22

Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

  • Upload
    lekhanh

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa
Page 2: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

SOM DO BARRO (Nado de Olinda)

Copyright: Instituto Arte na Escola

Autor deste material: Ana Maria Schultze

Revisão de textos: Soletra Assessoria em Língua Portuguesa

Diagramação e arte final: Jorge Monge

Autorização de imagens: Ludmilla Picosque Baltazar

Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express

Tiragem: 200 exemplares

Créditos

MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA

Organização: Instituto Arte na Escola

Coordenação: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Concepção: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Concepção gráfica: Bia Fioretti

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

Som do barro: Nado de Olinda / Instituto Arte na Escola ; autoria de Ana Maria

Schultze ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. – São Paulo :

Instituto Arte na Escola, 2006.

(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 69)

Foco: SE-13/2006 Saberes Estéticos e Culturais

Contém: 1 DVD ; Glossário ; Bibliografia

ISBN 85-98009-70-9

1. Artes - Estudo e ensino 2. Artesanato 3. Cerâmica 4. Mestre Nado de

Olinda I. Schultze, Ana Maria II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque, Gisa

IV. Título V. Série

CDD-700.7

Page 3: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

DVDSOM DO BARRO (Nado de Olinda)

Ficha técnica

Gênero: Documentário sobre Mestre Nado de Olinda.

Palavras-chave: Regionalismo; artesanato; cultura popular;cerâmica; procedimentos tradicionais; música.

Foco: Saberes Estéticos e Culturais.

Tema: O trabalho do artesão Nado de Olinda que ultrapassa o fazerutilitário do barro, unindo a música e a escultura de forma intuitiva.

Artistas abordados e personalidades: Mestre Nado deOlinda, o artista plástico Francisco Brennand e o grupo Som doBarro (Mestre Nado na flauta e seus filhos: Sara na percussão,Micael na maraca e Neemias no reco-reco).

Indicação: A partir da 5ª série do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Direção: Marcus Vilar e Durval Leal Filho.

Realização/Produção: Parai’wa e TV Viva, João Pessoa.

Ano de produção: 1995.

Duração: 12’.

SinopseO documentário nos aproxima do artista popular Mestre Nadode Olinda, um personagem cativante que extrai notas musicaisde seus instrumentos de sopro feitos de barro. Mestre Nadodescobre por acaso o som do barro, na transformação de umabola de barro em apito, chegando às ocarinas, instrumentomusical de sopro. O artesão dedica seu trabalho à pesquisa deinstrumentos musicais feitos com argila, de percussão e de uminstrumento que inventou: a flauta Nado. Ao lado de seus qua-tro filhos, cria o conjunto de percussão Som do Barro que, alémde apresentações musicais, realiza oficinas itinerantes em es-colas, colégios, feiras e festivais.

Page 4: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

2

Trama inventivaHá saberes em arte que são como estrelas para aclarar o cami-nho de um território que se quer conhecer. Na cartografia, parapensar-sentir sobre uma obra ou artista, as ferramentas sãocomo lentes: lente microscópica, para chegar pertinho davisualidade, dos signos e códigos da linguagem da arte, ou len-te telescópica para o olhar ampliado sobre a experiência esté-tica e estésica das práticas culturais, ou, ainda, lente com zoomque vai se abrindo na história da arte, passando pela estéticae filosofia em associações com outros campos de saberes. Porassim dizer, neste documentário, tudo parece se deixar ver pelaluz intermitente de um vaga-lume a brilhar no território dosSaberes Estéticos e Culturais.

O passeio da câmeraAtiçados pela sonoridade de um apito, iniciamos o passeio pelasimagens do barro, encontrado em abundância, que é escolhido,preparado e reinventado pelas mãos do Mestre Nado de Olindaem instrumentos musicais.

A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa e de sua oficina de cerâmica. Mestre Nadonos conta como o barro chegou às suas mãos e o modo comodescobriu, por acaso, a ocarina, instrumento musical de sopro.

Acompanhamos o artesão na oficina do artista Francisco Brennandque se surpreendera com as peças sonoras de Nado na época emque esse a freqüentou. Numa praça, rodeado por crianças, vemosMestre Nado no trato com o barro utilizando o torno para cerâmi-ca. Em seguida, a singeleza do teatro de mamulengo apresenta,tal qual um mestre de cerimônia, o conjunto de percussão Som doBarro formado por Mestre Nado e seus filhos.

