como da própria
experiência da autora nesse âmbito de trabalho no sentido de verificar os benefícios que o
Marketing Político propicia e facilita a vida dos candidatos e eleitores, pois, da possibilidade
de expandir a sua consciência eleitoral, colocando a sua disposição uma maior quantidade de
informações a respeito dos candidatos, e a chance de escolher qual é melhor para representá-
los.
O resultado deste estudo certamente propiciará uma nova visão sobre os políticos da
cidade de Lagoa de Dentro e as estratégias para aplicação do Marketing Político. Além do
4
que, se ter noções e entendimento do Marketing Político, podendo ser usado em beneficio
próprio, criando uma imagem desejada para conseguir alcançar seus objetivos.
Por fim, este artigo tem como objetivos: analisar as estratégias de Marketing adotadas
pelos políticos no município de Lagoa de Dentro – PB, fazer um levantamento histórico do
cenário político da cidade, delinear a imagem que os políticos de Lagoa de Dentro se
preocupam em passar para a população, verificar o nível de compreensão que os políticos de
Lagoa de Dentro têm sobre as estratégias de Marketing e estabelecer um quadro comparativo
entre as expectativas e percepção dos políticos de Lagoa de Dentro sobre marketing,
avaliando a melhor forma de comunicar sua imagem.
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 DIFERENCIANDO MARKETING POLÍTICO DE MARKETING ELEITORAL
É normal nos dias atuais em alguns corredores da política ouvir falar em Marketing
Político, gestão de informações e propaganda política e em determinados momentos quando
se fala de marketing político, há logo uma direta associação ligada a Marketing Eleitoral, mas
não é bem assim, é imprescindível sabermos que há diferenças entre esses dois modos de
atividade.
Começamos por determinar o que é Marketing Político, para depois tratarmos de
entendê-lo como agente de progressão de comunicação em política, passando assim a
entender melhor o verdadeiro conceito de um tema verdadeiramente vasto e interdisciplinar
que acata vários eixos e diversas vertentes.
Mas, o que seria Marketing propriamente dito? E o que seria política? Na verdade
podemos encontrar diversos conceitos sobre o que seria Marketing, mas nos delimitaremos
apenas em uma definição que parece clara e concisa.
Segundo Kotler e Keller (2006) “Marketing é um processo social por meio dos quais
pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação,
oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com os outros”. Sobre os diversos
conceitos que se podem ter acerca da política, a denominamos como a orientação ou a atitude
de um governo em relação a certos assuntos e problemas de interesse público: política
financeira, política educacional e política social.
De acordo com Almeida:
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Marketing político é o segmento específico dentro da comunicação
mercadológica voltada para o ambiente político que visa estreitar a relação
de expectativa de um determinado grupo de pessoas em relação às questões que envolvem seu cotidiano e a materialização da mesma em um candidato a
um cargo público no período eleitoral através de suas propostas e projetos
(ALMEIDA, 2002, p.80).
O Marketing eleitoral se aplica integralmente à eleição, a aplicação do marketing às
técnicas eleitorais no período eleitoral, a imagem que o candidato irá passar a seus eleitores
para a consecução dos votos.
É somente um instrumento de comunicação nas campanhas. É uma estratégia mais
global, que inclui - além da comunicação - a pesquisa, o planejamento estratégico, o uso de
especialistas e a articulação de um conjunto de decisões e ações necessárias para a atuação
política de modo geral, além da eleitoral estrito senso (RICHERS, 2007).
Tentando mostrar a diferença entre marketing político e Marketing eleitoral, dizemos
que a diferença básica está na quantidade de tempo das duas, pois o marketing político é
usado para construção em longo prazo que utiliza as mesmas técnicas do Marketing eleitoral
só que com propósitos muito mais amplos participando assim ativamente do processo de
transição pelo qual passa a população no momento atual, utilizando os embates eleitorais para
formar uma imagem, podemos dizer também que o Marketing Político busca fazer com que as
obras governamentais de determinado político atinja seu objetivo que é fazer com que a
população absorva a eficácia de seu governo, buscando assim uma imagem para si mesmo.
Já o Marketing eleitoral, tem como objetivo principal angariar votos para ganhar a
eleição, o tempo que é destinado a essa atividade não ultrapassa os limites que envolvem os
pleitos eleitorais, acabando, portanto, no dia da votação e não passando de um processo de
comunicação áudio-visual que busca ofertar a imagem de um candidato em busca do poder.
Porém há quem diga que as duas estão ligadas a partir do momento em que quando um
político faz bom uso do Marketing, fica fácil alcançar bons resultados nas eleições.
Assim, pode-se afirmar que, Marketing eleitoral é um serviço de venda enquanto
marketing político é um serviço de pós-venda.
O Marketing Político e o Marketing eleitoral são o Marketing da conquista, que reúne
a força e a convicção obstinada da paixão com a astúcia, planejamento e a estratégia da
guerra. E Marketing político-governamental é o Marketing da ocupação e consolidação do
poder conquistado. (KUNTZ, 2006, p.19)
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2.2. HISTÓRICO DO MARKETING POLÍTICO
Sabemos que não é nova a utilização do marketing político nas atividades políticas de
diversas partes do mundo e que ela tem afetado sociedades e sistemas de governo que estão
inseridos neste contexto. A primeira vez que um candidato utilizou uma grande empresa de
comunicação numa campanha presidencial foi em 1952, nos EUA com o general Eisenhower.
O principal objetivo do trabalho desenvolvido foi adaptar a linguagem do candidato aos
programas de televisão, que possuíam uma dinâmica bastante diferente do discurso proferido
ao vivo em comícios, onde se podia avaliar imediatamente a reação do público.
