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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510-028 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 09 pág. 12 pág. 14 pág. 20 pág. 22 pág. 24 pág. 26 pág. 29 pág. 30 pág. 31 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > SAÚDE > CLASSIFICADOS > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 24 a 30 de janeiro de 2013 Ano 11 N.º 567 1 Euro 0,80 Euros Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Novo acordo ortográfico Joaquim Letria, jornalista, em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 8 a 10 Publicidade Nesta edição Suplemento Motores N di ã 25 O MERCADO AUTOMÓVEL NO JORNAL DO CENTRO MOTORES O meu O meu querido querido carrinho… carrinho… Com alguma periodicidade, o Jornal do Centro publica um suplemento “Mo- tores”. Através dele e pretendendo dar voz ao sector automóvel, informa o lei- tor que não recorre à imprensa especia- lizada, das principais novidades que as marcas têm para apresentar. Desta feita, tentou saber directamen- te da boca dos concessionários locais, também, quais as dificuldades sentidas e esperadas nesta área empresarial. Os automóveis têm sido uma mina de ouro para os governos. Quer através do ISV, do IVA, do IUC, do ISC, das por- tagens, etc. Hoje é quase “pecado” ter um veículo, sabendo nós que fruto de todas estas “aplicações” e/ou espolia- ções, o carro vendido em Portugal é um dos mais caros da Europa. A título de exemplo, enquanto um alemão, em mé- dia, precisa de 12 salários mensais para adquirir um veículo novo, o português precisa de 35… Para melhor entendermos esta reali- dade, o preço médio antes de impostos é de 0,693 E na gasolina e 0,779 E no gasóleo. Outra verdade: em 2012, o pre- ço médio do gasóleo só não sofreu al- terações em 10 dias seguidos e o da ga- solina em 17 dias seguidos. Que o mes- mo é dizer que foi rara a 2ª feira em que não se verificassem alterações do pre- ço, independentemente da variante do valor do crude. As portagens subiram. A título de exemplo na A5 verificou-se um aumento de 4%. Em geral, tiveram aumentos ao dobro da inflação. O go- verno tirou o incentivo ao abate que na Espanha e na Grécia continua em vi- gor. Por tudo isto e muito mais do que o referido, a ACAP anunciou o encer- ramento de 2.500 empresas do sector em 2012, com despedimentos de 21 mil pessoas, devendo-se a queda de 40,9% na venda dos carros em 2012 à diminui- ção do rendimento das famílias. Por exemplo, a Renault, a Volkswagen e a Peugeot que lideram as vendas no nos- so país, tiveram de 2011 para 2012 uma diminuição de vendas de 36,7%, 33,9% e 35%, respectivamente. Daqui decor- re ainda um brutal envelhecimento do parque automóvel com o consequente aumento da sinistralidade Em suma, este domínio enfrenta um período dificílimo, de consequências económicas e sociais arrasadoras, a re- querer muita imaginação, sacrifícios e competência da parte dos fabricantes, importadores e concessionários. Paulo Neto Agora com novo preço x xx “Um lema [para os jornalistas]: desconfiem sempre!”

Jornal do Centro - Ed567

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Jornal do Centro - Ed567

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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510 - 028 Viseu · [email protected] · w w w.jornaldocentro.pt |

pág. 02

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário24 a 30 de janeirode 2013

Ano 11N.º 5671 Euro0,80 Euros

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Novo acordo ortográfico

∑ Joaquim Letria, jornalista, em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 8 a 10

Pub

licid

ade

Nesta ediçãoSuplemento Motores

N di ã

Este suplemento é parte integrante da

edição nº 567, de 24 de janeiro de 2013,

do semanário Jornal do Centro. Não

pode ser vendido separadamente.25O MERCADO AUTOMÓVEL NO JORNAL DO CENTRO

MOTORESO meu O meu

querido querido

carrinho…carrinho…

Publicidade

Com alguma periodicidade, o Jornal

do Centro publica um suplemento “Mo-

tores”. Através dele e pretendendo dar

voz ao sector automóvel, informa o lei-

tor que não recorre à imprensa especia-

lizada, das principais novidades que as

marcas têm para apresentar.

Desta feita, tentou saber directamen-

te da boca dos concessionários locais,

também, quais as dificuldades sentidas

e esperadas nesta área empresarial.

Os automóveis têm sido uma mina de

ouro para os governos. Quer através do

ISV, do IVA, do IUC, do ISC, das por-

tagens, etc. Hoje é quase “pecado” ter

um veículo, sabendo nós que fruto de

todas estas “aplicações” e/ou espolia-

ções, o carro vendido em Portugal é um

dos mais caros da Europa. A título de

exemplo, enquanto um alemão, em mé-

dia, precisa de 12 salários mensais para

adquirir um veículo novo, o português

precisa de 35…Para melhor entendermos esta reali-

dade, o preço médio antes de impostos

é de 0,693 E na gasolina e 0,779 E no

gasóleo. Outra verdade: em 2012, o pre-

ço médio do gasóleo só não sofreu al-

terações em 10 dias seguidos e o da ga-

solina em 17 dias seguidos. Que o mes-

mo é dizer que foi rara a 2ª feira em que

não se verificassem alterações do pre-

ço, independentemente da variante do

valor do crude. As portagens subiram.

A título de exemplo na A5 verificou-se

um aumento de 4%. Em geral, tiveram

aumentos ao dobro da inflação. O go-

verno tirou o incentivo ao abate que na

Espanha e na Grécia continua em vi-

gor. Por tudo isto e muito mais do que

o referido, a ACAP anunciou o encer-

ramento de 2.500 empresas do sector

em 2012, com despedimentos de 21 mil

pessoas, devendo-se a queda de 40,9%

na venda dos carros em 2012 à diminui-

ção do rendimento das famílias. Por

exemplo, a Renault, a Volkswagen e a

Peugeot que lideram as vendas no nos-

so país, tiveram de 2011 para 2012 uma

diminuição de vendas de 36,7%, 33,9%

e 35%, respectivamente. Daqui decor-

re ainda um brutal envelhecimento do

parque automóvel com o consequente

aumento da sinistralidade

Em suma, este domínio enfrenta um

período dificílimo, de consequências

económicas e sociais arrasadoras, a re-

querer muita imaginação, sacrifícios e

competência da parte dos fabricantes,

importadores e concessionários.

Paul

o N

eto

Agora com

novo preçoxxx

“Um lema[para os jornalistas]: desconfiem sempre!”

Page 2: Jornal do Centro - Ed567

praçapública

palavrasdeles

rO novo estatuto do aluno não se aplica, é incoerente e por-tanto não faz sentido nenhum”

Rui MartinsPresidente da Federação Regional da Associação de Pais de

Viseu, em declarações ao Jornal do Centro

rFoi ele [Vitor Cunha Rego] que proibiu o “Tal e Qual”, e que contribuiu, com o Ângelo Correia, para que tivessem liquidado esta experiência e esta autonomia”

Joaquim LetriaJornalista, em entrevista ao Jornal do Centro

r As famílias são quem está a segurar a crise”

D. Ilídio LeandroBispo de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro

rO Viseu 2001 cada vez mais se assume como o clube com mais praticantes da cidade”

Paulo LopesPresidente do Viseu 2001

Arcos e LutasQuando ia a Moimenta da Beira

ainda miúda, apontava sempre a “es-cola cor-de-rosa”, primeiro porque era bonita e tinha aspecto diverti-do, e segundo porque foi lá enquan-to Externato Infante D. Henrique que a minha mãe concluiu o 5º ano do ensino liceal. Sempre foi a cor e não os seus arcos que me chama-ram a atenção, aliás os arcos pare-ciam-me sempre tirados de um pos-tal dos anos 50, nunca imaginando que eles continham em si mais histó-ria e protagonismo que a cor berran-te que ostentavam. Com a morte de Óscar Niemeyer, fiquei a saber por acaso que aqueles arcos eram afinal uma homenagem à sua visão e de-senho de Brasília, fiquei curiosa. O Externato foi fundado em 1941, pelo Dr. João Alves de Lima Gomes, diri-gido e adquirido, depois, por Padre António Bento da Guia, Dr. Amadeu

Batista Ferro e Dr. António Lemos Gomes, alguns deles conotados com uma veia comunista, tal qual como o próprio Niemeyer, e a nova cons-trução com arcos na fachada como forma de homenagem foi entendida como uma afronta ao nosso regime governativo. Salazar acaba por não aprovar esta arrojada construção, lançando a polémica na imprensa nacional e internacional no início da década de 60, a construção prosse-guiu até à sua ordem de demolição

da arcada. Os alunos opuseram-se, manifestaram-se, tocaram os sinos a rebate, sendo alguns mesmo detidos e levados para o posto da GNR, acu-sados de crime de desobediência. Al-gumas horas depois, o impasse viria a ter uma meia solução e uma meia vitória: os arcos não seriam demo-lidos, mas apenas tapados com um muro que permitia quase toda a sua visibilidade. A arcada ainda nos dias de hoje não fica indiferente a quem passa, pena que a sua história e a luta que originou não seja infelizmente do conhecimento geral, como tal não o era para mim. Estas “lutas” antigas contra o poder vigente aliciam-me e enchem-me de orgulho patrióti-co, e num período a que chamam de luta, luta pelos subsídios, luta contra austeridade, luta contra o governo, e mais umas quantas que todos os dias nos entram em casa, interrogo-

me se todas terão o mesmo peso, a mesma importância, mas mais ain-da que significarão elas no futuro? É que a banalização da luta pode levar à banalização do objecto da própria luta, ou não? Não digo que seja con-tra as lutas dos outros, ou que não me identifique com algumas delas, mas sou definitivamente contra a sua banalização e ainda mais con-tra qualquer violência gerada, que para mim tem carácter imperdoável. Conseguimos um posto de povo pa-cifista, que viveu um 25 de Abril sem o derrame de uma gota de sangue e sem cair em guerra civil, que enfren-ta hoje talvez a maior luta de sempre, a luta contra a soberba do capitalismo e do próprio capital, e devemos, pela importância do momento, escolher a luta certa para travar, sem banali-zar, pois como diz o povo: “o que é demais é moléstia”.

AHRESP e OTOC percorreram o país em sessões de esclarecimento a milhares de empresários e TOC’s, mas a confusão permanece.

Lisboa, 14 de Janeiro de 2013 - A AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portu-gal, e a OTOC – Ordem dos Técni-cos Oficiais de Contas, durante uma semana, percorreram o país, de norte a sul, num conjunto de sessões, com milhares de Empresários e TOC’s.

Estas sessões tiveram como prin-cipal objetivo tentar esclarecer, cla-rificar e informar, os Empresários e os TOC’s, das principais dúvidas na implementação da nova legislação, que tem vindo a ser publicada

de forma intempestiva e em cata-dupa, respeitante às novas regras fis-cais e de faturação, que entraram

em vigor no passado dia 1 de Janei-ro de 2013.

Estamos perante a incoerência, a confusão instalada, a publicação de legislação avulsa, dispersa e confu-sa, inclusive publicada nas vésperas da entrada em vigor das novas obri-gações fiscais. Não há transparên-cia e rigor.

A maioria das iniciativas do Mi-nistério das Finanças, contrariam as recomendações da Comissão Europeia, no que respeita à simpli-ficação, à transparência e à desburo-cratização fiscal, promovendo o

incumprimento por parte dos ope-radores económicos, e assim incen-tivando a economia paralela e a con-corrência desleal, contra as quais a AHRESP sempre se bateu.

Ao invés, está a tentar instalar-se um sistema fiscal, extremamente

burocrático, opaco e incompreensí-vel, que se apelida do mais policial do mundo.

No final das várias sessões, as dúvi-das permaneceram e avolumaram-se, para além das grandes dificuldades, com percentagens que variam de re-gião para região, de instalação de no-vos equipamentos de faturação, pois os fornecedores não têm capacidade de resposta aos pedidos das empresas, e a fiscalização, como diz o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, está no terreno a aplicar a lei. Qual lei?

No decorrer das várias sessões, os representantes da Autoridade Tribu-tária e Aduaneira que estiveram

presentes, demonstravam insegu-rança, confusão, falta de orientação e de formação face às novas obriga-ções fiscais, e com incapacidade de resposta face às grandes dúvidas co-

locadas pelos Empresários e pelos TOC’s.

Muitas vezes foram menciona-das as palavras de “provisório” e de “transitório”, inaceitáveis neste perí-odo de crise, e impensáveis na situa-ção económica atual, uma vez que as áreas da contabilidade e das finanças têm, obrigatoriamente, de ser cla-ras, transparentes e sólidas, para me-lhor se promover a eficiência fiscal, e combater a economia paralela e a concorrência desleal.

Por estes, e por outros motivos, é que as receitas fiscais, a 30 de novem-bro de 2012, registaram um desvio de -17,9%, e a receita de IVA um desvio de -19,5%, face às previsões do Orça-mento de Estado para 2012.

Infelizmente, em 2013 a situação está pior, e assistimos ao Caos ins-talado!

Incoerência e falta de transparênciae rigor instalam o caos nas novas obrigações fiscais

Opinião

Jorge LoureiroPresidente da AHRESP – Viseu

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Opinião

Jornal do Centro24 | janeiro | 2013

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Page 3: Jornal do Centro - Ed567

OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

O que sabe acercadas próximas eleições autárquicas?

Importa-se de

responder?

Nestas eleições, sei que concorre o PSD e espero que ganhe porque é o partido em que eu mais confio.

Não sei quem concorre e não confio nos nos políticos por-tugueses.

Não tenho opinião formada acerca dos deputados que vão concorrer para estas autárquicas.

Sei que vai concorrer o Fernando Ruas e acho que ele deve ganhar.

Mafalada MartinsGestora

Jorge FerreiraTrabalhador na optimus

Augusta JesusReformada

Bruno MonteiroEmpregado de mesa

estrelas

Olga AlmeidaÁrbitra da AFV

Está de parabéns, com a classifica-ção em 30º da geral, pilotando uma Suzuki RMX450 privada, na sua es-treia e naquele que é considerado o todo-o-terreno mais difícil do mun-do: o Dakar 2013, do Perú ao Chile, numa distância de 8400 Km.

Miguel AlvesDiretor dos estabelecimentos

prisionais de Viseu,Campo e Lamego

números

74.726Foi o número de utilizadores

do espaço Lamego Digit@l desde junho de 2007 até de-zembro de 2012.

Mário PatrãoMotard

Há anos a insistir nesta temática, Miguel Alves viu recompensado o seu esforço e empenhamento com o início das obras na cadeia do Cam-po.

Por ter sido distinguida com as insígnias FIFA de Árbitra Assisten-te Internacional de Futebol.

Já se desespera com a monotonia dos dis-cursos dos políticos que estão cada vez mais

“avestrûncios”; com o mais do mesmo dos tele-jornais; com a repetição dos assuntos tratados pela imprensa; com as conversas nos cafés. Enfim, com esta pretensa de “visão à lupa” de quem não quer entender o é óbvio: está tudo em ponto de rebuçado para se poderem de-fender as políticas de Salazar. É sempre assim. Haverá quem se aproveite da situação criada com, ou sem, razão.

As pessoas fartaram-se de viver no obscu-rantismo, debaixo da manta fascista e de ler exclusivamente os artigos que o lápis azul não riscava. Viviam (alguns) como as panelas de pressão, a ferver em muito pouco fogo e a ameaçar explodir a qualquer momento, por falta de válvula de escape. Salazar caiu da ca-deira e o seu sucessor abriu os dedos de um punho cerrado com força hercúlea. Logo se aproveitaram os interesses internacionais e deitando mão de um punhado de gente ( que

sempre se dispõe a estas coisas) espalhando maciçamente e unicamente ideologias es-querdistas por um lado, e dinheiro por outro, puseram em marcha o derrube de um regime carcomido, gasto e absolutamente espartilha-do pela ordem mundial. As grandes potências de todo o lado tinham as possessões ultrama-rinas debaixo de olho e queriam-nas para elas, como veio a acontecer. De facto, pouco mais foi feito de que propiciar a transferência de Portugal para a URSS, EUA, China, Bélgica, Cuba, França, países nórdicos e etc, com com-pleto desprezo pelos milhões de vítimas que a

“Descolonização Exemplar” provocou, ou pela desgraça económica e familiar a que obrigou tantos portugueses, forçados a deixar tudo o que tinham, sem qualquer contrapartida.

Instalou-se o regime democrático obrigató-rio tão apreciado quanto desejado e a alegria exuberante, desproporcionada e inconse-quente abriu-se de par em par. Mares de di-reitos e caneiros de deveres tomaram conta

de tudo e todos. Em pouco tempo apareceram os primeiros sinais do efeito dos desvios sem controlo. A cobardia instalou-se nas chefias e o medo de decidir foi imposto pelo avassa-lador “rolo compressor” accionado com as

“mais amplas liberdades democráticas”. Em suma: destruíram, estafaram, estorricaram, despedaçaram, consumiram até às cinzas um sonho de mudança apaixonante, aguardado e querido. Quem fez tal coisa?

Por todo o lado se ouvem evocações aos tempos antigos, da ditadura e preterindo a imagem de 39 anos de democracia “pós25doA” em louvor a 42 anos de “outra senhora”. Há pouco li que não há forma de explicar como se delapidou a solidez económica e financei-ra de um sistema político que aguentou uma guerra em várias frentes durante 13 longos anos e deixou de herança o terceiro maior amontoado de ouro de entre os demais paí-ses de todo o Mundo.

Estamos à mercê de lobos e chacais. Ator-

doados com a logorreia sistemática e ensur-decedora, que não nos dá espaço para pensar, andamos à deriva e procuramos explicações onde não as há. Buscamos soluções por igni-ção externa e acabamos as palavras que os outros iniciam como os meninos a serem aju-dados pelo mestre-escola.

Em suma: 1. festejámos o fim de um regime que pou-

cos queriam;2. estafámos um regime que todos acredita-

ram que queriam;3. Fizemos deste País um entulho, sem re-

gras, sem moral, sem educação, sem respeito, sem leis coerentes, sem coragem, sem vonta-de própria;

4. Confundimos tudo por deixar de pensar, de raciocinar, acreditando nas balelas do fa-cilitismo do bota-abaixo e seguir no embalo de um cântico «ledo e cego, que a fortuna não deixa durar muito».

Pedro Calheiros

É hora de baralharOpinião

Jornal do Centro24 | janeiro | 2013

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

1. Com a implementação de novas portagens nas ex-scut’s, de maior in-cidência no litoral e norte do país, este governo continua a dar inequívocas provas de total desconhecimento do país real. A troco de prováveis, pos-síveis, eventuais… milhões de euros (que na prática nunca aparecem), es-trangulam os diversos sectores da economia (nem o Turismo escapa com o pórtico Aveiro-Barra) de uma forma torturante, lenta, refinada. A quem servirão?

As grandes empresas de transpor-tes internacionais estão a passar da fase “à beira de um ataque de nervos”, para a fase seguinte: “afinal que es-tamos nós aqui a fazer?”. É mais fácil mudarem-se para Espanha onde já têm plataformas logísticas, o combus-tível é mais barato, os veículos pagam

menos impostos. Aqui e no distrito de Viseu, basta

pensar na calamidade que represen-tará a saída, por exemplo, da Patinter, corrida pelos impostos brutais desta pandilha de inconscientes, o desem-prego criado, a riqueza perdida…

2. Em Viseu, o anúncio da candida-tura de José Junqueiro à autarquia lo-cal provocou uma onda dinâmica de turbulência e aplauso. Afinal, com tantos e tão polémicos ziguezagues da parte de uma concelhia inábil, Jun-queiro sai em ombros e acaba por ser o PS o primeiro a ter “guerreiro” para as lides de outubro. Aliás, tem o pro-cesso de selecção para o distrito con-cluído graças ao mérito da Federação e seu coordenador autárquico, res-pectivamente, João Azevedo e Antó-nio Borges.

O CDS anunciará brevemente a candidatura de Hélder Amaral. Dois partidos com dois bons nomes.

Gostaríamos de incluir o PSD e re-ferir: três partidos com três bons no-mes… mas isso já seria excesso de op-timismo e adivinhação. Mota Faria guarda-se para o fim de Fevereiro e põe a fasquia temporal nos sete me-ses antes.

Razões aduzidas e legitimadas, pensamos: um mês passa depressa.

O problema do PSD não é a escas-sez. É a fartura… são muitos, os can-didatos e dificílima a triagem.

Pelo menos com o beneplácito, bula ou indulgência “papal”…

Quanto ao presidente da concelhia, remetido a um sapientíssimo silêncio, talvez o dos inocentes, estará a pensar se vai engrossar a voz ou ficar afóni-

Editorial Asnos mais asnos nem na Feira das Freixedas!

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

O Samuel é um jovem promissor. Aposto que já lhe diziam isto aos 13 anos, quando deixou de ser crian-ça promissora. Disseram-lhe aos 18, aos 20, aos 22 e continuam a dizer-lhe aos 26.

O Samuel foi meu colega na fa-culdade e, desde então, meu amigo. Não é propriamente aquele amigo com quem estamos sempre de acor-do (pelo contrário), é mais aquele amigo com quem partilho uma coi-

sa rara neste país: coluna vertebral. E as pessoas que partilham essa ca-racterística fisiológica formam uma espécie à parte.