A partir do documentário, é possível detectarmos algumas in-dicações para as proposições pedagógicas, focalizando espe-cialmente Saberes Estéticos e Culturais, abrangendo arte-sanato, regionalismo, cultura popular, entre outros aspectos.

Page 5: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

material educativo para o professor-propositor

SOM DO BARRO (NADO DE OLINDA)

3

Territórios como Linguagens Artísticas (cerâmica, modelagem,música) e Materialidade (o mistério do barro e do fogo, o se-gredo da água, os procedimentos tradicionais) se somam ao dePatrimônio Cultural (preservação, memória coletiva, herançasculturais) e Conexões Transdisciplinares (arte e ciências huma-nas e da natureza, como os cuidados ecológicos na extração daargila), desafiando para a compreensão de Brasis e artesãosnem sempre conhecidos.

Sobre Mestre Nado de Olinda(Olinda/PE, 1945)

Gostava de pegar o barro e moldar pequenas bolinhas ocas. Co-mecei a fazer furos e vi que poderia tirar som daquela bola. Foiquando me dei conta de que havia resgatado um instrumento mu-sical muito antigo que era feito na África, com uma espécie de fru-ta africana que, ao ficar inchada (entre verde e madura), emitia umsom grave se fosse furada no meio.

Mestre Nado1

A tradição ancestral da cerâmica é revivida sonoramente pelas mãosde Aguinaldo da Silva, o Nado de Olinda, ou Mestre Nado dasocarinas, artista autodidata que sempre trabalhou como oleiro.

Mestre Nado, quando criança, brinca de fazer panelinhas eboizinhos de barro, com sobras desse material obtidas emuma olaria próxima de sua casa. Vende a produção aos ami-guinhos, paga com carteiras vazias de cigarro, “dinheiro decriança” em suas palavras. Tem na venda do caju tambémuma forma de subsistência.

Profissionaliza-se bastante jovem, passando da cerâmica uti-litária a esculturas de rara beleza. Mestre Nado é especia-lista na confecção da quartinha, a tradicional moringa, tam-bém conhecida como bilha ou bulhão, feita de barro cozido,vermelha, algumas com enfeites coloridos, outras com o si-nal do oleiro. Cheias d’água, as quartinhas correspondem àquarta parte de uma jarra comum, ou de um cântaro, daí seunome. Com o advento da geladeira no sertão, o mercado daquartinha extingue-se.

Page 6: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

4

Da cerâmica utilitária, passa a trabalhar na oficina de cerâmica doartista Francisco Brennand, onde cria peças sólidas, de barromaciço, em um estilo próprio, diferente da produção ali realizada.O artista Brennand reconhece a arte de Mestre Nado, que partepara a feitura de sua obra, numa busca de pesquisa pessoal.

Mestre Nado aprimora técnicas e descobre novos materi-

ais cerâmicos. Mas é de modo inesperado, manipulando

suas esferas ocas, base da quartinha, que chega ao for-

mato de um apito, a ocarina. O som da ocarina revela a

Mestre Nado algo de particular e precioso no seu fazer de

artesão: a feitura de instrumentos musicais que ele passa

a produzir nas mais diversas formas da natureza: peixe,

pássaros, raízes.

Sem nenhum conhecimento musical anterior, além dos conta-tos na infância com o avô que tocava violão, rebeca e berimbau,Nado torna-se um autodidata na música. Não apenas cria osinstrumentos, mas ingressa no mundo da música, tornando-secompositor de cirandas e outras canções. A partir de suas apre-sentações, é descoberto por músicos como Milton Nascimen-to, Ney Matogrosso e os pernambucanos Antônio CarlosNóbrega e Antúlio Madureira que inserem os instrumentos doMestre Nado nas performances de seus shows.

Cria com os filhos o grupo Som do Barro: Mestre Nado na

flauta, Micael na maraca, Neemias no reco-reco e Sara na

percussão. O grupo toca instrumentos de sua produção e

realiza apresentações musicais e oficinas itinerantes em

escolas, colégios, feiras e festivais. Nessas, os participan-

tes são apresentados aos mistérios do barro, por meio da

criação de instrumentos musicais, relacionando-se intima-

mente com a escultura e a música.

Mestre Nado, oleiro com mais de 50 anos de profissão,dedica sua vida também ao ofício de educador, ensinandoo manuseio da argila em aulas para crianças e adolescen-tes das comunidades pobres da cidade de Recife e Olinda,em Pernambuco.