Também na campanha de Eisenhower foi feita a primeira pesquisa de boca de urna,
processada por um computador Univac I, do tamanho de um apartamento de tamanho médio e
divulgada 45 minutos depois de encerrada a votação, dando a vitória a Eisenhower, fazendo
ingressar o marketing político na era da informática.
Desta forma, por esses e outros aspectos, a campanha de Eisenhower foi um marco do
marketing político moderno, cujos conceitos foram aplicados na campanha de Kennedy em
1960, quando o marketing político começa a ganhar contornos definitivamente profissionais,
com a televisão passando a desempenhar um papel preponderante nas campanhas.
Da eleição de Kennedy até os dias de hoje, os Estados Unidos passaram por mais de dez
eleições, sempre marcando época com pérolas do marketing político, o comercial
“Amanhecer na América” na reeleição de Reagan em 1984; e a campanha de Clinton em 1992
que explorou muito bem a frase de Busch que na campanha de 1988 prometeu não aumentar
os impostos.
No Brasil, de acordo com Monti (2004), pode-se dizer que a Era Vargas, foi
precursora do Marketing Político brasileiro. Na opinião deste autor, essa fase trouxe grande
mudança se comparada aos métodos do “coronelismo”. A presença cada vez mais intensa do
rádio, do cinema e da imprensa, facilitou o desenvolvimento e a comunicação de idéias. Com
quatro mandatos de presidente, Getúlio Vargas é um dos mais notórios presidentes a usar o
marketing como arma efetiva de divulgação de seus trabalhos. Getúlio usou de todos os meios
de comunicações possíveis da época para conseguir eleger-se, dentre eles: o rádio, o jornal, o
cinema, a recém chegada televisão, além de vários documentários que procuravam enaltecer
seus feitos pelo governo. Getúlio Vargas conseguiu aproximar-se da classe operária, sendo
conhecido como o “pai dos pobres”, sempre iniciando seus discursos com a frase
“trabalhadores do Brasil”.
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Mas não podemos deixar de mencionar que em 1955, outro político estava sempre
associado ao marketing, pois sua imagem ficou associada na mente da população. JK fez do
seu próprio nome sua marca, passando a ter nome e personalidade. Manteve-se sempre em
evidência na mídia, disseminando todo projeto que articulava, sempre teve perto das pessoas,
e desde sua campanha o jingle “Peixe Vivo” o acompanhou das eleições até sua morte, prova
maior da impregnação da figura de JK na mente da população, que tomou proporções
nacionais e internacionais.
O presidente Jânio Quadros também foi uma figura importantíssima para o marketing
político no Brasil, sendo suas campanhas e seu governo cheios de slogan e de jingles. Era um
presidente muito culto, gostava de falar ao povo, e apesar de uma linguagem simples usava de
todo respaldo intelectual, pois dominava muito bem a língua portuguesa.
Em 1969 assumia o poder o General Emílio Médici. Esse presidente tinha um
marketing político todo voltado para os seus projetos ligados ao esporte voltado às massas que
eram partes do seu projeto político, que aproveitou do período da Copa do Mundo para
envolver suas propagandas ligadas ao crescimento e desenvolvimento do país, em seus
discursos costumava usar poemas e figuras de linguagem.
Quanto ao presidente Tancredo Neves, esse faleceu antes de assumir, mas vale
salientar que suas propagandas foram cheias de participações de artistas de todo país,
propagandas essas que estavam impregnadas de slogans por toda parte.
Utilizando os meios de comunicação jornal, rádio, outdoor, revista e televisão, além de veículos eletrônicos e materiais promocionais. Para sua
campanha foram criados slogans sugerindo a mudança do país. Foi o
primeiro no Brasil a ter um pool de agências de publicidade que trabalharam
por uma causa. Trabalhou sua imagem como o único salvador da Pátria e era sempre
colocado em fotografias sorrindo como se já fosse o Presidente e não um
candidato. A disseminação de informação e o controle ideológico na campanha de Tancredo Neves ficam claros principalmente quando
observamos que, os resultados de pesquisa que eram divulgados, eram
apenas os favoráveis a ele. (FIGUEREDO,1990, p.127).
Veio o Sarney, que usou muito da aproximação popular, com discursos feitos no rádio.
Após um longo período marcado pela ditadura militar, um fluxo de comunicação mais amplo
foi reiniciado em 1985 com a abertura política e já nas eleições de 1989 deu-se o início da
aplicação do Marketing Político moderno no Brasil.
O ano de 1989 foi muito importante para a história política do Brasil. Depois de vinte
e um anos de ditadura militar e cinco anos de mandato do Presidente Jose Sarney, eleito pelo
Colégio Eleitoral, o país passa a ter a sua primeira eleição presidencial desde 1962. Milhões
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de brasileiros estavam, finalmente, tendo a oportunidade de eleger o seu Presidente depois de
mais de vinte e cinco anos de ditadura militar.
Desde as “Diretas Já” entre 1984 e 1989, o Brasil tem experimentado uma evolução
notória no que se diz respeito ao marketing político, principalmente se voltar ao passado e
lembrar da volta das eleições presidenciais do embate entre Fernando Collor de Melo e Luis
Inácio Lula da Silva, onde foram protagonistas de uma acirrada disputa política, na qual
Collor manteve-se apoiado no marketing, do qual fez grande uso de muitos artistas pra ajudar
na divulgação do seu nome, mas ele não usou desse mesmo marketing para ajudá-lo no seu
plano de governo, afundando-se assim em diversos escândalos que culminariam no seu
impeachment em 1992, assumindo assim o seu vice Itamar Franco, que era tido como homem
simples, de propósitos firmes, dentre suas características mais contundentes, as que mais
marcaram estão a de oportunista político e homem de grande caráter nacionalista.
