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Quinzenal 4 de novembro de 2015 Nº 35 Ano 2 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 € pub PUB //PÁG. 3 //PÁG.15 //PÁG.18 //PÁG.7 //PÁG.22 Famalicão Capital Europeia da Dança PUB Dois anos de mandato de Paulo Cunha Regeneração urbana e ação social são os projetos do futuro GNR desmantela rede de tráfico de droga 54 esculturas compõem Museu Internacional de Santo Tirso Sara Moreira em 4.ª na Maratona de Nova Iorque Obra na Secundária D. Dinis concluída em janeiro //PÁGs.12 e 13 pub

Jornal do Ave nº 35

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Edição nº 35 do Jornal do Ave de 4 de novembro de 2015

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1 4 NOVEMBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Quinzenal 4 de novembro de 2015 Nº 35 Ano 2 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

pubPUB

//PÁG. 3

//PÁG.15 //PÁG.18 //PÁG.7 //PÁG.22

Famalicão Capital

Europeia da Dança

PUB

Dois anos de mandatode paulo Cunha

Regeneração urbanae ação social são

os projetos do futuro

GNR desmantela redede tráfico de droga

54 esculturas compõem

Museu Internacional de Santo tirso

Sara Moreira em 4.ª na

Maratona de Nova Iorque

Obra na Secundária

D. Dinis concluídaem janeiro

//PÁGs.12 e 13

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2 JORNAL DO AVE 4 NOVEMBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Trofa

Eram cerca das 23.45 horas de 26 de outubro, quando um homem foi vítima de carjacking na Ponte da Lagoncinha, em Vila Nova de Fa-malicão.

O condutor de um Mercedes se-guia na Rua Manuel Costa Reis Fer-reira, em Lousado, concelho de Vila Nova de Famalicão, quando deci-diu utilizar um atalho a caminho de Santo Tirso, através da Ponte da Lagoncinha. Enquanto estava pa-rado no semáforo vermelho, outra viatura, um Seat Ibiza, terá embati-do ligeiramente na traseira. Os três

“Dois milhares de produtos têx-teis contrafeitos, de valor superior a 196 mil euros”, foram apreendi-dos em Vila Nova de Famalicão, no decorrer de várias ações de fisca-lização realizadas a 26 de outubro. Desenvolvidas pelo Destacamento de Acção Fiscal do Porto da Unida-de de Acção Fiscal da GNR, as vá-rias ações desenvolvidas resulta-ram na apreensão de “quase duas mil peças, incluindo camisas, cami-solas, polos, fatos de treino, casa-cos e calças de ganga”, de merca-doria contrafeita “de várias marcas

“Dois crucifixos, três tabuas e uma pega de caixão” e már-more. Estes foram os restos de cemitério que um homem encontrou na antiga linha de comboios da Trofa, junto à Rá-fia, quando estava a passear com a esposa pela zona envol-vente para lhe contar a histó-ria daquele local. PATRÍCIA PEREIRA

Incrédulo com esta situação, que aconteceu por volta das 17.30 horas de 27 de outubro, Bruno Oliveira, nome fictício do homem que prefere não ser identificado publicamente, dirigiu-se à “Jun-ta de Freguesia de Bougado, para dar conhecimento, e, posterior-mente, ao senhor Teixeira do Ce-mitério de S. Martinho, que man-dou um funcionário tapar aqui-lo”. “Hoje (28 de outubro) vim ve-rificar se estava tudo em ordem e

Foram infrutíferos os ataques de foram alvo duas lojas de compra e venda de ouro em San-to Tirso e em Vila Nova de Famalicão, nos dias 26 e 29 de outubro.

Na primeira, situada na Avenida Sousa Cruz, no centro da cidade de Santo Tirso, para ace-der ao interior foi partido o vidro na porta, mas não havia objetos de valor, uma vez que, quando fecha a loja, o proprietário não deixa nenhum artigo. A Polícia de Segurança Públi-ca esteve no local cerca das 8 horas de 26 de outubro e registou a ocorrência.

Já no Largo Zeca Afonso, em Joane, Vila Nova de Famalicão, os “larápios” também partiram o vidro do estabelecimento para en-trarem e furtaram scanners e peças de ouro… falso. As peças serviam apenas para decorar o expositor da loja e não tinham qualquer va-lor patrimonial. C.V.

Encontrados restos de sepultura na antiga linhade comboio

vi que estava tudo descomposto outra vez, com um saco preto que não se sabe o que está lá dentro. Quando falei com a Junta, disse-ram-me que iam tomar providên-cias para remover aquilo”, contou.

No entanto, qual não foi o seu es-panto quando encontrou de novo os resíduos do cemitério e decidiu alertar a comunicação social.

A Guarda Nacional Republicana da Trofa foi alertada por volta das 10.30 horas de 28 de outubro, para tomar conta da ocorrência.

O presidente da Junta de Fre-guesia de Bougado, Luís Paulo, e Amândio Couto, elemento do exe-cutivo, foram chamados ao local, assim como o funcionário do ce-mitério de S. Martinho de Bouga-do, para tentar identificar a pro-veniência dos detritos. Segundo o presidente da Junta de Fregue-sia, “os restos da sepultura encon-trados não são dos cemitérios da

freguesia de Bougado”. No entanto, os detritos foram

recolhidos e “depositados em lo-cal próprio” pelos funcionários da Junta de Bougado.

“Bruno Oliveira” recordou que “na tarde dos dias 22 ou 23 de ou-tubro”, viu “uma carrinha bran-ca de caixa aberta” naquela zona.

Outra testemunha relatou que o condutor da carrinha branca “era um homem, calvo e com cerca de 40 anos, que numa carrinha de marca Mazda terá descarregado os restos da sepultura”.

Cabe agora à Guarda Nacional Republicana da Trofa identificar o infrator.

“Bruno Oliveira” espera que “fu-turamente não venha” a encontrar

“resíduos num local como este fre-quentado diariamente por crian-ças”, e que está a apenas alguns metros da EB 2/3 Professor Napo-leão Sousa Marques.

Estava a passear pelo Parque das Azenhas, no concelho da Tro-fa, com “a esposa e o cão”, quan-do Joaquim Carneiro foi chama-do à atenção por “um indivíduo” para “um remoinho” no Rio Ave. Joaquim ainda pensou que “pu-desse ser um cano”, mas quando se aproximou viu “um corpo” a “cer-ca de dois metros da margem”, na zona conhecida por “Estreu”, no lugar de Finzes, em S. Martinho de Bougado.

“Sem querer alarmar”, Joaquim Carneiro ligou para a Guarda Na-cional Republicana (GNR) da Tro-fa, que “ligou aos Bombeiros” Vo-luntários da Trofa (BVT), por volta das 17.15 horas de 23 de outubro. A Polícia Judiciária também este-ve no local, tendo chegado depois das 19 horas.

Furtos mal sucedidos // Santo Tirso & Vila Nova de Famalicão

Em Santo Tirso, partiram o vidro da porta para entrar

“Quase duas mil peçascontrafeitas” apreendidas

têxteis registadas e conceituadas”.Em comunicado, a Guarda Nacio-

nal Republicana (GNR) do Porto diz estar “presumivelmente em causa a prática do crime de contrafação, imitação e uso ilegal de marca e venda, circulação e/ou ocultação de produtos ou artigos contrafei-tos, previsto e punido pelo Código de Propriedade Industrial”.

A operação resultou na identifi-cação de um suspeito e a merca-doria apreendida foi entregue nos serviços do Ministério Público de Vila Nova de Famalicão. P.P.

Simulam acidentepara roubar Mercedes

ocupantes do Seat saíram da via-tura e, simulando que verificaram os danos, dirigiram-se ao condutor da Mercedes Classe C, de valor su-perior a 40 mil euros, ameaçaram-

-no e retiraram-no à força do veícu-lo, fugindo de seguida nas viaturas.

A vítima, que ficou ainda sem al-guns bens pessoais, conseguiu pe-dir ajuda numa casa nas imedia-ções, tendo a Guarda Nacional Re-publicana emitido o alerta. Con-tudo, nenhuma patrulha localizou os carros.

P.P.

Corpo encontrado no Rio AveO corpo encontrado era de Pau-

lo Araújo, o homem de 42 anos, re-sidente em Vermoim, Vila Nova de Famalicão, que estava desapareci-do desde a madrugada de 19 de ou-tubro. Recorde-se que desde esse dia, decorreram buscas nas mar-gens e no Rio Ave, depois de se ter encontrado a viatura, casaco e car-teira de Paulo Araújo junto à pon-te na EN14.

Até ao dia 20 de outubro, parti-ciparam nas buscas os mergulha-dores dos Bombeiros Famalicen-ses e os Bombeiros Voluntários de Valongo, com o apoio do barco e elementos dos BVT. As buscas fo-ram suspensas, mas continuaram no terreno, a cargo da GNR de Vila Nova de Famalicão e pelo Grupo de Intervenção de Proteção e So-corro (GIPS).

// Vila Nova de Famalicão

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3 4 NOVEMBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Atualidade

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O grande aparato policial in-terrompeu a pacatez da vila de Ri-beirão por mais de 18 horas, no dia 30 de outubro. Militares fardados, guardas encapuzados, equipas ci-notécnicas, várias viaturas e até um camião ajudaram a montar o cenário de uma grande operação desencadeada pelo Núcleo de In-

Um carpinteiro de 45 anos, residente em Santo Tirso, foi detido na noite de 29 de outubro pela Polícia de Segurança Pública (PSP), atra-vés da Divisão de Investigação Criminal, no âmbito de uma operação de combate à violência doméstica.

O indivíduo é suspeito de “injuriar, ameaçar com arma de fogo e ofender a integridade física da companheira”, informou, em comuni-cado, a PSP, que em duas buscas, uma das quais domiciliária, encon-trou e apreendeu uma espingarda de caça de calibre 12 mm, 142 mu-nições, duas facas e uma cartucheira.

Presente a tribunal, o indivíduo ficou sujeito a termo de identida-de e residência. C.V.

GNR desmantela rede de tráfico de drogaDois dos 23 detidos pelo Núcleo de Investigação Criminal

(NIC) da GNR de Santo Tirso, no âmbito de uma operação de combate ao tráfico de estupefacientes, ficaram em prisão pre-ventiva. CÁTIA VELOSO

vestigação Criminal da Guarda Na-cional Republicana (GNR) de San-to Tirso, que resultou na detenção de 23 pessoas.

Na Avenida 3 de Julho, mesmo em frente ao Largo de Santana, em Ribeirão, a GNR deteve um in-divíduo em flagrante e encontrou estufas com tecnologia de ponta onde era cultivado canábis. O in-

divíduo, que tem uma empresa no centro da Trofa, utilizava a ha-bitação da mãe, que está a viver em Castelo Branco, para desen-volver a atividade ilícita. É consi-derado um dos maiores abaste-cedores de canábis do Baixo Ave.

Para recolher todo o material apreendido, a GNR necessitou de um camião, que ficou completa-mente carregado.

Ao fim da tarde, o homem saiu algemado da habitação, assim como um outro suspeito, e se-guiu para o posto da Trofa da GNR, onde passou a noite antes de ser presente ao Tribunal de Instrução Criminal, no Porto. Aí, foi-lhe de-cretada como medida de coação a prisão preventiva.

Mas a operação da GNR não se limitou a esta busca. De 14 a 30 de outubro foram feitas mais 24 bus-cas domiciliárias e dez não domi-

ciliárias. Quinze foram realizadas no concelho da Trofa e na vila de Ribeirão, e as restantes dividiram-

-se por Santo Tirso, Porto, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia.

Foram apreendidos seis auto-móveis, 9250 euros, seis estufas completas para cultivo de canábis, 118 plantas e 900 doses de caná-bis, 15.600 doses de haxixe, 7340 doses individuais de anfetaminas, 225 doses de heroína, 43 telemó-

veis e várias balanças e objetos relacionados com o doseamento/corte de produto estupefaciente.

Da operação resultou ainda a detenção de 23 pessoas, com ida-des entre os 18 e os 50 anos, duas das quais mulheres e um holandês. Dois dos suspeitos ficaram em pri-são preventiva: o que mantinha as estufas em Ribeirão e um indiví-duo residente na cidade da Trofa.

PSP detém carpinteiropor violência doméstica

// Santo Tirso

Material apreendido pelo NIC da GNR de Santo Tirso

GNR deteve dois indivíduos na habitação situada em Ribeirão

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4 JORNAL DO AVE 4 NOVEMBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Vila Nova de Famalicão

Mais de uma centena de profis-sionais vão marcar presença na 7.ª edição das Jornadas Materno-

-Infantis, que se realizam no Hos-pital Privado da Trofa a 7 de no-vembro. O tema central da inicia-tiva é a doença oncológica na mu-lher grávida e serão apresentados casos que comprovam que a ma-ternidade e o cancro não são in-compatíveis.

Joaquim Saraiva, membro da comissão organizadora das Jor-nadas, defende uma “verdadeira mudança de paradigma”, uma vez que dependendo dos casos, “já há soluções terapêuticas capazes de evitar metástases e controlar a doença na mulher e impedir efei-tos secundários no feto”.

Segundo um estudo recente do Hospital Universitário de Lovaina,

Recorde-se que em “final de outubro de 2014”, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-

-N) comunicou à Câmara Munici-pal de Vila Nova de Famalicão a

“sua intenção de encerrar” as Ex-tensões de Saúde de Arnoso San-ta Maria e de Louro, “transferin-do todos os utentes para a Exten-são de Saúde de Nine, depois de esta ter beneficiado de obras de requalificação”. A do Louro encer-rou, mas a de Arnoso Santa Maria conseguiu manter as portas aber-tas, porque os utentes apresenta-ram uma providência cautelar que travou o processo.

Em comunicado enviado, o ga-binete de comunicação da Câma-ra Municipal de Vila Nova de Fama-licão informou que “o Tribunal Ad-ministrativo e Fiscal de Braga não deu razão aos fundamentos apre-sentados, tendo declarado a Pro-videncia Cautelar improcedente”, tendo “a 20 de outubro, chegado o comunicado da ARS sobre o en-cerramento definitivo desta Uni-dade de Saúde”.

Questionados pelos vereadores do PS, durante a última reunião de Câmara, o edil famalicense, Pau-

A única vítima mortal nas en-xurradas no Algarve, que ocor-reu a 1 de novembro, é natural de Calendário, concelho de Vila Nova de Famalicão. Francisco Navio tinha 79 anos e estava a morar no sul do país em Areias de Boliqueime, freguesia do concelho de Loulé. PATRÍCIA PEREIRA

No domingo, chuvas intensas fustigaram a região do Algarve, provocando inundações em vários concelhos, nomeadamente Loulé, Albufeira, Portimão, Olhão e Sil-ves. Francisco Navio terá sido sur-preendido pelas enxurradas, quan-do saiu de casa pela manhã para ir às compras. De tarde estava incon-tactável e o seu veículo, de marca Smart, foi dado como desapareci-do e, posteriormente, encontrado submerso e sem ocupantes. A via-tura foi encontrada com um dos vidros partido, a “chave do auto-móvel na ignição e o limpa-brisas a funcionar”. “Desconhece-se” as

Cancro na gravidez é tema das Jornadas Materno-infantisdo Hospital da Trofa

na Bélgica, os tratamentos para o cancro – radioterapia, quimiotera-pia ou cirurgia – são seguros para o bebé, após as 14 semanas de gestação, e a capacidade cogniti-va e funcional, em especial a nível cardíaco, não fica comprometida.

As jornadas vão debater os can-cros da mama, do ovário e do colo do útero na gravidez, as implica-ções da doença oncológica na saú-de reprodutiva, a cirurgia conser-vadora para carcinoma do colo na mulher em idade reprodutiva, o papel do enfermeiro no acompa-nhamento da doença oncológica e a criança nascida de mãe com doença oncológica.

Atualmente, as estatísticas hos-pitalares apontam para um diag-nóstico de cancro por cada três mil grávidas. C.V.

Vítima mortal nas enxurradasno Algarve é de Calendário

razões da quebra de vidro: “se por força das águas ou de uma tenta-tiva do ocupante de abandonar a viatura”, adiantou fonte policial.

As buscas foram retomadas pelas 8.55 de segunda-feira, em Areias de Boliqueime, tendo soa-do o alerta de que o cadáver tinha sido encontrado, pelas 9.45 horas, pelo Grupo de Intervenção de Pro-teção e Socorro (GIPS) da GNR. “Foi um binómio homem-cão que che-gou até ao cadáver, não tendo sido acionados os mergulhadores que

estavam no local prontos para in-tervir. O corpo foi arrastado pela água demonstrando alguma vio-lência, pela forma em que se en-contrava”, adiantou fonte da GNR à Lusa, tendo referido que o corpo estava a “100 ou 200 metros” da viatura, “preso nos canaviais”. De-pois da autópsia o corpo de Fran-cisco Navio, apelidado de Viana e ex-emigrante, vai ser transporta-do para Vila Nova de Famalicão para a realização das cerimónias fúnebres.

Utentes de Arnoso Santa Maria transferidos para NineA Extensão de Saúde de Arnoso Santa Maria encerrou no dia 26 de outubro, depois de o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga ter declarado a Providencia

Cautelar improcedente. Os utentes passam a ser atendidos na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) em Nine. PATRÍCIA PEREIRA

lo Cunha, adiantou que o fecho da extensão de saúde deve-se “à fal-ta de médicos”, segundo informa-ções dadas pela ARS-N.

O JA contactou a ARS-N para sa-ber quais os motivos que levaram à decisão da ARS do Norte de en-cerrar a extensão de saúde de Ar-noso Santa Maria e quantos médi-cos são necessários para que to-dos os utentes do Centro de Saú-de de Famalicão tenham médico de família. Só que até ao fecho de edição, não foi possível obter qualquer tipo de resposta.

