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| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 14 pág. 15 pág. 17 pág. 20 pág. 22 pág. 24 pág. 25 pág. 29 pág. 30 pág. 31 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > ESPECIAL > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 11 a 17 de maio de 2012 Ano 11 N.º 530 1,00 Euro Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Nuno André Ferreira Publicidade João Cotta, presidente da AIRV em entrevista exclusiva ao Jornal do Centro | págs. 8 e 9 Novo acordo ortográfico Uma novidade: Uma novidade: “a criação do Conselho “a criação do Conselho Empresarial da Região Empresarial da Região de Viseu, congregando de Viseu, congregando inicialmente a AIRV e a inicialmente a AIRV e a Associação Comercial...” Associação Comercial...” Publicidade

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| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02pág. 06pág. 08pág. 10pág. 14pág. 15pág. 17pág. 20pág. 22pág. 24pág. 25pág. 29pág. 30pág. 31

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ECONOMIA> ESPECIAL> DESPORTO> CULTURA> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS> NECROLOGIA> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário11 a 17 de maio de 2012

Ano 11N.º 530

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Nun

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Fer

reira

Pub

licid

ade

João Cotta, presidente da AIRV em entrevista exclusiva ao Jornal do Centro | págs. 8 e 9

Novo acordo ortográfico

Uma novidade:Uma novidade:“a criação do Conselho “a criação do Conselho Empresarial da Região Empresarial da Região de Viseu, congregando de Viseu, congregando inicialmente a AIRV e a inicialmente a AIRV e a Associação Comercial...”Associação Comercial...”

Pub

licid

ade

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praçapública

palavrasdeles

rO centro histórico é um museu vivo, quem não tiver esta noção está completamente errado”

Américo NunesVice-presidente da Câmara Municipal de Viseu

(Apresentação da Festa dos Museus em Viseu, 9 de maio)

rAs pessoas podem não saber, mas as uvas portuguesas são úni-cas na Europa. E esta é uma arma que o país tem para mostrar ao mundo que o vinho é único”

Paul WhiteJornalista/crítico internacional de vinhos

(Participação na iniciativa Dão Primores da CVR Dão, 7 de Maio)

rA nossa região tam-bém tem sido produto-ra de uma massa crítica de grande valor”.

João CottaPresidente da AIRV, em entrevista ao Jornal do Centro.

rO conhecimento e o saber vieram ao encontro do fazer e é desta forma que a sociedade evolui”

José Mário CardosoPresidente da Câmara de Sernancelhe, em declarações ao Jor-

nal do Centro, sobre o protocolo assinado com a UTAD.

O pastor das vacas magras

Desde o início da minha década, a de 90, teve o meu país três pri-meiros-ministros; seis presidentes da república; dezenas de ministros; centenas de secretários de estado.

Grandes e sensatas cabeças, pen-so.

Cidadãos sábios movidos pelo

desejo de prestarem um serviço pú-blico ao seu país e melhorar a vida dos seus concidadãos, creio.

Impolutos homens, genuínos missionários, admito.

Gente movida à energia que ou-trora animou paladinos de Cruza-das, pondero.

Dos primeiros-ministros, uns es-tiveram dez anos. Outros nem um. Uns queriam ficar mais tempo. Ou-tros puseram-se a andar antes do tempo. Outros foram despedidos.

Os presidentes da república, es-ses, assinam contrato por uma dé-cada. E hão-de ser trinta, os anos da sua presença, desses três, nos trinta anos de minha vida.

Mas de verdade verdadinha, com tantos bons senhores governantes, cada vez mais desgovernados an-damos.

De tal jeito pegou moda que lá em casa já dizem: “Isto é um des-governo!”

Mas dizem que os desgovernos, nos T2 em 2ª mão, não se vêem dos palácios onde estes senhores es-tão…

Há um destes senhores que foi primeiro-ministro dez anos e como presidente da república já vai em dez. É muito tempo. E muita des-

graça. Lembro-me de ouvir falar em vacas gordas e em vacas ma-gras. Tinha muita pena das vacas magrinhas.

Um primeiro-ministro foi-o nas gordas e é presidente nas magras. Deve haver grande diferença.

Será da falta de água ou do au-mento das rações?

Pobrezinhas. Das vacas deste pastor.

Opinião

Marta [email protected]

Vivemos hoje uma situação em que a gravidade dos problemas está para além das previsões mais pessimis-tas.

Os dados oficiais revelam que ao fim de um ano de politica da troika estrangeira e do governo PSD/CDS, mais de 853.000 portugueses estão na pobreza ou mesmo na miséria só devido ao desemprego. Esta situação tenderá a agravar-se muito nos próxi-mos meses.

Por um lado, porque o desempre-go vai continuar a aumentar. Desde Dezembro de 2011, a taxa de desem-prego tem aumentado a um ritmo de 0,43 pontos percentuais por mês. Se este ritmo se mantiver, nos finais de 2012 o desemprego oficial atingirá 19,8% e o desemprego efectivo 26,8%.

Isto corresponde a 1.530.000 desem-pregados. Estamos perante um valor insustentável para o país. Mas que é a consequência inevitável da política em curso de destruição da economia e da sociedade.

Por outro, porque o governo alte-rou a lei do subsídio de desempre-go. O que terá como consequência que menos desempregados tenham direito a receber subsidio e duran-te menos tempo. Sublinhe-se que já hoje apenas 29 em cada 100 desem-pregados estão a receber subsídio de desemprego.

Em Março de 2011 cerca de 2 milhões de portugueses viviam abaixo do li-miar da pobreza. Caminhamos em passo acelerado para os 3 milhões.

Sejamos claros. Está em marcha,

duma forma consciente, uma brutal transferência de recursos públicos para o grande capital. É essa brutal transferência, que prossegue a cada dia que passa, que está na origem das medidas de austeridade que os tra-balhadores e o povo estão continua-mente a pagar.

Esta actuação do Governo PSD/CDS de Coelho e Portas assenta numa política de mentira, de misti-ficação, de golpe baixo.

Expressões acabadas desse gol-pe baixo são as abjectas políticas de pretensa caridade promovidas por este governo.

Em vez do combate à fome e à po-breza e às suas causas - as política de empobrecimento a que o país está a ser submetido – temos o «combate ao

desperdício». «Combate» esse, apre-sentado em grandes parangonas e acções mediáticas, que mais não sig-nifica que colocar umas pessoas a vi-verem das sobras de outras!

Independentemente das boas in-tenções, há um conjunto de insti-tuições de todo o género que fazem peditórios e apelam à caridade e que estão, na prática, a fazer o jogo daque-les que querem perpetuar a miséria, a pobreza e a exclusão social. Nunca é demais lembrar que em Portugal se EMPOBRECE A TRABALHAR. Um terço dos que vivem abaixo do limiar da pobreza trabalha!!!

Não vamos brincar à caridadezi-nha/Festa, canasta é falsa intençãozi-nha/Não vamos brincar à caridade-zinha (José Barata Boura 1973).

A caridade humilha as pessoasOpinião

António [email protected]

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Que signifi cadotem o dia 13 de maio?

Importa-se de

responder?

Para mim o 13 de maio representa o dia da nossa senhora, que eu respeito. Milhares de pessoas deslocam-se ao maior altar do mundo - o Santuário de Fátima. Contudo, é um dia de trabalho como os outros e, não menos importante, realiza-se a festa de Gumirães.

É um dia como os outros. Fátima é uma mentira pegada para o Vaticano encher os bolsos à conta dos ignorantes.

Enquanto crente e devota da Virgem Maria, neste dia,dedico-Lhe os meus pensamentos.

Não dou importância. É um dia como outro qualquer.

Augusto Cezar

Rosa Maria

Zeta Neto

Vera Santos

estrelas

Agrupamento de Escolas de Castro Daire

Na segunda edição do “Dão Pri-mores”, a CVR consegue trazer a Viseu críticos de renome nacional e internacional para provarem a co-lheita de 2011. E ainda o jornalista Paul White, um dos maiores críti-cos mundiais.

Guilherme AlmeidaPresidente da GAL ADDLAP

números

60%De todo o vinho nacional

exportado para a China em 2011, 60% foi do Dão.

Arlindo CunhaPresidente da CVRDão

Ao criar 50 postos de trabalho e assinar 55 contratos de investimen-to com promotores locais no va-lor global de sete milhões de euros deu um passo largo no reinventar da economia da terra.

Ao ganharem o terceiro prémio a nível nacional da Gincana Rock in Rio sagraram-se campeões no dis-trito de Viseu, numa iniciativa que envolveu 1433 estudantes.