Logo após veio Fernando Henrique Cardoso apresentando-se um homem culto, bem
vestido, ao contrario do seu adversário, que apresentava a imagem do operário, mal vestido,
barba por fazer, Fernando Henrique foi reeleito e só em 2002, Luis Inácio Lula da silva
conseguiu chegar à presidência do Brasil, porém teve que mudar muito suas estratégias e sua
imagem, Lula se apresentou bem vestido, sempre com ternos bem cortados, barba feita,
sorriso no rosto e um bom profissional de marketing por trás de sua campanha.
Nas eleições de 2010 o Brasil conseguiu eleger a primeira mulher para o cargo, a
presidente Dilma Rousseff. Ela teve o apoio de Lula e seus discursos foram voltados ao
modelo adotado por Lula em sua administração, afirmando continuar com os programas
sociais.
Nos dias atuais a era de democracia, o papel da mídia na política torna-se importante a
cada dia, pois a sociedade experimenta um novo mundo de informações e inovações que
propiciam o uso das ferramentas de comunicação.
Todos esses políticos sabiam da importância da mídia, e sempre procuravam alguma
forma de estar perto do povo, muitas vezes até usaram o marketing como aliado das
campanhas eleitorais.
2.3 O PÚBLICO-ALVO E SEU COMPORTAMENTO PARA O MARKETING POLÍTICO
No marketing eleitoral, o produto é o candidato que precisa vender sua imagem ao
eleitor, buscando através das pesquisas de mercado, moldar seu perfil ao escolhido por seu
público-alvo.
9
Segundo Cruz; Jesus (2009 apud Tomazeli, 1988, p.37),
[...] a segmentação do público alvo significa a prospecção e identificação de grupos homogêneos de pessoas, que têm entre si um conjunto de valores
relativamente semelhantes, manifestando suas necessidades e aspirações de
forma distinta dos demais grupos sociais.
Para segmentar um mercado político, é preciso levar em conta o comportamento do
eleitor, sua estrutura sócio-econômica, estilos de vida, lazer, cultura etc., podendo também ser
utilizados critérios como limites geográficos, ramos de atividades, sexo, idade, religião etc.
Numa eleição com características regionais, câmara federal, presidência da república,
por exemplo, um dos primeiros critérios a ser avaliado é o geográfico, partindo-se depois para
ramos de atividades, grau de instrução etc. A segmentação deve começar sempre do critério
mais abrangente até a característica mais particular do público alvo.
Um candidato que almeja cargos onde o universo geográfico é reduzido, como
eleições para prefeito e vereadores, em cidades do interior, por exemplo, deve dispensar
pouca importância para o fator geográfico, pois, o grupo de eleitores já possui certa
homogeneidade nesse sentido. A medida a ser tomada, então, poderá ser começar a
segmentação por ramos de atividades, por exemplo.
Para ter sucesso, o candidato precisará ser versátil na apresentação de suas idéias,
mesmo para com aqueles grupos com os quais não se identifica. Em uma última análise, a
segmentação servirá para determinar as variantes de linguagem do discurso. A plataforma
deverá ser a mesma sempre, de fácil assimilação e bastante abrangente. A forma de colocá-la
é que deverá mudar de acordo com a platéia envolvida.
Hoje em dia é impossível pensar em fazer política, sem uma estratégia voltada para as
massas populacionais. O marketing ao usar os meios de comunicação de massa atravessa
fronteiras atingindo o público-alvo, mas ainda é difícil afirmar que a participação direta do
cidadão na política, está associada ao que se passa repetitivamente na mídia, seja ligado ou
não a campanhas eleitorais.
O que Gomes (2001, p. 29) afirma é que Marketing Político e Marketing eleitoral
ajudam a despertar a atenção dos cidadãos, no que se diz respeito à indiferença que é aplicada
às campanhas eleitorais.
Na empresa o marketing é uma filosofia prática, uma forma de direção que
se adianta o futuro; faz sua previsão e consegue o desenvolvimento industrial, cumprindo a função técnica de pesquisar, planejar, executar e
controlar empiricamente. Como na atividade empresarial, marketing político
e eleitoral surgem como conseqüência da ocorrência: saber que o adversário
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pode nos desbancar e que é necessário que se desbanque o adversário.
(GOMES, 2001, p. 30).
Segundo Carreirão (2002), o comportamento do eleitor se baseia da seguinte forma:
voto no “defensor dos interesses do povo”; sofisticação política como determinante do
comportamento eleitoral; voto por “identificação ideológica”; o voto por avaliação de
desempenho; e o “novo eleitor não racional”.
Para Aldé (2001), A irracionalidade é associada às emoções e vista como a maneira
“errada” de fazer uma escolha. A maioria dos estudos nesta área atribui ao personalismo alto
poder explicativo quanto ao comportamento político e eleitoral do brasileiro.
Basicamente, o comportamento do eleitor brasileiro não se baseia na ideologia e sim
na emoção. Logo, a maioria dos eleitores se identificaria com o comportamento eleitoral
“não-racional”, na qual os atributos afetivos superam a lealdade ao partido ou uma análise
mais aprofundada do candidato. Essa teoria do “eleitor não-racional” foi desenvolvida por
Silveira (1998), que também apresenta vários tipos de decisões baseados na racionalidade.
Sendo assim, apresentam-se três modalidades de comportamento: o não-racional
tradicional, o novo comportamento não-racional e o racional. Silveira (1998) defende a idéia
de que ainda há uma modalidade em desenvolvimento, que é aquela na qual o eleitor baseia
sua escolha na imagem que tem do candidato, imagem esta, formada pela mídia e pelo
marketing político.
2.4 MARKETING POLÍTICO E SUAS ESTRATÉGIAS
As duas formas e comunicação política, que são o marketing político e o marketing
eleitoral, vêm sendo usadas com muita freqüência, seja de forma indiscriminada ou não.
