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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510-028 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 16 pág. 19 pág. 22 pág. 23 pág. 26 pág. 27 pág. 29 pág. 31 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > ECONOMIA > DESPORTO > FEIRA DE S. MATEUS > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 12 a 18 de setembro de 2013 Ano 12 1 Euro 0,80 Euros Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Real Associação traz à Sé de Viseu Real Associação traz à Sé de Viseu o Coro do Queen’s College de Oxford o Coro do Queen’s College de Oxford Novo acordo ortográfico Paulo Neto Agora com novo preço x xx | pág. 25 Publicidade Publicidade Publicidade Rua dos Casimiros, 33 - Viseu Tel: 232 420 850 - [email protected] - www.ihviseu.com Cursos a iniciar em Outubro Inglês e Espanhol N.º N.º 600 600

Jornal do centro ed600

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Jornal do Centro - Ed600

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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510 - 028 Viseu · [email protected] · w w w.jornaldocentro.pt |

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> FEIRA DE S. MATEUS

> CULTURA

> EM FOCO

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário12 a 18de setembro de 2013Ano 12

1 Euro0,80 Euros

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Real Associação traz à Sé de ViseuReal Associação traz à Sé de Viseuo Coro do Queen’s College de Oxfordo Coro do Queen’s College de Oxford

Novo acordo ortográfico

Paul

o N

eto

Agora com

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| pág. 25

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licid

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ade Rua dos Casimiros, 33 - Viseu

Tel: 232 420 850 - [email protected] - www.ihviseu.com

Cursos

a iniciar em

Outubro

Inglês e Espanhol

N.ºN.º 600600

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praçapública

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palavrasdeles

r O Dr. Almeida Henriques consulta carto-mantes e ouve consulto-res de outras regiões. Tra-zer a Viseu o Dr. Augusto Mateus, o homem que idealizou o aeroporto de Beja ou a área logística da Guarda com o sucesso que todos lhe reconhe-cemos, diz tudo de um candidato que não tem ideias próprias”

Hélder AmaralCandidato do CDS-PP à Câmara Municipal de Viseu, durante a

visita feita às empresas do concelho

rHoje fiquei com a ideia que a Câma-ra Municipal de Viseu pode servir muito mais os empresários do que aquilo que está a fazer atualmente”

Diogo FeioEurodeputado CDS/PP, durante a visita feita

às empresas do concelho

rPreservar a identi-dade e regulamentar a expansão, obvian-do a pressões no sen-tido de desvirtuar, descaracterizar e até destruir (paisagem urbana). Eles são os decisores (os políti-cos)”

Álvaro Leite Siza VieiraArquitecto, em entrevista ao Jornal do Centro

rE ali o vemos ago-ra (estátua de Aquilino Ribeiro), quem ele é por natureza, Homem da Escrita, a caneta ainda presa em sua mão, enxa-da lhe chama de tanto lavrar, o gesto franco de quem espera de por-ta aberta, o amigo que chegou. Ei-lo, disponível para conversar”

Alberto CorreiaAntropólogo, em artigo de opinião no Jornal do Centro

Esta é a edição 600 do Jornal do Centro. A 09 de Junho de 2011, com o número 482, esta gerência e esta direcção invertia o irreversível processo de encerramento deste órgão de comunicação social. De nossa lavra e dos nossos colabo-radores, depois disso, sem falhar uma edição, 118 mais saíram. Não precisamos dos parabéns de nin-guém. Nós sabemos que estamos de parabéns e é quanto nos basta. Sabemos o muito que temos fei-tos e isso basta-nos. Sabemos os sacrifícios por que temos passa-do e isso basta-nos. Sabemos quão louvados e criticados somos e isso basta-nos. Sabemos que e por ve-zes, o veneno invejoso e ruim des-tila da bífida língua da qual menos esperávamos e isso basta-nos. O Jornal do Centro não fechou como muitos queriam. A todos o nosso respeito e consideração. É quanto nos basta!

O Tribunal Constitucional, guar-dião da Lei das Leis, tornou-se de repente inimigo do actual governo. No entender deste, claro está, que convive mal com a Constituição da República Portuguesa, como aliás com outras leis em geral, por en-tender que, num Estado de Direito e Democrático, a Lei só é boa se for favorável aos seus intentos, mesmo que estes sejam desfavoráveis a 10 milhões de portugueses. Por seu livre arbítrio, o primeiro-minis-tro e acólitos arrasava tudo e cons-truía um país a seu gosto, medida e contento dos seus sábios mentores, inspiradores e conselheiros. Mas a rábula está mal contada. O presi-dente da República, por discordar e/ou ter dúvidas sobre a legalida-de de determinadas propostas de lei, requereu parecer ao TC. E este deu-o. Ponto final. Como questio-

nava o Gaspar da má-memória: “O que é que não perceberam?”. E porém, quem provoca e não acata a lei é um fora-da-lei. Estar nestas pré-condições é exemplo tão menos dignificante para to-dos nós, quanto oriundo de tal instância. Claro está, se calhar só para aqueles que ainda acre-ditam num Estado como repre-sentante legítimo de um povo. Ou já não é?

Um SE com um penteado seme-lhante ao Professor Pardal, Cata-rino-qualquer-coisa, talvez dos Assuntos Fiscais (eles são tantos!), que muito clama contra quem zela pelas boas práticas administra-tivas e fiscais, “esqueceu-se” de entregar a sua certidão de rendi-mentos conforme normativo le-gal. Ninguém estranha que um membro do governo não cumpra a Lei. Estão acima da Lei. São im-punes e imunes.

Um estudo apresentado há dias num órgão de comunicação so-cial, comparava Alemanha a Por-tugal. O trabalho era minucio-so. Mas centremo-nos apenas no mais óbvio:

D – 5,3% de desempregados; P – 17, 1%.

D – 7,9% de desemprego jovem; P – 37,7%.

D – 35,6 média de horas de tra-balho semanal; P – 39,1.

D – PIB Per Capita 122; P – 75…Talvez seja por todo este dife-

rencial numérico que Paulo Por-tas transferiu as suas poupanças para o Deutsch Bank e não as in-vestiu, por exemplo, na CGD que ainda é banca pública.

Passos mandou os ministros para a rua. Calma! Não se ani-

mem… Quer dizer, até 29 de Se-tembro a prioridade não é gover-nar. É dar uma mãozinha, de N a S, de O a E, país fora, nas autárquicas. Mas em boa verdade até nos pare-ce mais “bonito” do que andar a oferecer cheques nas missas.

Dia 17 e durante uma magra de-zena de dias lançam-se os “cães à lebre”. Parece que haverá uma sé-rie de debates. Radiofónicos. Con-gratulamo-nos com isso e lem-bramos que a ideia foi de Hélder Amaral. Há quem ande nervoso. Cidadão informado é um eleitor consciente. A democracia ganha com isso. Os mais jovens – não, não são os das “jotas” – falam no voto em branco ou no voto do manguito… tão baixa para eles está a credibilidade dos políticos partidários.

Em breve surgirá uma sonda-gem acerca das intenções de voto no concelho de Viseu. Há quem ande nervoso. Calmos e a gozar o panorama estão os 22% de in-decisos…

A apreciação que o Jornal do Centro tem feito sobre impostos municipais apresenta algumas surpresas. Afinal, parece que a tão apregoada e só por alguns vista qualidade de vida dos vise-enses, é por eles paga a preço de ouro. Pelos contribuintes, claro

está! E ainda sobram uns milhões, saqueados das nossas carteiras em impostos, para os subsídio-dependentes-em-época-de-cam-panha-eleitoral e para umas apli-caçõezinhas de capital na banca. Será no Deutsch Bank, também? Já que as feitas no BPN não corre-ram lá muito bem… Pudera.

Aquilino Ribeiro vai ter uma estátua na Rua Formosa. Já ti-nha nome num parque da cidade muito apreciado pelos marginais da terra. E uma rua curtinha ali para os lados da Biblioteca Mu-nicipal. Agora sim, reconhece-se-lhe mérito e valimento. Tam-bém a Alberto Correia que tem sido, de há muito, a alma mater, o mentor, animador e protagonis-ta da ideia. Como sempre, agora que o trabalho está feito, perfi-lar-se-ão os “colas” do costume em bicos de pés para ficarem no retrato. Abençoados pseudo-aca-démicos de pacotilha e insólitos-leitores-aquilinianos que nunca terão lido um capítulo de obra do Mestre… A Cultura está a dar. Te-remos direito a discurso político-literário da vereadora do pelouro, com citações de “A Retirada dos Dez Mil” (1938)? Ou Ruas apro-veita para sair de cena (?!) citan-do umas passagenzinhas de “Hu-mildade Gloriosa” (1954) ou de “Quando ao Gavião Cai a Pena” (1935)? Veremos.

“A Via Sinuosa” Editorial

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Qual a sua opinião acerca da fusãodas três freguesias da cidade?

Importa-se de

responder?

Se pensada e executada numa ótica de promover uma me-lhor gestão dos recursos humanos, técnicos e materiais, pen-so que é uma boa solução, especialmente quando se trata de freguesias cujas fronteiras confinam.

Contudo, penso que quando esta ideia tiver que ser posta em prática e implementada no terreno irão decerto surgir di-ficuldades que, como sempre, afetarão as populações.

Penso que esta fusão de freguesias não foi a melhor das ideias. Se já hoje, para se resolver qualquer assunto nas juntas de freguesia, encontramos alguns problemas e muitas demo-ras, a fusão das três freguesias da cidade irá decerto acarretar imensos problemas aos seus utentes. Não tenho muita espe-rança que, nos primeiros tempos, a resposta seja tão eficaz quando comparada com a que temos atualmente.

Em primeiro lugar, devemos olhar ao modo como foi pen-sada esta medida: não se ouviram as populações e não se pen-sou que a criação destas mega-freguesias, como é o caso pre-sente, poderia acarretar consequências gravosas naquilo que concerne ao serviço prestado às populações.

Contudo, tenho esperança que, com o engenho que carac-teriza as nossas gentes e com um bom presidente de junta, os problemas nascidos desta reforma possam ser em grande medida atenuados.

Eu posso dizer que considero esta medida positiva uma vez que, a união de pequenas freguesias, irá decerto rentabilizar os recursos existentes e irá traduzir-se em poupanças nas suas diferentes vertentes.

Contudo, penso que quando se transformam freguesias de média dimensão em freguesias que são, em população, maio-res que muitos concelhos, isso irá decerto trazer problemas de gestão que apenas podem ser supridos com um grande quadro de pessoal que anula as tão famosas poupanças.

Rodrigo DuarteFuncionário Público

Maria João FerreiraConsultora Imobiliária

Isabel DiasTécnica Superior

Sérgio SilvaTreinador

estrelas

Álvaro Leite Siza VieiraArquiteto - Porto

Mesmo com falta de apoios, o CHV não deixou cair a tradição, levando a cabo, com muito esfor-ço e dedicação, o Festival Hípico da Feira de S. Mateus.

Real Associação de Viseu

números

30 Número de visitantes na

8ª Edição do Caramulo Mo-torfestival.

Centro Hípico de ViseuRio de Loba - Viseu

Pela mão do seu presidente, Ál-varo de Meneses e demais colabo-radores, tem sabido marcar com discreta eficiência uma presença cultural distinta. Desta feita, na Sé de Viseu e com o coro do Queen’s College de Oxford dirigido por Owen Rees.

Veio a Viseu, a gracioso convite de amigos, prestar o seu primei-ro contributo estético-funcional para a possível recuperação do Centro Histórico da cidade.

1-Escrevo um dia antes da votação no Congresso americano e a dois dias da comunicação de Obama aos americanos. Poderá ser o início de uma intervenção militar na Síria. Voltarei, certamente, a este tema quando existirem mais infor-mações. Enquanto as atenções dos Me-dia e da comunidade internacional estão voltadas para Damasco, no Cairo vive-se um PREC reaccionário que pretende res-tabelecer o anterior estado de coisas. A situação no Egipto é a machadada final numa Primavera que não terá sido mais do que um dia solarengo a intervalar um triste Inverno. Tal como na Síria, onde ninguém pode garantir que a ortodoxia e o fanatismo sunita garantam um me-

lhor Governo do que o do ditador Assad, também no Egipto é impossível alguém dizer que Morsi e a Irmandade Muçul-mana fossem o regime com que todos os egípcios, e por arrasto a comunida-de internacional, sonharam aquando do início dos protestos que desencadearam a queda de Mubarak e, juntamente com a Tunísia, o início da Primavera Árabe. Todavia a realização de eleições demo-cráticas tem a sua importância e signifi-cado. Quem escolheu Morsi, com maior ou menor ortodoxia, fê-lo de forma cons-ciente. Entretanto, movimentos rebeldes, especialmente no Sinai, começam a rea-gir de forma mais violenta. Os generais querem retomar uma senda próxima do

regime de Nasser. O canal do Suez man-tém a sua importância. Mas para já as atenções estão centradas na Síria e no estreito de Ormuz.

2-O Tribunal Constitucional (TC) deci-diu como se esperava. A cobardia dos de-putados colocou nas mãos, dos juízes do TC, uma decisão que não lhes competia. Competia aos legisladores da República, função essa, a de legislar, atribuída ao Par-lamento, clarificar uma lei que, como es-crevi anteriormente, foi escrita de forma enviesada exactamente com o propósito que agora se confirmou. Evidentemente os juízes tomaram a decisão que deles se esperava. Não iriam contrariar um direi-

to (o de um cidadão se candidatar a uma autarquia ou freguesia) que não estivesse clara e objectivamente restringido na lei. Desta feita não se ouviu o coro de críticas de há uma semana. Passos Coelho, que uma semana antes, do alto da sua dema-goga e parca autoridade, fizera um ataque inusitado ao TC, preferiu, agora, o assen-timento. Todos sabemos qual era o espíri-to da lei que, na altura, se pretendeu apro-var. Sobre isto também já escrevi. A ver-dade é que fomos, todos nós, enganados. A viradeira do regime vigente, teima em mostrar que é sempre possível continuar a escavar o buraco da falta de ética.

David Santiago

Assim vai o mundoOpinião

mil

Jornal do Centro12 | setembro | 2013

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

A nossa televisão habituou-nos de tal forma a fornecer notícias deprimentes, que quando assim não são, o destaque que lhes dão é absurdamente mínimo. Portugal acabou de ganhar 9 dos 41 “ós-cares” do turismo para os quais estava nomeado nos World Travel Awards Eu-ropa, mais 3 do que na edição anterior, mas nem mesmo assim, estas distin-ções foram merecedoras do que mais de 3 minutos de antena, não se fazendo jus aos investimentos e esforços que

se têm continuado a verificar na área da hotelaria, e que apesar de também em crise é responsável por muito do dinheiro que vem vindo de fora e que tanta falta nos faz. O país foi declara-do o destino europeu líder no golfe en-quanto o Algarve se mantém imbatível como o melhor destino de praias. No-vidade foi a distinção conquistada pela Madeira como melhor destino insular, enquanto Lisboa, que estava nomeada para a categoria principal de “melhor

destino”, conseguiu a distinção de des-tino ideal para escapadelas urbanas. Penso que qualquer uma das catego-rias, ou qualquer um dos visados (hotel, resort ou spa) era merecedor de uma reportagem para aqueles que cá dentro não conhecem, ajudando a que a máxi-ma do “vá para fora cá dentro” pudesse ser acicatada por imagens que fizessem desejar visitar, estou certa que assim se-ria porque “os olhos também comem”. Mas….infelizmente, o sangue, guerra,

O Turismo que não se vê todos os dias

Partilho este artigo com o meu pai porque também ele divide o seu cora-ção com Pendilhe e Carregal do Sal. Pendilhe, nossa terra natal, queimada e vestida de negro; Carregal do Sal que, carinhosamente, nos acolheu, trajada de luto devido à fatalidade que atingiu o seu valoroso Corpo de Bombeiros.

Todos os verões travamos uma ver-dadeira guerra civil contra o fogo! O fogo que nos rouba haveres, casas, sonhos e Vidas. Todos os anos este flagelo se repete, levando-me a pen-sar que é todos os anos a mesma coisa, parecendo que nada aprendemos com os erros do passado, parecendo que o

martírio é natural: vem o verão, vem o calor, vem o fogo… E todos os anos ar-dem matos, florestas, quintais, casas, animais e, tragicamente, morrem pes-soas e outras ficam feridas.

Este fatídico verão de 2013 faz-me correr lágrimas de desespero, de im-potência e de sentimento de profunda injustiça. E, ainda, agora as lágrimas me caem… inconformada com a tra-gédia que assolou Carregal do Sal e com o fogo que queimou grande parte de Pendilhe.

No dia 28 de Agosto regressei de fé-rias, a Carregal do Sal. O Caramulo ar-dia. No dia seguinte, por volta da hora

do almoço, chegava a notícia da mor-te da Bombeira Cátia Pereira Dias, de Carregal do Sal. Incrédulos, íamos sa-bendo que a nossa bombeira não tinha escapado às terríveis labaredas que fus-tigavam o Caramulo e que já haviam roubado outras duas vidas. Sabíamos também que um militar da GNR esta-va ferido, bem como mais três bombei-ros de Carregal do Sal.

Chorávamos a morte da Cátia e re-závamos pela recuperação dos feridos, inconformados com a tragédia!

No dia 02 de Setembro, recebi um te-lefonema do meu Pai. Pendilhe andava a arder. Nessa tarde, o fogo queimou

Que inimigo é este que nos continua a roubar vidas?

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

[email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

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Micaela Costa, C.P. n.º TP-1866 [email protected]

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Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoAvenida Alberto Sampaio, 1303510-028 ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

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Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai à quinta-feiraMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Opinião

Margarida Silva

e Armando Silva

Percorri a Serra do Caramulo, a começar das suas faldas e trepei até aos picarotos de onde se divisa a chapada poente e pensei que me tinha enganado no caminho. A paisagem está tão mu-dada que fui compelido a pensar que tenho de agradecer a quem colocou o fogo. Que mudou tudo de tal forma que esta é, só, mais uma mu-dança. Desta vez de paisagem. E que o renovo há-de ser, também, bonito. Cheio de viço, de cio, pungentemente forte, até que lhe ateiem o fogo, de novo.

É a renovação que cria o choque de gerações por diferentemente se entender o que se trata de “cambança”. E, neste contexto, por força das cir-cunstâncias, tenho de me habituar:

A. a aceitar que juntas de pessoas do mesmo sexo possam adoptar crianças (desculpar-me-ão, mas casal é, por definição, «1. conjunto de duas pessoas de sexo diferente: um casal de namora-dos; 2. marido e mulher: O casal divorciou-se. 3. macho e fêmea: um casal de pombos. 4. pequena povoação: um casal isolado na montanha» (isto a acreditar na internet);

B. a entender que haja condenados a quererem exercer cargos públicos e, mais, que haja quem os apoie;

C. que apareçam, ciclicamente, uma variedade de balões, dado o conteúdo e a sua substantivi-dade, a proporem-se como primeiros-ministros e uma mole de “gente” atrás deles a baterem-lhe

palmas de apoio;D. que se façam campanhas eleitorais em lo-

cais para onde se fazem deslocar centenas de pessoas em autocarros a quem se paga uma re-feição e um pequeno “abono”, aproveitando, as-sim, a miséria de quem carece de uma refeição (como aconteceu com o anterior PM);

E. Que se retire às pessoas as prometidas re-formas, que as fez trabalhar com o propósito de serem cumpridas e atingidas, e de lhes garantir o futuro (agora cada vez mais sombrio, frio no Inverno, famélico durante o ano e abstencionis-ta na parte medico-medicamentosa);

F. que haja franjas da sociedade que vivem como as lampreias, agarradas, sedentas e que

Ainda falta agradecer

Opinião

Opinião

Tenho alguma dificuldade em perceber como as pessoas enca-ram como “questões de secretaria” o cumprimento da Lei, pois é pô-la ao nível de regulamentos ou regi-mentos, essas coisas que podem es-tar à mercê de chefes e hierarquias e que não têm a sua origem no Par-lamento que, ao fim e ao cabo, de-veria ser fonte idónea de uma legis-lação justa e adequada. Isto a pro-pósito da crítica de que estavam a

tentar vencer os dinossauros na se-cretaria porque não os podiam ven-cer nas urnas.

