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Homenagem constante ao maior ícone da Região de Montanhas do Estado do Espírito Santo: a Pedra Azul! Álvaro Gustavo Aroso Diretor Aproveitamos a capa desta edição 54 — a segunda na versão digital do nosso informativo — para lançar um padrão que tentaremos seguir nos próximos números. É o de publicar sempre na primeira página uma imagem do maior ícone da Região de Montanhas do Estado do Espírito Santo, e que dá nome à nossa publicação: a Pedra Azul! Assim, a cada mês, uma visão diferente deste belíssimo monumento que a natureza nos legou há milhões de anos. O desafio está lançado! Quem fotografou ou fotografar a Pedra Azul — de preferência, de ângulos inusitados e em momentos únicos —, e quiser divulgar seu trabalho, é só enviar o arquivo através do e-mail que está em nosso expediente, ali na página 2. Mande também a identificação completa, como nome, local de residência e quando e por que a cena foi captada, para enriquecer o texto explicativo que publicaremos como legenda da mesma. Para dar uma ideia do que pretendemos com esta iniciativa, estamos republicando uma fotografia que já usamos na edição 36, que circulou em setembro de 2006, em que Aline de Pinho Ulina, à esquerda, e Ceciliana Ferreira França, à direita, dão um abraço gostoso e apertado na Pedra Azul. Naquela oportunidade, devido aos limites de espaço da edição impressa, ela não teve o destaque merecido, o que está sendo compensado agora. Ano VIII — Número 54 Outubro 2010

Dia a Dia Pedra Azul — Edição 54 — Outubro 2010

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Resumo das matérias presentes na edição 54 do informativo Dia a Dia Pedra Azul, cuja edição digital circulou a partir de outubro de 2010. Memória de Santa Isabel: Padre Francisquinho. Produtores rurais recebem mudas de espécies da Mata Atlântica para reflorestar áreas degradadas. A ampliação e as modificações da Loja Transverde. Um pouco sobre a riqueza do Mercado Central, ponto gastronômico e turístico de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais. Seminário sobre a cobrança pelo uso da água. Lançamento da biografia do empreendedor Álvaro Manoel Aroso. E um resumo sobre o Congresso da Abav no Rio de Janeiro.

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Dia a Dia Pedra Azul Digital Outubro 2010

www.pedraazul.jor.br 1 Ano VIII — Edição 54

Homenagem constante ao maiorícone da Região de Montanhas do Estado

do Espírito Santo: a Pedra Azul!

Álvaro Gustavo Aroso Diretor

Aproveitamos a capa desta edição 54 — a segunda na versão digital do nosso informativo — para lançar um padrão que tentaremos seguir nos próximos números. É o de publicar sempre na primeira página uma imagem do maior ícone da Região de Montanhas do Estado do Espírito Santo, e que dá nome à nossa publicação: a Pedra Azul! Assim, a cada mês, uma visão diferente deste belíssimo monumento que a natureza nos legou há milhões de anos.

O desafio está lançado! Quem fotografou ou fotografar a Pedra Azul — de preferência, de ângulos inusitados e em momentos únicos —, e quiser divulgar seu trabalho, é só enviar o arquivo através do e-mail que está em nosso expediente, ali na página 2. Mande também a identificação completa, como nome, local de residência e quando e por que a cena foi captada, para enriquecer o texto explicativo que publicaremos como legenda da mesma.

Para dar uma ideia do que pretendemos com esta iniciativa, estamos republicando uma fotografia que já usamos na edição 36, que circulou em setembro de 2006, em que Aline de Pinho Ulina, à esquerda, e Ceciliana Ferreira França, à direita, dão um abraço gostoso e apertado na Pedra Azul. Naquela oportunidade, devido aos limites de espaço da edição impressa, ela não teve o destaque merecido, o que está sendo compensado agora.

Ano VIII — Número 54 Outubro 2010

Dia a Dia Pedra Azul Digital Outubro 2010

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Diretor Álvaro Gustavo Aroso

DDD 27 — Cel 9972-9980 Editor

João Zuccaratto DDD 27 — Cel 8112-6920

• • • Redação

Caixa Postal 48Rod BR 262 km 90

Pedra Azul — Distrito de Aracê 29278-000 — Domingos Martins — ES

[email protected]

Seccional Estado Espírito Santo Associação Brasileira de

Jornalistas Especializadosem Turismo —Abrajet-ES

R Amélia T Nasser 552/304

Jardim da Penha 20-60-110 — Vitória — ES

Este veículo tem o apoio da

Gostei muito. Quero contribuir. Acredito que vai ser um sucesso igual ao impresso! Que tal ter um campo para a pessoa cadastrar seu e-mail e receber um aviso toda vez que tiver atualização?

Silvana Cesconetti Grupo PlantecVenda Nova do Imigrante — ES • • • Parabéns por tornar o jornal on line. Será de grande importância para o turismo e o comércio da região. Vamos divulgar para nossos turistas e simpatizantes da Pedra Azul. Sugiro linkar nos sites do Montanhas Convention & Visitors Bureau, Associação Turística de Pedra Azul e Rádio FMZ, por exemplo — e vice versa, é claro! Conte com nosso apoio.

Jorge Uliana Comercial do Villagio d’ItáliaPedra Azul — ES • • • Parabéns a todos por mais esta conquista! Pela luta de vocês, merecem nossos parabéns.

Juliana Miranda de Morais SilvaAdvocacia Morais SilvaVila Velha — ES

• • •

Vou ser simples e direta: gostei. Ivone Vilanova Departamento Nacional de Pequisas MineraisBrasília — DF

Além de leitor, tenho o prazer de ser colaborador. Fico feliz com a volta do nosso Dia a Dia Pedra Azul. Esta versão digital vai nos permitir muito mais contribuições. Cristiano Ricardo Peterli Pousada Peterli Pedra Azul — ES • • •

Estava sentindo falta do Dia a Dia Pedra Azul. Esse novo formato ficou muito bacana. Parabéns a toda a equipe. E conte comigo para somar pelo sucesso da inciativa. Marco Grillo Presidente da Cãmara de VereadoresVenda Nova do Imigrante — ES • • •

Adorei a ideia. É a saída para estes novos tempos. Parabéns a todos. Marcos Módolo Posto Pedra AzulPedra Azul — ES

Edição em formato digital do Dia a Dia Pedra Azul agrada a leitores e formadores de opinião

Repercussão da nova da publicação

Leiam a seguir manifestações de amigos e admiradores do nosso informativo

Ficou muito legal, além de mais em conta em termos de produção. E ainda vai permitir a distribuição para um público mais, distante como eu.