Fazer marketing político significa incluir a formação da população, que será formada
de futuros eleitores, ou seja, fazer marketing político significa montar estratégias que vão
abranger diferentes tipos públicos, em vários segmentos da sociedade. Porém primeiramente
deve-se preocupar com o marketing eleitoral, para assim garantir o marketing político.
Um bom planejamento de marketing eleitoral sempre leva em consideração os
concorrentes. Normalmente, no fim do plano de marketing da campanha, é incluído um tópico
de avaliação competitiva, que servirá de base para a definição estratégica, contendo os dados
sobre os concorrentes e sobre a própria campanha.
Deve-se elaborar um plano de ação usando todas as ferramentas disponíveis. Segundo
Manhanelli (1988, p.15), em política “a estratégia deve ser utilizada como se utilizam os
11
generais em tempo de guerra, pois a única ação vergonhosa em campanhas eleitorais é perdê-
la”.
As estratégias utilizadas em marketing político é a arte de impetrar ações
com intuito de destacar um nome e suas qualidades junto aos eleitores da forma mais clara e definitiva possível, levando, nestas ações, informações de
conteúdo que façam o eleitorado assimilá-las com o objetivo de, no primeiro
instante, eleger o dono do nome a um cargo eletivo, e posteriormente alimentar este conceito e defendê-lo (MANHANELLI, 1988, p. 13)
Dentro das estratégias de marketing não constam apenas esforços de comunicação,
mas sim todo um conjunto de técnicas e de instrumentos específicos que serão selecionados,
dependendo dos objetivos específicos que se quer atingir.
Todas as estratégias de marketing se baseiam em crenças implícitas ou explícitas sobre
o comportamento do consumidor. As decisões que se baseiam em premissas explícitas e em
teorias e pesquisas bem fundamentadas têm maior probabilidade de ser bem-sucedidas do que
as decisões que se baseiam apenas em palpites e intuição [...] Não é possível antecipar e reagir
às necessidades e aos desejos dos clientes sem um conhecimento completo do compartimento
do consumidor. Descobrir as necessidades dos clientes é um processo complexo, mas às vezes
pode ser conseguido por meio de uma pesquisa de mercado. (HAWKINS;
MOTHERSBAUGH; BEST, 2007, p. 6-10). Conforme os estudos existentes, os componentes
do marketing eleitoral são a pesquisa de mercado, o conceito, a estratégia utilizada pelo
candidato e o plano de comunicação.
Segundo Gomes (2001, p. 28) serão exemplos e características do marketing político:
esforços para dar notoriedade a uma ideologia partidária; a pesquisa das necessidades da
sociedade para que se crie um programa novo que revitalize o partido ou o candidato; a
divulgação desta pesquisa em forma de programa; debates entre líderes políticos e sindicais
para a discussão de determinadas posturas partidárias; programas de palestras e conferências
em escolas e todos os níveis; envolvimento através de patrocínio de eventos culturais,
esportivos, ecológicos, etc., dentre muitas outras opções ligadas a essa temática.
A mídia é sem dúvida um grande aliado na divulgação das informações no Marketing
Político, a promoção varia de ações sociais executadas pelo candidato como remédios,
transportes, alimentos, entre outras ajudas que possam incentivar o eleitor a escolher
determinado candidato ou partido, assim como, a disseminação dessas atitudes através da
propaganda, publicidade, relações públicas e merchandising.
O que diferencia a estratégia em Marketing Político de qualquer outra definição é que
nesse ramo ela pode - e deve - sempre que preciso sofrer alterações ao longo da sua aplicação,
12
pois uma campanha política está sujeita a diversos fatores externos, como as declarações dos
adversários e o comportamento dos eleitores, por exemplo.
3 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Segundo Quivy e Campenhoudt (2003), um dos primeiros problemas que se põe ao
investigador é muito simplesmente o de saber como começar bem o seu trabalho [...] Uma
investigação é por definição, algo que se procura. É um caminhar para um melhor
conhecimento e deve ser aceite como tal, com todas as hesitações desvios e incertezas, que
isso implica. (apud SILVA, 2008)
4 - CAMPO DA PESQUISA
Origem e Características do Município Estudado
A origem da cidade está ligada à lagoa que se encontra no centro da cidade. Segundo
moradores antigos da região no inicio do século XIX, a região se encontrava numa seca
terrível. Alguns criadores de animais começaram a observar que dentre os animais que
criavam soltos, os animais do reino suíno voltavam sempre molhados, na curiosidade de
descobrir de onde vinham observaram que esses animais saiam sempre em direção à mata e
perto do entardecer eles regressavam todos cheios de lama, o que despertou o interesse das
pessoas. Um dia alguns caçadores seguiram os porcos através da mata, e os encontraram
tomando banho numa poça de lama. Descobriram que aquela poça nunca secava, com o
passar dos anos o volume d’água foi aumentando. Com a lagoa dentro da mata, originou-se o
nome “Lagoa de Dentro” dando origem ao povoado que se transformaria em cidade.
População
A população é de 7.370 habitantes, sendo 3.935 na zona urbana e 3.395 na zona rural,
e destes, 3.626 são homens e 3.744 mulheres, segundo o ultimo censo do IBGE (2010). Sua
densidade demográfica fica em torno de 66,54 hab/km². Encontra-se a 700 metros do nível do
mar e seu clima predominante é o tropical quente-úmido, com temperatura média em torno de
26°. A área urbana do município mede 10.000m², tendo sua forma oval. Dentre os sítios mais
populosos destacam-se: Canto de Pedra, Gravatá, Vila Bom Jesus, Vila Pitombas e Lagoa do
Meio.
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Localização
O município de Lagoa de Dentro – PB está localizado no Estado da Paraíba na porção
oriental do Nordeste do Brasil. Situa-se na micro-região de Guarabira-PB, precisamente na
mesorregião do Agreste paraibano. Sua distância da capital João Pessoa é de 98 km, ocupa no
Estado o 129º lugar em território com uma área de 106km²
Figura 1 – Localização da cidade de Lagoa de Dentro-PB
Fonte: CPRM - Serviço Geológico do Brasil, 2005.