Muito variam os humores maquinais. E são insondáveis as suas motivações, os seus engenhosos ânimos, a sua pormenorizada sensibilidade. De tal forma, que não deci-framos as razões dos seus amuos e retrai-mentos, parecendo-nos até claras mostras de má vontade e importunância, já que sem-pre acontecem quando mais precisamos de-las, das máquinas, quando a sua colaboração é, mais que fundamental, vital para a tarefa. Nessas alturas, chegamos a esquecer os bons momentos que com os nossos aparelhos pas-sámos, as ternas ajudas que eles nos deram, chegamos a acreditar que já não gostamos deles, que já só nos enfurecem e mais nada.

É injusto, pois – como com o semelhan-te, só reparamos quando corre mal – mas

entregámo-nos à máquina: encantou-nos, sedutora, tentadora, e fizemo-la nosso nú-men; agora somos escravos dos seus capri-chos. Admitamo-lo, é quando ela quer, se ela quiser… Mais ainda para a minha sujeita ge-ração, que é a que sabe e não percebe. Sabe

usar mas não percebe como nem porquê, entenda-se. Para nós a máquina é um pouco como o tempo meteorológico, foge ao nosso controlo, dita o resto do dia e tiramos parti-do como podemos.

Faltou dominarmo-nos. Preferimos apro-veitar-nos uns dos outros, já dizia o padre António Vieira, a aproveitar-nos da máqui-na, que não sente, digo eu. É tão tarde, agora, para a pormos no seu lugar, para retomar o agradável affair – transformado em depen-dência. A paixão sempre trai. Talvez por isso não se a tenha incluído nos softwares…

Descanse-nos lembrar que ainda são de nós os que os fazem, que há com quem eles se entendam, há quem se entenda com eles.

Ou descanse-nos antes o botão on/off.

Pionés/Punaise Da humanidade das máquinas

Margarida Assis Aluna da ESEN

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

A Cultura é tudo o que o homem inventou para tornar o mundo ha-bitável e a morte afrontável. Aimé Césaire

Tempo houve em que a cultura geral era chamada “ciência de reis”. O que é redutoramente calamito-so… mas serve enquanto símbolo da desmesura do seu valor.

Se a cultura geral não for um mero verniz, mostra-nos a diversi-dade e a complexidade do mundo nas antípodas das simplificações ideológicas. Permite-nos compre-ender os outros. Estabelecer pontes com a diferença e criar um sistema de valores do domínio da ciência, da moral e da estética.

Concertos, teatro, dança, festivais, cinema, arte, en-saios… as propos-tas culturais são imensas. Inesgo-táveis fontes de criatividade e de

educação.Durante muito tempo a cultura

viveu à sombra de pressupostos eli-

tistas que a limitavam a públicos muito restritos.

Hoje, há sede de cultura. E os po-líticos de proximidade, os do poder local, perceberam-no. Perceberam que os seus munícipes aderem ao teatro, ao bailado, à música… com-preenderam que não são apenas os jovens a procurá-la e que todas as faixas etárias a apreciam. Cada vez mais imoderadamente.

Dizia-me há dias o administrador de uma fundação cultural que as pessoas só não gostam do que des-conhecem e que passar-lhes atesta-dos de incompetência e ignorância é injusto e simplista.

Dizia-me há dias um autarca com visão que a cultura é um dos me-lhores investimentos no futuro de uma região.

Longe vai o tempo em que a ma-téria-prima tinha valores incalculá-veis. Hoje, a matéria-cinzenta vale muito mais. É mais rico um povo com mentes brilhantes do que com os celeiros a abarrotar de cereal. Óbvio que cultura sem pão… tam-bém não! Mas quando temos o es-sencial, a cultura ao dar um signi-

ficado à existência, é o “bem aces-sório mais essencial”.

A cultura permite-nos interpre-tar o universo, termos ideias pró-prias, desmontar o complexo ou o aparentemente complexo, através do conhecimento, das ideologias, das crenças, da arte, do direito, da moral, dos costumes e de todas as outras aptidões indispensáveis ao homem, enquanto membro activo de uma sociedade em pleno exer-cício da sua cidadania.

A política do atavismo causou da-nos irreversíveis nos povos que a ela foram sujeitos. Determinou di-taduras e perenidade dos ditado-res. Atrasos intransponíveis. Ódios e guerras.

Hoje e aqui em Viseu, e a exem-plo do que se faz noutras latitudes, seria interessante a criação de um cartão cultural que, como um sim-ples multibanco, fosse o acesso mais fácil a todas as ofertas cultu-rais da região.

Talvez uma instituição com os olhos no futuro, como por exem-plo a AIRV, acabe por acarinhar esta ideia…

Editorial Cartão Cultural

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

[email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

[email protected]

Gil Peres, C.P. n.º 7571 [email protected]

Tiago Virgílio Pereira, T.P. n.º 1574

[email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoRua Santa Isabel, Lote 3 R/C EP - 3500-680 Repeses, Viseu• Apartado 163Telefone 232 437 461Fax 232 431 225

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GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

Pensar o quotidiano

A. GomesProfessor de Filosofia

XI. A importância das eleições1. Se votar mudasse alguma

coisa, os políticos tornariam o voto ilegal. A ideia é de Emma Goldman (1869-1940), uma anar-quista nascida na Lituânia e que, em 1885, emigrou para os Estados Unidos da América, onde fez par-te do movimento anarquista, em cujo desenvolvimento teve um pa-pel fundamental.

Na verdade, todo o sistema polí-tico tolera as eleições na medida (e apenas na medida) em que estas o não põem em causa. Todos os elei-tores “sabem” que, em Portugal, a escolha determinante do voto le-vará ao poder o PS ou o PSD - na perspetiva do sistema, duas opções equivalentes. E o mesmo podería-mos dizer de Espanha, de França,... ou da Grécia.

2. Parece que é o próprio siste-ma que gera mecanismos auto-máticos com que se defender de eventuais “percalços”. Nas recentís-simas eleições gregas, a coligação da esquerda radical Syruza obteve uma importância surpreendente, por passar a ser a segunda maior força do parlamento. Surpreen-dente e, de imediato, preocupante (para o sistema, em particular para os chamados mercados. É só ouvir os comentadores...), já que a referi-da coligação rejeita totalmente as medidas de austeridade vindas do estrangeiro. Nada de mortalmente

grave: sendo grande a dificuldade de formar, assim, um governo está-vel, o mais provável é que a Grécia tenha de... ir a votos proximamen-te (para resolver a “coisa” de outro modo).

3. Quando o sistema prevê que os possíveis resultados das elei-ções não interessam, anula-as. Seja um exemplo nosso. Em 2004, José Sócrates, então secretário-ge-ral do PS, garantia que, “desta vez, tem de haver referendo” sobre a Eu-ropa. E sublinhava: “Acho que esse é o compromisso mais importante que é preciso assumir com os por-tugueses”. Mas, já no poder e pe-rante os resultados negativos das consultas populares à Constituição Europeia em França e na Holanda, os receios do primeiro-ministro (e ordens do exterior) levaram-no a desistir da consulta popular e pro-por a ratificação do novo Tratado da UE por via mais segura – a par-lamentar (na Alemanha, o euro não foi a referendo porque dois terços dos eleitores votariam contra).

4. Quando os efetivos resulta-dos eleitorais não interessam ao sistema, este encontra formas de os anular: os irlandeses disseram “não” ao Tratado de Lisboa em re-ferendo - e o referendo foi repetido até... atingir os objetivos pretendi-dos: o “sim”.

5. Nenhuma revolução se fez

através de eleições. Quando, em 1973, parecia que o Chile de Allen-de seria a negação desta tese, o gol-pe de Pinochet encarregar-se-ia de o desmentir.

E a razão para a vitória segura do sistema parece ser esta: o sistema (económico, em última instância; que é o que efetivamente manda) tem o dinheiro e a influência su-ficientes para determinar as coi-sas a seu favor. Com garantias. Por isso, não me parece que a vitória de François Hollande, em França, represente qualquer perigo para o sistema (mercados incluídos). O novo presidente apenas representa o movimento crescente de rejeição da política global de austeridade, em cujas fileiras militam oficiais do sistema: o prémio Nobel estadouni-dense Joseph Stiglitz, o social-de-mocrata Martin Schulz, presidente do Parlamento europeu... e até um comentador português declarava, na noite da vitória de Hollande, que, embora Sarkozy fosse da sua área política, preferia aquele vencedor. O sistema “sabe” que tem que dar algumas migalhas, para continu-ar a comer o bolo. Como quem diz, mitigar a austeridade para evitar o risco de revoltas sérias.