O Tribunal Constitucional deci-diu que os dinossauros autárquicos podem continuar a sê-lo desde que noutros territórios. À luz da lei, e das quinhentas mil maneiras de a interpretar, poderia achar-se algu-ma lógica na decisão – apenas e só perante esta lei. Por si só, isolada, e na linha da fundamentação do Mo-

vimento Revolução Branca, é uma decisão escabrosa. Não só estamos perante a possibilidade do dito autarca ir fazer umas férias a outro concelho e voltar como admitimos, de vez, que os cargos políticos são profissões. Que ser autarca é uma profissão que, quanto muito pode ser regulada. Ora como é uma pro-fissão política, o Parlamento, que se transformou numa espécie de Or-dem dos Políticos, regulamentou-a

Dia negro para o Poder Local

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Sílvia Vermelho Politóloga

Opinião

Jornal do Centro12 | setembro| 2013

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

manifestação contra o ministro sicrano e a política beltrano, e outras demais abso-lutamente deprimentes, continuam a ocu-par mais de 90% da comunicação social, deixando-se as positivas, sim porque as há, para segundo plano, e o povo fica a pensar que só há empresas que fecham, que só há desinvestimento, mas na realidade todos os dias abrem novas empresas, novos produtos e novas tecnologias são desenvolvidas, no-vas ideias são implementadas; no turismo o mesmo se passa, há muitos e bons investi-

mentos todos os dias e estes prémios são o reflexo disso mesmo! Somos um país cheio de recursos naturais, que apesar de à beira-mar plantados continuamos a explorá-lo muito pouco, e se não temos a capacidade económica ou a força empresarial neces-sária para a exploração dos georrecursos, então aproveitemos aquilo em que já somos minimamente bons, o turismo balnear e de lazer, se há uns anos muito se criticou uma certa campanha publicitária interna-cional, agora talvez não estejamos a gastar

o suficiente para nos vendermos lá fora. É imperativo vendermo-nos, vendermo-nos bem, captar investimento de grandes grupos turísticos e de viagens, fomentar e desen-volver uma estratégia de sustentabilidade e crescimento para um sector que poderá sem dúvida marcar a diferença nas contas que interessam fazer a cada final de ano. As nossas campanhas publicitárias inter-nacionais estão gastas, são antigas, mas os prémios ganhos são recentes, são um reco-nhecimento e um mérito que deve ser usado

e abusado para nos vender. Gosto muito de ser o “paraíso à beira-mar plantado”, mas se para nos erguermos tivermos de ser o país dos resorts, dos spas, das termas, do golfe e dos desportos náuticos, que seja, tanto me-lhor, desde que acautelemos sempre a nos-sa individualidade cultural e preservemos o património ambiental de forma sustentável. Se os de fora nos vêm como destino de luxo, porque não haveremos nós de ver e vender os nossos maiores luxos; o sol, a praia e a simpatia?

mato, pinhal, quintais e chegou mesmo a ameaçar casas.

Com a preciosa intervenção dos Solda-dos da Paz e ajuda da população, o fogo foi travado… Mas eis que, nessa madrugada, volta a reacender e, desde aí, tornou-se in-controlável. Durante o dia 03, ameaçou as quintas de Pendilhe. Contou-me o meu Pai que, naquela tarde, três ou quatro jovens de Pendilhe, com a sua valentia, conseguiram salvar a Quinta de Algodres. A sua proprie-tária foi evacuada pela GNR, toda a gente se foi embora, menos aqueles arrojados jovens que, desdobrando-se em louca correria, acu-diam aqui e além, ora no solo, ora em cima dos telhados. Espaçadamente, eram engo-

lidos por enormes nuvens de fumo negro, que arrepiavam o meu Pai, quando de lon-ge presenciava aquela azáfama e impotente para ajudar. Não conseguiu chegar ao local, as altas labaredas não lho permitiram, ficou de longe a assistir, com o coração nas mãos, temendo pelo pior…

Realmente, só quem passa por momentos destes é que compreende que, por vezes, re-agimos imprudentemente, não sabemos de onde nos vem a força, nem a coragem, mas tudo se faz para salvarmos, pelo menos, a nossa casa. Mas a crua verdade é que nem a nossa casa, nem a nossa floresta, nem o nos-so mato vale sequer uma vida humana!

O fogo continuou toda a tarde a devorar

mato e regressou com novo ataque a Pen-dilhe. Ao final do dia, as chamas teimavam em aproximar-se violentamente das nossas casas, quando recebemos a notícia da mor-te de Bernardo Cardoso. Lembramo-nos do Bernardo, de quando era bebé…

Não podia ser! Que inimigo era este, com o qual lutávamos de frente, para salvar as nossas casas, e que nos acabara de roubar mais uma vida? Seria acidente? Seria mera fatalidade? Seria mão criminosa?

Este verão já haviam sido seis bombeiros que perdiam a vida num combate desigual e injusto. Naquele momento, pensando na-quelas vidas que haviam sido roubadas, en-contramos força e coragem para enfrentar

este inimigo e conseguimos desviá-lo das habitações.

À data que escrevo o artigo já morreram 8 bombeiros, morreu um jovem electricis-ta a reparar o sistema eléctrico danificado pelo fogo e muitos são os feridos que se en-contram a aguardar recuperação. Temos de vencer este inimigo! Temos de limpar as matas, de desenvolver uma política de ver-dadeira reordenação florestal, temos de agir, todos nós o devemos àqueles que pereceram e que, inocentemente, são vítimas dos incên-dios florestais.

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

sugam até à morte a quem parasitam, num prado regido por gente eleita pelo “gado” que o habita e que tem como único pro-pósito (dá essa impressão!) destruir o que está feito;

G. que tenhamos um parlamento que não é capaz de se acertar para virar de pa-tas para o ar uma Constituição antidemo-crática, que cria desigualdades, é obsoleta, tendenciosa e profundamente desajustada ao povo a quem se destina por erro de con-cepção, na cópia de um modelo nórdico que está tão longe de nós como os honorá-veis Bijagós;

I. que despudoradamente os homens fa-çam as suas necessidades por detrás de qualquer árvore ou candeeiro de rua sem

haver quem os impeça;J. que uns camafeus vendam o corpo, nas

bermas de estradas e mesmo de ruas e que haja quem as procure…!!!;

L. que chovam daqui para diante e até se-rem contados os magros votos que hão-de sobrar de uma abstinência maioritária (isto num país democrático!) mentiras, em forma de promessas e a maledicência quanto à exe-cução de outros edis, crendo que mais alto fica quem mais enterra os circunvizinhos;

N. que não se estude, discuta e promul-gue uma lei anticorrupção no seio de cen-tenas de deputados;

O. que me queiram arrumar o carro em parques para os quais pago e me quase obriguem a deixar dinheiro de paga;

P. que seja, permanentemente, assedia-do por romenas a pedir esmola, cheias de odores “desérticos” e com uma lamúria que infecta os tímpanos;

Q. que não se possa ir a um supermerca-do sem se ser abordado por alguém com um saco a pedir para que façamos aquilo que os seguidores de Abril nos promete-ram durante estes já muito longos 39 anos, ou seja, cuidar dos mais carenciados;

R. que não haja a consciência do cami-nho que trilhamos.

Tudo mentira. Mas tudo em mudança, não é assim?

Aplaudamos, ferverosamente, tudo o que se está a passar à nossa volta. Apoiemos os

nossos carrascos. Festejemos o tal de “25 de Abril” com o seu resultado final. Dêem-se vi-vas ao resultado da execução da impositivi-dade de uma Constituição Revolucionária e aos seus 900 000 filhos desempregados. Da impunidade que ela criou em razão da Lei Pe-nal vigente e do garantismo de todos e tudo quanto é desviado, marginal, em detrimen-to daqueles que cumprem, que se afirmam como cidadãos responsáveis, mas que são a minoria, cansada de remar contra a maré e de ser conotada com um tal de D Quixote de la Mancha. Pois se vale tanto o voto de um doido que põe fogos como o de um cidadão culto, com obra feita, para mim pouco mais há a dizer…!

Pedro Calheiros

a seu bel-prazer e o Tribunal Constitu-cional deu o “ok” juridiquês a algo que em bom Português só se poderá chamar uma aberração.

Há dias, na TVI 24, e por causa desta decisão, o vice-presidente do Movimen-to Revolução Branca, Pedro Pereira Pin-to, esteve em debate com um autarca – essa tal recém-admitida profissão – Fer-nando Costa, o autarca-modelo. 27 anos à frente das Caldas da Rainha e foram-no lá buscar para se candidatar a Loures,

para implementar o seu modelo de ges-tão numa câmara que desesperadamen-te precisa do super-autarca.

A dual polity - a distinção entre políti-ca local e política central, essa coisa que a anglofonia estabeleceu como sua práti-ca - já era suficientemente má em Portu-gal, ou melhor, inexistente. Como se não bastasse em Portugal a política local ser um trampolim para a política central, é, agora, um trampolim interconcelhio de produtos do sistema, estes super-autar-

cas que vão implementar o seu modelo feudal e de bom cacique noutros conce-lhos, deixando os aprendizes no seu lu-gar. Até porque, como disse Fernando Costa, “o 1º mandato é para estoirar, só lá para o 3º mandato é que dá para co-meçar a fazer coisas”. De facto. Só no 3º mandato é que já se tem a rede de con-trolo suficientemente instalada para as-segurar que se pode fazer tudo e mais alguma coisa sem questionamento, sem afronta, sem contraditório.

A decisão do Tribunal Constitucional é um desrespeito pelos três princípios: autonomia, descentralização e subsidia-riedade, porque ao assumir que o terri-tório pode ser governado por super-au-tarcas que o encaram como “empresas públicas”, estamos a desrespeitar a uni-cidade do território, os interesses locais e, principalmente, a dizer que ele pode ser gerido por capatazes do Governo Central, que mais não são que os tentá-culos partidários.

Jornal do Centro12 | setembro | 2013

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abertura textos ∑ Pedro Morgado

Viseu – A ameaça silenciosaDerrama ∑ Oito anos depois de Ginestal ter proposto uma baixa de impostos, empresas sentem a primeira “folga” na carteira

Num país “distraído” com as eleições autárqui-cas de 29 de setembro, o concelho de Viseu não foge à regra. Para além da luta entre os ex-secretários de Estado José Junqueiro e Almeida Henriques pela liderança da Câmara de Viseu, na qual o deputado Hélder Amaral e os can-didatos do Bloco de Es-querda e da CDU vão ter uma palavra a dizer, pou-co mais parece acontecer. Parece…

Durante muitos anos, Viseu, capital de distrito viveu “adormecida” en-quanto os concelhos vi-zinhos se industrializa-vam, melhoravam as suas acessibilidades, criavam incentivos ao investimen-to privado e se tornavam competitivos. A “rivali-dade” latente entre estes concelhos, antes apenas presente nos relvados, gal-gou “muros” e fronteiras e ganhou uma nova di-mensão: como conseguir atrair e manter o investi-mento? A ameaça existe mesmo?

No final de julho a dúvi-da acabou. A Scania Por-tugal, em comunicado, confirmava que os servi-ços prestados nas suas fi-liais de Vilar Formoso e de Viseu iriam ser transferidos de forma fase-ada para o

novo concessionário construído em Mangualde para servir toda a região norte, com uma superfí-cie total de 6600 metros quadrados.

Esta orientação comer-cial do grupo Scania foi apenas mais um episódio nesta “guerra silenciosa” entre vizinhos do qual Viseu saiu, claramente, a perder.

Os vizinhos.As rela-ções “fraternas” entre es-tes concelhos são antigas e foram durante muitos anos bastante sólidas. A criação da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região Dão Lafões foi um marco nestas relações.

Contudo, a força polari-zadora de Viseu foi inca-paz de travar a afirmação de outros centros urbanos desta região, como são os concelhos de Tondela e de Mangualde. O tempo e a resili-ência de autarcas como Carlos Mar-ta em Tondela e João Azevedo em Mangualde veio confirmar o pa-pel de relevo e

consolidar a posição que estes concelhos hoje têm na vida económica do dis-trito.

E os exemplos são fla-grantes: Viseu tem, efe-tivamente, grandes em-presas nas quais se desta-ca naturalmente o Grupo Visabeira, SGPS, SA, mas Mangualde, um concelho com cerca de um quinto da população de Viseu, tem também empresas de dimensão nacional: o Centro de Produção de Mangualde do Grupo PSA, uma unidade da So-nae Indústria - Produção e Comercialização de De-rivados de Madeira SA e o grupo Patinter - Trans-portes e Logística que em 2010 investiu 27 milhões de euros na renovação da sua frota e nas insta-lações neste conce-lho, juntas criam milhares de postos de trabalho dire-

tos.

O tempo veio pre -miar também o trabalho ao autarca de Tondela. No mesmo ano em que abandona o cargo ao qual está impedido de se recandidatar este ano pela lei de limitação dos mandatos autárquicos, os frutos da sua dedicação ao fortalecimento eco-nómico do concelho são evidentes: o concelho de Tondela ocupa a sexta po-sição no ranking dos mu-nicípios portugueses de média dimensão com me-lhor eficiência económica, de acordo com os dados divulgados na última edi-ção do Anuário Finan-ceiro dos Municí-pios Portugue-ses, e o “seu” concelho

rece-

be em 2013 oito novos in-vestimentos privados.

Empresas como a Di-cis, a Interecycling, Paula Longra, as Quintas Sirlyn, a Apiscaramulo, a Estadia Pacífica, a Joaninha e a Fresenius Kabi Portugal – Labesfal vão ao longo do ano realizar um investi-mento que rondará os 21 milhões de euros e cria-rão cerca de 286 postos de trabalho no conce-lho.

Nada disto parece, no entanto, importar a quem decide e go-verna em Viseu. Há quanto tempo não

se ouve fa-

lar de um grande investi-mento no concelho?

As pequenas “escara-muças”. É em março de 2013 que as relações en-tre Viseu e Tondela, entre Fernando Ruas e Carlos Marta, conhecem um novo patamar.

O edil viseense, temen-do a vinda

querda e da CDU vão teruma palavra a dizer, pou-co mais parece acontecer.Parece…

Durante muitos anos,Viseu, capital de distritoviveu “adormecida” en-quanto os concelhos vi-zinhos se industrializa-vam, melhoravam as suasacessibilidades, criavamincentivos ao investimen-to privado e se tornavamcompetitivos. A “rivali-dade” latente entre estesconcelhos, antes apenaspresente nos relvados, gal-gou “muros” e fronteirase ganhou uma nova di-mensão: como conseguiratrair e manter o investi-mento? A ameaça existemesmo?

No final de julho a dúvi-da acabou. A Scania Por-tugal, em comunicado,confirmava que os servi-ços prestados nas suas fi-liais de Vilar Formoso e de Viseu iriam sertransferidos deforma fase-ada para o

perder.

Os vizinhos.As rela-ções “fraternas” entre es-tes concelhos são antigas e foram durante muitos anos bastante sólidas. A criação da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região Dão Lafões foi um marco nestas relações.

Contudo, a força polari-zadora de Viseu foi inca-paz de travar a afirmação de outros centros urbanosdesta região, como são os concelhos de Tondela ede Mangualde. O tempo e a resili-ência de autarcas como Carlos Mar-ta em Tondela e João Azevedo emMangualde veioconfirmar o pa-pel de relevo e

da população de Viseu,tem também empresas de dimensão nacional: o Centro de Produção de Mangualde do Grupo PSA, uma unidade da So-nae Indústria - Produçãoe Comercialização de De-rivados de Madeira SA eo grupo Patinter - Trans-portes e Logística que em 2010 investiu 27 milhõesde euros na renovação dasua frota e nas insta-lações neste conce-lho, juntas criammilhares de postosde trabalho dire-

tos.

evidentes: o concelho deTondela ocupa a sexta po-sição no ranking dos mu-nicípios portugueses demédia dimensão com me-lhor eficiência económica, de acordo com os dados divulgados na última edi-ção do Anuário Finan-ceiro dos Municí-pios Portugue-ses, e o “seu” concelho

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rão cerca de 286 postos de trabalho no conce-lho.

Nada disto parece, no entanto, importara quem decide e goo-verna em Viseu. HHáHáááquanto tempo nãão

se ouve fa-

Jornal do Centro12 | setembro| 20136

Page 7: Jornal do centro ed600

IMPOSTOS MUNICIPAIS | ABERTURA

Quais são os principais constrangimentos en-contrados pelas empresas em Viseu?Na minha perspetiva os principais constran-

gimentos encontrados em Viseu podem resu-mir-se em breves palavras: falta, sobretudo, um parque industrial dotado das infraestrutu-ras adequadas à instalação de indústria. Estan-do Viseu situado na zona central de Portugal, e perto da principal via rodoviária que liga Por-tugal a Espanha e à restante Europa a criação de um parque industrial e logístico faria todo o sentido, desde que fosse dotado de todas as infraestruturas à semelhança dos melhores parques industriais existentes em Portugal e Europa. Os preços dos terrenos nesse eventu-al parque industrial deveriam ser atrativos e proibir-se através de contratos de exploração a especulação imobiliária, que neste momento acontece com os terrenos nos atuais parques industriais, designadamente o parque indus-trial de Coimbrões.

Também é necessário agilizar os prazos de licenciamento municipais atualmente mui-to longos e inexplicáveis nalguns casos. Não se pode esperar meses por uma licença mu-nicipal.

.

Podem os municípios limítrofes constituir uma ameaça que pode “tirar” a Viseu parte do seu tecido empresarial? Porquê?Essa já é uma realidade há muitos anos, pois

as principais empresas industriais têm-se ins-talado nos concelhos limítrofes, em detrimen-to de Viseu.

O concelho de Viseu tem muita pouca in-dustria instalada comparado com Tondela, Nelas, Mangualde ou Oliveira de Frades. Isso deve-se precisamente à falta de infraestrutu-ras adequadas em Viseu, ou à falta de condi-ções atrativas para as industrias aqui se ins-talarem. ca industria instalada comparado com Tondela, Nelas, Mangualde ou Oliveira de Frades. Isso deve-se precisamente à falta de infraestruturas adequadas em Viseu, ou à falta de condições atrativas para as industrias aqui se instalarem.

Empresário devidamente identificado que pre-fere manter o anonimato

conversas

“É necessário agilizar os prazos de licenciamento municipais atualmente muito longos e inexplicáveis nalguns casos. Não se pode esperar meses por uma licença municipal”

de Carlos Marta para o concelho como candida-to autárquico, anunciou em plena Assembleia Mu-nicipal que ia pedir ao Go-verno que o Centro Hos-pitalar Tondela-Viseu fos-se rebatizado, de modo a excluir o nome da cidade vizinha.

Durante esta sessão, em que manteve quase sem-pre este registo, Fernan-do Ruas, chegou mesmo a afirmar que não permi-tiria que alguém lhe “po-nha a pata em cima” o que, juntamente com a mudan-ça do nome do hospital e a transferência da sede da Comunidade Intermuni-cipal Dão Lafões, levou Carlos Marta a exigir de

Fernando Ruas um pedido de des-culpa dirigido às popula-ções e às instituições de Tondela.

Reveladores ou não, os sinais de desconforto de Fernando Ruas são refor-

çados pelas suas palavras: o edil não pretende dei-xar a “porta aberta” para que outros concelhos vi-zinhos possam vir a man-dar em Viseu.

Os 3 “ses” dos investi-dores. Atualmente, são três as grandes questões na mente dos investido-res: as contrapartidas ca-marárias à fixação e à laboração das suas em-presas, as infraestrutu-ras rodoviárias e os im-postos e taxas munici-pais.

Se, no que concerne às infraestruturas rodoviá-rias, nenhum dos conce-lhos referidos se destaca positivamente ou negati-

va-men-

te, dada a sua pro-

ximidade ge-ográfica, em re-

lação aos concor-rentes, o processo de

decisão por parte dos investidores é baseado

na existência ou não de contrapartidas: a cedên-cia de terrenos em áreas adaptadas ao investimen-to em causa, a realização de obras de infraestrutu-ras, a cedência de edifí-

cios ou equipamentos, a isenção de taxas ou mes-mo um apoio financeiro e a agilização da aprecia-ção dos processos de li-cenciamento industrial e comercial.

Se é impossível enu-merar detalhadamente as contrapartidas ca-marárias constantes em cada um dos contratos-programa assinados pela autarquia, torna-se evidente que Fernando Ruas “acordou tarde” para o problema.

Apesar do autarca ter feito aprovar uma redu-ção da taxa de derrama para 2013, imposto que incide sobre o lucro das empresas, em 20% sobre os 1,35% aplica-

d o s à s empresas cujo volume de negócios seja inferior a 150 mil euros e manti-do o valor de 1,5% para as restantes, as grandes empresas e os grandes grupos empresariais, Mangualde é o concelho do distrito que neste as-peto pode despertar uma maior atenção por par-te dos investidores: tem uma taxa de 1% (tabela anexa).