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
Partindo-se da hipótese formulada em relação ao objeto de pesquisa, identificamos a
seguinte resposta ao problema do trabalho: a imagem pessoal é um fator de grande
importância na vida do ser humano. Na vida pública a preocupação com essa imagem é ainda
maior, por isso é perceptível que a maioria dos políticos deve adotar estratégias de Marketing
para a projeção de uma imagem de político como sendo: serio, confiável, responsável,
competente, caridoso, e que seja cada vez mais atraente perante a população.
Assim, pela natureza que envolve o problema da pesquisa inserido ramo das ciências
sociais o tipo de pesquisa adotado foi o exploratório, descritivo e documental.
14
Dessa forma, quanto à tipologia o trabalho é caracteriza como sendo uma pesquisa
empírica. Este tipo de pesquisa se dedica a codificar a face mensurável da realidade social
(ANDRADE, 2004).
Acevedo e Nohara (apud Prestes, 2008, p. 3) definem a realidade empírica como
“tudo que existe no mundo e poder ser conhecido por meio da experiência. Esta por sua vez,
refere-se ao conhecimento captado pelos sentidos e pela consciência.”
Quanto à natureza, a pesquisa se constitui em um trabalho científico original.
Trabalho científico ou original significa uma pesquisa realizada pela primeira vez, que venha
a contribuir para a evolução do conhecimento em determinada área da ciência (ANDRADE,
2004).
Quanto aos objetivos, a pesquisa se caracteriza como sendo: descritiva e
exploratória. Na pesquisa descritiva “os fatos são observados, registrados, analisados,
classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira sobre eles. Portanto, os
fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas não manipulados pelo
pesquisador.” (ANDRADE, 2004, p. 19).
De acordo com Vergara (2000) a pesquisa exploratória, configura-se como sendo a
fase preliminar do estudo. É finalidade da pesquisa, proporcionar maiores informações de
estudo, em um ambiente no qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado sobre o
tema.
Com relação aos meios ou procedimentos conforme Vergara (2000, p. 48) o estudo é
caracterizado como pesquisa bibliográfica, pois consiste em um estudo sistematizado
fundamentado em material publicado em livros, revistas, periódicos, entre outros.
4.2 UNIVERSO OU POPULAÇÃO
Vergara (2000, p. 50) define universo de pesquisa como sendo: “um conjunto de
elementos (empresas, produtos, pessoas, por exemplo) que possuem as características que
serão objeto de estudo.”
O universo da pesquisa é constituído pelos membros do poder legislativo (os 9
vereadores) e pelos membros do poder executivo (vice- prefeito e prefeita) do município de
Lagoa de Dentro. Totalizando um número de 11 pessoas.
15
4.2.1 AMOSTRA DA PESQUISA
Segundo Vergara (2000, p. 50) “amostra é uma parte do universo (população)
escolhida segundo algum critério de representatividade.”
A amostra para este estudo é do tipo não probabilística, que não é baseada em
procedimentos estatísticos e do tipo intencional, em que algumas pessoas serão selecionadas
abaixo descriminadas. Os sujeitos da pesquisa compõem um grupo de 10 políticos que
participaram do último pleito na cidade de Lagoa de Dentro e que se disponibilizaram em
participar das entrevistas.
4.3 INSTRUMENTOS DE PESQUISA
O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados foi o questionário fechado.
Conjunto de questões, sistematicamente articuladas, que se destinam a
levantar informações escritas por parte dos sujeitos pesquisados, com vistas
a conhecer a opinião dos mesmos sobre os assuntos em estudo. (SEVERINO, 2007, p. 125).
O questionário elaborado para o estudo foi composto por dez questões feitas
diretamente com os políticos da cidade de Lagoa de Dentro.
Nas três primeiras questões do questionamento foram realizadas perguntas de fato,
Lakatos e Marconi (2007, p. 93) afirma que são aquelas que “dizem respeito a questões
concretas, tangíveis, fáceis de precisar”. Utilizadas para coletar as informações necessárias
para a definição do perfil do sujeito de pesquisa.
Nas demais questões foram abordados assuntos sobre marketing político, medidas
através de uma escala de likert numa ordem crescente de Não é Importante à Muito
Importante , segundo Lakatos e Marconi (2008, p.91), “consiste em emitir um julgamento por
meio de uma escala com vários graus de intensidade para um mesmo item. [...] são
quantitativas e indicam um grau de intensidade crescente ou decrescente.” Essas questões
avaliam o grau de importância dos conhecimentos que os políticos tem a cerca do assunto em
estudo.
16
5 - ANÁLISE DE RESULTADOS
5.1 A EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO MUNICÍPIO DE LAGOA DE DENTRO
Quanto a realização e execução do primeiro objetivo específico da pesquisa foram
levantadas as seguintes informações. Para este objetivo aplicamos o método de observação
por intermédio de fontes secundárias, ou seja, os dados foram obtidos de relatórios,
documentos e sites.
Ao observar que Lagoa de Dentro não desfrutava dos privilégios de Caiçara – PB, a
quem a vila de Lagoa de Dentro pertencia, usufruindo apenas das migalhas, os líderes
políticos juntamente com alguns populares deram inicio ao movimento de emancipação. E
movidos pelo crescimento que a vila apresentava mesmo sendo pouco assistida. Entre os
líderes políticos estavam os senhores Benedito Pereira da Silva, Joaquim Freire Sobrinho,
Pedro Vieira Filho, Acrísio Freire Vieira, Adonias Freire Vieira, Severino Ismael (Deputado
Estadual – Caiçara –PB).