Page 7: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

material educativo para o professor-propositor

SOM DO BARRO (NADO DE OLINDA)

5

Na transmutação da jarra de água em “cânfora sonora”, MestreNado trabalha o barro e molda a forma. Essa, em suas mãos detocador, se faz ouvir num suave entoar que lembra o vento. Nodomínio da terra, água, fogo e ar, Mestre Nado é um alquimista!

Os olhos da arteO grande desafio sempre foi, e continuará sendo, a gente se manterfirme no que sabe fazer. Faz porque gosta, e gosta porque sabe, por-que tem sempre que aprender.

Mestre Nado

Surgido de baixo, o barro, ocre, cor de mel queimado, cor de solenterrado há mil anos, é desenterrado pelas mãos de MestreNado que sabe falar a sua linguagem.

A intimidade de Mestre Nado com o barro vai longe. O barro serevela um convite para modelar, quando as mãos sonhadorasde Mestre Nado amassam a massa. Nesse diálogo, o barrorecebe e conserva a forma dos instrumentos musicais criadospelo artesão.

Antes, Mestre Nado produzia a quartina; objeto não para con-templar, mas para dar de beber. Agora, produz ocarinas; umobjeto artesanal que revela uma zona intermediária entre autilidade como instrumento musical e a apreciação de suasqualidades estéticas.

A sensibilidade do artesão e sua imaginação fazem desviar oobjeto de sua função e interromper o seu significado: já não éum instrumento musical, mas um objeto para mostrar. Quemnão gostaria de ter em sua casa uma ocarina de Mestre Nado?

Nessa oscilação entre beleza e utilidade, prazer e serviço,

o objeto artesanal nos dá lições de sociabilidade. O arte-

sanato é uma espécie de festa do objeto: transforma o

utensílio em signo para ser compartilhado. Desse modo,

os objetos artesanais nos dão prazer porque são úteis e

belos, satisfazendo nossa necessidade de apreciar as coi-

sas que vemos e tocamos, quaisquer que sejam seus usos.

Page 8: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

6

Como diz Octavio Paz2 : “Feito pelas mãos, o objeto artesanalestá feito para as mãos: não só o podemos ver como apalpar.A obra de arte nós vemos, mas não tocamos”.

Feito com as mãos, o objeto artesanal conserva as impressõesdigitais de quem o fez, trazendo um desenho gestual implícitoque transporta ao momento do fazer, da criação, da repetiçãodo modelo ou, ainda, da transgressão do modelo.

Nesse aspecto, o valor do artesanal, daquilo que é feito com asmãos, um a um, o que é único e especialmente criado por umartesão, marca o momento irreversível da criação. No objetoestá inscrito o homem e nele, geneticamente, toda a suaancestralidade. Mestre Nado, no documentário, por exemplo,nos revela a surpresa ao descobrir que suas ocarinas eram ins-trumentos musicais africanos.

Nesse sentido, a história do artesanato não é uma sucessão deinvenções nem de obras únicas, ou supostamente únicas. Narealidade, o artesanato mantém a tradição por meio de repeti-ções, que são variações reais, fazendo com que suas obraspersistam no fluxo do tempo.

Mestre Nado - Som do Barro - Foto: Luiz Santos

Page 9: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

material educativo para o professor-propositor

SOM DO BARRO (NADO DE OLINDA)

7

Para Clarival do Prado Valladares,3

Há no artesão um potencial de criatividade. Cada artesão que se dêao lavor por um princípio quase amoroso do seu trabalho, do seumodelo, das coisas que faz, atinge a vizinhança de ele vir a ser, deeclodir como artista. E só assim é que podemos entender essa coin-cidência que há entre artistas populares, ou que poderíamos chamarde genuínos artesãos.

Dessa forma é que o trabalho do artesão é um ofício. Sua ofi-cina é um microcosmo social regido por leis próprias. Rarasvezes o trabalho do artesão é solitário e seu ritmo tem a vercom as necessidades da produção. No documentário, vemos anatureza coletiva da oficina artesanal de Mestre Nado com ele,mestre, e seus filhos, aprendizes.

É desse modo que, em contexto familiar, os saberes e técnicasdo fazer cerâmico de Mestre Nado chegam com os gestos, comas falas corporais, com as palavras, com outros sinais reconhe-cidos pelos seus filhos, ampliando os significados dos diferen-tes aprendizados.