Não se pode, obvia-mente, estabelecer uma relação direta entre as opções da autarquia e a realidade empresarial do concelho. Contudo, po-demos dizer que “acor-dou tarde” uma vez que, sabemos, esta questão sempre esteve em cima

da mesa. Já em 2005 , Miguel Ginestal, líder dos vereadores da opo-sição, alertava que “fa-zia todo o sentido que a taxa da derrama baixas-se, como forma de atrair novos empresários, no-vas empresas para o con-celho, combatendo desta forma o número de pes-soas desempregadas”.

Mas, esse não era o entendimento de Fer-nando Ruas. À época o edil não compreendeu a justificação socialis-ta: “Sinceramente não percebo, já que são em-presas de fora de Viseu que pagam a derrama, designadamente a EDP, a PT, a Caixa Geral de

Depósitos e mesmo aquelas que

a n -

dam a construir as vias rápidas. São essas que pa-

gam a derrama”, disse o presidente da Câmara.

Em 2013 , Fernando Ruas compreendeu e bai-xou a carga fiscal. Redu-ziu o Imposto Municipal sobre Imóveis, baixou a derrama e reavaliou as 14 folhas onde estão inscri-tas as taxas, as licenças e outras receitas do muni-cípio de Viseu. A autar-quia quer agora impul-sionar o tecido empresa-rial do concelho e está a reconstruir um edifício na rua do Comércio, no centro histórico da ci-dade, onde vai instalar uma incubadora de em-presas.

Muito vai depender agora da vontade dos in-vestidores.

FFeFeFeFernrnrnanananandodddodododo Ruas um m pepedidiididddodod dd deee dddededees-ssculpa dirigido às popupulala-ções e às instituições de Tondela.

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Não se pode, obvia-mente, estabelecer uma relação direta entre as opções da autarquia e a realidade empresarial doconcelho. Contudo, po-demos dizer que “acor-dou tarde” uma vez que,sabemos, esta questão sempre esteve em cima

Depósitos e mesmoaquelas que

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Muito vai depender agora da vontade dos in-vestidores.

Jornal do Centro12 | setembro | 2013 7

Page 8: Jornal do centro ed600

Qual é a grande preocupação dos pais e das associações no arranque deste ano letivo 2013/2014?Nós notamos que a escola

está muito intranquila, em primeiro lugar, pelo facto de muitos dos cortes que se pre-veem na educação virem a acontecer na escola dos nos-sos filhos, nomeadamente, na questão dos assistentes operacionais, na redução das turmas, no aumento do número de alunos por tur-ma o que na nossa perspeti-va é um erro crato. Está mais do que provado que nos pa-íses onde houve um aumen-to do número de alunos por turma o insucesso é maior. A questão é para mim mui-to preocupante e os pais vão sentir isso no dia da apresen-tação, em que vão estar 26 alunos e praticamente não cabem na sala de aula. As es-colas não estão construídas com salas para tal.

O aumento do número de alu-nos por turma tem vindo a ser contestado pelas associações de pais, algumas delas com ações de protesto já marca-das. A Frapviseu está alinhada nesse protesto?Nós como Frapviseu ,

nomeadamente através da CNIPE, já marcámos audi-ências com os grupos parla-mentares e com os sindica-tos de professores no senti-do de tentar ver o que pode ser feito para evitar que es-tas coisas se agravem. Os pais não têm tempo para andar em manifestações, a não ser quando são obriga-dos e aí tomam as rédeas e assumem os seus compro-missos. Durante este perío-do de descanso de aulas, os pais trabalharam no senti-do de assegurar que a ma-trícula dos seus filhos fosse garantida. Como houve re-dução de turmas criaram-se problemas em algumas escolas, onde os alunos que

sobravam para além do nú-mero definido teriam que ser distribuídos por outras turmas de outros níveis de ensino. Nós não aceitamos isso, reivindicámos e as es-colas em causa acabaram por retificar esta decisão.

O que mudou?As escolas foram obriga-

das a cumprir o normativo e a preencher as turmas to-das. Inclusive está prevista uma fiscalização para saber se os diretores das escolas cumpriram ou não [a nova normativa] quando as es-colas têm especificidades próprias, em que nem todas as turmas podem ter esse número máximo de alunos. Nós sabemos como pais o clima que está nas escolas, entre aspas, de perseguição ao trabalho que foi feito nes-ta distribuição, para garan-tir os números do ministro, em que sabe que não pode ter mais do que “X” número de professores.

Está em condições de confir-mar que, no distrito de Viseu, não há alunos distribuídos por turmas de ciclos que não o seu, em consequência do au-mento do número de alunos por turma?Dos casos que tivemos

conhecimento posso afir-mar que os pais consegui-ram evitar isso, tiveram que reivindicar e puseram mes-mo em causa o arranque do ano letivo e as direções das escolas chamaram-nos para retificarem a decisão. Veja-se ao ponto a que a situação chegou, primeiro põem os pais fora [do Conselho Pe-dagógico] e depois cha-mam-nos.

Que consequências prevê a Frapviseu face a este aumen-to do número de alunos por turma? Prevemos que o ensino

vai ficar aquém da quali-

dade desejada. Nós temos a noção de que os profes-sores fazem tudo para ga-rantir a qualidade e a equi-dade, mas são os próprios profissionais de educação que colocam essas reservas. Estamos a falar, por exem-plo, de uma turma do pri-meiro ano, com crianças de uma idade muito tenra, que vai ter 26 ou 27 alunos. Qualquer pessoa de bom senso percebe que é muito difícil trabalhar com cabeça tronco e membros. Isto vai ter repercussões no futuro. Se calhar os resultados que vão ser atingidos no final do ano vão estar muito aquém da qualidade desejada de uma escola para os nossos filhos. Este é um problema grave tal como a questão da oferta formativa.

Está a falar da oferta formativa nas escolas públicas?Exatamente. Acabaram

com os cursos - há situações em que os cursos inclusi-ve foram interrompidos a meio - e esses alunos apesar de terem dito que queriam continuar, foram para o en-sino regular. Agora é novi-dade na primeira semana, mas quando vierem os pri-meiros resultados da ava-liação cada aluno vai per-ceber que não está no lugar certo e que a escola não lhe dá essa oferta formativa que deseja. Nessa altura vão sur-gir os problemas e verificar que foi um erro. Há alunos em que a escola dita normal não lhes diz nada, a esco-la pública é que devia dar essa oferta formativa por-que tem recursos humanos e materiais para isso.

Este é um ano letivo atípico?Têm sido nos últimos

anos e este é mais um. As alterações que existem no-meadamente na alteração das metas curriculares, o facto de a data dos exames

ser antecipada uma semana revela, mais uma vez, que as matérias dificilmente pode-rão ser dadas de forma con-solidada, os alunos vão fa-zer exames à pressa e o Go-verno o que quer é isto, doa a quem doer, não olhando a meios para obter os fins.

O Estado criou novas leis de orientações educativas nomeadamente a Revisão do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo em que as fa-mílias serão livres de escolher, a partir de 2014/2015, entre escolas públicas e privadas para os filhos, com o Estado a financiar ambas as opções. Na vossa opinião o Estado deve financiar o ensino privado?Nós, como pais e como

Federação, temos uma opi-nião muito crítica relativa-mente a essa questão. En-tendemos que o ensino pri-vado tem que existir mas devem ser os pais a pagar e não o Estado. Hoje, um pai que queira ter um filho no ensino privado já pode op-tar mas paga e é assim que tem de ser. Se o Estado vier a financiar o ensino priva-do vai criar mais desigual-dades, porque está a criar escolas de elite. Achamos que que este anúncio só se justifica com base em com-promissos que o Governo já assumiu com os priva-dos.

Viseu está na linha da grande diminuição de alunos prevista no 1º Ciclo do Ensino Básico?No 1º Ciclo, no 2º e até no

3º Ciclo. Posso dizer que até há bem pouco tempo a Escola Viriato (secundá-ria de Viseu) não tinha alu-nos para criar uma turma do 7º ano de escolarida-de. Isto é muito grave e só se justifica com o facto de muitos pais ao emigrarem terem levado os filhos ou pelo menos é uma das ra-zões. Neste momento não

temos dados precisos mas temos esse indicador mui-to preocupante.

A escola pública está em risco? Não creio que assim seja,

porque a própria constitui-ção diz que é um direito, agora, temos que lutar para que esta escola continue a existir.

A rede pública é suficiente na área coberta pela Frapviseu?Penso que sim. Neste mo-

mento existem é muitas es-colas onde foi iniciado o pro-cesso de remodelação e de-pois parou, nomeadamente em Oliveira de Frades, em Lamego, na Grão Vasco em Viseu. Acho que continua a haver duas e três velocida-des na escola pública o que na nossa opinião não ga-rante a equidade, há escolas com realidades diferentes.

O pessoal não docente é insu-ficiente nas escolas?Estamos a passar pela

chamada mobilidade e é natural que, se até aqui os assistentes operacionais fi-cavam muito aquém das ne-cessidades, corremos riscos de haver muita falta de as-sistentes operacionais. Ape-lamos aos pais para que não permitam que isso aconte-ça, que façam chegar à Fra-pviseu eventuais situações, de modo a exigir que ne-nhuma escola deixe de ter assistente operacional. Ain-da no ano passado tivemos escolas onde só existe o professor que está sozinho e isso não pode acontecer. Não havendo esses auxilia-res educativos a segurança dos nossos filhos pode estar em risco.

A falta de assistentes operacionais regista-se mes-

à conversa entrevista e fotos ∑ Emília Amaral

Rui António da Cruz Martins, de 48 anos, foi eleito presidente da Federação Regional das Associações de Pais de Viseu (Frapviseu) em 2012, mas integra o órgão desde 2008. Professor, consultor de empresas, assume ainda os cargos de secretário da direção da Confe-deração Nacional Inde-pendente de Pais e En-carregados de Educação (CNIPE) e de presidente da direção da associa-ção de pais Apeagesátã. Com 23 anos de trabalho pela frente, a Frapviseu integra atualmente cer-ca de 30 associações dos distritos de Viseu, Guarda e Vila Real.

“Normalmente os pais só vão à escola para ouvir dizer mal do seu filho e isto tem de mudar”

Jornal do Centro12 | setembro| 2013

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Page 9: Jornal do centro ed600

RUI MARTINS | À CONVERSA

mo nas grandes escolas?Não temos indicadores

mas se até agora já ficavam aquém e as escolas se con-frontavam com situações pontuais, agora mais preo-cupados ficamos.

Quais são as outras falhas básicas das escolas?Neste momento penso

que as falhas têm a ver com a falta de recursos finan-ceiros atribuídos em ter-mos de orçamento. Quan-do se diz que a escola pú-blica é gratuita, não o é na realidade. Os pais conti-nuam a financiar os estu-dos quer na compra de ma-teriais escolares - embora haja já boas práticas e cam-panhas de materiais reuti-lizáveis – quer para que se possam fazer visitas de es-tudo, etc… A escola não tem recursos. Estamos a chegar a um momento em que os

pais ou pagam ou não se faz e os pais têm cada vez me-nos dinheiro para suportar essa despesa. O apelo que fazemos é para os pais não terem vergonha de comuni-car que têm falta de recur-sos, de modo a em conjunto ultrapassarmos esses cons-trangimentos.

Uma máxima das associações de pais é de que “quanto maior for a participação dos pais na vida escolar dos seus educandos, maior será o su-cesso e os resultados destes”. Quais são os obstáculos colo-cados ainda aos pais?A própria lei afasta os

pais da escola. Há exem-plos de boas práticas, mas contrariamente àquilo que se diz, o mais comum é que as escolas não querem que os pais vão à escola e está provado que isso é um erro. No terreno, o associativis-

mo é algo cada vez mais di-fícil de ser desenvolvido e quando vemos estas medi-das de agregações de esco-las, em que muitas vezes a escola sede fica demasiado distante da escola onde se encontra o seu filho, a as-sociação de pais dessa esco-la acaba por definhar por-que a própria elei obrigou que a associação se desor-ganizasse. Há muitas esco-las que foram eleitas com diretores cujos pais não ti-veram oportunidade de in-tervir nesse processo, por-tanto, foram jogos de basti-dores, em que os pais estão lá representados mas só fo-ram realizadas algumas as-sembleias, porque tinha que ser eleito o diretor e não se olhava a meios para obter os fins. Para que os pais te-nham assento nesse órgão devem ser eleitos numa assembleia de pais. Em al-

guns casos foram manda-tados pelo candidato a dire-tor, isto passou-se no terre-no. O papel da Associação de Pais é muito importan-te, necessário e indispen-sável para que uma escola funcione desde que abre as suas portas até quando en-cerra.

Qual o balanço que faz dos “mega-agrupamentos” a funcionar há pouco mais de um ano?Não trouxeram até agora

nada de novo, pelo contrá-rio, para os pais só têm tra-zido dissabores.

Por exemplo?Nomeadamente o fac-

to de o apoio personaliza-do estar cada vez mais lon-ge. Temos casos em que o diretor do agrupamento nem sequer conhece a es-cola, nomeadamente em

Viseu. Os pais muitas ve-zes para tratar de um pro-blema com o seu educando têm que recorrer à sede do agrupamento, o que não faz sentido.

A Frapviseu concorda com o novo calendário escolar para 2013/2014?A nossa preocupação é

com a antecipação do exa-me. O alargamento do pe-ríodo de descanso de aulas letivas está devidamente justificado.

Como está o panorama da vio-lência nas escolas do distrito de Viseu?As escolas têm trabalha-

do muito este tema. As si-tuações de agressões físicas e verbais (bullying) sempre aconteceram nas escolas. Agora, apelamos é aos pais para que estejam atentos em casa, que falem com os filhos e, se por ventura de-tetarem alguma situação menos normal no seu filho, procurem saber o que se passa junto dos professores, porque temos a certeza que as escolas têm mecanismos para atuar de imediato. Te-mos que estar todos atentos, a família em primeiro lugar e as escolas, no sentido de perceber o que se está a pas-sar. A participação dos pais na vida escolar não deve ser só ir à escola quando o alu-

no se porta mal.

Admite existirem casos de bullying nas escolas do distri-to de Viseu?É evidente casos pontu-

ais. Felizmente nunca tive-mos nenhum caso crítico, e salientamos aqui projetos inovadores de escolas com boas iniciativas, por exem-plo, de receber os novos alu-nos, para eliminar todas as barreiras à entrada, criando bons laços entre colegas.

Os pais estão hoje mais pró-ximos ou mais afastados da escola?A escola tem que fazer

muito trabalho nesse sen-tido. A escola para ter os pais presentes tem que criar estratégias de modo a fazer com que os pais vão à escola, porque são muito poucos os casos em que os pais são chamados à esco-la para lhes darem os para-béns, normalmente os pais só vão à escola para ouvir dizer mal do seu filho e isto tem de mudar. Tem que haver uma mudança de cultura pedagógica, há já bons exemplos, mas as agregações, a própria lei, afastam cada vez mais os pais da escola. Agora, nós como pais temos que lá ir e este é um apelo que faço para o sucesso dos nossos filhos.

r Até há bem pouco tempo a Escola Viriato (secundária de Viseu) não tinha alunos para criar uma tur-

ma do 7º ano de escolaridade”

r [Com o aumento do número de alunos por tur-ma] os resultados que vão ser atingidos no final do

ano vão estar muito aquém da qualidade desejada. Este

é um problema grave”

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ANTIGOS ALUNOS DOS SEMINÁRIOS DA DIOCESE DE VISEU VOLTAM A REUNIR

A Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Dio-cese de Viseu volta a juntar antigos colegas numa confraterniza-ção anual que aconte-ce no terceiro sábado de setembro e já dura há 31 anos.

Este ano, o encon-tro dos antigos alunos decorre dia 21 de se-tembro, feriado muni-cipal de Viseu e que, por isso, terá uma di-nâmica especial como anuncia a organiza-ção: “Vamos aprovei-tar para reviver, tro-car ideias, conviver como pessoas às quais um passado mais ou menos comum dá um sentimento de pre-sença, de comunida-de que celebra tempos, acontecimentos, luga-res, pessoas que dei-xaram marcas na sua vida”.

Sob o lema “traz um amigo também”, o en-contro do dia 21 está marcado para as 9h30, com uma receção no Seminário Maior de Viseu. Às 10h30 é ce-lebrada a t radicio -nal eucaristia e, uma hora depois, decor-re um percurso cultu-ral com visita à expo-sição “Ícones Russos” patente no Museu Grão Vasco. Nos Claustros do Seminário Maior vai ser servido um almo-ço de confraternização. Para a tarde está agen-dada a assembleia ge-ral da Associação dos Antigos Alunos dos se-minários da Diocese de Viseu, terminando o encontro anual com um dão de honra servi-do às 16h30.

Os interessados de-vem confirmar a pre-senta através do email: [email protected], ou pelos números 960084039, 965766943, 966466411 e 968750163. EA

A associação Mangual-dense de proteção de ani-mais abandonados Gruma-pa, Grumapa, promove sába-do, dia 14, a partir das 17h00, na praia de Mangualde Live Beach ,um conjunto de ativi-dades com vista à angaria-ção de fundos para os seus hóspedes de quatro patas.

A abrir o evento, um des-file canino. Segundo Filipa Guerra, presidente da insti-tuição, o objetivo é que “cães e donos desfilem juntos”. O convite é aberto a todos os cães, sejam de raça ou não,

“até porque ao contrário do que acontece neste tipo de desfiles aqui não serão ava-liadas as características físi-cas dos animais, mas sim a cumplicidade entre estes e os donos”, afirmou.

A eleição da miss e do mis-ter Grumapa, é outra das ati-vidades, mas aqui os amigos de quatro patas ficam na plateia. Trata-se de um desfi-

le divertido para todas as ida-des, ficando a seleção das pe-ças de roupa, tanto das crian-ças como dos adultos a cargo de lojas e marcas locais.

A animação será asse-gurada pelo cantor Tiago Cunha, escola de dança IAM, Leonor Albuquerque e grupo de dança, Marco Gaio dj Marques e os Alma Lusa.

Os presentes também te-rão a oportunidade de se inscrever num sorteio soli-dário onde entre outros pré-mios poderão ganhar uma estadia no Algarve. MC

A cidade de Viseu, vai acolher esta quinta e sex-ta-feira, a Gala 6thEuro-peanGreenwaysAwards que se realiza pela primei-ra vez em Portugal. O Ho-tel Montebelo irá receber nesses dias representan-tes de ecopistas de vários países europeus. Trata-se de um evento organizado pela Associação Europeia de Vias Verdes que visa galardoar as ecopistas que mais se destacaram nos úl-timos dois anos e aconte-ce este ano em Portugal no âmbito da Ecopista do Dão, através de uma candidatu-ra ao evento da Comunida-de Intermunicipal Viseu, Dão Lafões (entidade ges-tora da Ecopista do Dão).

O objetivo é promover exemplos de boas práticas, o desenvolvimento destas infraestruturas e a sua uti-lização por um maior nú-mero de pessoas.

Na Gala vão ser entre-gues os prémios a cerca de 20 instituições nas catego-rias de “excelência” e “ini-ciativas exemplares”. A Eco-pista do Dão candidatou-se ao prémio “excelência”.

O presidente da CIM Dão Lafões, Carlos Mar-ta disse na conferência de imprensa de apresen-tação do evento que está confiante que a Ecopista do Dão irá ser galardoada, na medida em que é hoje uma das melhores ecopis-tas europeias.

Segundo Carlos Marta, a ecopista do Dão é, nesta altura, “a maior do país”, ocupando 49,2 quilóme-tros do antigo ramal fer-roviário do Dão, nos con-celhos de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão. Na sua opinião, há boas hipó-teses de vencer o prémio, “não só pelo piso, mas também pelos equipa-mentos e infraestruturas à volta”.

O vice-presidente da Câ-mara de Viseu, Américo Nunes, anunciou que, aten-dendo à grande procura que a ecopista tem nas zonas mais urbanas, a mesma será prolongada em dois quiló-metros na capital de distri-to, desde o Parque Urbano da Aguieira “até ao Fontelo, aproveitando também as in-tervenções Polis”.

Carlos Marta avançou que, beneficiando da pre-sença de representantes de várias instituições em Viseu, no dia seguinte à entrega dos prémios vai decorrer um seminário para discutir a criação de produtos turísticos à volta das ecopistas. Para o tam-bém presidente da Câma-ra de Tondela, no próximo quadro comunitário de apoio, “a ecopista do Dão terá oportunidade de ter recursos financeiros para fazer a respetiva interna-cionalização, promoção e divulgação”.

Carlos Marta conside-rou que a Gala 6thEuro-peanGreenwaysAwards é por isso um evento “signi-ficativo para Viseu e para a região”.

“O objetivo é trazer gen-te para os nossos territó-rios. Está provado que os turistas que vêm às nossas ecopistas têm um excelen-te valor acrescentado, um excelente poder de com-pra”, concluiu.