O deputado Severino Ismael trazia os candidatos para a vila com o apoio
dos políticos locais, mas ai Acrísio Freire Vieira, filho de Pedro Vieira
Filho, apresentava outro candidato e já contava com o apoio da maioria da população da vila. Em Caiçara ganhava o candidato de Severino Ismael,
mas ao chegar às urnas de Lagoa de Dentro o mesmo perdia e isso aborrecia
o Deputado (MOREIRA, 2006) O.N.R. entrevista concedida em 28/08/2006.
O senhor Alfredo Chaves, filho de um dos primeiros habitantes o senhor José Batista
Chaves, teve grande participação no crescimento do então povoado de Lagoa de Dentro, foi
por persistência dele que a Escola Estadual Getúlio Vargas foi implantada, ele também
terraplenou toda cidade, fez escavações que aumentaram a lagoa, plantou árvores, fez o açude
do governo e trouxe as casas das vicentinas, ainda hoje existentes na cidade; segundo os
moradores era um homem de posses e interessado no crescimento do lugar. Aliado aos
esforços, Lagoa de Dentro com sua posição geográfica também favorecia ao crescimento, era
passagem obrigatória de viajantes e comerciantes que transitavam de Jacaraú-PB para
Guarabira-PB.
Foi elevada a condição de Vila em 1957, e a condição de Distrito em 04 de Fevereiro
de 1959, Lei Nº 1.990. A ascensão à cidade deu-se num curto espaço de tempo, devido ao
17
crescimento do lugar, o momento que o Estado da Paraíba estava vivendo politicamente
também favoreceu e são claro as lideranças locais que brigavam pelo poder.
Contam os populares e descendentes dos primeiros líderes que a disputa pela liderança
entre Benedito Pereira e Acrísio Freire Vieira foi uma das maiores responsáveis pela
emancipação da vila. O Decreto de criação do município foi apresentado na Assembléia pelo
então Deputado Estadual Severino Ismael.
No ano de 1961, o Governador do Estado da Paraíba, aprova a Lei nº 2.614 de 11 de
Dezembro de 1961, que cria o Município de Lagoa de Dentro, ficando o dia 20 de Dezembro
de 1961, conforme consta no Artigo 8º da citada lei a data oficial de instalação do Município.
Por não ser período de realizações de eleições Municipais o Governador do Estado da
Paraíba, senhor Pedro Moreno Gondin, nomeou o senhor Benedito Pereira da Silva como
Prefeito do Município de Lagoa de Dentro - PB. Benedito Pereira da Silva foi empossado pelo
representante do governador Silvio Porto e governou da instalação oficial do município
(20/12/1961) até a posse do primeiro prefeito eleito pelo povo em 1962.
A partir da emancipação política, a vida da população foi mudando e gradativamente
de acordo com as administrações que foram realizadas. As pessoas despertavam para a
necessidade de estudar e o município começou a se organizar e a crescer.
5.2 ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA DO MUNICÍPIO
A administração política do município se deu através de figuras ilustres da região, no
período de 20/12/61 à 21/10/62 foi administrada por Benedito Pereira da Silva, durante seu
mandato não houve composição da Câmara de Vereadores, respondendo o mesmo pelos dois
poderes (Executivo e Legislativo Primeiro Prefeito nomeado pelo Governo do); ele abriu ruas
entre elas a Rua Bevenuto Ferreira, estradas vicinais que ligavam à zona rural à sede, entre
outras coisas.
Depois veio Acrísio Vieira da Silva Primeiro Prefeito eleito pelo voto do povo tomou
posse no dia 22/10/1962, com uma Câmara de Vereadores assim composta: Joaquim Freire
Sobrinho, Presidente; Antonio Adelaide Sobrinho, Vice Presidente; Raul Rodrigues da Costa,
1º Secretário, Luis Justino da Silva, 2º Secretário, Severino Felix da Silva, Unilce Pereira e
Silva e Pedro Antônio Alves ; sua administração impulsionou o crescimento da cidade, fez
calçamento da rua principal, expandiu a cidade abrindo ruas e estradas vicinais fazendo
ligações do Município com sítios e com outros municípios, entre as estradas está a que liga
Lagoa de Dentro a Estacada, trouxe a energia de Paulo Afonso no ano de 1966.
18
Acrísio ainda governou Lagoa de Dentro numa segunda administração que datou de
1974 a 1976. Severino Calixto da Silva, de 1967 a 1969, teve uma administração marcada por
várias construções, entre elas a da Sede da Prefeitura Municipal. Raul Rodrigues da Costa
administrou a cidade no período de 1970 a 1973 e impulsionou o crescimento da cidade, Raul
foi prefeito (02) duas vezes tendo deixado seu nome marcado como um dos construtores do
crescimento de Lagoa de Dentro, sua segunda administração data de 1977 a 1982
A atual gestão no município está sob a administração da Prefeita Sueli Madruga Freire e a
câmara de vereadores é composta por Luciana Vieira da Costa, Adalberto Jorge de
Vasconcelos Silva, Adelso Freire, Fabiano Pedro da Silva, Samuel Vicente Santiago, Jose
Fernandes de Oliveira, Alexsandro Bento Felix e José Edson Silva.
Com relação a 2ª etapa da pesquisa, observamos os seguintes dados coletados do perfil
dos políticos
Variável Gênero
Dos 10 políticos entrevistados 20% são do sexo feminino e 80% são do sexo masculino,
talvez essa maioria representativa do sexo masculino possa estar ligada ao fato do que o
homem relação a mulher parece estar mais envolvido com as questões de política. Desde o
início da sua história pode-se perceber o envolvimento do sexo masculino nas questões do
desenvolvimento da cidade.