O Samuel – e a sua coluna vertebral – lançaram-se numa denúncia públi-ca sobre o mundo da FCT – Funda-ção para a Ciência e Tecnologia, res-ponsável, em Portugal, entre outras coisas, pela distribuição das bolsas de investigação científica. Este jo-vem promissor ganhou vários pré-

mios de mérito durante a sua esco-laridade, incluindo na Universidade Técnica de Lisboa, onde fizemos os nossos estudos superiores. Mestre em Ciência Política, submeteu can-didatura a Doutoramento em várias universidades estrangeiras, tendo sido aceite em grande parte delas e optado pela de Durham, na Inglater-ra. Pelo terceiro ano consecutivo, e apesar de tudo, a bolsa foi-lhe recu-sada. Escuso-me aqui de transcrever

O presente roubado por um futuro prometido

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

[email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

[email protected]

Micaela Costa (estagiária)

[email protected]

Tiago Virgílio Pereira, C.P. n.º 9596

[email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoAvenida Alberto Sampaio, 1303510-028 ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

[email protected]

Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai à quinta-feiraMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Fernando [email protected]

A crise seria suficiente para tor-nar 2013 num ano agitado, mas a re-cente entrada em cena do candida-to José Junqueiro, pela mão do PS de António José Seguro e contra a vontade do PS da dupla Ginestal-Lú-cia, à CMV na semana passada, fará com que a vida política local comece a animar ainda neste mês de Janei-ro. Nos alvores deste ano, Junqueiro tem o mérito de colocar o tema ador-mecido das Autárquicas na ordem do dia. Para início de campanha, o candidato, surpreendeu pela posi-tiva através da forma simples, ele-gante e directa como desvalorizou o caceteiro ataque inicial da conce-lhia do PSD assinado por Guilherme Almeida, líder laranja do qual pou-co mais seria de esperar. Sem poder contar com grande ajuda da parte da estrutura local, por declarada in-competência dos seus membros e total inaptidão política para operar dentro de uma ética republicana, es-tando mais adaptada à manutenção

cega dos interesses instalados do que à promoção de uma alternativa sé-ria de oposição, Junqueiro terá que continuar a surpreender pela positi-va, com novas ideias e novas pesso-as, a elas associadas, que sejam ca-pazes de apagar os ódios fantasmas ou rancores políticos mais acesos e trabalhar em prol da cidade. A ní-vel nacional, o candidato socialis-

ta goza de um grande mediatismo, que nem mesmo o proto-candidato Almeida Henriques consegue igua-lar, e terá presente que mesmo no pior cenário o PS sempre garantiu, num concelho vincadamente de di-reita-conservadora, uma votação da ordem dos 25% e pontualmente, em conjecturas favoráveis, aproximou-se dos 39%. Não estando o principal

Hélder Amaral, este é o momento?

Opinião

Opinião

Sílvia Vermelho Politóloga

Jornal do Centro24 | janeiro | 2013

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Page 5: Jornal do Centro - Ed567

OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

co… Embora afonia rime com valentia e cobardia, por vezes, um avanço em frente pode ser feito com uma corrida à retaguar-da (os meus coronéis que me perdoem a incursão em artes de Sun Tzu).

3. O Jornal do Centro jura que as duas ardinas apregoando no passado dia 17 o nos-so semanário, no Rossio, em frente ao mu-nicípio, com o pregão: “Junqueiro candidato à Câmara de Viseu!” foi mera coincidência. Até poderia ter sido outro pregão do tipo “Américo a Presidente!”, mas a conjectura astral foi adversa. Que o nosso inefável edil não se sinta afrontado, ele que já mandou di-zer por uma das suas secretárias que não dá entrevistas ao Jornal do Centro “pelos mo-tivos que nós sabemos” (e que, em boa ver-dade, ignoramos por completo… muito nos custando a desestima a que nós vota). O meu amigo Zé Catita diria: “azias!”

4. Esta conversa já enoja, mas terá sido

mesmo possível que o governo tenha en-comendado o tal relatório-moedas ao Fmi? Trauliteiros!

5. A eventual embrulhada da câmara de Viseu no concurso das empresas de ca-

mionagem será mesmo aquilo que parece? Favorecimento indevido condenado pela Justiça portuguesa? E aos “autos” a Senhora Câmara diz o quê? Que não tem conheci-mento de nada? Será possível? Afinal a boa gestão, as boas práticas, os bons concursos, a melhor qualidade de vida não passarão de tretas que nos andaram a ser servidas em faiança das Caldas durante duas décadas? Credo! Nem quero crer numa catástrofe as-sim…! Não tarda, emigro para Tondela. Sem-pre lá está a ACERT e o Carlos Marta…

6. João Carlos Figueiredo é um dos de-putados eleitos pelo distrito de Viseu que considero e respeito. Cidadão afável, in-terventivo, educado, com quem é sempre gratificante falar. É do PSD.

Depois há o Hélder Amaral, do CDS/PP. Homem de causas, emotivo, afável, brioso e bem convicto do seu papel.

Do PS, Elza Pais, José Junqueiro e

Acácio Pinto são personalidades respei-tadas, comuns na sua diligência, visibili-dade e empenhamento.

E creio que é tudo…7. Viseu, até este sábado ao meio-dia em

que escrevo estas linhas, tem resistido com galhardia ao temporal que a assola. Uns tapumes caídos aqui e além, rama-ria tombada fruto da impetuosidade dos ventos mas, aparentemente nada de mui-to grave.

Excepção da circular que e principal-mente na zona que vai do Paulo VI até à UC não resiste à inclemência da chuva e, por deficiente drenagem ou má constru-ção, empapa a água que não escoando cria situações de risco, não obstante as precau-ções pelos automobilistas tomadas. Não há solução?

Outra hecatombe é a proporcionada pela Cabovisão...

os dados detalhados deste processo, pois o Samuel expô-los no seu blogue (Estado Sentido).

A recusa da bolsa impediu, novamente, o Samuel de prosseguir o que era suposto enquanto “jovem promissor”.

A recusa da bolsa conduziu o Samuel a denunciar publicamente uma rede de favorecimentos, muito convenientes para captação de dinheiros públicos e sustentabilidade de centros de investi-gação, que, no caso da área de Ciência

Política, seria benéfica às/aos bolseiras/os da Universidade Nova de Lisboa e do Instituto de Ciências Sociais.

Toda a gente fala acerca da promis-cuidade entre a Economia e a Política, da forma como as empresas e os luga-res de decisão política se entrelaçam e se seguram uns aos outros. Contudo, a putrefação da relação entre a Academia e o poder político ainda é uma história muito restrita a malogradas universida-des privadas. Creio que a denúncia pú-

blica do Samuel contribuirá para revelar como as universidades públicas também estão na teia. Espero que sirva para co-locar o assunto na agenda, sempre tão esquiva quando se fala em cordelinhos e corrupção. Curiosamente, a Associa-ção Portuguesa de Sociologia interveio, também por estes dias, junto da FCT por causa de uma outra situação na res-pectiva área – é o efeito multiplicador da denúncia.

O Samuel foi uma “criança promissora”

e ainda é um “jovem promissor”. E acadé-mico promissor, acrescente-se.

Ser promissor é, supostamente, uma coisa boa. Talvez por isso, a FCT, repre-sentativa do país que temos e que somos, esteja a assegurar que o Samuel continue a ser promissor em adulto. Talvez este país esteja a fazer com que o Samuel ve-nha a ser um “idoso promissor”. E, com ele, todos os Samueis por aí.

Em Portugal, já só nos resta o futuro. O presente é deles.

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

congregador de votos local na liça, o PS terá uma boa oportunidade para refor-çar a sua melhor votação. No PSD reside a dúvida se o valor político de Fernando Ruas levará a que a escolha, do adversá-rio laranja de Junqueiro, se faça em Lis-boa ou seja deixada ao critério do actual Presidente que no caso, não deixará que nenhum pingo de racionalidade impere na hora da selecção. Se a opção for local, escolherá o mais fraco e muito provável único nome do envelope, sendo certo que condicionará, com a sua presença, toda a campanha de Américo Nunes, para ga-rantir que Junqueiro possa nesta candi-datura ter a sua janela de oportunidade, aquela que lhe abre os horizontes de Bru-xelas mas não os da Praça da República. Se a opção for nacional o mais provável é que o nome apontado seja o de Antó-nio Almeida Henriques, um homem com mais peso político e, provavelmente, com uma outra visão sobre o concelho relati-vamente ao actual Vice mas, seja qual for a opção, a estrutura do PSD não parece ter capacidade para apresentar um pro-

jecto novo sobre Viseu e esta será a van-tagem de quem corre por fora.

Neste momento existe uma dúvida que ainda pode alterar alguma coisa neste ta-buleiro e reside no CDS-PP. Sobre a direi-ta conservadora já escrevi nestas pági-nas, na edição de 18/05/2012, em conjunto com o Miguel Fernandes, e a análise en-tão feita não pode sofrer grandes altera-ções, visto que o CDS continua na mes-ma. Nessas linhas lembrámos os “anos dourados conservadores” do Engº En-grácia Carrilho, que deixou uma cidade com futuro, viabilidade e vitalidade ao seu sucessor. Desde esses anos até este momento o CDS tem vindo a perder o seu espaço. Mais recentemente, em 2009 com a candidatura de Mendes da Silva o espaço político à direita arejou, mas o projecto, vítima do imediatismo dos re-sultados, não teve continuidade. Quem ficou a perder foi o partido, a oposição e em última análise a cidade. E aqui chega-mos ao dia de hoje. Uma outra alternati-va porventura algo reclamada de “inde-pendentes” não se vislumbra mais não

seja pela blindagem que a Lei Eleitoral impõe, obrigando à mobilização de um maior número de proponentes que eleito-res teve o CDS em 2009. Assim, em 2013, o CDS, tem uma oportunidade para se reposicionar no tabuleiro político local, afastando-se das políticas até agora se-guidas, diferenciando claramente a sua proposta das alternativas, avançando já com um conjunto de ideias e só depois dar a conhecer as caras que representam a sua solução. Com o PS encabeçado por José Junqueiro, o PSD indeciso entre es-colher um mal menor ou alguém que ga-ranta que o lixo que se acumulou debai-xo do tapete não cheire muito mal, não tendo até ao momento um candidato de-clarado as opções do CDS, parecem pas-sar por Hélder Amaral, pela repetição de candidaturas anteriores ou até por uma candidatura aberta à sociedade com uma forte representação de independentes. “Neste momento resta ao CDS escutar e compreender a sociedade civil e avançar a todo o gás”, dizia no texto de opinião de Maio e passados largos meses continua a

perder terreno tanto para quem exerce o poder como para quem já está na corri-da. Agora que começa a ficar tarde, con-cluo como terminei o citado texto, e ago-ra CDS? “Vão reorganizar-se, vão fazer das fraquezas forças indo ao encontro da sociedade civil para ai recrutarem novas ideias e novas gentes que ajudem a pensar diferente a cidade? Vão celebrar um alar-gado “contrato social” com os Viseenses ou decalcar em coligação a “partidarite do caciquismo” de Ruas? Vão pensar no longo prazo ou dar-se por satisfeito com o presente próximo que apenas serve para contabilidade imediata?”. Para pescar neste inquinado lago laranja é preciso pôr lá os peixes e aclarar a água para um azul transparente porque com uma centena de militantes dos quais nem meia dúzia ac-tiva, no futuro, poderá levar a que o CDS Viseu deixe de ter representação parla-mentar. O caminho, mais seguro, passa por trabalho e pela garantia de 4 anos de dedicação e empenho para com os vise-enses e o concelho.

Como é que vai ser, Hélder?

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abertura

Os bispos da zona Cen-tro reuniram na segunda-feira, dia 21, no Paço Epis-copal de Viseu para deba-ter a formação de leigos. O Bispo da Diocese de Viseu, D. Ilídio Leandro adiantou que a necessida-de e o empenhamento das dioceses na formação de no-vos leigos dominou o encon-tro em que mensalmente é escolhido um tema de aná-lise. O mesmo serviu ainda para visitar o novo edifício a funcionar há uma semana, após a sua recuperação.

“Não há uma conclusão, estivemos a conversar sobre a formação dos leigos. Há necessidade de líderes e de animadores no campo lai-cal, no sentido de intervirem como portadores do pensar da Igreja nas grandes áreas da política, da economia e do campo social, por exem-plo”, salientou D. Ilídio Le-andro no final da reunião.

O Bispo de Viseu admitiu que a análise provou que “há uma carência grande” neste campo, reconhecendo a “ne-cessidade de mais leigos que estejam empenhados em testemunhar os valores hu-

manos e cristãos”, apesar de se sentir “grande esperança” nos últimos tempos com a entrada de novos colabora-dores para as paróquias.

Crise e família. “As famí-lias são quem está a segurar a crise”, adiantou D. Ilídio Leandro ao anunciar que as consequências da crise na família foi outro dos temas em análise no encontro de bispos do Centro.

“De manhã falámos mui-to na família e uma das no-tas muito clara que surgiu, foi que as famílias são quem está a segurar a crise. São aquelas que estão numa li-nha de poupança, numa li-nha de servir e até de banco de apoio aos filhos e fami-liares, a sustentar as gran-des consequências da crise que hoje se verifica no país”, disse.

Essa é a convicção dos bispos face ao problema do “desemprego galopante” que obriga os filhos jovens a “adiarem a construção do seu futuro”. Para o bispo de Viseu, o esforço das famílias está mesmo a “evitar mais convulsões e mais problemas

no país que podiam agravar ainda mais a situação”.

Segundo o bispo, Guarda é das dioceses mais atingi-das com o problema do de-semprego. Tal como já tem abordado essa preocupação em outras fóruns, o Bispo da Guarda, D. Manuel Felí-cio voltou a referenciar o as-sunto na reunião de Viseu, preocupado com o encerra-mento de grandes empresas naquele distrito que empre-gavam centenas de trabalha-dores, e o “desmoronar de empresas familiares”.

Soluções políticas pre-cisam-se. Do encontro de bispos em Viseu saiu ain-da uma chamada de aten-ção para os problemas que a crise do país está a criar em todas as dioceses. O “ape-lo”, segundo D. Ilídio “é para que as soluções apareçam com contributos políticos”, lembrando que não cabe à Igreja apontar soluções, os políticos é que “são manda-tados para encontrar solu-ções para as crises e para os problemas reais, a Igreja tem soluções que põe ao serviço das suas instituições”.

“Ainda hoje falamos na importância das institui-ções de solidariedade so-cial e na necessidade que te-mos de fazer apelo para que se evitem mandar pessoas para o desemprego”, salien-tou ao lembrar que “as ins-tituições da Igreja também estão a passar por situações difíceis”, nomeadamente a recusa do Governo em assi-nar novos acordos que per-mitem a abertura de mais valências sociais (ver caixa abaixo).

No encontro houve ainda tempo para falar da suces-são do cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo.

O cardeal anunciou o seu

pedido de resignação ao Vaticano em 2011, uma vez que o direito canónico de-termina que o pedido seja endereçado ao Papa antes do 75 anos. No entanto, José Policarpo, que completa 77 anos em fevereiro deverá manter-se no cargo até 2014, já que foi eleito por três anos e o mandato acaba no pró-ximo ano. Mas há notícias que colocam a hipótese de ser substituído ainda este ano de 2013.

“Pode ser este ano ou não, o papa é que decide a suces-são dos cardeais, nós não sabemos mais do que o co-mum dos mortais. Os jor-nais avançam nomes que

são prováveis”, respondeu D. Ilídio sem avançar com qualquer novidade.

Os três nomes de quem se fala desde 2011, como sendo os mais referidos dentro da Igreja e que o jornal Sol vol-tou a citar há duas semanas, são o do atual Bispo do Por-to, D. Manuel Clemente, o de Leiria-Fátima, D. Antó-nio Marto e o do Bispo-au-xiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo.

A reunião mensal dos bis-pos da zona Centro termi-nou com uma visita guiada ao novo Paço Episcopal de Viseu. Para o bispo anfitrião “foi uma primeira inaugu-ração”.

Bispos do Centro analisam em Viseua falta de leigos na IgrejaPreocupação ∑ Bispos preocupados com o facto de serem as famílias quem está a “segurar a crise”

Soluções ∑ “Os políticos são mandatados para encontrar soluções para as crises e para os problemas reais” (D. Ilídio Leandro)

∑ O Bispo de Viseu vai inaugurar no domingo, dia 27, o Centro Paroquial e Social de Santiago de Besteiros. A inauguração encerra a visita pastoral que D. Ilídio Lean-dro tem estado a realizar no concelho de Tondela.

O prelado parte para esta inauguração com uma pre-ocupação partilhada durante o encontro dos bispos da zona Centro: “O grande problema do pároco é que não consegue um acordo para a abertura de uma creche e de um centro de dia. Já tem o apoio domiciliário, que-ria alargar [a outras valências] mas não consegue. A Segurança Social diz que não tem capacidade de abrir acordos para valências novas ou o alargamento das que existem”.

CentroParoquial e Social de Santiago de Besteiros inaugurado domingo

textos ∑ Emília Amaralfotos ∑ Diana Melo

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REUNIÃO DE BISPOS DA ZONA CENTRO EM VISEU | ABERTURA

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REUNIÃO D

“O gosto de conhecer a nova casa e o gosto de a apresentar aos cole-gas”, assumido pelo Bispo está a proporcio-nar a realização de um conjunto de encontros nacionais e regionais no Paço Episcopal de Viseu.

Após a inauguração oficial do edifício re-modelado, vai decor-rer a 26 de fevereiro uma reunião dos bis-pos da Província Ecle-siástica de Braga (nor-te do pa í s), forma-da pelas dioceses de Braga, Aveiro, Bragan-ça-Miranda, Coimbra, Lamego, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

Nestes encontros, que junta bispos t i-tulares, auxiliares e

eméritos de todas as dioceses, são habitu-almente abordados di-versos assuntos rela-tivos à vida e ação da Igreja no conjunto des-tas dioceses.

E ste encont ro de Viseu acontece depois de a última reunião ter juntado em novem-bro do ano passado, no Centro Apostólico do Sameiro, os responsá-veis da Província Ecle-siástica de Braga e os da Província Eclesi-ástica de Santiago de Compostela compos-ta pelos bispos da Ga-liza (Espanha), em que foi decidido promover ações conjuntas para as dioceses da região, em particular no que diz respeito à reorganiza-ção pastoral das comu-

nidades católicas. Esta dinâmica pasto-

ral comum às dioceses, pode vir a ser amadu-recida no próximo en-contro de Viseu.

Na Igreja Católica são designadas Pro-víncias Eclesiásticas os agrupamentos de várias dioceses, cada qual sedeada numa sé catedral metropolitana e dirigida por um arce-bispo.

O mapa da atual or-ganização territorial da Igreja Católica em Portugal contempla três províncias eclesi-ásticas (Braga, Évora e Lisboa) e 20 dioceses, 18 no continente e uma em cada um dos arqui-pélagos, num total de mais de quatro mil pa-róquias.

Província Eclesiástica donorte reúne no Paço Episcopal

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à conversa entrevista e fotos ∑ Paulo Neto

“Há e sempre houve, uma boa relação entreo jornalismoe a política...”

Joaquim Letria é de há muito uma referência incontornável do jornalismo português. Onde e como lhe surgiu esta vocação?Começou, talvez, pela

banda desenhada. Pelo “Tim Tim”, que era jorna-lista e que me criou aquela ideia romântica de que um jornalista viaja muito, anda sempre a viver aventuras e defende os mais fracos. Houve também um livro que me consolidou essas ideias, o “Pão da Mentira”, do Horácio Maccoy que me lembro de dizer que o jornalismo era de causas, o dar voz a quem não tem voz, defender os fracos e os oprimidos, era aquilo que eu gostaria de fazer. A par das aventuras e das re-portagens foi pela BD e pe-las aventuras que me che-gavam, na tenra idade, à cabeça, que vi que era isso que eu gostava de ser. Ha-via duas profissões terrí-veis que se entaramelavam nisto tudo que era a de mo-torista de praça, porque me dava uma sensação de liberdade, uma pessoa es-tar no carro, numa rua en-tre gente que diz “vá para

tal sítio” cuja possibilidade de agitação e de imponde-rável me atraía muito. E a outra, que por um lado até é mais triste, era a de pa-lhaço. Sempre achei aque-la história muito bonita, de que o palhaço mesmo quando está muito triste e, se calhar, com um grande desgosto, tem que fazer rir os outros. De maneira que, entre estas três, optei pelo jornalismo. O jornalismo ganhou a tudo.

Ainda se lembra qual foi a primeira publicação e onde?Comecei a trabalhar no

jornalismo, a sério, no Di-ário de Lisboa, em 1962. As primeiras coisas que fiz, curiosamente nem tinham muito a ver com o jorna-lismo, embora pense que em grande parte dos jor-nalistas há sempre um es-critor falhado. A primei-ra coisa que publiquei foi no “Diário de Lisboa” e foi um conto. Eles publicavam contos ao domingo e foi aí que saiu. Eu tinha 18 anos e lembro-me que foi a pri-meira vez que vi o meu nome e um texto meu em letra de forma. Como jor-

nalista, a primeira história que tive para contar, para além daquelas rotinas que só fazem bem porque nos ensinam o que é o servi-ço público, as farmácias de serviço, os cinemas, entre outras, foi um incêndio.

