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Créditos - Instituto Arte na Escolaartenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/marcello_nitsche_arte_em... · artista e o projeto Movimento de Desenho Infantil em praças públicas;

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MARCELLO NITSCHE: arte em renovação

Copyright: Instituto Arte na Escola

Autor deste material: Rita Demarchi

Revisão de textos: Soletra Assessoria em Língua Portuguesa

Diagramação e arte final: Jorge Monge

Autorização de imagens: Ludmilla Picosque Baltazar

Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express

Tiragem: 200 exemplares

Créditos

MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA

Organização: Instituto Arte na Escola

Coordenação: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Concepção: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Concepção gráfica: Bia Fioretti

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

Marcello Nitsche: arte em renovação / Instituto Arte na Escola ; autoria de

Rita Demarchi ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. –

São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2006.

(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 91)

Foco: PC-10/2006 Processo de Criação

Contém: 1 DVD ; Glossário ; Bibliografia

ISBN 85-7762-022-0

1. Artes - Estudo e ensino 2. Pintura 3. Escultura 4. Nitsche, Marcello I.

Demarchi, Rita II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque, Gisa IV. Título V. Série

CDD-700.7

DVDMARCELLO NITSCHE: arte em renovação

Ficha técnica

Gênero: Documentário com depoimentos do crítico de artePaulo Klein.

Palavras-chave: Ação pictórica; experimentação; gesto no tra-ço; atitude lúdica; intuição; forma expressiva; pintura; escultu-ra; pesquisa de outros meios e suportes; arte pública.

Foco: Processo de Criação.

Tema: O percurso artístico e a ação criadora de Marcello Nitsche.

Artistas abordados: Marcello Nitsche, Roy Lichtenstein, Hé-lio Oiticica, Rubens Gerchman, entre outros.

Indicação: A partir da 5ª série do Ensino Fundamental.

Direção: Cacá Vicalvi.

Realização/Produção: Rede SescSenac de Televisão, São Paulo.

Ano de produção: 2001.

Duração: 23’.

Coleção/Série: O mundo da arte.

SinopseO artista paulistano Marcello Nitsche em seu ateliê, imagens deseus trabalhos e comentários do crítico de arte Paulo Klein sãoapresentados neste documentário. A diversidade e a ousadiamarcam as obras de Marcello Nitsche nas diferentes fases deseu percurso artístico, desde os anos 60. O artista comenta sobreseus desenhos, gravuras, infláveis e mostra de maneira didáticao processo de feitura de suas “esculturas gestuais”, criadas apartir do desenho de pinceladas. Inventivo e bem humorado, oartista coloca sempre em seu trabalho um componente lúdico ealegre. O documentário permite uma aproximação com o univer-so de Marcello Nitsche, seu pensamento estético e artístico.

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Trama inventivaPercurso criador. Olhar/sentir/pensar o que antes, simples-mente, não era. Cada novo olhar é um outro olhar, e assim vaise fazendo a obra. Existem vontades. Vontades de artista: pro-jetos, esboços, estudos, protótipos. Vontades da matéria: re-sistir, provocar, obedecer, dialogar com o artista. Existe umtempo: do devaneio, da vigília criativa, do fazer sem parar, deficar em silêncio e distante, de viver o caos criador. Existe umespaço: o ateliê. Espaço para produzir, investigar, experimen-tar. Repouso e reflexão. Espaço-referência. Existe sempre abusca incansável para o artista inventar a sua poética de talforma que, enquanto a obra se faz, se inventa o modo de fa-zer. Invenção que, na cartografia, convoca o andarilhar peloterritório Processo de Criação.

O passeio da câmeraA ambiência do ateliê de Marcello Nitsche é o cenário destedocumentário. Circulando pela “casa do artista”, a câmera nos trazimagens de alguns de seus trabalhos, depoimentos de Nitsche edo crítico de arte Paulo Klein, assim como a fala da narradora.

O documentário, editado em três blocos, mostra, no primeiro,o início da produção de Marcello Nitsche nos anos 60 com in-fluência da linguagem da arte pop. Ainda nesta década, o artis-ta nos surpreende com suas “esculturas de ar”. Nitsche comentaque, nesse trabalho, deixa de lado os símbolos do cotidiano,para criar objetos infláveis como Bolha, obra exposta na 10ªBienal de São Paulo, em 1969.

O segundo bloco traz as pinturas figurativas dos anos 70, compredomínio de paisagens “costuradas” com linha, desenhos dehortaliças e auto-retratos em diversos estilos. Há também oregistro de sua intervenção ambiental em Curitiba e a obrapública Garatuja, em São Paulo.

No último bloco, acompanhamos o processo de feitura de suas“esculturas gestuais”, criadas a partir do desenho de pincela-

material educativo para o professor-propositor

MARCELLO NITSCHE – ARTE EM RENOVAÇÃO

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das. Nitsche vai mostrando e discutindo, passo a passo, osprocedimentos que utiliza, os materiais e as idéias que sãoimpulsoras do trabalho. Finalizando o documentário, o artistacomenta sobre outros projetos em andamento.