Sacchet (2009, p. 13) ao se referir à participação feminina na política afirma: “... ainda
que os homens possam conhecer mais sobre questões da política formal, as mulheres tendem
a saber mais sobre assuntos relacionados ao dia a dia da vida familiar e comunitária,
igualmente relevantes para a formulação de políticas públicas”.
Por outro lado Kobayashi e Item (2002) informam que, a participação ainda muito
pequena da mulher no cenário político deve-se primeiramente, à legislação que determina a
participação percentual mínima de candidatas por partido, embora se reconheça uma forte
ascensão das mulheres na Magistratura e no Jornalismo, por exemplo.
Em um segundo contexto, a vida política exige quase que dedicação de tempo exclusiva e
ainda se reveste de preconceitos machistas, o que tem, ao longo dos anos, promovido uma
barreira, que está sendo devidamente rompida pelas mulheres.
Para os autores (op cit), o marketing de uma candidatura feminina é mais favorável que a
masculina, uma vez que, trata-se de uma apresentação diferenciada que agrega simpatia,
curiosidade e interesse à simbologia inserida no inconsciente da população do espírito de
iniciativa, independência e defesa das minorias.
19
Nível de escolaridade
Quanto ao nível de escolaridade pode-se perceber que o público na sua grande maioria
possui o nível Médio (50%), seguindo-se de 30% que os candidatos tem curso superior
incompleto e, apenas 20% tem curso superior completo.
Infelizmente nota-se com esse resultado um fato bastante preocupante para o futuro de
uma cidade, que é ter a maioria dos políticos com o nível de escolaridade ainda muito baixo,
políticos que não se preocupa com sua formação ou que não tiveram oportunidade nem
incentivos para concluir os estudos.
o número de mandatos
Quanto ao número de mandatos que vem exercendo na política, os sujeitos
pesquisados se distribuem da seguinte forma: 40% estão exercendo o primeiro mandato; 40%
o segundo e apenas 20% estão exercendo mais de três mandatos.
Sobre esses dados são pertinentes as observações de Kobayash e Item (2002). Para os
autores, o candidato que ainda não participou do jogo político pode apresentar em seu
marketing vantagens em relação aos demais, pois, incorpora o perfil da renovação, agrega
novas forças políticas e tem maior capacidade de mobilização de jovens, amigos e família.
Entretanto, esses candidatos também podem incorporar dificuldades nas disputas, como
incorporar um perfil de despreparo e não gerar credibilidade se não souber expor suas
propostas objetivamente.
Quanto ao candidato com mais pleitos pode ter seu marketing planejado em sua
história e nome gravados no cenário político da localidade, apresentando-se como uma
continuidade de um determinado grupo político.
Uso de boas estratégias utilizadas para conquistar os eleitores?
Sobre essa variável foi questionado aos entrevistados até que ponto considera
importante o uso de estratégias de marketing para conquistar os eleitores. 70% dos políticos
opinaram que as estratégias de marketing são muito importantes, 20% afirmaram ser
importantes e 10% avaliaram como pouco importante. Os dados demonstram que a maioria
dos candidatos valoriza o uso de boas estratégias para conquistar seus eleitores, nesse sentido,
20
é pertinente a consideração de Rego (1985, p. 14) ao afirmar que “[...] o marketing político é
o caminho indicado e seguro para o sucesso de quem deseja entrar na política”.
Aplicação de um estudo mercadológico para a campanha
Em relação a essa variável, questionou-se aos entrevistados o que pensavam sobre a
aplicação de um estudo mercadológico para suas campanhas. Os resultados apontam que 70%
dos respondentes acreditam que o estudo seria importante, 20% consideraram muito
importante e apenas 10% consideraram pouco importante.
Avaliação da história política dos que já passaram pela administração
Essa variável apresentou diversas avaliações; para 50% dos entrevistados a avaliação
da história política dos que já passaram pela administração do município é importante; para
30% é muito importante, 10% acreditam ser de pouca importância e outros 10% são
indiferentes a questão. Sobre isso, Kobayash e Item (2002) pontuam que o planejamento e o
desenvolvimento de uma campanha eleitoral bem sucedida não podem prescindir do
conhecimento sobre o ambiente que envolve o processo político, devendo-se identificar e
interpretar o clima político da comunidade. Infere-se, portanto, que a história política dos que
já passaram pela administração do município é uma importante fonte para a apuração do
cenário onde se processa a campanha.
Avaliação da importância da opinião dos leitores em relação à imagem do/a
entrevistado/a como político
Em relação a essa variável, os dados demonstram que 50% dos entrevistados
consideram importante a opinião dos leitores sobre a imagem política que apresentam; 40%
consideram essa opinião muito importante e apenas 10% percebem pouca importância. De
acordo com Bezerra e Silva (2011), o conceito de imagem relaciona-se intencionalmente com
um perfil diferenciado de personagem posto à exposição na esfera pública com a finalidade de
conquistar a adesão dos eleitores, sendo indissociável do candidato, daí sua importância:
constitui-se em uma referência identitária na política numa sociedade marcada pela linguagem
midiática.
21
Avaliação da importância dos benefícios para a população da cidade
Foi solicitado aos informantes que relacionassem o grau de importância de diversos
benefícios para a população da cidade, buscando a percepção desses sobre temas como água
limpa, bons empregos, aspectos culturais, segurança e políticas públicas. Os dados foram
dispostos na Tabela 01, a seguir.
Tabela 01: Avaliação da importância dos benefícios para a população da cidade
Grau de importância
Benefícios
Não é
importante
Pouco
importante
Indiferente Importante Muito
importante
Água limpa - - 10% 10% 80%
Bons empregos 20% - - 20% 60%
Aspectos culturais 10% - - 40% 40%
Segurança - - 10% 20% 80%
Políticas públicas - - 10% 90%
Fonte: Pesquisa de campo, 2011.