Trabalhou na Associated Press, durante sete anos no período polémico da guerra no Vietname. Que ideia lhe ficou desse conflito que viveu de tão perto.O Vietname é uma coi-

sa que ainda hoje mexe muito comigo e quer eu, quer a minha mulher, pen-samos voltar lá o mais ra-pidamente possível, pre-cisamente porque é um povo extraordinário e um país admirável. Vivi de tão perto aquilo tudo, o que aquela gente sofreu, que é quase difícil ter isso na ideia. Porque se nós pen-sarmos na quantidade de bombas deitadas naque-le país, os desfolhantes, a guerra química, dos quais, infelizmente, ainda hoje encontramos algumas consequências, é extraor-dinário prever uma nação de gente jovem. A média

de idade, hoje, é por vol-ta dos 16 anos. Sente-se o futuro, vê-se ali qualquer coisa que não sabemos muito bem o que é, numa zona muito interessante. Tem a China a dominar por um lado, tem o Japão a converter-se não sei bem em quê, tem a Coreia pos-sivelmente a juntar-se e é muito interessante verifi-car isso num país que so-freu tanto contra os Chi-neses, Franceses, Ameri-canos, e que consegue ter hoje aquela vitalidade e alegria de viver.

A BBC esteve também no percurso de Joaquim Letria. Em que consistia o seu traba-lho e qual o momento mais marcante que recorda?

Éramos uma secção, onde estavam cinco jorna-listas e produtores de rá-dio. Eram os serviços ex-ternos da BBC que trans-mitiam rádio em onda curta para Portugal e para os territórios que falavam português, naquele tem-po as antigas colónias e o Brasil, embora na BBC o Brasil tivesse uma secção à parte, não só pela lín-gua, porque de facto eles não nos percebem, não entendem a nossa fonéti-ca. Aquilo que fazíamos era dar notícias e sobretu-do notícias também sobre Portugal. A sensação inte-ressante era que estáva-mos a dar notícias que em Portugal não se sabiam, não eram conhecidas.

Qual foi a relação político-social que desenvolveu com o general Ramalho Eanes?Quando voltei da BBC

para Portugal, a convite da RTP, tive uma entre-vista com o seu presiden-te. Eu estava numa sala de reuniões, convertida para sala de espera e estava lá um senhor major, farda-do, do exército português. Era o major Eanes, que vi-ria a ser diretor de pro-gramas. Eu tinha vindo de Londres e convidaram-me para diretor de informa-ção, portanto coincidimos, eu como diretor de infor-mação e ele de programas. Mais tarde ele chegou a ser presidente da RTP e eu continuei com o meu car-

Joaquim Letria nasceu em Lisboa a 8 de Novembro de 1943. Tem uma vida inteira con-sagrada ao jornalismo. Criou jornais de referência como o “Tal & Qual” e revistas como a “Sábado”. Locutor da rádio, foi da RCP à BBC. Jornalista da Associated Press. Criou vários programas televisivos como o célebre “Apanhados”. Escreveu livros. Foi porta-voz do General Ramalho Eanes durante a sua presidência da República. Professor do ensino superior e empresário.

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JOAQUIM LETRIA | À CONVERSA

go. Curiosamente, naquele dia, criou-se uma empatia que se construiu de uma maneira muito curiosa. Todos os dias íamos, al-moçar mais o engenhei-ro Sousa Gomes, e procu-rávamos fazer o balanço, quer do país quer da RTP.

Do “Diretíssimo” decorreu a célebre rubrica “Apanha-dos”, em 1979. Como surgiu a ideia e qual foi o melhor “apanhado” do programa? A ideia foi minha, em-

bora eu nem tenha mui-ta criatividade. Os “apa-nhados” eram um pro-grama muito popular na Grã-Bretanha e na Ingla-terra, e também nos Esta-dos Unidos, embora feitos de maneira diferente. Por-

tanto a ideia já existia, não era nada de novo. A ideia que tive foi querer perce-ber a reação dos portugue-ses naquelas situações. Há momentos perfeitamen-te insólitos e muito estra-nhos, e, para mim, é com câmara à vista, não é es-condida. Pedia-se às pes-soas para mentirem no te-lejornal, e as pessoas men-tiam alegremente e no fim ainda assinavam uma de-claração a dizer que auto-rizavam aquilo a ir para o ar. Nunca consegui arran-jar um sociólogo, ou psicó-logo, que explicasse por-que é que as pessoas se prestavam a isto, mas te-nho uma explicação: pen-so que seriam os tais cinco minutos de fama, as pesso-

as pensavam “faço isto e apareço na televisão”. Era um repórter de televisão, que apanhava uma pessoa na rua e dizia “Isto é para o telejornal. Houve um se-nhor que se atirou do ter-ceiro andar, mas já chegá-mos tarde. Importa-se de fingir que viu?”. As pesso-as contavam cada uma a sua história. Depois me-tíamos um contraditório, da nossa equipa que dizia “não, isso não foi assim”. E era engraçado ver as pes-soas a defender a sua men-tira de forma tão convic-ta.

Em 1980, a vitória da Alian-ça Democrática trouxe-lhe alguns dissabores profissio-nais, tendo sido demitido

de funções. Porquê essa perseguição e censura? Eu não fui demitido de

funções e os dissabores nem foram para mim, mas sim para a RTP. Em 1980 havia uma experiência muito curiosa, que tinha começado em 78, que foi a autonomia do segundo ca-nal, da RTP, dirigido pelo Fernando Lopes. E foi, tal-vez, das experiências mais importantes da televisão portuguesa. Tínhamos in-formação autónoma, com qualidade, alguns dos pi-vôs eram o António Mega Ferreira, o Hernâni Santos, Carlos Pinto Coelho, entre outros. Tínhamos um te-lejornal fantástico e pura e simplesmente acabaram com o telejornal e com to-

dos os programas autó-nomos do segundo canal. Eu era o diretor de infor-mação do segundo canal, com o Fernando Lopes e, de facto, continuei na RTP mas deixei de ter canal. Foi isso que a Aliança De-mocrática fez. E, no fun-do, nunca percebi muito bem porque o fez. Até por-que, foi uma pessoa muito ligada ao Partido Socialis-ta e depois à Aliança De-mocrática, o Vítor Rego. Foi ele que proibiu o “Tal e Qual”, e que contribuiu, com o Ângelo Correia, para que tivessem liquida-do esta experiência e esta autonomia.

Mas sentiam-se afrontados com o programa?

Eu não diria isso. Sen-tiam era uma grande dife-rença em relação aos ou-tros meios de comunica-ção, não tinham controlo. Aquele “canalzinho” in-dependente era realmen-te independente e, quer eu, quer o Fernando Lopes, o Carlos Pinto Coelho, o Hernâni Santos, não éra-mos pessoas que andásse-mos na babuje do poder. Logo, o mais fácil para o poder foi acabar com ele.

Após a eleição do General Ramalho Eanes para presi-dente da república, em 1980, foi nomeado para seu porta-voz até 1986. Como convive o jornalismo com a política?Por um lado, acho que

há um convívio entre o jornalismo e a política, sempre existiu e é até na-tural que exista, embora às vezes não seja o mais saudável. Porque muitas veze há uma promiscuida-de, como dizem os ingle-ses “if you’re nice to me i will be nice to you” [se fo-res bom para mim eu vou ser bom para ti]. Mas por outro lado também acho que é normal, se não vir-mos isto como um negó-cio. É até uma troca que temos com as nossas fon-tes. Não vamos tratar mal quem nos dá informações boas. Mas penso que há, e sempre houve, uma boa relação entre o jornalismo e a política, até porque é completamente natural. Por outro lado, há jorna-listas que, principalmente porque houve uma vicia-ção, houve a imprensa do Estado, perderam a auto-nomia. Outros não, claro!

Como surgiu o convite de Pedro Santana Lopes, para dirigir a revista “Sábado”, tendo em conta a tempes-tuosa relação com a AD?Penso que surge graças

à independência do Pedro Santana Lopes dentro do seu próprio partido, PSD, e em relação à própria AD. Eu não tinha qualquer re-lação com ele, fomos apre-sentados na primeira reu-nião em que ele me convi-dou para fazer a “Sábado”. Mas julgo que isso se de-veu à independência que ele tinha dentro do pró-prio partido e alguma am-bição pessoal. Ele próprio criou as condições exter-nas ao PSD para a criação daquela lista que não tinha

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À CONVERSA | JOAQUIM LETRIA

nada a ver com os acionis-tas nem com o PSD, nem com a AD. Aquilo era o Pedro Santana Lopes a funcionar noutro registo. A razão pelo qual me esco-lheu, e dito por ele, foi por eu ter alguma experiência. Eu tinha criado em 75 o se-manário “Jornal” e, mais tarde, quando proibiram o programa “Tal e Qual” avancei com outro jornal, o “Tal e Qual”. E, portan-to, ele veio à procura de al-guém que fosse capaz de criar jornais e coisas no-vas. Ele sabia muito bem o que queria. A “Sábado” não é uma invenção mi-nha, a consistência sim. O Pedro Santana Lopes sabia exatamente o que queria: uma revista de informa-ção. Na altura não havia nada do género em Portu-gal e fazia falta.

“Já Está”, “Tal e Qual”, “Rosa dos Ventos”, “Conversa Afiada”, “Cobras e Lagar-tos”, foram programas que criou e que estão ainda na memória de pessoas de vá-rias gerações. O que tinham em comum e qual recorda com maior saudade?O “Tal e Qual”, porque

foi um programa trans-mitido no segundo canal, muito secundário, com grandes zonas cinzentas, que não cobria no país, quer no interior quer na própria Lisboa. A mim deu-me muito prazer fa-zer esse programa porque bateu sempre a concor-rência do primeiro canal. Programa que chegaria a ser proíbido pelo Vítor da Cunha Rego, por causa de uma entrevista ao Carlos Wallenstein que fazia de padre. O papel era do ho-mem da Real Mesa Cen-sória. E isso foi o pretex-to para acabar com o pro-grama, dizendo que tinha sido uma provocação de mau gosto à igreja católi-ca. O que é curioso, por-que eu dava-me muito bem com o Cardeal, An-tónio Ribeiro, e ele che-gou a dizer-me que não ti-nha ficado chateado nem tão pouco a Igreja. Mas foi um programa que me deu muito prazer, tinha coisas sérias, tinha apanhados, e isso ajudava muito as au-diências. Foi um progra-ma em que eu conseguia misturar as coisas sérias com as mais leves e inte-ressantes. Hoje em dia fico

comovido quando apare-ce gente que ainda se lem-bra do programa. Na rádio foi o “Cobras e Lagartos”, na RDP, porque tinha um impacto tremendo na opi-nião pública.

Qual o entrevistado mais po-lémico que teve, mais difícil e o mais idiota?Penso que o mais polé-

mico terá sido o coman-dante Alpoim Calvão, na altura em que havia o MDLP. Estávamos no PREC e vivíamos uma al-tura muito tensa. Depois porque ele, antes de fazer-mos a entrevista, em dire-to, teve palavras ameaça-doras para mim, mas que não me perturbaram. Só seriam preocupantes nou-tra situação. O mais difí-cil foi o ministro Cadilhe, ministro das finanças, que por ser muito inteligente, interessante nas respos-tas e por ter respostas curtas, deixava-me com-pletamente aflito. O mais idiota… Não sei, mas pos-so dizer que tive entrevis-tas que foram entrevistas falhadas. A que mais gos-tei de fazer, apesar de não ter feito nenhuma rastei-ra, mas tendo caído por ele próprio, foi ao Álva-ro Cunhal. Perguntei-lhe para que Caixa de Provi-dência descontava e res-pondeu que era para o Sin-dicato dos Empregados de Escritório. Depois entrou numa de dizer que ganha-va sete contos e que na al-tura chegava muito bem porque um comunista vi-via com pouco dinheiro. Aquilo deu uma grande bronca. Estavam na altu-ra da concertação social, a negociar os aumentos de salário e o Álvaro Cunhal dizer em televi-são que com sete con-tos um comunista vi-via bem… E o proble-ma é que depois nas negociações tiveram grandes dificuldades, porque supostamen-te não precisavam de mais dinheiro.

Lançou o livro “A Verdade Confisca-da. Escândalo – A Armadilha da Nova Censura”, em 1998. Que verdade é essa e que livro vai ser lançado hoje, dia 15?Esse livro foi muito in-

teressante, mas desapa-

receu, está esgotado. Tem muito que ver com aquilo que é o papel da comuni-cação social. É um pouco daquilo que os jornais fa-zem, o julgamento na pra-ça pública. Por outro lado, a verdade está muito con-dicionada por aquilo que os jornais escrevem. O que os jornais dizem, ou não dizem, é o que acaba por ser a verdade. O livro era sobretudo isto. Curiosa-mente o livro desapareceu, mas espero que tenha ven-dido muito! O livro de hoje é um livro muito curio-so, e que eu não contava que fosse tão interessan-te. Conta as experiências de portugueses na China e de chineses em Portugal. É um livro cujo próprio tí-tulo, “Em bicos de pés e de olhos em bico”, no iní-cio não me agradou, mas depois percebi que é real-mente interessante, com depoimentos muito bons quer de um lado quer do outro. São experiências vi-vidas no Império do Meio, Pequim, Xangai e Cantão, tem uma ou duas histórias de Macau. E depois tem os chineses cá, mas que são músicos de rua, investiga-dores da Gulbenkian, pro-fessores na Faculdade de Letras. São peripécias de como nós os vemos e de como eles nos vêm a nós. Tem dois embaixa-dores, um

que escreveu o prefácio, João de Deus Ramos e o embaixador José Duarte que também conta a sua experiência na China. Não estava mesmo nada à es-pera que fosse um livro tão interessante. Fui con-vidado para o apresentar, pelo Engenheiro Teixeira Carneiro, que é do ISCIA, onde fui professor. Tenho muito gosto em satisfazer este pedido a um amigo e de vir a Viseu, cidade de que gosto bastante.

Em que área decorreu, a sua experiência como docente universitário? Foi gratificante partilhar a sua enorme experiência com futuros profissionais? Um lema para quem começa no Jornalismo?Gratificante foi. A mi-

nha experiência de aulas

de jornalismo foi na Esco-la Superior de Jornalismo do Porto, a convite de Má-rio Mesquita. Na altura ti-nha a ideia, apesar de pro-fundamente enganado, de que só ensinava quem não sabia fazer, porque quem sabe faz. Mas o Mário Mesquita insistiu muito, dava lá aulas e eu pensei que em termos de currí-culo não ficaria mal! Mas depois descobri que afi-nal estava errado e gos-tei mesmo muito de ter dado aulas. Tive um pri-meiro ano, com alunos e alunas interessantes, como é o caso da Judite de Sousa e a Fátima Campos Ferreira. Esta possibilida-de de dar aulas surgiu de forma inesperada mas foi muito gratificante. Acei-tei e nunca mais parei. Dei aulas na área das ciências da comunicação e televi-

são. Um lema, que é o mesmo que me en-

sinaram quando era jovem, “des-conf iem sem-pre”. Eu costu-mo, às vezes, citar um ve-lho profissio-nal america-no, que além

d e m e u

mestre, foi meu amigo, e que trabalhou na Associa-ted Press, John Wheeller. Dizia ele: “A tua mãe diz que te adora, investiga”. Isto era obviamente uma caricatura para as fontes, nós temos sempre que in-vestigar, desconfiar, ve-rificar se os burlões que dizem que sabem, sabem realmente mesmo.

Hoje é empresário, faz consultoria de comunicação e mantém-se ligado à televi-são através da produção de documentários. Em jeito de balanço uma enormíssima polivalência. Quem é, afinal, Joaquim Letria?Eu tenho sempre a im-

pressão que lá em casa ninguém sabe quem é Joaquim Letria e por ve-zes nem eu sei. Penso que, no fundo, aquilo que eu gostaria de ter sido era em nada daquilo de que já falei na entrevista, se-riam talvez outras histó-rias mais bem contadas, mais ficcionadas que eu até hoje nunca consegui escrever. E hoje, quan-do penso em as escrever lembro-me que já está tudo dito ou quase tudo dito. Acho que sou mais esse, o das coisas que fi-cam por fazer, do que das coisas que fiz, apesar de ter gostado da minha vida

e de ter chegado até aqui.

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g ,depois percebi que é real-mente interessante, com depoimentos muito bonsquer de um lado quer do outro. São experiências vi-vidas no Império do Meio, Pequim, Xangai e Cantão, tem uma ou duas históriasde Macau. E depois tem os chineses cá, mas que são músicos de rua, investiga-dores da Gulbenkian, pro-fessores na Faculdade de Letras. São peripécias decomo nós os vemos e de como eles nos vêm a nós.Tem dois embaixa-dores, um

pda comunicação e televi-

são. Um lema, que é o mesmo que me en-

sinaram quandoera jovem, “des-conf iem sem-pre”. Eu costu-mo, às vezes, citar um ve-lho profissio-nal america-no, que além

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região

As obras de remodelação do estabelecimento pri-sional especial de Viseu (Campo) previstas pela Direcção-Geral de Rein-serção e Serviços Pri-sionais (DGRSP) deve-rão começar no final de março. A empreitada faz parte do plano de obras a realizar em 11 cadeias portuguesas, entre 2013 e 2016, elaborado pela DGRSP, com início pre-visto para final do pri-meiro trimestre de 2013, financiado através do Fundo de Modernização da Justiça para interven-ções consideradas mais urgentes e prioritárias nos estabelecimentos prisionais, sendo a inter-venção de Viseu a maior obra previsto orçada em cerca de cinco milhões de euros.O diretor do Estabeleci-mento Prisional Regional de Viseu, Miguel Alves disse ao Jornal do Centro que não tem qualquer in-formação oficial sobre o

arranque das obras, mas há indicações de que “está tudo encaminhado nesse sentido”.As obras previstas no pla-no da DGRSP dizem res-peito à requalificação dos interiores dos edifícios, equipamento e infor-matização dos mesmos. Miguel Alves, lembra que tudo o resto já foi feito em três fases por uma briga-da de presos do estabe-lecimento prisional – os inertes foram arranca-dos, as paredes picadas, os telhados recolocados – com um custo de cerca de 150 mil euros. “Um terço do que se gastaria se não fosse feito com mão-de-obra prisional”, lembrou Miguel Alves.A requalificação do es-tabelecimento prisional especial de Viseu é “uma luta” que o diretor trava desde 2003, reafirmando que o funcionamento em pleno desta prisão acaba-ria com os problemas de falta de espaço no esta-

belecimento prisional re-gional de Viseu, podendo este até encerrar. O mes-mo está encravado numa zona residencial urbana (Bairro Municipal), está sobrelotado, uma vez que a sua capacidade é de 54 reclusos e ultrapassa os 60 reclusos, e funciona limitado de espaço o que impede a prestação de formação e outro tipo de atividades aos reclusos.“Quando tudo estiver consolidado não faz sen-tido o estabelecimen-to da cidade continuar aberto”, refere Miguel Alves ao citar mais uma vez que a prisão do Cam-po tem neste momento 19 reclusos em regime aber-to, quando tem capacida-de para receber 221. Pos-teriormente, quando for concluída a segunda fase global da obra que inclui um pavilhão de raiz para formação e oficinas, pode receber 300 presos.

Emília Amaral

Obras na cadeia do Campo em marçoNacional ∑ Requalificação faz parte de plano nacional para

11 estabelecimentos

A Parte das obras já foram realizadas por uma brigada de presos

ROUBADOSLamego. Os três santos mais valiosos da Capela da Nos-sa Senhora das Candeias, em Avões de Lá, Lamego, foram furtados por desco-nhecidos, na madrugada do dia 17. A PJ está a investigar este roubo de arte sacra. O alerta foi dado por uma mu-lher que se preparava para arranjar o espaço antes da celebração de uma missa. A população da aldeia está em choque. Os ladrões en-traram pela porta da sacris-tia e levaram também um cálix. “A fechadura estava rebentada, o que indica que foi forçada. E a porta arrom-bada”, explicou.

ASSALTADOViseu.Dois homens, um de-les com cara tapada, assalta-ram um ourives, sob ameaça de uma arma, roubando-lhe uma mala com 30 gramas de ouro, ontem, pelas 19h30, em Santarinho, Viseu. O assalto ocorreu quando o ourives estava a chegar a casa. Os dois assaltantes es-tariam à sua espera e abri-ram a bagageira do carro, de onde roubaram a mala com o ouro. A PSP de Viseu to-mou contá da ocorrência, estando a investigação a cargo da Polícia Judiciaria de Coimbra, por se tratar de um roubo à mão armada.