Nota: pode concordar ou discor-dar deste texto no blogue O meu baú (http://omeubau.net/a-impor-tancia-das-eleicoes/)

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aberturaabertura textos ∑ Emília Amaral

Valeu a pena a chamada de atenção dos presidentes de Junta para o “clima de inse-

gurança” que tem vindo a acontecer em Viseu?De acordo com as inter-

venções que tivemos na Assembleia Municipal e na reunião descentraliza-da dos presidentes de junta, juntamente com o senhor presidente da Câmara [Fer-nando Ruas], tivemos o cui-dado de falar com o senhor comandante da PSP, mos-trar-lhe as nossas preocu-pações pelo clima de inse-gurança e de pequena cri-minalidade que estavam a acontecer no Parque [Aqui-

lino Ribeiro]. O senhor co-mandante comprometeu-se a tomar em atenção as nos-sas queixas e a verdade é que ultimamente o parque tem sido vigiado de forma rotineira pelos agentes da PSP.

Perguntou ao comandante porque é que esse policiamen-to não foi feito antes?Coloquei-lhe essa ques-

tão mas tenho que ser sen-sível à explicação que me foi dada. A cidade cresceu e os agentes da PSP são me-

nos do que há 10 ou há 20 anos atrás. Provavelmente teremos de ir junto do se-nhor Ministro da Adminis-tração Interna e dizer-lhe que precisamos de mais po-liciamento, porque o clima de intranquilidade e de in-segurança está instalado e isso não é bom para as po-pulações.

A pequena criminalidade tem vindo a aumentar?Sim, tem vindo a aumen-

tar e esse incremento da pe-quena criminalidade deixa-

nos preocupados, porque pode, por arrastamento, trazer mais criminalidade e trazer mais atos de vanda-lismo, o que põe em causa a segurança dos cidadãos.

Além do vandalismo no par-que, a maior freguesia urbana de Viseu tem identificado outros focos?Temos sentido ações pon-

tuais, como assaltos a esco-las, furtos a cafés na zona de Marzovelos, e as deten-ções de jovens ligados ao consumo e ao tráfico de

droga. Um fenómeno que está a crescer e que nos dei-xa preocupados.

Isso resolve-se com mais po-lícia na rua?Eu penso que sim. Veja

o que aconteceu no centro histórico de Viseu (criação do Contrato Local de Segu-rança). Tem que haver mais agentes, tem que haver mais proximidade, tem que ha-ver mais rotinas, ou seja, os agentes policiais têm que ser mais vistos. Essa é a nos-sa insistência.

“Os agentes policiais têm que ser mais vistos”

À hora em que se escrevia esta notícia, chegava o alerta de mais um caso de furto de fio de cobre. Em Boaldeia, na madrugada de quarta-feira, os assaltantes levaram mais de 150 metros de fio de cobre e deixaram perto de 10 habi-tações sem luz. “É sempre um transtorno na aldeia”, confes-sava o presidente da Junta, António Neves.

Este furto junta-se a muitos outros já ocorridos naquela freguesia e a dezenas de ocor-rências registadas por todo o concelho nos últimos anos.

A PSP de Viseu identificou três jovens de 17, 18 e 20 anos por suspeita da autoria de as-saltos a 10 escolas da cida-de, entre janeiro e abril deste ano. Além destas escolas ou-tras duas do 1º Ciclo foram as-saltadas em Fragosela e Casal de Mundão, segundo os da-dos fornecidos pelo gabinete

de relações públicas da GNR de Viseu.

A pequena criminalidade, que se estende à toxicodepen-dência, está instalada no con-celho de Viseu e os presiden-tes de Junta levaram o pro-blema à última Assembleia Municipal de Viseu, bem como à reunião descentrali-zada dos autarcas com o exe-cutivo camarário.

Para alguns autarcas, o pro-blema resolve-se com mais polícia na rua. Para outros é preciso ir mais além. “Não é um problema só de polícia” mas da “consciência de todas as pessoas”, adianta o presi-dente da junta de S. José, Dá-rio Costa, e apela aos muní-cipes para não recearem em denunciar qualquer caso que identifiquem.

As escolas têm sido o alvo mais apetecido nos últimos tempos. Mesmo sabendo que

se trata de edifícios sem gran-des bens, os assaltantes par-tem vidros, vandalizam, des-troem mobiliário, levam com-putadores e outros aparelhos indispensáveis ao funciona-mento das escolas.

Segundo o Relações-Públi-cas da GNR de Viseu, Pau-lo Fernandes, “é importante que as escolas tenham meca-nismos próprios para com-bater estes atos”. Apesar de a GNR estar atenta e fazer o patrulhamento constante às instituições de ensino, é fun-damental que as escolas tudo façam para reduzir o risco de invasão. Para isso, devem deixar o material apetecível - LCD s e portáteis - fora do alcance. Apesar de poder vio-lar a privacidade dos alunos, todas as escolas deveriam ter um sistema de videovigilân-cia”, adianta o Relações-Pú-blicas (ver caixa ao lado).

Viseu ∑ Dez escolas assaltadas na cidade juntam-se a outras ondas de assaltos

A realidade da pequena criminalidadeA realidade da pequena criminalidade

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Diamantino SantosPresidente da Junta de Freguesia de Coração de Jesus/

Delegado Distrital da Anafre

Emíli

a A

mar

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PEQUENA CRIMINALIDADE | ABERTURA

O edifício da Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico e Jar-dim de Infância de Boaldeia foi alvo de vários assaltos há dois anos. Os assaltantes le-varam na altura a máquina fotográfica, o computador e dinheiro que se encontrava nas instalações. Os assaltos causaram prejuízos e muitas dores de cabeça aos profes-sores e alunos, a braços com falta de equipamento funda-mental para o dia-a-dia.

A Junta de Freguesia de Boaldeia resolveu assumir os custos e mandou insta-lar um sistema de alarme com videovigilância. Pagou 500 euros à empresa insta-ladora e responsabiliza-se pelo pagamento mensal de uma verba de 40 euros que garante o sistema de capta-ção de imagens e de alarme a funcionar na escola. “De-pois de instalado o sistema nunca mais houve assaltos, apesar de já se terem regis-tado alguns alertas embora

sem confirmação de tenta-tiva de entrada no edifício”, confirma o presidente da Junta de Boaldeia, António Neves.

O sistema é recomendado às escolas pelas forças po-liciais como forma de pre-venir os assaltos registados desde o início do ano a es-colas do concelho.

Atualmente todas as esco-las do 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico do concelho possuem sistema de videovigilância, tal como a acontece no resto do país. Já nos edifícios das escolas do 1º ciclo, proprie-dade da Câmara Municipal, o sistema está instalado ape-nas em “situações que se jus-tificam”, adianta o vice-pre-sidente da autarquia, Amé-rico Nunes evocando mais

a razão operacional dos edifícios em causa, que não dispõem de porteiro.

O presidente do Agrupa-mento de Escolas de Mar-zovelos, do qual um jardim-de-infância foi assaltado há duas semanas, considera que “seria uma das coisas fundamentais para evitar as-saltos e vandalismo nas es-colas”. Fernando Bexiga dá como exemplo a Escola do 1º e 2º Ciclo João de Barros que “foi assaltada três vezes num ano e, depois de insta-lado o sistema de videovigi-lância, nunca mais teve esse problema”.

Escola de Boaldeia com videovigilância

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Na zona da Radial de Santiago, na freguesia urbana de S. José fo-ram furtadas nas úl-timas semanas várias dezenas de grelhas que protegem as sargetas. O presidente da Junta de Freguesia, Dário Cos-ta acrescenta que esta situação já se tinha re-gistado em outras zo-nas da freguesia.

Depois dos constan-tes furtos de fio de co-

bre nas freguesias, dos assaltos a escolas e dos furtos a cafés, esta é uma nova prática de crime que preocupa os autarcas.

“As grelhas são feitas de ferro fundido pelo que, qual será o inte-resse em roubar aqui-lo?”, questiona-se o pre-sidente da Junta de Fre-guesia de S. José, Dário Costa, perplexo com tal realidade.

Furto de grelhas deixa autarca indignado

Números

10Número de escolas do 1º Ciclo assaltadas na cidade de Viseu entre janeiro e abril

76Número de escola do 1º Ciclo em funcionamento no concelho de Viseu

55Número de jardins de infância em funcionamento no concelho de Viseu

a

asem confirmação de tenta-tiva de entrada no edifício”, confirma o presidente da Junta de Boaldeia, António Neves.

a razãooperacional dos edifícios

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O que é a AIRV?É uma Associação Em-

presarial que, fruto do seu trabalho é um motor de desenvolvimento regional com intervenções também fora do domínio estrita-mente empresarial, no do-mínio social, por exemplo, com o apoio que dá ao Ban-co Alimentar.

Quantas empresas integram a AIRV?A AIRV congrega 800 em-

presas da Região de Viseu.