De acordo com a Tabela 01 apresentada, a maioria dos entrevistados considera muito
importante os benefícios relacionados à água, emprego, cultura, segurança e políticas
públicas, entretanto, chama a atenção o fato de que alguns candidatos não dão importância aos
fatores emprego e cultura, principalmente em um contexto social em que estão inseridos, pois
Lagoa de dentro é uma cidade de pequeno porte, carente de empregos e de desenvolvimento
cultural.
Avaliação das estratégias de marketing mais apropriadas para ser eleito ou se
manter no cargo
Questionados sobre as estratégias de marketing mais apropriadas para ser eleito ou se
manter no cargo, os candidatos ofereceram um rol de indicações. Os dados mais citados foram
dispostos na Tabela 02, a seguir:
Tabela 02: Estratégias de marketing mais apropriadas para ser eleito ou se manter no cargo
Estratégias de marketing Quantidade de
citações
%
Cuidado com o discurso 1 10%
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Trabalho (social) 5 50%
Honestidade 1 10%
Propaganda (divulgação das ações, atos legislativos) 7 70%
Visitas 3 30%
Escuta da população 2 20%
Fonte: Pesquisa de campo, 2011.
De acordo com a Tabela 02, a propaganda é a principal estratégia de marketing
adotada pelos entrevistados, obtendo-se um percentual de 70% das respostas, seguida do
trabalho de caráter social e das visitas à população.
Sobre isso Mattielo e Ribeiro (2006) informam que, a propaganda política é algo de
extrema importância no processo decisório do voto. Para os autores é por intermédio dos
meios de comunicação como revistas, jornais, folhetos, televisão, internet ou através de cabos
eleitorais, que a imagem do candidato e suas propostas chegam aos eleitores. Também
apontam que dentre os elementos propulsores do sucesso do candidato, as práticas de
relacionamento entre o candidato e seus eleitores são bastante eficazes, inclusive no que se
refere à comunicação com a visita porta a porta, porém, os autores chamam a atenção que,
sem a utilização de uma avaliação da receptividade, o marketing tende a ser falho. Enfim, as
ações sociais executadas pelo candidato como remédios, transportes, alimentos, entre outros
podem incentivar o eleitor a escolher determinado candidato ou partido.
Em vista do exposto, é possível afirma que a imagem que os políticos de Lagoa de
Dentro se preocupam em passar para a população a imagem política de que são fieis aos seus
eleitores, principalmente quanto é divulgação de projetos e ações desenvolvidas.
Quanto ao o nível de compreensão sobre as estratégias de marketing, os políticos de
Lagoa de Dentro ainda não se mostram amadurecidos. Neste sentido, é importante a
diferenciação de Almeida (2002, p. 86) sobre o tema:
O marketing político é uma estratégia permanente de aproximação do partido e do candidato com o cidadão em geral, enquanto que o eleitoral é
uma estratégia voltada para o eleitor, com o objetivo de fazer o partido ou
candidato vencer uma determinada eleição.
Para o autor, o marketing político exige que se pesquisem as necessidades do cidadão,
revitalizando o partido e contribuindo com o debate entre líderes políticos e sindicais sobre as
posturas desse mesmo partido para programar ações permanentes e coordenadas em função
dos objetivos que se quer atingir, utilizando estratégias a longo prazo a partir de estudos que
se nutrem das pesquisas efetuadas.
23
6 - CONCLUSÕES
A partir dos dados apresentados na pesquisa executada, embora 70% dos políticos
tenham opinado que as estratégias de marketing sejam muito importantes, apenas 50% dos
entrevistados consideram também importante a opinião dos leitores sobre a imagem política
que apresentam. Além disso, no rol das estratégias de marketing apontadas como mais
apropriadas para ser eleito ou se manter no cargo, em nenhum momento foram sugeridas a
pesquisa das necessidades dos cidadãos a fim de criar-se novos programas de revitalização do
partido ou candidato; debates entre líderes políticos e sindicais para discussões sobre posturas
partidárias; programa de palestras; conferências nas diversas instituições públicas;
envolvimento em eventos culturais, esportivos, ecológicos, etc; entre outros.
Quanto à imagem, os políticos de Lagoa de Dentro, não foi possível estabelecer um
quadro comparativo entre as expectativas e percepção dos entrevistados sobre marketing,
avaliando a melhor forma de comunicá-la, nesse sentido sugere-se que, enquanto prática do
marketing político, esses precisam planejar suas mensagens de forma que constituam uma
referência identitária na política local, apresentando princípios firmes e coerentes com o
programa político dos respectivos partidos, de forma a conquistar a aprovação, confiabilidade,
segurança e credibilidade de maneira sólida junto à população.
TÍTULO
ANALYSIS OF THE POLITICAL MARKETING STRATEGIES ADOPTED BY
POLITICAL CANDIDATES IN THE CITY OF LAGOA DE DENTRO - PB
ABSTRACT
This work is meant to examine the marketing strategies adopted by the elected politician in
the last election of the municipal elections of Lagoa de Dentro - PB. In order to realize the
level of understanding they have of the subject, and what kinds of strategies are being used by
the public, the research adopted a combination of exploratory and descriptive method. The
research represents all candidates were elected. As a research instrument was a questionnaire
containing 10 closed questions. The research is relevant because it points out the marketing
strategies that politicians use to project your image to the people. Today, the adoption of these
tools marketing has become essential to be closer to the population's needs, therefore to better
serve its customers and find out what products or services they prefer. But above all it is
important to understand the difference between political marketing and electoral marketing,
there are still people who confuse the two, but they are very different. A very clear difference
24
cited in this work between the two terms is that the electoral marketing is selling a service as
political marketing is an after-sales service. In the group studied, the data indicate that the
marketing strategies adopted by respondents is considerably closer to the electoral marketing.
Keywords: Marketing, Strategies, Political Voters
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