Câmara Municipal cria carreira de autocarros direta à Unidade

de Saúde de NineO gabinete de comunicação da

Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão esclareceu, através de comunicado, que o encerramento das Extensões de Saúde do Louro e de Arnoso Santa Maria foi “uma decisão unilateral da ARS-N”. “A Câmara Municipal tudo tem feito para, dentro das suas competên-cias, manter um serviço de saúde primário próximo das populações, disponibilizando-se inclusivamen-te para encontrar soluções cons-trutivas que evitem o encerramen-

to destas extensões de saúde. A palavra final é sempre contudo da administração central”, declarou.

A autarquia famalicense referiu ainda que, “desde o início deste processo”, colocou-se “ao lado da população destas freguesias”, tendo com a União de Freguesias de Arnoso Santa Maria, Santa Eu-lália e Sezures “interposto uma providência cautelar, no sentido de demonstrar a necessidade da população na manutenção deste serviço de saúde de proximidade”.

O gabinete de comunicação da autarquia salientou ainda que “tanto a União das Fregue-sias como a Câmara Municipal”

vão “continuar a trabalhar para que a população das freguesias afetadas pelo encerramento das extensões de saúde usufruam de um serviço de saúde de qualida-de, próximo e que vá de encon-tro às suas necessidades”. Nesse sentido, a rede de transportes na zona foi alargada, criando “uma nova carreira de autocarros com ligação direta à Unidade de Saú-de de Nine”.

PS ataca inoperânciade Paulo Cunha

Também em comunicado envia-do a 30 de outubro, o presidente da Comissão Política Concelhia

do PS, Luís Andrade Moniz, asse-verou que o “Ministério da Saú-de, com a complacência do pre-sidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, confir-mou a sua determinação em dar mais um importante passo para afastar os cuidados de saúde dos famalicenses”. “Apesar de suces-sivas manifestações de protes-to das populações afetadas, ape-sar de não existir qualquer plane-amento sobre a organização dos cuidados de saúde primários, nem o Ministério nem a Câmara quise-ram ‘parar para pensar’”, atacou, mencionando que no âmbito da rede de cuidados de saúde no con-celho tiveram “um único sentido: piorar, diminuir o acesso e deixar degradar as condições de presta-ção dos cuidados de saúde”.

O presidente da concelhia do PS manifestou “o seu profundo desa-cordo com esta estratégia do cada vez pior e o seu protesto pelo si-lêncio cúmplice do presidente da Câmara Municipal, que, em maté-ria de política de saúde, só sabe manifestar a sua impotência e a sua ignorância – é sempre o últi-mo a saber e, sabendo, só sabe di-zer que fez o que pôde”.

// Trofa

Francisco Navio saiu para ir às compras e foi levado pela enxurrada

Extensão de Saúde de Arnoso está encerrada desde 26 de outubro

D.R.

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5 4 NOVEMBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Santo Tirso

A unidade de Santo Tirso do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) esteve sem o serviço de radiologia. Quase um mês depois da falta de médicos na urgência, a unidade hospitalar teve o apa-relho de raio-X avariado, duran-te segunda-feira, 2 de novembro.

Contactado, o gabinete de co-municação do CHMA adiantou que foi “uma avaria normal de

Num estudo realizado no primei-ro trimestre de 2015, o Centro Hos-pitalar Médio Ave (CHMA) apurou a

“elevada satisfação dos utentes re-lativamente aos serviços de saúde prestados”. Segundo o estudo, di-vulgado pelo CHMA, as 900 pesso-as que foram questionadas classi-ficaram de “Excelente” ou “Bom” a Cirurgia de Ambulatório (90 por cento), o Internamento (84,5 por cento), a Consulta Externa (75 por cento), os Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (78,2 por cento) e o Serviço de Urgência (79,4 por cento).

Estes resultados atestam uma “subida da satisfação” dos utentes em “mais 16 por cento”, relativa-mente ao estudo realizado em 2014.

“É de salientar que este foi o es-tudo que teve a maior amostra e

Baixa-se de joelhos, proteja a cabeça e o pescoço com os braços e mãos e procure abrigar-se, pre-ferencialmente debaixo de uma mesa resistente. Depois, deve aguardar, até que a terra pare de tremer. Este é o exercício de simu-lação que deve fazer pelas 11.06 horas desta sexta-feira, 6 de no-vembro, integrado na ação na-cional “A Terra Treme”, promovi-do pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

A ação pública visa a prepara-ção para o risco sísmico e à prática dos três gestos básicos de prote-ção em caso de abalo. À hora mar-cada, qualquer cidadão, individu-almente ou em grupo, deve parti-cipar neste exercício de simulação, que tem a duração de um minuto.

Segundo a ANPC, “a iniciativa enquadra-se nos objetivos da Es-tratégia Internacional para a Re-

Um homem de 26 anos sofreu queimaduras ligeiras no rosto, quando procedia a um espetá-culo de habilidades com fogo, du-rante uma ação de campanha de uma das listas candidatas à As-sociação de Estudantes da Esco-la Secundária D. Dinis, em San-to Tirso.

Proteção Civil promove exercício nacionalde preparação para sismos

dução de Catástrofes das Nações Unidas e nas ações que assina-lam os 260 anos do sismo de 1755, pretendendo envolver as diferen-tes comunidades na preparação para o risco sísmico”.

A promotora do exercício públi-co pretende ainda que este sirva

de mote para a discussão e apren-dizagem sobre como agir antes, durante e após um sismo, desta-cando a importância da escola para a construção de uma cida-dania ativa em matéria de prote-ção e segurança.

Resolvida avaria do raio-Xdo hospital

um aparelho”, que “não deixou de funcionar completamente”, mas que “apresentou algumas li-mitações”. “Hoje (terça-feira) de manhã foi contactada a empresa que faz a manutenção do apare-lho e a disponibilidade foi de hoje de manhã irem até ao hospital. Estão de momento a consertar o aparelho, prevendo-se que du-rante o dia fique de novo opera-cional”, acrescentou.

O gabinete de comunicação afirmou ainda que “os casos que ontem (segunda-feira) necessi-tavam de raio-X com urgência foram encaminhados para Fa-malicão”.

A unidade hospitalar de San-to Tirso tem ainda outra sala de raio-X, mas que “está desativada”, uma vez que apenas este “res-ponde às necessidades”.

P.P.

Estudo realizado pelo CHMA aponta para “elevada satisfação dos utentes” nos serviços de saúde

taxa de resposta dos últimos anos, assim como as áreas alvo de estu-do, o que demonstra um maior en-volvimento por parte dos utentes. Também prova disso são os resul-tados elevados apurados nos aspe-tos relacionais, nomeadamente nas dimensões de lealdade, qualidade e satisfação”, revelou o Centro Hos-pitalar, em comunicado.

O CHMA realiza este estudo des-de 2009, contando com a colabora-ção da CESPU - Cooperativa de En-sino Superior Politécnico Univer-sitário. “A satisfação e qualidade apercebida dos utentes são consi-deradas um indicador importante para o Centro Hospitalar do Médio Ave, de forma a continuar a prestar cuidados de saúde de elevada qua-lidade à sua população”, pode ler-

-se ainda no comunicado. C.V.

Cuspidor de fogo ferido durante atuaçãona Secundária D. Dinis

O caso ocorreu pelas 10 horas de 20 de outubro e “o cuspidor” de fogo foi assistido pelos Bom-beiros Voluntários de Santo Tirso, tendo sido transportado para a unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. No lo-cal, esteve ainda a Polícia de Se-gurança Pública. C.V.

“Apoiar as instituições que vão acolher refugiados em Portugal” é o objetivo da campanha “Somos todos Humanos”, promovida pela Juventude Social-democrata da Trofa. Assim, entre as 15.30 e as 19 horas deste sábado, 7 de novem-bro, os jovens sociais-democra-tas “desafiam-no” a entregar “rou-pas, alimentos ou bens não pere-cíveis” na sede do PSD, situada na Rua Camilo Castelo Branco, jun-to à antiga linha de comboios da Trofa. Vão ainda estar “espalhados

JSD com campanhapara refugiados

// Trofa

pelo concelho pontos de recolha estratégicos” (juntas de freguesia, cafés, entre outros), onde podem deixar “os respetivos donativos”.

A presidente da JSD da Tro-fa, Sofia Matos, afirmou que esta campanha surge por entender que “não pode assistir com pas-sividade a esta situação” e que tem “a obrigação de dar um sinal, de agir e de mostrar que todos so-mos humanos”.

P.P.

A Junta de Freguesia de Vila Nova do Campo foi palco de uma sessão de esclarecimento sobre educação alimentar nas crianças, na noite de 30 de outubro.

Sob o tema “Nutrir Hoje pelo Futuro de Amanhã”, a dietista Pa-trícia Costa falou dos padrões de crescimento das crianças (evolu-ção corporal normal de acordo com a idade a nível de peso, al-tura e gordura corporal), assim como das necessidades nutricio-nais, objetivos da alimentação in-fantil e estratégias para uma ali-

Sessão sobre educação alimentarem Vila Nova do Campo

mentação saudável.Após a sessão, seguiu-se um ras-

treio nutricional às crianças pre-sentes, onde foi feita a medição do

peso e da gordura corporal, o cál-culo do índice de massa corporal e avaliação da adequação do peso e da altura à idade. C.V.

Dietista Patrícia Costa ministrou sessão

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6 JORNAL DO AVE 4 NOVEMBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Santo Tirso

Estes são “os motivos do re-conhecimento feito pelo ISS”, ao convidar a Rede Social de San-to Tirso a estar representada no mês de novembro, no concelho de Évora, para participar no Fó-rum Regional das Redes Sociais, subordinado ao tema “Intervir em rede em contexto de crise”, onde se pretende “apresentar projetos de apoio à coesão so-cial e novas metodologias de in-tervenção social”.

Criada em 2002, a Rede Social tem registado “uma expansão notória, contribuindo para uma rede solidária mais forte e eficien-te, capaz de canalizar os recursos existentes para as principais ne-cessidades observadas no con-celho”. Da sua atividade desta-ca-se “a elaboração do diagnósti-co social, de planos de desenvol-vimento social que, progressiva-

Acompanhado pelo executivo da Junta de Freguesia de Vila das Aves, liderado por Elisabete Faria, o executivo da Câmara Municipal de Santo Tirso visitou a Quinta do Verdeal, o Cemitério e o Parque In-dustrial da Barca e inteirou-se dos problemas mais urgentes.

A visita, que se realizou a 20 de outubro, faz parte da “política de proximidade” que a Câmara Muni-cipal de Santo Tirso tem promovi-

Os moradores do Bairro da Baiona, na freguesia de Vilarinho, conce-lho de Santo Tirso, já têm a possibilidade de se abastecer através da rede pública de água, num investimento que rondou “os 26 mil euros”.

Com estas obras, o Bairro da Baiona fica dotado de “um sistema de distribuição de água com controlo de qualidade, podendo ser uti-lizada sem restrições para beber, cozinhar, preparar alimentos, na higiene pessoal, entre outros fins domésticos, eliminando assim os problemas até agora existentes”. O alargamento da rede de abaste-cimento de água potável no Bairro da Baiona era “há muito reivindi-cado pela população”, dado que, até à realização das obras os mo-radores, “consumiam água através de uma captação subterrânea e de um reservatório montado para o efeito, pela junta de freguesia”.

As obras abrangeram “cerca de 40 habitações” e inserem-se no compromisso assumido pelo atual executivo camarário de expan-dir a rede pública de água e saneamento no concelho de Santo Tirso. Segundo Joaquim Couto, edil tirsense, a autarquia está a trabalhar no sentido de realizar diversas empreitadas nestas áreas que bene-ficiem o bem-estar dos munícipes. “Foi dado mais um passo no que se refere à rede de distribuição de água, até porque era um dos an-seios da população de há muitos anos, que, agora, vêm este proble-ma resolvido”, realçou. P.P.

Decorrem a “bom ritmo”, segundo fonte da freguesia de Vila Nova do Campo, concelho de Santo Tirso, as obras de requalificação da Avenida Manuel Dias Machado. A intervenção, que está a ser feita na principal via de S. Martinho do Campo, arrancou a 27 de julho.

A primeira fase da obra, cujo orçamento é de 300 mil euros, abran-ge uma intervenção no traçado que vai desde o cruzamento com a Avenida 25 de Abril até à Rua José Narciso da Costa.

Também já decorre a manutenção do pavimento do Ringue do Oli-val, tendo já sido “aplicado o betão sobre o piso existente”. P.P.

Autarquia inteirou-se dos “problemas mais urgentes”de Vila das Aves

do junto das freguesias do conce-lho, sendo esta “a 10.ª visita des-de o início do ano”.

Para Joaquim Couto, edil tirsen-se, estas ações são a confirma-ção de que “é necessário fomen-tar uma política de proximidade com as Juntas de Freguesia”, acre-ditando que “esta aproximação e procura de diálogo, tem sido im-portante para ajudar a desbloque-ar algumas situações e a redefinir

estratégias”. A autarquia já reuniu com os

executivos de S.Tomé de Negre-los, de Vilarinho, de Água Longa, da União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Sta. Cristina), Couto (São Miguel) e Burgães, da União de Freguesias de Carreira e Refo-jos, de Rebordões, da União de Freguesias de Areias, Sequeirô, Lama e Palmeira e de Agrela.

P.P.

Rede Social referenciada por “política de boas práticas”

O Instituto de Segurança Social (ISS) indicou a Rede Social de Santo Tirso, coordenada pela Câmara Municipal, como detentora de uma política de boas práticas nacionais, no que respei-ta à metodologia de planeamento estratégico. PATRÍCIA PEREIRA

mente vão definindo a estratégia concelhia em matéria de ação so-cial, a montagem de um sistema de informação e a aprovação de candidaturas a equipamentos so-ciais, indispensáveis ao apoio às respetivas populações”.

“O agravamento de indicadores como a taxa de desemprego e to-das as consequências que daí ad-vêm (como são disso exemplo os problemas relacionados com o al-coolismo, a toxicodependência, a violência doméstica, as crianças e jovens em risco, etc.), fazem da inclusão social também uma prioridade municipal”, avançou fonte da autarquia tirsense, que mencionou ainda que tem sido levado a cabo “um conjunto de políticas sociais que visam mini-mizar as condições vulneráveis em que algumas pessoas vivem e que vão de encontro a linhas estratégicas importantes para o

futuro do concelho, trabalhando com uma série de instituições do concelho e que compõe a Rede Social de Santo Tirso”.

Joaquim Couto, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, declarou que “hoje, mais do que nunca, as políticas de apoio à fa-mília são fundamentais”. “Na cri-se que atravessamos, nos dias di-fíceis que estamos a viver e que se têm vindo a agravar, as redes fa-miliares suavizam as consequên-cias do desemprego, da perda de habitação, do empobrecimento. É extremamente importante que seja feito um trabalho multidisci-plinar, envolvendo diversas insti-tuições e associações que estão no terreno e que, como a Câma-ra, querem desenvolver um con-junto de ações dirigidas à popu-lação mais vulnerável, com vista maiores níveis de coesão social”, terminou.

Requalificação da Avenida ManuelDias Machado

Água da rede pública chega aos moradores do Bairro da Baiona

Executivo realizou a décima visita pelas freguesias do concelho

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7 4 NOVEMBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Educação// Santo Tirso

Depois de haver alguns alu-nos que fizeram “a escolaridade toda em monoblocos” naquela escola, devido à interrupção da empreitada por mais de três anos, no início deste ano letivo, já hou-ve a oportunidade de proporcio-nar instalações novas aos jovens. Segundo Cláudia Soares, há ainda

“oito turmas em monoblocos”. Re-lativamente aos edifícios que fal-tam concluir, referem-se “ao refei-tório, à área administrativa e por-taria”, explicou Jorge Dias, diretor da zona Norte do investimento da empresa Parque Escolar, respon-sável pela obra.

Apesar de os prazos serem aper-tados, o empreiteiro está empe-nhado em cumpri-los, afiançou Jorge Dias. Depois de o projeto de requalificação ter sido inter-rompido, a Parque Escolar fez “pe-

“Gabriel, O Galo Cantor” conta a história do “vaidoso, cantador e falador galo Gabriel que, todas as manhãs, não dá descanso à sua voz”. O livro de Isabel Couto, natu-ral de Vila Nova de Gaia, e Ricardo Santos, natural de Santo Tirso, foi apresentado nas escolas do con-celho do primeiro ciclo, no âmbi-to das comemorações do Dia In-ternacional das Bibliotecas Esco-lares, assinalado a 26 de outubro.

A apresentação do livro, que de-

Até ao dia 10 de novembro, os encarregados de educação podem inscrever os seus educandos para a edição de Natal do Programa Mi-mar, “idealizado e concebido pela Câmara Municipal de Santo Tirso”. As inscrições devem ser feitas através da plataforma SIGA (http://siga.edubox.pt) ou dirigindo-se ao balcão de atendimento da Câmara Mu-nicipal de Santo Tirso.

O Programa pretende ir ao encontro das “necessidades dos pais e encarregados de educação no acompanhamento e formação dos seus educandos nos períodos de interrupção letiva, desempenhan-do uma dupla função: educativa e social”. “Está pensado para ocupar de forma lúdica, criativa e pedagógica os alunos do 1.º ciclo do ensi-no básico das escolas da rede pública (dos seis aos dez anos) durante as férias do Natal, Páscoa e Verão (mês de Junho), das 9 às 17.30 ho-ras, contribuindo para o desenvolvimento integral da criança e para a promoção de estilos de vida saudáveis, proporcionando experiên-cias enriquecedoras e diversificadas”, denotou fonte da autarquia. P.P.