Ao contrário da obra de arte, cujo destino é a eternidade

no museu, ou do objeto industrial, que tem o lixo como

Mestre Nado - Som do Barro - Foto: Luiz Santos

Page 10: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

8

destino, os objetos artesanais de Mestre Nado, as ocarinas,

foram feitas para viajar às mãos daqueles que se encan-

tam com o sopro do som do barro.

O passeio dos olhos do professorConvidamos você a ser um leitor do documentário, antes doplanejamento de sua utilização. Nesse momento, é importanteque você registre suas impressões. Nossa sugestão é que suasanotações iniciem um diário de bordo, como um instrumentopara o seu pensar pedagógico durante todo o processo de tra-balho junto aos alunos.

Segue uma pauta do olhar que pode ajudá-lo:

O que o documentário desperta em você?

O documentário contribui para a compreensão do processode criação do artista?

Como você percebe o universo de Mestre Nado em sua obra?O documentário deixa isso claro?

Além da ocarina, quais brinquedos você reconhece nodocumentário?

O documentário oferece, à percepção dos alunos, informa-ções sobre as possibilidades expressivas do barro?

O documentário lhe faz perguntas? Instiga-o a pesquisar?

O que você imagina que os alunos gostariam de ver nodocumentário? O que causaria atração ou estranhamento?

Para você, qual o foco de trabalho em sala de aula que podeser desencadeado pelo documentário?

Agora, reveja suas anotações. Elas revelam o modo singular desua percepção e análise. A partir delas e da escolha do foco detrabalho, quais questões você faria numa pauta do olhar para opasseio dos olhos dos seus alunos pelo documentário?

Page 11: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

material educativo para o professor-propositor

SOM DO BARRO (NADO DE OLINDA)

9

Percursos com desafios estéticosNo mapa, você pode visualizar as diferentes trilhas para o focoSaberes Estéticos e Culturais. Considerando a sensibilidadee a curiosidade que o documentário pode gerar, apresentamospossíveis percursos de trabalho impulsionadores de projetospara o aprender-ensinar arte.

O passeio dos olhos dos alunos

Algumas possibilidades:

Como aguçar a sensibilidade sonora dos alunos? Na salade aula, com as luzes apagadas ou à meia-luz, provoqueuma escuta de sons, utilizando materiais sonoros diversos:um apito, um reco-reco, objetos caindo em uma vasilhad’água, o ruído de sacolas plásticas, uma buzina, uma cor-neta, etc. Os alunos podem ouvir e desenhar aquilo queouvem. Numa conversa sobre a escuta, você pode ques-tionar: como os alunos se sentem quando são convocadosà percepção sonora e seu registro? Que tipos de músicapreferem escutar? Quais instrumentos musicais conhecem?Em seguida, exiba o documentário. A ocarina é um instru-mento musical conhecido?

Proponha aos alunos uma pesquisa, em suas casas, de ob-jetos feitos de barro e, na medida do possível, peça paraque tragam à sala de aula o que encontrarem. Problematizea forma de criação dos mesmos, a matéria prima, as formasde trabalho, pergunte sobre o profissional que produziu aspeças e outros aspectos pertinentes, motivando os alunospara conhecer a atividade artesanal com argila. Após a exi-bição do documentário, uma conversa junto com o grupo,sobre o que foi vivenciado e visto, pode encaminhar propo-sições para a continuação do trabalho.

Uma forma possível e lúdica de entrada para o documentário,antes da exibição, é estimular o manuseio do material plásti-

Page 12: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

qual FOCO?

qual CONTEÚDO?

o que PESQUISAR?

Zarpando

ferramentas

natureza da matéria

material orgânico tradicional - a argila

o mistério do barro e do fogo,o segredo da água

torno

Materialidade

procedimentos

poética da materialidade

procedimentos tradicionais da cerâmica

SaberesEstéticos eCulturais

história da arte cultura popular

artesãocriadores e produtores de arte e cultura

práticas culturaisregionalismo, artesanato, comercialização,feira de artesanato, estética do cotidiano