Guilherme Ouriveis Grupo MansugarRio de Janeiro — RJ

• • •

Gostei. Sugiro oferecer um ou outro recurso de dinamismo e interatividade à leitura. Parabenizo a todos pelos esforços em manter as edições do Dia-a-Dia Pedra Azul,. Renato Costa Servidor do Senado FederalBrasília — DF • • • Estava com saudadesl. Parabéns pela primeira — e histórica! — edição on line. Li o material do Joel Velten e ele é colaborador para se ter ao lado.

Valdir Uliana Secretário de Transportes do EstadoVitória — ES

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“Casou meus pais, me batizou, está vivo ainda hoje nas minhas lembranças de criança e adolescente”

Colaboração de Valdir Antônio Uliana Engenheiro civil, atual secretário estadual de Transportes e pesquisador

da história da Região de Montanhas do Estado do Espírito Santo

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Dia a Dia Pedra Azul Digital Outubro 2010

Memória de Santa Izabel: Padre Francisquinho

Padre Francisco Alves, ou padre Francisquinho,

com seu cachorro em frente da casa paroquial

de Santa Izabel

Francisco Albers, conhecido por padre Francisquinho, nasceu na Alemanha, em 14 de junho de 1902, e faleceu em Santa Izabel, a 8 de setembro de 1964. Sempre ligeiramente gordo, o diminutivo do nome veio da baixa estatura. Forma carinhosa dos paroquianos que, sentindo-se muito próximos dele, podiam chamá-lo por um apelido numa época em que os sacerdotes eram tidos e tratados com extrema reverência.

Entrou para o seminário do Verbo Divino aos 25 anos e veio para o Brasil, onde se ordenou com 39. No Rio de Janeiro, trabalhou com portuários na Paróquia de Santo Cristo, entre 1944 e 1950, quando veio para Santa Izabel como vigário, até sua morte. Figura que marcou a memória dos mais antigos, tanto da paróquia quanto de Pedreiras, atual Pedra Azul. Para mim, ficou a primeira imagem de um padre de batina.

Conheça um pouco maissobre o padre Francisquinho na

página a seguir

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“Devido às dificuldades de deslocamento, visitas à comunidade e missas eram de tempos em tempos”

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Padre Francisquinho, em sua montaria, à esquerda,acompanhado do fabriqueiro Maurício Grecco,em uma de suas visitas à comunidade de Pedreiras

Memória de Santa Izabel: Padre Francisquinho

Naquela época, a periodicidade das missas nas comunidades era bem menor, pela dificuldade de locomoção do sacerdote. Como o deslocamento entre as igrejas demorava, o padre passava dois dias em cada localidade. Chegava à tarde, a cavalo, em companhia de um fabriqueiro, nome dado aos dirigentes comunitários. Estes iam buscá-lo na comunidade vizinha levando um animal de montaria para o padre.

Na canônica — casa de permanência do padre —, outro fabriqueiro fazia companhia até a hora da missa. Em São Sebastião do Aracê, quem ia buscar o padre naquela época era Maurício Grecco. Na canônica ficava Adelche Monhol, que também dormia lá enquanto ele não fosse embora. Como rotina, a chegada se dava pela hora do café da tarde. E as cozinheiras já esperavam o sacerdote com uma bela mesa.

Depois de um banho e do café, quase sempre, um cochilo para descansar da viagem. Ao despertar, não falhava: o padre Francisquinho dava voltas ao redor da igreja enquanto lia o breviário, o livro de orações deles, numa preparação para ouvir os pecados dos fiéis, o que ocorria ao final do dia. Terminadas as confissões, o padre jantava na canônica e alguns fabriqueiros aproveitavam para conversar com ele.

Continue lendo um pouco mais sobre o padre Francisquinho na página a seguir

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“Ele fez a primeira exibição de slides em nossa região”

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Memória de Santa Izabel: Padre Francisquinho

O padre Francisquinho foi quem nos mostrou a primeira exibição luminosa de slides. Em algumas ocasiões, trazia um projetor e, aproveitando que tínhamos energia elétrica de gerador movido a água, projetava cenas nas paredes externas da igreja. Aquela grande novidade atraía pessoas de longe, para ver, principalmente, fotos de paisagens da Alemanha e do Vaticano e, não poderiam faltas, imagens do catecismo.

Dia seguinte, bem cedo, eram retomadas as confissões, até na hora da missa. Não havia confissão comunitária. Todos se abriam individualmente com o padre. Missa era em latim, com o celebrante de costas para a assembleia. Como ninguém entendia nada, se rezava o terço. O sermão era em português. Eu, com menos de 10 anos, não sacava nada, uma vez que o forte sotaque alemão me impedia de entender as palavras.

Depois da missa, almoço especial para o padre, que, logo em seguida, partia, levado por fabriqueiro de outra comunidade. O padre Francisquinho casou meus pais e me batizou. Apesar dele, na época, ser o vigário, minha primeira comunhão foi ministrada por dom João Baptista da Motta e Albuquerque, o bispo, em sua primeira visita à nossa comunidade, claro que em companhia de um orgulhoso Padre Francisquinho.

A antiga canônica da comunidade de São Sebastião do

Aracê

O novo prédio do Seminário do Verbo Divino, em Santa Izabel, foi erguido no período do padre Francisquinho como vigário. O projeto é do padre José Shurmann, assim como o da Segunda Igreja de São Sebastião, já demolida. Diretor do seminário, o padre Jorge Ruminski contou com o esforço do padre Francisquinho para concluir a obra. Foi quando eu estava estudando no Seminário que ele veio a falecer.

Lembro-me de ter assistido seus funerais na matriz e depois acompanhar o corpo até o túmulo, ao lado da igreja. Atuei como coroinha nas cerimônias. Nunca vi tanta gente em Santa Izabel como naquele dia. A matriz lotada e toda a praça ao reder da igreja tomada de gente. Outros padres passaram pela paróquia de Santa Izabel e por nossa comunidade, mas o que mais ficou em minha memória, mesmo após tantos anos, foi padre Francisquinho.