Há quanto tempo preside à AIRV?Há seis anos, com dois

mandatos de três anos e ain-da fui vice-presidente com o Engº Luís Paiva.

O que o motiva neste desem-penho?Sempre tive um forte es-

pírito de missão. O que me motiva é, dentro das mi-nhas competências, dar um contributo para a região de forma a torná-la mais com-petitiva, mais rica, mais atractiva.

Quais as macro linhas de intervenção dos seus man-datos?O meu legado será o apoio

ao empreendedorismo; a aposta na formação dos em-presários e seus colaborado-res para uma melhor gestão das empresas; a ligação do Ensino às Empresas e a co-laboração no alinhamento estratégico regional.

O que é o alinhamento estra-tégico regional?A Região de Viseu está a

competir com outras regi-ões do país. Temos que sa-ber o que queremos e para onde vamos. Queremos que haja uma voz única e forte que lidere a região e aí en-tendemos a preponderân-cia da CIM. Queremos uma universidade que agregue o que existe em Viseu, com base no mérito e na exce-lência, que o mesmo é dizer, potenciar tudo o que as ins-tituições presentes na região têm de bom, num modelo jurídico compatível com a especificidade das suas ca-racterísticas, naquilo que

entrevista ∑ Paulo Netofoto ∑ Nuno André Ferreira à conversa

Quem é João Cotta, o empresário que no seu cartão-de-visita cita o heterónimo pessoano Ricardo Reis… “Põe quanto és no mínimo que fazes”? Empresário, licenciado em Medicina Veterinária, com duas pós-graduações em gestão e administração de empresas. Presidente do Conselho de Administração da Con-trolVet SGPS , Presidente da AIRV e Vice-Presidente do CEC. Deputado da Assembleia Municipal de Tondela, tem três filhos que são sua fonte de orgu-lho e motivação. Define-se como um pessoa com espírito de missão e que gosta do que faz.

Liderar pelo exemplo:

“Mais vale uma grama de exemplo do que um quilo de exortação”

têm de bom, nas suas con-cretas sinergias, orientando-as para uma oferta de gran-de qualidade que permita a sua sustentabilidade, au-mente a atracção pela região, traga estudantes de todo o mundo, cative empresas com tecnologias de ponta, com um potencial conjun-to de investigação aplicada, dirigida para as necessida-des das empresas. Só este item criaria um motor ex-traordinário para o desen-volvimento e riqueza da re-gião e do país, centripetan-do para o interior o talento reconhecido, não só a nível nacional, como internacio-nal. Viseu tem uma exce-lente qualidade de vida, que

deve ser ainda enriquecida com uma oferta cultural ain-da mais pujante e distintiva. Com esta qualidade de vida da região, com as empresas que temos, com um Ensino Superior de excelência, per-mite-me acreditar que ainda temos condições para ser-mos referenciais no domí-nio do Ensino Superior na-cional. O IPV tem-se vindo a afirmar como uma insti-tuição credível, com ensino de qualidade. Mas tem um salto para dar, projectando-se ainda mais neste panora-ma do Ensino Superior. Este movimento agregador do ES só é possível a partir do mo-mento em que IPV o enten-da como o único caminho

a seguir, perspectivando, também, dentro da ópti-ca da mutabilidade, ou seja, das mudanças vertiginosas que surgem constantemen-te, como novos desafios no sector. Quero afirmar pu-blicamente o excelente tra-balho que o IPV tem reali-zado e a certeza da vontade que detêm os seus órgãos directivos de o levar muito mais longe.

Para este mandato agora ini-ciado tem alguma novidade para apresentar?Tenho. A criação do Con-

selho Empresarial da Re-gião de Viseu, congregan-do inicialmente a AIRV e a Associação Comercial, mas

extensível às outras Asso-ciações Empresariais da Re-gião. O CERV.

Há ainda outras novida-des. Porém, o timing da sua divulgação pode não ser o mais oportuno. A nossa di-nâmica é imparável e a nos-sa equipa de grande eficiên-cia. Hoje, o impacto da AIRV na região, a sua mais-valia é reconhecida por todos os ac-tores no terreno, tornando a AIRV um parceiro optimiza-do e solicitado para interven-ção partilhada numa vasta pluralidade de projectos. Tal facto é a prova cabal da fiabilidade estrutural da nos-sa gestão. Somos um pólo ca-talisador para o desenvolvi-mento regional e disto, hoje, nenhum empresário duvida. Somos uma organização es-truturalmente empenhada em colaborar com quantos nos procuram para dar cor-po, grandeza e dimensão aos seus projectos.

Jornal do Centro11 | maio | 2012

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JOÃO COTTA | À CONVERSA

Entre muitas iniciativas, destacam-se a Agrobeiras e a Enervida. Que significam?A Agrobeiras é uma Fei-

ra regional de produtos en-dógenos – produtos ligados à alimentação, às bebidas, à gastronomia… -- criada em 1993, realizada somen-te uma vez. A AIRV, em es-treita colaboração com a Ex-povis e a Câmara de Viseu pretende a sua reactivação, por todas as razões e até atendendo à necessidade de promover a economia regional. A Enervida é uma Feira de energias renováveis e de sustentabilidade com duas edições realizadas e uma terceira prevista para 2013. É importante associar Viseu à inovação e às novas tecnologias. Porque a região tem-nas e elas merecem ser divulgadas. Além destas, e no reconhecimento de que a nossa região também tem sido “produtora” de uma massa crítica de grande va-lor, nasceu a ideia de organi-zar o Congresso de Talentos de Viseu que daria a oportu-nidade de reunir todos aque-

les que, por todo o mundo, se têm destacado nas mais diversas áreas com sucesso. Este Congresso contribuirá para a construção de uma visão de Viseu.

A história tem mostrado que somos periféricos para Lisboa e Porto. Por esta ra-zão não podemos ficar quie-tos. Temos de ir à “pesca à linha” do investimento. Pa-rece-nos indispensável que a região crie um organis-mo para captar investimen-to nacional, internacional e para desenvolver o que já te-mos. Este organismo deve ter uma estrutura leve e ágil, deve caracterizar devida-mente a região em termos de ofertas ao investimento e procurar investidores. Esta estrutura deverá ser lidera-da pela CIM, deve envolver os empresários e o ensino superior. Sem investimen-to não há riqueza nem em-prego.

O que é a “marca Viseu”?A Comunidade Intermu-

nicipal apresentou uma can-didatura extraordinária ao

Programa RUCI – Redes Urbanas para a Competiti-vidade e Inovação – na qual está prevista a marca Viseu - Dão-Lafões. Criar uma mar-ca custa muito dinheiro e tempo e a região tem de as-sociar algo a valores – a es-sência de uma marca – para aumentar a atractividade da região e valorizar os seus produtos no exterior

No domínio tão estratégi-co e imperioso como o da exportação, quais as linhas dominantes da AIRV?Fomentar o trabalho em

rede das empresas: Nós, portugueses, somos indivi-dualistas. Os empresários não são excepção. Conside-ramos fundamental que as empresas se associem a ou-tras, que lhes sejam comple-mentares, de forma a pro-curar, no mercado externo, novas oportunidades com menos risco e maior pers-pectiva de êxito. Organizar missões empresariais a mer-cados com maior potencial de retorno. Por exemplo, o mercado de Marrocos, mer-

cados de países sul-ameri-canos e alguns países da lu-sofonia. Muitas vezes não usamos o potencial de ins-tituições a actuar no mer-cado internacional, como o AICEP. Eu, pessoalmente e enquanto empresário, sou um cliente satisfeito do AI-CEP. Se eu estou satisfeito, se a minha experiência é po-sitiva, tenho a obrigação de a partilhar, a fim de poder proporcionar aos nossos as-sociadas essa comprovada mais-valia. As grandes em-presas devem “puxar” ou-tras empresas de menor di-mensão para novos merca-dos, ajudando, desta forma, a internacionalização da economia nacional.

Quais as maiores dificulda-des sentidas neste momento pelas empresas?A questão do financia-

mento e da tesouraria das empresas é fulcral. Existem empresas economicamen-te viáveis que estão à beira da insolvência, pois a redu-ção das vendas, a dificulda-de das cobranças, a ausên-

cia de financiamento, o au-mento dos custos de energia, dos combustíveis, das porta-gens… colocam-nas numa situação de embaraço, por vezes insustentável. Sabe-mos que o financiamento bancário nunca mais será como foi; sabemos que as empresas devem ter uma in-formação financeira muito mais apurada do que aquela que têm hoje; mas também sabemos que o sistema fi-nanceiro não pode ter um crivo tão apertado que ape-nas faculte financiamento a um número reduzido de empresas.