DETIDOTabuaço. O Núcleo de Inves-tigação Criminal da GNR de Moimenta da Beira, em co-laboração com militares do Posto Territorial de Tabua-ço, deteve um indivíduo do sexo masculino, de 42 anos de idade, por posse de arma ilegal, na segunda-feira, dia 21, pelas 16h30, em Chavães, Tabuaço. Foi apreendida uma pistola de defesa adap-tada para calibre 6,35mm, 1 carregador, 30 munições calibre 6,35mm, 1 munição de salva calibre 8mm, 3 car-tuchos, 140 pedaços de ras-tilho utilizados no fogo-de-artifício.

O FMI a agricultura e a PAC

Opinião

Neste período a que mui-to é solicitado o contributo para a definição ou redefi-nição das tarefas e obriga-ções a ficarem sob a alçada do estado, muito se comen-ta, conjectura mas pouco se concretiza.

As medidas recomenda-das pelo FMI provocaram um grande alvoroço. Criti-ca-se, e muito, o estudo que compara Portugal com os restantes países europeus. Os dados vertidos revelam cenários e tendências a que se junta um conjunto de su-gestões que poderão indu-zir e preconizar alguns dos possíveis caminhos a tra-çar. Muitos não se revêem nesta análise algo redutora. Outros, apontam-nas como as mais exequíveis e cer-tas. Neste hiato de tempo, e perante um conjunto de estéreis discussões, o FMI apresenta um novo estudo com medidas de aplicação no imediato. De forma re-sumida, profetizam o cor-te de impostos e taxas em alguns bens e serviços e o seu aumento noutros. O de-bate proposto, e que supos-tamente pretendia envolver toda a sociedade, revelou-se um lamentável episódio. A ausência de uma estra-tégia comunicacional por parte do governo foi pron-tamente copiada nas jorna-das parlamentares do PS, com o episódio da ADSE.

Muitos dizem que as ideias, leva-as o vento. Hoje, enunciam-se desta maneira, amanhã concretizam-se de outra, com o foco temporal a recair nas habituais bito-las: descontentamento da sociedade, tendências das sondagens, a que não são estranhas as permanentes movimentações e guerras internas dos partidos. A luta entre os líderes, os pos-síveis e eternos candidatos. A gestão partidária ao mo-mento. Não foram estes os motivos que catapultaram o chumbo do PEC IV? Não será esta a história que ago-ra se repete com o PS?

Em termos agrícolas, o país despertou repentina-mente para este importan-te pilar que nunca se deve-ria ter menosprezado e tão pouco abandonado. Os pro-jectos a executar aparecem em catadupa. O regresso à terra é aparentemente um facto consumado de Norte a Sul. Será consolidado? A

ver vamos. No entanto, nes-te momento em que ainda não foi possível fazer o em-parcelamento das terras e a sua reafectação, importa saber que actividades de-vem e podem ser objec-to de ajuda e de incentivo. Todas? Devemos central a produção nacional ape-nas em alimentos dos quais necessitamos diariamente? Devemos definir e consoli-dar linhas estratégicas a 30 ou 50 anos? Incentivamos uma agricultura de proxi-midade em pequenas par-celas de terreno ou fomen-tamos a produção em larga escala, em determinadas fileiras que nos permitam competir a nível europeu? Provavelmente, ambas te-rão e deverão existir. Nesta fase, importa definir qual o peso a atribuir a cada uma delas. Portugal necessita de aclarar com rigor as fileiras agrícolas para onde deve-rá conduzir os investimen-tos, uma vez que o territó-rio é pequeno e nem todos os terrenos e regiões de-notam o mesmo potencial agrícola. Estes investimen-tos não deverão, se possível, estar também articulados com todo o sector de trans-formação agro-industrial, onde denotamos elevada capacidade e franco pres-tígio, criando deste modo uma cadeia de valor de pro-dutos genuinamente nacio-nais?

Parece premente que ne-cessitaremos de equacionar e redimensionar o peso que a agricultura deverá ter no futuro, através de um pro-fícuo estudo num espaço temporal alargado.

No caso de não conse-guirmos desenvolvê-lo, tal-vez seja o momento de pedir ao FMI que o faça, pois pos-sivelmente terão também ideias muito concretas so-bre esta matéria. Seria, no entanto, prudente que as hipotéticas directrizes a se-rem vertidas possam estar articuladas com as indica-ções a imanar pela PAC (po-lítica agrícola comum) a lon-go prazo, salvaguardando, e bem, a posição portuguesa.

Terá sido sempre assim?

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

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REGIÃO

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Sátão é o município do distrito de Viseu pior classificado no “Indica-dor Concelhio de Desen-volvimento Económico e Social de Portugal”. É a conclusão de um estudo desenvolvido pela Uni-versidade da Beira Inte-rior (UBI) que pretende avaliar a qualidade de vida dos municípios por-tugueses. O concelho de Sátão foi ainda conside-rado um dos piores a ní-vel nacional.

Esta é a terceira edição de um estudo iniciado em 2007, elaborada no últi-mo trimestre de 2012. In-clui 48 indicadores base-ados em dados de 2010 do Instituto Nacional de Es-

tatística (INE) e referen-tes aos 308 municípios de Portugal. A classifica-ção final dos concelhos tem em conta condições materiais, sociais e eco-nómicas subdivididas em itens como número de centros de saúde ou equipamentos culturais por cada mil habitantes, a taxa de escolarização ou o dinamismo econó-mico.

“Este estudo foi feito de qualquer maneira, não é rigoroso nem científi-co e por isso não mere-ce credibilidade”, referiu ao JC Alexandre Vaz. O presidente da Câmara de Sátão não ficou satisfei-to com o resultado. “Em

relação às últimas edi-ções do estudo, em que estávamos melhor clas-sificados, tivemos um de-créscimo brutal. Isso não se entende, uma vez que hoje temos uma cobertu-ra de 96 por cento ao ní-vel do saneamento básico no concelho e criámos a Casa da Cultura. Inves-timos e eles não tiveram isso em consideração”, justificou.

Ao que o JC apurou, Viseu, considerada a ci-dade com melhor quali-dade de vida, em 2012, se-gundo o estudo da DECO, ocupa a posição 90, do estudo da UBI.

Nos estudos realizados em 2007 e 2009, o con-

celho de Sátão ocupou o 212 e 238 lugar, respetiva-mente. Agora, ocupa o lu-gar 304. Segundo o coor-denador do estudo, José Pires Manso, os números apresentados mostram que “o país anda a três velocidades, uma para os municípios mais urbanos do litoral, e depois há o interior do país, que po-demos dividir em zonas mais rurais e outras mais urbanas”. Os 30 municí-pios que ocupam os últi-mos lugares neste estudo estão essencialmente em áreas rurais e a maioria pertence ao norte e cen-tro do país.

Tiago Virgílio Pereira

Univerdidade da Beira Interior considera Sátão um dos piores municípios do paísPolémica∑ Alexandre Vaz diz que estudo “não é rigoroso nem científico e por isso não merece credibilidade”

A Autarca satense está indignado com o resultado do estudo da UBI

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educação&formação

A Bestcenter está a pro-mover até ao próximo dia 8 de fevereiro, uma cam-panha de recolha de li-vros didáticos e de histó-rias, bem como cd s didá-ticos e pedagógicos para as crianças do Centro de Atendimento Temporá-rio de Viseu (CAT).

O CAT é uma institui-

ção que acolhe crianças em situação de risco en-tre os zero e os 12 anos, decorrentes de abando-no, maus tratos ou negli-gência.

Esta recolha de livros e cd s faz parte do pro-jeto final de um grupo de formandos que está a participar na ação de for-

mação modular certifica-da “Animação Socioedu-cativa”.

A Bestcenter apela a todos os que queiram as-sociar-se a esta iniciati-va, para entregarem até ao dia 7 de fevereiro os donativos na sua sede, na Rua dos Deficientes das Forças Armadas, em

Marzovelos, Viseu ou no seu Centro de Formação, na Avenida Cidade de Aveiro.

A entrega dos donativos às crianças do CAT vai acontecer no dia 9 de fe-vereiro, depois de alguns momentos de leitura di-namizados pelo grupo de formandos.

Formandos da Bestcenter promovem ação de recolha de livros e cd’s

As associações de pais do distrito de Viseu alertam para a necessi-dade dos pais se organi-zarem no sentido de re-presentarem melhor os seus educandos. O alerta foi deixado no XIII En-contro Regional da As-sociações de Pais, orga-nizado pela Frapviseu, no passado sábado, que juntou mais de 50 asso-ciações de pais, na Es-cola Secundária Alves Martins.

“Só através de uma es-trutura associativa de-vidamente organizada é possível representar aquilo que os nossos fi-lhos e educandos nos passam, que é uma pro-curação para os repre-sentarmos”, adiantou o presidente da Federa-ção Regional de Asso-ciações de Pais de Viseu (Frapviseu), Rui Martins no final da reunião.

O encontro de pais considerado por Rui Martins de “grande oportunidade” focou-se ainda a problemática das obrigações fiscais das associações de país que é necessário ter em conta.

“Essas entidades aca-

bam por estar sujeitas a cumprir uma serie de procedimentos. O não cumprimento implica logo a aplicação de coi-mas e é bom que os pais que assumem estas as-sociações estejam sensi-bilizados para esse tipo de necessidade e para este cumprimento le-gal”, alertou o dirigente.

Face às críticas que têm vindo a público so-bre o novo estatuto do aluno, Rui Martins re-feriu que ficou claro no encontro de associa-ções que “o mesmo não se aplica é incoerente e, portanto, não faz senti-do nenhum”.

Ao longo da reunião foi dito que as associa-ções de pais ainda en-contram “muitos obstá-culos ao facto de pode-rem estar no dia-a-dia nas escolas”. Ficou o alerta de que “as difi-culdades são cada vez mais nas escolas”, mas no distrito de Viseu não há registo de situações de crianças mal alimen-tadas nas escolas ou de outros problemas.

Emília [email protected]

Pais do distritoreúnemem Viseu

A O encontro decorreu na Escola Secundária Alves Martins

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Este suplemento é parte integrante da edição nº 567, de 24 de janeiro de 2013, do semanário Jornal do Centro. Não pode ser vendido separadamente.25O MERCADO AUTOMÓVEL NO JORNAL DO CENTRO

MOTORESO meu O meu

querido querido carrinho…carrinho…

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Com alguma periodicidade, o Jornal do Centro publica um suplemento “Mo-tores”. Através dele e pretendendo dar voz ao sector automóvel, informa o lei-tor que não recorre à imprensa especia-lizada, das principais novidades que as marcas têm para apresentar.

Desta feita, tentou saber directamen-te da boca dos concessionários locais, também, quais as dificuldades sentidas e esperadas nesta área empresarial.

Os automóveis têm sido uma mina de ouro para os governos. Quer através do ISV, do IVA, do IUC, do ISC, das porta-gens, etc. Hoje é quase “pecado” ter um veículo, sabendo nós que fruto de todas estas “aplicações” e/ou espoliações, o carro vendido em Portugal é um dos mais caros da Europa. A título de exemplo, en-quanto um alemão, em média, precisa de 12 salários mensais para adquirir um veí-culo novo, o português precisa de 35…

Para melhor entendermos esta reali-dade, o preço médio antes de impostos é de 0,693 E na gasolina e 0,779 E no gasóleo. Outra verdade: em 2012, o pre-ço médio do gasóleo só não sofreu al-terações em 10 dias seguidos e o da ga-solina em 17 dias seguidos. Que o mes-mo é dizer que foi rara a 2ª feira em que

não se verificassem alterações do pre-ço, independentemente da variante do valor do crude. As portagens subiram. A título de exemplo na A5 verificou-se um aumento de 4%. Em geral, tiveram aumentos ao dobro da inflação. O go-verno tirou o incentivo ao abate que na Espanha e na Grécia continua em vi-gor. Por tudo isto e muito mais do que o referido, a ACAP anunciou o encer-ramento de 2.500 empresas do sector em 2012, com despedimentos de 21 mil pessoas, devendo-se a queda de 40,9% na venda dos carros em 2012 à diminui-ção do rendimento das famílias. Por exemplo, a Renault, a Volkswagen e a Peugeot que lideram as vendas no nos-so país, tiveram de 2011 para 2012 uma diminuição de vendas de 36,7%, 33,9% e 35%, respectivamente. Daqui decor-re ainda um brutal envelhecimento do parque automóvel com o consequente aumento da sinistralidade

Em suma, este domínio enfrenta um período dificílimo, de consequências económicas e sociais arrasadoras, a re-querer muita imaginação, sacrifícios e competência da parte dos fabrican-tes, importadores e concessionários. Paulo Neto

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16suplementoMOTORES 24 | janeiro | 2012

Não podemos falar da Fini-classe 2002 em Viseu, sem falar-mos de Grupo Finiclasse que se constitui também pela Finiclasse 2000 na Guarda e pela Finiclasse Gestão na Guarda e em Castelo Branco, que representa as mar-cas Mercedes-Benz, Smart, Ford e Seat. Foi relevante para a atribuição destas Concessões, a longa expe-riência e os indicadores de desem-penho operacional e de qualidade, pelos quais, o promotor Francisco Fernandes, sempre conduziu a sua atividade na ligação ao comércio automóvel.

Com vista ao perfeito desempe-nho da sua atividade e em sintonia com os elevados padrões de rigor, enfoque no cliente, qualidade e ex-celência. A Finiclasse está dotada de técnicos com formação qualifi cada e equipamentos tecnologicamente adequados, o que tem contribuído para que há vários anos as empre-sas tenham vindo a ser distinguidas com o estatuto de PME líder.

Balanço de 2012O setor automóvel foi um dos

mais afetados pela crise económica e fi nanceira no nosso país, também pela elevada carga fi scal, direta e indireta, a que tem sido sujeito. Co-nhece em 2012 um dos anos mais críticos, que só encontra compara-ção na década de 80 passada.

Não obstante, a Finiclasse 2002 fruto de um conjunto de medidas

tomadas a efeito no último semestre de 2011 e no decurso de 2012, que compreenderam a restruturação e reorganização da sua equipa, a for-mação dos seus quadros e a altera-ção do paradigma do negócio, con-segue terminar o ano de 2012 com crescimento moderado nas vendas de automóveis e na prestação de serviços face ao ano transato. Este tinha sido o objetivo, ambicioso, aceite pela equipa de profi ssionais que integram a Finiclasse 2002 e passado a fi rme no fi nal do ano, facto que nos congratula e confi rma a entrega e o profi ssionalismo de todos quantos ali trabalham

Previsões para 2013Será um ano que se prevê difícil

para todos os sectores de ativida-de, tomando por base os constran-gimentos económico-fi nanceiros que o país atravessa e sendo o sec-tor automóvel aquele que mais tem sofrido, as nossas expectativas não são diferentes.

Motiva-nos a ambição, cautelo-sa, da manutenção dos números atingidos em 2012 assente no fac-to da marca que representamos, a Mercedes-Benz, ter um conjunto de novos produtos recentemente apre-sentados e o lançamento de novos modelos no decurso deste ano

Lançamentos para 2013Para a Mercedes-Benz, este vai

ser mais um ano cheio de novida-de senão vejamos, Em Abril chega o CLA, o coupé de quatro portas derivado do Classe A, Em Abril e Maio assistiremos ao lançamento da renovada gama E, Sedan Sta-tion, Coupé e Cabrio e por ultimo o lançamento do novo Classe S em Julho.

Rui Paulo SilvaGerente da Finiclasse 2002, Lda

CITROËN C- ELYSÉEQual o balanço

de 2012?Registou-se uma

queda bastante acentuada que não tinha sido tão notó-ria no ano transato face ao mercado. Foi um ano de mui-tas mudanças e que as empresas ti-veram que se saber adaptar.

Previsões para 2013?Estamos a prever um volume de

vendas semelhante ao ano transato, com uma ligeira subida nas viaturas usadas.

Quais são os lançamentos para 2013?

Será um ano de grandes lança-mentos temos o C-Elysée agora em Janeiro, o C4 Picasso e Grand Pi-casso e iremos terminar com o DS3 Cabrio.

Tem a palavra

Marco Nery Chefe de Vendas da Auto Sertório

O novo C-Élysée é um carro que se destaca pelo conjunto de linhas vincadas e harmo-niosas, que lhe conferem um toque de elegância, sem fugir à personalidade da marca.

Apresenta-se como um carro com dimensões de seg-mento superior 4,43 metros de comprimento, 1,71 de lar-gura e 1,47 de altura e com a versatilidade das quatro portas e generosa tampa da bagageira. Medidas que se refl etem depois num espaço interior notável, que em muito contribui para o conforto dos passageiros.

O bem distribuído espaço interior, que em nada prejudi-ca a capacidade da bagageira, com excelente capacidade para 506 litros (VDA), é sem sombra de dúvida uma das maiores propostas de valor

deste veículo. Soma-se aqui o grande conforto dos assen-tos, potenciado por porme-nores, como o apoio de braço localizado no lado direito do banco do condutor.

Ao nível da arquitetura in-terior do C-Elysée, é clara a aposta em materiais resisten-tes, de fácil manutenção, em detrimento de algum porme-nor mais rico que valorizasse

esta nova aposta da Citroen. O Citroen C-Élysée dispõe

de ar condicionado com dis-play digital, cruise control, au-torrádio com mp3, kit mãos-livres Bluetooth e sistema de assistência ao estaciona-mento. Quem desejar perso-nalizar o veículo pode ainda contar com uma vasta gama de acessórios, como faróis de nevoeiro, retrovisores elétri-cos, bandas transparentes de proteção de para-choques, frisos laterais, sistemas de navegação semi-integrados, entre outros. O C- Elysée conta ainda com direção as-sistida elétrica e com um bi-nário excelente que o tornam fácil de conduzir.

A nova aposta está dispo-nível com dois motores, um a gasolina (1.2 VTi 72 CV) e ou-tro a diesel (1.6 HDi 92 Cv).

Mercedes-Benz CLAA Mercedes-Benz criou

um novo modelo dotado de inúmeras qualidades. O novo Mercedes Benz CLA recorre à aerodinâmica de referência mundial e desperta a imagi-nação dos modelos concor-rentes. Com o lançamento do CLA, a Mercedes-Benz aposta num novo segmen-to de mercado e recorre ao design “Concept Style Coupé”, transportando este conceito para a produção em série.

O CLA apresenta-se equi-pado de série com o sistema COLLISION PREVENTION ASSIST, que tem a capaci-dade de alertar o condutor para a existência de um obs-táculo, e de dar início a um efi caz processo de travagem assim que o condutor pres-siona os travões.

Respeitando a sua con-cepção desportiva, o CLA está disponível com moto-res com potências até 211 cv (155 kW), suspensão desportiva e tração inte-gral 4MATIC. Os destaques tecnológicos deste novo ícone do design englobam um novo recorde mundial em aerodinâmica para mo-delos de produção em série, bem como diversos siste-mas de assistência à condu-ção, incluindo o sofi sticado dispositivo COLL.

A aparência desportiva e o design interagem com as superfícies do veículo, con-

ferindo a este Coupé de qua-tro portas um apelo visual inconfundível. O seu interior refl ete a criteriosa seleção de materiais de elevada qua-lidade e uma combinação de materiais opcionais. Todas estas superfícies deste novo modelo estão revestidas com uma tonalidade som-breada, o que resulta num acabamento metálico com um efeito “cool touch”.

Elegante e fl uido: o novo Mercedes CLA dispõe das particularidades mais mar-cantes que englobam, um capot com saliências incor-poradas na frente do veícu-lo, e a grelha em forma de diamante.

Os faróis, com os conjun-tos de LEDs alojados junto ao vidro, foram concebidos para criar o “efeito de cha-ma” das luzes de circulação

diurnas. Uma “assinatu-ra” que defi ne a aparência enérgica do modelo e ex-pressa uma nova face da Mercedes-Benz.

Como opção, ainda tem um teto de abrir panorâmi-co. Este teto consiste numa cobertura fi xa em policarbo-nato à frente, um elemento móvel em cristal mineral e guarnições laterais que dão o aspeto de vidro. Dota-do de bancos integrais, foi dada prioridade aos lugares exteriores de acordo com uma confi guração 2+1. Em função da decoração inte-rior escolhida, estão dispo-níveis, costuras com cores que contrastam com os res-tantes revestimentos.

O novo CLA chega-rá aos concessionários Mercedes-Benz no 2º tri-mestre de 2013.

Auto-Sueco Coimbra 2 Vehicles, Unipessoal, LdaConcessionário Volvo, Mitsubishi, Mazda, Land Rover e Jaguar.

Tem a palavra

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17suplementoMOTORES24 | janeiro | 2012

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LitocarConcessionárioRenault, Dacia e Honda

A Ondacentro é o novo concessionário Honda no distrito de Viseu desde o dia 14 de Janeiro de 2013.

Inserido na região de Coimbra desde 1992, o concessionário foi adqui-rido pelo Grupo Litocar em 2006. Com sede nas instalações do Grupo de Coimbra Sul, inauguradas em 2007, a Ondacentro vê agora o seu raio de acção alargar-se ao distrito de Viseu.

As novas instalações da Ondacentro estão integra-das no edifício Litocar, na Avenida Fortes da Gama em Fragosela, implanta-das numa área total de 15.920m2, disponibilizam aos visienses todos os serviços que um conces-sionário Honda tem para oferecer.