Linguagens Artísticas

meios tradicionais

cerâmica, modelagem

artesvisuais

música

ocarina

preservação e memória

heranças culturais,memória coletiva Patrimônio

Cultural

ConexõesTransdisciplinares

arte e ciênciashumanas

arte e ciênciasda natureza

meio ambiente, química, ecologia

antropologia, história,geografia, sociologia

Page 13: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

12

co e moldável que é a argila. Sugerimos que inicie vendandoos olhos dos alunos e entregando a cada um uma porção deargila, sem que saibam do que se trata, para experiência desentir pelo toque, a textura, temperatura, cheiro emaleabilidade da massa. Você pode incentivar e alargar aexperiência, fazendo com que todos verbalizem e socializemsuas sensações. Após essa exploração, é hora de retirar asvendas dos olhos e “ver” as formas, estabelecendo relaçõesentre a percepção tátil e os aspectos visuais do material.Daí, você pode introduzir o assunto relativo à modelagem eà cerâmica, como um fazer manual e criador humano, para,então, assistir ao documentário.

Todas as sugestões apresentadas podem gerar outras, com aintenção de convocar os alunos para a exibição do documentário,despertando novos fatos, idéias e sentidos para a reflexão sobreas questões dos saberes estéticos e culturais. Pode-se, ainda,pedir aos alunos que lancem questões prévias que gostariamde ver respondidas pelo documentário.

Desvelando a poética pessoal

Como já sugere esse percurso, o acompanhamento, orienta-ção e sugestões que você pode oferecer serão na direção delevar o aluno para uma atitude investigativa de sua própriapoética pessoal. Cada proposta não se resume à realização deum único trabalho, mas busca a criação e constituição de umprocesso que possa depois ser apreciado e discutido sob aperspectiva da pesquisa pessoal de linguagem.

Por meio da técnica cerâmica do acordelado, proponha acriação de objetos utilitários que tenham relação com algumfato, uso ou costume local. Pode-se iniciar realizando peçasem miniatura, como os caxixis. Se houver possibilidade dequeima da argila, cuidados técnicos no tratamento do ma-terial devem ser observados. É a oportunidade para enfatizarelementos de memória e de estética do cotidiano, presen-tes no objeto artístico/artesanal.

Page 14: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

material educativo para o professor-propositor

SOM DO BARRO (NADO DE OLINDA)

13

Convide os alunos para a criação de instrumentos musicaiscom diferentes materiais: sucatas e materiais recicláveis,latas, caixas de papelão, potes de plásticos, embalagens,tubos de papelão, de PVC e de conduíte etc. Também é im-portante contar com grãos, sementes, cabaças, conchas,pedrinhas, rolhas, elásticos, fios de náilon, bexigas, fita cre-pe, tesoura, cola, alfinetes, pregos, parafusos, serras, mar-telos, alicates, chaves de fenda... Além de tintas, barban-tes, durex colorido e outros materiais, destinados ao aca-bamento e à decoração dos objetos criados.

Os alunos podem criar instrumentos inusitados, como escultu-ras e objetos sonoros não convencionais, além de batizar osinstrumentos inventados.

Ao final do processo de confecção, é interessante reunir todosos instrumentos para ouvir cada um, pesquisar os gestos emodos de ação para produzir sons. Tão importante quanto cons-truir instrumentos é poder fazer música com eles. É possívelrealizar jogos de improvisação, arranjos para canções conheci-das, sonorização de histórias etc.

Ampliando o olharAs relações de Mestre Nado com o barro remontam à suainfância, quando faz panelinhas e outros brinquedos comesse material. Quais são os brinquedos da infância de nos-sos alunos? Um levantamento dos tipos: artesanais ou in-dustriais, brinquedos de tradição oral como 5 Marias, pularcorda ou elástico, passar anel, brinquedos tecnológicos comovideogames ou de computador - pode gerar uma exposiçãosobre o tema.

Uma pesquisa sobre possibilidades sonoras pode ser feitaa partir do trabalho do músico Hermeto Paschoal. Suasnuances e texturas sonoras são obtidas a partir de meiosprosaicos como uma chaleira velha, entre outros objetos.Que ensaios sonoros os alunos podem fazer com objetosdo cotidiano?

Page 15: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

14

A cerâmica indígena brasileira pode ser um ponto de parti-da para a ampliação do olhar. Quais as diferenças e aproxi-mações entre seus conceitos de beleza e os nossos, nacontemporaneidade? Como se comportam em relação à fun-ção utilitária do objeto?