O que é o grau de informação financeira?Os bancos só empresta-

rão dinheiro às empresas que se revelarem sustentá-veis e que possam honrar os seus compromissos. Para isto, as empresas têm de me-lhorar a sua gestão e a quali-dade da informação interna e externa que demonstre a sua exequibilidade. A banca, hoje mais do que nunca, não aposta em projectos de risco,

com previsível má gestão e que não transmita uma in-formação transparente e fi-ável. Acrescento, ainda den-tro do panorama das dificul-dades sentidas a morosidade da Justiça, que favorece os incumpridores, a burocra-cia do Estado, os atrasos do pagamento do Estado às em-presas, como por exemplo a devolução do IVA e os de pagamento do QREN.

Qual a opinião de João Cotta referentemente às porta-gens nas ex- Scut’s?Foi a decisão mais fácil

face à situação de aperto fi-nanceiro do país, mas vai ser desastrosa para o teci-do empresarial regional. Te-mos empresas na região nas quais, só o custo das porta-gens representa mais de 600 mil euros/ano. O que, não só lhes retira competitividade, como é um convite a fixa-rem-se no estrangeiro. Por outro lado, é também uma barreira à vinda de turistas para Portugal, sector que é o nosso maior exportador.

Quer referir algo que o preo-cupe no Portugal de hoje?A baixíssima natalidade.

Vivemos uma tendência demográfica terrível. Esta-mos a ficar com um País de velhos. Temos de criar um conjunto integrado de políti-cas que promovam a natali-dade. Estas políticas apenas terão resultados daqui a 20 anos. Até lá vamos definhar. Temos de criar já confian-ça e perspectivas de futuro para que os Portugueses te-nham filhos. O Estado So-cial começa aqui. Não po-demos apenas esperar por épocas de crescimento eco-nómico. O Estado, as empre-sas, todos nós temos de con-tribuir para que os mais jo-vens se sintam confiantes e que descubram que não há nada melhor do que ser mãe ou pai. É o melhor le-gado que este governo pode deixar.

Uma mensagem aos empre-sários…Foco na gestão; aposta na

qualificação de empresários e seus colaboradores; má-xima atenção à tesouraria; procura de novos mercados externos; inovação quotidia-na nos métodos de produtos e serviços, e, fundamental-mente, liderarem pelo exem-plo. Mais vale um grama de exemplo do que um quilo de exortação.

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região

O secretariado da UGT Viseu enviou uma propos-ta ao Conselho de Minis-tros a solicitar ao Gover-no que “mantenha durante mais dois anos” a discrimi-nação positiva na A24 e na A25, as duas autoestradas que atravessam o distrito.

O regime de discrimina-ção positiva para as popu-lações e para as empresas em regiões mais desfavo-recidas, faz parte do decre-to-lei que aprovou a intro-dução de portagens nas ex-SCUT. Uma medida que vigorará apenas até ao pró-ximo dia 30 de junho.

“O timing está a termi-nar e até agora o Gover-no ainda não se pronun-ciou sobre o que vai acon-tecer, por isso, enquanto não houver alternativa pe-dimos que pelo menos se prolongue o regime. Se en-tretanto o Governo apre-

sentar uma proposta mais vantajosa, ótimo”, adian-ta o responsável pela UGT em Viseu, Manuel Teodó-sio.

A decisão da UGT Viseu saiu da última reunião do secretariado que decorreu a 30 de abril, para analisar a atual situação dos traba-lhadores no distrito.

Para a UGT “a introdu-ção de portagens nas anti-gas SCUT contribuiu para o aumento da despesa das

famílias, só tendo sido mi-nimizado na região, atra-vés da discriminação po-sitiva”.

“As portagens com o va-lor que têm, são uma renda muito alta para o orçamen-to das famílias da região que têm de se deslocar dia-riamente pela A25 e pela A24”, acrescenta Manuel Teodósio.

Emília [email protected]

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Portagens∑ Secretariado de Viseu alerta que a medida ter-

mina a 30 de junho

UGT pede mais dois anos de discriminação positiva

A Manuel Teodósio, coordenador da UGT Viseu

Tondela está presente no Welcome Center, em Viseu, com uma exposi-ção de produtos endóge-nos e de marcas diferen-ciadoras do território. No âmbito dessa participação, o município, em conjunto com ACERT, vai organi-zar duas atividades duran-te a sua passagem por este ponto turístico.

Amanhã, dia 12, às 17h30, o Trigo Limpo Teatro ACERT apresenta o espe-táculo “P de Poesia”. No dia 14, segunda-feira, a partir das 18h00, as con-frarias do concelho deli-ciarão os visitantes com uma degustação de produ-tos locais, seguida do es-petáculo “20Dizer”, pela ACERT. TVP

Tondela mostra-se em Viseu

No âmbito do Plano de Soluções Integradas de acessibilidade para todos do município de Sátão, foi publicamente apresentado o diagnósti-co das acessibilidades. A autarquia concorreu ao projeto há um ano e fo-ram apresentadas algu-mas medidas. “O estudo incidiu com mais porme-nor na vila, mas esten-deu-se a todo o conce-lho, nomeadamente nas paragens dos autocarros, para assegurarmos que as pessoas idosas e com

deficiência possam movi-mentar-se sem dificulda-de”, disse Alexandre Vaz, presidente da Câmara de Sátão.

Apesar da atenção da autarquia, o edil afirmou que “há ainda um longo percurso a percorrer”. E, para isso, “vão ser trans-formados passeios, esta-cionamentos e alteradas passadeiras”. A interven-ção que está a ser feita na Rua Principal de Sátão já foi pensada de acordo com o diagnóstico das acessibilidades. TVP

Diagonóstico das acessibilidadesapresentado em Sátão

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MANGUALDE TROCA CÁPSULAS DE CAFÉ POR PARQUEDE MERENDAS

A c i d a d e d e Mangualde dispõe de um parque de merendas construído em troca de cápsulas recicladas. O empreendimento resul-ta da adesão à campa-nha de reciclagem pro-movida pela NESCAFÉ Dolce Gusto.

A empresa lançou uma campanha pio-n e i r a e m P o r t u g a l de sustentabi l idade ambiental, que visava recolher o maior nú-mero de cápsulas reci-cladas em todo o país, durante a digressão do cantor, André Sardet “Pare, Escute e Olhe”.

Mangualde, através do Turismo de Mangualde aderiu em grande e sagrou-se a localidade vencedora, com um to-tal de 600 cápsulas re-colhidas. Como recom-pensa, a NÉSCAFÉ as-sumia construir um equipamento no conce-lho.

O Parque de Meren-das, localizado no Largo Pedro Alvares Cabral, é agora mais um espaço de lazer na cidade. EA

Foi apresentado o Dispo-sitivo Especial de Combate a Incêndios Florestais 2012 para o distrito de Viseu, em Canas de Senhorim.

“Essencialmente é igual aquele que foi apresenta-do no ano passado”, dis-se César Fonseca, coman-dante operacional distrital de Viseu. Para os bombei-ros do distrito, serão gastos 1, 5 milhões de euros para o dispositivo com pessoal, combustível e despesas ex-traordinárias.

O dispositivo integrado

envolve várias organizações como as Juntas de Freguesia, a Marinha e a Polícia Judici-ária mas, à imagem do que se tem verificado em anos anteriores, apela à ação do cidadão. TVP

1,5 milhõespara combateaos incêndio

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REGIÃO | VISEU | PENEDONO

Quem ganhoue o quê?

Opinião

A promoção desenvol-vida pelo Pingo Doce no dia 1 de Maio é um dos temas mais debatidos na sociedade. Todos se pronunciam sobre este episódio, desde minis-tros, partidos políticos, sindicatos, associações de produtores e consu-midores, com diferentes argumentos a esgrimir.

Na óptica dos consu-midores, esta promoção resulta numa oportuni-dade a não recusar. A possibilidade de adqui-rir todos os bens a 50% é algo de inédito, pese embora fosse necessá-rio despender no míni-mo100 euros. Foi fácil de constatar a corrida a estes estabelecimentos. As prateleiras ficaram esventradas, compran-do-se o que era neces-sário ou não, até perfa-zer os 100 euros. A per-gunta que se impõe, e deve ser esclarecida, é quando e como se vol-tará a repetir esta pro-moção? Será novamente este o formato adopta-do? Se estavam reuni-das as condições no dia 1 de Maio, quando vol-tam a estar?