Requalificação da Secundária D. Dinisconcluída “em janeiro de 2016”

Janeiro de 2016 é a data prevista para a conclusão das obras de requalificação da Escola Secundária D. Dinis, em Santo Tirso. O prazo foi divulgado pela di-retora do Agrupamento, Cláudia Soares, durante uma visita do executivo camarário ao estabelecimento de ensino que acolhe cerca de mil alunos. CÁTIA VELOSO

quenas alterações que não retira-ram em nada as funções da esco-la” e que visaram “correções em termos de equipamentos e alte-ração de materiais, por uns mais duradouros e baratos”.

Mas os problemas da escola não terminarão quando a empreitada estiver concluída. Cláudia Soares revelou que, como a escola não foi integrada no Programa Tecno-lógico de Educação nem será con-templada pela Parque Escolar, há uma lacuna em termos de equipa-mento informático. “O que temos está obsoleto, não temos vídeo-

-projetores e temos poucos qua-dros interativos. Vamos tentar re-solver esta lacuna, já fizemos um pedido à DGestE (Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares) e estamos a aguardar”, afirmou.

Joaquim Couto, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso,

considera que esta obra contri-buirá para a “excelência” dos edi-fícios escolares existentes no con-celho. O autarca anunciou ainda a intenção de possibilitar “a comu-

nicação direta” do Parque de Geão com a escola, depois de este ser requalificado.

A autarquia está também dispo-nível para colaborar no arranjo do

espaço exterior à Escola, num pro-jeto que Joaquim Couto conside-ra “vantajoso para o Agrupamento e para o Ministério da Educação”.

Apresentação de livroassinala Dia das Bibliotecas Escolares

correu entre 20 de outubro e 3 de novembro, serviu de pretexto para

“passar a mensagem aos mais no-vos (e também aos professores) dos cuidados a ter com a voz, pois importa que não ocorra o mesmo que acontece com o protagonista desta história, que, de tanto can-tar, perdeu este bem precioso que é a voz”.

O vereador da Cultura da Câma-ra Municipal de Santo Tirso, Tiago Araújo, “enalteceu o trabalho que

as Bibliotecas Escolares têm reali-zado em todo o concelho”, sendo que as celebrações do Dia Interna-cional têm o “objetivo de destacar a sua importância na educação e na promoção do gosto pela leitu-ra”. “As bibliotecas escolares de-sempenham um papel muito im-portante nas escolas e são um veí-culo de transmissão de conheci-mento, não apenas através dos li-vros mas também pelas atividades que desenvolvem”, completou. P.P.

Edição Natal do Programa Mimarcom inscrições abertas

Executivo camarário foi inteirar-se de como decorrem as obras na Escola

Apresentação serviu para “passar a mensagem dos cuidados a ter com a voz”

Veja a reportagem em www.jornaldoave.pt

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8 JORNAL DO AVE 4 NOVEMBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Atualidade // Vila Nova de Famalicão

// Região

Um sistema automatiza-do que permite poupar água e luz, através dos alertas so-bre os consumos excessivos, e que ainda deteta fugas de gás. Save Energy é o nome do pro-jeto dos alunos do Instituto Nun’Alvres, que venceu o con-curso “O Meu Projeto é Empre-endedor”. PATRÍCIA PEREIRA

A “ideia foi dada pelo pro-fessor” de Luís Azevedo e Dmytro Goncharuk, que a acharam “ino-vadora e empreendedora” e de-cidiram pô-la em prática. Com o projeto Save Energy, é possível

“ler o consumo em tempo real” e se o gasto “for mais do que devia, este manda um alerta para o res-ponsável”. Além disso, se for de fé-rias e não souber se deixou os ele-trodomésticos desligados pode aceder à “plataforma web”, cria-da pelos jovens de 19 anos, e “des-ligar ou ligar o aparelho”. Os jo-vens querem agora “implementar essa ideia”, tendo a ideia de falar com “a Câmara Municipal de Vila

As câmaras municipais de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão vão ajudar os estudantes da Universi-dade do Porto “a transitarem da teoria para a prática, promoven-do a integração destes jovens qua-lificados no mercado de trabalho ao articular com as empresas do concelho a realização de estágios profissionais”. Com este protoco-lo, assinado a 19 de outubro, os municípios assumem-se também disponíveis para realizar, dentro das suas necessidades e possibili-dades, estágios profissionais para os recém-licenciados desta insti-tuição. Num futuro próximo, o ob-jetivo da Universidade do Porto é

“expandir a parceria também a em-presas que queiram acolher estu-dantes universitários”.

Para a vice-presidente da Câma-

Dedicado aos “Sistemas auto-máticos de extinção por água”, a 28.ª edição do Fórum APSEI (As-sociação Portuguesa de Seguran-ça) vai ser reeditada no CICCOPN na Maia, a 9 de novembro, depois do “sucesso” do evento realizado em março em Lisboa.

“O programa do fórum irá abor-dar as várias perspetivas relacio-nadas com estes sistemas, desde o projeto à manutenção, passan-do também pela instalação e fis-

“Aproximar os jovens do Ensi-no Secundário, Profissional e do Ensino Superior da realidade das empresas com o objetivo de faci-litar a sua integração no merca-do de trabalho” foi o principal ob-jetivo da iniciativa nacional “Dia Aberto às Empresas”. A empresa Águas do Norte aderiu a esta ini-ciativa, tendo, em parceria com a Universidade de Trás-os-Mon-tes e Alto Douro (UTA), recebido

“cerca de duas dezenas de jovens

Autarquias e Universidadeunidas para fomentar emprego

ra Municipal de Santo Tirso, Ana Maria Ferreira, esta iniciativa “é muito oportuna na situação atu-al de crise e desemprego”, sendo

“a empregabilidade uma das suas maiores preocupações”. Também para o presidente da Câmara Mu-nicipal de Famalicão, Paulo Cunha este protocolo “traduz o reconhe-cimento do trabalho meritório” que a autarquia famalicense vem desenvolvendo nas áreas da edu-cação, formação e empreendedo-rismo. “A Universidade do Porto percebeu que a Câmara de Famali-cão está em excelentes condições para aproximar os seus alunos do mundo empresarial, pelo que es-tou certo que este protocolo terá resultados muito profícuos para todos”, sublinha.

P.P.

Águas do Norte adereao Dia Aberto às Empresas

do ensino superior”.Durante o dia 30 de outubro,

os alunos tiveram “a oportuni-dade de visitar a sede da AdNor-te para conhecerem a realidade da empresa na sua globalidade e muito em particular a sua es-trutura funcional, modelo orga-nizativo e o processo de recru-tamento de novos colaborado-res, capitulo que esta iniciativa pretende abordar de uma forma mais vincada”.

O “Dia Aberto às Empresas” é organizada pelo Consórcio Maior Empregabilidade, que se iniciou

“em 2013” e é constituído por “instituições de ensino superior, públicas e privadas, que acei-taram o convite da Fórum Estu-dante para realizar um conjunto de Estudos, Conferências e Ini-ciativas que visam promover a maior empregabilidade dos jo-vens recém-diplomados do En-sino Superior”.

Fórum APSEI reedita sessão na Maiacalização”, avançou fonte da or-ganização.

O programa do Fórum decorre entre as 9.30 e as 17.15 horas no CICCOPN (Centro de Formação Profissional da Indústria da Cons-trução Civil e das Obras Públicas do Norte), localizado na Rua da Espinhosa, na Maia, e conta com o patrocínio da Redifogo.

Caso esteja interessado em participar, deve inscrever-se até ao dia 6 de novembro, em www.

apsei.org.pt. A inscrição tem um custo de

“dez euros”, sendo que para os “associados da APSEI” e para “es-tudantes com menos de 25 anos é gratuito”.

“As inscrições só são valida-das após o pagamento ante-cipado por transferência ban-cária para a conta APSEI n.º 1091480049 do Millennium BCP ou NIB 0033000001091480049-16”, informou.

P.P.

www.jornAldoAve.

pt

Save Energy vence “O Meu Projeto é Empreendedor”Nova de Famalicão e outros mu-nicípios”, de forma a alertar para o “muito desperdício de eletrici-dade e água”.

Com o projeto “Produção de queijos de diferentes sabores – es-sencialmente de pedaços de fru-tas - e transformação de azeite em pó”, Tânia Faíscas, do Externato Infante D. Henrique, conquistou o 2.º lugar do concurso. A aluna deci-diu apostar e “inovar” estes “dois produtos” por serem “fortes da gastronomia portuguesa”, através da “gastronomia molecular”, que já é “praticada em alguns restau-rantes”, com o intuito de “comer-cializar” e “fazer chegar o azeite em pó a casa dos consumidores”. Tânia Faíscas vai “dar continuida-de” ao projeto e “fazer contactos com empresas para futuramente ver os produtos no mercado”.

E em terceiro lugar ficou o pro-jeto de José Almeida, da Didáxis de Riba de Ave, designado Solar Hydroponic System, que consis-te num sistema simples e prático para cultivo de frutos e vegetais. O aluno explicou que a hidropónica

já existe, sendo que “a inovação” do projeto é o “painel solar”, que

“quanto mais energia obter mais ciclos de rega faz”. “É autónomo energeticamente e não há desper-dícios de água”, referiu.

Estes três projetos destacaram--se dos dez selecionados de um to-tal de 33 Provas de Aptidão Profis-sional que este ano se apresenta-ram a esta iniciativa promovida

pela Rede Famalicão Empreen-de. Os três primeiros classifica-dos receberam 1000, 500 e 250 euros atribuídos, respetivamen-te, pela Continental Mabor, Coo-perativa Eléctrica do Vale d’Este e Associação Comercial e Indus-trial de Famalicão.

O vereador da Educação e do Empreendedorismo da Câmara Municipal de Vila Nova de Fama-

licão, Leonel Rocha, afirmou que este concurso é “inspirador do empreendedorismo” e “um pal-co único onde os alunos do en-sino profissional mostram o que valem”, sendo “importante para quem desenvolve projetos em-preendedores dar a conhecer as suas ideias”, pois significa que

“não tem medo de arriscar e que conseguirá vencer”.

Luís Azevedo e Dmytro Goncharuk venceram o prémio com sistema que permite poupar água e luz

Veja a reportagem em www.jornaldoave.pt

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9 4 NOVEMBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Atualidade//Vila Nova de Famalicão

Onze colaboradores da AdNor-te (Águas do Norte) receberam bolsas de estudo para o ano leti-vo 2015/2016 atribuídas aos seus descendentes, estudantes do En-sino Superior ou com necessida-des de Educação Especial. Esta ação integra-se no Programa

No primeiro ano de atividade, o Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP) de Vila Nova de Famalicão ajudou

“34 adultos” a “aumentarem as suas qualificações escolares” e, na terça-feira, 3 de novembro, entregou os diplomas de conclu-são dos respetivos níveis escola-res. “Através do desenvolvimento de processos de reconhecimento, validação e certificação de com-petências, 34 adultos concluí-ram o nível básico (9º ano) e o ní-vel secundário (12º ano), encon-trando-se agora melhor prepara-dos para mais facilmente apro-veitarem as oportunidades que existem no mercado de traba-lho”, avançou fonte da autarquia.

A cerimónia, que decorreu na

O projeto-piloto, que visa “apoiar a inserção de doutorados nas empresas do concelho”, foi lançado a 2 de novembro pela Câmara Municipal de Famalicão e o Centro Tecnológico Têxtil e do Vestuário (CITEVE). O objeti-vo é usar “20 milhões de euros que o Norte 2020 tem disponível para apoiar a contratação de re-cursos humanos altamente qua-lificados”.

O diretor geral do CITEVE, Braz Costa, indicou ter expectativa de vir a remeter “entre 15 a 20 can-didaturas”, reforçando a ideia de que devem tratar-se de empresas com “relativa maturidade” em ati-vidade de I&D e Inovação. “As em-

Projeto-piloto quer integrar doutoradosem empresas locais

As empresas que passem a contar com doutorados, “cujo sa-lário poderá ir de 1500 a 2600 euros”, terão acesso “a 50 por cento de financiamento para 24 a 36 meses de contrato”. Esta é a base do Projeto de Apoio à Inserção de Doutorados, desen-volvido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e o Centro Tecnológico Têxtil e do Vestuário (CITEVE). PATRÍCIA PEREIRA

presas que vão receber os douto-rados não estão à procura de mão de obra barata, mas de mão de obra qualificada”, resumiu o res-ponsável do CITEVE.

Já o vereador da Educação, Co-nhecimento e Empreendedoris-mo da Câmara de Famalicão, Leo-nel Rocha, contou que ao longo do roteiro Made IN foi sendo “per-cetível” que as empresas “sentem a necessidade de integrar pes-soas altamente qualificadas, mas às vezes não sabem que passos dar”. “Esta ajuda às empresas é uma das formas com maior retor-no de potenciar os fundos comu-nitários que ficarão disponíveis”, acrescentou.

Assim, a Câmara de Famalicão e

o CITEVE pretendem servir como mediadores, criando o Projeto de Apoio à Inserção de Doutorados, cujos “destinatários são as em-presas locais, nomeadamente as ligadas ao setor têxtil que quei-ram, entre outros objetivos, apos-tar na diferenciação de produto e autonomização de processos”.

Quanto aos doutorados, cabe-rá aos responsáveis por este pro-jeto identificar perfis adequados com a procura das empresas, es-tando a identificação a ser traba-lhada em articulação com as uni-versidades a nível nacional. “Que-remos criar uma relação entre doutorados e empresas. O têxtil

precisa de competências e quali-ficações académicas muito maio-res do que antigamente”, referiu Braz Costa, recordando que há uns anos “não passava pela cabe-ça de ninguém que uma empresa contratasse um físico ou um ma-temático por exemplo, algo que hoje é uma realidade”.

“34 adultos” recebem primeiros diplomas do CQEP

Casa das Artes, contou com as presenças do presidente da Câ-mara Municipal de Famalicão, Paulo Cunha, o presidente da Agência Nacional para a Quali-

ficação e o Ensino Profissional (ANQEP), Gonçalo Xufre, e repre-sentantes de todas as entidades concelhias da Rede Local de Edu-cação e Formação. “A aprendi-

zagem ao longo da vida é funda-mental. Por isso torna-se decisi-vo criar condições do ponto de vista da valorização permanente dos recursos humanos e da reo-

rientação vocacional e profissio-nal”, defendeu o edil.

Em funcionamento desde 21 de maio de 2014, o CQEP de Famali-cão está sediado na Câmara Mu-nicipal e conta com seis polos no concelho, funcionando em ins-talações das entidades da rede local. Integra a rede nacional de centros e assume um papel re-levante no Sistema Nacional de Qualificações ao contribuir para a aprendizagem ao longo da vida. O facto de o CQEP de Famalicão en-volver todas as entidades da Rede Local de Educação e Formação (32 parceiros) motivou já os elo-gios públicos da ANQEP, apontan-do-o como “modelo de referência a nível nacional”.

P.P.

AdNorte concede bolsas de estudo no valor de 12400 euros“Bolsas de Estudo AdP (Águas de Portugal)”, que faz parte da es-tratégia de responsabilidade so-cial interna do Grupo Águas de Portugal.

O Programa tem como objeti-vo “contribuir para o desenvolvi-mento e aprendizagem dos filhos

dos seus colaboradores, median-te a atribuição de bolsas de estu-do para o Ensino Superior e para a Educação Especial que eviden-ciem dificuldades financeiras e que tenham tido um aproveita-mento escolar excelente”.

A verba a atribuir foi “angaria-

da com o envio dos cartões de Na-tal 2014”, tendo sido atribuídas na AdNorte “sete bolsas para o Ensi-no Superior no valor de 1200 eu-ros cada e quatro bolsas para o Ensino Especial no valor de mil cada, perfazendo a quantia total de 12400 euros”. “Com a colabo-

ração de todos, naquela que foi a ação de envio de cartões eletróni-cos de Natal mais participada de sempre, foi possível assegurar 35 bolsas de estudo neste ano leti-vo no Grupo Águas de Portugal”, adiantou fonte da empresa.

Projeto pretende que as empresas contratem “recursos humanos altamente qualificados”

Edil famalicense referiu ser “fundamental” a aprendizagem ao longo da vida

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10 JORNAL DO AVE 4 NOVEMBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Santo Tirso

Trezentos mil euros é o valor que a autarquia de Santo Tir-so vai investir para reabilitar a Praceta do Alto da Feira, junto ao Largo Coronel Baptista Coe-lho, no centro da cidade. CÁTIA VELOSO

O projeto, que foi apresenta-do na Associação Comercial e In-dustrial de Santo Tirso, na tarde de 30 de outubro, visa “valorizar o per-curso pedonal” e, “a médio prazo”, contribuir para “a potenciação do

Peões privilegiados na requalificaçãoda Praceta do Alto da Feira

comércio local”, revelou Joaquim Couto. O presidente da Câmara Mu-nicipal explicou que esta é “uma das propostas de reabilitação urba-na” que, assim como “as pequenas e grandes obras que estão a ser de-senvolvidas ou em fase de projeto”, permitirá “ter um espaço público requalificado, que continue a pro-mover a qualidade de vida”.

A praceta reabilitada será veda-da ao trânsito, com as devidas ex-ceções feitas aos moradores, e terá zonas de estar viradas para o largo, espaços verdes e esplanadas. Por

estar num nível superior, a Praceta ganhará varandas, onde as pesso-as terão visibilidade para o largo e vice-versa. Joaquim Couto espera inaugurar a obra “em abril de 2016”.

Além de “privilegiar a circulação pedonal”, o projeto visa também contribuir para fortalecer o comér-cio tradicional. “É necessário criar condições para o reaparecimento de mais projetos locais. A questão passa pela adequação e pelo sur-gimento de pessoas e empresas dispostas a investirem”, postulou o autarca. Ora, o contributo da Câ-mara e do Estado foi reduzir ou eli-minar taxas e impostos em projetos instalados na Área de Reabilitação Urbana. Os benefícios fiscais são, segundo Joaquim Couto, “muito interessantes”, como o IVA de seis por cento – e não de 23 por cento

- para obras de construção ou rea-bilitação de um prédio.