No documentário, vemos o depoimento de FranciscoBrennand sobre a singularidade das peças de Mestre Nado.Conhecer o trabalho de Brennand pode oferecer um olharsobre a tradição da cerâmica fortemente implantada emPernambuco. Assim como um olhar investigativo sobreceramistas atuais no Brasil, acerca da cerâmica artística con-temporânea e o uso de outros materiais e técnicas a ela as-sociados, pode ser estimulado pela pesquisa sobre os artis-tas Akiko Fujita e Shoko Suzuki. Há documentários sobreesses três artistas na DVDteca Arte na Escola.

As ceramistas conhecidas como “Figureiras de Taubaté” sãoassim chamadas por comporem um grupo em sua maioriafeminino. Elas são especialistas na arte de esculpir, em barrocru, pequenas figuras que retratam o dia-a-dia da vida nointerior, seus usos, costumes, temas religiosos etc. A técni-ca, bastante simples, consiste em modelar imagens dimi-nutas para decoração, o que não exige uma grande resis-tência da peça pronta, eliminando-se a etapa da queima. Aspeças secam naturalmente e são pintadas a mão depois. Talprocesso pode ser facilmente realizado na escola com osalunos, escolhendo-se para isso temas que façam parte davida cotidiana.

As Louceiras e Rendeiras do Cariri são artesãs que tam-bém preservam e mantêm viva a tradição do artesanato noNordeste. Os documentários sobre elas, disponíveis naDVDteca Arte na Escola, podem gerar uma boa conversasobre o artesanato brasileiro.

Roland Barthes4 , em sua aula, explica que o conhecimentose dá (também) pelas palavras, sendo que essas não sãoapenas instrumentos, mas vibram e explodem de sabor, fa-zendo do saber uma festa. As palavras saber e sabor têm a

Page 16: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

material educativo para o professor-propositor

SOM DO BARRO (NADO DE OLINDA)

15

mesma raiz etimológica latina5 , e remetem a uma origemaproximada: impressionar o paladar6 . A primeira, do latimsapore, diz respeito à impressão que substâncias saborosasproduzem na língua, enquanto que a segunda, do latim sapere,ter gosto, diz respeito ao conhecer, à ciência, à informaçãoou notícia. Assim, depreendemos que o saber é o gosto doaprender. Toda aprendizagem ou conhecimento com sabor émuito mais interessante, do que se insosso ou neutro. O queessas idéias podem gerar em seus alunos? E em você?

Conhecendo pela pesquisa

Pesquisando pela música

A voz do tambor

Gal Costa

Sente na pele a língua do solSente lamber o solLambe com ela a língua do somFala de um tempo bom

Fala por nós a voz do tamborVoz que traz o meu amorLambe com ela o som de baterBate canela que eu quero ver

As cachoeirasCéu onde está OlorumToda a belezaAgradecer a Oxum

Luz das estrelasAgradecer a XangôO bem da vidaVem no bater do tambor

Lamber o som, voz do tambor, bater canela, bater no tam-bor... Quais sons o som do barro evoca em nós?

Sentir a língua do sol, lamber a língua do som, ver o baterde canela... Quais os outros sentidos provocados pela artede Mestre Nado?

Page 17: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

16

Olorum, Oxum, Xangô... Divindades brasileiras, frutos daidiossincrasia entre as religiões africanas e européias.Quais os instrumentos usados nos rituais religiosos des-sas divindades?

A voz do tambor, que traz o meu amor, e com a qual se lam-be o som de bater. Metáforas, construídas pelos signos naarte. Como a arte se manifesta simbolicamente nas escul-turas e instrumentos musicais de Mestre Nado? As formasde pássaros e plantas de suas ocarinas, o peixe primitivo desua flauta... Que outras manifestações simbólicas podemser pesquisadas em sua obra?

Da voz do tambor ao som do barro. Faça a re-exibição dodocumentário para que alunas e alunos possam mapear seussons a cada trecho.

Uma pesquisa de escalas melódicas, produzidas por instru-mentos diversos de sopros: flauta doce, apitos, gaita, saxo-fone. O que os alunos podem comparar sobre os padrõessonoros desses instrumentos com aqueles apresentados nodocumentário.

O conjunto brasileiro Uakti é capaz de produzir sonsinimagináveis com os instrumentos confeccionados a partirde materiais do cotidiano. O que os alunos podem desco-brir sobre esse grupo e seus instrumentos? Quais instru-mentos de sopro eles confeccionam?

Paulo Nenflidio é artista plástico, inventor e construtor deengenhocas sonoras. A visita ao seu site oficial é um inte-ressante “passeio pesquisante” sobre a aproximação entremúsica e artes plásticas.