No caso do Pingo Doce, esta promoção relança ou não o nome para a ordem do dia. Os possíveis ganhos cen-traram-se no reposicio-namento da marca, a adesão a um sistema de promoções contestado até à data pelos seus di-rigentes, mas num for-mato inédito - todos os artigos a 50% - e pro-vavelmente o arranque de uma nova compa-nha publicitária bastan-te acutilante. Esta foi a custo zero. Em face des-te episódio apenas vis-lumbro a sua periódica repetição. Caso contrá-rio, é provavelmente o culminar de uma estra-tégia pouco conseguida a que não são estranhos os episódios com prejuí-zos do Brasil, a repercus-

são junto dos produtores do não aumento do IVA e a recente deslocação da holding do grupo para a Holanda, a par das po-lémicas ocorridas com os fornecedores.

Por parte dos Sindica-tos, uma provável pro-vocação ao dia 1 de Maio com o esvaziamento ain-da maior dos comícios e celebrações. Por parte dos trabalhadores/con-sumidores, se houves-se necessidade de esco-lher, penso que não exis-tiriam dúvidas.

Em relação aos órgãos de fiscalização e políti-cos, a necessidade de se efectuarem debates, fis-calizações e estudos pro-veitosos e procurar le-gislar de forma correcta esta aparente anarquia. Até à data apenas em 2 a 3 produtos foi possível determinar o dumping (a venda a um preço in-ferior ou do custo).

No entanto, este episó-dio vem demonstrar de forma notória que num leque alargado de pro-dutos alimentares com descontos de 50% ime-diatos, ainda é possível a ocorrência de lucro.

Para os produtores, este episódio poderá permitir melhorar a sua capacidade negocial, di-tando também novas condições contratuais mais adequadas. Muitos produtores vão por cer-to ser chamados a cola-borar nestas iniciativas. Só ainda não sei como, mas atrevo-me a adivi-nhar.

Neste espaço já des-crevi o que me pare-cem serem ga n hos desajustados nesta ca-deia. O que se verif i-cou no dia 1 de Maio vai provavelmente voltar-se a repetir num forma-to que se deseja diferen-te. Tem início um novo fenómeno, o reajusta-mento dos preços.

Fica a questão: quem ganha e o quê?

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

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Guilherme Almeida ∑ “Estes investimentos são importantíssi-

mos para o nosso território

ADDLAP assinacontratos com promotores públicos e privados

A Associação de Desen-volvimento Dão, Lafões e Alto Paiva – ADDLAP - procedeu à assinatura de 55 contratos de investimento com diversos promotores locais, no âmbito do Sub-programa 3 do PRODER/Abordagem LEADER, cujo investimento ascen-deu a cerca de sete milhões de euros e com uma des-pesa pública na ordem dos quatro milhões.

“Estes investimentos são importantíssimos para o nosso território porque se destinam a zo-nas de baixa densidade

populacional e mais des-favorecidas para ativida-des que assentam no de-senvolvimento rural, eco-nómico e social”, disse Guilherme Almeida, pre-sidente do órgão de ges-tão do GAL ADDLAP.

Neste âmbito, foram apoiados projetos de beneficiários públicos e privados, como municí-pios, Juntas de Freguesia, Instituições de Solidarie-dade Social, grupos cultu-rais e desportivos. Servi-ços Básicos para a Popu-lação Rural, Conservação e Valorização do Patrimó-

nio Rural, Diversificação de Atividades Turísticas e de Lazer, Criação e De-senvolvimento de Micro-empresas e Diversifica-ção de Atividades na Ex-ploração Agrícola foram as ações aprovadas.

Guilherme Almei-da destacou ainda “o reinventar da economia da terra”, desafio a que a ADDLAP se propôs. E que mesmo enfrentando uma “crise difícil”, foram criados cerca de 50 postos de trabalho”.

Tiago Virgílio Pereira

A Cerimónia decorreu no Solar dos Peixotos, em Viseu

DETIDOViseu. No dia 4 de maio, a PSP de Viseu, no âm-bito de diligências de in-vestigação criminal, pro-cedeu à identificação e à detenção em flagran-te delito de um cidadão do sexo masculino, de 17 anos de idade, pela prá-tica de tráfico de estupe-faciente. O detido esta-va a ser investigado por vender droga a alunos numa das escolas da ci-dade. Foi ainda efetuada uma busca domiciliária à residência, onde foram apreendidos artigos rela-cionados com a prepara-ção, corte e embalagem de estupefaciente. A dro-ga apreendida daria para cerca de 50 doses indivi-duais.

DETIDOPenedono. A GNR anun-ciou, na terça-feira, a de-tenção de um homem de 53 anos, residente em Penedono, por posse de arma ilegal. Segundo a GNR, foi apreendida uma arma de defesa, 17 muni-ções de calibre 6.35 mi-límetros e quatro muni-ções de calibre desco-nhecido. A detenção foi feita pelo Destacamento Territorial de Moimenta da Beira, cerca das 15h00, de segunda-feira. O ho-mem foi constituído ar-guido e ficou obrigado a Termo de Identidade e Residência.

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Comemorações do 40º Aniversário do ISCTE – IUL (Ins�tuto Universitário de Lisboa)

Conferências Fora de Portas

VISEU, 17 de Maio de 2012, 14h30 Auditório da ESTGV – Ins�tuto Politécnico de Viseu

O papel da

Economia Digital na dinamização do

Interior

Com Prof Carlos Costa (ISCTE-IUL)

Prof José Luis Abrantes (ESTGV) Drª Ana Bôcas (Portugal Telecom) Dr Paulo Fernandes (CM Fundão)

Prof Alfredo Simões (ESTGV, Moderador)

Mais informações em

www.conferencias.nyb.pt

www.jornal40.iscte-iul.pt/

Apoios Media Partner

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educação&formação

O Agrupamento de Esco-las de Castro Daire ganhou o terceiro prémio a nível nacional da Gincana Rock in Rio e consagrou-se cam-peão no distrito de Viseu. O prémio valeu-lhe um cheque de cinco mil euros, 70 bilhetes para o Rock in Rio 2012 e 70 t-shirts. A es-cola destacou-se ainda pelo elevado número de alunos inscritos na iniciativa, um total de 1.433 estudantes.

A Gincana Rock in Rio, que decorreu entre 1 de Novembro de 2011 a 23 de

Março, envolveu através das escolas toda a comu-nidade em torno de ações que concretizaram, de for-ma prática e divertida, os três pilares do desenvolvi-mento sustentável: econo-mia, ambiente e social.

A iniciativa nacional foi proposta às escolas no âm-bito do Ano Europeu do Voluntariado e Cidadania Ativa (2011).

Nesta Gincana partici-param 572 escolas, 445.506 alunos e 51.915 professores de todo o país. EA

Agrupamento de Castro Daire ganha prémio nacional

A equipa CarbonSport, constituída por seis alunos do 12º ano de escolaridade da Escola Secundária Alves Martins, em Viseu, dispu-ta na quinta-feira, dia 17, no Pavilhão Centro de Portu-gal, em Coimbra, a final re-gional no âmbito do projeto “F1 in Schools”.

“Apesar de conscientes das dificuldades, estamos muito confiantes no de-sempenho do carro e por isso esperamos sagrar-nos campeões regionais”, dis-se ao Jornal do Centro João Neto, um dos alunos envol-vidos.

O desafio assenta em três componentes que serão ob-jeto de avaliação: o design, prototipagem e a constru-ção de um automóvel de corrida F1 (em miniatura) movido a Dióxido de Car-bono (CO2) comprimido. O Fórmula 1 construído parti-cipará numa corrida de ve-

locidade. Os alunos prepa-raram também um plano de negócios, que engloba o desenvolvimento de um orçamento e a angariação de patrocínios, que irá per-mitir uma melhor perfor-mance nos concursos e, fi-nalmente, a exposição oral de todo o projeto a um júri.

Devido à complexidade dos desafios propostos, os alunos da equipa CarbonS-port são de diversas áreas. “Temos um aluna de artes que dedicou o seu trabalho ao design da marca”, escla-receu João Neto.

O “F1 in Schools” é um concurso internacional. Nesta fase (regional) vão apurar-se três equipas para o concurso nacional, a rea-lizar em Espinho, no início do junho. Daqui, sairá ape-nas uma que irá represen-tar Portugal no Dubai.

Tiago Virgílio Pereira

CarbonSport disputa final regional em Coimbra“F1 in Schools”∑ Equipa da Escola Secundária Alves Martins ambiciona sagrar-se campeã

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A Carbonizer é o nome do carro da equipa

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“A região do Dão teve uma quebra de produ-ção de 17 % face a 2010, mas conseguimos muito bons vinhos”. Coube ao presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR Dão), Arlindo Cunha, a primeira apre-sentação da colheita 2011, ao abrir a segunda edição da iniciativa Dão Primo-res, que decorreu na se-gunda-feira, dia 7, no So-lar do Dão, com o objetivo de apresentar em primeira mão os melhores néctares da última colheita, a críti-cos, jornalistas da especia-lidade e clientes.