Segundo o edil tirsense, a conclu-são das obras na Praceta do Alto da Feira poderá coincidir com a apre-sentação do projeto de reabilitação do Largo Coronel Baptista Coelho, que ainda não está concluído, mas

já preocupa comerciantes, que te-mem pelo desaparecimento dos lu-gares de estacionamento.

Joaquim Couto considerou que “é uma preocupação sem funda-mento”, uma vez que a autarquia

“está a trabalhar numa proposta de novo parqueamento na cida-de, com vários parques espalha-dos pela cidade, para responder

às necessidades de estacionamen-to, abandonando a ideia de se fazer um parque subterrâneo enorme”.

“A questão coloca-se em como as pessoas chegam e onde estacio-nam para ir ao comércio local. Não é pondo o carro dentro do estabe-lecimento que se resolve o proble-ma, mas sim com disciplina e regra”, asseverou.

Joaquim Couto sublinhou a valorização da circulação pedonal

Nova praceta será uma “varanda” para o Largo Coronel Baptista Coelho

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Veja a reportagem em www.jornaldoave.pt

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11 4 NOVEMBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Vila Nova de Famalicão

O documento, que Paulo Cunha, edil famalicense, classifica como

“evolução na continuidade”, vai ser analisado na reunião extraordiná-ria de executivo marcada para a esta quinta-feira, 5 de novembro. A “fatia de leão” do orçamento fa-malicense volta a ser reservada para a área social, com “um sig-nificativo fortalecimento da rú-brica dedicada ao apoio às famí-lias”, sendo que o reforço da coe-são social é mesmo definido pelo executivo como a “primeira linha estratégica de desenvolvimento”, em harmonia com o plano estra-tégico (2014-2025) do município.

Em termos globais, Vila Nova de Famalicão vai reservar “mais de oito milhões de euros para in-vestimento na área social”, sen-do que “quatro milhões de euros são canalizados para ajuda dire-ta às instituições sem fins lucra-

Criar um novo polo industrial que em 2017 empregue cer-ca de 500 pessoas é o objetivo da empresa Manuel Fernando Azevedo (MFA), fabricante de meias e peúgas funcionais e técnicas, que adquiriu as an-tigas instalações da antiga Fi-tor, em Avidos, concelho de Vila Nova de Famalicão, para iniciar um plano de expansão do negócio.

A empresa quer ocupar me-tade dos 32 mil metros quadrados das instalações e chegar aos 320 postos de trabalho em 2017. Atu-almente tem 120 trabalhadores e já investiu cinco milhões de euros, dos 7,5 milhões destinados para a expansão do negócio até 2017.

Nascida em Santo Tirso há 21 anos, a MFA mudou-se para Avidos em 2014 e no último ano registou a produção de “24 milhões de pares de meias”. O horizonte para daqui a dois anos são os “30 milhões”, o que implicará a aquisição de “mais 192 teares” para a unidade de aca-bamento e tricotagem, a acrescen-tar aos 470 já existentes na fábri-ca, revelou Manuel Azevedo, res-ponsável pela empresa. Quanto à faturação, o objetivo é passar dos

A 28 de outubro faleceu o an-tigo presidente da Câmara Muni-cipal de Vila Nova de Famalicão, José Pinto de Oliveira, com 92 anos. Cidadão interveniente e par-ticipativo na vida da comunidade, José Pinto de Oliveira assumiu as funções de presidente da Câma-ra Municipal em 1958, cargo que exerceu até 1965. O seu manda-to foi marcado pela inauguração dos atuais Paços do Concelho, em 1961, das instalações da Escola Co-mercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão, em 1963, e do Hos-pital São João de Deus, em 1964, bem como pela criação, em 1962, do Externato Delfim Ferreira, a pri-

Câmara Municipal tem orçamento de “78 milhões de euros com prioridade para a coesão social”Em 2016, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai gerir “um orçamento global de 78 milhões de euros, mais sete milhões do que no corrente ano de

2015, o que equivale a um aumento de 10,1 por cento”. PATRÍCIA PEREIRA

tivos”, onde se incluem as Insti-tuições Particulares de Solidarie-dade Social e todo o movimento associativo concelhio. Os outros

“mais de quatro milhões vão para o desenvolvimento dos progra-mas sociais municipais, onde se destaca o grande apoio à educa-ção das crianças e jovens de Fama-licão através da existência de um terceiro escalão social de apoio às famílias com crianças no pré-

-escolar e 1.º Ciclo de Ensino Bási-co (que acresce aos dois escalões nacionais), da oferta dos manuais escolares gratuitos para os mes-mos níveis de ensino, dos trans-portes gratuitos, do apoio à aqui-sição de material didático por par-te das famílias mais carenciadas, para além da entrega das bolsas de estudo aos estudantes univer-sitários do concelho”. As “outras grandes apostas sociais” do mu-

nicípio passam novamente pelo setor da habitação, com o progra-ma de ajuda às obras e às rendas das famílias mais carenciadas do concelho, e pelo apoio aos senio-res através da dinamização de di-versos programas de fomento de qualidade de vida tanto ao nível do apoio à saúde como ao nível do bem-estar psíquico.

Igualmente relevante na área social, com impacto direto no or-çamento, é a decisão da autarquia em “fixar o Imposto Municipal so-bre Imóveis (IMI) em valores próxi-mos do mínimo - 0,35 - e em baixar significativamente o valor do im-posto para os agregados familia-res famalicenses com dois depen-dentes - redução de 15 por cento, e para as famílias com três ou mais dependentes - redução de 20 por cento”. As empresas vão ter que pagar “uma taxa de 1,2 por cen-

to sobre o lucro tributável, desde que o seu volume de negócios seja superior a 150 mil euros”, e “todas as outras, que são a maioria, vão continuar isentas do imposto da Derrama”.

Em relação aos investimentos materiais planificados, as priori-dades vão para “a continuação

dos programas de requalificação da rede viária, a modernização do parque escolar e para a ampliação e remodelação das redes de abas-tecimento de água e saneamento”, que absorvem a “grande fatia dos mais de 28 milhões de euros” pre-vistos como despesa de capital do orçamento.

Faleceu ex-presidenteda Câmara Municipal

meira instituição do concelho com o ensino secundário completo.

Como forma de reconhecimen-to pelo seu papel na promoção do bem comum, a Câmara Municipal deliberou em 1965 a atribuição da Medalha de Honra do Município.

O presidente da Câmara Muni-cipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, decretou dois dias de luto municipal, sendo que a bandeira municipal ficou a meia haste até ao dia 30 de outubro, em “sinal de reconhecimento à memória de uma das personalida-des mais prestigiadas da vida cívi-ca e política do concelho”.

P.P.

MFA aposta no crescimento com reativaçãode polo industrial

“17 milhões de euros em 2014 para 25 milhões em 2017”. Cem por cen-to da produção destina-se à expor-tação e tem como cliente a New Ba-lance, marca que representa gran-des clubes de futebol como Fute-bol Clube do Porto, Sevilha, Liver-pool e Stoke City.

Além de ter conseguido o licen-ciamento para a distribuição da marca Rohner para toda a Europa, à exceção da Suíça, a MFA acertou, recentemente, uma parceria com uma marca irlandesa para a insta-lação de uma start up – a Ridgeview Portugal, que inicia atividade daqui a duas semanas com “30 trabalha-dores” e “68 teares”, que fabricarão meias “destinadas ao Norte da Eu-ropa, com grande composição de lã”. O objetivo é faturar três milhões de euros anualmente, fabricar dois milhões de pares de meias e criar o dobro dos postos de trabalho.

A MFA também começou a traba-

lhar numa patente de um “tipo de meia diferente”, em parceria com o CITEVE (Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário), que deverá ser apresen-tada em 2017.

Manuel Azevedo explicou que a MFA mudou de instalações para

“poder crescer” e viu na autarquia de Vila Nova de Famalicão a “dispo-nibilidade” necessária para “a con-cretização do projeto”.

Paulo Cunha, presidente da Câ-mara Municipal de Famalicão, que visitou o polo industrial e conhe-ceu de perto a atividade da MFA, afirmou que “não se pode ficar in-diferente” à “valorização do patri-mónio industrial”, cuja reativação

“valoriza não só a freguesia onde está inserida para todo o concelho”.

“Uma empresa voltar a laborar sig-nifica criação de emprego e é exce-lente para a comunidade, para os comerciantes e para os prestado-res de serviço”, acrescentou.

Paulo Cunha conheceu de perto atividade da MFA

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Entrevista Veja o vídeo emwww.jornaldoave.pt

Jornal do Ave (JA): Gere o 3.º con-celho mais exportador do país, que, segundo os Censos de 2011, tem mais de 133 mil habitantes. Peran-te esta realidade, o Benfica ainda tem um lugar no seu coração?

Paulo Cunha (PC): (risos) O Ben-fica é uma simpatia clubística, não é mais do que isso. Eu estou mui-to concentrado no meu concelho. O Futebol Clube de Famalicão, re-cém-chegado às competições pro-fissionais, trouxe uma alegria enor-me para o concelho pelo facto. Am-bicionamos puxar os nossos galões para o levar mais longe.

Mas o que dizer dos outros clu-bes da nossa terra, no futebol, hó-quei, andebol e no atletismo? Aliás, sou também um adepto e pratican-te de atletismo, gosto de desporto e de todas as modalidades e tenho dito que Famalicão se nota no pa-norama nacional, essencialmente pela diversidade e pela forma como dá condições para que quem queira fazer desporto, qualquer que seja a modalidade, possa praticá-lo. A vo-cação da Câmara é apoiá-los.

A simpatia com o Benfica é uma relação de criança, uma influência paterna e, portanto, um carinho especial.

JA: A primeira escolha para fa-zer esta entrevista foi no Parque da Devesa, mas S. Pedro não aju-dou. Porquê o parque?

PC: O Parque é o nosso ícone e a nossa referência maior. Eu acho que, se perguntarem a qualquer fa-malicense qual é a obra que mais se nota ou que mais simboliza Famali-cão, dentro e fora do concelho, a res-posta é claramente o Parque da De-vesa. É o resultado de uma ambição

A propósito do 2.º aniversário do mandato autárquico, que

se comemorou a 20 de outubro, Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal do Ave, na zona envolvente aos Paços do Concelho. A entrevista, em vídeo, pode ser vista em www.jornaldoave.pt. PATRÍCIA PEREIRA

de muitas gerações. Desde a década 50 do século passado, que o Parque tem sido colocado na agenda de to-dos e, felizmente a Câmara Munici-pal, com o apoio dos famalicenses, conseguiu concretizar esse objeti-vo. Diariamente, percebemos que são cada vez mais os que o frequen-tam, visitam e o aproveitam para ler um livro, caminhar, brincar com os filhos, fazer desporto ou para assis-tir a eventos culturais.

JA: A oposição critica o executi-vo PSD/CDS de enterrar milhões no Parque da Devesa e na Urbani-zação do Talvai. Considera que os anteriores executivos lhe deixaram uma herança pesada?

PC: Não, considero exatamente o oposto. Acho que os anteriores exe-cutivos foram superiormente lidera-dos pelo senhor arquiteto Armindo Costa e deixaram um ativo que acho que está à vista de todos. Acontece que, na dinâmica da história, quem aparece depois, além de colher os frutos da sementeira que foi feita, também tem que assumir os encar-gos associados a esses frutos.

O Parque da Devesa, com a mag-nitude que tem, implicou que um proprietário de um complexo de terrenos cedesse terrenos. Os mui-tos hectares que foram cedidos para construir são a razão primeira para que o Parque existisse e isso tem en-cargos e custos. A Câmara Munici-pal está a suportá-los consciente de que têm retorno para os famalicen-ses. A compensação que acordamos pagar ao proprietário desses terre-nos é a que nos aparece ajustada em função do retorno que tivemos, não só do ponto de vista dos terre-nos para o Parque, mas também da

redução da capacidade construtiva que foi aceite.

A Questão da Talvai é mais antiga e vem do último exercício do dou-tor Agostinho Fernandes. Estou cer-to que o acordo, que na altura o en-tão presidente de Câmara obteve ou conseguiu com o proprietário des-ses terrenos, foi bem-intencionado, pois o objetivo era trazer para Fa-malicão um parque e um polo uni-versitário. Infelizmente, a universi-dade acabou por não ser construí-da, mas é indiscutível que os terre-nos são hoje propriedade do muni-cípio e que quem os cedeu tem que ser compensado por isso. Estes dois acordos que obtivemos são formas de honrar compromissos e de as-sumir aquilo com que nos compro-metemos.

JA: Com o projeto Famalicao Made In, o executivo pretende re-forçar ainda mais o título de conce-lho mais exportador?

PC: Essa é uma das ambições. O facto de ser o terceiro concelho mais exportador do país dá-nos muitas responsabilidades e não quero que isto seja um facto histórico, nem que seja uma mera referência numérica para se colocar no cabeçalho ou no topo de uma folha, mas que acom-panhe o nosso dia a dia.

É algo que é muito mais importan-te porque traz consigo quantidade e qualidade de emprego.

Sermos o terceiro concelho mais exportador do país significa que há empresas de dimensão interna-cional, que vão criar emprego em quantidade, mas também em qua-lidade. São empresas que apostam na inovação, no desenvolvimento tecnológico e em conceitos e mé-todos empreendedores e é bom tê-

-las entre nós. O projeto Made IN serve principal-

mente para apoiar as micro, peque-nas e médias empresas.

JA: No concelho, a taxa de de-semprego está abaixo da média na-cional. São as políticas municipais as principais responsáveis por isso?

PC: Eu entendo que a diminui-ção do desemprego ou o aumento da capacidade das empresas para criar postos de trabalho é sempre o resultado de um somatório de con-tributos. Os maiores contribuintes são as empresas e, desde logo, os empresários que são arrojados e criam condições para que as empre-sas possam produzir mais e consi-gam novos mercados. A internacio-nalização é muito importante, por-que o mercado português é limita-do. Estou seguro que as políticas públicas podem dar um contributo, tal como o PDM, através do qual au-mentamos em mais de 50 por cen-to as áreas industriais do concelho, com a política de infraestruturas, de acessibilidades, e o que estamos a fazer com a aposta na formação e na educação. Famalicão é um dos poucos concelhos onde mais de 50 por cento dos alunos chegam ao En-sino Secundário e escolhem os cur-sos profissionais.

JA: Vila Nova de Famalicão regis-tou a 45.ª maior diminuição de pas-sivo, conseguindo um decréscimo de 3,36 milhões de euros. Como é possível chegar a estes valores sem cortar no investimento?

PC: Muito rigor, contenção e disci-plina. Um trabalho muito aturado de toda uma equipa governativa, em que o presidente de Câmara é tão só o líder desta estrutura, acompa-nhada de juntas de freguesia, que têm uma postura também muito responsável e consciente das difi-culdades da atualidade. Esta con-jugação favorável de esforços per-mite que, ano após ano, possamos continuar a desempenhar um con-junto de tarefas e ao mesmo tem-po reduzir os encargos que vamos

deixar para as gerações vindouras. A questão da Devesa e de Talvai

são dossiês que, felizmente, con-seguimos arrumar, com encargos pouco superiores a sete milhões de euros, quando os encargos podiam ultrapassar os 20 milhões de euros.

A dívida, nomeadamente a ban-cária, é outro aspeto não menos importante, porque estamos a co-locá-la em patamares que são per-feitamente geríveis porque quanto menor for, menores são os encar-gos que mensalmente temos que pagar. Comparando com dois mu-nicípios com os quais temos afini-dades, como Braga e Guimarães, a dívida de Famalicão é muito menos de metade. São sinais de que esta-mos com uma dívida sustentável e é assim que queremos continu-ar no futuro.

JA: Apesar destes resultados, a oposição critica o executivo, afir-mando que os impostos deviam ser mais leves para as famílias.

PC: Há uma verdade das finanças públicas. Os orçamentos têm que ser equilibrados, ou seja, o valor da despesa nunca pode ultrapassar o valor da receita. Eu entendo que a despesa que temos assumida é ne-cessária. Se não há gorduras, quer dizer que ou nós temos esta recei-ta ou temos que nos financiar com outra. Se nós baixássemos as des-pesas correntes resultantes das ta-xas e dos impostos, tínhamos que aumentar a receita extraordiná-ria, nomeadamente a resultante de empréstimos, porque o Orçamen-to de Estado não é infinito e as re-ceitas que resultam das transferên-cias anuais têm reduzido ano após ano. Portanto, temos que manter uma receita própria que nos permi-ta fazer face à despesa que o Muni-cípio exige.

Quando me candidatei há dois anos, disse aos famalicenses que ia

Regeneração urbana e ação social são os “grandes projetos” para o que resta do mandato de Paulo Cunha

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Entrevista

adotar uma política de estabilida-de fiscal, ou seja, que não ia baixar os impostos num ano, para no ano seguinte os voltar a subir. Ia man-ter o dossiêr fiscal, que é o que te-mos feito, tendo recentemente, in-troduzido um apoio às famílias ao nível do IMI (Imposto Municipal so-bre o Imóvel), para a proteção e es-tímulo à natalidade.

JA : Que medidas tem levado a cabo para beneficiar as famílias?

PC: Bolsas para os nossos jovens estudantes, o projeto Casa Feliz - muitas centenas de habitações já fo-ram recuperadas - e os apoios que temos dado às instituições sociais e às conferências Vicentinas são só exemplos daquilo que temos feito do ponto de vista das políticas so-ciais. Na educação, por exemplo, in-troduzimos no ano passado o cha-mado Regulamento de Apoio às Fa-mílias, que cria condições para o surgimento de um outro escalão de apoio aos agregados com dois ou mais filhos. Só este Regulamen-to tem uma estimativa de despesa anual de meio milhão de euros. O que significa que temos um orça-mento que é amigo das pessoas e que se concentra em ajudar os que mais precisam.