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www.pedraazul.jor.br 6 Ano VIII — Edição 54

No estágio vivencial em que me encontro, é comum — e até intrigante —, quando, no revirar de pastas, caixas e arquivos, a gente vai encontrando pedaços da infância, marcas da mocidade e expedientes gerados por atividades profissionais, num filme de muitas cores e prolongadas tomadas de cena.

Na viagem forçada que fazemos, instintivamente, vou sacudindo as lembranças, dando vida às saudades e jogando no lixão do tempo os fatos que, um determinado momento, vincaram de tristezas o meu dia a dia. Levanto, como troféus, para cicatrizar arranhões que desejava esquecer, apenas aqueles instantes inesquecíveis vividos e desfrutados.

Uma pétala de rosa amarelecida pelo tempo, entre uma e outra página vadia. Um soneto começado e, não sei por qual razão, não terminado. Um rolinho de cabelo moreno, meio cacheado, tantos anos depois, abria uma janela em meus pensamentos.

Uma agenda surrada repleta de endereços, nomes e telefones meio apagados e indecifráveis. Pedaços de cartas em papel de cor azul, postados num dia distante. Bilhetes pequeninos com letras redondas, trocados por certo em salas de aula, e envelopes marcados pelo carmim de um momento de carícia e romance.

Bocas, lábios grossos, finos também, pareciam murmurar frases perdidas. Na moldura vermelha, entreaberta e decorada, aqueles lábios diziam: “Meu amor! Este beijo é seu.” O pensamento levado avançava na esteira de minhas recordações.

Anos distantes, fatos e feitos, pingos e respingos de atitudes surgiam naquele fim de tarde cinzento, num prenúncio de começo arisco de noite. E a Lua chegava. Teimosa, arteira, cúmplice assumida de ontem e testemunha do renascer de hoje.

Busquei a varanda do apartamento e encarei o horizonte, enturmado pela saudade. Desafiadoramente, estavam ali, sobre a mesinha, as pastas, os papéis, envelopes pardos e vários álbuns de fotografias. Pareciam impor a necessidade

Respingos de saudades

Crônica de Cacau MonjardimJornalista e diretor da Fundação Jônice Tristão

de manuseio que tentava adiar. O apelo era muito forte. Sentei e, ávido de curiosidade, abri a primeira pasta e folheei o primeiro álbum fotográfico. A Lua lá em cima sorria. A noite chegava marota e parceira.

Os anos ginasiais, os degraus da universidade, os desafios de refregas esportivas e medalhas que delas nasceram e numerosos registros sociais. O velho “Summer” ganhava vida na porta do Saldanha. Tudo aquilo saía com vida das páginas e registros que guardara um dia. A busca foi mais fundo. Revi e reli antigas anotações. Encontrei exercícios de crônicas, artigos e reportagens. Segurei com emoção cartas de amor-criança e fotos perturbadoras.

Uma delas, mais ousada, mostrava mãos entrelaçadas. Na sequência despertada, outra registrava o roçar de lábios e o acarinhar suave de longos cabelos. Os beijos de ontem não eram como os de hoje. Inocentes, frescos, trêmulos, medrosos e sinceros, avalizavam um sonho de depois. A vida era assim. Sonhada e esperada.

E os olhos viajavam. Surgiam os blocos de “sujos”, os bailes carnavalescos. As primeiras fantasias. Os festivais, as excursões, as novas amizades, as primeiras namoradas. O ciclo do vai por um lado e volta pelo outro, marcando os flertes da Costa Pereira. O grupo da madrugada. Os desafios da Casa do Estudante e da Festa da Mocidade. Os namoros e aventuras das sessões de cinema. O bate-coxa moleque e atrevido despertando as primeiras sacanagens.

Na Costa Pereira, porto seguro de minhas madrugadas, com uma geração treinada em curricar acontecimentos e sustentar boatos, nasciam os fatos agasalhados pela ansiedade coletiva de saber, de ter e trocar as últimas novidades.

Os fofoqueiros de plantão estavam prontos, sem culpas ou remorsos, para viver um novo dia. Solitário e emocionado, na varanda, noite alta, senti que rolavam sobre aquelas lembranças algumas lágrimas furtivas. Eram pedacinhos coloridos de saudades.

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Para garantir a disponibilidade de água em suas regiões e a conexão entre importantes fragmentos florestais, proprietários rurais de Iconha, Nova Venécia, Boa Esperança e São Mateus estão fazendo o reflorestamento de aproximadamente 70 hectares. Juntos, estão promovendo o plantio de mais de 130 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. No último dia 21 de outubro, 20 deles com terras em Iconha assumiram o compromisso do plantio de quase 12 mil mudas em áreas estratégicas para a recuparação e a manutenção dos recursos hídricos. Trata-se de uma das ação do Governo do Estado para o reflorestamento do território capixaba e que conta com a parceria da Vale.

No dia seguinte, 22, cerca de 123 mil mudas foram repassadas para mais 41 produtores rurais dos outros três Municípios, com o intuito de contribuir, principalmente, para a manutenção do Corredor Ecológico Pedra do Elefante. A seleção das áreas e a mobilização dos proprietários neste caso foram promovidas pelo Projeto Corredores Ecológicos, do Ministério do Meio Ambiente, coordenado no Estado pelo Iema, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Tudo isso faz parte do projeto “Extensão Ambiental”, que já conta com a adesão de 25 municípios. Ele ganha força a partir da primavera, quando há aumento da incidência de chuvas propiciando o plantio.

Produtores rurais recebem mudas de espécies da Mata Atântica para reflorestar áreas degradadas

Corredores Ecológicos

A expectativa é distribuir 800 mil mudas até o final do ano. Em 2009, foram realizadas mais de 640 mil doações. Além das mudas, o projeto fornece também formicida para o combate às formigas cortadeiras e assistência técnica aos proprietários rurais com o intuito de recuperar Áreas de Preservação Permanente, as APP, principalmente de nascentes e de matas ciliares. O projeto conta com a parceria da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca — por meio do Incaper, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural — e do Idaf, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo —, sempre com a cooperação técnica da mineradora Vale.