Arlindo Cunha acres-centou aos jornalistas que 2011 “foi um ano muito difí-cil do ponto de vista climá-tico, em que os produtores gastaram mais que o do-bro para conseguir salvar a vinha”, mas o resultado final “foi excecional” e ser-viu de lição: “O ano de 2011 é uma boa lição. Quem se quer dedicar a sério à vi-

nha tem que ter um espí-rito profissional, tem que tratar a vinha dentro dos intervalos de segurança dos vários produtos. Quem fez isso com rigor teve óti-mos vinhos, quem se des-cuidou perdeu, por vezes, a colheita completa”.

Exportação. A expor-tação de vinho do Dão au-mentou cerca de 15 % em relação a 2010. Este foi mais um dado positivo alcança-do com a última colheita, fazendo com que mais de um terço do Dão seja hoje

exportado. O presidente da CVR Dão acrescentou que é preciso “consolidar posições nos novos mer-cados emergentes como é a Ásia, em particular a China onde o Dão tem uma posição liderante”. Cerca de 60% do vinho português que foi para a China em 2011 era do Dão, anunciou.

Os novos vinhos do Dão de 2011 estarão em breve no mercado nacional e in-ternacional.

Emília Amaral

economia

Dão de 2011“excecional”A “Dão Primores” apresentou colheita a críticos e clientes no Solar do Vinho

Resultados∑ A colheita do ano passado teve uma quebra de 17%

“Como resistir e aproveitar a crise?” foi o tema de uma conferência proferi-da por duas advogadas, Ana Castro Gonçalves e Tânia Pinheiro, especialistas da sociedade de advogados Caiado Guerreiro & Associados. A iniciativa da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV) permitiu, através de uma abordagem prática dos riscos e das oportunidades, dar a conhecer caminhos novos no sentido de tomar medidas e não cruzar os braços face aos impactos das medidas da “troika”. EA

foto legenda

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O ISCTE - Instituto Uni-versitário de Lisboa pro-move na quinta-feira, dia 17, às 17h30, na Escola Su-perior de Tecnologia de Viseu (ESTV), a conferên-cia “O Papel da Economia Digital na Dinamização do Interior”, com a participa-ção do secretário de Estado da Economia e Desenvolvi-mento Regional, Almeida Henriques.

O encontro faz parte do ciclo “Conferências Fora de Portas” do ISCTE e in-tegra-se nas comemora-ções dos 40 anos do Insti-tuto Universitário.

Além do secretário de Estado da Economia, vão

participar na conferência, Rui Pereira da PT e Carlos Costa, docente do ISCTE. O painel será moderado por Alfredo Simões, economis-ta e professor da ESTV.

Luís Nunes, diretor de Marketing do grupo NYB e promotor da conferên-cia lembra que “a excelente qualidade das redes de co-municação digital em zo-nas como o interior e cen-tro do país, aliada aos cus-tos globais mais baixos, pode constituir uma janela de oportunidade para atrair população e empresas, cuja atividade assente ou possa desenvolver-se com base na Economia Digital”.

Para o especialista, “em articulação com as Insti-tuições de ensino supe-rior da região, pode iden-tificar-se um importante eixo de produção de co-nhecimento, articulado com as empresas e com os polos de empreendedo-rismo das universidades e politécnicos”.

Existem condições no In-terior do país para dinami-zar um modelo económi-co com mais futuro, maior atratividade para as gera-ções mais jovens e com um potencial de globalização que as redes digitais natu-ralmente oferecem”, con-clui. EA

ISCTE debate futurodo interior em viseu

∑ Paul White, um dos maiores críticos de vinho do mundo esteve no Dão Primores para abordar o vinho do Dão na ótica do mercado internacional. Um conhecedor da cultura de

Portugal e em Portugal dos vinhos produzids em todo o país, considerou que o Dão tem todas as condições para ter sucesso no mercado mundial, o que é preciso é apren-der a vender lá fora: “Os vinhos em Portugal são tão es-peciais e tão diferentes do que há no resto da Europa e do mundo, que eu fiquei apaixonado”.

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ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

Sernancelhe promove cultura da castanha

Sernancelhe assinalou o feriado Municipal - 3 de maio - com a assinatura de um protocolo de co-operação com a Universi-dade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). O objetivo passa por pro-mover o reforço da cul-tura do castanheiro.

Os investigadores da UTAD vão trabalhar com os agricultores do concelho para os ajudar a aumentar a produção de castanha dos seus cerca de 500 hectares de sou-tos. Atualmente, Sernan-celhe, também designado por “Terra da Castanha”, “produz cerca de 500 to-neladas de castanha, um número que pode ser au-

mentado em 50 por cen-to”, disse José Gomes La-ranjo. O coordenador do projeto referiu ainda que as doenças conhecidas como a “tinta” e o “can-cro” e as alterações climá-ticas “estão a afetar muito a produção da castanha”, facto que inquieta os agri-cultores. Assim, os inves-tigadores decidiram pas-sar à prática e montar uni-dades de experimentação em dois soutos do conce-lho “que estejam em mau estado” e intervencioná-los com as medidas que entenderem necessárias. Os agricultores vão ser chamados para observa-rem e ajudarem os inves-tigadores e depois leva-

rem os conhecimentos para os seus soutos.

“O conhecimento e o sa-ber vieram ao encontro do fazer e é desta forma que a sociedade evolui”, dis-se José Mário Cardoso, presidente da Câmara de Sernancelhe. Segundo o autarca, todos saem a ga-nhar com este protocolo. “A UTAD engrandece-se ainda mais e Sernancelhe vai aumentar a produção de castanha, combater as pragas e dinamizar e oti-mizar a riqueza”, referiu.

O protocolo celebrado com começa a vigorar este mês e prolonga-se até de-zembro de 2014.

Tiago Virgílio Pereira

“Terra da Castanha”∑ Protocolo assinado com a UTAD pretende

aumentar produção e otimizar riqueza

A Câmara de Tondela, o Centro de Emprego, a AIRV, a CIM Dão Lafões e a Esco-la Profissional de Tondela, juntaram-se para trabalhar em rede novos programas para empreendedores. As iniciativas de apoio aos em-presários locais têm como objetivo comum “empreen-der e desenvolver o conce-lho de Tondela”.

“O modelo económico dos grandes investimen-tos públicos está esgotado

e tem que ser substituído pela lógica do empreende-dorismo, esse sim, capaz de criar riqueza e investimen-to”, justificou o presiden-te da Câmara de Tondela,

Carlos Marta durante a sessão de apresentação do projeto “Novos Programas para Empreendedores”, acompanhada por cerca de 30 empresários.

Programas para empreededores em Tondela

A Concelho produz cerca de 500 toneladas de castanha

foto legenda

A Cervejaria Antártida situada no Palácio do Gelo, em Viseu, aderiu à primei-ra edição do Festival do Camarão. “Casámos na perfeição a cerveja, o camarão e o vinho do Dão”, disse Carlos Mões, do Turismo da Visabeira, que registou “casa cheia” durante o fim-de-semana. A iniciativa foi um “sucesso” e vai repe-tir-se para o ano, com mais restaurantes do grupo envolvidos.

O certame “Doce Vouzela” volta a realizar-se este ano, a 28 e 29 de Julho. A iniciativa integra-se na festa regional e conventual “Doce Centro”, que arranca a 19 deste mês e percorre 18 concelhos da re-gião centro.

“Doce Centro é um car-

taz gastronómico que visa comunicar a diversidade e qualidade da doçaria regio-nal e conventual do Centro de Portugal”, realçou o pre-sidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Macha-do na apresentação da ter-ceira edição do cartaz.

Os visitantes terão a opor-tunidade de degustar sabo-res confecionados segundo receituários antigos e tradi-cionais, como forma de va-lorizar a gastronomia regio-nal, dar a conhecer doces exclusivos e atrair visitan-tes ao território. EA

Doçaria de Vouzela volta à festa da doçaria regional do centro

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16 Jornal do Centro11 | maio | 2012

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especial Jogos Desportivos 2012

Jogos Desportivos melhoram qualidade

de vida das populaçõesExercício físico, competição, diversão

e muito convívio são os ingredientes dos Jogos Desportivos que, por esta altura, animam vários concelhos da região.

Milhares de crianças, jovens e não só põem à prova as suas competências em

diferentes modalidades e vestem lite-ralmente a camisola neste evento que faz já parte do calendário desportivo do distrito. Além de ser uma mais-valia para a qualidade de vida dos envolvidos, trata-se de uma iniciativa que promove

a formação cívica e o desenvolvimento de competências em vários planos, no-meadamente ao nível tático-cognitivo, técnico e sócio afetivo.