JA: A educação é uma aposta des-te município. Este ano, houve a im-plementação da municipalização da educação. Esta medida gerou críticas por parte da oposição. Cor-reu bem o início deste ano letivo?

PC: O que houve foi uma territo-rialização da educação. A compe-tência não passou do ministro para o presidente da Câmara ou do Minis-tério para a Câmara Municipal, mas passou do nível central para o nível local. Hoje as competências são do território e do concelho e quem as exerce são a Câmara Municipal, as direções de agrupamento, os con-selhos gerais e o Conselho Munici-pal da Educação.

É um processo que está a ser mui-to bem-sucedido. Entendo muito bem as críticas, porque quando as

pessoas não conhecem é normal e perfeitamente compreensível que desenvolvam este raciocínio de ad-versidade, porque é uma matéria sensível e muito importante. Com-preendo perfeitamente que profes-sores, pais e alguns outros mem-bros da comunidade escolar olhem com receio para este processo, mas o que tem acontecido ultimamen-te é que à medida vai sendo execu-tado, é fácil começar a perceber os méritos.

Em Famalicão, nós tínhamos um défice de cerca de 90 pessoas a tra-balhar nas escolas. O facto de o processo ter sido transferido para o Município permitiu que, em pou-cos dias, esse problema, que se acu-mulou durante anos, fosse resolvido, porque quem tinha competências estava perto das escolas, tinha cons-ciência do que era preciso e soube encontrar uma solução. É um efeito útil da territorialização da educação e estou seguro de que muitas das pessoas que olhavam com descon-fiança para o processo, vão come-çar a vê-lo de outra forma.

JA: Que medidas estão a ser im-plementadas na área da educação?

PC: Temos feito reabilitação dos espaços - um trabalho que nunca está terminado -, dando muitos con-tributos. Este ano, concluímos qua-tro escolas que estavam a precisar de intervenção e que estão comple-tamente reformuladas e excelentes do ponto de vista da sua utilização, como aconteceu com as Gondifelos, Lousado, Bairro e Oliveira de San-ta Maria. É um processo que vamos continuar e no próximo ano temos já estimadas mais intervenções nou-tras escolas, a que somamos outros projetos, como o Projeto Famalicão e o Projeto Empresa-Escola, em que a empresa participa na escola e a es-cola influencia também a empresa.

JA: O Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) vai, a partir do próxi-mo ano, perder o Hospital de San-to Tirso. Qual a posição da Câma-ra sobre esta posição do Ministé-

rio da Saúde?PC: O CHMA começou mal. Eu

sempre entendi que a criação do Centro Hospitalar entre Famalicão e Santo Tirso não era ajustado. Havia uma discrepância entre as duas va-lências, que, na minha opinião, não ajudaria a que o CHMA funcionasse bem e, portanto, a sua dissolução é uma notícia boa. Do ponto de vista de Famalicão, entendemos que pre-cisa de encontrar rapidamente um parceiro e de criar um novo Centro Hospitalar numa realidade diferen-te, olhando para o território e para o envolvente percebendo quais são as unidades hospitalares na região com as quais temos mais afinida-des para que se possa criar um Cen-tro Hospitalar competente e capaz de fazer face às necessidades que temos de saúde em Famalicão. Es-tou convencido que o próximo go-verno, seja ele qual for, quando ini-ciar funções vai olhar para esta rea-lidade e esperamos que até ao final do ano ainda se consiga encontrar essa solução.

JA : Mas já há indicações da parte da tutela de alguma unidade hospi-talar com a qual se possa agregar a de Famalicão?

PC: Eu sei que há um conjunto de estudos que estão a ser ultimados.

JA: Com estas medidas que o go-verno tem implementado, acredi-

ta que os famalicenses estão cada vez mais dependentes do Hospi-tal de Braga?

PC: Eu acho que a realidade hos-pitalar de hoje é diferente da que tí-nhamos há vinte anos. Hoje temos que ter um hospital de referência regional, como sempre tivemos, que no passado era o Hospital de S. João e hoje é o Hospital de Braga, que tem assegurado uma boa res-posta. Sabemos que há um conjun-to de especialidades que não é pos-sível que cada hospital de cada con-celho tenha. O que nós queremos é que o nosso hospital de Famalicão mantenha intactas as suas compe-tências como hoje estão instala-das e de preferência possa reforçá-

-las, mas não é nossa ambição que algum dia o Hospital de Famalicão possa dispensar a relação de refe-rência que hoje tem com o Hospi-tal de Braga.

JA: Vila Nova de Famalicão tem uma área muito grande. Como é que o executivo consegue gerir todo o território?

PC: São 200 quilómetros quadra-dos que se gerem com influência e com o apoio de todos, com a boa ar-ticulação com as autarquias de fre-guesia, com um bom relacionamen-to com o tecido associativo e com uma aproximação aos cidadãos.

JA: E passa também por trans-

ferir cada vez mais competências para as juntas de freguesia?

PC: O processo não tem que ser esse, mas de articulação. Às vezes, entregar competências às juntas de freguesia não é uma coisa boa. Há juntas de freguesia que têm, mas também há outras que não têm e não é bom estar a forçar a transfe-rência de competências, sabendo que isso vai trazer consigo a neces-sidade de mais despesas, nomeada-mente com recursos humanos. Te-mos é que saber exercer com eles de uma forma consertada e parti-cipada.

JA: Ainda faltam dois anos de

mandato. Quais são os grandes projetos que o executivo vai im-plementar?

PC: Continuar a fazer o que temos feito e preparar-nos para os fundos comunitários. Acho que o grande projeto, num futuro próximo, é criar condições do ponto de vista do pla-neamento e dos programas para que Famalicão possa aproveitar o novo quadro comunitário. Avizinha-

-se para breve o início da disponibili-dade de fundos para os municípios e é bom e importante que Famalicão nessa altura esteja bem preparado para poder aproveitar ao máximo esses apoios comunitários.

JA: Quais são as áreas que pre-tende ver contempladas?

PC: Uma é a reabilitação urbana, essencialmente a questão da rege-neração de algumas áreas do conce-lho. Por isso, criamos a Área de Rea-bilitação Urbana, com uma, marca-da na cidade, mas também a preo-cupação com um dos núcleos urba-nos, como é o caso de Riba de Ave, Joane e Ribeirão.

A área social é a que iremos tam-bém dedicar muita atenção, tendo ainda alguns núcleos que precisam de intervenção social e de reabilita-ção, não só do edificado, mas essen-cialmente da criação de dinâmicas sociais que permitam uma inclusão social genuína e segura.

Regeneração urbana e ação social são os “grandes projetos” para o que resta do mandato de Paulo Cunha

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Atualidade// Vila Nova de Famalicão // Santo Tirso

Com o voto contra de Santo Tirso, o Conselho Metropolita-no do Porto (CmP) aprovou, a 30 de outubro, que os municí-pios deleguem na Área Metro-politana do Porto (AMP) com-petências em matéria de mo-bilidade e serviços públicos de transporte de passageiros mu-nicipais. PATRÍCIA PEREIRA

O documento abrange, segun-do comunicado do CmP, “plane-amento, organização, operação, atribuição, fiscalização, investi-mento, financiamento, divulga-ção e desenvolvimento do servi-ço público de transporte de passa-geiros”, sendo feita “uma exceção no município do Porto, que deixa de fora da delegação de compe-tências os terminais intermodais da cidade, a rede de elétricos e o funicular dos Guindais”.

O presidente da Câmara Munici-pal de Santo Tirso, Joaquim Cou-to, já tinha na anterior reunião do CmP manifestado a intenção de não delegar quaisquer compe-tências na AMP, tendo justificado o seu voto contra afirmando “não estarem reunidas as condições para assinar a minuta”, quer “no quadro jurídico” quer “no quadro legislativo” atual. “Não obstan-te toda a boa vontade, a situação não está suficientemente madura para que se aprove hoje (30 de ou-

Distinguir, reconhecer e di-vulgar as empresas da Região do Ave e do Cávado. Este é o propósito da primeira edição dos Prémios CEDRAC, que pre-tende “premiar, de forma con-solidada e meritória, o seu contributo para a comunida-de e economia portuguesa”.

Os Prémios CEDRAC 2015 são divulgados e entregues na Gala Empresarial, agendada para dia 10 de dezembro, na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão.

Lançada pelo Conselho Empre-sarial da Região do Ave e Cávado, a iniciativa, para “além de visar o reconhecimento do desempenho

“Duzentos litros de leite” foram doados ao Centro Social e Comu-nitário da Associação de Morado-res das Lameiras em Antas, em Fa-malicão, pela Associação Humani-tária dos Bombeiros Voluntários de Famalicão (AHBVF). Antes, a Asso-ciação Humanitária esteve na Casa de Santa Maria, instituição de Ri-beirão que apoia jovens e adultos com deficiência, onde também en-

“Ateste esta ideia”. Até 31 de dezembro, por “cada litro de combus-tível” que ateste “um cêntimo reverte para os Bombeiros Voluntá-rios Famalicenses”. Esta é uma iniciativa do Intermarché de Famali-cão, que apela à comunidade que “abasteça” e “seja voluntária”. P.P.

Bloco congratula-se por ver Câmaraa fazer obra junto à estação

Associação Humanitária doa 400 litros de leitetregou “200 litros de leite”.

Estas ações inserem-se no pro-grama da 3.ª Caminhada e BTT so-lidários, que se realiza a 6 de de-zembro. Segundo o presidente da direção da AHBVF, José Cardoso, o motivo destas entregas devem-

-se “essencialmente às datas deste tipo de alimentos”. “Se esperásse-mos pela construção dos cabazes, corríamos o risco de ter datas mui-

to em cima e até já validadas”, com-pletou. A próxima ação desta inicia-tiva realiza-se a 7 e 8 de novembro, através da recolha de alimentos no Hipermercado Intermarché de Ca-lendário. “Os interessados em dei-xar os seus alimentos antes do dia da Caminhada e BTT Solidário tam-bém o podem fazer deslocando-se ao quartel dos BV de Famalicão”, explicou fonte da associação. P.P.

CEDRAC premeiadesempenho empresarial

empresarial, pretende reforçar o espírito associativo dos empresá-rios da região e disseminar exem-plos de sucesso empresarial e de boas práticas de gestão”. Com esta distinção, o CEDRAC pretende ain-da “estimular as empresas da re-gião a investirem no aumento da sua competitividade, na melho-ria da imagem dos seus negócios e na prestação de serviços de ex-celência a clientes e stakeholders e, ainda, reforçar a confiança nos agentes económicos, dando visibi-lidade às empresas que apostam na inovação e no sucesso dos seus projetos empresariais”.

As candidaturas a este prémio estão abertas “até às 24 horas do dia 16 de novembro”, através

do endereço eletrónico [email protected], com a indica-ção expressa da categoria a que a empresa se candidata (comércio, restauração, turismo, serviços, in-dústria, exportação, inovação em-presarial, empresa revelação/em-preendedorismo, associativismo empresarial e carreira empresa-rial). Podem candidatar-se as em-presas sediadas na Região do Ave e do Cávado ou que detenham es-truturas empresariais relevantes na região, obrigatoriamente, filia-das a uma das nove associações empresariais integrantes do CE-DRAC, como é o caso da Associa-ção Comercial e Industrial de Fa-malicão.

O Bloco de Esquerda de Fama-licão congratulou-se com a exe-cução de uma obra que vai me-lhorar as condições de estacio-namento junto à estação da CP, no centro da cidade e que tinha sido “proposta” pelos blolquis-tas, em junho. “Apesar de os par-tidos da coligação PSD/CDS-PP te-rem chumbado a proposta, veri-ficamos que a Câmara Municipal está já a avançar com a obra”, re-fere a comissão política concelhia,

em comunicado. Para os elemen-tos do BE, esta empreitada é “es-sencial” para “criar melhores con-dições de acesso a quem se des-loca de comboio e também para quem acede ao centro de saúde, serviços municipais e PSP”. “Este caso demonstra claramente que o importante papel que o Bloco de Esquerda desempenha como partido da oposição, não se limi-tando apenas à crítica e à denún-cia, mas apresentando também

propostas que manifestamente criam melhores condições para a população. O Bloco de Esquer-da jamais abdicará de apresentar propostas, tal como tem vindo a fazer, mesmo sabendo que, por sectarismo, em alguns casos, te-rão o voto contra dos partidos que sustentam a Câmara, pois a práti-ca tem mostrado que à posterior a Câmara Municipal acaba por as concretizar”, sustentaram.

Município contra assunçãode competênciasnos transportes pela Área Metropolitana

tubro) a transferência de compe-tências”, afirmou, recordando que Santo Tirso tem “especificidades” e “um relacionamento muito es-treito” com outros municípios do Vale do Ave.

Para o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, que co-ordenou o grupo de trabalho da AMP responsável pela mobilidade e transportes, a reunião do CmP

“é histórica” pela aprovação desta delegação de competências, por-que “foi possível criar um modelo orgânico a ser aprovado em cada reunião de executivo e Assem-bleia Municipal para ser efetivado” Já para o presidente do CmP, Her-mínio Loureiro, “este é um sinal muito importante para o Governo, independentemente de qualquer que seja o Governo”. “A AMP está a dar um sinal de que está prepara-da para assumir novas responsa-bilidades na área da mobilidade e dos transportes”, declarou, acres-centando que “conseguiu eliminar as diferenças e divergências pro-pondo uma solução convergente”.

Marco Martins referiu que “é de-cisivo que o Governo delegue na AMP” a “regulação e a concessão” da Metro do Porto e da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), uma vez que “não tem ló-gica que haja na AMP operadores a trabalhar com duas entidades a regularem”.

Ajude os Bombeiros, atestando o depósito// Vila Nova de Famalicão

Iniciativa está inserida no programa da 3.ª Caminhada e BTT solidários

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15 4 NOVEMBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

O Museu Internacional de Es-cultura Contemporânea nasceu, em 1990, de um sonho de Alber-to Carneiro, artista nascido em S. Mamede do Coronado, outrora fre-guesia de Santo Tirso e hoje inclu-ída no concelho da Trofa. O execu-tivo camarário, na altura liderado por Joaquim Couto, abraçou o de-safio lançado pelo escultor e ini-ciou um conjunto de simpósios que

“Fora de Lisboa e do Porto, é possível desenvolver e criar com a mesma qualidade de Berlim, Lisboa ou outra grande cidade. Este aspeto decentralizador da cultura é um objetivo que pretendemos continuar a seguir, por-que entendemos que este é o caminho para o desenvolvimento mais harmónico do País”

Joaquim Couto, presidente da CM Santo Tirso

54 esculturas compõem Museu Internacional

Cultura// Santo Tirso

É um dos maiores museus de escultura contemporânea do mundo, porque está a céu aberto e tem o perímetro da cida-de de Santo Tirso, estando dividido em oito polos por onde se distribuem as 54 peças artísticas criadas por vários escultores de renome internacional. CÁTIA VELOSO

foram transformando o território da cidade num museu.

Vinte e cinco anos volvidos, foi inaugurado o 10.º e último Simpó-sio Internacional, que ficou marca-do pela colocação das derradeiras seis esculturas.

Uma delas está instalada no Par-que da Rabada e tem a assinatura de José Aurélio. O escultor de Al-cobaça, que tem várias obras es-palhadas pelo país, considerou

“interessante” o projeto do Museu e um “exemplo para muitas cida-des do País”.

“Foi com alegria que fui convi-dado e com alegria que fiz a peça que aqui está, que se trata de uma chamada de atenção para o tra-balho que tenho exercido ao lon-go da minha vida. É um orgulho estar nesta manifestação cultural, que é das poucas que têm sido fei-tas com esta envergadura no país”, salientou.

Em paralelo, realizou-se a Confe-rência Internacional de Arte Públi-ca – Lugar, Contexto, Participação – a 23 e 24 de outubro, na Fábrica de Santo Thyrso, organizada pela au-tarquia, em colaboração com a Fa-culdade de Ciências Sociais.

Visivelmente emocionado, Al-berto Carneiro quis “louvar a Câ-mara de Santo Tirso que levou o projeto até ao fim” e “agradecer” aos amigos escultores, que contri-buíram com a criação das peças, cujas origens e materiais são mui-to díspares entre elas.

Perante a presença de artis-tas, críticos e promotores da arte contemporânea, Joaquim Couto

apelou à divulgação do museu e anunciou o objetivo de contribuir para, “através da cultura, promo-ver a região”.

O autarca atestou a importância que a cultura tem para o município com a reorganização da estrutura orgânica, em que “foi extinto o de-partamento de Obras Municipais e criado o da Cultura, como um sinal de futuro e de que, ao contrário de algumas visões passadistas, este é um investimento prioritário para o desenvolvimento económico, para a criação de emprego e para a pro-

moção da qualidade de vida”.A sessão de encerramento con-

tou com o lançamento do catálo-go do Museu Internacional de Es-cultura Contemporânea, no Mos-teiro de Santo Tirso, que se baseia num resumo do projeto.

Joaquim Couto aproveitou a oportunidade para anunciar a criação do Centro Alberto Car-neiro, que será instalado na Fá-brica de Santo Thyrso e que o autarca espera ver concluído

“até 2017”.