Com um espaço dedica-

do a veículos novos, onde estão disponíveis os mo-delos Honda, as novas ins-talações oferecem também um espaço destinado a veículos usados – Usados 100%, a marca de veículos de ocasião multimarca do Grupo Litocar. Ao nível do pós-venda, a Ondacentro disponibiliza os serviços de mecânica e colisão. Também o serviço de alu-guer de viaturas, o serviço de Inspecção Periódica Obrigatória, o serviço de recolha e entrega de viatu-ras, marcações de ofi cina on-line e a comercializa-ção de peças e acessórios originais Honda estarão disponíveis para clientes particulares e empresas, desde já, nas novas insta-lações de Viseu.

Ford FiestaQual o balanço de 2012?O balanço não podia ser pior.

Em 2012 as vendas de carros no nosso concessionário caíram e registou-se uma quebra no sector automóvel. Esta quebra foi a maior dos últimos 27 anos.

Previsões para 2013?Uma previsão muito idêntica à

do ano passado. Com medidas de austeridade impostas pelo gover-no implicam uma previsão de um ano pior. Muito provavelmente, o registo de vendas será inferior ao do ano passado.

Quais são os lançamentos para 2013?

Na Garagem Lopes destaco o lançamento do novo Ford Fiesta e o novo Ford Kuga e Transit.

Octávio SoaresAdministrador da Garagem Lopes

Tem a palavra

A maior novidade do Fiesta é a sua dianteira, com uma nova grelha frontal, novos faróis com luzes diurnas LED e um novo ca-pot. Foram incluídos piscas nos espelhos retrovisores e novas jantes especiais, tudo para con-ferir um ar mais cosmopolita ao veículo.

Este novo modelo destaca-se pelo seu novo motor 1.0 EcoBo-ost, com o qual a Ford espera al-cançar valores recorde de econo-mia. Este motor, de três cilindros, com injecção directa de gasolina, vai estar disponível com potência de 100 a 120 cv, associado a uma caixa manual de cinco velocida-des, e a uma transmissão manual de seis velocidades no segundo caso.

Em 2013 a oferta Diesel não so-frerá alterações. A Ford revela, até ao momento, que o novo Ford Fies-ta ST 2013 é um utilitário desportivo

com motor 1.6 EcoBoost a gasóleo de 180 CV, que debita mais 20% de potência se comparado com moto-res equivalentes.

O seu interior deu um salto qua-litativo, levando a um toque mais “premium”. Tecnologicamente, esta inovação inclui o sistema de conetividade Ford Sync, o Active City Stop e a estreia europeia do MyKey. Este sistema permite limi-tar parâmetros de funcionamento do automóvel, como a velocida-de ,o volume do auto-rádio e os cintos de segurança, incentivando sempre a uma condução mais se-gura.

O Active City Stop foi desenvol-vido para tentar impedir as colisões a baixas velocidades, enquanto o sistema de conetividade Ford Sync permite ativar por voz chamadas telefónicas e selecionar músicas através de dispositivos conectados via USB ou Bluetooth.

Opel MokkaQual o balanço de 2012?O grupo Lemos e Irmão faz um

balanço negativo do ano de 2012.O sector automóvel foi um dos mais afectados pela crise que atravessa o país e, o atual panorama não nos favorece com na hora do cliente comprar.

Previsões para 2013?As previsões mantem-se iguais

em relação ao ano anterior e pelos mesmos motivos. O país ainda não ultrapassou a crise.

Quais são os lançamentos para 2013?

O Grupo Lemos e Irmão destaca o lançamento do novo Opel Adam e Mokka.

Lemos & Irmão

Tem a palavra

Para este ano, a Lemos e Irmão apresenta o novo modelo da Opel.

O Mokka é um veículo de utilida-de desportiva, que marca a entrada da Opel num segmento em franca expansão. Apesar de medir 4,28 metros, o novo Opel Mokka possui um habitáculo espaçoso que aco-moda cinco pessoas.

O modelo ajusta-se à fi losofi a da marca e alia um design moderno à funcionalidade e a tecnologias ino-vadoras. Este novo modelo torna esta combinação acessível a um leque alargado de consumidores e recorre aos pontos fortes dos desportivos tradicionais de maiores dimensões e integra-os num forma-to compacto moderno.

O novo veículo alarga a oferta de produtos e dá seguimento a um automóvel funcional e confortável, com maior altura ao solo, capaz de proporcionar algum sabor à aventu-ra. Equipado com tração às quatro rodas, este automóvel possui um sistema binário que se transfere para as rodas traseiras sempre que necessário garantindo melhor tra-ção e maneabilidade.

A fi losofi a de design da Opel – ‘arte escultural aliada à precisão alemã’ – encontra uma nova ex-pressão no novo modelo. O Mokka exibe linhas originais que são pró-

prias mas ostenta visões comuns a outros modelos Opel.

A aparência robusta recebe um contributo das rodas com jantes em liga leve, que serão de série em ambos os níveis de equipamento Enjoy e Cosmo. O Mokka tem ca-pacidade para transportar baga-gens e outros volumes até 1372 litros, oferecendo, além disso, 19 espaços para arrumação de obje-tos. Pode ainda ser equipado com o suporte Flex-Fix para transportar até três bicicletas. A Opel é o úni-co fabricante a oferecer este tipo de porta-bicicletas, o qual funcio-na como uma gaveta ocultada no para-choques traseiro.

O novo Mokka sobressai ainda pelo facto de trazer tecnologias iné-ditas ao segmento dos desportivos-subcompactos. Um dos exemplos é o sistema de faróis direcionais adaptativos AFL+, assente na tercei-ra geração, que inclui a comutação automática entre feixes médios e máximos.

Disponível encontra-se a mais recente geração da câmara ‘Opel Eye’, que inclui funções como o aviso de Saída de Faixa (LDW) e o reconhecimento de sinais de trân-sito. Nenhum outro modelo neste segmento disponibiliza este tipo de tecnologia.

Page 18: Jornal do Centro - Ed567

18suplementoMOTORES 24 | janeiro | 2012

Soveco apresenta FIAT 500LO Fiat 500L apresenta-se como

uma versão XL que se pode consi-derar útil: o 500 L. O novo modelo partilha uma plataforma mecânica, com as características de um pe-queno monovolume. Inspirado no longínquo 600 Multipla – produzido entre 1955 e 1969 – o 500 L é uma variante XL com os seus 4,14 me-tros de comprimento, por 1,78 de largura que permite habitabilidade e volume de carga generosos.

Para além de poder transportar cinco pessoas, o banco trasei-

ro desliza de modo a disponibi-lizar maior capacidade do que os 343 litros do volume original da bagageira – um Cargo Magic Space regulável em três níveis.

No interior do 500L, espaço não é problema. O conforto também um aliado, pois com a tecnologia atual nada ficar a dever a segmen-tos mais altos. Para além do GPS e acesso a redes sociais, o equi-pamento contempla a ligação a te-lemóvel e som hi-fi de forma muito inteligente.

Peugeot 208 GTI Relativamente ao balanço que fazemos de 2012: A Auto Martinauto, S.A. acabou por ter um ano de

2012 bastante satisfatório, tendo em conta a forte que-bra sentida no mercado automóvel. Deve-se sem dú-vida à confi ança que os nossos clientes depositam na nossa marca e na nossa organização que, o ano pas-sado celebrou 20 anos de existência. No princípio de continuidade de mercado e porque sentimos confi ança e apoio nos nossos recursos humanos tal como nos nossos clientes, iremos em 2013 inaugurar novas ins-talações em Viseu.

Para 2013 esperamos um ano de adversidades e desafi os. Temos no entanto a confi ança, atitude e de-terminação para nos sobrepormos as essas previsíveis objecções.

João SilvaChefe de Venda

Tem a palavra

O novo Peugeot 208 GTI é mais bai-xo e largo que um 208 normal. Rein-ventado, terá na casa das máquinas um bloco de 4 cilindros e ultrapassará os 220 km/h. O novo modelo da Peu-geot conta com a variante do motor 1.6 a gasolina e está acoplado a uma transmissão manual de seis velocida-des que permitirá ao veículo acelerar dos 0 aos 100 km/h em menos de sete segundos.

Exteriormente, o 208 GTi inclui por-menores específicos, com uma grelha diferente e faróis de LED. Na lateral, surge em grande destaque o emblema GTi, como no 205 GTi, em alumínio es-covado. No interior, atribui-se desta-

que aos bancos desportivos e painéis revestidos em Alcantara, volante em couro, detalhes na cor da carroçaria, pedais de alumínio, entre outros.

O dinamismo deste novo modelo ex-prime-se, pela sua aparência exterior reconhecível e os guarda-lamas alar-gados que exprimem, visualmente, o potencial desta viatura.

No 208 GTI, a grelha frontal, focaliza os olhares com inserções cromadas brilhantes que reinventam em 3D o xadrez de conotação desportiva, en-quanto no 208 XY, a grelha cromada integra três pequenas barras horizon-tais inclinadas sobre a trave lacada a preto.

Skoda Rapid Relativamente ao balanço que fazemos

de 2012:

2012 foi um ano em que se verifi cou uma brutal depressão do mercado, que se reper-cutiu numa acentuada quebra das vendas e numa forte diminuição da actividade do após venda.

Para a GAVIS, 2012 foi o ano em que cele-brámos os 40 ANOS de actividade e em que, premiando a qualidade do nosso após ven-da, nos foi atribuído o prémio VOLKSWAGEN SERVICE QUALITY AWARD, distinção que muito nos honra e nos coloca entre os melho-res de Portugal e da Europa.

Não deixou de ser, no entanto, um ano mui-to difícil, em que o principal objectivo foi o de atingir o equilíbrio da actividade.

Para 2013 prevê-se um mercado ainda mais deprimido, com a inerente retracção da acti-vidade, o que na GAVIS tentaremos contrariar com uma dinamização acrescida das várias

áreas de negócio, com a implementação de novos processos de interacção com o merca-do e com os clientes e com fortes campanhas de marketing.

Muito importante também para a nossa ac-tividade em 2013, o facto de as marcas repre-sentadas pela GAVIS irem lançar várias novi-dades ao longo do ano, de que destacaríamos, além das tecnológicas, o lançamento de vários novos modelos e facelifts: o A3 SPORTBACK, o A3 LIMO e o A8, na AUDI, o RAPID, o OCTA-VIA LIMO, o OCTAVIA BREAK e o RAPID SPA-CEBACK, na SkODA, e o BEETLE CABRIO e o GOLF VARIANT, na VOLKSWAGEN.

2013 será portanto um ano em que nova-mente enfrentaremos desafi os difíceis, mas que estamos confi antes que na GAVIS, com a nossa estratégia de modernidade, de quali-dade e de contínua busca de melhoria, serão ultrapassados.

Sofia VideiraGavis

Tem a palavra

A grande novidade da Gavis para este ano é o lançamento do novo Skoda Rapid 2013. O Rapid veio para fi car en-tre os modelos Fabia e Octavia,e como muitos outros, o Rapid tem por base a plataforma MQB da Volkswagen. Este veículo destaca-se por ser o primeiro a usar a nova linguagem combinando as “proporções perfeitas” com as “li-nhas bem delineadas”. Conservador e equilibrado, o Skoda Rapid não foi construído para conquistar novos co-rações mas sim fi delizar ainda mais os já habituais seguidores da marca.

O Rapid é a solução perfeita para quem acompanha os modelos da Sko-da porque conta com uma “carroçaria” de cinco portas e tem 4,48 metros de comprimento e 1,7 de largura.

O espaço a bordo é amplo ca-bendo no habitáculo cerca de quatro pessoas. Na bagageira a capacidade

ascende os 550 litros e um conjunto de redes para deixar todos os objetos ar-rumados. Há um compartimento espe-cífi co para o colete de segurança, sob o banco do condutor e até um raspa-dor de gelo, que se pode arrumar na tampa do depósito de combustível.

O novo Skoda Rapid tem lançamen-to previsto para o mês de Março.

Novo LeonQual o balanço de 2012?Foi um ano de transição para uma nova rea-

lidade, que nos irá acompanhar nos próximos anos e será vital a readaptação das empresas. A aposta em factores como o apoio ao cliente e os padrões de qualidade serão para nós fac-tores diferenciadores que cedo terão os seus frutos.

Previsões para 2013?Em termos de volume estamos a prever um

volume de vendas similares ou ligeiramente inferiores a 2012, sendo certo que o mercado dos usados irá mexer mais do que os novos. Na globalidade julgo que estamos mais bem

preparados face ao ano anterior, facto este que se deve à reestruturação que fi zemos na empresa. Estou bastante otimista para o ano que inicia-mos.

Quais são os lança-mentos para 2013?

Vamos ter agora no inicio de Fevereiro o lan-çamento do Novo SEAT leon 5 portas, mais tarde teremos as variantes Leon coupé (SC) e até ao fi nal do ano temos previsto o lançamento ainda da versão carrinha Leon ST.

Tem a palavra

Sérgio MarquesGerente da Concessão NovaIbérica

Disponível, por enquanto, com carroçaria de cinco portas, o novo Leon chegará a Portugal no início de 2013.A variante mais ambiental da gama terá emissões de CO2 de 99 g/km. O novo Leon oferece uma bagageira com mais 40 litros de volume, suspensão trasei-ra multilink nas versões com mais de 150 cv (nas restantes utiliza eixo semi-rígido), disponibiliza o Seat Drive Profi le nas versões FR (modos eco, comfort e sport), vários dispositivos de assistên-cia à condução e um fl exível e moderno sistema de entretenimento e comuni-cação. Os motores são vários. No lan-

çamento, estarão disponíveis apenas os 1.6 TDI de 105 cv e 2.0 TDI de 150 cv. Logo a seguir, a gama será alargada com os 1.2 TSI de 86 e 105 cv, 1.4 TSI de 122 cv, 1.8 TSI de 180 cv, 1.6 TDI de 90 cv e 2.0 TDI de 184 cv.

A Soveco Viseu conta com dois espaços de ex-posições de viaturas.

Uma no Parque Insdustrial de Coimbrões com a representação das Marcas Fiat, Alfa Romeo, Lan-cia, JEEP e IVECO e outra na EN 16 em Pascoal com a representação das Marcas Nissan, Hyundai e Kia.

Em ambas as localizações conta com exposi-ção de viaturas seminovas.

Não estão previstos lançamentos de viaturas novas para o ano de 2013.

O ano 2013 será com certeza um ano exigente, que nos obrigará a ser muito proactivos e atentos a todos os detalhes do negócio.

Carla BernardoDireção Comercial

Tem a palavra

Page 19: Jornal do Centro - Ed567

DOENÇAS DA COLUNA VERTEBRAL

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Page 20: Jornal do Centro - Ed567

economia

O e s p a ç o L a m e g o Digit@l assume-se cada vez mais no combate à in-foexclusão junto da po-pulação e ajuda a afirmar Lamego na sociedade da informação e do conhe-cimento. Aberto desde maio de 2007, a popula-ção, sobretudo os mais jovens, tem acorrido ao

local, localizado no edi-fício do Bloco da Feira, para acederem gratuita-mente à internet em ban-da larga, através de 15 postos informáticos, ou usufruírem da oferta de rede wireless. Até hoje, já passaram por aquele es-paço cerca de 75 mil pes-soas.

Lamego Digit@l visitado por 75 mil

MERCADO DEPRODUTOSREGIONAIS ABRENO SÁBADOEM TONDELA

A II Edição do Merca-do de Produtos Locais “Ao’Sabor” vai realizar-se na manhã de sába-do, dia 26, em Tondela, junto à Câmara Munici-pal. A par dos diferentes produtores agrícolas e artesãos que estarão no espaço a comercializar os seus produtos, está prevista também muita animação.

A Escola Profissio-nal de Tondela prepa-rará uma degustação de produtos locais e uma prova de vinhos. Ainda nesta edição do merca-do, estará presente um artesão de Nandufe que estará a manufaturar ca-nastras (cestos de vime) ao vivo, durante toda a manhã. Haverá ainda um pequeno concerto com Cheny Wa Gune e amigos, que proporcio-nará aos visitantes uma pequena mostra de mú-sica moçambicana.

O mercado voltará a abrir no dia 23 de feve-reiro e no mesmo dia do mês seguinte. TVP

Uma nova D.O.P.

O DOM DO DÃO

Pedro Nuno PereiraEnólogo da Adega Cooperativa

de Vila Nova de Tázem

Para um produto, nes-te caso o vinho, poder beneficiar de uma De-nominação de Origem Protegida - D.O.P., tem que demonstrar a ori-gem no local que lhe dá o nome e que tem uma forte ligação com essa mesma região, de tal forma que é possível provar que a qualidade do produto é inf luen-ciada pelos solos, clima ou variedades vegetais e pelo saber fazer das pes-soas dessa mesma área geográfica. Esta defini-ção vem a propósito de ser o Dão, enquanto re-gião vitivinícola, uma área delimitada desde 1908 onde se cultiva vi-nha e produzem vinhos que obtiveram por direi-to próprio menção a esta designação. Não pela vetusta idade, mas es-sencialmente pela mu-dança de mentalidade, penso que está na altura de reformular o desig-nativo D.O.P..Para tal, proponho que a referida designação passe a ter a seguinte descrição: De-fender, Ousar, Promo-ver: a nova D.O.P.

Defender o Dão im-plica colocar a nossa re-gião, sim nossa, pois an-tes de todos os seus ad-miradores espalhados pelo país e pelo mundo, devemos ser nós, nasci-dos ou criados na Beira Alta, sem regionalismos bacocos, mas com gran-de convicção, a proteger esta demarcação, uma das mais antigas a nível nacional. Exaltar as nos-sas virtudes e caracterís-ticas diferenciadoras po-sitivas como a elegância, a finura, a frescura dos vinhos, deixando para as vozes exteriores os aspe-tos menos conseguidos que todas as regiões vi-tivinícolas têm.

Ousar deve significar

ter metas e objetivos au-dazes que passem por colocar o Dão no pódio das regiões de vinho. Atrevermo-nos a lançar novos produtos e ima-gens capazes de, a cada colheita, despertarem interesse e curiosidade em consumidores e fa-zedores de opinião. Ter a coragem de afirmar que para além de ser o “ni-nho” onde a Touriga Na-cional nasceu, é aqui que os seus vinhos atingem a plenitude máxima de equilíbrio álcool/acidez/taninos, incomparável paleta de aromas e vin-cada personalidade.

Promover parece nes-ta altura do século XXI um verbo cansado ou “cliché”, que pode sig-nificar nos dias de hoje investir recursos e di-nheiro, cada vez mais difíceis de encontrar, com retorno muitas ve-zes incerto e resultados a longo prazo. No en-tanto, continua a existir um longo caminho que tem que ser feito e pas-sa por dar a conhecer não só os vinhos, vinhe-dos e adegas, mas toda uma mancha de terri-tório com outros atrati-vos, capaz de criar uma atmosfera acolhedora e diversificada. Fazer com que as pessoas nos visi-tem, conheçam os nos-sos produtos e transmi-tam a outros que vale a pena visitar esta região, deve ser objetivo não só de uma zona vitíco-la, mas de toda a região centro enquanto cons-trutora de um destino turístico apetecível e ir-repetível.

Como todas as outras D.O.P. esta só poderá ter sucesso quando to-dos os intervenientes cumprirem com rigor e profissionalismo a sua função!

Seminário “NovasRuralidades” em S.P. Sul

A Decorre na Estação de Artes e Sabores, sábado 26

Decorre sábado, 26, em São Pedro do Sul, na Estação de Artes e Sabores, o seminário fi-nal do projeto “À deco-berta do Mundo Rural”, com o tema “Novas Ru-ralidades, Novos Futu-ros”.

O evento, organizado pelo Instituto das Co-munidades Educativas (ICE) e pela Animar - Associação Portuguesa para o Desenvolvimen-to Local, visa apresen-tar e divulgar as boas práticas de desenvol-

vimento local em meio rural, de forma a pro-porcionar a requalifi-cação dos territórios, a promoção e o envolvi-mento das populações locais nos seus próprios processos de desenvol-vimento.

O seminário pretende ainda contribuir para o enriquecimento e visi-bilidade dessas mesmas práticas, possibilitando o contacto entre proje-tos e/ou iniciativas e entidades, incentivando a partilha de experiên-

cias, de conhecimentos e de aprendizagens.

Suscitar o debate so-bre perspetivas de fu-turo e sustentabilidade, para os territórios ru-rais, é outro dos objeti-vos do seminário.

P a r a m a i s i n f o r -mações e inscrições contactar através do email: [email protected] / [email protected]; ou do núme-ro: 232 772 491.

Micaela Costa

Objetivo∑ Divulgar boas práticas de desenvolvimento local em

meio rural

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DR

20 Jornal do Centro24 | janeiro | 2013

Page 21: Jornal do Centro - Ed567

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

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A Acountia Viseu, mar-ca que sucede à Fidu-cial Viseu, recebeu o prémio internacional 2012 de melhor franchi-sado do Grupo Onebiz. A Acountia – Business Consulting & Accoun-ting, representada em Viseu, na Rua Alexan-dre Lobo, ganhou este galardão entre os mais de 400 franchisados que constituem a rede nacional e internacional do Grupo Onebiz, repre-sentado em 36 países.