O documentário instiga para diferentes proposições pedagógi-cas em: Forma-Conteúdo, a forma expressiva e a transposiçãodo gesto em bidimensional para o tridimensional; Linguagens

Artísticas, a pesquisa de linguagem em escultura inflável e“pinceladas” tridimensionais; Materialidade, a ruptura do su-porte e a busca por outros meios; Saberes Estéticos e Cultu-

rais, a pop art, o percurso artístico de Nitsche e sua relaçãosociopolítica; Formação: Processos de Ensinar e Aprender, oartista e o projeto Movimento de Desenho Infantil em praçaspúblicas; Conexões Transdisciplinares, a história do Brasil, asociedade de consumo, a cultura visual. Neste material, lança-mos o documentário no território Processo de Criação, dan-do ênfase ao estudo dos recursos criativos que o artista adota,como a utilização da mão esquerda.

Sobre Marcello Nitsche(São Paulo/SP, 1942)

eu pinto hoje em dia... faço desenhos com lápis de cor ... eu não

abandonei nenhum deles, meu repertório é que aumentou.

Marcello Nitsche

Marcello Nitsche: pintor, artista intermídia, escultor, cineasta.Formado pela Fundação Armando Álvares Penteado - Faap/SP,começa a expor seu trabalho bastante jovem. Em seus quadros,inspirado pela linguagem da arte pop, apropria-se das históriasem quadrinhos, com ironia e senso de humor. A partir de 1965,inicia um processo de afastamento da tinta e do pincel, passaa trabalhar com imagens gráficas, formatos objetivos e nãoconvencionais. O trabalho politizado Aliança para o progresso

(1965) é exemplar desta fase.

Em 1967, participa de um dos marcos da arte brasileira con-temporânea, a exposição Nova objetividade brasileira no MAM/

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RJ, organizada por artistas e críticos, entre eles Hélio Oiticica,Waldemar Cordeiro, Carlos Vergara e Frederico Morais.

De modo inventivo e bem humorado, Nitsche coloca sem-

pre em seu trabalho um componente lúdico e alegre. Du-

rante um tempo de seu percurso artístico, manteve uma

atitude experimental, tanto que, em 1969, ganhou o prê-

mio especial para esse tipo de trabalho na 10ª Bienal de

São Paulo. Uma das obras famosas dessa época foi sua Bo-

lha, uma enorme forma inflável por meio de grandes ventilado-res. Sobre o impacto da obra na época, a historiadora e críticade arte, Aracy Amaral1 , escreve:

Extraordinariamente provocante, terrivelmente grave, o trabalho de

Nitsche assusta, no seu desenvolver inicial, o público que o rodeia

como um organismo vivo e estranho a estender seu poder evolutivo

pelo ambiente que passa a ocupar cada vez mais atemorizando os

assistentes mais próximos, pressionando fisicamente o espectador.

Sua intensa atividade nos anos 60 e 70 inclui a participação emimportantes exposições, prêmios de prestígio, na atividadedocente e no trabalho de fundação e orientação do Movimentode Desenho Infantil em praças públicas. Envolvido com as ques-tões contemporâneas da metrópole, atua também junto a pro-jetos arquitetônicos e urbanísticos, trabalha com o arquitetoPaulo Mendes da Rocha em projetos internacionais. Atua comocineasta, produzindo filmes e curtas-metragem.

Vemos no documentário a série Auto-retrato e Costura (1975),trabalhos que demonstram o interesse crescente do artista pelaapropriação de gêneros e elementos consagrados da tradiçãoartística. Dentro dessa linha de pesquisa, em 1978, realiza aescultura Mandruvá, uma grande estrutura modulada, que imitaum dos gestos da pintura: a garatuja. A peça Garatuja é coloca-da na Praça da Sé, em São Paulo, sendo a primeira de uma sériede trabalhos tridimensionais exibidos em locais abertos.

Nos anos 80 e 90, os elementos gestuais da pintura se

transformam no principal assunto do trabalho de Nitsche.

O artista toma as pinceladas livres e os gestos espontâne-

os, e os converte em signos gráficos. O trabalho torna-se

material educativo para o professor-propositor

MARCELLO NITSCHE – ARTE EM RENOVAÇÃO

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cada vez mais complexo. Ao invés de lidar com um gesto,

passa a trabalhar a trama de pinceladas. Na escultura Pin-

celada tridimensional (2000), uma malha de gestos é converti-da em forma gráfica, formalizada como objeto tridimensional edepois instalada no jardim de esculturas permanente do Par-que da Luz, na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Uma nova série de pinturas se desenvolve em 2001, inspiradasnos códigos de barra. O início da idéia começa a ser trabalhadocom a construção de um painel de mais de doze metros de al-tura, com um código de barras, na frente da casa do artista2 . Otema códigos de barras gera quadros nas cores preto, verme-lho e branco cru – ou, às vezes, as três cores alternadas – quetrazem o símbolo como uma maneira de discutir a globalização,como diz Nitsche. Para tanto, o artista escolhe os códigos debarra das marcas Coca-Cola, Marlboro e Microsoft, três íconesdessa atual cultura do consumo. Para Nitsche, essas são as trêsmarcas mais visíveis. A Coca-Cola simboliza, até hoje, umageração; a Marlboro, a marca de maior valor; e a Microsoft éum símbolo recente.