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Veja a reportagem em www.jornaldoave.pt

No último Simpósio foram inauguradas seis esculturas

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16 JORNAL DO AVE 4 NOVEMBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Cultura// Santo Tirso & Vila Nova de Famalicão // Vila Nova de Famalicão

// Santo Tirso

Levar a seis paróquias dos concelhos de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão músicos na-cionais e estrangeiros, de reno-me internacional, que interpre-tarão um vasto repertório em torno do instrumento rei que abarca desde a Idade Média até ao século XIX: o órgão de tubos. CÁTIA VELOSO

É este o objetivo do 1.º Ciclo de Concertos de Órgão Inter-Paró-quias, que se realiza de 6 a 21 de no-vembro. A comissão organizadora tenciona contribuir para a “valori-zação do valioso património orga-neiro histórico de ambos os conce-lhos, nomeadamente os dois gran-des órgãos setecentistas da Igreja

O excessivo apego ao dinheiro, as relações entre pais e filhos, os fal-sos intelectuais e as relações ma-trimoniais são alguns dos temas da comédia “Muito Molière” levada ao palco do salão paroquial de Monte Córdova, concelho de Santo Tirso, pelo Teatro Experimental de Mortá-gua, na noite de 31 de outubro. En-cenada pelo argentino Cláudio Ho-chman, a sessão é “uma adaptação de três peças de Molière numa úni-ca comédia”. A peça “Muito Moliè-re” faz parte das sessões de teatro que a Câmara Municipal de Santo Tirso e a Companhia de Teatro de

A apresentação do disco “Circo Voador” do quarteto MAP marcou o início da oitava edição do Ciclo de Jazz em Santo Tirso, a 23 de outubro. Subiu assim ao palco da Nave Cultural da Fábrica de San-to Thyrso o quarteto dedicado à interpretação de música original, de influência jazzística, composto por Paulo Gomes ao piano, Miguel Moreira na guitarra, Miguel Ânge-lo no contrabaixo e Acácio Salero na bateria.

Numa iniciativa da Câmara Mu-nicipal de Santo Tirso em colabo-ração artística com a Associação Porta-Jazz, o ciclo de jazz regres-sa pelas 21.30 horas de 27 de no-vembro, desta vez no Centro Cul-

Todos os anos, milhares de peregrinos percorrem os Caminhos de

Santiago, seguindo de vários pontos da Europa até Santiago de Com-postela, no Norte de Espanha. A enorme afluência portuguesa levou à criação do Caminho Português de Santiago, uma “rota secular”, que assenta no caminho histórico percorrido durante séculos pelos pere-grinos. No entanto, no concelho de Vila Nova de Famalicão a tradição e a história demonstram que os peregrinos dividiam-se por dois tra-çados diferentes. Com o objetivo de chegar a um consenso quanto à escolha de um itinerário principal de forma a dar início à marcação do Caminho de Santiago em território famalicense, a Câmara Municipal promoveu, a 16 de outubro, um colóquio que contou com a presença de “dois conceituados investigadores e autores de diversas obras so-bre o assunto”. A iniciativa reuniu “cerca de uma centena de participan-tes e destacou-se pelo caráter interventivo e pelo consenso generali-zado”, segundo avançou fonte da autarquia. A antiga Via Romana do século XVI, que tem por base as pontes e caminhos romanos, é então o traçado escolhido, seguindo desde a Ponte da Lagoncinha (Lousa-do), Santa Catarina (Cabeçudos), Portela de Baixo (Santiago de Antas), São Martinho do Vale, São Cosme do Vale, Telhado, Carreiras (Portela de Santa Marinha), seguindo depois para Braga. Paulo Cunha, presi-dente da Câmara Municipal, mostrou-se “muito satisfeito com a con-clusão deste tema”, uma vez que, “finalmente, tem em Famalicão um caminho de Santiago consensualizado, que respeita o rigor histórico e potencia o nível turístico e religioso associado”. P.P.

Numa “comédia surpreendente”, o público é levado a “perguntar--se, constantemente, qual será o rumo da história” que coloca fren-te a frente “duas das mais poderosas correntes do pensamento mo-derno, o marxismo e a psicanálise”. “A Secreta Obscenidade de Cada Dia”, uma narrativa da autoria do escritor e dramaturgo chileno Mar-co António de La Parra e com interpretação de Gonçalo Diniz e João Ricardo, vai estar em cena nos dias 6 e 7 de novembro, na Casa das Artes, marcando assim o primeiro fim de semana do mês do espaço cultural. A peça sobe ao palco do grande auditório a partir das 21.30 horas e a entrada tem um “custo de oito euros, reduzindo para me-tade para estudantes e portadores do Cartão Quadrilátero Cultural”.

Já na sexta-feira, o café concerto da Casa das Artes abre as por-tas para a atuação de Martin Harley, “reconhecido pela sua destre-za como guitarrista de slide”. Na bagagem o músico britânico traz o seu mais recente trabalho - “Live at Southern Ground”, gravado em Nashville, em colaboração com Daniel Kimbro, no contrabaixo. O concerto está marcado para as 23 horas e a entrada tem “o custo de cinco euros, reduzindo para metade para estudantes e portado-res do Cartão Quadrilátero Cultural”. P.P.

Concertos de Órgão Inter-Paróquias

Matriz de Santo Tirso e da Igreja de Santa Maria de Landim – que ain-da não foram o objeto de um res-tauro segundo critérios históricos, cuja vigência se impõe, dada a ex-trema relevância de ambos os ins-trumentos no contexto do órgão barroco ibérico –, bem como os dois realejos, plenamente opera-cionais, conservados em ambas as paróquias”. O primeiro concer-to realiza-se a 6 de novembro, às 21 horas, e levará à Igreja de S. Tia-go de Areias, em Santo Tirso, os es-panhóis José Luis González Uriol e Javier Artigas. No dia seguinte, às 21 horas, será o Grupo de Música Antiga 1500, também oriunda de Espanha, sob a direção de Andrés Diaz, a atuar na Igreja de S. Tiago de Antas, em Vila Nova de Fama-

licão, com música medieval e re-nascentista. A Igreja de S. Martinho de Sequeirô, em Santo Tirso, será palco de um concerto de trompe-te e órgão, pelos espanhóis Javier Simó e Marisol Mendive, pelas 21 horas de 13 de novembro. No dia 14, também às 21 horas, realiza-se um Concerto Ibérico, com Orques-tra Barroca, sob a direção de João Paulo Janeiro, na Igreja de Santa Maria de Landim, em Vila Nova de Famalicão. O português Daniel Ri-beiro, em órgão solo, atua na Igre-ja de S. Tiago da Carreira, em San-to Tirso, pelas 21 horas de 20 de no-vembro. No último dia, é a vez da Igreja Matriz de Santo Tirso ser pal-co de um concerto, com a brasilei-ra Rosana Orsini e o italiano Marco Brescia, no canto e órgão.

Ciclo de Jazz regressa

tural de Vila das Aves. A atuação de BounceLab é marcada por uma música improvisada assente prin-cipalmente na tradição jazzística e outro de groove/beat/transe/ re-petição, que reflete a música po-

pular norte-americana do século XX, tradições mais antigas (músi-ca africana, afro-cubana, indoné-sia, indiana) e partes da música eletrónica contemporânea - hip-

-hop, drum‘n’bass, dubstep. P.P.

Festival de Teatro Amador percorre concelhoSanto Tirso organizam até ao dia 6 de dezembro, no âmbito da inicia-tiva Palcos de Santo Tirso – Festi-val de Teatro Amador.

O festival começou na noite de 30 de outubro, com a encenação da peça “A Noite” - escrita por José Sa-ramago sobre os acontecimentos de 24 para 25 de abril de 1974 pas-sados na redação de um jornal de Lisboa -, no auditório do Instituto Nun’Álvres, pela Plebeus Avinten-ses. A próxima sessão está marca-da para as 21.30 horas de 7 de no-vembro, na Escola Secundária To-más Pelayo, com a comédia “A Bir-

ra do Morto” de Vicente Sanches, pelo grupo Mérito Dramático Avin-tense. O festival prossegue no dia 14 de novembro, com a apresenta-ção da peça infantil “A Menina do Mar” de Sophia de Mello Breyner Anderson, pelo grupo Theatron – Associação Cultural de Montemor-

-o-Novo, no Colégio de Lourdes, pe-las 15 horas. Já pelas 21.30 horas, há a comédia “Mala de Cartão” de José Manuel Barros, com a encena-ção da Nova Comédia Bracarense, no Centro Cultural de Vila das Aves.

Toda a programação pode ser consultada em cm-stirso.pt. P.P.

“A Secreta Obscenidadede Cada Dia” na Casa das Artes

Caminho de Santiagocom “traçado escolhido”

Quarteto MAP apresentou “Circo Voador”

Teatro Experimental de Mortágua apresenta comédia “Muito Molière”

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17 4 NOVEMBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Desporto// Rali

Por entre carros mais ou me-nos potentes, a mais aclamada foi mesmo a Renault 4L que, com 34 cavalos e centenas de quilómetros no Campeonato do Mundo de Ralis (WRC), fez as maravilhas dos aficio-nados. A velhinha “Qatrelle”, con-duzida por Pinto dos Santos com Fernando Xavier como copiloto, foi uma das joias do automobilis-mo de outrora que desfilaram com estilo, assim como os dois Renault Alpine, os vistosos Volvo PV 544 e Audi Quattro.

E o conceito do RallySpirit defi-ne-se por isso mesmo, não apenas pela velocidade, mas pela contem-plação. Muitos foram os carros que arrancaram suspiros dos adeptos que se dividiram por vários pontos do espetáculo entre S. Romão do Coronado e Santa Cristina do Cou-to, em Santo Tirso.

E nem o secretário de Estado do desporto, Emídio Guerreiro, nem o presidente da Federação Portu-guesa de Automobilismo e Karting, Manuel Mello Breyner, falharam o evento organizado pela Xicane, em parceria com o Clube Automóvel de Santo Tirso e Junta de Freguesia do Coronado, tendo participado num Ford Sierra Cosworth.

Emídio Guerreiro salientou o “am-biente” que se vivia no Coronado, graças à presença “de carros lin-díssimos e que ainda estão para as curvas”, que sustentava que a pro-va “era uma aposta ganha”.

Já Manuel Mello Breyner garantiu

RallySpirit põe máquinas de outroraa acelerar no Coronado

O barulho dos motores interrompeu a tranquilidade da Vila do Coronado e a nostalgia invadiu os amantes do automobilismo que puderam voltar a ver anti-gas máquinas em ação na estrada. A mistura de história com o presente parece ter saído vencedora na primeira edição do RallySpirit, que se realizou a 30 e 31 de outubro. CÁTIA VELOSO

que o RallySpirit “é para continuar”. “É uma prova que faltava no nosso calendário”, afirmou.

No que à competição diz respei-to, o prémio da categoria de histó-ricos ficou na Trofa. Paulo Azevedo, ao volante do Ford Escort MK1 RS 160, depois de bater Filipe Barbosa na segunda especial, viu o adversá-rio mais perigoso desistir devido a problemas mecânicos no Ford Es-cort, e só teve de gerir a vantagem de quase 25 segundos para Pedro Couceiro (Opel 1904 SR). Américo Antunes (Renault 5 Turbo) comple-tou o pódio.

O ex-Campeão Nacional de Clás-sicos admitiu que o “bom estado” do carro e a recuperação do ritmo competitivo contribuíram para o triunfo. “Deste rally há que salientar

o bom convívio e os carros que não víamos há muito tempo. Estes even-tos têm de voltar a acontecer, por-que faz renascer um automobilismo nostálgico, que as pessoas gostam muito”, acrescentou Paulo Azevedo.

Na categoria de contemporâneos, o duelo pela vitória foi madeirense, com Alexandre Camacho, ao volan-te do potente Porsche 997 GT3, a su-periorizar-se em 25 segundos a Ber-nardo Sousa, que foi navegado pelo trofense Jorge Carvalho, em Mitsu-bishi Lancer Evo IX. Os pilotos con-sideraram que o RallySpirit tem um conceito que não se deve perder em Portugal.

Organização fala em “sucesso”

O mentor desta competição, cujo conceito é novo em Portugal, não escondia a satisfação pelo “suces-so” alcançado. “Conseguimos pôr na estrada a prova que idealizamos. Tudo correu dentro da normalida-de, conseguimos trazer ao Corona-do muita gente e pôr máquinas his-tóricas na estrada. O feedback dos pilotos e dos patrocinadores é mui-to bom”, sublinhou.

Pedro Ortigão considera que a prova tem potencial para cres-cer no Norte do país, mas garantiu que o Coronado “não será deixado de parte”.

Para o presidente da Junta de Freguesia, José Ferreira, o Corona-do “deu uma prova de que conse-gue organizar provas deste géne-ro”. “É única no panorama automo-

bilístico em Portugal e estou muito orgulhoso por ter sido realizada no Coronado. Veio muita gente de fora, que criou uma dinâmica diferente à freguesia”, salientou.

O centro nevrálgico da compe-tição foi a estação ferroviária de S. Romão, onde a organização expôs

as máquinas de quatro rodas. A pro-va foi dividida por duas especiais re-petidas três vezes. Uma teve início em S. Romão do Coronado e passa-gem em Covelas e outra começou em Santa Cristina do Couto, Santo Tirso, com passagem junto ao aeró-dromo de Vilar de Luz.

Alexandre Camacho venceu na categoria de contemporâneos

Bernardo Sousa foi navegado pelo trofense Jorge Carvalho

Renault 4L fez as maravilhas dos aficionados

Paulo Azevedo venceu na categoria de históricos

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18 JORNAL DO AVE 4 NOVEMBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Desporto// Modalidades

Pelo segundo ano consecuti-vo, Vila Nova de Famalicão vai ser o palco europeu da dança desportiva. A Taça da Europa de Dança Desportiva em Stan-dard decorre a 14 de novembro, no pavilhão municipal. PATRÍCIA PEREIRA

Os melhores pares da Eslová-quia, Ucrânia, Inglaterra, Bulgária, Portugal, Estónia, Polónia, Romé-nia, Rússia, Alemanha, Suíça, Itália, Áustria, Holanda, Espanha, Bielor-rússia, República Checa, Lituânia, Hungria, Eslovénia e Letónia vão competir pelo título de campeão da Taça da Europa de Dança Des-portiva, numa prova repleta de ele-gância, beleza e destreza.

Com a chancela da Gindança – Associação de Ginástica e Dança de Famalicão, que partilha a or-ganização com a Federação Por-

A Corrida e Caminhada Solidá-ria do Ave realiza-se pelas 10 ho-ras de 15 novembro, com partida e chegada dos Parques Nossa Se-nhora das Dores e Dr. Lima Carnei-ro. A organização - Grupo PROEF, a empresa ODLO e Associação Em-presarial do Baixo Ave (AEBA) – es-pera chegar “pelo menos aos três mil participantes”. Vai ser a correr ou a caminhar que os inscritos po-dem participar e ajudar a Associa-ção Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, a Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso e as Conferências de S. Vicente de Paulo, através da “an-gariação de fundos”.

Se quiser participar nesta ini-ciativa, que é constituída por uma corrida com a distância de dez qui-lómetros e uma caminhada de cin-co quilómetros, pode fazer a sua

Terminam esta quinta-feira, 5 de novembro, as inscrições para a 6.ª edição da Bike Tour Tiago Macha-do, num “percurso com extensão aproximada de 20 quilómetros”. O passeio, que se realiza pelas 9 ho-ras deste domingo, 8 de novembro, a partir do Parque da Devesa, em Vila Nova de Famalicão, está as-sociado “a fins solidários”, sendo que “o lucro reverterá para uma

O Núcleo Associativo de San-to Tirso (NAST) vai organizar um evento que junta as modalida-des de Orientação Pedestre e BTT, Trail de Orientação e Caminhada.

“Caminhada e Orientação S. Mar-tinho” é o nome da iniciativa que decorre a 14 de novembro, a par-

Caminhada e Orientação S. Martinhotir do campo de futebol de Lame-las, concelho de Santo Tirso. Pe-las 9.30 horas tem início a cami-nhada e, meia hora depois, o BTT, o Pedestre e o Trail de Orientação.

Os interessados devem inscre-ver-se “só numa atividade especí-fica” (Orientação Pedestre, Orien-

tação em BTT, num dos percur-sos indicados: Curto, Médio, Lon-go; Trail de Orientação, Caminha-da)”. No final há ainda um Magus-to, onde não vai faltar as “fêveras e outras iguarias de S. Martinho”, como as castanhas, podendo ain-da “conviver com os outros parti-

cipantes”.As inscrições, abertas até 12 de

novembro, devem ser via www.nast.pt, onde existe uma ficha de inscrição, [email protected] ou 914 061 281, e para os atletas federados é via OASIS. Até aos 20 anos, os participantes pagam

“1,50 euros só pela atividade”, sen-do que se quiserem participar no magusto a inscrição é de “cinco euros”. Para os mais de 20 anos e em “escalões abertos”, a inscri-ção é de “três euros só a ativida-de ou cinco euros com o magusto”.

P.P.

Famalicão é a capital europeia da Dança Desportiva

tuguesa de Dança Desportiva e o apoio da Câmara Municipal, es-tes eventos desportivos elevam Vila Nova de Famalicão ao estatu-to de Capital Europeia da Dança Desportiva.

A Taça da Europa será disputa-da em cinco danças standard: val-sa inglesa, tango, valsa vienense, slow foxtrot e quickstep. Sérgio Costa e Rita Almeida, ambos fama-licenses, constituem o par repre-sentante de Portugal nesta prova.

Paralelamente, decorre também a Final da Taça de Portugal, que conta com a presença de “cerca de 200 pares de dançarinos”. Esta é “uma das provas nacionais mais importantes” da Federação Portu-guesa de Dança Desportiva, onde os pares participantes nos vários escalões vão lutar pelo título nas cinco modalidades standard e ain-da nas latinas e clássicas.