Durante 13 anos a Fi-ducial foi uma marca de referência na área da contabilidade e do acon se l h a mento de gestão em Portuga l . Com a necessidade de crescimento e de inter-nacionalização “nas-ce” a Acountia . Uma nova marca, um novo posicionamento, com

mais produtos e servi-ços, mas que mantém o mesmo rigor, qualidade e valores a que a Fidu-cial já tinha habituado.

A Acountia tem como base “fazer a contabi-lidade e, a partir daí, o foco é dar todo o apoio ao empresário a nível de relatórios de ges-tão, com periodicidade mensal, trimestral ou semestral, dependen-do da necessidade e da dimensão da empresa”, explica Iolanda Coelho, diretora da Acountia Viseu. “Fazemos tam-bém projetos na área do QREN, PRODER, todo o tipo de projetos que as empresas necessitem”, acrescenta.

A formação é também uma área a que a Acoun-tia começa a dar relevo, “temos um protocolo com uma escola de for-

mação, pois é um servi-ço que, cada vez mais, os clientes nos solicitam”. “Vamos também iniciar

um protocolo com a In-trajusticia, uma empre-sa de gestão de clien-tes - cobranças, porque

é uma área que, infeliz-mente faz sentido para as empresas que preci-sam de recuperar valo-

res em dívida junto dos seus clientes”, afirma.

Micaela Costa

Acountia Viseupremiada a nível internacionalDistinção∑ Melhor franchisado do Grupo Onebiz, representado em 36 países

A Iolanda Coelho (segunda da esquerda) diretora da Acountia Viseu

A Câmara Municipal de Mortágua terminou o ano de 2012 sem dí-vidas a empreiteiros e fornecedores e com um saldo positivo de gerên-cia.

“Todas as faturas que deram entrada nos ser-viços municipais até ao último dia útil do ano foram liquidadas, uma situação que se tornou

comu m nos ú l t i mos anos”, refere um comu-nicado da autarquia.

“ E ste s re su lt ados demonst ra m o r igor e cuidado ao nível da prev isão e execução orçamental e da gestão dos projetos e ativida-des, que tem sido um princípio estruturante da nossa ação ao longo destes anos de exercício

autárquico”, sublinha o presidente da Câma-ra, Afonso Abrantes no mesmo comunicado.

O executivo avança que “relativamente ao saldo, prevê-se que seja na ordem de seis mi-lhões de euros”, no en-tanto, esclarece que o valor exato será conhe-cido quando for aprova-do o relatório da conta

de gerência.” Este saldo ou superavit, que é su-perior ao registado nas Contas de 2011 , irá re-forçar o orçamento pre-visional de 2013 quando for efetuada a primei-ra revisão orçamental”, adianta o documento.

Para a autarquia “o saldo da Conta de Ge-rência até pod ia ser maior se o Município

n ão presc i nd isse de uma parte significativa da receita em favor dos munícipes e das empre-sas, com o objetivo de atenuar as dificuldades criadas pelas medidas de austeridade do Go-verno.

O autarca socia l is-ta considera que “pa-gando aos empreiteiros e fornecedores dentro

de prazos razoáveis, o município está a ajudar as empresas e a econo-mia local. Esse cumpri-mento atempado é ain-da mais importante no contexto atual de crise, em que as empresas se debatem com falta de trabalho e de liquidez, com consequências ao nível do emprego e do investimento”. EA

Câmara de Mortágua encerra 2012 sem dívidas

DR

21Jornal do Centro24 | janeiro | 2013

Page 22: Jornal do Centro - Ed567

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desportoConversas

“Acredito que o clube irá crescer ainda mais”O Viseu 2001 está de pa-

rabéns e no passado sába-do, 19, foi dia de apagar as velas. Começou como Viseu Futsal e passados dez anos abraçou novos projetos, no-vas modalidades onde conta já com cerca de 300 atletas nas mais variadas modali-dades. Em entrevista, Paulo Lopes, único presidente do Viseu 2001 ao longo destes 11 anos, faz uma retrospeti-va, comenta as modalida-des, os seus atletas e deixa alguns desejos para o ano de 2013.

Que mudanças marcam a transição do Viseu Futsal para o Viseu 2001?Abraçámos o ecletismo

com a integração de duas modalidades. No início da temporada passada apare-ceu o futebol de formação, o futebol de sete. Este ano introduzimos os iniciados, ao nível do futebol. Recebe-mos também com agrado o futebol feminino, no início da temporada e em simul-tâneo apareceu o rugby.

Que balanço faz a estas novas modalidades?Extremamente positi-

vo. O Viseu 2001 cada vez mais se assume como o clube com mais praticantes da cidade e era esse o nos-so objetivo, diversificar a oferta de modo a satisfazer o interesse da comunida-de viseense. Acredito que o clube irá crescer ainda mais e temos sido sonda-dos por pessoas credíveis que querem introduzir no-vas modalidades no Viseu

2001 e poderá haver novi-dades em relação à próxi-ma temporada.

O Viseu 2001 está satisfeito com as modalidades e com os seus atletas?Em relação ao futebol,

julgo que a comissão exe-cutiva tem como principal função formar. Estamos a falar de jovens de tenra ida-de. Em relação aos inicia-dos existe já um maior nível de exigência, uma equipa formada maioritariamen-te, por iniciados - primeiro ano, cerca de 90 por cento de jogadores, que têm tido um desempenho positivo e acredito que para o ano, em será um dos clubes com mais hipóteses de conquis-tar os primeiros lugares. O futebol feminino tem sido exemplar, está a lutar por uma súbida à primeira di-visão nacional, já integrou duas atletas no estágio na-cional e é, de facto, um or-gulho. Em relação ao futsal, ao nível da equipa sénior, as coisas não estão a cor-rer como nós perspetivá-vamos, pensávamos nes-ta altura estar um pouco mais acima. Estamos ago-ra a recuperar um pouco, mas ainda é prematuro, fal-tam dois jogos para termi-nar a primeira volta, mas tem sido, dos últimos anos, o nosso pior desempenho na segunda divisão nacio-nal. Em relação à formação estamos a prosseguir um trajeto que para nós é fan-tástico. Ainda no domingo [20 de janeiro] jogámos e acabámos o jogo com qua-

tro jogadores em campo formados no Viseu 2001, o que nos dá um grande or-gulho. É esse um dos nos-sos objetivos, apostar, cada vez mais, nos jovens vise-enses, integrá-los. E sinto-ma disso mesmo foi estar cá o selecionador nacional, e pelo que sabemos está a equacionar convocar atle-tas do Viseu 2001 para a Se-leção Sub 20.

O Viseu 2001, ambiciona chegar à 1ª divisão?É uma das nossas prio-

ridades. Quando delineá-mos o plano estratégico, no momento da constituição do clube, era este o nosso sonho, tentar chegar à pri-

meira divisão nacional. Se calhar há 11 anos atrás era utópico, mas fomos cres-cendo e fomos ultrapas-sando várias etapas. Mas sempre tivemos o objetivo de formar, não só despor-tivamente, mas também do ponto de vista moral, aqueles princípios básicos que norteiam não só a nos-sa vida desportiva como o nosso quotidiano regular.

Volvidos 11 anos, qual o ba-lanço?É um balanço muito posi-

tivo, por termos noção que contribuímos para criar a tal oferta junto da comuni-dade viseense, quer ao ní-vel dos praticantes, quer

ao nível da organização de espetáculos, que me pare-ce que tem qualidade, pelo que diz a crítica e pelo que disseram as cerca de 600 pessoas que estiveram no pavilhão do Colégio da Via Sacra, na comemoração do nosso 11º aniversário. Por tudo isto, é motivo de or-gulho, com este espírito de missão e com a ajuda de um conjunto de cerca de 30 a 40 voluntários. E é preciso sublinhar que nin-guém retira dividendos fi-nanceiros, em momentos de crise como este, para organizar e para se dedi-car ao clube.

Há cerca de um ano falava para o Jornal do Centro, sobre a vontade de querer um espaço onde pudessem treinar. Como está, neste momento, esse desejo?Nós temos trabalhado,

andamos silenciosos mas temos trabalhado, vamos ver o que é que o futuro nos reserva. Não estamos em tempo de Euromilhões, temos as contingências desta crise mundial que atravessamos, mas acre-dito que o futuro, a médio prazo, possa ser risonho, quer ao nível de um espa-ço, um pavilhão para o fu-tebol e até para o rugby, que é pioneiro, é exclusi-vo, mas vamos ver o que é que vai acontecer. No en-tanto, é vital para o Viseu 2001 continuar o trabalho que tem desenvolvido e ter um espaço, porque acredi-to que se o Viseu 2001 ti-vesse, ao nível do futsal,

um pavilhão já estaria há algum tempo na primeira divisão nacional. O pavi-lhão é importante porque reforça a identidade, cria laços entre os atletas, entre a comunidade viseense, é importante que as pessoas saibam onde o clube está. O mesmo acontece ao ní-vel do futebol, desdobra-mo-nos entre Fragozela, Fontelo, o mesmo se su-cede com o rugby e ao ní-vel do futsal, estamos em cerca de quatro pavilhões, o que não é bom, embora este ano ocupemos os me-lhores pavilhões da cida-de.

Quais os desejos do Viseu 2001 para este ano?Em relação a esta épo-

ca desportiva que termina em junho e que coincidi-rá com as eleições, porque o nosso mandato termi-na nessa altura, o objetivo passa por continuar a de-senvolver o trabalho rea-lizado. Ao nível do futsal chegarmos um pouco mais à frente, nos seniores, ten-tar recuperar. No que diz respeito ao futebol femini-no tentar chegar à segunda fase, para lutar por uma su-bida à primeira divisão na-cional. Ao nível do futebol de formação continuarmos a desenvolver, a dar passos para contribuir para a for-mação dos nossos jovens e, espero eu, que na próxima temporada tenhamos pelo menos mais um escalão de formação, o de juvenis.

Micaela Costa

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Jornal do Centro24 | janeiro | 2013

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Page 23: Jornal do Centro - Ed567

MODALIDADES | DESPORTO

HÓQUEI CLUBEDE VISEU PERDE EM OLIVEIRA DE AZEMÉIS

O escalão de Juvenis do Hóquei Clube de Viseu (HCV) cumpriu mais uma jornada do Campe-onato Regional, em Oli-veira de Azeméis, frente à União Desportiva de Oli-veirense e perdeu por 15-3. Um jogo que à partida deveria ser um bom es-petáculo de Hóquei aca-bou por ser um jogo de-sinteressante apesar da vitória folgada da equipa da casa.

Futebol

Tondela e Académico asseguram importantes vitóriasO Tondela voltou às vi-

tórias e no passado sába-do, frente ao Freamunde, venceu por 1-0. Golo de Tiago Carneiro já em pe-ríodo de descontos, na conversão de um livre e com um pontapé certei-ro do jogador tondelense. Uma primeira parte onde

a equipa visitante foi mais defensiva e onde as opor-tunidades de golo se di-vidiram entre o Tondela e o Freamunde. A segun-da parte trouxe alguma qualidade ofensiva à equi-pa visitante e o Tondela viu-se obrigado a subir no terreno. Aos 83 mi-

nutos ainda se reclamou grande penalidade con-tra o Freamunde, mas o árbitro e o auxiliar ape-nas consideraram carga de ombro.

Até que aos 92 minutos, Tiago Carneiro faturou e deu a vitória aos homens de Vítor Paneira, que ocu-

pam agora a sétima posi-ção.

Quem ta mbém ga-nhou foi o Académico de Viseu, por duas bolas a zero contra o Cesarence, numa partida que mos-trou novamente a luta da equipa de Viseu pela subida à segunda liga. O

jogo ficou marcado pe-las más condições do relvado e por uma pri-meira parte sem golos, justificada pelo que as equipas tinham feito até então. No segundo tem-po a equipa academista regressou com vontade de vencer e aos 47 minu-

tos Kifuta inaugurou o marcador após um cru-zamento da esquerda de Luizinho. Aos 77 minu-tos surgiu o segundo por Horácio. O ex-Portimo-nense precisou de pou-co mais de cinco minu-tos para fazer o gosto ao pé. MC

Segunda LigaP J V E D GMGS

Belenenses 53 23 16 5 2 40 19Sporting B 41 23 11 8 4 38 26Arouca 41 23 12 5 6 35 27Desp. Aves 38 23 10 8 5 23 21Santa Clara 35 23 9 8 6 31 23Benfica B 34 23 9 7 7 39 31Tondela 34 23 9 7 7 27 25U. Madeira 34 23 8 10 5 25 22Leixões 33 23 8 9 6 26 22Oliveirense 33 23 8 9 6 26 23Portimonense 33 23 9 6 8 29 29Penafiel 32 23 9 5 9 25 24FC Porto B 31 23 7 10 6 24 24Feirense 29 23 8 5 10 32 32Naval 29 22 7 8 7 31 32Atlético CP 26 23 8 2 13 24 35Sp. Covilhã 23 23 5 8 10 23 29Marítimo B 22 23 7 1 15 20 29Guimarães B 22 23 4 10 9 13 20SC Braga B 21 22 4 9 9 20 27Trofense 18 23 4 6 13 17 33Freamunde 18 23 4 6 13 20 35

U. Madeira 0 - 1 FC Porto BGuimarães B 0 - 0 Sporting BOliveirense 3 - 2 Sp. Covilhã

Tondela 1 - 0 FreamundePenafiel 2 - 0 Marítimo B

Portimonense 4 - 2 TrofenseBenfica B 1 - 3 FeirenseLeixões 2 - 0 Atlético

Belenenses 0 - 0 Santa ClaraDesp. Aves 0 - 3 Arouca

Naval 1º Maio adiado Sp. Braga B

23ª Jornada

Arouca - PenafielAtlético - Guimarães B

Benfica B - Naval 1º MaioFC Porto B - PortimonenseFeirense - Leixões

Freamunde - Desp. AvesMarítimo B - OliveirenseSanta Clara - U. MadeiraSp. Braga B - BelenensesSp. Covilhã - Sporting BTrofense - Tondela

24ª Jornada

REABRE ESCOLA DE TÉNIS EM LAMEGO

A Direção do Ténis Clu-be de Lamego vai reativar a Escola de Ténis, após al-guns anos de interregno devido à falta de insta-lações. Os interessados em frequentar as aulas deverão comparecer no dia 2 de fevereiro, entre as 15h00 e as 18h00, junto ao pavilhão do Complexo Desportivo de Lamego, onde serão apresentadas todas as informações re-lativas ao funcionamento e ingresso na escola. Mais informações em www.te-nisclubelamego.com.

Segunda Div. CENTROP J V E D GMGS

Anadia 31 16 10 1 5 19 12Cinfães 30 16 8 6 2 27 13Ac. Viseu 29 16 8 5 3 21 13Sp. Espinho 27 16 7 6 3 18 13S. João Ver 25 16 7 4 5 21 18Pampilhosa 25 16 7 4 5 21 22Operário 24 16 6 6 4 24 17Benfica CB 23 16 5 8 3 23 19Tourizense 21 16 5 6 5 19 17Sousense 21 16 5 6 5 16 16Coimbrões 19 15 4 7 4 20 22Nogueirense 19 16 5 4 7 18 21Cesarense 17 16 4 5 7 12 18Bustelo 11 16 2 5 9 11 23Lusitânia 10 15 2 4 9 18 32Tocha 9 16 2 3 11 11 23

AD Nogueirense 1 - 0 CinfãesAnadia 2 - 0 S. João Ver

Benf. C. Branco 1 - 1 Sp. BusteloCesarense 0 - 2 Ac. ViseuLusitânia adiado Coimbrões

Pampilhosa 1 - 0 TourizenseSousense 1 - 1 Sp. EspinhoOperário 3 - 0 Tocha

16ª Jornada

Ac. Viseu - OperárioCinfães - Pampilhosa

Coimbrões - NogueirenseS. João Ver - CesarenseSp. Bustelo - SousenseSp. Espinho - Anadia

Tocha - LusitâniaTourizense - Benfica CB

17ª Jornada

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Jornal do Centro24 | janeiro | 2013

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culturasD “Retratos Incógnitos” no Caramulo

O Museu do Caramulo inaugura no sábado, dia 26, a expo-sição de fotografia “Retratos Incógnitos”, de Eurico Lino do Vale. A mesma, produzida em parceira com a Fundação EDP, estará patente até ao dia 26 de maio.

expos Arcas da memória

A burrica do meu presépio

Tradições de Natal – II

Maria quis voltar de-pressa a Nazaré para mos-trar o Menino a sua mãe que, dizia ela, já velhinha, não queria morrer sem ver o seu netinho. Mas a mulher do lavrador ao ver Maria tão fraquinha pediu-lhe para não ir, que nesse tempo era mau fa-zer viagem e Maria, agra-decida, dizendo que não queria incomodar, lá ficou, agora num quartinho as-seado para os três.

Dias depois, ainda mal tinha entrado o Ano Novo, parou às Portas da cida-de uma caravana com três Reis. Parecia que traziam mesmo esse destino. Ti-nham já notícia do lugar onde nascera um tal Me-nino que, diziam eles, que eram sábios, liam livros e estrelas, haveria de ser um Grande Rei. E lá foram um dia, de manhã, vestidos a rigor, eles montados nos camelos, a pé os servido-res. Maria tinha ao colo o seu Menino. Ao lado, esperando, coberto com seu vermelho manto, São José. E os Reis Magos, que era assim que se chama-vam, desceram dos came-los, ajoelharam ao mesmo tempo todos três, sauda-ram o Menino e oferece-ram-lhe os presentes que os criados traziam em mão sobre as bandejas.

Maria depois viu-os par-tir, as tendas desmontadas no alto anoitecer. Sobre a mesma hora José é infor-mado que têm de partir, também eles, para o Egipto, porque o Rei Herodes dera ordem para matarem o Me-

nino. E aparelhada à pressa a burriquita lá fogem, assim, eles os três.

Sete anos. Foi exílio. José trabalhou de carpinteiro. Um dia ouviu dizer à gente de uma caravana que partia que morrera em Israel o Rei Herodes e saudoso como estava de voltar à sua terra, deixa o Egipto e regressa a Nazaré.

Jesus quis aprender, com José, a carpinteiro. José fez obra nova para os jovens casais de Nazaré. Mesas, bancos, rodas de carroças, arcas, ancinhos e arados. E a burrica, já velhinha, mas ainda tropiqueira, lá anda-va, corria toda a Galileia, carregando as ferramen-tas, José logo atrás, ela à rédea com Jesus. Às vezes levando Maria a festa de casamento ou romaria.

Até que um dia, quan-do a ia aparelhar, José viu que a burrica não come-ra a erva que lhe deitara para a ceia. Nunca mais a levou pelos caminhos. A burrica estava tão ve-lhinha que um dia, quan-do Jesus foi vê-la de ma-nhã, encontrou-a deitada no curral e ainda lhe viu fechar os olhos onde ele se via, quando era ainda menino, como se ali tives-se espelho natural para se ver. Fizeram depois, Ele e José, uma cova funda e armaram pedras, quase como se fosse para gente, sobre a tumba.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

VILA NOVA DE PAIVA∑ Auditório Municipal Carlos ParedesAté dia 31 de janeiro Exposição de escultura “Elmos e Cilindros”, de Manuel Vaz.

Até dia 31 de janeiro Exposição de ilustração “O Lápis”, da Junta de Freguesia de S. João da Madeira.

MANGUALDE∑ Biblioteca MunicipalAté dia 31 de janeiroExposição documental e de objetos dos 130 anos da linha da Beira Alta.

SÁTÃO∑ Casa da CulturaAté dia 28 de fevereiroExposição de pintura de Pedro Emanuel.

VISEU∑ Câmara MunicipalAté dia 1 de fevereiroExposição “Pintar Viseu a Minha Terra Natal”, de Aires Santos, Filomena Gonçalves, João Luís So-ares de Almeida, José Al-meida, Luís Duro, Paula Veiga Rodrigues, Paulo Martins, Pedro Ribeiro e Ricardo Rodrigues.

∑ FNACAté dia 1 de abrilExposição de fotogra-fia “Arrefeceu a Cor Dos Teus Cabelos”, de Lara Jacinto.

roteiro cinemas Estreia da semana

O Impossível – Conflito bélico de longa duração e difícil resolução, o conflito israelo-palestiniano é o pano de fundo para a narrativa de ‘Le Cochon de Gaza’, o primeiro fil-me realizado por Sylvain Estibal.