Marcello Nitsche é assim um artista que se move por esses cami-nhos fora de discursos codificados da linguagem da arte, alteran-do a estrutura das coisas. Como afirma no documentário o críticode arte Paulo Klein: “Marcello, pela coragem, pela criatividade,pela ousadia, pela consciência e serenidade interior, é um artistaque se insere no primeiro time da arte contemporânea”.

Os olhos da arteQuando eu trabalho com a [mão] esquerda, a esquerda ela não obe-

dece. Surgem elementos, formas, borrões imprevisíveis porque a mão

esquerda não está viciada.

Marcello Nitsche

Como não se surpreender com o rastro deixado pelo artista, com a mãoesquerda guiando um pincel generoso em movimento sobre o papel?

Rastreando o documentário, no terceiro bloco, podemos ver

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Nitsche mostrandoesse aspecto inte-ressante do seu pro-cesso de criação: ouso da mão esquer-da. Nessa “esquer-dice”, quase um en-tortar da mão paragerar pinceladas, oartista desfaz umelo que na pinturaou no desenho éfundamental: o eloentre a mão e osolhos. Nitsche pare-ce querer fugir daconstrução de umavisualidade contro-

lada. A mão esquerda lhe permite uma espécie de vôo cego,pois o artista não vê bem a direção e o alcance da suagestualidade. É sua mão que o guia, o desejo da sua mão, nãoa sua habilidade instrumental de pintor destro.

Como diz Nitsche: “a mão esquerda não está viciada”.

Viciada em quê? Podemos olhar essa questão em relação

ao traço, à feitura gestual do artista. Todo artista é um

operador de gestos, na medida em que o gesto é elemento

participativo do momento da criação. Toda pintura é o gestomais a tinta, e quando se observa uma pintura é o próprio ges-to do artista que se vê e, por meio dele, o seu modo de expres-são. Porém, quando Nitsche utiliza a mão esquerda, foge docontrole consciente sobre a pincelada na sua feitura gestual.Dessa maneira, a mão esquerda revela-se um procedimento quedá passos na direção da criação de qualquer coisa própria quequebra com um gestual já construído. Sua mão esquerda faznascer algo inesperado; à semelhança do acontecimento, oartista vê a pincelada no mesmo momento em que ela própria

Marcello Nitsche - Bordado gestáltico azul, 1994

Duco sobre PVC - 0,84 x 0,91 cm

material educativo para o professor-propositor

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se descobre. Nasce uma pincelada, se assim se pode dizer, des-pojada de qualquer marca, traço ou gesto já conhecido no uni-verso de representação do artista.

É como se Nitsche, utilizando a mão esquerda, se afastasse desi mesmo, suspendendo os conteúdos de pensamento de umaforma ou suspendendo a vontade própria de fazer uma forma.Com esse procedimento, o artista detém a força de significânciana feitura do gesto, parando de seguir uma intencionalidade,uma busca de sentido, deixando simplesmente que a pinceladaapareça como resultado da intensificação do intuitivo com omovimento do corpo-músculo-esquelético da mão esquerda numdevir-instantâneo de formas.

Dentro dos estudos sobre processo de criação, podemos ca-

racterizar a escolha de Nitsche por trabalhar com a mão es-

querda como sendo um dos seus recursos criativos. Cecília

Almeida Salles3 define, entre outras maneiras, recursos cri-

ativos como “o campo da técnica, estando a opção por este

ou aquele procedimento técnico ligada à necessidade do

artista naquela obra e suas próprias preferências”.

Para Nitsche, os gestos livres da mão esquerda têm um propó-

Marcello Nitsche - Garatuja

Estação Sé do Metrô de São Paulo

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sito estético: tirar um gesto da pintura para fazer dele a própriapintura. Nesse movimento criador, os gestos livres da mãoesquerda – pura abstração – estão atados ao que vem depois.Nitsche move uma ação transformadora dos gestos espontâ-neos. Os gestos são ampliados de modo absolutamente realis-ta em placas de PVC e recortados, manualmente, com serra,seguindo os contornos. Dos gestos livres – abstração – o quevemos na pintura – feita com spray automotivo – é a figuraçãoque resultou deles, não mais o gesto espontâneo em si.

