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Colégio Sagrado Coração de Maria - Rio
Rua Tonelero, 56 – Copacabana – Rio de Janeiro site: www.redesagradorj.com.br / e-mail: [email protected]
“Pro samba que você me convidou, descobrir e brincar eu vou!”
1ª ETAPA Professoras: Carla Farias e Goretth Feitas
Turma: Maternal 1B
O projeto sobre o samba começou e agitou todo o nosso segmento. Não apenas o ritmo, mas a
curiosidade despontou com o samba. Como disparador do projeto, ouvimos uma história no espaço
multimídia de nossa escola com a coordenadora Andréa. A história contada foi “O menino Semba”. Foi um
momento muito rico e divertido, pois, além da história, a cada parte da narrativa, os professores de Música
Marcelo e Regina tocavam e cantavam samba caracterizados e com diversos instrumentos musicais. Em
sala, fizemos a recapitulação da história ouvida, interpretando e destacando a parte que mais nos
interessou, com um desenho bem caprichado.
Iniciamos nossa pesquisa sobre o samba descobrindo de onde veio esse ritmo tão contagiante.
Conhecemos o globo terrestre e o mapa da África. Conversamos sobre o continente africano e sobre como
aconteceu a influência do ritmo africano no que conhecemos como samba. Falamos de culturas e
conversamos sobre os escravizados que vieram trabalhar e acabaram colaborando tanto para a nossa
formação histórico-cultural. Trabalhamos com histórias da literatura afrobrasileira infantil, como “O
espelho de Lelê”, “O menino Semba”, “Chuva de manga”, “Nilo e Nina” e outras. A cada história, fazíamos
uma descoberta diferente sobre aspectos da cultura afrobrasileira. Fizemos uma colagem nos mapas da
África e do Brasil.
No contexto do significado da palavra “semba”, que originou a palavra “samba”, descobrimos que
ela significa umbigada. Pesquisamos e conhecemos essa dança, na qual um encosta o umbigo no outro no
ritmo da batucada.
Na trajetória do samba no Rio de Janeiro, conhecemos a importância e a influência das baianas para
o crescimento do samba, como a Tia Ciata. Trabalhamos o raciocínio lógico com o trecho da música de
Carmen Miranda “O que que a Baiana tem?” e conhecemos muitas pinturas da arte Naif sobre baianas.
Fizemos nossa releitura de baiana usando filtro de papel para simbolizar a saia rodada.
Conhecemos um dos primeiros sambas, “Pelo Telefone”, e observamos diversos aparelhos de
telefone, destacando as mudanças no decorrer do tempo. Vivenciamos o jogo simbólico, em que as
crianças faziam de conta que estavam falando com alguém ao telefone.
Partimos para a década de 30 e conhecemos mais sobre o cantor e compositor Noel Rosa. Fizemos
uma pesquisa no computador sobre quem era ele, onde morava, o que gostava de fazer e sua participação
na história do samba. Foi um momento muito significante de trocas e estímulo oral. Através das questões
colocadas, as crianças passaram a verbalizar sobre o assunto do projeto, construindo frases cada vez mais
complexas e aumentando seu vocabulário. No espelho, a partir da observação do próprio corpo, e com o
suporte da foto de Noel Rosa, fizemos o retrato dele da forma como imaginávamos que ele era. Depois,
colamos a silhueta do instrumento que ele mais gostava de tocar. Durante as atividades, conversamos
sobre as partes do corpo e suas quantidades (duas orelhas, dois olhos, um nariz).
Começamos a escutar as músicas de Noel Rosa e a música que mais nos chamou a atenção foi “Com
que roupa?”. Ficamos muito curiosos com a pergunta. Como será que ela surgiu? Descobrimos que Noel
queria passear e sua mãe escondeu suas roupas, e daí nasceu esse samba. Trabalhamos principalmente
com o refrão da música. Primeiro com o que significa “pro samba que você me convidou...”. Conversamos
sobre convite: o que é, para que serve, quais as informações que apresenta. As professoras levaram
variados tipos de convite (trabalhando com o gênero textual) para observarmos.
Pensamos e planejamos uma roda de samba, como à que Noel foi convidado. As famílias
colaboraram enviando quitutes para a nossa roda. Confeccionamos um convite para que a outra turma de
Maternal participasse da roda de samba conosco. No dia, cada um escolheu uma roupa de sua preferência
para vir à escola. As cadeiras estavam arrumadas em círculo, cada criança escolheu um instrumento e
tocamos e dançamos os sambas que já conhecíamos. Foi bastante divertido. Depois, partilhamos os
quitutes!
Conversando sobre o refrão da música “Com que roupa?”, observamos que as roupas que usamos
estão contextualizadas a um ambiente, ao clima ou uma situação, como uma festa, um dia de chuva, o
uniforme da escola, etc. Observamos um encarte de loja de roupas infantis e conversamos sobre as roupas
e o gênero, pois havia roupas de menina e de menino. Com uma caixa de sapato infantil, confeccionamos
um guarda-roupa e colamos dentro dele as roupinhas de recorte do encarte, trabalhando com noções
matemáticas como aberto/fechado e dentro/fora.
Explorando os movimentos e ritmos do samba, através da expressão corporal e dos gestos motores,
principalmente nas aulas de Corpo e Movimento, conhecemos os diversos sons dos instrumentos musicais
do gênero: os sons agudos, graves, longos e curtos. Conhecemos o nome de alguns instrumentos e
confeccionamos nossos próprios instrumentos de sucata.
Como ouvimos muitas músicas, conversamos sobre como era a música na época de Noel e sobre
como as pessoas faziam para ouvi-la. Descobrimos que, hoje em dia, ouvimos música no celular, no rádio
do carro, no aparelho de CD etc., mas na época de Noel o rádio era muito diferente. As músicas de Noel
tocavam no rádio, mas em um aparelho totalmente diferente do que temos em sala de aula. Pesquisamos
imagens de aparelhos de rádio antigos e confeccionamos um rádio com caixa de papelão.
Conhecemos a música “Conversa de Botequim”, de Noel Rosa. Observamos alguns trechos da letra
e trabalhamos no enfoque de palavras de cortesia e gentileza: “Seu garçom, faça o favor de me trazer
depressa”. Também trabalhamos com versamento e equilíbrio ao manipular a bandeja com lanches.
Com a aproximação da Feira Literária, confeccionamos um grande guarda-roupa para expor. As
crianças adoraram pintar o armário, abrir e fechar as portas e produzir as roupinhas de papelão. Também
fizemos um livro coletivo, que tinha como enredo uma suposta conversa com Noel Rosa sobre a escolha
das roupas.
Prosseguimos com a história do samba em nossa cidade e conhecemos muitos outros nomes. Dos
sambistas, grupos e ritmos que marcaram décadas, Chico Buarque, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho
foram os que mais gostamos de escutar. Porém, visitando os trabalhos e produções das demais turmas na
Feira, nos aproximamos de outros nomes do samba através do olhar das crianças.
Mais que um projeto musical, foi um projeto de muitas descobertas e diversão!
ATÉ O PRÓXIMO PROJETO!
Galeria de Fotos:
Conhecendo e dançando a umbigada!
Samba pelo telefone- Jogo simbólico
Conhecendo e pesquisando sobre as baianas
Apresentação dos instrumentos musicais do samba
Apresentação dos mapas: Brasil e África / Roda de Samba