Consumo ConscienteO Estado do Espírito Santo

já tem seu “Dia do Consumo Consciente”, com Lei de iniciativa da deputada

Luzia Toledo aprovada pela Assembleia Legislativa.

A data será comemorada sempre a 15 de outubro, com o objetivo de fazer com que as pessoas deixem de usar

as sacolas plásticas por pelo menos 24 horas. A iniciativa

busca a mobilização de todos para a preservação da natureza sem que seja necessário muito esforço

de cada um. Basta utilizar sacolas sacolas recicláveis.

A equipe do Dia a Dia Pedra Azul deixa de público seus

parabéns à deputada.

A Atlântica Operadora, que funciona há cinco anos em João Pessoa, é comandada pelo casal Juliana Figueiredo e Walessandro Carvalho. Com a participação do executivo de Contas Alexandre Gonçalves, contratou a diretora de Marketing Rayssa Oliveira e reestruturou o quadro de funcionários, tudo para trazer novidades ao trade paraibano. Está nvestindo forte nos mercados nacional e do exterior, trabalhando com as principais companhias aéreas brasileiras e empresas internacionais como a TAP, além de toda hotelaria nacional e internacional.

Cristina Lira, prestigiada jornalista de Natal, capital do Estado do Rio Grande Norte, é a nova assessora de Imprensa da Atlântica Operadora de Turismo, sediada em João Pessoa, capital do Estado da Paraíba. E uma das primeiras responsabilidades da profissional para o novo cliente foi coordenar um famtour de agentes de viagem paraibanos para o litoral do Estado da Bahia. Participaram colaboradores das agências Traveltur, Campina Turismo, Rogertur, L&V, Anamar, Apollo, Mondeotur, World Tour e Club Turismo Manaíra.

Cristina Lira assume assessoria de Imprensa da Atlântica Operadora, empresa de João Pessoas

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www.pedraazul.jor.br 8 Ano VIII — Edição 54

Transverde é a loja de departamentos de Pedra AzulTexto de João Zuccaratto

A Transverde é a loja de departamentos de Pedra Azul. Localizada estrategicamente junto ao Posto dos Morangos, ela é procurada por produtores rurais, moradores das vilas e principalmente pelos turistas. E consegue atender a todos devido à grande diversidade de produtos que oferece. E isto vai desde insumos agrícolas até presentes sofisticados.

Caminhando para 30 anos de funcionamento — ela foi aberta em 1981 —, a Transverde passou por uma grande ampliação de seu espaço recentemente. E, com sua arquitetura única, além de atender às necessidades de consumo, se tornou um atrativo turístico da região. Mesmo aqueles que a conhecem sempre se impressionam pelo gigantismo da área de vendas.

Chama atenção, principalmente, suas paredes revestidas de pedra, o enorme conjunto de janelões que vão de alto a baixo e, principalmente, o rico mostruário disposto por dois amplos pavimentos. A Transverde tem de tudo um pouco: itens para cozinha, brinquedos, presentes, tapetes artesanais, aparelhos de jantar, móveis antigos, peças de demolição...

Mais sobre a Loja Transverde na página a seguir.

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www.pedraazul.jor.br 9 Ano VIII — Edição 54

Frequentemente visitada pelos que moram nas cidades próximas — como Venda Nova do Imigrante, Afonso Cláudio, Vargem Alta etc. —, a Transverde também é ponto de parada para visitantes dos mais diversos pontos do País. É comum encontrar por lá pessoas de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador e muito mais.

Além de oferecer uma gama completa de insumos destinados à produção agrícola e também à jardinagem — como adubos Heringer, sementes selecionadas, ferramentas, implementos para irrigação e defensivos —, a Transverde disponibiliza aos seus clientes deste tipo de segmento econômico a assistência de agrônomo e os importantes serviços de análise de solos.

A Transverde fica em Pedra Azul, e abre todos os dias. De segunda a sábado, das 7 da manhã às 18 horas. Aos domingos e feriados, das 10 às 14. Aceita cartões das bandeiras Diner’s, Visa e MasterCard. Se o cliente precisar de transporte, oferece orçamento para frete. Contatos pelo DDD 27 e telefone 3248-1174 ou [email protected].

Transverde: primeiro, venda de insumos agrícolas; mais tarde, transportadora; agora, quase um shopping

O senhor Álvaro Manuel Aroso, fundador da Loja Transverde, em seu livro de memórias, revela que, na última modificação dos objetivos da firma — de transporte para empreendimento de comércio —, pensou em mudar o nome. Ele diz que foi convencido do contrário pelas filhas Ândrea e Áurea, preferindo manter a denominação social em memória da longa trajetória percorrida pela empresa. Conta o senhor Álvaro: — A Ândrea, inclusive, tem uma explicação na ponta da língua para este nome da loja: uma junção de sílabas da expressão “transbordante amor pelo verde”.

Uma curiosidade sobre o nome da empresa

A beleza dos móveis e das peças de decoração encantam os visitantes que perdorrem os dois amplos e iluminados pavimentos da loja

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Maravilhas da natureza

Nosso leitor e colaborador Vítor Buaiz, ex-prefeito de Vitória e Governador do Estado do Espírito Santo, a partir de sua casa próxima

à Pedra Azul, nos envia dois flagrantes que registrou com sua máquina fotográfica. No texto que encaminhou as fotos, ele enfatiza:

“Enquanto as siriemas continuam se reproduzindo em seus ninhos protegidos sobre as árvores que resistem ao desmatamento na região

de Pedra Azul, as aves menores os escondem no forro das casas para fugirem dos predadores. São os seres da natureza celebrando a vida na primavera.” Além de expressarmos nossos agradecimentos ao colaborador, queremos deixar claro que aceitamos de bom grado participações como esta, uma vez que as páginas do Dia a Dia Pedra

Azul estão abertas a todos que lutam pela preservação do meio ambiente e na divulgação das boas causas tanto em relação à natureza quanto ao turismo, ao desenvolvimento social, redução da violência,

promoção da ética etc.