Ao olhar para dentro do processo de criação de Nitsche, fo-calizando seu recurso criativo de utilizar a mão esquerda, ve-mos o artista deixando-se levar por uma potência criativa queo lança aos achados do gesto espontâneo. A conseqüênciavisual desta atitude termina por nos oferecer um exemplo cla-ro de que Nitsche encontra-se sempre em experiência cria-dora radical.

Frente às suas Pinceladas, o artista nos move ao seu cami-nho único de pesquisa de linguagem que, rompendo com atradição da pintura, nos dá uma ampliação da própria expe-riência da pintura. Como afirma o crítico de arte Olívio Tavaresde Araújo4 :

Na verdade, sempre fez parte da produção de Marcello Nitsche

um coeficiente elevado (mas nada pretensioso nem encucado)

de reflexões sobre a própria arte, sua função, sua natureza, sua

linguagem, as relações e a mecânica dos processos expressi-

vos que adota.

O passeio dos olhos do professorConvidamos você a ser um leitor do documentário, com a per-cepção aguçada, coletando as suas primeiras impressões. Podeser bastante interessante você fazer anotações com palavras,cores, formas enquanto vê o documentário, inaugurando umdiário de bordo, como instrumento para o seu pensar pedagó-gico durante todo o processo de trabalho junto aos alunos.Sendo possível, assista ao documentário mais de uma vez paraque sua sensibilidade possa capturar todas as potências pre-

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sentes em Marcello Nitsche: arte em renovação. Segue umapauta do olhar que poderá ajudá-lo:

O que o documentário provoca em você?

O que é possível perceber sobre o processo de criação deMarcello Nitsche? Qual passagem do documentário lhe cha-ma mais atenção sobre esse aspecto?

O que mais lhe surpreende no movimento criador do artista?

O documentário lhe faz perguntas? Quais?

Você sente necessidade de pesquisar sobre algum assuntoou aspecto focalizado no documentário?

Na exibição do documentário para seus alunos, o que vocêimagina que possa causar atração ou estranhamento?

Quais possibilidades você vê na exibição do documentário porblocos? Qual seria o bloco interessante para começar a exibição?

Quais focos de trabalho você percebe que podem ser desen-cadeados partindo do documentário?

Agora, reveja suas anotações. Elas revelam o seu modo sin-gular de leitura e análise do documentário. A partir delas,qual o foco você escolheria para trabalhar com os seus alu-nos? Quais questões você colocaria em uma pauta do olharpara eles?

Percursos com desafios estéticosNo mapa potencial deste documentário, são indicados cami-nhos possíveis, com diferentes conexões. Escolhemos o focoProcesso de Criação como uma das possibilidades para in-vestigação das sutilezas dos recursos criativos adotados porMarcello Nitsche. É a partir desse foco que proposições peda-gógicas foram pensadas neste material. Mas é, também, sualeitura e seus interesses que poderão fazê-lo caminhar com odocumentário na direção que quiser.

qual FOCO?

qual CONTEÚDO?

o que PESQUISAR?

Zarpando

Forma - Conteúdo

elementos davisualidade

relações entre elementosda visualidade

temáticas

forma expressiva, cor, superfície,ponto/retícula, linha, volume, espaço

ritmo, movimento, composição,bidimensionalidade, tridimensionalidade

não-figurativas: abstração; figurativa:figuração, auto-retrato, paisagem,natureza morta; contemporânea: arte e vida,subjetividade, política

SaberesEstéticos eCulturais

história da artearte contemporânea, arte pública,pop art, Nova Objetividade Brasileira

percurso artístico, militância política

estética experimental

criadores e produtores de arte e cultura

estética e filosofia da Arte

Formação:Processos deEnsinar eAprender

educação informal de arte

ensino de arte

Linguagens Artísticas

artesvisuais

meiostradicionais

desenho,pintura,serigrafia

escultura inflável, esculturas gestuais

meiosnovos

Processo deCriação

ação criadora busca constante, percurso de experimentação,séries, gesto no traço, ação pictórica

humor, atitude lúdica, atitude crítica, intuição, invenção

casa-ateliê

potências criadoras

ambiência de trabalho

produtor-artista-pesquisador artista-pesquisador, projeto poético, pesquisa em arte

ConexõesTransdisciplinares

arte e ciênciashumanas

política, ditadura no Brasil,militância política, história do Brasil,cidadania, sociedade de consumo,códigos de barra

procedimentos

poética da materialidade

materiais industrializados: placas de PVC,tinta automotiva, plástico, ventiladores

não convencionais:lixadeira, serra, fresa

ruptura do suporte,pesquisa de outrosmeios e suportes,grandes formatos

procedimentos técnicosinventivos, subversão deusos, experimentação

Materialidade

poética instrumental,o bi e o tridimensional,pesquisa de materiais

natureza da matéria

suporte

ferramentas

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O passeio dos olhos dos alunosAlgumas possibilidades:

Deixando o documentário preparado com antecedência noterceiro bloco, no ponto em que Marcello Nitsche mostra umade suas obras Pinceladas, exiba a imagem sem som para osalunos, deixando no pause por alguns segundos. Você podeabrir uma conversa, problematizando: é possível perceber comque gestos esta obra foi feita: se da esquerda para a direita,da direita para a esquerda, de cima para baixo ou de baixopara cima? É possível imaginar com que velocidade os ges-tos foram feitos? As marcas deixadas são resultantes de umamovimentação rápida ou vagarosa? Quais teriam sido os ins-trumentos utilizados na realização desta obra? Como todaconversa, o importante é a escuta dos diferentes pontos devista dos alunos, suas hipóteses em relação às questões. Emseguida, exiba o documentário a partir do início do terceirobloco que mostra o artista comentando sobre o seu processode criação das Pinceladas. O que surpreende os alunos? Paraeles, qual a diferença entre desenhar/pintar com a mão es-querda ou direita? Eles já fizeram essa experiência?

A proposta é a construção de um painel com algumas em-balagens e rótulos de produtos industrializados variados queos alunos podem trazer de casa. Partindo de uma leituraformal dos elementos presentes nas embalagens e de umaconversa sobre as mensagens que essas imagens se pro-põem a veicular, você pode lançar a questão: qual o elementoque está presente em todas essas embalagens? O objetivoé chegar no código de barras, problematizando: para queserve? É um código regional, nacional ou mundial? Comoele é constituído? O que os números representam? Pode serconsiderado um símbolo da nossa cultura? Por quê? O có-digo de barras pode ser um elemento provocador para aprodução de um artista? Depois, exiba o segundo bloco dodocumentário que apresenta a série O código universal da

pintura versus o código universal dos produtos. Para os alu-

material educativo para o professor-propositor

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nos, os códigos de barras utilizados pelo artista seriam dequais produtos? O que eles podem descobrir sobre isso?Teria o artista realizado outros trabalhos com elementosretirados da sociedade de consumo?

Finalizando o documentário, Marcello Nitsche diz:

Acho que é esse o caminho. A gente tenta fazer arte. A gente não

sabe se faz, talvez dê certo. Buscar fazer alguma coisa, não importa

o que venha a ser; a alteração, a surpresa é o elemento fundamental.

Os alunos podem ouvir o próprio artista falando no final dodocumentário ou você pode escrever a fala na lousa, ou mesmolê-la em voz alta. O que a fala do artista provoca nos alunos?Eles concordam ou discordam do artista? Como imaginam quepode acontecer o elemento surpresa no fazer artístico? A partirdos pontos de vista dos alunos sobre essas questões, qual blo-co do documentário você escolhe para exibição? Você acha queuma pauta do olhar poderia ajudar os alunos?

Desvelando a poética pessoalUm percurso de experimentação do aspecto gestual da pintura éo mote das proposições a seguir. Uma conversa sobre o gesto emsi, é um modo de aproximação dos alunos com a poética do gestona arte. A conversa pode cercar questões como: em que situa-ções do dia-a-dia se utilizam gestos amplos, rápidos e marcantes?Em que situações e locais se utilizam gestos contidos, lentos esutis? Como são os gestos durante as aulas? Há variação nosgestos conforme a atividade que está sendo desenvolvida? Quaisas semelhanças e as diferenças entre o gesto do pedreiro com apá, alisando o cimento nas construções, e o gesto de um confei-teiro aplicando com uma espátula a cobertura de um bolo? Osinstrumentos modificam os gestos? Quais diferenças há entre osgestos feitos com a mão esquerda e a direita?

Para os trabalhos experimentais com o gesto pode-se utilizarespátula de pintor de parede, trincha de larga espessura, rodode pia, tinta guache com cola ou tinta acrílica, em papel de di-ferentes dimensões.

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Orientando os alunos para exploração, proponha uma pesqui-sa gestual que envolva:

gestos amplos e rápidos; gestos amplos e lentos;

gestos curtos e rápidos; gestos curtos e lentos;

gestos com a mão direita; com a mão esquerda;

gestos da esquerda para a direita; da direita para a esquerda;

gestos de cima para baixo ou de baixo para cima;

sobreposições de gestos; entre outros.

É importante que cada aluno possa realizar uma série de traba-lhos para que possa ser colecionada, apreciada e discutida comvocê e o grupo. As séries podem enfatizar:

a diferença na pressão com os materiais e ferramentas;

a quantidade da tinta, diluída ou não, na ferramenta, encharcadade tinta ou usada quase seca;

a reação das diferentes qualidades do papel frente à tinta;

a dimensão do suporte e sua relação com o gesto e o traço,experimentando tamanhos diversos, desde 10x10cm atégrandes dimensões.

Ampliando o olharO pintor norte-americano Roy Lichtenstein e seus trabalhos,que partem da estética dos quadrinhos, abrem um diálogoestético com as obras de Marcello Nitsche. Um estudocomparativo pode ser realizado entre a serigrafia Brush

stroke (1965) de Lichtenstein e as Pinceladas de Nitsche,como também, entre Whaam! (1963) e Bumm (1967).