Amarrações de sentidos: portfólio

Tal qual uma mala de viagem, o portfólio acolhe o que foi des-coberto e trabalhado no projeto. Para uma viagem por entresaberes tridimensionais, é necessária uma mala de bom tama-nho: uma caixa. Você pode sugerir caixas de sapatos, uma para

Page 18: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

material educativo para o professor-propositor

SOM DO BARRO (NADO DE OLINDA)

17

cada aluno, decoradas conforme seus desejos e envolvimento.Em um canto da sala, organize-as em pequenos armários, fei-tos de caixotes vazios de frutas. O importante é que o acessoa tais caixas-portfólio seja fácil e prático, estimulando a coletae acúmulo de objetos que possam ser utilizados nas proposi-ções, incentivando o cuidado ao guardar as peças prontas e oresgate do percurso desenvolvido nessa viagem.

Valorizando a processualidade

A apresentação e discussão a partir das caixas-portfólio podemdesencadear boas reflexões sobre possíveis transformações eampliações da compreensão dos saberes estéticos e culturais.O que ficou de mais importante? O que desejam saber mais?Quais novas idéias surgem para novos projetos?

É momento também de você fazer um repouso reflexivo a partirdo seu diário de bordo. O que você percebe que conheceu sobrearte e seus alunos com este projeto? Você descobriu novos acha-dos para sua ação pedagógica nesta experiência? Quais? O pro-jeto germinou novas idéias em você? Qual o próximo documentárioque você deseja buscar na DVDteca Arte na Escola?

Glossário

Acordelado – técnica cerâmica que consiste na montagem de peças pelasobreposição de rolinhos de barro, com os quais se delineia a forma de-sejada para o objeto; depois são juntados e alisados, de modo a se con-seguir firmeza e aderência para que não abram durante a secagem ouqueima. Fonte: SALLES, Vicente. Artesanato. In: ZANINI, Walter (org.).História geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther MoreiraSalles, 1983, v. 2, p. 1066.

Argila – “Mesmo que Barro. Matéria prima básica da cerâmica resultante dadesintegração de rochas graníticas e dos feldspatos nelas contidos. Seus prin-cipais componentes são a sílica e a alumina. Tem na sua composição materiaisorgânicos (raízes, folhas, etc) e inorgânicos (óxido de ferro, quartzo, feldspato,areia, etc). Existem com variadas composições de minerais (dependendodo local onde é encontrada) e cores - preta,vermelha,cinza, branca, etc.”Fonte: <www.ceramicanorio.com/glossario.html.>.

Page 19: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

18

Artesanato – é considerado todo trabalho manual, cuja peça foi fruto datransformação da matéria prima pelo próprio artesão. Além disso, esseproduto normalmente reflete a relação desse artesão com o meio ondevive e sua cultura. Fonte: <http://pt.wikipedia.org>.

Caxixi – miniatura de potes e vasos de cerâmica produzidos com finali-dade decorativa e lúdica, vendidos nas feiras de rua juntamente com osobjetos de igual forma, em tamanho natural. Fonte: VALLADARES,Clarival do Prado (org.). Artesanato brasileiro. Rio de Janeiro: Funarte,1980, p. 31.

Cerâmica – “Do grego keramos, argila. É a atividade de produção de ar-tefatos a partir de argilas, que se torna muito plástica e fácil de moldarquando umedecida. Depois de submetida a uma secagem lenta à sombrapara retirar a maior parte da água, a peça moldada é submetida a altastemperaturas que lhe atribuem rigidez e resistência mediante a fusão decertos componentes da massa, fixando os esmaltes das superfícies”. Fon-te: <http://pt.wikipedia.org>.

Ocarina – as ocarinas e as flautas são, dentro da classificação geral dosinstrumentos, designadas instrumentos de vento, que apresentam duascaracterísticas essenciais: têm um tubo que encerra uma coluna de arproduzido pelo executante; têm um elemento que põe em vibração a re-ferida coluna de ar produzindo um som. A mais antiga ocarina conhecidaremonta aos tempos da civilização Maia, estando o seu som relaciona-do, tal como acontece com o da flauta, com o deus Pan da mitologia grega.É um instrumento de configuração física muito simples, donde se pres-supõe, geralmente, de grande dificuldade de execução. Isso não aconte-ce na realidade, pois a sua utilização rudimentar, como era feita na suaorigem, é muito simples. Embora adotada pela Europa, sendo trazida paraItália há cerca de 500 anos, das civilizações Asteca, Maia e Inca, conti-nua a ter a sua expressão mais original como elemento fundamental dacultura musical andina. Fonte: <www.portoceltico.com/arrefole/arrefole-instrumentos.htm#>.