Vender o chamado “Produto Turístico Combinado da Amazônia” foi o propósito da ida de profissionais da área e jornalistas especializados à Feira de Turismo do Suriname à cidade de Paramaribo. Numa ação de mão e contramão, o grupo — nove pessoas do Brasil e três da e três da Guiana Francesa — conheceu os principais roteiros turísticos daquele país, localizados na própria capital, além de Albina, Commewijne, New Nickerie e outras cidades. A visitação incluiu áreas de reservas florestais como a Bigi Pan, Central Suriname Nature Reserve, Montanha Voltzberg e outros luares que oferecem observação de pássaros, corredeiras, rica gastronomia e riquezas culturais encantadoras. A inciativa faz parte de um acordo entre a Paratur, a Companhia Paraense de Turismo, e a Suriname Tourism Foundation. A experiente executiva Maria de Belem Gomez, gerente de Assuntos Internacionais da Paratur, revela que “o objetivo do programa é juntar forças para desenvolver um turismo sustentável para a nossa região, tendo em vista as portas de entrada de vôos internacionais em todos os destinos parceiros.” Com este objetivo, integraram a comitiva agentes de viagens, operadores de turismo, jornalistas especializados em turismo e representantes governamentais e não governamentais dos referidos destinos, especialmente do Pará e da Guiana Francesa.

Grupo do Pará vai ao Suriname promover a Amazônia

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www.pedraazul.jor.br 11 Ano VIII — Edição 54

Mercado Central de Belo HorizonteDe sonho no início do século XX a ponto comercial,

turístico e cultural da capital de Minas Gerais

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Dia a Dia Pedra Azul Digital Outubro 2010

Texto de João Zuccaratto

A melhor descrição para o ambiente do Mercado Central de Belo Horizonte é um mundo de cores, sons, cheiros, sabores...

Belo Horizonte era uma cidade de 31 anos quando um prefeito empreendedor resolveu reunir a oferta de produtos destinados ao abastecimento dos seus 47 mil habitantes num único local. Havia, na época, duas feiras: a da Praça da Estação e a da praça da atual rodoviária. Nascia o Mercado Central, em 7 de setembro de 1929.

Começou de modo simples. O prefeito Cristiano Machado reuniu os feirantes num terreno de 22 lotes, próximo à Praça Raul Soares. As barracas de madeira se enfileiravam em 14 mil metros quadrados de terreno descoberto, circundado pelas carroças que transportavam os produtos. E funcionou assim por 35 anos.

Em 1964, o prefeito Jorge Carone resolveu vender o terreno, alegando impossibilidade de administrar a feira. Para impedir o fechamento, os comerciantes, liderados por Raimundo Pereira Lima, o Dico, criaram uma cooperativa. De modo democrático, elegeram 31 conselheiros para mandatos renovados a cada quatro anos.

Continue lendo sobre a interessante história do Mercado

Central de Belo Horizonte na página a seguir.

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www.pedraazul.jor.br 12 Ano VIII — Edição 54www.pedraazul.jor.br 12 Ano VIII — Edição 54

Dia a Dia Pedra Azul Digital Outubro 2010

Dentre os conselheiros, escolheram diretor presidente, diretor financeiro e diretor secretário. E estes negociaram a compra do imóvel com a Prefeitura. Isso foi feito mediante uma condição que representou grande dificuldade. Tinham apenas cinco anos, até 1969, para construir um galpão coberto na área total do terreno.

Caso contrário, tudo voltava para a Prefeitura. A tarefa não foi fácil. Outras dificuldades atrasaram as obras. A 15 dias do prazo final, faltava o fechamento. Seria o fim do sonho? Foi então que entraram no circuito os irmãos Osvaldo, Vicente e Milton de Araújo, do Banco Mercantil do Brasil, financiando o resto da construção.

Os banqueiros, amigos do então administrador Olímpio Marteleto, confiaram no valor do Mercado para a cidade. Agora, era correr contra o tempo e terminar o serviço. Para resolver isso, contrataram quatro construtoras, cada uma responsável por uma lateral, e o galpão acabou fechado no prazo estabelecido.

Os associados, com seu empreendedorismo e entusiasmo, viam seu esforço recompensado. Assim, organizado e com participação ativa dos comerciantes, o Mercado, a cada dia, foi ampliando suas atividades. Expandia os negócios e se transformou em núcleo de produtos alimentícios, de artesanato e de muita comida típica.

Mercado Central de Belo HorizonteSe o galpão não fosse concluído, a Prefeitura pegaria

tudo de volta, e só faltavam 15 dias de prazoAo longo do tempo, diversas

benfeitorias foram sendo somadas ao prédio original. Em 1998, instalaram elevador panorâmico. Em 2001, deram início a um processo de revitalização, beneficiando as 400 lojas, seus 2.500 funcionários e as mais de 30 mil pessoas que circulam por ali todos os dias, tanto para compras como para lazer.

Os frequentadores passaram a contar com carrinhos para as compras, bateria de caixas eletrônicos, circuito fechado de TV — hoje com 80 câmeras —, além de portarias e corredores vigiados por seguranças treinados pela Polícia Federal e Corpo de Bombeiros, com instruções de primeiros socorros e de brigada de incêndio.

Um auditório para 70 pessoas sentadas é utilizado para cursos os mais diversos, inclusive de culinária, pois dispõe também de uma cozinha. Em 2004, começou o aproveitamento da água da chuva, usada para lavar o piso. Por sinal, este foi reformado em 2005, e ganhou sinalização alfanumérica. No ano seguinte, outro elevador.

O que não passava de um sonho nos anos 20 do século passado é agora um ponto comercial, turístico e cultural da cidade. E boa parte de sua história está contada no Memorial Antônio Custódio Tavares que, com o intuito de homenagear o associado que era mais conhecido como “Antônio dos Cocos”, preserva a memória do local.

Lá, se encontra um pouco de tudo e de tudo um pouco

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Dia a Dia Pedra Azul Digital Outubro 2010

Mercado Central de Belo HorizonteImagens que valem mil palavras

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Expositores avaliam de modo positivo a participação no maior evento do turismo da América Latina

Congresso da Abav e Feira das Américas 2010

A participação na Feira das Américas, durante o congresso anual da Abav em sua edição de 2010, teve saldo positivo para os expositores. Além de apresentarem seus produtos e serviços ao trade, as empresas do setor tiveram a oportunidade de fazer novos contatos, firmar parcerias, fechar e alanvancar futuros negócios. Vera Achcar, da Interamerican Travel Industry Network, empresa representante do destino Saint Maarten no Brasil, na Argentina e no Chile, considerou a Feira muito proveitosa. “Nosso destino fechou negócios e deixou outros encaminhados” — disse.