Nitsche mostra no documentário seu trabalho com a mão es-querda como um procedimento para chegar a gestos espontâ-neos, fugindo da construção controlada de uma visualidade.Seguir o gesto da action paiting presente em Jackson Pollock;o gesto da “inexorável busca do vazio” da artista Joan Mitchell;o procedimento da “escrita automática” surrealista, adotadopelo chileno Roberto Matta5 ; ou os gestos através dos quais

material educativo para o professor-propositor

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Cy Twombly6 enuncia a matéria do traço, na sua escritura-grafismo, move o olhar para artistas que inventam uma lingua-gem da pintura, trabalhando com a questão do gesto espontâ-neo, da produção ao acaso, da “livre associação”.

Um olhar aprofundado sobre a questão do gesto na artebrasileira pode ser focalizado em documentários daDVDteca Arte na Escola. Sugerimos a observação do ges-to materializado no traço, como marca poética, de TomieOhtake e as relações entre o gesto do traço e o pensamen-to geométrico nos desenhos a nanquim de Isaura Pena7 .

Nos anos 50 e 60, a pop art celebra a linguagem da culturaurbana e dá valor artístico a elementos da emergente soci-edade de consumo: embalagens de refrigerante, sopas,pasta de dente ou até pacotes de detergente são reprodu-zidos vezes sem conta. Hoje, grande parte da sociedade, senão toda, vive no mundo da estética criada pelas revistas,pela tv, pelos anúncios publicitários e logotipos de empre-sas e marcas multinacionais dos mais variados segmentos.Quais seriam os elementos dessa cultura visual que os alu-nos gostariam de destacar em um trabalho artístico? Dei-xando à disposição revistas, jornais e anúncios publicitári-os, proponha aos alunos que selecionem imagens para aprodução de uma colagem. Imagens impressas em compu-tador, selecionadas de sites também são interessantes. Nacolagem, além de trabalhar com sobreposição de imagens,os alunos podem fazer intervenções com grafismos ou com-binações com outros materiais que não sejam as imagensselecionadas. Na apreciação das produções realizadas, paraonde pode levar uma conversa sobre os significados dasimagens geradas? O que elas revelam sobre a estética dacultura visual de nossa atual sociedade de consumo?

Marcello Nitsche, num momento do documentário, afirmaque: “Nenhum pintor, como nenhum músico, coloca uma notagratuitamente”. Como os alunos interpretam essa fala doartista? Quais relações eles estabelecem entre a fala e oprocesso de criação do artista mostrado no documentário?

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Conhecendo pela pesquisaDesde os anos 60, a imagem da Coca-Cola é utilizada naarte para os mais variados fins. Andy Warhol nas telas 210

garrafas de Coca-Cola; o uruguaio Luis Camnitzer, em 1973,quebra uma garrafa do refrigerante e coloca os cacos emoutra garrafa de Coca, transformando assim a escura bebi-da em algo intragável; o colombiano Antonio Caro, com asmesmas letras brancas sobre fundo vermelho do logotipoda Coca-Cola, cria um jogo de palavras que faz relaçõesentre a marca, o nome de seu país, Colômbia, e um de seusprincipais produtos: a cocaína. No Brasil, Cildo Meireles8 ,em seu Projeto Coca-Cola (1970), grava em garrafas derefrigerantes, com embalagens de vidro retornáveis, infor-mações e opiniões críticas e devolve-as à circulação.Marcello Nitsche escolhe os códigos de barra da marcaCoca-Cola. A MPB (música popular brasileira) também temsido bom terreno para a bebida, presente em Alegria, ale-

gria e Jóia, ambas canções de Caetano Veloso, em Gera-

ção Coca-Cola do Legião Urbana, O último romântico deLulu Santos. Quais as diferenças e semelhanças de abor-dagem sobre a Coca-Cola por esses artistas?

Marcello Nitsche, nos anos 60, inicia suas experiências ar-tísticas com influência da linguagem da arte pop. Faz usode símbolos da comunicação de massa e dos quadrinhos,realizando sua contestação política, em protesto ao regi-me militar que vigora na época. Nos anos 80, MarcelloNitsche participa ativamente do movimento Diretas Já,inclusive criando o símbolo da campanha dos artistas. Pro-ponha uma pesquisa que tenha como investigação: a artee o artista têm um papel sociopolítico na sociedade? Porquê? A pesquisa pode contar com entrevistas de profes-sores, familiares e alunos de outras séries, e seria ampli-ada através de uma enquete num site sobre o MarcelloNitsche produzido pelos alunos.

O documentário mostra a peça Garatuja de Nitsche que está

material educativo para o professor-propositor

MARCELLO NITSCHE – ARTE EM RENOVAÇÃO

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na Praça da Sé, em São Paulo, e sua escultura Pincelada

tridimensional (2000), instalada no jardim de esculturas per-manente do Parque da Luz, na Pinacoteca do Estado de SãoPaulo. Começando pela própria cidade, o que os alunospodem descobrir sobre arte pública?