VISEU

FORUM VISEUSessões diárias às 14h10,

17h10, 21h10, 00h15*

Decisão de Risco(M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h30,

16h15, 19h00, 21h40,

00h25*

Argo(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h00,

16h50, 21h30, 00h20*

A vida de Pi(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40,

17h20, 21h00(exceto 6ª e

Sáb.), 21h50*

O Hobbit: uma viagem inesperada(M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h20,

00h30*

Amor(M16) (Digital)

Sessões diárias às 00h30

A Hora Negra(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h20,

16h35, 18h50

Hotel Transylvânia VP(M6) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 13h20,

16h05, 18h50, 21h40,

00h25*

Guia Para Um Final Feliz(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h00,

17h30, 21h00, 00h30*

Django Libertado(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h50,

17h40, 21h30, 00h15*

A vida de Pi(M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h20,

00h10*

Jack Reacher(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h10

(dom.), 13h50, 15h55, 18h00

Zambézia VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 13h30,

16h20, 19h00, 21h50,

00h35*

O Impossível(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30,

17h50, 21h10 (exceto 6ª e

sáb.), 22h00*

Os Miseráveis(M12Q) (Digital)

Legenda: *sexta e sábado

Destaque

“O Hi-Fi é muito mais que uma banda!”, diz Virgí lio Carvalho. O vocalista do conjunto mu-sical viseense está “mui-to confiante” e as expe-tativas para o sexto ani-versário “são enormes”. O evento realiza-se no sá-bado, dia 26, no pavilhão do Expobeiras, na Zona Industrial de Coimbrões, em Viseu, onde são espe-radas milhares de pesso-as, a partir das 22h00.

Rita Guerra , David Antunes, Tribal e Lockout são os artistas convidados de uma festa com entrada livre. “Em Viseu estamos li-

teralmente em casa, o espe-táculo que estamos a pre-parar irá surpreender pela inovação e meios envolvi-dos, tudo para homenagear o nosso público e a cidade”, adianta. “Os meios técnicos e de produção, bem como os recursos humanos, são uma alavanca fundamen-tal no sucesso do novo es-petáculo Hi-Fi. Queremos continuar a ser pioneiros. Trabalhamos com afinco e alegria fazendo com que em palco a espontaneidade de todos transmita a nossa Energy Music”, explica.

Este é um projeto que visa marcar uma posição de re-

levo e regeneração no pano-rama musical em Portugal. “O Hi-Fi é um espaço plura-lista, aberto a toda a comu-nidade, pretendendo com esse fio condutor dar a mão aos novos talentos, novos músicos e técnicos numa ci-dade do interior muitas ve-zes esquecida e relegada”.

Virgílio Carvalho espera que um pavilhão se encha de pessoas de todas as fai-xas etárias. E revela a fór-mula de sucesso do Hi-Fi: “Somos simplesmente feli-zes e temos esperança no futuro”, conclui.

Tiago Virgílio Pereira

Hi-Fi aposta em “festa de arromba” no sexto aniversárioConvidados ∑ Rita Guerra, David Antunes, Tribal e Lockout

A Espetáculo vai decorrer no pavilhão do Expobeiras, no sábado, a partir das 22h00

DR

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culturasD “Na linha do horizonte” em Sátão

A Casa da Cultura, em Sátão, vai receber no domingo, dia 27, a partir das 15h00, a apresentação do livro “Na linha do horizonte”, da autora Nanda Rocha. A apresentação estará a cargo de António Meneses de Campos.

Workshopde música

A Expressart’ – Escola d’Artes do Município de Santa Comba Dão está a promover um workshop de música para pais e be-bés, a partir dos 10 meses.

As quatro sessões vão decorrer nas instalações da Escola d’Artes aos sá-bados, em horário a defi-nir com os participantes. Este workshop tem por base a interacção e o es-tímulo sensorial aliados a uma função educativa e será ministrado por professor credenciado. As inscrições podem ser efectuadas de segunda a sábado entre as 09h00 e as 19h00 pelos telefones: 91 05 42 198 - 96 433 58 18 ou na sede da Escola d’Artes na Antiga Escola Primária nº 1 situada na Rua Gene-ral Leão em Santa Comba Dão.

Girazine apresenta-se na FNAC

A Girazine, revista onli-ne que aborda o panorama cultural regional e nacio-nal, vai apresentar o novo número no domingo, dia 27, a partir das 17h00, na FNAC Viseu. Ao longo de 24 páginas, os leitores irão encontrar artigos sobre temas tão diversificados como Teatro, Literatura, Música, Ilustração e Foto-grafia. Pela primeira vez, a revista terá um ensaio que reflete sobre Música e Ar-quitetura.

Variedades

Este é o título da obra do his-toriador João Ferreira da Fon-seca fundador da HA, Histo-riadores Associados, com pre-fácio de Alexandre de Sousa Pinto, presidente da Comissão Portuguesa de História Militar. A edição, cuidada e com bom nível gráfico é da “Quartzo Edi-tora”, 2013

Fruto de um aturado labor e minuciosa pesquisa, João Fonseca dilucidou a dicotomia criada pela História e pela Lite-ratura, investigando o “homem real”, o cavaleiro nobre e cora-joso, a par do andrajoso aven-tureiro. Com muita bibliogra-fia apresentada, documentos fotográficos de qualidade, João

Fonseca começa por nos tra-çar um contexto sincrónico da época (finais do século XIV e inícios do século XV), para de-pois se espraiar sobre o prota-gonista, enquanto filho de um marechal do reino, no poder e no espaço da sua linhagem, na Europa do seu tempo e no Du-cado de Borgonha. Deste per-

curso emerge com mais nitidez o Magriço, nobre prestigiado e lídimo cavaleiro de firmados créditos.

A História enriquece-se com este contributo e Penedono fica com um documento valio-so para melhor compreensão das suas raízes e alcance da sua identidade. PN

“Álvaro Gonçalves Coutinho, o Magriço – o cavaleiro e o seu tempo”

O som e a fúria

O menino bonito ignorado pelos Óscares

Mais um ano de nome-ações Hollywoodescas e mais uma facadinha no

“ator-teen-que-se-tornou-um-grande-ator”, Leo-nardo DiCaprio. “Django Unchained”, de Quentin Tarantino, está nomeado para a categoria de me-lhor argumento original e Christoph Waltz para melhor ator secundário porém, nada para o meni-no bonito de Titanic…

Leo merecia o primei-ro galardão, com 19 anos, pelo seu papel de irmão mentalmente perturba-do de Johnny Depp em

“What’s Eating Gilbert Grape” (1993). Foi no-meado mas foi para casa de mão a abanar. Segui-ram-se-lhe duas nome-ações, uma por ser “O Aviador” no drama de Martin Scorsese e, a ou-tra, pela sua represen-tação em “Diamante de Sangue”. Ainda não vi o “Django” do Taranti-no mas bastou-me ver o

“Shutter Island”, “J. Ed-gar” e, sobretudo, o “Re-volutionary Road” (só a tensão emocional que se vê nos olhos de DiCaprio, do início ao fim do fil-me, merecia um prémio qualquer especialíssi-mo) para ter a certeza de que muito poucos atores amadureceram tanto nos

últimos vinte anos como DiCaprio.

Será preconceito da Academia (DiCaprio é um ambientalista nato e começou a carreira como sendo o menino bonito da minha geração

– sinceramente, confesso, nunca achei mas por al-guma razão se diz que os

“gostos não se discutem” –)? A verdade é que cada vez menos confio no ju-ízo desta dita Acade-mia: como é que um ator como Gary Oldman (“A Toupeira”, “Léon, o Pro-fissional”) só foi nomea-do o ano passado?

De qua lquer modo, apesar de ser continua-mente ignorado pela Aca-demia, os grandes reali-zadores de Hollywood não o fizeram. Além de Tarantino, Scorsese e Eastwood, o menino-ho-mem Leo trabalhou com Christopher Nolan (“A Origem”), Woody Allen (“Celebrity”) e Baz Luhr-mann (“Romeu e Julieta” e, mais recentemente, “O Grande Gatsby”), entre outros. Quanto a mim, não tenho dúvidas das qualidades artísticas de DiCaprio. Tal como Brad Pitt é um dos grandes atores que Hollywood pariu. Mas Pitt são con-tas de outro rosário…

Maria da Graça Canto Moniz

Destaque

Experiências intercul-turais é o mote para o livro, “Em Bicos de Pés e de Olhos em Bico – Vivências e Convivên-cias entre Chineses e Portugueses ”, apresenta-do na passada quarta-fei-ra, 16, na FNAC Viseu.

O livro, coordenado por Jorge Tavares da Sil-va e Zélia Breda, retrata as experiências inter-culturais entre pessoas de Portugal e da China. Para os coordenadores do projeto “a ideia não foi criar uma obra aca-démica, mas sim uma forma de dar a conhecer as interligações entre os dois países”, referem.

Jorge Tavares da Sil-va e Zélia Breda são dois académicos há algum tempo ligados aos estu-dos chineses em Portu-gal. As várias histórias que foram ouvindo em conferências, levou os coordenadores do pro-jeto a registá-las por es-crito de forma a serem dadas a conhecer a uma audiência mais vasta.

O livro conta com o contributo de um con-junto de personalidades ligadas aos dois univer-sos culturais, divididas entre professores, jorna-listas, académicos, em-presários, diplomatas, músicos, entre outros.

A apresentação do livro ficou a cargo do conhe-cido jornalista, Joaquim Letria, também ele um apaixonado pela China. “No tutano do livro en-contramos gente que faz sentido. Os assuntos li-geiros e os assuntos sé-rios vão saltitando entre relatos muito interessan-tes”, afirmou.

A obra é publicada pela Maré Liberam Editora, recentemente criada e pertencente ao universo da FEDRAVE - Funda-ção para o Estudo e De-senvolvimento da Região de Aveiro.

Micaela Costa

“Em Bicos de Pés e de Olhos em Bico” apresentado em ViseuLivro ∑ Relata vivências de portugueses na China e de chineses em Portugal

História

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A Zélia Breda, Joaquim Letria e Jorge Tavares da Silva

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saúde e bem-estar

F. Nogueira MartinsNuno Nogueira Martins

Médicos EspecialistasObstetrícia e Ginecologia

Qta do Seminário - VISEU•Marcação: 232 426 021963 024 808 / 915 950 532 / 939 524 958

Um estudo sobre dis-lexia realizado no âmbito do Mestrado em Educação Especial da Universidade Católica Portuguesa, em Viseu (UCPV) concluiu que a maioria dos alunos inquiridos que abandonou os estudos teve um diag-nóstico tardio (após o final do 1º ciclo) e todos eles ti-nham tido duas retenções ao longo do seu percurso escolar.

“Podemos concluir que a dislexia pode constituir um obstáculo à progres-são escolar e tem efeitos a longo prazo, não só no que diz respeito à componen-te escolar, mas também a nível social, afetivo e emo-cional”, adianta um comu-nicado do Centro de Disle-xia da Universidade Católi-ca em Viseu.

A dislexia de desenvol-vimento é uma dificulda-

de específica de aprendi-zagem que se manifesta na dificuldade de ler acompa-nhada por problemas na escrita e na compreensão da leitura. Nesta altura os especialistas não têm dúvi-das de que essa dificulda-de de aprendizagem colo-ca grandes problemas aos alunos, mas subsistem ain-da muitas questões sobre o problema.

Com o objetivo de encon-trar novas respostas sur-giu este estudo da UCPV em 2011. O mesmo inqui-riu um total de 41 sujeitos com dislexia, pais, alunos ex-alunos de dois agrupa-mentos de escolas do con-celho, que permitiu “traçar um retrato”.

“Dos 41 jovens com dis-lexia, oito já tinham aban-donado a escola e 33 encon-travam-se a estudar. Dos 33 que permaneciam na es-

cola, 48% frequentavam o ensino básico, 33% o 3º Ci-clo do ensino básico e 9 % o ensino superior. Dos oito alunos que abandonaram os estudos, 87% fizeram-no no 3º ciclo de escolari-dade”, descreve o estudo.

A intervenção realiza-da pela escola foi outra das vertentes analisadas no es-tudo. Segundo as respos-tas dos pais, 95% beneficia-ram de algum tipo de apoio educativo, no entanto, ape-nas 44% beneficiaram de medidas de educação es-pecial previstas pela legis-lação. Destes alunos, hou-ve 44% que realizou testes diferentes e 71% teve mais tempo para fazer testes”.

De acordo com os auto-res, a investigação permi-tiu concluir ainda que “a maioria dos alunos sente dificuldades ao nível da lei-tura e da escritas e quase

todos referiram sentimen-tos de vergonha e de revol-ta, ou seja, a triste e inse-gurança caminham lado a lado com a dislexia”. Ape-sar disso, a investigação registou que 12 dos alunos manifestaram vontade de prosseguir os estudos ao nível superior: “Quando analisado o percurso esco-lar deste grupo de 12 alu-

nos, verificamos que mais de 90% usufruiu de algu-mas medidas de educação especial”.

“Para além do impac-to específico da dislexia na aprendizagem acadé-mica, verificamos que to-das as decisões tomadas, as medidas de apoio dis-ponibilizadas têm impli-cações no percurso esco-

lar dos alunos disléxicos, podendo atuar como mi-nimizadoras dos efeitos nefastos a médio e a lon-go prazo, potenciando um maior sucesso académico e a obtenção de melhores qualificações e habilita-ções”, termina.

Emília [email protected]

Estudo alerta para as consequências do diagnóstico tardio a alunos com dislexiaAutores ∑ Mestrado em educação especial da Universidade Católica/Viseu

∑ A equipa do Centro de Dislexia da Universi-dade Católica de Viseu promove no domingo, dia 27, rastreios gratuitos a crianças, jovens e adultos. A iniciativa decorre na FNAC do Palácio do Gelo, entre as 13h00 e as 16h00.

O Centro de Dislexia da Universidade Católi-ca de Viseu abriu oficialmente a 1 de outubro na sequência do mestrado em Educação Especial. A ideia base é intensificar os canais de investigação dos professores e alunos através de ações que sir-vam a comunidade, como adiantou na ocasião ao Jornal do Centro a coordenadora, Célia Ribeiro.Para Célia Ribeiro, os rastreios precoces são fun-damentais para essa intervenção.

Rastreios de dislexia na FNAC

Jornal do Centro24 | janeiro | 201326

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SAÚDE

A PsicoSoma – núcleo de psicologia da saúde vai lançar em Viseu a obra “A Educação Emocional para Seniores” com a presença dos autores Vitor Frago-so e Martha Chaves. A apresentação do livro está marcada para o dia 17 de fevereiro, às 17h00, na Fnac do Palácio do Gelo

Trata-se de um livro aconselhado para para seniores, psicólogos, edu-cadores sociais, gerontó-logos, psicoterapeutas, educadores, enfermeiros, entre muitos outros. Os autores desenvolveram a obra, como uma propos-ta de intervenção após longos anos de atuação com seniores, no âmbi-to terapêutico, educativo e formativo, consideran-do a Educação Emocional como pressuposto básico da educabilidade das emo-ções ao longo de todo o ci-clo vital.

O prefácio de “Educação Emocional para Seniores” conta com a participação de Cláudia Moura.

O livro apresenta-se como a quarta obra técni-ca da editora PsicoSoma na categoria gerontologia, “reforçando assim o leque de abordagens cada vez mais diferenciadas, per-mitindo aos profissionais uma intervenção objetiva, prática e inovadora, refere um comunicado a institui-ção especializada em psi-cologia da saúde. EA

PsicoSoma lança livro sobre séniores

O diretor-geral de Saú-de, Francisco George, re-comendou a vacinação dos grupos mais vulnerá-veis, como crianças, ido-sos e grávidas, no sentido de prevenir um eventual surto de gripe

Na primeira semana de janeiro foram confirma-dos no Instituto Ricardo Jorge quatro casos de gri-pe com confirmação labo-ratorial. Os casos diagnos-ticados podem indicar o começo da atividade gripal em Portugal à semelhan-ça do que está a acontecer nos outros países do he-misfério norte”, adiantou o responsável.

De acordo com Francis-co George, as estirpes que

circulam são as que es-tão contempladas na vaci-na sazonal distribuída em outubro: o AH1, o AH3 e o Tipo B.

“A vacina sazonal con-

templa as três estirpes e apesar dos poucos casos confirmados nós podemos antecipar que a vacina pro-tege em relação a todas”, disse.

Mesmo assim, o diretor-geral de Saúde recomen-da aos grupos mais vulne-ráveis (crianças, idosos e grávidas) que procurem os serviços de vacinação dos centros de saúde e das far-mácias, que ainda devem ter disponíveis vacinas.

Questionado sobre a possibilidade de vir a ocorrer em Portugal um surto de gripe como aque-le que está a atingir os Es-tados Unidos, Francisco George salientou que ain-da é cedo para se perce-ber se a gripe no país terá uma expressão intensa ou moderada, mas é pre-ciso o país estar prepara-do para aquilo que pode acontecer.

Diretor geral da Saúde recomenda vacinação a grupos vulneráveisGripe ∑ Um alerta para a melhor forma de prevenir a atividade gripal

Jornal do Centro24 | janeiro | 2013 27

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SAÚDE & BEM-ESTAR

“Valorize a saúde e ve-nha conhecer o seu con-celho” é o mote para o passeio pedestre que vai acontecer no próximo do-mingo, dia 27, em Santa Comba Dão.

O desafio é da Câmara Municipal e da Associa-ção de Profissionais de Desporto e Educação Fí-sica. Num percurso de 10 quilómetros de dificul-dade média, pretende-se sensibilizar os partici-pantes para a importân-

cia do exercício físico. Ao longo de duas horas e meia é ainda possível ti-rar partido da natureza do concelho. EA

Percurso pedestre em prol da saúde

A gripe está aí…

Opinião

Simões TorresPneumologista

Coordenador do núcleo de Viseu da Fundação Portuguesa do Pulmão

Todos os anos por esta altura, somos confronta-dos com a presença in-cómoda e muitas vezes grave do vírus da gripe. Apesar de sabermos que temos grande probabili-dade de contactar com esta ameaça de maior ou menor gravidade es-quecemo-nos frequen-temente de tomar as pre-cauções necessárias.

Como se transmite? O contágio resulta do contacto com gotas de secreções ao falar, tossir ou espirrar e também do contacto das mãos com objetos conspurcados com secreções respira-tórias. É altamente con-tagiosa.

Como se manifesta? Os sintomas mais co-muns costumam ser o aparecimento súbito de febre, dores de cabeça e musculares, calafrios e tosse seca seguidos de dores de garganta, con-gestão nasal e tosse com expetoração.

Complicações: A gri-pe fragiliza o sistema imunitário (de defesa) abrindo as portas a in-feções secundárias. De entre estas, as pneumo-nias constituem a amea-ça mais comum causan-do todos os anos milha-res de mortes, sobretudo nos grupos de maior ris-co (idosos e portadores de patologias crónicas).

Prevenção: A preven-ção constitui a aborda-gem fundamental até porque a terapêutica farmacológica especí-fica é de eficácia relati-va. Assim, todas as pes-soas com idade supe-rior a 65 anos, grávidas e crianças têm indica-ção para vacinação. Há grupos de maior risco como asmáticos, diabé-

ticos, insuficientes re-nais e cardíacos, bron-quíticos (DPOC), alérgi-cos e fumadores onde a prevenção assume ainda um papel de maior im-portância pelas compli-cações que lhe estão as-sociadas.

M e d i d a s s i m p l e s como lava r as mãos com frequência antes de tocarmos o nariz ou a boca podem evitar o contágio. Usar lenços de papel e proteger a sa-ída de gotículas de sa-liva, quando tossimos ou espirramos, ajuda igualmente a evitar a propagação da doença. Se estiver com gripe, não visite familiares ou amigos internados em hospitais ou lares por-que pode estar a trans-mitir-lhes a doença e muitas vezes eles já es-tão debilitados, portan-to com menos defesas.

Ao contrário das gran-des pandemias ocorridas em 1918-1919 e 1968-1969, quando não dispúnha-mos de medicação efi-caz para a prevenção e a doença tinha o seu cur-so natural, hoje dispo-mos de vacinas que vie-ram modificar comple-tamente esta realidade, como ficou demonstra-do com a recente Gripe A em 2009-2010. Não é racional desperdiçarmos o que o avanço científico colocou ao nosso dispor. A vacinação sazonal é fundamental e pode sal-var muitas vidas. E já agora, se tem mais de 60 anos pense seriamen-te em fazer a vacina an-tipneumocócica (vaci-na contra a pneumonia) causadora todos os anos de milhares de mortes.

Se ainda não se vaci-nou, faça-o o mais de-pressa possível. Prevê-se que a maior concentra-ção vírica está a chegar. Verá que vale a pena…

Os centros de saúde vão passar a assegurar o programa de troca de seringas, até agora fei-to pelas farmácias, sob orientação dos depar-tamentos de saúde pú-blica e em colaboração com os serviços parti-lhados do Serviço Na-cional de Saúde.

Desta forma, um ter-ço do programa de tro-ca de seringas (o que era fe ito n a s fa r m á-cias) fica integralmen-

te assegurado pelo Ser-viço Nacional de Saú-de (SNS). Os restantes dois terços continuam a cargo de organizações governamentais e não governamentais, e pe-los postos móveis (que asseguram atualmente 64% das trocas).

Entre janeiro e outu-bro de 2012, foram en-tregues nas coopera-tivas, farmácias e par-ceiros, 1,103 milhões de seringas.