A Web Travel Solutions, especializada em soluções de tecnologia, apresentou novos produtos e teve boa receptividade. “Um grande volume de pessoas quis conhecer nossas soluções. Fechamos contratos durante a feira e desenvolvemos perspectivas de negociações posteriores” — comentou Rafael Figueiredo, diretor executivo da empresa. A rede Tauá Hotéis, mesmo não firmando contratos durante o evento, tem boas expectativas. “Iremos, sem dúvida, fechar negócios provenientes da feira” — concluiu Michelly Quintão, gerente de Relacionamento.

A participação do Estado de Rondônia, por intermédio da Superintendência Estadual de Turismo, trouxe ótimos resultados. “O contato com outras entidades representativas do trade contribuiu positivamente para futuras parcerias e possíveis negócios” — contou a assessora Thaís Vargas. Para a Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais, o evento também rendeu bons frutos. Segundo Daniel Marques, diretor de Promoção e Apoio à Comercialização, “os contatos e perspectivas de negócios desenvolvidos durante o evento são excelentes”.

Renata Hingel, analista Web Marketing da Litoral Verde Operadora de Turismo, afirma que o evento foi bom para o fortalecimento da marca e para conquistar novos clientes e parceiros. “Recebemos um grande número de visitantes interessados em conhecer mais sobre a empresa para fechar negócios.” A rede hoteleira Posadas também aproveitou a feira para reforçar sua atuação no mercado e apresentar novas frentes. “A participação do grupo foi positiva no sentido de promover as suas marcas e novidades” — disse Paulo Leite, gerente de Vendas do grupo.

A Feira das Américas abriu as portas para o reforço de relacionamentos existentes e que possam continuar rendendo frutos aos expositores. Esse é o caso do Ipanema Plaza Hotel que, além de conseguir novos contatos, dos quais espera realizações de negócios futuros, aproveitou para estreitar vínculo com os já parceiros. Carla Abbamonte, do Marketing dos Hotéis Transamérica, também acredita que o resultado maior foi o reforço de laços com o público. “Nossa participação foi boa no sentido de estreitar o relacionamento com o cliente” — disse.

O superintendente de Marketing e Publicidade da Bancorbrás, Jorge Alexandre Machado, afirmou que a participação da empresa na Feira das Américas foi, como sempre, uma grata surpresa. “A feira foi ótima, um sucesso de público. Reuniu todos os grandes traders da área de turismo. Nosso estande foi visitado por empresas já parceiras e tivemos a oportunidade de fazer novos negócios com representantes de outros países como Equador, Colômbia, Venezuela, Peru, Dubai e Turquia. Que venha a Abav 2011” — revelou entusiasmado, já garantindo nova participação ano que vem.

Leia nas páginas a seguir a íntegra da Carta da Abav 2010.

Dia a Dia Pedra Azul Digital Outubro 2010

www.pedraazul.jor.br 15 Ano VIII — Edição 54

Manifestação da entidade mostra comporimosso com a sustentabilidade econômica dos associados

Congresso da Abav e Feira das Américas 2010

Como acontece a cada edição do seu Congresso anual — em conjunto com a Feira das Américas — a Abav, Associação rasileira das Agências de Viagens, divulgou uma carta, manifestação oficial que traz em

resumo as principais conquistas alcançadas durante o evento. A íntegra do documento está a seguir:

Durante os dias 21 e 22 de outubro de 2010, o 38º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens — Abav 2010 cumpriu com o compromisso de reunir lideranças dos segmentos de cruzeiros marítimos, corporativo, assistência de viagem, locação de veículos, operadoras, turismo rodoviário e receptivo, além de especialistas nas áreas de tecnologia e consórcio de viagem para oferecer alternativas para o setor de agenciamento, tendo em vista o atual cenário que se apresenta com a extinção do comissionamento anunciado pelas companhias aéreas internacionais.

A Abav contou com o apoio das associações Abremar, Abracorp, ABCA, Abla e Braztoa, além de instituições como o Sebrae. Com essa colaboração, desenvolvemos as Rodadas de Oportunidade, com a realização simultânea de nove salas temáticas, durante os dois dias, reunindo 48 empresários de destaque do turismo nacional.

A procura maior dos agentes por determinados temas — como turismo corporativo, marítimo e tecnologia —, já sinaliza indicativos positivos e alguns alertas para desenvolvermos um diagnóstico, que será apresentado ao mercado de viagem posteriormente à realização da Abav 2010.

Nas discussões encaminhadas nas salas temáticas também vislumbramos situações que serão melhor avaliadas e poderão traçar novos caminhos de relacionamento entre fornecedor, agente e cliente final.

Inovação e legislação

Entre as oportunidades verificadas nesses encontros produtivos, destacamos a criação do cruzeiro rodoviário, uma nova modalidade de turismo que deverá se confirmar em breve — um produto novo que encaixa perfeitamente com a missão dos agentes

de oferecer ao consumidor da nova classe média a chance de fazer turismo. Verificou-se ainda a necessidade urgente de uma legislação que atenda as necessidades do turismo rodoviário, atualmente tratado como mais uma modalidade de transporte de passageiro convencional.

Financiamento

A opção de planejamento de viagem por meio de parcelamento de pacotes que incluam vários serviços também foi apresentada pelo programa “Viaja Fácil Brasil” como uma oportunidade conquistar esse novo consumidor. É um pontapé inicial para que outros tipos de financiamento surjam, facilitando a entrada no mercado de viagens desse público tão específico e que necessita de compra facilitada. No entanto, as relações comerciais entre agentes e operadores ainda carecem de mais clareza para ambos se verem como parceiros e não concorrentes.

Segmentação de produtos e serviços

O mercado se mostrou atento a diferentes potenciais de consumo e as operadoras discutiram com os agentes estratégias comerciais, não só para esse novo extrato da camada social mas também para outros públicos segmentados, como o da terceira idade. Ambos necessitam de atendimento especial e produtos específicos.

Capacitação profissional

Em franco crescimento, os setores de cruzeiro marítimo e de locação se apresentaram acenando com boas alternativas de remuneração e amplo cardápio de serviços. E indicaram caminhos também semelhantes: o investimento na capacitação profissional para melhor atender os clientes, oferecendo serviços adequados para cada perfil de consumidor.