Emília [email protected]

Ecopistas europeiasrecebem prémios em ViseuNovidade ∑ Gala reune representantes de ecopistas de vários

países e acontece pela primeira vez em Portugal

A “6thEuropeanGreenwaysAwards” decorre hoje e amanhã no hotel Montebelo

Foi inaugurada, no passado dia 4 , a nova ponte pedonal sobre o rio Pavia. Esta estrutura permi-te a ligação entre o parque da Feira de S. Mateus e a Rua Serpa Pinto, próximo do atual edifício do Orfeão de Viseu. A obra protótipo foi inaugurada pelo presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, na presença de entidades locais e nacionais. A contrução da estrutura resultou da colaboração entre a Viseu Novo e uma equipa de investigadores do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa.

foto legenda

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A Filipa Guerra, presidente da Grumapa

Grumapa promove festa de angariação

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REGIÃO | VISEU | TONDELA

Educação alimentar

Opinião

A educação alimentar é um processo de apren-dizagem com notório im-pacto nas sociedades. Em termos mundiais, e segun-do os recentes dados di-vulgados pela FAO, é pos-sível afirmar que ¼ das crianças sofre de má nu-trição. A mesma fonte es-tima que 26% das crianças do mundo se encontram subnutridas, 2 mil milhões de pessoas sofrem de de-ficiências de um ou mais micronutrientes e 1,4 mil milhões tem excesso de peso. Destas, 500milhões são obesas.

Em Portugal, no ano de 2012, foram sinalizadas 13 mil crianças com necessi-dade alimentar. O progra-ma PERA (programa es-colar de reforço alimentar), com impacto ao nível do pequeno-almoço, resultou da estreita colaboração dos Ministérios da Educação e da Igualdade e Seguran-ça Social e de um alargado conjunto de entidades que colaboraram nesta iniciati-va. Empresas como Jumbo, Sumol+Compal, Danone, Jerónimo Martins, Lactogal, Nestlé, Dia, Lidl. E.Leclerc cuidaram de doar bens ali-mentares. Nesta iniciativa, foram consumidos 17 mil iogurtes/semana, 28 mil pacotes de leite/mês, 23 mil doses de farinhas ali-mentares, 30 mil pacotes de sumos e néctares/perí-odo e pão, felizmente aos milhares. A empresa de transportes Luís Simões, SA tratou de fazer chegar os alimentos às escolas e empresas do Grupo Portu-cel, Soporcel, Colomer Por-tugal, BP e Lions Club su-portaram muitos dos pe-quenos-almoços servidos.

Este louvável esforço teve como resultado final a melhoria do rendimento de 50% dos alunos benefi-ciados. Uma aposta ganha que importa repetir.

A par desta profícua ini-ciativa, durante os vários períodos de férias (Natal,

Páscoa e Verão) muitas escolas abriram também as suas cantinas para ser-vir almoços aos seus estu-dantes. Uma iniciativa que merece ser aplaudida.

Se o problema da falta de alimentos, que gras-sa em muitas famílias, é uma enorme ferida nacio-nal a que muito acodem, o excesso de peso da po-pulação estudantil é uma chaga que tende a aumen-tar. Segundo a plataforma contra a obesidade infan-til, 32% das crianças entre os 7 e os 9 anos têm ex-cesso de peso e 14% são já consideradas obesas. Num estudo realizado em 2012, no universo da população estudantil, foi também possível apurar que apenas 2% ingere fru-ta fresca diariamente.

A ser assim, talvez seja premente melhorar a for-mação ministrada aos alu-nos a nível alimentar, no sentido de alterar e melho-rar o seu comportamento. O tema da alimentação nas várias vertentes, as experi-ências a desenvolver com alimentos, o domínio das suas diferentes cores, sa-bores e odores, o apodera-mento da gastronomia lo-cal e a correcta utilização dos diferentes ingredien-tes e nutrientes na confec-ção são experiências que se interessa implementar e cimentar nas escolas.

A ligação à terra, o de-senvolvimento rural, as vi-sitas às explorações agríco-las locais devem também fazer parte desta aprendi-zagem. Esta será provavel-mente uma das maneiras de reeducar a sociedade em termos alimentares e de melhorar as pontes com os agentes económi-cos de cada região, a fim de preservar o nosso patri-mónio gastronómico ím-par a nível mundial, que a não ser assim fica irreme-diavelmente perdido.

Boa alimentação, bons resultados.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

INCÊNDIOSTondela. O Governo apro-vou uma resolução que autoriza oito municípios afetados pelos incên-dios ocorridos na serra do Caramulo e em Picões (Bragança) a recorrer ao Fundo de Emergência Municipal. Estes municí-pios vão agora poder re-correr ao fundo de emer-gência municipal, assim como pedir empréstimos para fazer face aos pre-juízos.Segundo dados provisó-rios divulgados no pas-sado domingo pelo Jornal de Notícias, As chamas que lavraram durante mais de duas semanas destruíram 60% da Ser-ra do Caramulo (mais de nove mil hectares), nos concelhos de Vouzela, O l ive i r a de F r ade s , Águeda e Tondela. Neste incêndio morreram qua-tro bombeiros.A autarquia de Tondela anunciou que já foi acti-vado o Fundo de Emer-gência Municipal, que vai compensar a população pelos prejuízos do fogo, depois de feito o levanta-mento pelo Instituto Na-cional de Estatística. EA

ESPANCADO Viseu. Um homem de 32 anos foi agredido por populares e entregue à GNR de Viseu, por suspeita de fogo posto. O homem, lituano, foi surpreendido perto da meia noite de sexta fei-ra junto a uma fogueira que terá provocado o in-cêndio florestal em Al-margem no concelho de Viseu. De acordo com a GNR, o fogo só não teve maiores proporções de-vido à intervenção dos populares e dos bom-beiros. Desde o início do ano, o Comando Territorial de Viseu já identificou 60 pessoas suspeitas de in-cêndios f lorestais quer por negligência quer por dolo. EA

Na Casa da Calçada, uma das famosas casas senho-riais de Viseu, localiza-da em pleno centro his-tórico, nas traseiras do Museu Grão Vasco, vai nascer em breve um nú-cleo museológico dedi-cado aos Keil do Amaral, uma família com fortes ligações a Viseu, que tem vindo a marcar a cultura portuguesa ao longo de seis gerações.Para tal a Câmara Muni-cipal de Viseu e a família Keil do Amaral acabam de assinar um protoco-lo. Nesse documento a família Keil do Amaral disponibiliza ao municí-pio, por um prazo de 20 anos, um vasto patrimó-nio artístico com cole-ções ímpares, entre elas uma coleção de instru-mentos musicais do com-positor Alfredo Keil, a se-

gunda mais importante do país, que poderá futu-ramente ser vista na Casa da Calçada. “O municí-pio prepara-se para ceder parte do edifício que se irá transformar em mu-seu”, acrescenta a nota descritiva da autarquia.O edifício do século XVIII (1757), classifica-do como imóvel de inte-resse público em 1978, foi adquirido pela autarquia no início do ano por 260 mil euros. Atualmente apresenta sinais de de-gradação, devendo ago-ra sofrer obras de reabi-litação orçadas em 500 mil euros.Naquele espaço vai po-der ver-se uma exposi-ção permanente com um vasto espólio artístico de seis gerações da família, e apreciar exposições temporárias.

No museu serão recor-dados 12 membros da família, todos eles figu-ras que se destacaram no mundo das artes, tais como Alfredo Keil, - pintor, musico, com-positor, autor da músi-ca que seria mais tarde feita hino nacional de Portugal, - o arquiteto Francisco Pires Keil do Amaral, que participou na assinatura do proto-colo e vai acompanhar as obras de reabilitação do edifício, e a bailarina Leonor Keil casada com o coreógrafo, Paulo Ri-beiro, atualmente res-ponsável pelo desenvol-vimento de projetos de âmbito pedagógico na escola Lugar Presente em Viseu.

Emília [email protected]

Casa senhorial vira núcleo museológicoViseu ∑ Família Keil do Amaral e autarquia celebram protocolo

A Casa da Calçada, imóvel de interesse público, foi comprado pela autarquia

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REGIÃO | ENTREVISTA

A convite estritamente pes-soal de um amigo, Jorge Aze-vedo, o arquitecto Álvaro Lei-te Siza veio a Viseu, com a arquitecta Inês Ribas conhe-cer de perto a realidade do Centro Histórico da cidade e dos espaços envolventes. Desde o Mercado 1 de Maio – obra de seu pai, o arquitec-to Siza Vieira – até às ruas Direita e Formosa, Sé, Pra-ça D. Duarte, etc., Álvaro Leite Siza teve oportunida-de de ver, apreciar critica-mente e delinear algumas estratégias possíveis para a revitalização/recuperação dos espaços em causa. Fo-ram seis horas passadas a ver, conhecer e a falar. O Jor-nal do Centro deixa o apon-tamento…

Depois deste passeio pela Zona Histórica de Viseu, pe-las ruas Direita e Formosa, depois de termos visitado a Sé e o espaço envolvente, que comentários lhe ocor-rem sobre esta zona e seu potencial?

É muito bonita. Tem uma carga histórica forte. Hou-ve uma construção em épo-cas remota expressiva. Gos-taria de me situar primei-ro no contexto desta visita. Conheço o Jorge Azevedo há alguns anos e há mui-to tempo já tínhamos fala-do de aspectos inerentes a esta cidade. Um deles pren-deu-se com certo descon-tentamento existente com alguma apatia que se tem verificado, por exemplo, em relação ao comércio e outros pontos muito im-portantes da cidade e que agora, com a descentraliza-ção, os centros comerciais, o crescimento periférico, etc., têm atraído grande parte da população e têm tornado aquela região his-tórica e monumental me-nos movimentada. Para que não caia numa situação de núcleo fantasma, tive algu-mas conversas com o Jor-ge e vim aqui para sentir tudo isto, mais uma vez. Já conhecia a cidade e agora vim ver que hipóteses have-ria para poder revitalizar e dar a dignidade que merece a todo este centro. É neste papel de amizade e de desa-fio levantado através deste amigo já de longa data, que

venho aqui ver, ouvir e pen-sar sobre o futuro.

Aquilo que viu e ouviu per-mitiu-lhe formar uma pri-micial opinião? Vamos ima-ginar este cenário: pegue na Rua Direita e revitalize-a, redignifique-a. Que lhe ocorre de momento para um incipiente trabalho?Antes de mais quero referir que compreendo a descen-tralização e a comodidade dos centros comerciais. É um conceito contemporâ-neo com muitas vantagens: o estacionamento, o ar cli-matizado, os espaços co-bertos. Há muitas pessoas que nem sequer lá vão para comprar e dinamizar o co-mércio. Vão passear. É mui-to cómodo. É preciso inver-ter isso. O que é preciso é criar expressão, chamadas de atenção que possam vol-tar a sugestionar as massas e a população de forma a revitalizar o espaço, como é pretendido, mas, por exem-plo, é importante o estacio-namento mas sem criar im-pacto e conflito. Depois, é importante também, para mim, preservar o patrimó-nio, classificá-lo e sobretudo estabelecer regras para que não haja subversões, para que aquilo tenha e mante-nha a dignidade subjacente. Entretanto poderia haver uma ideia arrojada em re-lação à criação de alguma comodidade semelhante à que existe nos centros co-merciais, para além do es-

tacionamento, que permi-tisse, também no inverno e noutras épocas do ano, uma facilidade de circulação e de utilização.

Está a falar concretamente em zonas cobertas?

Falou-se nisso. É uma ideia que surgiu e poderia ser possível, mas sem interfe-rir radicalmente, que não asfixiasse e não causasse problemas a alguns mora-dores existentes. Por ou-tro lado, era qualquer coisa que permitisse premiar a luz e não descaracterizas-se. Uma intervenção que não desvirtuasse mas que resolvesse os problemas práticos de utilização. Em relação a questões progra-máticas, é importante que se estabeleçam ali pólos dinamizadores e centra-lizadores de pessoas, para além do comércio, criado-ras de alguma dinâmica e animação, de forma a que as pessoas queiram espon-taneamente vir ou voltar.

Foi a primeira vez que viu, in locu, a recuperação do antigo Mercado Municipal, obra de seu pai?

Foi a primeira vez.

Qual foi a impressão visual que lhe provocou?

Acho que está muito bem. Os edifícios, a cor, a pintu-ra, etc., tem um ar muito ro-mântico. Está muito depu-rado, de caixilharias, etc. Não desvirtua o tradicio-

nal. Está muito contextua-lizado. Mas as coisas não se revitalizam apenas pela in-tervenção em desenho, pelo respeito, pela sensibilidade. É preciso um suporte pro-gramático forte, que puxe investidores e empresários para o local de forma a que as pessoas venham. Se for uma obra muito bem feita, por si só, as pessoas vão vê-la, acham muito interessan-te, sentem, depois, se não houver um funcionamento adequado, acabam por ser visitas ocasionais e acaba por poder desertificar. É o que me têm dito. Não tenho acompanhado o que se tem factualmente passado em relação à animação daque-le espaço. Mas tendo sido um mercado e ignorando para onde terá ido o merca-do original, considero ar-riscado e perigoso retirar essa utilização original, que tinha uma força tradicional e um impacto muito gran-de na cidade, acontecendo que as pessoas se descen-tralizam para o outro es-quecendo-se daquele. É um risco grande. Aquilo que vi adaptava-se à possibilidade de voltar a trazer o merca-do da cidade para o centro, para aquele local. Não vejo porque é que ele terá que ser descentralizado, mas isso já é um outro debate. Mas não esqueçamos ain-da que muitas pessoas que viviam no centro histórico passaram a ir viver para as periferias. Se dantes ali ha-

via muitos moradores que, rapidamente e num passeio bonito a pé iriam fazer as suas compras, neste mo-mento, vivendo na perife-ria, não vão para o centro. Se há os centros comerciais nas periferias, porque é que o mercado tradicional não se há-de manter no centro? Podia ser interessante. Mas atenção… estou aqui de visi-ta e a falar de questões que teriam de ser muito estuda-das para evitar riscos para os próprios comerciantes do mercado. Tinha que ser ponderada por consultores, gente ligada a cestas maté-rias.

Do conhecimento que tem de Viseu acha-a uma cidade com potencial para fazer grandes coisas em termos de arquitectura urbana?

Acho que sim. Mas tam-bém não é preciso gastar muito dinheiro para se to-marem grandes posições. É uma questão de se terem boas ideias, porque a cida-de, por si só, tem um po-tencial enorme. Depurar, restaurar, etc., seria o mote. Viseu tem-se expandido, tem crescido muito. É uma cidade com uma certa au-tonomia, também, com um sentido de comunidade for-te… há pois que revitalizar e dar dinamização ao cen-tro histórico. Não venho dar ideias de gastar mui-to dinheiro. Estamos num contexto económico difícil, mas com ideias, com dis-

cussão, criatividade, debate com muitas pessoas, poder-se-ão fazer coisas positivas e sobretudo algumas que possam inverter algumas estagnações que estejam a acontecer, do ponto de vista urbanístico, nesta cidade. O património é aquilo que te-mos de mais valioso e nem sempre há uma consciência muito lúcida em relação a estes aspectos e é de gran-de responsabilidade preser-vá-lo bem. Não fazer coisas pouco reflectidas. Viseu cresceu muito e está a pa-decer dos problemas que se têm levantado noutras cidades maiores e da mes-ma dimensão. A cidade co-meça a ter consciência da responsabilidade que exis-te perante a sua carga his-tórica original sendo pois preciso pensar sobre esta problemática também le-vantada em muitos outros centros urbanos…

Mas, Viseu tem salvação?Espero que tenha. Isso tem a ver não só connosco arqui-tectos, com o nosso ofício, o desenhar, estruturar, en-quadrar, proporcionar, etc., mas tem a ver também com a classe política, os empre-sários. Estamos cá todos e temos de nos relacionar uns com os outros para conse-guir fazer as coisas bem. Os políticos têm aqui um papel de grande responsabilida-de, porque independente-mente das cores, todos eles devem ter uma consciência clara para estabelecer re-gras precisas, regulamentos, etc., sem grandes extrapola-ções, para preservar a essên-cia das coisas. Preservar a identidade e regulamentar a expansão, obviando a pres-sões no sentido de desvirtu-ar, descaracterizar e até des-truir. Eles são os decisores. Havendo regras sérias, coe-rentes, bem pensadas, trans-versais, com bons técnicos na retaguarda, torna-se mais difícil estragar, tirar digni-dade. Vivemos no presente mas não é possível avançar para o futuro sem uma cons-ciência lúcida do passado. Daí decorre uma inspiração que nos possa projectar no futuro, inovando.

Paulo Neto

Álvaro Leite Siza Vieira e o Centro Histórico de ViseuPa

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AUTÁRQUICAS | REGIÃO

A coordenadora nacio-nal do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, es-teve presente em Viseu, no passado fim de semana, du-rante um comício do parti-do onde foram apresenta-das publicamente as ideias dos seus candidatos à União das Freguesias de Viseu (Luís Mouga Lopes), à As-sembleia Municipal (Carlos Vieira) e à presidência da Câmara Municipal de Viseu (Manuela Antunes).

Catarina Martins criticou duramente o presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que rejeita uma leitura nacio-nal dos resultados destas eleições autárquicas, lem-brando quem é o candida-to apresentado pelo Partido Social Democrata (PSD).“Há nas eleições autárqui-

cas do dia 29 de Setembro, naturalmente, uma leitura nacional. Aqui em Viseu sa-bem-no bem: têm um can-

didato que estava no Go-verno e que depois saiu do Governo para ser candida-to autárquico. Não sei se ele quer fazer de conta que não tem nada a ver com o que se está a passar no País mas, eu julgo que ele não engana ninguém”, disse.

Numa i nter venção marcada pela confiança, a líder bloquista lembrou a

“responsabilidade” das pró-ximas eleições autárquicas:

“as primeiras eleições realiza-das depois de vinda da troika” quando, referiu, são conheci-das as propostas do “Luís, do Carlos e da Manuela”.

Dirigindo-se aos bloquis-tas, Catarina Martins subli-nhou: “Apenas daremos a volta se estivermos presen-tes. Cada um e cada uma que não estiver presente não fará nada para sair da crise, pelo contrário, resig-na-se a um País que empo-brece”, lembrou.

Nas eleições autárquicas de 29 de setembro vão dis-putar votos em Viseu, para além de Manuela Antunes (BE), Almeida Henriques (PSD), José Junqueiro (PS), Hélder Amaral (CDS/PP) e Francisco Almeida (CDU). PM

Bloco de Esquerda lembrou o passado de Almeida Henriques

A A poucos dias da rea-lização das eleições autár-quicas das quais sairá o pró-ximo “senhor” da Praça da República, o candidato do PS à presidência da Câma-ra de Viseu, José Junqueiro, aumentou a pressão, mu-dou todos os cartazes de campanha e determinou o rumo que quer ver seguido pela sua equipa.“As pessoas estão far-

tas de quezílias. As pesso-as têm problemas e aquilo que as pessoas esperam de nós é que esta equipa possa responder aos seus anseios. Aquilo que fazemos aqui é isso mesmo: estamos a res-ponder aos seus problemas em concreto, estamos a fa-zer aquilo que as pessoas querem”, disse.

José Junqueiro, o homem a quem António José Se-guro incumbiu a tarefa de

“conquistar” o coração do chamado Cavaquistão, res-pondeu a Fernando Ruas que recentemente tinha fei-to mira ao PS.“Ao presidente da Câmara,

Fernando Ruas, eu gosta-va de dizer com estima que,

apesar de perceber essa in-quietação, o juízo de valor que faz sobre se o PS mere-ce ou não merece estar na Câmara de Viseu, quem vai decidir sobre isso não será ele, serão as pessoas, serão todos os viseenses”, frisou.

Até ao fim da campanha eleitoral, “nesta etapa que agora começa”, as priori-dades de José Junqueiro centram-se em quatro ei-xos nos quais promete não dar tréguas aos seus adver-sários: “Criar indústrias e fixar empresas, Viseu na rede de municípios fami-liarmente responsáveis, um concelho com uma escola do 1º ciclo a tempo inteiro, Economia Social, inova-ção, empreendedorismo e governar bem ouvindo as

pessoas.Já Manuel Maria Carrilho,

presidente da Comissão de Honra da candidatura

“Mais emprego, melhor fu-turo”, lançou aquelas que considera ser “as ideias importantes” sobre o mo-mento, sobre a oportunida-de destas eleições e sobre o significado nacional que é necessário “fixar, reter e in-sistir” nestas últimas “três semanas de combate”.“Nós temos hoje aqui reu-

nidas três coisas fundamen-tais: temos um bom progra-ma, temos uma boa equi-pa e temos uma liderança forte. É, portanto, altura de concretizar esta possibili-dade que a democracia nos oferece… De mudar”, con-cluiu. PM

Junqueiro insistenas prioridades para Viseu

No intuito de conhecer melhor a realidade em-presarial no concelho de Viseu, Hélder Amaral levou a cabo, na passa-da semana, uma série de visitas na companhia do vice-presidente e Euro-deputado do CDS-PP, Diogo Feio.