Troca de seringas só nos centros de saúde

Jornal do Centro24 | janeiro | 201328

Page 29: Jornal do Centro - Ed567

CLASSIFICADOS

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96

5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SULRua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELAPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE VISEURua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

EMPREGO

Mecânico de automó-veis. Sernancelhe - Ref. 587801020

Fiel de arma-zém. Lamego - Ref. 587857844

Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126

Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca

- Ref. 587820907

Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100

Canalizador. Lamego - Ref. 587869103

Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira - Ref. 587823653

Condutor de máquina de escavação. Lamego - Ref. 587858819

EsteticistaRef. 587930592 - VouzelaA tempo completoCom experiencia

MotoserristaRef. 587930046 – São Pedro do SulA tempo completoCom experiencia

Técnico de vendasRef. 587930405 – São Pedro do SulPara venda de espaços

publicitários Com viatura Própria

Cortador de carnes verdes Ref. 587877191 - TondelaA tempo completo

Técnico de vendasRef. 587886729 – Santa Comba DãoA tempo completo(vendas porta a porta)

Eletromecânico/reparador de eletrodo-mésticos-linha brancaRef. 587889139 – Campo de Besteiros - TondelaA tempo completo

EstucadorRef. 587883929 – Mortágua

EstucadorRef. 587872760 – Carregal do SalA tempo completoPreferência por pessoa com experiência na aplicação de pladur (com inscrição mínima de 6 meses no centro de emprego)

Trabalhador n/quali-ficado Ref. 587862125 – Tondela

Chefe de linha de pren-sagem de casacosRef. 587839124 – Carregal do Sal

Condutar máquinas escavaçãoRef. 587926586- Tempo Completo - Viseu

Engº Técnico AgrárioRef. 587914456 – Tempo Completo - Viseu

CabeleireiroRef. 587926645 - Tempo Completo - Viseu

Técnico TurismoRef. 587928887- Tempo Completo - Viseu

Engº ElectrotécnicoRef. 587916186 Tempo Completo – Viseu

EscriturárioRef. 587929446 - Tempo Completo - Viseu

Carpinteiro LimposRef. 587929477- Tempo Completo – Viseu

PedreiroRef. 587916765- Tempo Completo - Mangualde

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INSTITUCIONAIS Américo Alves

Agente de Execução Cédula 3394

EXECUÇÃO PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA

Processo Nº. 670/07.9TBLMG N/Referencia: P.I. n.º 93/07 Data: 16/01/2013 Exequente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Tarouca, CRL. Executado: Cooperativa Agrícola do Vale do Varosa, CRL

ANÚNCIO

Nos autos acima identificados foi designado o dia 21 de Fevereiro de 2013 pelas 14H00, no Tribunal Judicial de Lamego, para a abertura de propostas que sejam entregues até ao momento, na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem imóvel:

Bem a vender: -

- Prédio Urbano sito em Castanheiro do Ouro, freguesia e concelho de Tarouca, constituído por casa com dois pavimentos destinada a escritório e armazém com área total de 502m2. Inscrito na matriz sob o artigo 1287 e descrito sob o n.º 3911/20120220

Valor base do bem a vender: 350.000,00€ sendo o Valor Mínimo das Propostas de 245.000,00€

Penhorados à Cooperativa Agrícola do Vale do Varosa, CRL, residente em Castanheiro do Ouro, 3610 Tarouca.

É fiel depositário Cooperativa Agrícola do Vale do Varosa, CRL, que o deverá mostrar a pedido.

As propostas enviadas pelo correio deverão conter, sob cominação de não serem consideradas, fotocópia do bilhete de identidade e número de contribuinte do proponente e/ou seu legal representante, bem como telefone de contacto. Os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do agente de execução no montante correspondente a 20 % do valor base dos bens, ou garantia bancária no mesmo valor. Sendo a proponente pessoa colectiva, deverá a referida proposta ser acompanhada por documento onde se possa aferir, sem margem para dúvidas, que quem a representa tem poderes para o acto.

Houve reclamação de créditos por parte da Caixa Geral de Depósitos, SA., e Instituto de Solidariedade e Segurança Social de Viseu, IP.

Está pendente oposição à execução SimEstá pendente oposição à penhora Não

O Agente de Execução,

(Américo Alves)

(Jornal do Centro - N.º 567 de 24.01.2013)

1ª Publicação

IMOBILIÁRIO- T0 MOBILADO E EQUIPADO, Junto à feira semanal 200,00€ 232 425 755

- T0 MOBILADO Centro, recente, mobilado e equipado 220,00€ 917 921 823

- STUDIO – MOBILADO E EQUIPADO A 2 minutos do Palácio de Gelo água, luz e net incluído 225,00€ 969 090 018

- T1 Centro de Viseu, mobilado e equipado 275,00€ 967 826 082

- T1 Mobilado e equipado com água incluído 220,00€. 232 425 755

- T1dpx- jtº à Segurança Social, terraço com 50m2, ar condicio-nado 450,00€ 917 921 823

- T2 Junto ao Fórum boas áreas lareira com recuperador 300,00€. 232 425 755

- T2 St.º Estevão, mobilado e equipado, ar condicionado e garagem fechada 300,00€ 969 090 018

- T2 Mobilado e equipado Bairro Santa Eugenia 300,00€ 967 826 082- T3 Jtº ao Hospital na Quinta do Grilo – Mobilado e equipado 300,00€ 917 921 823

Jornal do Centro24 | janeiro | 2013 29

Page 30: Jornal do Centro - Ed567

CLASSIFICADOS

NECROLOGIAAlice de Jesus Teixeira, 90 anos, viúva. Natural de Cambres, Lamego e residente em Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 11 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Cambres.

Emília de Jesus Neto, 91 anos, viúva. Natural de Paços de Ferreira, Porto e residente em Reriz, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 13 de janeiro, pelas 16.00 horas, para o ce-mitério de Reriz.

António Pereira Mendes de Paiva, 94 anos, viúvo. Natural e residente em São Joaninho, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 14 de janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São Joaninho.

Manuel Esteves, 90 anos, casado. Natural e residente em Car-valhosa, Ermida, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 15 de janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Carvalhosa.

José de Paiva Gomes, 87 anos, viúvo. Natural e residente em Meã, Parada de Ester, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 16 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Pa-rada de Ester.

Mário Jorge da Costa Ferreira, 18 anos, solteiro. Natural e residente em Mosteirô, Pepim, Castro Daire. O funeral reali-zou-se no dia 17 de janeiro, pelas 10.30 horas, para o cemi-tério de Pepim.

Ana Carlos, 90 anos, viúva. Natural e residente em Vale Abri-goso, Mezio, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 18 de janeiro, pelas 10.30 horas, para o cemitério de Mezio.

Maria da Conceição de Almeida, 84 anos, solteiro. Natural e residente em Termas do Carvalhal, Mamouros, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 21 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mamouros.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Maria Rosa Ramos Casimiro Loio Pinto, 76 anos, casada. Na-tural de Sangemil, Lageosa, Tondela e residente em Campo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Lageosa.

Agência Funerária Nisa, Lda.Nelas Tel. 232 949 009

Emília da Conceição, 87 anos, solteira. Natural e residente em Casal de Ausenda, Ventosa, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 19 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Ventosa.

Camila de Nazaré, 92 anos, solteira. Natural e residente em Covas, Fornelo do Monte, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 20 de janeiro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de For-nelo do Monte.

Agência Funerária Fernandes Correia & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 610

António Martins Rodrigues, 52 anos, solteiro. Natural de Sul, São Pedro do Sul e residente em Ucha de Cá, Figueiredo de Alva, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 16 de janeiro, pe-las 14.00 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva.

Maria do Carmo Oliveira, 69 anos, viúva. Natural de Guima-rães e residente em Termas, São Pedro do Sul, Vouzela. O fu-neral realizou-se no dia 18 de janeiro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Várzea, São Pedro do Sul.

Maria dos Prazeres Almeida Santos Guimarães, 70 anos, vi-úva. Natural de São Miguel do Mato e residente em Moçame-des, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 18 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Moçamedes.

João de Barros Cardoso, 97 anos, viúvo. Natural de Vouzela e residente em Lourosa da Comenda, São Miguel do Mato, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 21 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Moçamedes.

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda.S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

Maria Isabel de Almeida Carvalho Loureiro, 67 anos, casada. Natural de Calde e residente em Paraduça, Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de janeiro, pelas 14.00 horas, para o ce-mitério de Póvoa de Calde.

Garcia Simões de Sousa, 76 anos, casado. Natural e residente em Rotar, Torredeita, Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Torredeita.

José Luís Chaves Leitão, 52 anos, divorciado. Natural e re-sidente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 22 de janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.

Alice do Céu Ramos, 83 anos, viúva. Natural de Bragança e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 23 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.

Agência Funerária AbílioViseu Tel. 232 437 542

Alexandre de Almeida Carragoso, 68 anos, casado. Natural e residente em Mundão, Viseu. O funeral realizou-se no dia 15 de janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Mundão.

Aurora de Lemos, 88 anos, viúva. Natural de Bodiosa e resi-dente em Travanca de Bodiosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 16 de janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Bodiosa.

António Virgílio da Cunha Magalhães Soeiro, 77 anos, casa-do. Natural de Ribafeita e residente em Viseu. O funeral rea-lizou-se no dia 19 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemi-tério de Forles, Sátão.

Maria Docília Lorenço, 88 anos, solteira. Natural de Ribafeita e residente em Travanca de Bodiosa, Viseu. O funeral reali-zou-se no dia 20 de janeiro, pelas 14.30 horas, para o cemi-tério de Ribafeita.

António Cerqueira, 80 anos, casado. Natural de Amarante e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Amado Lopes Ferreira, 74 anos, casado. Natural e residente em Vila Chã de Sá, Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de janei-ro, pelas 15.45 horas, para o cemitério de Vila Chã de Sá.

Else Marques Pereira, 79 anos, viúvo. Natural e residente em São Miguel do Mato, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 21 de janeiro, pelas 10.30 horas, para o cemitério de São Miguel do Mato.

Lucília da Silva Mesquita, 79 anos, viúva. Natural de Rio de Loba e residente em Travassós de Cima, Viseu. O funeral rea-lizou-se no dia 21 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemi-tério velho de Rio de Loba.

Joaquim Lourenço, 87 anos, casado. Natural de Povolide e re-sidente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Povolide.

Adelino Lopes Costa, 68 anos, casado. Natural de Santos Evos e residente em Travassós de Cima, Viseu. O funeral realizou-se no dia 22 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Rio de Loba.

Dolores Almeida Monteiro, 83 anos, casada. Natural e residen-te em Cavernães. O funeral realizou-se no dia 22 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério local.

Ana Ramos Proença, 74 anos, casada. Natural e residente em Sernancelhe. O funeral realizou-se no dia 23 de janeiro, pe-las 15.00 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

INSTITUCIONAIS

Adelina Soares Agente de Execução

CÉDULA Nº. 1962

Tribunal judicial de oliveira dos frades/Secção única Processo: 24/08.0TBOFRValor: 32408,14 Referencia interna: PE/21/2008Exequente(s) : ADEGA COOPERATIVA DE VILA REAL E CAVES DO CORGO, C.R.L. Executado (s) : FERNANDO MARTINS FERREIRA Maria da Conceiçao Oliveira Fernandes Ribeiro

ANUNCIONos termos e para os efeitos do disposto no Artigo 890º Código Processo Civil, dos Autos acima identificados, foi designado o dia 07/02/2013 pelas 14:30HORAS, no Tribunal Judicial de Oliveira de Frades , Secção única, para a abertura de propostas, que sejam entregues na secretaria do Tribunal até às 14:30horas do dia designado, pelos interessados na compra do seguinte bem imóvel:

Verba Única

Prédio Urbano destinado a habitação sito no lugar de Ladario, Ribeiradio Composto de : Casa de Cave, rés-do-chão e 1º andar, com armazém de vinhos e quintal, com a área de S.C. de 240m2 e logradouro de 389m2. Descrita na Conservatória do Registo Predial de Oliveira dos Frades sob o nº 1/Ribeiradio, e Inscrita na matriz Urbana da Freguesia de Ribeiradio, sob o Artigo 911.

Valor base de venda – 103.000,00€

Valor mínimo das propostas: 70% do valor base Fiel depositário: Fernando Martins Ferreira e Maria da Conceição Oliveira Fernandes Ribeiro, que devem mostrar o Bem a quem pretenda examina-lo.

Nos termos do nº5 do Art.890º do C.P.C., não se encontra pendente nenhuma oposição à execução ou penhora.

Informa-se que também foi efectuado anúncio electrónico de “Vendas de Bens Penhorados pelos Agentes de Execução” disponível em : http://www.solicitador.org/vendas

Consigna-se que as propostas a apresentar deverão especificar no exterior do envelope a referência do processo a que se destinam, bem como a menção ou indicação de “proposta de venda”.Os proponentes devem anexar á proposta, fotocópia do Bilhete de Identidade/Cartão de Cidadão/ Cartão de Contribuinte, caso seja em nome individual ou fotocópia de Cartão de Pessoa Colectiva para o caso de empresa. Nos termos do nº 1 do Art. 897º do C.P.C. os proponentes deverão juntar cheque visado, como caução, à ordem do solicitador de execução, no montante correspondente a 5% do valor base dos bens, ou garantia bancária no mesmo valor.

O Agente de Execução

Adelina Soares (Jornal do Centro - N.º 567 de 24.01.2013)

2ª Publicação

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Viseu (SCMV), António Magalhães Soeiro faleceu na passada sexta-feira com 77 anos, vítima de doença prolongada.

Coronel do exército, foi comandante do Regimen-to de Infantaria 14 entre 1985 e 1988 e foi coordena-dor da Comissão Distrital de Segurança Rodoviária de Viseu, tendo assumido a direção da SCMV em 1998. Em 2010 tinha sido reelei-to para um quinto manda-to, de três anos, à frente da provedoria.

O Bispo da Diocese, D. Ilídio Leandro considera “uma perda” o desapare-cimento de Magalhães So-eiro e entende ser “impor-tante haver um trabalho de

continuidade”. “Vejo que a misericórdia tem pessoas capazes, quer na direção, quer nos associados, que vão continuar o trabalho meritório que fazia”, con-clui.

O corpo do presidente foi sepultado no cemité-rio de Forles, concelho de Sátão. EA

Provedor da Misericórdia morre aos 77 anos

Jornal do Centro24 | janeiro | 201330

Page 31: Jornal do Centro - Ed567

clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 515 | 27 DE JANEIRO DE 2012

∑ Endireitar a Rua Direita

∑ “O Mercado 2 de Maio, é uma espinha que está cravada

na garganta da cidade” (Gualter Mirandez)

∑ “Sopa dos pobres” sabe bem aos ricos

∑ Preocupação com a divisão da PSP de Lamego aumenta

∑ “O dinheiro do Estado é o nosso dinheiro” (Ana Benavente)

∑ “O futuro passa por ter um pavilhão” (Paulo Lopes, Viseu

2001)

∑ “Falta o grande concerto em Viseu” (João Simões)

∑ Novo Bispo chega a Lamego

R Di i

| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02pág. 06pág. 10pág. 14pág. 16pág. 19pág. 24pág. 26pág. 29pág. 32pág. 33pág. 35pág. 38pág. 39

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ESPECIAL> SUPLEMENTO> ECONOMIA> DESPORTO> CULTURA> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETOR

Paulo Neto

Semanário

27 de janeiroa 2 de fevereirode 2012Ano 10

N.º 515

1,00 Euro

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licid

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Rua Direita, do apogeu à

decadência

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| páginas 6 a 9

Novo acordo ortográfico

Rua dos Casimiros, 33 - Viseu

Tel: 232 420 850 - [email protected] - www.ihviseu.com

NNovos cursos

a iniciar em

FevereiroInglês e Espanhol

Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

FOTOS DA SEMANA

Mais um cartão da qualidade de vida proporcionada aos munícipes viseenses. Basta chegar à janela para ter o dia ganho com a deprimente vista permitida pela autarquia local. O vereador competente para o assunto em epí-grafe algum dia terá ouvido falar de poluição visual? Ou ainda está na fase do fumo & esgotos? Joaquim Correia M.

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Jornal do Centro24 | janeiro | 2013 31

Page 32: Jornal do Centro - Ed567

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JORNAL DO CENTRO24 | JANEIRO | 2013Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 24 de janeiro, aguaceiros. Temperatura máxima de 9ºC e mínima de 6ºC. Amanhã, 25 de janeiro, chuva moderada. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 5ºC. Sábado, 26 de janeiro, chuva moderada. Temperatura máxima de 10ºC e mínima de 5ºC. Domingo, 27 de janeiro, chuva moderada. Temperatura máxima de 9ºC e mínima de 3ºC. Segunda, 29 de janeiro, aguaceiros. Temperatura máxima de 8ºC e mínima de 1ºC.

tempo

Sábado, 26Viseu∑ O Hotel Grão Vasco recebe um desfile de moda com vestidos de noiva, a partir das 21h00. Durante a noite, está prevista a atuação da banda Fingertips. A Arcádia, loja de chocolates, também se associam ao evento.

Sábado, 26Vouzela∑ O Mercado Municipal recebe a atividade “Aromas do Chá”, a partir das 09h30. Identificar plantas, a diferença entre infusão de plantas frescas e plantas secas e como preparar infusões serão algumas das temáticas a abordar nesta oficina prática dinamizada pela Ervital.

Domingo, 27Viseu∑ O ginásio FFitness vai promover uma aula aberta e gratuita da modalidade Zumba Gold, destinada à população sénior, no Pavilhão do Inatel, a partir das 18h00. Esta é a primeira formação em Portugal, pelo conceituado instrutor Hermann Melo.

Nun

o A

ndré

Fer

reira

(arq

uivo

)

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

1. O mundo wiki é contra-intuitivo porque incor-porámos a ideia que só o interesse faz mexer as pes-soas. Ora, se a única motivação das pessoas fosse o ganho pessoal, como explicar as milhões de pesso-as a fazerem verbetes gratuitamente para a Wikipé-dia ou a descarregarem vídeos no Youtube? Como explicar o facto destes armazéns de informação es-tarem com as prateleiras organizadas, acessíveis e à borla?

O blogue Aventar já por duas vezes usou este mé-todo do formigueiro para fazer o que devia ter sido feito pelo estado. Quer o “Memorando de Entendi-mento”, quer agora o relatório do FMI, só tiveram versões em inglês. E isso é um sinal da nossa sina: somos um protectorado a falar em “estrangeiro” com governos que já nem têm energia para fingir que é de outro modo.

Tanto em 2011 como agora o Aventar usou o mé-todo wiki: dividiu os textos em segmentos, fez um apelo na blogosfera, dezenas de pessoas mobiliza-ram-se, e surgiram as versões em português. Graças ao trabalho voluntário deste formigueiro, mesmo quem não leia Shakespeare no original já pode saber onde o FMI quer tesourar quatro mil milhões.

Se agora a dupla Gaspar/Moedas for contratar uns boys para traduzir aquela coisa, isso será “Má Des-pesa Pública” (nome de outro blogue que deve ser seguido e que também, muitas vezes, usa informa-ção recolectada por formigas voluntárias).

2. O anúncio da candidatura de José Junqueiro à câmara de Viseu deu origem a dois comunicados partidários a tentarem provar a existência política dos seus autores: um de Guilherme Almeida do PSD (que pensa que existe) e outro de Lúcia Araújo Silva do PS (que nem pensa nem existe).

São coisas de aparelho que não distraem do essen-cial: perante o mais forte e mais sólido candidato que o PS podia escolher, o PSD candidata António Almeida Henriques ou Carlos Marta? Ou fica-se por uma figura de segunda?

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Formigueiros

A Câmara Muncipal de Viseu e a Associação Na-cional de Municípios Por-tugueses (ANMP) orga-nizam hoje, dia 24, no Museu do Quartzo a con-ferência “Futuro das Cida-des: competitividade ter-ritorial e financiamento”, promovida pela Strategy XXI, consultora especiali-zada em Sustentabilidade e Regeneração Urbana e com o apoio da FundBox SGFII, da Abreu Advoga-dos e da NewConsulting.

Esta conferência, com

início marcado para as 15h00, é a primeira de um ciclo de conferências que terá lugar ao longo de 2013, promovido em parceria com a ANMP e que pre-tende levar às capitais de distrito o debate em torno do que serão as principais linhas orientadoras do quadro financeiro para o período 2014 - 2020, o “novo QREN”, e a forma como poderão ser utili-zadas em matérias como a competitividade ter-ritorial, as smart cities

e smart regions, a rege-neração e a reabilitação urbana, as operações in-tegradas de desenvolvi-mento, entre outras. Tra-tam-se de temas que “vi-sam a melhoria do nível de vida nas cidades e o re-forço da competitividade dos respetivos territórios, sem esquecer os de baixa densidade que justificam cuidados e medidas espe-ciais”, adianta a organiza-ção em comunicado.

Emília Amaral

agenda∑

Conferência ∑ A primeiro de um ciclo de encontros para

debater as linhas orientadoras do novo quadro comunitário

A O encontro decorre durante a tarde no Museu do Quartzo

O futuro das cidades debate-se hoje em Viseu