Saber mais sobre a pop art: suas origens na Inglaterra e aexpansão nos Estados Unidos, explorando os temas dabanalização, fama e consumismo, pode ser uma pesquisaque tenha como ponto de partida artistas como: RoyLichtenstein, Robert Indiana, Jasper Johns, George Segal,Mel Ramos, Richard Hamilton e Andy Warhol, entre outros.Uma possibilidade de saber mais sobre a arte brasileira éampliar a pesquisa sobre a geração de artistas brasileirosque trabalham com elementos da arte pop nos anos 60. Éinteressante ver as influências internacionais se mesclaremàs especificidades do contexto nacional da época, na obrade Marcello Nitsche, Wesley Duke Lee, Samuel Szpigel,Mauricio Nogueira Lima, José Roberto Aguilar, NelsonLeirner, Rubens Gerchman, Antonio Dias, Claudio Tozzi, IvaldGranato, entre outros.

Vários dos artistas citados acima, entre eles o então nova-to Nitsche, participam da Nova objetividade brasileira. Porque a exposição ocorrida no Rio de Janeiro em 1967 é con-siderada um marco na arte contemporânea brasileira? Quaisas propostas deste grupo de artistas e intelectuais para acriação e a relação com o público?

Amarrações de sentidos: portfólioA produção de um portfólio pode ser uma provocação paraque os alunos tenham a percepção dos percursos trilhadosdurante o estudo. A criação do portfólio pode ter como de-safio a apresentação dos textos reflexivos, as produçõesvisuais e as pesquisas realizadas, organizadas através dautilização de dois elementos presentes nas obras de MarcelloNitsche: o humor e o lúdico.

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Valorizando a processualidadeA conversa, a partir da apresentação do portfólio, pode desen-cadear um olhar sobre todo o processo. A fala dos alunos, pon-tuando o que mais gostaram e o que menos gostaram, o que foimais importante, as dificuldades e o que perceberam que co-nheceram no desenrolar do trabalho, compõe um valioso mo-mento de investigação sobre a processualidade do grupo.

Você, enquanto professor-propositor, pode retomar o seu diá-rio de bordo para perceber as suas descobertas, os seus acha-dos pedagógicos e as novas idéias e possibilidades desperta-das a partir desta experiência.

GlossárioAction painting – termo inglês que significa pintura de ação. Está ligadoao movimento de arte informal norte-americano que defende a gestualidadee a improvisação no ato de criação da pintura. Expressa a personalidadee o sentimento de liberdade do artista, ato sinestésico que estabelece otrabalho simultâneo entre corpo e mente. Um dos nomes adeptos a essetipo de produção é o de Jackson Pollock (1912-1956). Fonte: EnciclopédiaItaú Cultural de Artes Visuais <www.itaucultural.org.br>.Arte pública – termo que se refere às obras que estão expostas em es-paços públicos, abertos ou fechados, que buscam integrar o público àobra de arte. “A idéia geral é de que se trata de arte fisicamente acessí-vel, que modifica a paisagem circundante, de modo permanente ou tem-porário. O termo entra para o vocabulário da crítica de arte nos anos de1970, acompanhando de perto as políticas de financiamento criadas paraa arte em espaços públicos”. Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural de ArtesVisuais <www.itaucultural.org.br>.Cultura visual – campo de estudo que vai além das produções das artesvisuais, incorporando a publicidade, os objetos de uso cotidiano, a moda,a arquitetura, os videoclipes e outras manifestações visuais. A alfabeti-zação visual assim ampliada potencializa a problematização sobre o mun-do visual em tempos, lugares e contextos diversos. Fonte: <http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/161_abr03/html/repcapa>.Gestualidade – o gesto é movimento do corpo que expressa intenção eque emerge do processo interativo no ato de criação. “As gestualidadespossíveis de compreender e manejar requerem o trabalho do corpo e aarticulação de signos em sistemas de escritura e plasticidade”. Fonte:MEIRA, Marly. Filosofia da criação: reflexões sobre o sentido do sensível.Porto Alegre: Mediação, 2003, p. 38.

material educativo para o professor-propositor

MARCELLO NITSCHE – ARTE EM RENOVAÇÃO

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Intuição – “Mobilizando a uma só vez todo o manancial de inteligência esensibilidade das pessoas, seu potencial de associações e imaginação esuas necessidades interiores, os processos intuitivos informam o própriomodo de conhecer, pois interligam a experiência afetiva do indivíduo àssuas indagações pessoais”. Fonte: OSTROWER, Fayga. Universos da arte.Rio de Janeiro: Campus, 1983, p. 58.Poética – “A poética é programa de arte, declarado num manifesto, numaretórica ou mesmo implícito no próprio exercício da atividade artística; elatraduz em termos normativos e operativos um determinado gosto, que,por sua vez, é toda a espiritualidade de uma pessoa ou de uma épocaprojetada no campo da arte”. Fonte: PAREYSON, Luigi. Os problemas da

estética. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 11.Processo de criação – “Processo por meio do qual algo que não existia an-tes, como tal, passa a existir, a partir de determinadas características quealguém vai lhe oferecendo. (...) um processo complexo de apropriações, trans-formações e ajustes”. Fonte: SALLES, Cecília Almeida. Gesto inacabado: pro-cesso de criação artística. São Paulo: Fapesp: Annablume, 1998, p. 13.