BibliografiaCANCLINI, Néstor García. Culturas híbridas: estratégias para entrar e

sair da modernidade. São Paulo: Edusp, 1998.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis:Vozes, 2002. v. 1.

GABBAI, Miriam B. Birmann. Cerâmica: arte da terra. São Paulo: Callis, 1987.

PORTO ALEGRE, Sylvia. Mãos de mestre: itinerários da arte e da tradi-ção. São Paulo: Maltese, 1994.

Page 20: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

material educativo para o professor-propositor

SOM DO BARRO (NADO DE OLINDA)

19

RICHTER, Ivone Mendes. Interculturalidade e estética do cotidiano no

ensino de artes visuais. Campinas: Mercado das Letras, 2003.

VALLADARES, Clarival do Prado (org.). Artesanato brasileiro. Rio de Ja-neiro: Funarte, 1980.

Catálogos

AGUILAR, Nelson (org.). Arte popular. Mostra do Redescobrimento. SãoPaulo: Fundação Bienal: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, 2000.

Seleção de endereços de artistas e sobre arte na rede internet

Os sites abaixo foram acessados em 09 out. 2005.

ARTE INDÍGENA. Disponível em: <www.arteducacao.pro.br/historia/prebrasil.htm#Uma%20arte%20utilitária>.

ARTESANATO. Disponível em: <http://jangadabrasil.com.br/ >.

CERÂMICA. Disponível em: <www.ceramicaonline.com.br/index.htm>.

____. Disponível em: <www.ceramicanorio.com>.

FIGUREIRAS DE TAUBATÉ. Disponível em: <www.ceramicanorio.com/artepopular/figureirastaubate/figureirastaubate.htm>.

MESTRE NADO. Disponível em: <www.veronicammiranda.com.br/mestrena.htm>.

____. Disponível em: <www.portorossi.art.br/mestre.html>.

NENFLIDIO, Paulo. Disponível em: <http://paulonenflidio.vilabol.uol.com.br/>.

OFICINA CERÂMICA FRANCISCO BRENNAND. Disponível em:<www.brennand.com.br/>.

PASCHOAL, Hermeto. Disponível em: <www.cliquemusic.com.br/artis-tas/hermeto-pascoal.asp>.

UAKTI. Disponível em: <www.uakti.com.br/>.

Notas1 BARRETO, Claudia Paz. A arte que vem do barro. Disponível em: <http://veronicammiranda.com.br/mestrena.htm>. Acesso: 31 ago.2005.2 PAZ, Octavio. Ver e usar: arte e artesanato. In: ___. Convergências: en-saios sobre arte e literatura. Rio de Janeiro: Rocco, 1991, p. 51.3 Clarival do Prado VALLADARES (org.), Artesanato brasileiro, p.19.4 Roland Barthes é escritor, semiólogo, pensador, crítico literário e pro-fessor, nascido na França, em 1915. Para ele, o significado seria a repre-sentação psíquica de uma “coisa” e não a “coisa” em si. O significado de

Page 21: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa

20

uma imagem é sua representação gráfica. O significante materializaria afigura do significado (a figura propriamente dita) com seu significado seg-mentado e entendido de várias formas, segundo as diferenças culturaisde cada leitor ou observador. Barthes morre vítima de um atropelamentoem 1980. Fonte: <http://mixbrasil.uol.com.br/cultura/biografias/bio5/bio5.asp>. Acesso: 29 ago.2005. A “aula” é uma conferência proferida naaula inaugural da cadeira de Semiologia Literária no Colégio de França, em1977 que foi publicada: BARTHES, Roland. Aula. São Paulo: Cultrix, 1980.5 HECKLER, Evaldo; BACK, Sara; MASSING, Egon Ricardo. Dicionário

morfológico da língua portuguesa. São Leopoldo: Unisinos, 1984.6 Fonte: <www.filologia.org.br/ixcnlf/resumos/saborsaber.htm>. Aces-so: 29 ago.2005.

Page 22: Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/som_do_barro_nado_de... · A câmera nos leva à vida simples do artesão mostrando ima-gens de sua casa