Conclui na págian 16.

Dia a Dia Pedra Azul Digital Outubro 2010

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Foco no cliente

A diversificação de produtos para agregar mais valor e qualidade aos serviços prestados ao cliente também é um necessidade para o setor de agenciamento corporativo, que, apesar de não depender de comissionamentos, concentra seu atendimento, basicamente, em compras de passagens aéreas e reservas junto à hotelaria. As tendências exigem desse setor maior preocupação com as necessidades do cliente para garantir resultados satisfatórios e relações contratuais sólidas.

Especialização Com uma meta arrojada de ampliar em 50% o total de viajantes que utilizam cartões de assistência viagem, esse segmento também está apostando na capilaridade proporcionada pelas agências de viagens para distribuir esse serviço. Apesar de apresentar-se como alternativa de remuneração

Carta da Abav continua elencando possibilidades de novos mercados para o segmento que representa

Congresso da Abav e Feira das Américas 2010

para o agente, com expressivos percentuais de comissionamento, o empresário dessa área vê na falta de conhecimento sobre as diferenças entre seguro e assistência viagem um fator dificultante para o sucesso de venda e um desafio a ser vencido pelos agentes.

Associativismo

Definir e estabelecer metas são ações fundamentais para que o mercado receptivo de turismo aproveite as oportunidades geradas pela Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016, que impulsionarão o desenvolvimento do setor turístico no País, gerando investimento na infraestrutura e maior envolvimento da comunidade com o turismo. O associativismo foi citado como uma poderosa vantagem competitiva para as agências, com a criação de centrais de negócios, iniciativa que propõe o agrupamento de agências de

viagens de pequeno e médio porte com o objetivo de gerar ações econômicas conjuntas.

Automação

A falta de automação nos processos revelou-se uma grande preocupação para garantir segurança e produtividade operacional para as agências. Fornecedores ainda mantêm um alto índice — cerca de 70% — de operações realizadas por telefone, o que não confere agilidade e nem confiabilidade nas relações comerciais. A integração entre front line e back office, para prestar atendimento on line, e a utilização de artifícios como a SEO — Search Engine Optimization, para otimização da promoção da empresa em sites de buscas, e de GDS — sistemas globais de distribuição —, para a fusão de conteúdos, são necessidades estratégicas que podem triplicar a produtividade de uma agência. No entanto, a adoção de novas tecnologias exige altos investimentos, ainda fora do alcance das pequenas empresas do setor, o que sugere a criação de linhas de financiamento específicas.

A Abav finaliza seu congresso ciente do compromisso de desdobrar os pontos mencionados e de, baseada nos desafios estabelecidos, traçar diretrizes que nortearão o trabalho de nossa entidade para o ano de 2011.

Carlos Alberto Amorim FerreiraPresidente Abav Nacional

Esta foi minha sétima participação no Congresso da Abav e Feira das Américas. E a melhor de todas. O evento me permitiu

contatos produtivos, tanto em termos de informações importantes e reciclagem dos conhecimentos quanto de possíveis negócios e

parcerias com entidades voltadas à promoção dos nossos produtos turísticos e desenvolvedores de projetos editoriais do setor. Minha impressão é de que havia um número menor de expositores, mas,

se isso ocorreu, permitiu maior conforto no deslocamento entres os estandes e através dos três pavilhões. A grata surpresa foi encontrar,

logo na entrada, o amplo espaço ocupado pelo Espírito Santo, posição que serviu para valorizar a percepção do nosso Estado

dentro da grandiosidade do evento. Muito bem posicionado também o estava o Município de Vitória, destacado num ponto em que as pessoas, circulando, acabavam de frente para a instalação, sendo

atraídas mais ainda pelo aroma da casquinha de siri desfiado.

Opinião do editor

Dia a Dia Pedra Azul Digital Outubro 2010

www.pedraazul.jor.br 17 Ano VIII — Edição 54

Estandes do Espírito Santo e do Município de Vitória no maior evento de turismo da América Latina

Congresso da Abav e Feira das Américas 2010

Dia a Dia Pedra Azul Digital Outubro 2010

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A implantação da cobrança pelo uso da água na agricultura, indústria e saneamento — como orienta a Lei Federal 9.433/97 — ainda é motivo de dúvidas entre usuários destes e de outros segmentos. Com o objetivo de levar entendimento sobre o assunto para a classe produtiva, o Governo do Estado, por meio da Seama — Secretaria de Estado de Meio Ambiente — e do Iema — Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos— , além da Associação de Usuários de Recursos Hídricos do Estado do Espírito Santo, realizaram dia 29 último o seminário estadual “Cobrança pelo uso da água: a visão do usuário”.

O encontro foi direcionado aos envolvidos com uso e consumo de recursos hídricos e que buscam entender o reflexo da implantação da cobrança pelo uso da água na cadeia produtiva. “Foram discutidos os impactos econômicos esperados com a implantação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos, bem como os resultados aguardados com a destinação destes recursos no ordenamento das atividades econômicas no âmbito das regiões hidrográficas e as melhorias implantadas nas bacias” — explicou o presidente da Associação dos Usuários, João Lages Neto.

Especialistas no assunto de todo o Brasil, que atuam no poder público e na iniciativa privada, participaram da programação.

Semininário sobre cobrança pelo uso da águaSeminário debate implantação da lei que vai regular o

custo para irrigação, por exemploColaboração de André Alves

Profissional da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Espírito Santo

Entre os palestrantes, o gerente de Cobrança da Agência Nacional de Águas, Patrick Thomas; o representante da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, Rodrigo Spezialli; o gerente geral de Meio Ambiente Industrial da Fibria Celulose, Umberto Caldeira Cinque; o representante da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, Rodrigo Dantas; e o representante da Confederação Nacional da Agricultura, Wilson Bonança. A secretária de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Maria da Glória Brito Abaurre, apresentou uma perspectiva sobre a gestão dos recursos hídricos no Espírito Santo e comentou sobre a necessidade de discutir o tema com os usuários de água. “A legislação da cobrança já foi aprovada pela Procuradoria Geral do Estado e, em breve, será enviada para a Assembleia Legislativa. Mas,

antes, é importante discutirmos com os usuários, seja por meio de oficinas ou encontros como este. Esta não é uma questão de Governo, mas uma questão do Espírito Santo” — afirmou.