“Hoje com a ajuda do eurodeputado Diogo Feio, que tutela a área da economia e do siste-ma financeiro no Parla-mento Europeu, viemos conhecer as dificulda-des de investimento no interior, viemos ao en-contro de dois ou três exemplos de empresas que se conseguiram in-ternacionalizar e vie-mos conhecer o outro lado”, salientou.

Depois de ter consta-tado que “a autarquia é pouco sensível aos pro-blemas das empresas”, o candidato do CDS-PP à Câmara de Viseu quer revolucionar a forma de

agir do município para a qual preconiza um “sim-plex autárquico”.

“Muitos dos empresá-rios com quem falámos hoje referiram isto: nun-ca encontraram na au-tarquia de Viseu, nun-ca encontraram no atu-al executivo camarário, qualquer clima ou sen-timento que propicias-se o investimento. […] É esta a proposta que te-mos para a cidade: um simplex autárquico”, sustentou.

Hélder Amaral subli-nhou que, defender este simplex é “ser radical-mente contra qualquer aumento de impostos” ao mesmo tempo que, sublinha, a autarquia deve reduzir todas as taxas municipais.

“Se a Câmara tem boa saúde financeira isso tem que ser útil para as empresas, têm que tra-zer consequências posi-tivas para a vida dos vi-

seenses”, destacou.Ainda numa empre-

sa de congelados da ci-dade, o eurodeputado Diogo Feio destacou a experiência e o tra-balho do candidato na vertente económica ao mesmo tempo que, dis-se, “sempre defendeu Viseu acima de tudo e se bateu pela defesa do interior”.

“Algo que o Hélder Amaral sempre me dis-se e que eu hoje notei com muita pertinência foi que não basta ter in-fraestruturas: é impor-tante que elas existam no concelho mas é hoje preciso dar-lhes renta-bilidade. A autarquia e as empresas não devem estar de costas voltadas. O município deve facili-tar na burocracia, deve facilitar nos licencia-mentos, deve estar ao serviço da economia”.

Pedro Morgado

Hélder Amaral visitou empresas do concelhoCDS ∑ Candidato centrista quer que Viseu seja uma autarquia

“amiga” do investimento

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economia

A Finiclasse, em Viseu, já tem disponível a nova Mercedes, Sprinter.

Potente e fiável, esta nova gama, é mais do que um veículo, apresen-ta-se como um verdadei-ro parceiro.

A mais recente gera-ção do Sprinter faz jus-tiça à sua histórica de li-derança em termos de inovação e surpreende novamente com os siste-mas de segurança, moto-res que cumprem com as normas Euro VI e com baixos consumos de combustível, bem como um design verdadeira-mente marcante.

O novo Sprinter é líder nas inovações de segu-rança e dispõe de um le-que variado de sistemas de assistência à condu-ção.

Este é o primeiro ve-ículo comercial ligeiro com assistente de ven-to lateral de série, ati-vo a partir dos 80km/h,

mantendo a viatura na faixa de rodagem, quan-do o veículo é exposto a fortes rajadas de vento lateral.A collision pre-vention assist, suporta o condutor em caso de travagem de emergên-cia através da assistência BAS PRO, que fornece a força de travagem neces-sária para evitar a coli-são, se possível (ativo a partir dos 30km/h).

O assistente de ângulo morto, suporta o condu-tor nas mudanças de fai-xa de rodagem aumen-tando a segurança. For-nece um aviso óptico na forma de um sinal ver-melho no espelho exte-rior, assim que se encon-trem veículos dentro do respetivo ângulo morto. Adicionalmente é emiti-do um aviso acústico, as-sim que o condutor igno-ra o óptico e liga o respe-tivo pisca (também ativa partir dos 30 km/h.

O assistente de faixa

de rodagem, fornece avi-so óptico e acústico em caso de passagem aci-dental por cima da mar-cação da faixa de roda-gem, reconhecida pela camara multifunções no para-brisas do veícu-lo. Pode ajudar a evitar acidentes, por exemplo, causados por pequenas distrações (ativo a par-tir dos 60 km/h). Por fim, o assistente de má-ximos permite uma me-lhor condução noturna e aumenta o nível de segu-rança. Dependendo do trânsito assegura a me-lhor iluminação possí-vel da estrada. Previne o encandeamento pelos máximos dos restantes utilizadores da estrada. Torna a vida do condu-tor mais facilitada uma vez que liga e desliga os máximos automatica-mente. Disponível com faróis de Halogénio e Bi-Xenon. Ativo a partir dos 35 km/h.

Novo Sprinterna FiniclasseMercedes∑ Líder nas inovações de segurança e dispõe de

um leque variado de sistemas de assistência à condução

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A empresa Viseu Novo -,Sociedade de Reabilitação Urbana de Viseu está a mo-dificar, desde julho e até fi-nal de setembro, algumas montras, pertencentes à sua zona de intervenção no cen-tro histórico da cidade.

A iniciativa decorre até ao final deste mês de setembro no âmbito do projeto “Viseu Tradicionalmente… a Inovar Montras”. A ideia é “melho-rar a sua ornamentação, re-aproveitando os produtos inerentes de cada estabele-cimento comercial”, revela a Viseu Novo numa nota à imprensa.

No mesmo comunicado a empresa adianta que o obje-tivo final é “contribuir para uma maior atratividade, no que diz respeito aos espaços intervencionados e às ruas, possibilitando à população,

uma fruição mais apelativa dos locais”.

No plano de atuação es-tão selecionadas 10 montras. Durante o mês de agosto fo-ram intervencionadas qua-tro vitrinas devendo o pro-cesso estar concluído até fi-nal do mês.“Durante a implementação

do projeto, [que conta com a colaboração de uma técnica de design para a concretização do plano de atuação] verificou-se que al-gumas lojas não possuíam, por exemplo, qualquer logo-

tipo alusivo à imagem iden-tificativa dos referidos esta-belecimentos, o que fez com que a Viseu Novo trabalhas-se nesse sentido, acrescenta a Viseu Novo.

No processo de interven-ção dos espaços, “ tem ha-vido o cuidado de ser man-tida a preservação da ima-gem (tradicional) das lojas, dando um toque de inova-ção aos mostruários, por forma a sensibilizar os lo-jistas a disporem, de forma mais apelativa, os seus pro-dutos”. EA

Projeto da Viseu Novo inova montras

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16 Jornal do Centro12 | setembro | 2013

Page 17: Jornal do centro ed600

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

Centro Interpretativoacaba de nascer em Nelas

A primeira pedra do Centro Interpretati-vo da Vinha e do Vi-nho do Dão (CIVD) que se vai chamar “Nelas Wine & Culture – Lu-sovini by Pedra Cance-la”, foi lançada na pas-sada sexta-feira. Um in-vestimento de cerca de 1,5 milhões de euros da distribuidora de vinhos portugueses Lusovini sedeada na antiga adega de Nelas, que tem como objetivo atrair turistas nacionais e internacio-nais à região ao recupe-rar os principais perío-dos da história vinícola do Dão.

“Esse é que é o gran-de desafio, trazer turis-tas. Há muitas camas disponíveis na região, em excesso. Se conse-guirmos fixar as pesso-as por uma noite é valor agregado que cá fica. A região ganha e os nos-sos vinhos também”, justificou o presidente do grupo Lusovini, Ca-simiro Gomes.

OCIVD – que deve-rá estar a funcionar em 2015 e prevê empre-gar cerca de 25 pesso-as numa primeira fase – vai ser construído num

armazém da década de 60 pertencente às insta-lações da antiga adega de Nelas, que a Lusovi-ni comprou para insta-lar a sua sede. Este será “adaptado com elemen-tos contemporâneos e com acessibilidades, com a gastronomia , com os produtos re-gionais, mas muito as-sente nas novas tecno-logias”, com a ajuda de professores universitá-rios, adiantou Casimiro Gomes, lembrando que embora o vinho e a vi-nha sejam o centro da atenção, não serão es-quecidas outras ativi-dades da região, nem as suas gentes.

A Lusovini exporta 75% da atividade em-presarial, é a princi-pal distribuidora de vi-nhos portugueses para os mercados lusófonos, sobretudo Angola e Bra-sil, e ainda para os mer-cados do Norte da Euro-pa, dos Estados Unidos da América e asiático. A maioria dos vinhos que distribui resulta de par-cerias entre a empresa, produtores e enólogos portugueses. No Dão, o destaque vai para os vi-nhos Pedra Cancela, do produtor e enólogo João Paulo Gouveia.

Emília [email protected]

Vinho do Dão∑ Atrair turistas nacionais e internacionais à região

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Insolvência de Pessoas Singulares

Consultório Jurídico

A actual crise económi-ca e financeira tem-se tra-duzido no sobreendivida-mento das famílias portu-guesas. Trata-se de uma realidade demasiado pre-sente no nosso dia-a-dia e que tem levado muitos ci-dadãos a questionar se o pedido de insolvência pes-soal será a melhor solução a adoptar.

Pelo que, através do pre-sente artigo, procuraremos descortinar o conceito de “Insolvência de Pessoas Singulares”, bem como ex-plicar os seus efeitos.

A insolvência traduz-se na incapacidade das pes-soas poderem honrar os seus compromissos finan-ceiros.

A apresentação à insol-vência ou o pedido de de-claração desta faz-se atra-vés de uma petição escri-ta, apresentada junto do Tribunal competente, na qual são expostos os fac-tos que integram os pres-supostos da declaração requerida. Assim, o de-senvolvimento deste pro-cesso poderá seguir um de dois caminhos: a apre-sentação de um plano de pagamentos aos credores ou o pedido da “exonera-

ção do passivo restante”.O primeiro consiste na

negociação com os respec-tivos credores de um pla-no de pagamentos, ou seja, traduz-se numa verdadei-ra reestruturação do pas-sivo (dívidas) do devedor, que deverá acautelar devi-damente os interesses dos credores de forma a obter a respectiva aprovação. Caso o referido plano seja apro-vado pelos credores, o juiz procederá à sua homologa-ção por sentença, cumprir-se-á o disposto no mesmo e declarar-se-á a insolvência do devedor.

O segundo, e no pres-suposto de não ter sido aprovado e homologado um plano de insolvência, consubstancia-se na pos-sibilidade dada ao deve-dor de ser exonerado do pagamento dos créditos sobre a insolvência que não forem integralmente pagos no decorrer do res-pectivo processo, ou, nos cinco anos posteriores ao encerramento daquele. Por outras palavras, o de-vedor, enquanto pessoa singular, poderá obter uma segunda oportunida-de de vida, perdoando-se todas as dívidas que não

foram pagas ao longo da-queles cinco anos. No en-tanto, existem dívidas das quais o devedor não fica desonerado, tendo de as liquidar, nomeadamente: os créditos por alimentos; os créditos por multas, coimas, créditos tributá-rios, entre outros créditos que se encontram previs-tos na Lei.

Por fim, é importante que se perceba que a “exo-neração do passivo res-tante” não é um regime ao qual se possa e deva recorrer de ânimo leve. Pelo contrário, para que o insolvente possa bene-ficiar do mesmo torna-se necessário, entre outros, que aquele não tenha cau-sado de uma forma cons-ciente sérios prejuízos aos credores, ou seja, é conve-niente que o seu compor-tamento se tenha alicer-çado na base da seriedade e boa-fé no que concerne à origem da sua situação económica.

Emanuel SimõesAdvogado

[email protected]

∑ A abertura da Feira do Vinho do Dão, em Nelas ficou marcada este ano pela homenagem feita ao enólogo Fer-nando Guedes, o líder da segunda ge-ração da família fundadora da Sogrape, mas também pela assinatura de um pro-tocolo entre a Comissão Vitivinícola Re-gional do Dão (CVRDão) e a Comuni-dade Intermunicipal (CIM) Dão Lafões com vista à implementação da Rota do Vinho do Dão.

Já em 2000 tinha havido uma tentativa de pôr de pé o projeto que não vingou.

Desta vez a Rota do Vinho do Dão, um investimento de perto de 400 mil euros, vai contar com uma comparticipação de 85% do Fundo Europeu de Desenvolvi-mento Regional (FEDER) sendo o res-tante suportado pela CIM Dão Lafões e pela CVRDão em partes iguais. “A en-trada da CIM Dão Lafões permitiu que a comparticipação do FEDER aumentasse de 70% para 85%”, esclareceu o presiden-te da CIM, Carlos Marta.

Sendo o Dão a única região demarcada que ainda não tem uma rota a funcio-nar, o presidente da Comissão de Coor-denação e Desenvolvimento Regional do Centro, Pedro Saraiva considerou ser “um contributo válido” ao lembrar que “o vinho não se esgota naquilo que é como produto, mas em vários ingre-dientes que conjugados só podem cor-rer bem”. EA

Nova tentativa para implementar a Rota do Vinho do Dão

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A Lançamento da primeira pedra decorreu após a abertura da Feira do Vinho do Dão

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ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

Programa “estágios-emprego”

Clareza no Pensamento

Uma oportunidade para jovens desempre-gados e entidades pro-motoras.

A Por ta r ia nº 2 04-B/2013, de 18 de Junho, veio criar a Medida Es-tágios-emprego, que substitui os programas anteriores no âmbito dos estágios profissio-nais. Não dispensando a leitura da Portaria , pretende-se apresentar, neste trabalho, os aspe-tos mais relevantes do referido diploma que entrou em vigor em 18 de Julho de 2013.

Destinatários: jovens com idades compreendi-das entre os 18 e 30 anos e a inda pessoas com mais de 30 anos, desde que verificados certos requisitos.

Tipos de estagiários: a) Jovens com idades

compreendidas entre os 18 e os 30 anos, inclusi-ve, inscritos como de-sempregados no IEFP e que sejam detentores de uma qualificação de ní-vel 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 do QNQ (reproduzido no quadro final);

b) Pessoas com ida-de superior a 30 anos, desempregados, à pro-cura de novo emprego, no IEFP, desde que te-nham obtido há menos de três anos uma quali-ficação de nível 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 do QNQ e não te-nham registos de remu-nerações na Segurança Social nos doze meses

anteriores à entrada da candidatura;

c) Jovens entre 31 e 35 anos, inclusive, inscri-tos como desemprega-dos no IEFP e que sejam detentores de uma qua-lificação de nível 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 do QNQ , no caso de estágios na agri-cultura.

Podem ser dispensa-dos dos níveis de qua-lif icação referidos no QNQ:

a) As pessoas com defi-ciência e incapacidade;

b) Os desempregados que integrem família monoparental;

c) Os desempregados cujos cônjuges ou pes-soas com quem vivam em união de facto se en-contrem igualmente de-sempregados, inscritos no IEFP.

Entidades promotoras: podem candidatar-se ao programa pessoas sin-gulares ou coletivas de direito privado, com ou sem fins lucrativos, as autarquias locais, as co-munidades intermuni-cipais e as áreas metro-politanas, e ainda as en-tidades que integram o setor empresarial do Es-tado ou o setor empresa-rial local.

Duração do estágio: o estágio tem a duração de 12 meses não prorro-gáveis.

Bolsa de estágio: O va-lor da bolsa de estágio

difere consoante o nível QNQ a saber:

Nível 2: 419,22€Nível 3: 503,06€Nível 4: 544,99€Nível 5: 586,91€Níveis 6, 7, 8: 691,71€

Os estagiários podem ainda usufruir do subsí-dio de alimentação, sub-sídio de transporte e ain-da de seguro de acidentes de trabalho.

Apoio às entidades: A comparticipação do IEFP, para as entidades promo-toras é em regra de 80%. No entanto, poderá atin-gir os 100%, para o pri-meiro estagiário ou os 10 primeiros estagiários, em várias situações, nomea-damente o pedido de es-tágios até 31/12/2013, que se enquadrem em certas áreas, ou no caso de se tratar de IPSS.

A pa r t i r de 2 0 1 4 a comparticipação para to-das as entidades passará a ser de 80%.

Candidaturas: As enti-dades candidatas ao pro-grama “Estágios-Empre-go”, devem ter a sua situa-ção regularizada perante a Administração Tributá-ria e a Segurança Social.

As candidaturas devem ser efectuadas através de submissão electrónica, no Portal Net Emprego, do I E F P.

José Manuel OliveiraDocente do Instituto Politécnico de Viseu

[email protected]

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

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O centro comercial Forum Viseu está este mês a comemorar o oi-tavo aniversário. Para assinalar a data decor-re de amanhã (dia 13) até domingo o evento “Moda ao cubo”.

O objetivo é apresen-tar, de uma forma origi-nal e diferente, a nova coleção outono/inver-no, das lojas presentes no Forum.

Durante três dias , quatro cubos gigantes transparentes estão ex-postos na Alameda do Forum Viseu. Em três destes cubos, os mode-los exibem as coleções. Cada cubo é apadrinha-do por uma figura pú-blica. Pedro Guedes, Ricardo Guedes e Kelly Baron que estão no res-petivo cubo. Já o quarto cubo será dedicado aos aconselhamentos de moda (fashion adviser, maquilhagem, cabelos), para que os visitantes possam gratuitamente, obter os melhores con-selhos para estarem na moda.

Bárbara Guimarães

será a apresentadora de serviço, ficando a animação musical a cargo da DJ Isabel Figueira.

O primeiro dia de moda, tem início às 17h00 (com o DJ Set de Isabel Figueira), pelas 18h00, Moda ao Cubo com Ricardo Guedes, Pedro Guedes, Kelly Baron e a apre-sentadora Bár-ba ra Gui ma-rães. O even-to termina às 22h00. No sá-bado, das 15h00 às 19h00, Kelly B a r o n , a D J Isabel Figuei-ra e o momen-to fashion advi-ser (conselhos

de moda). Do-mingo é a vez de

Ricardo Guedes, com animação de I s a b e l F i g ue i -

ras e sessão de consultadoria.

Micaela Costa

Forum Viseucomemora aniversário “vestido” a rigorModa ao cubo∑ Evento recebe caras conhecidas como Bárbara Gui-

marães, Ricardo Guedes, Pedro Guedes, Kelly Baron e Isabel Figueira

∑ O Forum Viseu prolongou, até 30 de setembro, a oferta de duas horas de estacionamento (iniciativa, que começou no mês de maio). O Forum oferece duas horas em que os visitantes podem passear, ir ao cinema ou fa-zer as suas compras, sem terem de se preocupar com o valor do parque de estacionamento. Esta iniciativa não é possível de acumular com outras ofertas do parque de estacionamento existentes.

Estacionamento gratuito até ao fim do mês

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18 Jornal do Centro12 | setembro | 2013

Page 19: Jornal do centro ed600

desportoFutebol - Taça de Portugal

Equipas de Viseu já conhecem adversários

Realizou-se na passada segunda-feira, 9 de setem-bro, o sorteio da segunda eliminatória da Taça de Portugal.