Serigrafia ou silk-screen – técnica de impressão da gravura que reproduz dese-nhos de cores planas através de uma armação de madeira e tela feita de tecido deseda, náilon ou rede metálica, sobre uma base que pode ser de papel, tecido, metalou outros. O processo se dá a partir da aplicação de tinta sobre partes permeáveise impermeáveis da tela, que a filtra formando o desenho a ser impresso. Fonte:Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais <www.itaucultural.org.br>.

BibliografiaALVARADO, Daisy Valle Machado Peccinini de. Figurações Brasil anos 60:

neofigurações fantásticas e neo-surrealismo, novo realismo e nova ob-jetividade brasileira. São Paulo: Edusp: Itaú Cultural, 1999.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos con-temporâneos. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

DERDYK, Edith. Linha de horizonte: por uma poética do ato criador. SãoPaulo: Escuta, 2001.

MCCARTHY, David. Arte pop. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.MEIRA, Marly. Filosofia da criação: reflexões sobre o sentido do sensível.

Porto Alegre: Mediação, 2003.NITSCHE, Marcello. Marcello Nitsche: desenhos e pinturas. Apres. Aracy

Amaral. São Paulo: Galeria Arte Global, 1976.____. Marcello Nitsche. Apres. Olívio Tavares de Araújo. São Paulo: Múl-

tipla de Arte, 2000.OSTROWER, Fayga. Acasos e criação artística. Rio de Janeiro: Campus, 1990.SALLES, Cecília Almeida. Gesto inacabado: processo de criação artísti-

ca. São Paulo: Fapesp: Annablume, 1998.

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Seleção de endereços de artistas e sobre arte na rede internet

Os sites abaixo foram acessados em 15 maio 2006

ARTE POP. Disponível em: <www.theart.com.br/historia/pop/pop.htm>.

GERCHMAN, Rubens. Disponível em: <www.art-bonobo.com/artes/rubensgerchman/welcome.html>.

GRANATO, Ivald. Disponível em: <www.art-bonobo.com/ivaldgranato>.

LICHTENSTEIN, Roy. Disponível em: <www.lichtensteinfoundation.org>.

MATTA, Roberto. Disponível em: <www.latinartmuseum.com/mata.htm>.

MITCHELL, Joan. Disponível em: <www.artnet.com/artist/11913/joan-mitchell.html>.

NITSCHE, Marcello. Disponível em: <www.art-bonobo.com/artes/marcellonitsche/welcome.html>.

___. Disponível em: <www.speculum.art.br/module.php?a_id=132>.

___. Disponível em: <www.almacen.com.br/Site2/Escultores.htm>.

___. Disponível em: <www.arte-mail.com.br/nitsche_fotos_acervo.htm>.

POLLOCK, Jackson. Disponível em: <www.portalartes.com.br/portal/article_read.asp?id=442>.

TOZZI, Claudio. Disponível em: <www.art-bonobo.com/claudiotozzi>.

TWOMBLY, Cy. Disponível em: <http://www1.uol.com.br/bienal/23bienal/especial/petwa.htm>.

Notas1 AMARAL, Aracy. Dos carimbos à bolha. In: NITSCHE, Marcello. Marcello

Nitsche: desenhos e pinturas.2 Leia um bate-papo do artista com o público sobre esse tema, acessandoa internet, disponível em: <www1.uol.com.br/bparquivo/integra/marcello_20020828.htm>. Acesso em 15 maio 2006.3 Cecília Almeida SALLES, Gesto inacabado: processo de criação artística, p. 107.4 ARAÚJO, Olívio Tavares de. Pintura como tema da pintura e/ou acen-dam os holofotes. In: NITSCHE, Marcello. Marcello Nitsche.5 Para saber mais, consulte: MANGUEL, Alberto. Lendo imagens. SãoPaulo: Companhia das Letras, 2001, p. 35-55.6 Sobre Cy Twombly, consulte: BARTHES, Roland. Cy Twombly ou num multased multon. In: ___. O óbvio e o obtuso. Lisboa: Edições 70, 1982, p. 137-151.7 Consulte na DVDteca Arte na Escola, os documentários: Tomie Ohtake:

o traço essencial e Isaura Pena: a alquimia do nanquim.8 Consulte na DVDteca Arte na Escola, o documentário Cildo Meireles:

gramática do objeto.