Como extensão à competição, e

aproveitando a presença em Fa-malicão de treinadores de renome internacional, a Federação Portu-guesa de Dança Desportiva (FPDD), em parceria com a Gindança, pro-move, a 15 de novembro, uma ação de formação em Dança Desportiva, que decorre no ginásio da Escola Camilo Castelo Branco. As pales-tras serão dadas pelos treinado-res Fabio Selmi (Itália), Dmitry Ti-mokhin (Rússia) e Peter Maxwell (Inglaterra), com “larga experiên-cia na modalidade”, e abordam “al-guns aspetos específicos das dan-ças Standard e Latinas”. “Será a primeira vez que estes treinado-res estarão em Portugal a parti-lhar os seus conhecimentos”, de-notou fonte da organização, refe-rindo que as palestras destinam-se

“a treinadores com licença FPDD, treinadores com cédula de Treina-dor de Dança Desportiva do IPDJ e Atletas de categoria Open a partir do escalão de Juventude”.

Todas as informações sobre es-tes eventos estão disponíveis em www.eventogindanca.com.

Pares que vão representara Gindança:

Taça da Europa StandardSérgio Costa e Rita Almeida

Final Taça PortugalSérgio Costa e Rita Almeida - Adultos Open StandardRafael Almeida e Sara Peixoto - Ju-ventude Open Latinas e StandardGil Veloso e Filipa Pinheiro - Juventu-de Open Latinas Simão Gomes e Isabel Pinto - Juven-tude Iniciados Latinas e StandardGonçalo Conde e Bruna Matos - Ju-niores 2 Iniciados LatinasTelmo Teixeira e Sara Teixeira - Junio-res 2 Iniciados LatinasFilipe Gomes e Lara Batista - Junio-res 1 Open Latinas e StandardMartim Matos e Lara Sousa - Juve-nis 1 Latinas e StandardTomás Gomes e Gabriela Teixeira - Juvenis I Latinas e Standard

Bike Tour Tiago Machadoinstituição de solidariedade so-cial (ainda a designar)”.

A inscrição, que pode ser fei-ta em https://docs.google.com/forms/d/1ClwdZmGjsst0jPw_m_fJSKKgZJJnNvEfUVqEowXsU8k/viewform?c=0&w=1, tem “um va-lor de euros”, sendo que as “crian-ças até aos 12 anos” pagam “três euros”.

P.P.

Abertas inscrições paraa Corrida e Caminhada Solidária

Sabia que ao participar na 1.ª edição da Corrida e Caminhada Solidária do Ave pode correr/caminhar ao lado de atletas de re-nome, como Marisa Barros, Catarina Ribeiro e Rui Pedro Silva? Estes são os atletas que “já confirmaram a sua presença” nes-ta iniciativa, havendo “mais nomes de destaque que anuncia-ram que vão fazer a sua inscrição”. PATRÍCIA PEREIRA

inscrição online até 10 de novem-bro em www.desportave.pt/1a-

-corrida-e-caminhada-do-ave--trofa/, ou até 14 de novembro nos locais das entidades organizado-ras. Pode ainda efetuar a sua ins-crição presencialmente no dia da prova, até às 9 horas. A inscrição na caminhada tem um custo de

“três euros” e o na corrida de “cin-co euros”.

O levantamento de dorsais rea-liza-se entre as 15 e as 20 horas de 13 de novembro e entre as 10 e as 18 horas de 14 de novembro, nos Bombeiros Voluntários da Trofa, ou no dia da prova, entre as 8.30 e as 9.30 horas, junto à partida. Para fazer o levantamento do dorsal ou t-shirt terá que apresentar “o com-provativo de inscrição e documen-to de identificação pessoal”.

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19 4 NOVEMBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Desporto// Futebol

A chicotada psicológica parece ter feito bem à equipa do Futebol Clube Tirsense. Depois de um je-jum de vitória, que durava desde o início da temporada, a formação agora liderada por Orlando Costa conseguiu dois triunfos, que o co-locam na luta pelos primeiros lu-gares da série C do Campeonato Nacional de Seniores.

Depois de bater o Sobrado, fora de portas, por 1-2, a formação “je-suíta” recebeu o Coimbrões e aca-bou por garantir os três pontos pela margem mínima, graças ao golo solitário de Daniel Cerdeira, na sequência de uma grande pe-nalidade.

Ao fim de oito jornadas, o Tir-sense ocupa o 6.º lugar, com dez pontos, e está a três dos líderes Pedras Rubras, Cinfães e Vila Real. O último é o próximo adversário.

Já na série B, o S. Martinho ocu-pa a 4.ª posição, com 15 pontos, menos dois que Fafe, Vizela e Fel-gueiras. A formação de Vila Nova do Campo também vem de duas

Em dia de inundações no Al-garve, o Futebol Clube Fama-licão também contribuiu para

“a enxurrada”, com uma vitó-ria por 0-3 diante do Portimo-nense, 2.º classificado da 2.ª Liga. CÁTIA VELOSO

Em jogo a contar para a 13.ª jor-nada do campeonato, e perante um relvado encharcado devido à forte chuva que caiu na manhã de domingo, a formação lidera-da por Daniel Ramos começou a construir o triunfo aos 20 minu-tos. Chico surgiu na grande área e primeiro tentou o remate, depois pressionou o adversário, Jadson, que, ao tentar aliviar, fez a bola ba-ter no avançado famalicense e en-trar na baliza.

Poucos minutos depois, Vítor Vi-nha ampliou a vantagem, na co-brança de um livre direto. A bola ainda desviou num jogador algar-vio e traiu o guarda-redes Ricar-

O jogo ficou marcado pelo golo polémico dos vimaranenses, aos 59 minutos, quando o árbitro assistente considerou que uma bola defendida por Quim junto ao poste direito, na sequência de um livre direito cobrado por Denis, ul-trapassou a linha de golo.

O lance provocou grande con-testação por parte dos adeptos, no estádio, que já tinham visto a equipa falhar uma grande penali-dade. Aos 30 minutos, após der-rube de Arrondel a Mendy, Pedró

Estão marcados para 22 de no-vembro, os jogos da 4.ª eliminató-ria da Taça de Portugal. O Trofen-se, do Campeonato Nacional de Seniores, é já uma das surpresas da competição, ao já ter elimina-do duas equipas da 2.ª Liga – San-ta Clara e Atlético. O sorteio ditou que a formação da Trofa receba agora uma equipa da 1.ª Liga: a Académica, 17.ª e penúltima clas-sificada da 1.ª Liga. A má fase da

// Taça de Portugal

Aves e Trofensecom adversários da 1.ª Liga

equipa de Coimbra pode ser um trunfo para o Trofense garantir a próxima eliminatória.

Já o Desportivo das Aves rece-be o União da Madeira, 15.º clas-sificado da 1.ª Liga. A formação li-derada por Ulisses Morais está no melhor período da época. Nos últi-mos dez jogos, conta apenas com uma derrota, e na última elimina-tória da Taça bateu o Moreirense por 3-2, após prolongamento. C.V.

// Campeonato Nacionalo de Seniores

Tirsense e S. Martinho espreitam primeiros lugares

vitórias consecutivas: 3-0 ao Mon-dinense, com golos de Kaba Bo-akye, Moreno e André Toste, e 1-2 ao Varzim B, com golos de More-no e Kabra Boakye. No domingo, os campenses têm encontro mar-cado, em casa, com o Torcatense.

Com 13 pontos surge a Associa-ção Desportiva Oliveirense que, depois de perder com o Arões por 1-2, venceu o líder Fafe por 0-3, com golos de Li Rui, James Igbeke-me e Fernando Neves. A Oliveiren-se defronta, na próxima ronda, o Mondinense.

Já o Trofense, que vinha de duas derrotas diante do Arões e do Fafe, conseguiu quebrar a fase negativa com um triunfo diante do Mondi-nense por 1-2. O Trofense entrou, praticamente, a vencer, com um tento de Onyeka Lucky, aos 40 segundos, e antes do intervalo, o Mondinense chegou à igualdade. O empate só se desfez aos 86 mi-nutos, por intermédio de Ailton. O Varzim B é o próximo adversário da equipa da Trofa. C.V.

Golo polémico e dois penáltisfalhados ditam derrota do Aves

permitiu a defesa do guarda-re-des Miguel Silva.

O guardião do Vitória foi mesmo a figura da tarde, pois antes já ti-nha evitado o golo de Nelson Pe-droso, aos 17 minutos.

Dois minutos volvidos, foi Men-dy que tentou a sorte, mas a pon-taria fê-lo atirar à barra.

Na etapa complementar, aos 77 minutos, e quando já estava a per-der, o Aves dispôs de outra grande penalidade, que Cássio também desperdiçou.

Num jogo em que o Aves teve

as melhores oportunidades, saiu vencedor aquele que teve o guar-da-redes mais inspirado.

Esta foi a primeira derrota do Aves desde que Ulisses Morais assumiu a equipa técnica. A últi-ma tinha acontecido ainda na era Abel Xavier, a 31 de agosto, dian-te do Santa Clara, por 1-3.

Com 19 pontos, o Desportivo das Aves ocupa o 11.º lugar da 2.ª Liga e esta quarta-feira, 4 de no-vembro, viaja ao reduto do Pena-fiel, 8.º classificado.

Enxurrada famalicense em Portimãodo Ferreira.

Depois do intervalo, o Portimo-nense fez alterações para fortale-cer o ataque, mas sofreu um for-te revés quando o Famalicão, aos 49 minutos, fez o terceiro golo, as-sinado por Chico.

A partir daí, assistiu-se às tenta-tivas goradas do Portimonense de chegar ao golo e à eficiência de-fensiva do Famalicão, que recuou as linhas e teve capacidade de so-frimento, contando também com as boas intervenções do guardião Chastre, que negou o golo a Zam-bujo, por duas ocasiões, e a Lumor.

Esta foi a segunda vitória dos famalicenses fora de portas e a segunda derrota do Portimonen-se em casa.

Com 19 pontos, os mesmos que Penafiel, Braga B e Desportivo das Aves, o Famalicão ocupa o 10.º lu-gar e no domingo, 8 de novembro, pelas 15 horas, viaja ao reduto do Desportivo das Aves, em Vila das

Aves, para o jogo da 15.ª jornada. A partida da 14.ª, com o Covilhã, fica adiada para o dia 15 de novembro, às 16 horas.

Começa no fim de dezembro, a fase de grupos da Taça da Liga. O Futebol Clube de Famalicão está no Grupo A e vai lutar por um lugar na próxima fase com o Marítimo, Feirense e Futebol Clube do Porto.

O primeiro jogo, a 30 de dezem-bro, no Estádio 22 de junho, em Fa-malicão, será com o Feirense, de quem os “azuis e brancos” têm má memória, pelas derrotas no cam-peonato da 2.ª Liga e Taça de Por-tugal. Segue-se o Futebol Clube do Porto, no Estádio do Dragão, e o Marítimo, na Madeira.

Taça da Liga:

Famalicão encontra FC Porto

Depois de nove jogos sem perder, o Desportivo das Aves caiu aos pés do Vitória Sport Clube B, na 13.ª jornada da 2.ª Liga. CÁTIA VELOSO

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20 JORNAL DO AVE 4 NOVEMBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Desporto// Futebol

A história começa bem lá atrás, na década de 80, quando Tiago começou a dar os primeiros chutos na bola com os amigos, na rua à frente de casa. Com a par-ticipação em torneios realizados no Trofense, surgiu a oportunida-de de integrar o clube e fazer for-mação, até que aos 17 anos já se destacava dos colegas e, por isso, foi chamado à equipa de seniores. Estreou-se na 2.ª Divisão B, mas pouco tempo esteve lá, uma vez que no final da época teve duas propostas, uma do Futebol Clu-be de Famalicão e outra do Vitó-ria Sport Clube. Optou pelo pri-meiro, que lhe dava garantias de permanecer no plantel e estreou-

-se na 1.ª Liga, no Estádio das An-tas, aos 18 anos.

Vestiu a camisola do emblema famalicense duas temporadas, a segunda na 2.ª Liga, seguindo de-pois para a Madeira, para repre-sentar o Marítimo, graças ao trei-nador Raúl Águas. Apesar da di-fícil adaptação, Tiago manteve-

-se por duas temporadas até que os salários em atraso precipitam a saída. Os salários em atraso e

Tiago

Uma história com mais de 20 anos de futebolTem mais de 20 anos a história de Tiago como jogador de fu-

tebol profissional. O médio, que começou a carreira no Trofen-se e está a terminá-la no mesmo clube, tem passagens por vá-rios clubes, inclusive dois “grandes”, e na vitrina dos troféus que tem em casa guarda as recordações da Taça Uefa, o maior título que venceu ao serviço do Futebol Clube do Porto, sob a orientação de José Mourinho. CÁTIA VELOSO

o “medo de aterrar na Madeira”. “Eu costumo dizer que, na altu-ra, a pista do aeroporto ainda era muito curta”, atirou, em risos, na entrevista dada ao JA, afirman-do que “ainda hoje”, em campos de adversários, várias pessoas tentam desestabilizá-lo, gritan-do que o médio tem medo de an-dar de avião.

O desafio seguinte foi bem mais aliciante… se calhar o mais ali-ciante da carreira. Manuel José, que já tinha sido seu treinador no Marítimo, chamou-o a integrar o plantel do Sport Lisboa e Benfica.

“Não olhei para trás. Apesar de na altura estar numa fase instável, o Benfica é um clube com história e grandeza”, contou.

O Benfica e o FC Porto

A estreia de Tiago pelas “águias” foi logo na vitória por 1-0 no dér-bi com o Sporting, corria o ano de 1997. “Curioso que, ainda há dias, vi esse jogo na RTP Memória. Sim, eu já apareço na RTP Memória”, disse, entre gargalhadas.

O grande carinho que nutre pe-las “águias” não esmoreceu, mes-

mo quando sentiu ter sido víti-ma de lobby, tendo sido empres-tado numa altura em que sentia estar na melhor fase da carreira, uma vez que o escocês Graeme Souness, que substituiu Manuel José, foi buscar muitos britânicos.

“Nunca mais me vou esquecer. Aca-bei a época (1997/98) em grande. Um mês antes, tínhamos vencido 4-1 em Alvalade e eu fiz um gran-de jogo e, nessa semana, um jor-nalista questionou o Souness so-bre a minha prestação e ele disse que eu era útil em qualquer equi-pa. Para meu espanto, no início da temporada seguinte, quando fazíamos estágio na Áustria, vie-ram-me dizer que eu era jovem, que precisava de rodar e que, por

As duas épocas seguintes fo-ram passadas em Leiria, antes do regresso ao Trofense. Na segun-da, Tiago já se tinha “oferecido” ao clube da Trofa, com o objeti-vo de cumprir o desejo de acabar a carreira no clube onde nasceu para o futebol. “Na altura, o Tro-fense conseguiu subir à 1.ª Liga e eu sentia que podia dar o meu contributo, mas não se propor-cionou”, contou.

Sem ressentimentos, Tiago vi-ria a regressar ao emblema da Trofa na temporada seguinte, já na 2.ª Liga. O objetivo era fa-zer mais três épocas e “pendu-rar as chuteiras”, mas já se pas-saram sete e continua em exce-lente forma. “Não é muito vulgar competir com a minha idade e da forma como eu me entrego ao jogo. Às vezes, os jovens da equi-

isso, ia ser emprestado”, recordou. Tiago seguiu para Espanha,

onde teve uma época de sonho no Rayo Vallecano, que conseguiu a subida de divisão à 1.ª Liga. A equi-pa conseguiu o play-off de subida e diante do Extremadura venceu, nas duas mãos, por 2-0. “No se-gundo jogo, tínhamos 75 mil pes-soas no estádio e eu marquei um grande golo”, afirmou.

Depois de mais um ano em Es-panha, no Tenerife, Tiago regres-sou a Portugal por Manuel José, que o levou para a União de Leiria. Este é um dos clubes onde o mé-dio tem mais temporadas realiza-das e foi nele que conheceu José Mourinho, que o levou para o Fute-bol Clube do Porto. Foi a envergar

a camisola dos “dragões” que Tia-go conquistou os troféus mais im-portantes da carreira: Taça Uefa, dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e Supertaça.

Mas no Porto, o médio nunca agarrou lugar e, por isso, não co-locou “entraves” quando, a meio da época, o Leiria mostrou dispo-nibilidade em ceder Maciel para Mourinho, desde que Tiago viesse em troca. Ficou até ao fim da tem-porada 2003/2004, para depois re-gressar ao Porto, não para enver-gar a camisola do “dragão”, mas para representar a “pantera”, às ordens de Jaime Pacheco. Ainda hoje, admite, “nutre uma simpa-tia especial” pelo Boavista, onde esteve até 2006/2007.

669 jogos oficiais 234 jogos oficiais com a camisola do Trofense16 golos

TroféusDois campeonatos nacionais 2002/2003 e 2003/2004 (FC Porto)Taça Uefa 2002/2003 (FC Porto)Taça de Portugal 2002/2003 (FC Porto)Supertaça 2003 (FC Porto)

O regresso à Trofapa perguntam-me como consi-go correr o jogo todo, mas a ver-dade é que ainda me sinto moti-vado, faço o que gosto no clube da minha terra e ainda me sinto com condições físicas e psicoló-gicas”, explicou.

Não hesita em dizer que “se fosse noutro clube” não se sujei-tava “a tanta coisa” pelo que está

“a passar esta época”, no Cam-peonato Nacional de Seniores e com o Trofense em grave situa-ção financeira”. Aliás, foi por isso, e pela carreira que construiu, que não terminou a carreira no final da temporada passada. “Sen-ti que não merecia acabar com uma descida de divisão”, alegou.