Os jogos, marcados para

o próximo dia 22, colocam frente-a-frente Académico de Viseu - Nogueiren-se, Lusitano - CF Benfica, Tondela - Torres Novas e Estarreja - Cinfães. MC

Liga 2 CabovisãoP J V E D GMGS

1 Moreirense 13 6 4 1 1 14 42 Leixões 13 6 4 1 1 10 23 FC Porto B 13 5 4 1 0 7 34 Tondela 12 6 4 0 2 10 85 Chaves 12 6 4 0 2 8 116 Penafiel 11 5 3 2 0 5 17 Sp. Covilhã 9 5 3 0 2 7 48 SC Braga B 9 5 3 0 2 7 69 Atlético CP 8 5 2 2 1 5 710U. Madeira 7 5 2 1 2 5 511Portimonense 7 5 2 1 2 8 512Santa Clara 7 5 2 1 2 4 313Benfica B 6 5 1 3 1 8 614Sporting B 6 5 2 0 3 4 715Marítimo B 5 5 1 2 2 3 416Desp. Aves 5 5 1 2 2 2 417Ac. Viseu 4 6 1 1 4 4 818Oliveirense 4 5 1 1 3 2 619Beira-Mar 3 5 0 3 2 6 920Trofense 3 6 0 3 3 3 621Feirense 3 6 0 3 3 2 822Farense 2 6 0 2 4 1 8

Desp. Aves 0-1 FC Porto BMarítimo B 0-0 FeirenseSC Braga B 3-2 Chaves

Penafiel 1-1 Benfica BLeixões 3-0 Sporting B

Portimonense 4-0 Atlético CPTrofense 1-1 Beira-Mar

Moreirense 0-1 UD OliveirenseTondela 2-1 U. Madeira

Sp. Covilhã 1-0 Ac. ViseuSanta Clara 2-0 Farense

Trofense - PenafielChaves - Sp. CovilhãFarense - Ac. Viseu

Oliveirense - TondelaFeirense - SC Braga B

U. Madeira - Marítimo BBeira-Mar - PortimonenseSporting B - Santa ClaraAtlético CP - Desp. AvesBenfica B - Leixões

FC Porto B - Moreirense

6ª Jornada

Camp. Nacional de Seniores - Serie D

P J V E D GMGS1 Lusitânia 6 2 2 0 0 2 02 S. João Ver 4 2 1 1 0 7 53 Lusitano FCV 4 2 1 1 0 7 54 AD Grijó 3 2 1 0 1 5 45 Cinfães 3 2 1 0 1 2 16 Cesarense 3 2 1 0 1 4 47 Anadia 3 2 1 0 1 5 68 Sp. Espinho 1 2 0 1 1 1 29 Bustelo 1 2 0 1 1 2 410Estarreja 0 2 0 0 2 2 6

Bustelo 1-1 Sp. EspinhoS. João Ver 4-4 Lusitano

AD Grijó 3-1 EstarrejaCesarense 4-2 AnadiaL. Lourousa 1-0 Cinfães

2ª Jornada

Sp. Espinho - CinfãesBustelo - S. João Ver

Lusitano FCV - AD GrijóEstarreja - CesarenseAnadia - L. Lourosa

3ª Jornada

5ª Jornada

O Académico joga este domingo no Algarve, em partida a contar para a sex-ta jornada da Liga 2 Cabo-visão, de futebol. A equipa de Viseu defronta o Faren-se, atual último classifica-do.

Os academistas viajam até ao sul do país com uma derrota na bagagem (per-deram em jogo antecipado da 7ª jornada por duas bo-las a uma frente ao Chaves) e sem direção.

António Albino, presi-dente do clube desde 2003, apresentou o pedido de de-missão no domingo passa-do, após o jogo com os fla-vienses.

Em causa estão de-sentendimentos entre a claque do Académico e a direção. Os acontecimen-tos remontam ao passado dia 25, no derby, Académi-co-Tondela. Nessa parti-da, a claque terá proferido cânticos ofensivos à equipa adversária que mereceram a desaprovação da direção academista e que levaram António Albino a um pe-dido de desculpas público

aos tondelenses. A claque, que não concordou com a postura assumida pelo ór-gão máximo do clube, re-cusou-se a acompanhar o Académico no jogo se-guinte, frente à Covilhã.

Os comportamentos, re-provados pela direção, in-cluem ainda lançamento de petardos, que custaram ao clube mais de 500 euros de multa.

Como penalização, foi decidido pela direção “cor-tar” com a oferta de convi-tes para os jogos aos mem-bros da claque. No passa-do domingo só entraram no estádio do Fontelo meia hora após o início da parti-da e fizeram-se acompa-nhar por tarjas onde podia ler-se “com ou sem convi-tes estamos vivos” e “sin-tam a diferença”.

Durante o jogo e tam-bém no final, foram ainda proferidos alguns cânticos que terão desagradado ao presidente do clube, que decidiu pedir a demissão, situação na qual foi acom-panha, de forma solidária, pelos restantes elementos

da direção. Em comuni-cado enviado às redações podia ler-se: “uma vez que não considera [António Albino] estarem reunidos todos os pressupostos fun-damentais para a sua per-manência no clube, pede de imediato a sua demis-são”.

O Jornal do Centro (JC) tentou contactar os mem-bros da claque, que preferi-ram não comentar o caso, remetendo-se ao silêncio.

O JC, sabe ainda que An-tónio Albino estará nesta altura no Algarve, mas para descansar.

Até ao fecho desta edi-ção nenhuma posição, que contrarie a atual decisão do presidente, foi conhe-cida. Ficando a dúvida se António Albino vai, ou não, comparecer em Faro, no jogo, como presiden-te do clube, ou mesmo se vai sentar-se na bancada, como simples adepto. A partida está marcado para as 11h15, com transmissão na Benfica Tv.

Micaela Costa

Futebol

Académicono Algarvesem direçãoDecisão ∑ Cânticos da claque irritaram presidente que pediu a demissão

A Claque protestou com tarjas e ccânticos “anti” presidente, no passado domingo

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Futebol Feminino - Taça de Portugal

Viseu 2001 vence Ferreirense

A e q u i p a d e f u t e -bol feminino do Viseu 2001 começou em gran-de na Taça de Portugal. Em jogo a contar para a 1ª eliminatória foi a Anadia vencer por 3-0 o Ferreirense.

Nesta ronda inicia l

faltam ainda ir a jogo 20 equipas, como jogos repartidos pelos dias 21 e 22 de setembro e 20 de outubro.

Este foi o primeiro jogo em competições of icia is desta época . MC

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DESPORTO

Pelo vigésimo sétimo ano consecutivo o Cen-tro Hípico de Viseu, a Câ-mara Municipal de Viseu e a Expovis - Promoção e Eventos, Lda., uniram es-forços para que em Viseu tivesse lugar uma prova equestre integrada no programa da Feira de S. Mateus.

O evento realizado no passado fim de semana nas instalações do Cen-tro Hípico de Viseu, na freguesia de Rio de Loba, contou com a presença de cerca de 100 cavaleiros, entre atletas federados e não federados, oriundos dos mais diversos pontos do País.

Conceição Azevedo, cuja vida foi desde cedo dedicada ao Centro Hípi-co de Viseu, projeto que ajudou a fundar, é um dos rostos por detrás da or-ganização deste festival equestre.

“Vieram cavaleiros de Vila Real, de Coimbra, de Oliveira de Azeméis e isso, como sempre, exi-giu de todos nós um es-forço acrescido, quer para aqueles que estive-ram empenhados nos jú-

ris, quer também os que participaram nas tarefas inerentes ao normal fun-cionamento do festival”, explicou.

A responsável destacou e enalteceu a este respei-to, “o apoio que a Câma-ra Municipal de Viseu disponibilizou na parte logística, na preparação dos campos, com mão-de-obra para a limpeza do terreno, para a monta-gem da bancada […] inde-pendentemente do facto de ser, ou não, um evento de dimensão nacional”, e o apoio financeiro que a Expovis concede a esta ação, apoios sem os quais “decerto a realização des-te evento não seria pos-sível”.

Depois das 26 edições do Concurso Nacional de Saltos Feira de São Mateus, uma prova nacio-nal de obstáculos aberta aos escalões federados, a escassez de apoios finan-ceiros angariados levou a organização a optar pela realização de um festival equestre.

“Este ano decidimos não fazer um concurso nacional porque encon-

tramos algumas dificul-dades em encontrar os apoios necessários, pa-trocínios por parte das empresas que neste mo-mento têm algumas difi-culdades, e optámos pela realização deste festival regional”, reconheceu.

“A realização de um festival hípico com esta configuração era a úni-ca opção viável para não deixar cair esta tradição” afirmou Conceição Aze-vedo, acrescentando que caso se optasse pela for-ma inicial, tal “implicaria sempre o pagamento de um prize money de cer-ca de 9 mil euros e todo um conjunto de despesas inerentes à deslocação do júri da Federação”.

Apesar da ausência de uma “almofada” financei-ra que permitisse a reali-zação do evento nos mol-des conhecidos, a orga-nização apostou forte e levou a cabo o tradicio-nal passeio equestre, re-alizado no sábado, e um domingo dedicado intei-ramente à prova de obs-táculos.

Foi neste derradeiro dia de provas que, logo pela

manhã, os jovens talen-tos oriundos das escolas deste centro hípico fede-rado, “naturais da cidade de Viseu, da Guarda, de Oliveira de Frades, de Oli-veira de Azeméis”, mos-traram a sua mestria nas provas de varas no chão, prova de 50 cm, prova de 80 cm e prova de 1 m.

“Realizamos todos os anos uma prova para os miúdos inscritos na nos-sa escola, não federados, para lhes dar uma opor-tunidade de mostrarem aquilo que aprenderam ao longo do ano, antes de se iniciarem nas provas federadas”, salientou.

Dentro do leque da oferta formativa que as escolas do Centro Hípico de Viseu disponibilizam aos seus alunos, a respon-sável salientou a preocu-pação social que “move todo este projeto” espe-cialmente no que toca à “componente da hipote-rapia que, dispondo de técnicos com formação adequada, se concretiza nos inúmeros protoco-los já estabelecidos com entidades como a Asso-ciação Portuguesa para

as Perturbações do De-senvolvimento e Autismo (APPDA), a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão De-ficiente Mental de Viseu (APPACDM) e a Escola do Sátão”.

“Esta relação que as crianças estabelecem com os animais, este trabalho de equipa com o profes-sor, com os colegas desta escola, o fazer determina-das tarefas que não pas-sam só pelo saltar, o sa-ber como se aparelham os cavalos, constitui, no meu entender, um passo decisivo para a formação destas crianças enquanto pessoas”, frisou.

Manuela Figueiredo, que montou o cavalo “Wolkar Itapuã”, foi a pri-meira classificada na pro-va Expovis que terminou no tempo de 60,14 segun-dos.

Já na prova rainha, a prova de obstáculos Câ-mara Municipal de Viseu, António Matos Almeida sagrou-se campeão com os tempos de 76,56, 77,69 e 77,07 segundos.

Pedro Morgado

Festival ∑ Apesar da falta de apoios, instituição de Viseu fez cumprir a “tradição

Hipismo

Centro Hípico de Viseu recebeu Festival Equestre Feira de S. Mateus

Porquê escolheste o

hipismo?

Eu escolhi o hipismo porque a minha mãe já praticou esta modalida-de e também porque eu, desde pequena, adoro cavalos.

Há quanto tempo pra-ticas esta modalidade?

Eu pratico hipismo há cerca de dois anos, des-de os sete anos de ida-de.

Vais continuar? O que

queres ser quando cres-

ceres?

Claro que sim. Quan-do crescer quero ser equitadora.

Ficaste contente com a

classificação que obti-

veste hoje?

Sim. Mas, mais im-portante foi ter aqui toda a minha família neste dia.

Bruna Soares9 anos

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Page 21: Jornal do centro ed600

MOTORES | DESPORTO

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Foram milhares os visitantes que, no passado fim-de-semana, subiram à Serra do Caramulo para assistir a mais uma edição do Caramulo Motorfestival. Este ano o evento teve um contorno especial pois esteve associado à angariação de fun-dos para a reflorestação da Serra do Caramulo, chegando mesmo a prestar uma homenagem aos bombeiros que combateram os incêndios, fazendo uma subida da rampa com alguns bombeiros e crianças na centenária auto-bomba Delahaye de 1913. Este ano o Prémio João Lacerda 2013, um prémio de carreira com o nome do fundador do Museu do Caramulo, distinguiu Ernesto “Nené” Neves. O Jornal do Centro marcou presenta nesta 8ª edição e falou com algumas figuras deste Motorfestival. Rui Veloso, o pai do rock português, foi o convidado deste ano e subiu a Rampa do Caramulo ao volante do clássico Citroën DS “Boca de sapo”. Pedro Salvador, um dos pilotos com melhor currículo em provas de velocidade, sobretudo em provas de rampa, voltou a conquistar o primeiro lugar na Rampa do Caramulo (Campeonato de Portugal), no seu Juno CN 11. Sofia Mouta é a única mulher a participar na prova de montanha, ao volante de um BMW 320i. MC

Milhares no Motorfestival

Habituado a vencer, o que é

que ainda o motiva?

Quando aquilo que nos move não é só o estar pre-sente, mas sim a paixão pe-los automóveis e pelas cor-ridas, já é uma boa motiva-ção. Há um desafio enorme que para mim não tem a ver com concorrência, tem a ver comigo mesmo, gosto de fazer sempre mais e me-lhor, bater os meus tempos e a vitória é a consequência disso mesmo.

Está habituado a ganhar no

Caramulo. Está é uma prova

que tem um significado es-

pecial?Tem. O Caramulo é uma

das principais provas da época, mesmo que não faça o campeonato de monta-nha faço questão de estar sempre presente, porque tem um ambiente único. O traçado em si não é nada de especial, mas todo o am-biente é fantástico. É ótimo ver que de ano para ano está a crescer.

Como se ganha o gosto pelo

desporto automóvel?

Não sei explicar. É um bi-chinho que nasce connosco e que depois vamos alimen-tando. É um desporto com-plicado, quando depende-mos de patrocínios, mas tentamos fazer sempre o melhor para que confiem em nós.

Predro SalvadorPiloto

O que a motiva a marcar

presença num desporto

que se diz de homens?

Ser mais rápida do que eles [risos]. Desde pequena que sempre gostei deste desporto e no que toca aos corre-dores homens são sem-pre muito atenciosos.

Já não é uma estreante

nesta prova...

Estive no ano passado com este carro [BMW 320i], há dois anos com um Ford Sierra e há quatro com um Peuge-ot 306. É uma prova que gosto bastante, sobretu-do pelo ambiente. O tra-çado também é fantás-tico, é pena este ano es-tar meio queimado mas vamos todos contribuir para reflorestar o Ca-ramulo, através de do-ações. Mas todo o espe-táculo que o Caramulo envolve é extraordiná-rio. Por mim fazia dois Motorfestival por ano.

Um desporto que não vai

abandonar...

Estamos já a traba-lhar para a próxima época, não neste car-ro, porque a habituação não foi fácil. Mas espero poder continuar e que os patrocinadores man-tenham a conviança em mim.

Sofia MoutaPiloto

Esta é a primeira vez que

vem ao Caramulo Mor-

torfestival. O que está

a achar? Estou a gostar bas-

tante. O ambiente é fantástico, estou a conhecer o espaço, mas é sem dúvida um evento de referência do mundo automó-vel . Frequento vá-rios eventos, conhe-ço várias pessoas do mundo automóvel e sempre tive um gran-de contacto com este “mundo”.

Faz-se acompanhar de

um “Boca de Sapo”.

Porquê a escolha deste

carro?Por acaso não fui

eu que escolhi, foi herdado de família. Cresci com ele, gos-to bastante do carro e agora resta-me tratar bem dele.

Rui VelosoCantor

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Jornal do Centro12 | setembro | 2013

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Page 22: Jornal do centro ed600

especial Feira de São Mateus 2013

Dia 12 (Quinta-feira) 2.5€Palco 1(22h00) Mónica FerrazDia 13 (Sexta-feira) Palco Luz(15h00) Atelier: Horta

pedagógica(máximo 15 crianças)Palco Água6ª A MEXER (organização Ffitness

Health Club)(18h00) Aula de Zumbatomic

(crianças dos 4 aos 12 anos)(19h00) Aula de Jiu-Jitsu

(crianças e adultos)(21h00) Mega aula de body

combat(22h00) Demonstração de

fitness e dançaPalco 1(22h00) Música GospelDia 14 (Sábado) 2,5€Palco Luz(18h00) Apresentação do livro

“Arnaldo Malho - O poeta do ferro” de Alberto Correia

Palco 1(22h00) Miguel ÂngeloDia 15 (Domingo) 2,5€Palco Luz(15h00) Atelier: Artes criativas

(máximo 15 pessoas)Palco 1(22h00) Sons do Minho

Dia 16 (Segunda-Feira) Palco Luz(15h00) Patinho PAF (máximo 20

pessoas)Palco 1(22h00) Dado em si(23h00) Banda PlayDia 17 (Terça-feira)Palco 1(22h00) Coro MozartPalco Luz(23h00) 3ª da Luz: Filho da MãeDia 18 (Quarta-feira)Palco 1(22h00) Fernando Pereira -

“Prof.s & Stores”Palco 1

(22h00) 4ª FNAC: Tape JunkDia 19 (Quinta-feira)Palco 1(22h00) Orquestra de Acordeãos

de ViseuPalco Água(23h00) 5ª do rock: Even Time

e Vício MDia 20 (Sexta-Feira) 5€Palco Água(20h30) Desfile-concurso Mini

Miss Feira de S. Mateus (dos 3 aos 6 anos; 7 aos 11 anos e 12 aos 18 anos)

Palco 1(22h00) Richie CampbellDia 21 (Sábado) - Dia do

Município de Viseu(10h00) Igreja de Nossa Senhora

da Conceição - Missa Solene em honra de S. Mateus e procisão

(11h30) Salão Nobre dos Paços do Município - Sessão Solene Dia do Municipío

(13h00) Almoço do pessoal da Câmara Municipal de Viseu e Serviços Municipalizados

(21h30) XIII Encontro de coros de S. Mateus

Palco 1(22h00) Micaela / Zé do PipoDia 22 (Domingo)(16h00) Festival de Folclore - CCD

500(21h00) Tuninha da Associação

de Chãos

Programa SemanalDe 15 a 21 de agosto

A pouco mais de uma semana para o final da 621ª edição da Feira de São Mateus “queimam-se os úl-timos cartuchos”. Quem ainda não foi aproveita para visitar uma das mais antigas feiras do país, quem já foi re-gressa ao recinto para fazer as devidas despedidas.

Pelos três palcos já pas-saram centenas de artistas, percorrendo os mais varia-dos estilos, do fado, ao po-pular, do hip-hop ao rock. Carminho, Tony Carreira, Expensive Soul, Luis Re-presas, Quim Barreiros e

Pedro Abrunhosa, foram algumas das caras da músi-ca portuguesa que subiram ao palco principal da Feira de São Mateus. Pelo palco Luz e Palco Água, os esti-los alternativos e as músicas do mundo ofereceram noi-tes de verdadeira animação, aos milhares de presentes ao longo do certame.

Mas, porque a feira não é só animação musical, mui-tas foram as atividades de-senvolvidas ao longo de 45 dias e 44 noites de festa. Desporto, exposições, ate-liers, mostras de produtos

tradicionais, banda dese-nhada e muito mais, fize-ram as delícias dos visitan-tes.

A pouco mais de uma semana, ouvem-se os úl-timos artistas, visitam-se pela última vez as várias “barraquinhas” ou des-fruta-se de um petisco na zona da restauração.

Mónica Ferra z , que sobe ao palco esta noite (dia 12) e Miguel Angelo (sábado), fazem parte do pro-grama para

este fim-de-semana.Richi Campbell, consi-

derado o maior cantor de reggae português da atu-alidade, é, nesta reta final, um dos mais aguardados a subir ao palco da Feira de São Mateus. Sexta-feira, dia 20, o menino bonito do re-ggae e soul, não vai deixar

de cantar temas como “That’s How We

Roll”, “Get With You” ou “Blame It On Me”.

Richi Cam-

pbell tem no seu currículo nomes como Kimani Mar-ley (filho do Bob Marley), com quem já gravou, abriu o concerto de Nas & Da-mien Marley, no pavilhão Atlântico (atual Meo Are-na) e encheu o Campo Pe-queno no concerto com o internacional Alborosie. Agora é a vez de Viseu re-ceber um dos mais promis-sores músicos português da atualidade.

Micaela Costa

621ª edição∑ Certame termina a 22 de setembro. Ainda sobem ao palco Mónica Ferraz, Miguel Angelo e Richie Campbell

Feira na reta final

A Richie Campbell sobe ao palco dia 20 de setembro

Enquadrado na programação desportiva da Feira de São Mateus, decorreu no passado sábado, dia 7, o XIX Torneio Futebol Veteranos de Viseu.

As equipas participantes foram a Associação Ve-teranos de Viseu, União Desportiva da Tocha e Ve-teranos SAD - Évora.

Saiu vencedora a formação da Tocha (de equipa-mento preto na foto) que levou para casa o troféu de mais um torneio que tem como objetivo incentivar a atividade física e promover a saúde e bem-estar, as-sim como o convívio.

foto legenda

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Page 23: Jornal do centro ed600

culturas

A nova temporada do Teatro Viriato começa já na próxima sexta-feira, dia 20. Ao palco sobe uma comédia criada a partir da famosa rede social Face-book, (o espétaculo repe-te no sábado, dia 21, pelas 21h30).

“O Grande Salão” é um espetáculo-cabaret, que se aproveita de comments, diálogos e emo-ticons ex-pressivos.

Festivo, descartável e fugaz, mas também um espaço de reflexão, de purga e lamentação, este é um salão onde todos en-tram sem bater à porta. E quem não entra é porque

teima em ficar de fora.“O Grande Salão” é um

lugar-manifesto para al-guns, para outros um

“muro das lamentações” dos tempos modernos.