O presidente do Comitê da Bacia do Rio Doce e prefeito de Colatina, Leonardo Deptuski, afirmou que a deliberação sobre a cobrança pelo uso da água, que no Estado deve ser implementada inicialmente na Bacia do Rio Doce, deve acontecer em dezembro. Os recursos arrecadados serão aplicados em ações de recuperação na própria bacia. “Nossas discussões sobre a cobrança e, também, a criação de uma Agência de Águas, devem culminar na deliberação do referido Comitê sobre o assunto no dia 16 de dezembro. A intenção é de que a cobrança seja instituída ainda em 2011” — adiantou.

O Seminário reuniu especialistas que atuam no poder público e na iniciativa privada, entre eles o gerente de Cobrança da Agência Nacional de Águas (ANA), Patrick Thomas; o representante da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Rodrigo Spezialli; o gerente geral de Meio Ambiente Industrial Fibria Celulose, Umberto Caldeira Cinque; o representante da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae-RJ), Rodrigo Dantas, e o representante da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Wilson Bonança.

O Parque Estadual da Pedra Azul continua fechado para atendimento ao público por

conta da pouca oferta de chuvas nos últimos meses.

Ainda não há previsão para que a unidade volte a receber visitantes. “Recentemente, as chuvas voltaram a ocorrer.

Estamos observando as nascentes e a vegetação para avaliar quando será possível

a reabertura das trilhas” — comentou o gestor do

Parque, Ulysses José Luber.

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Pioneiro de Pedra Azul lança livros de memóriasO empreendedor Álvaro Manuel Aroso reúne amigos

para lançar seu “Lembranças e Lambanças”Texto de João Zuccaratto

Como pode ser descrito o senhor Álvaro Manuel Aroso? Acho que as melhores palavras são “uma pessoa de sucesso”. Afinal, alcançar o que ela alcançou aos seus 70 anos de uma vida muito rica poucos conseguem. Imigrante de Portugal ainda jovem, chegou a Pedra Azul no início dos anos 60 do século XX com uma mão na frente e outra atrás, como se diz popularmente. E, em meio século de otimismo, persistência e trabalho árduo, alcançou o status de uma pessoa respeitada desde os mais simples às maiores autoridades do Estado do Espírito Santo — além de gente importante tanto do Brasil quanto do exterior

Um pouco desta rica trajetória de vida, ele colocou num pequeno livro — com o jocoso título de “Lembranças e lambanças” —, em que, num texto leve, simples, direto, relembra passagens de usa infância e adolescência na terrinha, a chega ao nosso País, sua opção por morar em Pedra Azul e as muitas vicissitudes que enfrentou por aqui até se realizar como homem, marido, pai e empresário bem sucedido. Um sucesso que, enfatiza sempre, só foi possível graças ao apoio que recebeu de conterrâneos como o doutor Júlio Pinho — pessoa o qual ele define, com muita humildade: “Ele foi meu pai aqui no Brasil.”

O senhor Álvaro Manuel Aroso, sua esposa Melinha, os filhos Ândrea, Gustavo e Áurea — e, por que não dizer, os netos Álvaro Henrique e Átila — foram os anfitriões de uma singela recepção onde receberam uma centena de amigos para presenteá-los com um exemplar da publicação, durante a manhã do último dia 23 de outubro, nos salões do Aroso Paço Hotel, o mais conhecido empreendimento da família. Tomamos a liberdade de abusar de páginas desta edição para mostrar o grande momento de alegria deste personagem tão importante para a história recente de toda a região de Pedra Azul.

O senhor Álvaro Aroso, mais feliz que pinto no lixo, ao lado da bela família que constituiu aqui — en-riquecida da presença da amiga Isabela Pinho, de

vermelho, ao centro da imagem, filha daquele que ele considera como seu “pai no Brasil”: Júlio Pinho

Mais sobre o lançamento do livro do senhor Álvaro Aroso nas páginas a seguir.

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O senhor Álvaro Aroso ao lado do fotógrafo Bruno de Menezes, que documentou em imagens a festa do lançamento, ao lado da esposa Larissa Toniato e o filhinho Carlos Henrique

O abnegado Pedro Geraldo Ferreira da Costa foi deslocado da recepção do Aroso Paço Hotel para colocar na folha do rosto do livro as dedicatórias personalizadas para cada convidado, que eram ditadas na hora pelo senhor Álvaro que, depois, assinava cada uma cuidadosamente

Dia a Dia Pedra Azul Digital Outubro 2010

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O senhor Álvaro Aroso ao lado de um dos apresentadores do livro, Cacau Monjardim, ladeando as esposas: à esquerda, dona Lila, esposa do Cacau; à direita, dona Melinha, esposa do senhor Álvaoro

O senhor Álvaro Aroso ao lado do segundo apresentador do livro, o nacionalmente prestigiado consultor em turismo Mário Petrocchi, junto com a esposa deste último, dona Ana

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Ao lado de suas figuras de peso: o colunista de A Gazeta, Gutman Uchôa de Mendonça, e o comerciante Emídio

Paes, ambos citados no livro

Amigos que militam no ramo da hotelaria

Gerente geral do Novotel Vitória, Sidney Spiltz, e esposa Suely, e Pedro Guilherme, que, durante muitos anos, atuou na Rede Bristol de Hotéis e agora está à frente da sua consultoria Up Grade

Dia a Dia Pedra Azul Digital Outubro 2010

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O médico Dan Mendonça, filho do colunista Gutman Uchôa de Mendonça, presenteou o senhor Álvaro com um belíssimo livro de arte de sua autoria, que está sendo folheado

por Gustavo Aroso enquanto o escriba Pedro prepara mais uma dedicatória

O presidente da Cãmara de Vereadores do Município de

Venda Nova do Imigrante e sua esposa, Manu

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O secretário de Transportes do Governo do Estado, Valdir Uliana, personagem citado no livro, ladeando Leia Destefani e Afonso Uliana. À esquerda, a esposa do Valdir, dona Maria Uliana

A banda acústico V*, de Pedra Azul — Roni, Wellington e Kiko —, brindou os convidados com uma belíssima sequência musical fde sucessos nacionais e internacionais, bem ao gosto do seleto público