Vinte anos passados, Tiago ain-da é conhecido pelo “ranhoso em campo”, fama que construiu pela personalidade forte que encarna

dentro das quatro linhas e que, diz, “é completamente diferen-te” do que é quando não está a jogar. Por isso, fez “grandes ami-gos” no futebol. “Eu e o Paulinho Santos estávamos sempre pega-dos e o ambiente entre nós era de cortar à faca. Depois, fui encon-trá-lo como colega no FC Porto

e ficamos amigos”, exemplificou.Na sala onde guarda todas as

recordações, as mais especiais são os quadros com fotografias por onde passou, oferecidos pelo avô, já falecido.

E numa carreira recheada de êxitos, onde estão incluídas algu-mas internacionalizações na Se-

leção sub-21, só faltou mesmo a Seleção A. “Na altura, o leque de jogadores era enorme e era mui-to difícil chegar lá. Hoje, sem des-merecer os atletas, é muito mais fácil chegar à seleção”, defendeu.

Quando “pendurar as chutei-ras”, Tiago quer continuar “liga-do ao futebol”.

Tiago fez viagem pelos mais de 20 anos de carreira, na sua sala de recordações

Tiago representa o emblema da Trofa há sete épocas

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21 4 NOVEMBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Desporto// Pesca Desportiva

Depois do encontro entre o Ma-fra e o Futebol Clube de Famalicão, que terminou com um empate a zero, o presidente da Assembleia-

-Geral do clube, Jorge Silva, comu-nicou publicamente a sua demis-são, a 21 de outubro. Na sequên-cia desta decisão, o Futebol Clube de Famalicão emitiu um comuni-cado, onde dava conta da demis-são “em bloco” dos órgãos sociais do clube (Assembleia Geral, Con-selho Fiscal e Direção), devido “a divergências de pontos de vista entre os membros”.

Também em nota de imprensa, o Famalicão anunciou o agenda-mento da Assembleia-Geral Ex-traordinária, pelas 21 horas de 6 de novembro, no auditório da Fundação Cupertino de Miranda.

O Desportivo das Aves viajou ao reduto do Caxinas, na 6.ª jornada da série A da 2.ª Divisão Nacional e saiu derrotado por 3-2. A forma-ção avense liderava o campeona-to, em igualdade pontual com Pó-voa Futsal, mas acabou ultrapas-sado por este e pelo Caxinas, que tomou o 2.º lugar, com 16 pontos. O Aves soma 15 pontos e na próxi-ma ronda viaja ao reduto do Cabe-çudense, num jogo marcado para as 15 horas, no Pavilhão Munici-pal das Lameiras, em Vila Nova

A equipa técnica do Ribeirão Fu-tebol Clube, liderada pelo treina-dor Gabriel Moreira, apresentou a sua demissão. A decisão foi tor-nada pública através de um comu-nicado enviado pelo departamen-to de comunicação do clube, esta segunda-feira, 2 de novembro. Os comandos técnicos da equipa sé-nior são “assumidos interinamen-te” pelos responsáveis do Depar-tamento de Futebol, Vítor Coelho e Jorge Couto.

Ainda no comunicado, Ricardo Cunha, do Departamento de Co-municação, afirma que esta de-cisão, que foi tomada de “forma

António Carneiro, da Socie-dade Recreativa Rebordoense, foi o campeão concelhio do 25.º Cam-peonato de Pesca Desportiva de Rio de Santo Tirso. A Sociedade Recreativa Rebordoense venceu

O Famalicense Atlético Clube esteve representado na segunda jornada do circuito nacional, fase zonal, que decorreu em Alberga-ria - a - Velha.

A campeã nacional absoluta Só-nia Gonçalves venceu o torneio, tendo, no final da competição, a sua irmã Adriana Gonçalves (n.º1 do ranking nacional de sub17) no outro lado da rede. No duelo de irmãs, Sónia - n.º 1 do ranking na-cional absoluto até fevereiro, mes-mo que não participe em provas - venceu Adriana por 2-0. Ainda em absolutos, as irmãs, em pares se-nhoras, foram finalistas.

Na categoria C, Albertino Araú-jo e Miguel Pereira venceram o par Homem, enquanto na categoria D, Henrique Pinheiro venceu em pa-res Homens com Rui Carvalho e em pares misto com Maria Morei-ra. A fase final, no Centro de Alto Rendimento das Caldas da Rainha, realiza-se nos dias 14 e 15 de no-vembro. P.P.

Em encontro da 4.ª jornada do campeonato nacional da 1ª divisão, o FAC/Crédito Agrícola conquistou a sua primeira vitória frente à Ju-ventude Pacense, por 59-45. Com este trinfo, o FAC/Crédito Agrícola

Rebordoense vence Campeonatoainda coletivamente. O presiden-te da Câmara Municipal de Santo Tirso, Joaquim Couto, e o vereador do Desporto, José Pedro Machado, estiveram na entrega de prémios do Campeonato de Pesca Despor-tiva de Rio de Santo Tirso, que se

realizou a 17 de outubro, na sede do Clube de Pesca Além Rio.

O Campeonato Concelhio de Pesca Desportiva de Rio foi promo-vido pelo Clube de Pesca Despor-tiva Além Rio com o apoio da Câ-mara Municipal de Santo Tirso. P.P.

// Badminton

// Basquetebol

Sónia Gonçalves vence zonal do circuito nacional

Famalicense com o primeiro triunfoocupa a 6.ª posição da zona Norte e, na próxima jornada, pelas 18.30 horas de sábado, a equipa deslo-ca-se ao Pavilhão da Nortecoope, frente ao Maia Basket.

Nos escalões de formação, “con-

tinua a aprendizagem e frente a equipas fortíssimas”. Os Sub14 per-deram com o SC Braga por 101-11 e com BC Barcelos por 29-106 e os Sub16 perderam com AD Esposen-de por 22-57. P.P.

// 2.ª Divisão Nacional de Futsal

Aves cede 2.º lugarde Famalicão.

O Cabeçudense vem de uma derrota com o Valpaços Futsal, por 3-1, e com nove pontos ocupa o 5.º lugar, atrás da equipa famalicen-se do S. Mateus, que bateu os Pi-ratas de Creixomil por 5-7, soman-do agora 13 pontos.

Na próxima jornada, o S. Mateus recebe os Pioneiros de Bragança, em partida marcada para as 16.30 horas, no pavilhão gimnodespor-tivo de Delães.

C.V.

Equipa técnicado Ribeirão demite-se

ponderada por toda a estrutura para o futebol”, demonstra “o al-truísmo e o profissionalismo des-te corpo técnico, tendo elevado, uma vez mais, os superiores in-teresses desta instituição”. “O Ri-beirão Futebol Clube orgulha-se e congratula estes Homens pela coragem e sacrifício entregues no decorrer das suas funções, re-servando-lhes o seu lugar na ain-da curta história do nosso clube. A todos, expressamos publicamen-te o nosso agradecimento e a con-fiança para o futuro”, pode ainda ler-se no comunicado.

P.P.

// Futebol

Divergências ditam demissão dos órgãos sociais do Famalicão

A reunião tem como “ponto único”, pode ainda ler-se, a “apresenta-ção de demissão do presidente da Assembleia Geral do Futebol Clu-be de Famalicão”. “De acordo com o disposto no artº 42º. dos Estatu-tos a Assembleia Geral só poderá funcionar com um mínimo de 100 associados”, lê-se no comunicado.

Já no dia 23, sexta-feira, num vídeo publicado nas redes socais do clube, o diretor desportivo, Rui Borges, bem como o treinador da equipa sénior, Daniel Ramos, de-sejavam que “tudo fosse passa-geiro” e “resolvido rapidamente” pelo “bem do clube”.

O Famalicão está a disputar a 2.ª Liga e apurou-se para a fase de grupos da Taça da Liga.

P.P.

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22 JORNAL DO AVE 4 NOVEMBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

// Atletismo // TrampolinsDesporto

Conseguiu melhorar seis segundos relativamente à prova do ano passado, mas desta vez não conseguiu atingir o pódio.

Mesmo assim, a atleta tir-sense Sara Moreira bateu-se com as africanas até ao fim e voltou a estar em destaque na Maratona de Nova Iorque. CÁTIA VELOSO

Com o filho a completar dois anos nesse dia, Sara Morei-

ra partiu para a prova para “es-tar na luta” e assim foi.

Chegou a liderar a corrida e manteve as africanas sempre por perto. Sofreu muito nos úl-timos cinco quilómetros e nos derradeiros dois tentou a recu-peração, mas mesmo assim não chegou para subir ao pódio, com o tempo de 2:25.53 horas, a três segundos do 3.º lugar.

“Lutei muito e acreditei sem-pre e é isso que quero levar da-

O treinador de Trampolins do Gi-násio Clube de Santo Tirso, João Lemos, foi convidado pela Fe-deração de Ginástica do Egipto para ser o Selecionador Nacional responsável pela preparação das suas equipas para o Campeonato do Mundo de Ginástica de Tram-polins, a realizar de 22 a 30 de no-vembro na cidade de Odense (Di-namarca), e para o Campeonato do Mundo Geral por Idades, a de-correr de 3 a 6 de dezembro, na mesma cidade.

Sara Moreira foi a melhor europeiana Maratona de Nova Iorque

qui. Acho que estive a um exce-lente nível e provei que sou uma futura maratonista e que posso conseguir grandes resultados a nível mundial”, afirmou, em de-clarações à TSF.

A vencedora foi Mary Keitany,

que já tinha vencido em 2014, com 2:24.25 horas, seguindo-se Aselefech Mergia (2:25.32 horas) e Tigist Tufa (2:25.50 horas), da Etiópia.

A 5.ª classificativa, a francesa Christelle Daunay, chegou mais

de um minuto depois de Sara Moreira.

Bater-se com as africanas é um motivo de “orgulho” para a atleta tirsense, que representa o Sporting CP, mas que não ves-tiu a camisola do clube devido ao patrocínio de uma marca in-ternacional.

Sara Moreira estreou-se na ma-ratona em 2014, exatamente em Nova Iorque, onde foi 3.ª classi-ficada, com o tempo de 2:25.59 horas, um ano depois de ser mãe.

O filho, Guilherme, ficou em Portugal, mas este ano Sara fez questão de o levar para Nova Iorque e levá-lo à loja da Disney.

O recorde pessoal da atleta está registado em 2:24.49 horas e foi conseguido em maio deste ano, em Praga, onde foi 2.ª clas-sificada.

A próxima maratona é já nos Jogos Olímpicos do Rio de Janei-ro em 2016, onde Sara acredita preencher uma das vagas.

João Lemos convidado para Selecionador Nacional do Egipto

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A tirsense chegou a liderar a prova

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23 4 NOVEMBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Desporto

Diretora: Magda Machado de Araújo (TE 1022) Sub-diretora: Patrícia Pereira (9687) Editor: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda | e-mail: [email protected]; [email protected] | Redação: Cátia Veloso (9699), Patrícia Pereira (9687), Hermano Martins (TE 774) | Colaboração: António Costa, Rui Couto (CO 1403) | Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho | Assinatura Anual: Continente 16 €; Europa: 34,75 €; Extra europa: 44,25 €; PDF 16 € (IVA Incluído) | Avulso: 0,70 € | Nib: 0038 0000 39909808771 50 | Telefone: 252 414 714 | Redação: Rua Aldeias de Cima, 280 Trofa | Sede: Travessa de Rãs, 71 4760 Santo Tirso | Telm. 925496905 ou 969848258 | Propriedade: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda | Nif. 510170269 | ERC: 126524 | ISSN 2183-4601 | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do Jornal do Ave são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Jornal do Ave respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.

Próxima edição do Ja é Publicada a 18 de novembroFicha Técnica

O Famalicense Atlético Clube (FAC) deslocou-se ao Porto para defrontar o Clube Infante de Sa-gres, em encontro da 5.ª jornada do campeonato nacional da se-gunda divisão. Num jogo em que a eficiência na marcação das bo-las parada foi decisiva, o Infante ganhou por 3-2, com a conversão de duas grandes penalidades, en-quanto o FAC apenas marcou uma. Os golos do FAC foram apontados por André Ferreira e Luís Filipe.

Com seis pontos, o Famalicense está na 8.ª posição e, pelas 21 ho-ras deste sábado, 7 de novembro,

Desde o dia 31 de outubro, que o tirsense Jorge Machado assume funções de Selecionador Regio-nal da Seleção Nacional de Kara-té, na disciplina de Kumité (com-bate), tendo orientado o “primei-ro treino” da Seleção Regional de Karaté da Federação Nacional de Karaté – Portugal.

O convite foi feito pela Federa-ção Nacional de Karaté – Portu-gal após “o término da sua carrei-ra desportiva”, o que para Jorge Machado representa “o reconhe-

“O sucesso foi pleno com os trilhos bem marcados e “fitados” e a natureza a ser o esplendor da prova”. Foi desta forma que a or-ganização do Trail Santa Catarina

– Fama Runners e Ginásio STATUS – fez um balanço positivo da 3.ª edi-ção da atividade, que decorreu a 24 de outubro, no concelho de Vila Nova de Famalicão. Divididos entre a caminhada solidária de oito qui-lómetros, o trail de 15 quilómetros e outro de 25 quilómetros, o Trail de Santa Catarina contou com a participação de “mais de mil inscri-tos”. “Os atletas saíram satisfeitos e agradados. O espírito de entrea-juda e a forma animada como esta 3.ª edição decorreu, antevê uma 4.ª edição cheia de surpresas”, adian-tou fonte da organização, acres-centando que os “255 participan-tes” na caminhada contribuíram

Na primeira eliminatória da Taça de Portugal de Voleibol, a 1 de no-vembro, o Famalicense Atlético Clube (FAC) recebeu e venceu o Clube Voleibol de Oeiras, por 3-1, com os parciais de 25/21, 25/20, 21/25 e 28/26.

Com o 2-0, parecia resolvido o encontro, mas os homens do Sul mantiveram-se concentrados e re-duziram no terceiro set. No quar-to, ao contrário do que o resultado indicia, o FAC foi claramente supe-rior, com larga vantagem, mas al-gumas desconcentrações deram ao encontro, uma emoção final

// Hóquei em Patins

// Karaté

// Voleibol

Famalicense e Riba d’ Ave HC derrotadosrecebe o Valença HC.

Já o Riba d' Ave HC (RAHC) re-gistou a sua primeira derrota na competição frente ao CH Carva-lhos, por 5-4.

Na próxima ronda, pelas 18.30 horas deste sábado, o Riba d' Ave HC, que está em 3.º lugar com dez pontos, recebe o CD Póvoa.

Quanto à formação, as equipas do RAHC disputaram mais uma jornada dos Campeonatos Regio-nais da AP Minho, tendo os Sub-17 perdido com o OC Barcelos por 2-8 e os Sub-13 a vencerem a ED Viana por 1-4. Já a contar para a

6.ª jornada da Fase I do Encontro de Convívio Escolares - Série A, a ED Viana venceu o RAHC, os Sub-15 e os Sub-20 do RAHC perderam com o OC Barcelos, por 2-4 e 7-9, respetivamente.

Já para as equipas de formação do Famalicense o desempenho desportivo nos campeonatos re-gionais do Minho “não foi positi-vo”. Os Sub13 A perderam com a AD Limianos por 3-2, os Sub13 B perderam em Vila Praia de Âncora por 4-2 e os Sub20 empataram em Ponte de Lima por 6-6. P.P.

Jorge Machado selecionador Regional da Seleção Nacionalcimento do seu percurso despor-tivo e das suas competências téc-nicas e humanas”. “Após o ponto final da minha carreira desportiva de alto rendimento, não poderia ter escolhido melhor forma para dar continuidade ao trabalho que tenho vindo a desenvolver em prol do Karaté Nacional e do Desporto em geral”, declarou.

Em 2012, Jorge Machado foi no-meado Embaixador para a Ética no Desporto, no âmbito do Pla-no Nacional de Ética no Despor-

to (PNED), promovido pela Secre-taria de Estado do Desporto e Ju-ventude e Instituto Português do Desporto e Juventude. P.P.

FAC segue em frente na Taça de Portugalque não se antevia.

Na segunda eliminatória, o FAC recebe o Ginásio Clube Santo Tirso (GCST) que venceu pelo mesmo re-sultado a Académica de Coimbra.

Mas antes, a contar para a 2.ª jor-nada do campeonato nacional da segunda divisão, zona Norte, o FAC recebeu o GCST. O FAC conquistou os três pontos, com os parciais de 25/19, 19/25, 25/23 e 25/16, lide-rando “isolado” com seis pontos, mais três do que Viana e Santo Tirso. Na próxima jornada, o FAC vai a Viana, pelas 17 horas de sá-bado. P.P.

“Mais de mil” no Trail Santa Catarina

com “450 euros” para a loja social de Vila Nova de Famalicão.

Nas classificações gerais, no Trail de 15 quilómetros o pódio masculi-no ficou completo por Oscar Men-des (Running Team Lantemil), Bru-no Silva (Afa Cycles) e Pedro Olivei-ra (Fama Runners) e o feminino por Deolinda Oliveira (Escola de Atletis-mo da Trofa), Liliana Silva (Running Team Lantemil) e Marta Lopes. Já as equipas vencedoras foram GTT -

Armazém do Café (1.º), ST Trail (2.º) e Running Team Lantemil (3.º).

Já no Trail de 25 quilómetros, o pódio masculino foi ocupado por Bruno Silva, Diogo Fernandes (Dr Merino Clínica Médica) e Nuno Sil-va (BERG), o feminino por Lúcia Lourenço, Daniela Russo (Estamos Juntos!) e Cristina Esteves. As equi-pas vencedoras foram Multipower | Gaia Trail (1.º), Vidaativarunners (2.º) e NAST (3.º). P.P.

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A natureza foi o esplendor do Trail Santa Catarina

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24 JORNAL DO AVE 4 NOVEMBRO 2015 www.JORNALDOAVE.ptwww.JORNALDOAVE.pt

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