Apresenta-se como um spot de voyeurs, de ati-vistas e românticos, mas também de apoca-lípticos e de cínicos.

O objetivo é construir um discurso sobre este espetáculo que é o mun-do, usando a poética e po-lítica.

“O Grande Salão” é um ato criativo coletivo com direção cénica de Martim Pedroso.

Esta peça, a par de mais

cinco, são as estreias para este quadrimestre do Te-atro Viriato. Como su-blinhou Paulo Ribeiro, diretor-geral e de pro-gramação do Teatro, na apresentação de mais uma temporada este é um “momento inédito”, na medida que este es-paço cultural nunca an-tes tinha apostado “numa plataforma tão alargada de estreias”. Sustentando esta decisão no facto de “a cidade ser menos conser-vadora” e ter um público mais curioso, mais crítico e mais exigente.

Micaela Costa

D “Reality” no Cine Clube de ViseuAs sessões do Cine Clube de Viseu estão de regresso. No grande ecrãn, na próxima terça-feira, dia 17, “Reallity”, de Matteo Garrone, um dos filmes-sensação do ano.

roteiro cinemas Estreia da semana

Paranoia – Um intenso thriller sobre os bastidores da “alta-ro-da” da tecnologia, e de um mun-do fatal de ganância e fraude.

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 13h50, 16h20, 18h50, 21h20, 00h05* Elysium (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 17h10, 19h30, 21h50, 00h10* R.I.P.D. - Agentes do outro Mundo(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 16h50, 19h10, 21h40, 00h20*

A Gaiola Dourada(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h00, 18h20Gru - O mal disposto 2 2D VP (M6)

Sessões diárias às 21h20, 23h45 ( 6ª e Sáb.)Dá & Leva (M16)

Sessões diárias às 14h10, 16h30, 18h40Aviões VP (M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h10, 23h50* Mestres ilusão (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 16h40, 19h00, 21h30, 00h00* Paranoia(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 14h10, 17h00, 21h10, 00h10* Ataque ao poder (M12)

Sessões diárias às 15h00, 17h40, 21h00, 23h40* Armas e Perigosas (M12)

Sessões diárias às 13h10, 15h20, 17h30, 19h40, 21h50, 00h00*Ronaldo o bárbaro(M16) (Digital)

Sessões diárias às 11h10*(*Dom.), 14h00, 16h30Os Smurfs 2 VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 19h00, 21h30, 00h05*

Trip de Família(M16) (Digital)

Sessões diárias às 11h00*(*Dom.), 13h50, 16h10, 18h30, 21h40, 00h15* A Gaiola Dourada(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 17h20, 00h20* O Mordomo(M12Q) (Digital)

Legenda: *sexta e sábado; **exceto sexta e sábado

expos Destaque Arcas da memória“Avatares da memória” – Um

singular álbum de retratos

A propósito de um novo livro de Jaime Gouveia

“Avatares da memória”!Chamei ao livro um “Ál-

bum de Retratos” e foi assim que eu o li, a mesa de traba-lho por regaço, página a pá-gina lentamente desdobra-da. E “espelho de Alice” eu senti que o livro era.

Uma mágica porta cerra-da sobre as costas e depois, como fantasia, uma aldeia, e outra, e outra, algumas fei-tas vila, todas pertença do Município de Moimenta da Beira, Terras do Demo ou suas margens, e as suas lu-minosas paisagens ofere-cendo-se sobre vigilantes cerros, arejados altiplanos, planície tranquila ou cor-renteza de rio.

Carapito, Alvite, Rua, Vilar ou Granja do Paiva e o claro entendimento que nos fica da rusticidade do casario das que pousam mais na serra ou do cuida-do lavor dos canteiros das que se plantaram no vale, das ondeantes veredas tre-pando escarpas e outeiros ou dos caminhos de pé pos-to na direitura do chão, dos pinheirais que as ventanias agitam ou dos renques de fruteiras que medram nas terras baixas, da ardoro-sa luta na conquista de um chão de lavrar ou na posse feliz das úberes terras que se cavam com menos suor.

Terras de homens que chamaram pátria sua a es-tas terras, desde as orcas, desde os castros, desde que

as estradas romanas as atra-vessaram, desde que os an-tigos reis as libertaram de usurpadores.

Terras que seus filhos guardam ainda como he-rança, reserva da memória dos pais de mil maneiras guardada. Lendas, rifões, dialecto, muros que agasa-lharam hortas ou revelado-res da existência de caste-lo esboroado, torre de igreja ou convento, marco de pos-se, forno de pão, pelourinho, bicas de fonte, cruzeiro, al-minhas, ofício de pastor ou saber-fazer de cesteiro.

Jaime Gouveia percorreu todos os caminhos das al-deias, os velhos e os novos, interrogou velhas memó-ria e desenhou-lhes, às ter-ras povoadas, um retrato de corpo inteiro, tal e qual como se faz com os retratos dos avós, retrato não de bar-ro, como Javé fez no Paraíso, mas de palavras e como Javé soprou sobre a sua criatura e o seu verbo, a sua escrita com dourada pena infundiu a este corpo, a este livro, a alma que o habita e que só descobrirá quem o vier a ler com o coração.

Álbum de Retratos. E rotei-ro de viagem que também é.

Antologia será sempre. Porque são clássicos estes textos. Quer dizer, serão sempre modernos. Para ler.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

“O grande salão”abre temporadaTeatro Viriato ∑ Dia 20 e 21 (pelas 21h30) sobe ao palco uma comédia criada a partir da rede social, Facebook

VISEU

∑ Multiusos da Feira de S.

Mateus

Até 22 de setembro, XVIII

Salão Internacional de Ban-

da Desenhada do GICAV.

VISEU

∑ Galeria de Exposições

do IPDJ

De 2 a 27 de setembro,

exposição de pintura de

Daniel Barreiros “Metamor-

phósis”.

RESENDE

∑ Museu Municipal

Durante o mês de setem-

bro, exposição de fotografia

“Sensibilidades” da autoria

de Eduardo Pinto.

SANTA COMBA DÃO

∑ Casa da Cultura

Até 7 de setembro, expo-

sição fotográfica “A Flor

da Pele”, de Alexandre

Sampaio.

TONDELA

∑ Mercado Velho

Setembro, exposição de fo-

tografia “Olhares”, o mais

recente projecto de

Fernando Costa.

A A peça tem direção cénica de Martim Pedroso

DR

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Page 24: Jornal do centro ed600

culturasOpinião

A Rua Formosa. As Memórias de Aquilino

Quando Aquilino Ri-beiro desce pela primeira vez a Viseu no já adianta-do ano de 1902 vestindo tão só roupagens de ser-ra, a cidade que primei-ro anteviu da alongada estrada que trazia, vinda dos rumos de Nascente, e que mais tarde descre-verá, evocando essa me-mória antiga, na Geogra-fia Sentimental, oferecia-lhe o impressivo recorte das torres da Sé, da Igre-ja da Misericórdia, do pe-sado negrume do antigo Colégio, a crista da cida-dela de onde se despren-dia a mancha escura dos telhados, o branco dos muros caiados, um xa-drez incerto que mal dei-xava perceber o labirín-tico correr das ruas, das quelhas, das vielas com escaleirinhas, das quin-tãs que ainda havia. Mas, nesse tempo, a cidade ha-via ganho uma diferen-te face que olhava a Sul a lonjura de outra serra, a da Estrela, face confi-gurada a um mais largo chão onde se desenhara o traçado ortogonal dos arruamentos que cres-ciam entre o S. Martinho e o Baixo Massorim.

Os Paços do Concelho, de tão recentes que a pa-tine do tempo os não to-mara ainda, erguiam-se a deslado, no velho Rossio de Mansorim e, gerando uma nobilitada face ao Passeio de D. Fernando, extremavam esta man-cha de uma fervilhante cidade nova, burguesa e mercantil, e dali partia, ao jeito de um moderno decumanus, a rua que fora chamada de Maria Pia, celebrando Augus-ta Rainha de Portugal e que o novo regime polí-tico, uma vez implanta-do em 1910, faz designar, por deliberação da Co-missão Administrativa do Senado reunida em 20

de Outubro e presidida por António Barroso Pe-reira Vitorino, Rua For-mosa.

Mítico lugar, a Rua Formosa, cujas portas se abriam, rompendo ao Sul, levando à estrada que o fontismo rompera em 1868, entre a austera arquitectura do Grémio de Viseu e o magnificen-te edifício do Banco de Portugal implantado en-tre os anos de 1921 e 1930 com risco do arquitecto João de Moura Coutinho P. C. L. de Almeida d’Eça num trajecto de singu-lar interesse onde era marca maior a graciosa construção do Mercado 2 de Maio com a obra-prima do seu portão de ferro forjado e o edifício do Banco Nacional Ul-tramarino com projecto assinado pelo arquitec-to Ernesto Korrodi, duas memórias que agora apenas podem colher-se num álbum de retratos.

Porta a porta abre-se uma história, mágico es-pelho de Alice que leva a confins do tempo, pas-sos marcados na poeira dos anos que às vezes se perdem porque deixou de haver o jeito dos ve-lhos contadores.

De fresca memória lembra-se ainda o Café Rossio, pouso de estu-dantes que quase anda-vam para doutor, de co-merciantes com negó-cio endinheirado, do

“chá frio” que às senho-ras se servia. Mais longe o Santa Cruz, e a tertú-lia que reunia nos seus fundos, a Pastelaria San-tos e a sua larga vidraça de matar curiosidade, a

“Cova Funda” que não fi-cava longe, o Café Bijou, a Pensão Rambóia onde pousaram volframistas, o Horta, como se dizia, inaugurador do bolo-rei, das castanhas de ovos

vendidas em caixinhas, do chocolate quente ao chegar da meia tarde. E o Banco Agrícola e Indus-trial Viseense, a Farmá-cia Confiança, a Olivei-ra, a Alfaiataria Acadé-mica que também teve o nome de Alfaiataria Pi-rolito, o Depósito de Ta-bacos da Família Can-to Moreira, a Chapela-ria Lis de tanta fama, a Ourivesaria Brinca que ainda se guarda na famí-lia, o Girão, o João Paulo, os Lanifícios, o Germa-no, apaixonado mestre da fotografia, um engra-xador, o polícia sinaleiro e a ida e vinda das mu-lheres com cestos carre-gados e os seus pregões que se ouviam, vindos do Mercado e o borborinho da gente nas manhãs de terça-feira que Aquilino Ribeiro assimilou ao re-moinho do Chiado.

Venham por alturas de

Setembro, escreve Aqui-lino nas “Arcas Encoira-das”, que encontram a Rua Formosa, o seu Chia-do, coalhada de forastei-ros. Em certos dias tem-se a impressão de que Lisboa se mudou para ali. Os ca-fés regorgitam, nas ruas não há lugar onde estacio-nar mais um carro. Santo Deus, que vem fazer tan-ta gente? Pois, espairecer e admirar as várzeas, os monumentos, Viriato, o Museu Grão Vasco, tro-car duas larachas com o Mário Matos ou encomen-dar dois ferros de arte ao Arnaldo Malho.

Que das memórias de Aquilino se trata. A Rua Formosa sempre em seu caminho, rotinas familia-res cumpridas no Merca-do vizinho, D. Jerónima comprando guloseimas para o filho pequeno na Pastelaria Horta, e ali ao lado Mário Ferreira Ma-

tos estendendo amostras de fazendas num balcão.

Ao longo de anos de-morados que se esten-dem, que saibamos, de 1923 a 1963, Aquilino Ri-beiro mantém uma es-treita relação com Mário Ferreira Matos, de pro-fissão alfaiate, conhecido pela alcunha de “Piroli-to”, que a família há mui-to assumira, desconhece-se a razão.

Tem uma história lon-ga, por mais que dela não saibamos o princípio, esta relação entre Aquili-no e o seu alfaiate que se torna amigo, que se tor-na confidente, a avaliar pela súmula de mais de meia centena de cartas que Aquilino do mesmo guardou, datada a pri-meira de 12 de Janeiro de 1923, selada a última no ano de 1963, pouco ante-cedendo a data da morte do escritor.

Mário Matos ta lha sempre com mestria os fatos do amigo, desdo-bra, quando necessário, as desgastadas samarras que o filho mais velho usava, mais o pai, é me-diador na compra de cas-tanheiros que o escritor quer plantar na sua terra e de livros a outros ami-gos destinados, é visita habitual no pátio da Sou-tosa, é companheiro em visita à Lapa, e genero-samente recebe, dedica-dos, os livros do Mestre de que às vezes faz crite-rioso comentário.

Mário Matos, a sua ofi-cina, fronteira quase às antigas portas do Merca-do, torna-se, em Viseu, o marcado lugar de encon-tro de quantos devotam ao Mestre das Letras o apreço de que ele se tor-nara merecedor.

Francisco de Almei-da Moreia, José de Al-meida e Silva, Arnaldo dos Santos Malho, Cris-tóvão José Moreira de Figueiredo, Gilberto de Carvalho, José Coelho também, que Aquilino se lhe confessa devedor da cópia de importante ma-nuscrito, aparecem por ali quando uma voz cor-re anunciando que Aqui-lino Ribeiro vem ou vai para Soutosa ou desce à urbe nas demoradas es-tadias de Verão.

Rua Formosa. Ganhou foros de memória aque-le chão.

E ali o vemos agora, quem ele é por natureza, Homem da Escrita, a ca-neta ainda presa em sua mão, “enxada” lhe chama de tanto lavrar, o gesto franco de quem espera de porta aberta, o amigo que chegou. Ei-lo, dispo-nível para conversar.

Alberto Correia ** Com colaboração

de Sílvia Laureano Costa

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

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culturasD “Pinceladas Soltas” em Sátão

A exposição de pintura de Ilda Monteiro, com o nome de “Pinceladas Soltas”, decorre domingo, dia 15, às 15h00, na Casa da Cultura de Sátão.

Destaque

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O som e a fúria

Veneza,cinema e solidão

O júri presidido por Bernardo Bertolucci en-tregou o Leão de Ouro da 70ª Edição do Festival de Cinema de Veneza ao fil-me do italiano Gianfranco Rosi, Sacro Gra. Na revis-ta “Atual”, do último Ex-presso, há um artigo so-bre o Festival que aponta o dedo a um denominador comum a vários filmes ali apresentados: gente soli-tária. «É um tema visível no Festival (…) paradoxal-mente, a solidão humana emerge num universo hi-percomunicacional». Mas afinal, o que é este bicho-de-sete-cabeças? É uma incapacidade dos outros? De estarem para lá do que nós somos? De participa-rem da nossa identidade? Ou é uma incapacidade nossa? Uma coisa é certa: é um problema relacional e que nos domina sem que o queiramos.

Seria de esperar que a revolução tecnológica dos últimos tempos, pela fa-cilidade da comunicação que permite, tivesse sua-vizado também este sen-timento esquistoide do ser humano. Mas ele é tão íntimo que é inacessível, nem mesmo com o clique do “Isomething”. A comu-nicação humana não po-dia ser um esquema as-sim tao simples. É sobre isso que teoriza Domini-que Wolton quando refe-re ao fenómeno da “soli-dão interactiva” nas redes sociais. Podemos passar horas e dias na internet e, ainda assim, seremos in-capazes de ter uma ver-dadeira relação humana com quem quer que seja.

Aliás, bastava pensar naquelas situações em que nos sentimos sozi-

nhos ainda que rodeados de multidões e queremos, apesar de tudo, que nos iludam com a sua com-panhia, que se ponham a fazer lembrar situações já vividas e pessoas antigas para termos a sensação de que muita coisa continua acontecer, para nos con-vencermos de que estar-mos ali, rodeados daquela gente, é ter alguém. Valter Hugo Mãe escreveu um texto fabuloso intitulado «Medo do escuro» sobre isso mesmo.

A conclusão de Wolton tem que ver com o con-ceito do mesmo autor de

“sociedade individualis-ta de massa”, segundo a qual na comunicação oci-dental procuramos duas coisas verdadeiramente contraditórias: a liberda-de individual (herdámos do séc. XVIII) e a igual-dade através da inserção na sociedade (herança do socialismo). A internet é, neste contexto, liberdade individual. Na internet to-dos temos o direito de dar a nossa opinião (o que aca-ba por conduzir a um faci-litismo na troca de ideias, limitada a priori pela fal-ta de imediatismo); mas isso não significa comu-nicar. Porque, diz Wolton, se a expressão é uma fase da comunicação, a outra é o feedback por parte de um receptor e a negocia-ção que isso implica. En-fim, em algum momento do processo comunica-cional será preciso que as pessoas se encontrem fisi-camente – e aí reside toda a grandeza e dificuldade da comunicação humana.

Maria da Graça Canto Moniz

A Real Associação de Viseu, por mão do seu presidente Álvaro de Meneses e seus co-laboradores, em par-ceria com a Câmara Municipal de Viseu e o Cabido da Sé, le-vou a efeito, à seme-lhança do ocorrido no ano anterior, um concerto pelo Coro do Queen’s College de Oxford dirigido pelo maestro Owen Rees. “Este concer-to insere-se nas ac-tividades anuais da Real Associação de Viseu, nas suas acti-vidades também cul-turais e no âmbito das comemorações dos 500 anos do Fo-ral de Dom Manuel”, referiu-nos Álvaro de Meneses. Este even-to que decorreu na Sé de Viseu contou com numeroso público e com um programa rico de obras de Bach, Duarte Lobo, Manuel Leitão de Aviles, Jo-nathan Dove, David Bednall, Benjamin Britten e Eric Whit-tacre.

A título de curiosi-dade, o Queen’s Col-lege foi fundado em 1341, em homenagem à Rainha Philippa.

Este coro foi nome-ado para um Grammy pela sua participação na banda sonora do fil-me “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”.

Paulo Neto

Concerto pelo Corodo Queen’s College de Oxford

Paul

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em foco

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Festas de Mangualde foram um sucesso

Motorfestival devolve alegria ao Caramulo

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saúdesaúde e bem-estarColóquio nacional sobre pacemaker

A Associação Portuguesa de Portadores de Pacemakers e CDI’s (APPPC) escolheu a cidade de Viseu para reali-zar o VII Colóquio Nacional, marcado para domingo, dia 15, no auditório do Hospital S. Teotónio.

A abertura do encontro está marcada para as 10h30, seguindo-se a intervenção de David Moreira do servi-ço de cardiologia do Centro Hospitalar Tondela - Viseu (CHTV) sobre o tema “Por-tador de pacemaker: o an-tes, o durante e o depois”. Às 11h00, a especialista Anne Delgado também do servi-ço de cardiologia do CHTV aborda o tema “Viver saudá-vel com pacemaker: a impor-tância da prevenção”. Os tra-balhos contam ainda com a intervenção do cardiologista do CHTV, Luís Santos sobre a “Relação custo-benefício da

terapêutica elétrica cardía-ca”, com uma mesa redonda sobre o tema “o que nós sa-bemos que vos pode ser útil”, e com a palestra de Virgílio Chambel Coelho, presiden-te da assembleia geral da APPPC, sobre “O papel do associativismo, particular-mente da APPPC na conjun-tura atual portuguesa”. O en-cerramento do colóquio está previsto para as 12h30, com a intervenção do presidente da APPPC, António Gomes.

O Pacemaker é um trata-mento para ritmos cardíacos. A APPPC tem por objetivos promover e divulgar informa-ção sobre a utilização de Pa-cemaker e CDI’s, promover e fomentar o convívio entre os utilizadores e portadores, bem como realizar ações de formação, esclarecimento e bem-estar social em prol dos portadores. EA

Novo Centro de Saúdea funcionar em pleno

Entrou em funciona-mento na passada sexta-feira a urgência básica do novo Centro de Saúde de São Pedro do Sul, ficando assim a estrutura a fun-cionar em pleno. Na se-gunda-feira, o ministro da Saúde, Paulo Macedo inaugurou o novo equipa-mento que vai servir per-to de 17 mil utentes e as-segurou que toda a popu-lação do concelho dispõe já de médico de medicina geral e familiar.

“No concelho de S. Pedro do Sul há uma ade-

quação do número de mé-dicos para a população. O que é preciso é que isto aconteça no resto do país”, adiantou o ministro.

As novas instalações do Centro de Saúde de S. Pedro do Sul repre-sentam um investimento total de dois milhões de euros financiados através do Programa Operacio-nal Regional do Centro – Mais Centro traduzindo-se num espaço moderno para utentes e profissio-nais.

“Além dos 2,5 milhões

de euros que custou a obra diretamente, ainda houve o investimento na parte do terreno e das outras infraestruturas todas”, apontou o governante.

Ao todo, foram gastos mais de três milhões de euros na construção do Centro de Saúde, com ur-gência básica, para o qual a Câmara municipal local doou o terreno há mais de dez anos.

Atualmente serve perto de 17 mil utentes e conta com 40 profissionais de saúde. No piso 1 situa-se a

administração, a Unidade de Saúde Pública, o Gabi-nete do Utente, os apoios gerais e área técnica. No piso 0 localiza-se a zona de acesso, receção e espe-ra, a zona de tratamentos e consultas divididas em dois grupos funcionais idênticos e o Serviço de Urgência Básica (SUB).

O Centro de Saúde de São Pedro do Sul integra o Agrupamento de Cen-tros de Saúde Dão Lafões da ARSC, IP.

Emília Amaral

S. Pedro do Sul ∑ Ministro da Saúde inaugurou o equipamento na segunda-feira

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SAÚDE

Conselhos a seguir no início do ano letivo. Se-tembro é o mês do regres-so às aulas e, com elas, o transporte de mochi-las escolares demasiado pesadas e, por vezes, as queixas de dores nas cos-tas entre crianças e ado-lescentes.

O excesso de peso nos ombros provocado pela quantidade de objetos que transportam na mochila pode prejudicar o desenvol-vimento e contribuir para o desgaste da coluna verte-bral das crianças e jovens.

Na altura de escolher a mochila escolar tenha atenção alguns conse-lhos:

• A mochila deve ser feita de material leve e resistente

• Ter costas almofada-das

• Ter duas alças almo-fadadas e ajustáveis, para que a mochila f ique o mais encostada possível às costas da criança

• Ter compartimentos para que os materiais es-colares sejam arrumados

e estabilizados• Não deve pesar mais

de 10% do peso do cor-po da criança, incluindo a carga

Se a criança tem que percorrer longas distân-cias a pé, o ideal é optar por uma mochila com ro-das e uma pega suficiente-mente comprida para evi-tar a inclinação do tronco durante o seu transporte. Nos intervalos das aulas e nas viagens, os pais e edu-cadores devem certificar-se que a criança retira a mochila das costas.

É também importante que os alunos levem para as aulas apenas o mate-rial necessário que pre-cisarem para esse dia da semana. Os objetos mais pesados devem ser colo-cados no fundo da mochi-la. Se esta tiver comparti-mentos laterais, a distri-buição da carga entre eles deve ser feita de forma a que fique equilibrada.

A prevenção de proble-mas na coluna passa so-bretudo pelos educado-

res, pais e professores, que devem estar atentos não só ao transporte de mochilas mas também à postura adoptada durante as aulas, à prática de exer-cício físico e aos sintomas das crianças.

Campanha Olhe pelas Suas Costas. É uma ini-ciativa da Sociedade Por-tuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, em par-ceria com a Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral, Socie-dade Portuguesa de Me-dicina Física e de Reabi-litação, Sociedade Portu-guesa de Neurocirurgia e Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Trauma-tologia. Para mais infor-mações consulte: http://www.olhepelassuascos-tas.com/ ou visite o face-book: https://www.face-book.com/olhe.costas

EM CASO DE INTOXICAÇÃO

chamada local808 250 143

800 202 669ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

SOS VOZ AMIGA

CHAMADA GRÁTIS

ESTUDO ALERTA QUE FUMO DOS FOGOS É PERIGOSO PARA A SAÚDE PÚBLICA

É altamente perigo-so para a saúde pública o fumo proveniente dos in-cêndios florestais, segundo a conclusão de um estudo da Universidade de Aveiro (UA), que aponta para os malefícios da mistura de gases e partículas emitida pelos fogos.

O estudo foi conduzido pela investigadora Célia Alves no meio das equipas de combate aos fogos flo-restais, nos verões de 2009 e 2010, nos distritos de Aveiro, Viseu e Guarda.

Entre os compostos de-tetados nestas partículas encontram-se os hidrocar-bonetos aromáticos poli-cíclicos, “de elevado po-tencial cancerígeno” e vá-rios compostos fenólicos que “têm sido associados a stress oxidativo das célu-las”, revela a investigação. Suspensas na atmosfera e espalhadas pelo vento por vastas áreas, o tama-nho das partículas garan-te-lhes uma entrada fácil nas vias respiratórias, con-cluem os resultados. EA

Mochilas pesadas podem prejudicar saúde das crianças

Opinião

Paulo PereiraNeurocirurgião

Coordenador da campanha Olhe pelas Suas Costas

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CLASSIFICADOS

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de São Pedro do SulRua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de em-prego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

EMPREGO

Ajudante de cozinhaRef. 588108766 e 588142386 – S.P. Sul

Cozinheira/oRef. 588138588 e 588146675 – S.P. Sul

Serralheiro mecânicoRef. 588095805 – VouzelaPretendem-se serralheiros para industria metalúrgica.

Empregado de mesaRef. 588135611 – VouzelaEmpregado de mesa/sala com experi-ência.

Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de ViseuRua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

PedreiroRef. 588120569 - Tempo Completo - Viseu

CanalizadorRef. 588140707 – Tempo Completo – Viseu

CozinheiroRef. 588140270 Tempo Completo – Viseu

Ajudante CozinhaRef. 588142162 - Tempo Completo - Mangualde

CozinheiroRef. 588142268- Tempo Completo – Mangualde

PedreiroRef. 588138192 - Tempo Completo – Viseu

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Enviar CV para: Centro de Estudos “Uma Mente Brilhante”, Rua das Minas,

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Jornal do Centro12 | setembro | 2013 29

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CLASSIFICADOS

OBITUÁRIOBernardo Manuel dos Santos Cardoso, 18 anos. Natural e residente em Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 4 de setembro, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Currelos.

Palmira da Costa e Sousa Abrantes, 85 anos, casada. Natural e residen-te em Cabanas de Viriato. O funeral realizou-se no dia 9 de setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária São BrásCarregal do Sal Tel. 232 671 415

Maria Adélia Almeida Lopes, 76 anos, viúva. Residente em Nespereira. O funeral realizou-se no dia 6 de setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Pinheiro de Lafões.

José António Fernandes Novo, 80 anos, casado. Residente em Confulcos, Cambra. O funeral realizou-se no dia 6 de setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Cambra.

Inês Augusta, 96 anos, viúva. Residente em Souto de Lafões. O fune-ral realizou-se no dia 9 de setembro, pelas 18.00 horas, para o cemité-rio local. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Maria da Encarnação dos Santos, 79 anos, casada. Natural de Viseu e residente em Rio de Loba. O funeral realizou-se no dia 5 de setembro, pelas 17.30 horas, para o cemitério novo de Rio de Loba.

Hermínio da Cruz Hermenegildo Modesto, 65 anos, casado. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de setembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Agência Funerária D. DuarteViseu Tel. 232 421 952

Maria Cândida Pais Meneses de Abreu Almeida, 100 anos, viúva. Resi-dente em Orgens. O funeral realizou-se no dia 3 de setembro, pelas 18.30 horas, para o cemitério local.

Daniel de Almeida Silva, 72 anos, casado. Residente em Viseu. O fune-ral realizou-se no dia 5 de setembro, pelas 11.00 horas, para o cemité-rio novo de Viseu.

Francisco José de Sousa Fernandes Homem, 69 anos, casado. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 5 de setembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério dos Remédios, em Évora.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

A família de Hen-rique José Moreira de Figueiredo y Torres, na impos-sibilidade de o fazer pessoal mente como era seu desejo, agra-dece muito reconhe-cidamente a todas as pessoas de suas rela-ções e amizade que estiveram presentes no funeral e missa de 7º dia.

Henrique José Moreirade Figueiredo y Torres

AGRADECIMENTO

Jornal do Centro12 | setembro| 201330

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clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

Setembro. Mês do re-gresso às aulas, do regres-so das férias e do regres-so ao trabalho. Para além disso, Setembro também é, neste ano de 2013, o mês das eleições autárquicas. Não importa quem vai fi-car a ganhar ou a perder com estas eleições, seja a nível nacional, distrital ou concelhio, mas vou refle-tir sobre Viseu.

Todos sabemos que Viseu é uma cidade bela e magnífica e, cá para mim, será muito difícil apagar completamente as memórias que tenho da Feira de São Mateus, do Rio Pavia, da Cava de Viriato, das escolas por onde passei nesta cida-de, do meu queridíssimo bairro de Gumirães, das ruas e avenidas por onde passei tantas vezes, etc., por outras quando quero mudar de concelho de re-sidência. Todos sabemos que muitos portugueses das outras cidades gostam e admiram Viseu (o mes-mo acontece com turistas estrangeiros). No entan-to, é lamentável que ain-da tenhamos pessoas que não gostam de Viseu tal-vez porque, das duas uma, ou acham que a nossa po-pulação é saloia ou pen-sam que Viseu é uma ci-dade que serve só como alvo de chacota por culpa da ‘capital da homofobia’, das rotundas, dos casos de prostituição ou da en-trega de quantias mone-tárias a igrejas paroquiais em altura de campanha. Não quero mais pesso-as a criticar Viseu pelas coisas tristes, insólitas ou incrivelmente sensacio-nais. É muitíssimo prová-vel, a meu ver, que estas pessoas nunca terão tido a derradeira oportunidade de poderem visitar a mi-nha cidade num dia qual-quer. Chegou a altura de parar...

Vamos, assim, olhar para as coisas positivas que Viseu tem para ofe-recer. Ora vejamos: temos um dos melhores vinhos de Portugal (o vinho do Dão e com respeito pe-

los outros vinicultores que trabalham e produ-zem noutros concelhos do nosso distrito); uma das melhores instituições na-cionais de ensino superior (o Instituto Politécnico de Viseu, onde ando a estu-dar neste momento); a ter-ceira cidade mais populo-sa da região Centro com 99 mil habitantes segun-do os censos de 2011; uma cidade com um riquíssimo património patrimonial e gastronómico (Sé Cate-dral, Porta do Soar, Por-ta dos Cavaleiros, Cava de Viriato, Fontelo, Solar do Vinho do Dão, Mura-lhas Romanas, Museu do Quartzo, Museu do Grão Vasco, Parque da Cidade, Jardim das Mães, Ros-sio, Rua Direita, Rua For-mosa, os Viriatos, o Ran-cho de Moda à Viseu, as Castanhas de Ovos); uma cidade com uma exce-lente vista panorâmica; uma cidade de persona-lidades importantes que contribuíram para Por-tugal (Viriato, D. Afon-so Henriques, Infante D. Henrique, D. Duarte); uma cidade que possui um dos mais magníficos e singu-lares eventos nacionais de cultura, lazer e tradição (a Feira de São Mateus); a cidade que, por duas ve-zes, foi considerada como aquela que tem a melhor qualidade de vida em Por-tugal; a cidade que, atra-vés da Escola Secundária Alves Martins, conseguiu fazer com que vários alu-nos com excelentes no-tas nos exames nacionais tirassem o curso de Me-dicina noutras cidades; uma cidade com uma ati-va longa atividade cultu-ral e associativa (através do Cine Clube de Viseu, da Associação Zunzum, do GICAV, da APPDA, da APPACDM, do Banco Alimentar, da Cáritas, das associações das fregue-sias e outras associações assim como vários even-tos culturais que marcam Viseu, entre os quais o ci-clo “Viseu Naturalmente”, e espaços culturais como o Teatro Viriato ou o Au-

ditório Mirita Casimiro); uma cidade com grande oferta desportiva (Jogos Desportivos de Viseu, torneios e outros eventos de competição em várias modalidades, várias in-fraestruturas desportivas existentes como a Eco-pista ou o Complexo Des-portivo de Fontelo, e ain-da clubes que demons-tram o melhor que há a nível desportivo como o Académico de Viseu ou o Viseu 2001); uma cidade com um forte pólo comer-cial e empresarial (atra-vés do comércio tradicio-nal, dos centros comer-ciais, de empresas sólidas que apostam mais além e do papel crucial das asso-ciações do setor como a ACDV ou a AIRV); uma cidade com ritmo, isto é, várias discotecas para a juventude; e, finalmente, uma cidade ativa, dinâ-mica e atrativa em diver-sos níveis chegando mes-mo ao ponto de conseguir atrair idosos para a práti-ca desportiva sistemática, estudantes vindos do Lito-ral para o estudo no nosso Politécnico ou empresas inovadoras de restaura-ção, como hambúrgueres gourmet ou gelados de io-gurte, para a inauguração de uma loja na nossa cida-de. Chiça, tanta explica-ção que dei…

Por fim e tendo em con-ta aquilo o que escrevi até agora, gostaria de acon-selhar aos críticos – mui-to sobretudo ao profes-sor universitário Luciano Amaral que, num artigo de opinião publicado pelo “Correio da Manhã”, con-siderou Viseu como sendo “um concelho de campó-nios iletrados” – para que tenham muito tento na língua e guardem-na para melhor ocasião onde jus-tiça seja realmente feita, tomam o conselho de visi-tarem Viseu – conforme já referi neste texto – e, quem sabe, beber um bocado do vinho do Dão, comer um Viriato ou até passarem pela pista de gelo situada no Palácio do Gelo. Digo-vos uma certeza: Viseu é,

tal como Lisboa, Porto e Coimbra, uma cidade com população aletrada, boas atrações turísticas e exce-lentes paisagens. Por isso, é com bom senso que vos digo também o seguin-te: SEJAM MUITO BEM-VINDOS A VISEU! Tenho dito.

P.S.: Já agora e para o candidato vencedor que vier a sair nas eleições au-tárquicas em Viseu (e que não será, desta vez, o Fer-nando Ruas), só lhe peço uma coisa: por favor, não estrague a nossa cidade.

CARTA DO LEITOR

BEM-VINDOS A VISEU

LAZER

2 1

3 9 7

5 9

5 6 2

8 7 1 5

4 2 9

9

1 7 8 2

1 8 3

5 7 9 1

8 7

4 5 3 2

6 4 5 8 2

3 4

9 4 1 6 3

1 9 7

9 2 1 3

7 5 4 6 3 2 1

SUDOKU

DIFERENÇAS (DESCUBRA AS 6 DIFERENÇAS)

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 548 | 14 DE SETEMBRO DE 2012

∑ Ano escolar regressa “difícil”

∑ FICTON quer conquistar pessoas para Tondela

∑ Habisolvis entrega comparticipações financeiras a 73 pessoas

∑ Mangualde: acessos, Srª do Castelo e incêndios...

∑ “Mais do que encerrar tribunais o que o Governo quer é extinguir municípios” (António Marinho Pinto)

∑ Luís Miranda lança alerta aos agrupamentos

∑ Restaurante Santa Luzia reabre mais “elegante”

∑ Alberto Correia escreve viagem à Feira de S. Mateus

∑ Liga Portuguesa Contra o Cancro quer abrir delegação em Viseu

ar regressa “difícil”

| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> SUPLEMENTO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> EM FOCO

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETOR

Paulo Neto

Semanário

14 a 21 de setembrode 2012

Ano 11

N.º 548

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Nun

o A

ndré

Fer

reira

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licid

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Novo acordo ortográfico

Centro Hípico de ViseuCentro Hípico de Viseua saltar no Nacionala saltar no Nacional | página 29

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licid

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Tel: 232 420 850

CCursos

a iniciar em

Outubro

IInglês e Espanhol

Jorge Lopes Estudante

Jornal do Centro12 | setembro | 2013 31

Page 32: Jornal do centro ed600

É já amanhã, dia 13, que Tondela recebe uma das mais representativas fei-ras industriais e culturais do distrito. A Ficton, que conta já com 21 edições, apresenta-se como uma verdadeira montra de pro-jeção das potencialidades e mais-valias do concelho de Tondela.

Para o primeiro dia está marcada uma programa-ção recheada de ativida-des, dos quais se desta-cam a sessão oficial de abertura, com a presença de Pedro Saraiva, presi-dente da Comissão de Co-ordenação e Desenvolvi-mento Regional do Cen-tro (CCDRC), pelas 19h30 e ainda o concerto do co-nhecido cantor português Emanuel (pelas 22h45).

Sábado o certame co-meça com atividades desportivas entre as quais o torneio de Fute-bol sub-10 e ainda uma demonstração freestyle, da responsabilidade da associação Motoclub “U zibb’s” de Tondela. À noite sobe ao palco a banda Amor Electro, au-tora de sucessos como “A máquina” e “Rosa Sangue”.

Domingo, a organiza-ção espera levar o nome de Tondela ao mundo, através da transmissão em direto da Ficton na SIC. O programa “Por-tugal em Festa” vai estar presente e promete bater um record. Na sequência da já conhecida “Semana do Frango” que se reali-

za durante as festividades do concelho, vai assar-se o maior número de aves. A animação deste dia de emoções vai ficar a cargo de Samuel Úria (21h30) e The Gift (23h00).

A Ficton termina na segunda-feira, dia de co-memoração do 90º ani-versário dos bombeiros voluntários de Tondela. Nas festividades marca presença Miguel Mace-do, ministro da Adminis-tração Interna. A Orques-tra Aeminium é a respon-sável por dar música aos presentes no último dia de mais uma edição da Ficton. A encerrar o pro-grama de festas, a banda viseense Hi-Fi.

Micaela Costa

JORNAL DO CENTRO12 | SETEMBRO | 2013Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 12 de setembro, céu limpo. Temperatura máxima de 29ºC e mínima de 15ºC.Amanhã, 13 de setembro, céu limpo. Temperatura máxima de 28ºC e mínima de 17ºC.Sábado, 14 de setembro, céu com períodos de nublado. Temperatura máxima de 28ºC e mínima de 17ºC.Domingo, 15 de setembro, céu com períodos de nublado. Temperatura máxima de 26ºC e mínima de 15ºC.Segunda, 16 de setembro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 25ºC e mínima de 16ºC.

tempo

Quinta, 12Viseu∑ Inauguração da nova sede da secção distrital de Viseu da Ordem dos Médicos, 18h30, com a presença do bastonário, José Manuel Silva.

Sexta, 13Viseu∑ Homenagem ao escritor Aquilino Ribeiro no dia do aniversário do seu nascimento, com dois momentos distintos. Às 18h00 é inaugurado um memorial na entrada do parque da cidade da Avenida 25 de Abril, e às 19h00 a estátua do escritor, na Rua Formosa, a rua onde Aquilino Ribeiro tinha o seu alfaiate e frequentava o café Horta onde conversava com os amigos. A escultura já se encontra na rua guardada numa cápsula ate sexta-feira, mas sabe-se que é muito parecida com a do poeta Fernando Pessoa, que existe no Chiado, em Lisboa.

Viseu∑ Tomada de posse do presidente do Instituto Politécnico de Viseu, Fernando Sebastião, para mais um mandato, às 15h00, na Aula Magna da instituição.

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

Há duas semanas foram vistos aqui os factores que os candidatos à câmara de Viseu controlam (ideias, listas e marketing) e, na semana passada, tratou-se daquilo que eles não controlam (a polí-tica nacional).

Chega agora a vez de se olhar para o dr. Ruas que, depois de seis mandatos e por imposição le-gal, abandona o seu gabinete no Rossio. Todas as semanas ele declara que está a sair contrariadíssi-mo, que quer regressar em 2017, e tem-se dedicado metodicamente à criação de condições para esse seu regresso.

O dr. Ruas quer estar em condições de poder re-cuperar um lugar que sente que lhe está a ser usur-pado. A distribuição de subsídios — em que a vi-sibilidade dos cheques às paróquias é peça impor-tante — não é mais que uma ferramenta das várias por ele usadas para esse objectivo.

É necessário que se perceba esta relutância quase universal em largar-se posições de poder. Quando se dirige uma organização poderosa está-se sujeito a uma grande pressão, pressão a que o cérebro res-ponde produzindo diariamente grande quantidade de endorfinas, endorfinas que causam dependên-cia. O dr. Ruas neste Verão tem estado já a sentir, por antecipação, o síndrome de abstinência de en-dorfinas de que vai padecer no Outono.

Ponha-se com clareza a pergunta que parece que toda a gente tem medo de formular: e se o dr. Ruas cumpre mesmo a ameaça e se apresenta a votos da-qui a quatro anos?

Ora, nesse caso, em 2017 só dois cenários podem acontecer: (i) ou o presidente da câmara é José Junqueiro e vai acontecer então o aguardadíssimo duelo directo entre as duas velhas raposas da po-lítica viseense; (ii) ou o presidente é António Al-meida Henriques e a candidatura do dr. Ruas parte em cacos o PSD.

Está-se, portanto, perante esta situação parado-xal: não será melhor aos simpatizantes do dr. Ruas, para evitarem problemas no futuro, votarem agora em José Junqueiro?

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Endorfinas

Certame ∑ Vários artistas musicais, desporto e cultura invadem Tondela de 12 a 16

agenda∑

Ficton arranca amanhã

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