Em muitos casos, este é um apelo à cooperação entre os elementos das

equipas para vencer as eliminatórias e um desafio de à capacidade de adapta-ção a novas situações, ao mesmo tem-po que se reforça o trabalho desenvol-vido a nível regional pelo movimento associativo.

Tondela vestiu-se de festa para receber chama olímpicaO município de Tondela

encheu-se de festa para as-sinalar a abertura dos Jo-gos Desportivos. Cerca de 1200 participantes, repre-sentantes das instituições que aderiram à iniciativa, concentraram-se em fren-te aos Paços do Concelho, onde o vereador do Des-porto, António Dinis, in-cendiou a “tocha” do olim-pismo “special”, sob o olhar do grupo que representa em Portugal o «Special Olim-pics», liderado pelo subin-tendente Luís Ferreira (pre-sidente do «Comité “Tor-ch Run” Special Oimpics Portugal») e por Regina da Costa, vice-presidente do «Special Olimpics Portu-gal». Uma verdadeira mas-sa humana percorreu de-pois várias ruas até ao Pa-vilhão Municipal, onde foi lançado fogo à pira dos Jo-gos Desportivos.

A cerimónia deu o pon-tapé de saída para dois me-ses de intensa atividade que envolve 47 coletividades do município, várias Juntas de Freguesia e associações co-ordenadoras de diferentes

modalidades. A leitura da tradicional “Declaração de Abertura dos Jogos”, cou-be ao vereador António Dinis, que aproveitou para louvar todos quantos con-tribuem para que os Jogos Desportivos do Conce-lho de Tondela continuem a mobilizar tantos atletas (crianças, jovens e adul-tos), numa prática saudável, onde os valores podem ser um contributo fundamen-tal para o desenvolvimento das capacidades dos prati-cantes, especialmente dos mais novos.

No ano em que assinalam a sua décima quarta edição, o evento conta com a parti-cipação de mais de mil atle-

tas a partir dos sete anos de idade, que irão mostrar o que valem nas 24 modalida-des disponíveis. Para o pre-sidente da Câmara, Carlos Marta, os números revelam a “a forte dinâmica do asso-ciativismo” no município e são o resultado das par-cerias que se estabelecem entre este e as associações locais, e que permitem con-cretizar as grandes realiza-ções desportivas, culturais, sociais e turísticas nas di-versas freguesias.

Sensibilizar para os va-lores da amizade e do «fair play», que devem nortear a prática desportiva, é um dos objetivos daquele que é um dos maiores eventos

do concelho e que tem con-tribuído para a melhoria da qualidade de vida de toda a população.

Jornal do Centro11 | maio | 2012 17

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ESPECIAL | JOGOS DESPORTIVOS 2012

Viseu aposta na formação ligada ao desporto

Desporto, fair-play e há-bitos de vida saudável in-vadiram o município de Viseu, onde já arrancaram os Jogos Desportivos, que vão dinamizar o concelho ao longo de mais de dois meses. À semelhança do que tem acontecido ante-riormente, nesta 21ª edição procura-se proporcionar aos viseenses a oportuni-dade de disputarem um leque alargado de moda-lidades, beneficiando das excelentes condições dos diversos recintos existen-tes no concelho.

Satisfeita com o aumento crescente ao nível da ade-são, a autarquia tem procu-rado apostar na melhoria da qualidade do evento, ao mesmo tempo que inves-te na promoção da práti-ca desportiva junto da po-pulação e do movimento associativo. Na verdade, são milhares as pesso-as (no ano passado foram 3580 atletas e 104 coletivi-dades) envolvidas na ini-ciativa, não só no que diz respeito a atletas, mas tam-

bém técnicos, árbitros e di-rigentes.

Outra das preocupa-ções tem sido a aposta na formação dos agen-tes desportivos. Medidas de Apoio ao Associati-vismo, Gestão Estratégica e Marketing das Institui-ções foram algumas das áreas abordadas este ano, a propósito do seminário “Gestão de instituições desportivas sem fins lucra-tivos” que marcou este ano a abertura do projeto.

São 28 as modalidades que vão estar em desta-que nesta edição. Além das novidades associadas ao Futebol e ao Andebol de Praia, há ainda Boccia, Futebol de 7, Golfe, Joryi-ball, Orientação em BTT, Ténis de Mesa, Andebol, BTT, Futsal, Hidroginásti-ca, Judo, Orientação, Ténis, Atletismo, Desporto Aven-tura, Ginástica, Hóquei em Patins, Karaté, Peddy-Pa-per, Basquetebol 3x3, Vo-leibol de Praia, Goalball, Jogos Tradicionais, Nata-ção, Rugby e Voleibol.

Castro Daire regista grande adesão

O evento que junta des-porto e associativismo está de regresso ao conce-lho de Castro Daire, onde já arrancaram os Jogos Desportivos locais, que assinalam a sua nona edi-ção. A cerimónia de aber-tura contou com a pre-sença com o presidente do município, Fernando Carneiro, e foi abrilhanta-da pela atuação do grupo musical “En(canta) Lame-las” e pela demonstração da dança da valsa com to-das as associações a apre-sentarem um par partici-pante

Os dados estão lança-dos e a iniciativa promete ser um sucesso, a avaliar pela grande adesão, quer no que número de atletas quer ao nível das associa-ções que decidiram parti-cipar na iniciativa.

No tota l , os Jogos

Desportivos de Castro Daire contam em 2012 com cerca de 1000 atle-tas inscritos, que vão es-tar em representação de 32 coletividades. Os par-ticipantes irão competir em 15 modalidades, ter-minando o quadro com-petitivo a 30 de junho. Atletismo, Jogos Tradi-cionais, Ténis de Mesa, Natação, Pesca Despor-tiva, Orientação, Volei-bol, BTT, Basquetebol, Futebol de 7, Futsal, Tri-bol (Futebol, Voleibol e Andebol de Praia), Dan-ça, Jogo da Malha + Cavi-lha e Jogo do Cântaro são as áreas em destaque.

Sempre em clima de festa, as provas terão lu-gar nos diversos recintos desportivos do concelho, estando agendadas para os fins de semana e fe-riados.

Penalva Castelo aumenta modalidades

Envolver centenas de jovens e adultos em dife-rentes modalidades tem sido uma das principais preocupações do muni-cípio de Penalva do Cas-telo, onde os IX Jogos Desportivos vão decorrer até 29 de junho. Por outro lado, desde 2004 que a au-tarquia procura promover a atividade física como ve-ículo essencial à vida com qualidade e motivar os habitantes para hábitos mais saudáveis. Contri-buir para o decréscimo de sedentarismo e para o fortalecimento do as-sociativismo desportivo, fomentando a formação e o aparecimento de novas modalidades desportivas no setor federado têm sido outros dos objetivos.

Este ano, além das mo-dalidades já existentes em anteriores edições (Andebol de 5 e 4, Atletis-mo, Basquetebol 3x3, Fu-

tebol de 7, Futsal, Orien-tação, Natação, Pesca Lúdica, Jogo da Malha e Ténis de Mesa), haverá provas de Ténis e BTT.

Os Jogos compreendem provas distintas e desti-nam-se a participantes de ambos os sexos, nas-cidos até 2005, divididos por escalões, da seguinte forma: “Sénior” (nascidos antes de 1982); “S” (nasci-dos entre 1982 e 1994 in-clusive); “J” (nascidos em 1995 e 1996); “A” (nascidos em 1997, 1998 e 1999)); “B” (nascidos em 2000, 2001 e 2002) e “C” (nascidos em 2003, 2004 e 2005).

tendo em conta que o evento envolve não só as associações, mas tam-bém escolas e juntas de freguesia, os IX Jogos Desportivos de Penalva prometem dar origem a momentos desportivos plenos de convívivio e ani-mação.

Sátão leva desportoa toda a população

Durante os meses de maio e junho, o conce-lho de Sátão vai estar em ambiente de grande ani-mação, com a realização da nona edição dos Jogos Desportivos.

A iniciativa envolve crianças a partir dos sete anos de idade, mas alarga-se aos jovens e adultos, co-locando à disposição de to-dos os interessados várias modalidades, de modo a incentivar junto da popu-

lação a prática desportiva. Paralelamente, procura-se sensibilizar os munícipes para os benefícios associa-dos à prática de exercício físico, nomeadamente ao nível da melhoria da qua-lidade de vida.

O projeto inclui dez mo-dalidades: atletismo, an-debol, basquetebol 3x3, futebol de 7, voleibol 2x2, futsal, boccia, natação, ténis de mesa e tiro com arco.

Lamego envolve43 coletividades

Quarenta e três coleti-vidades vão estar envolvi-das nos Jogos Desportivos de Lamego, que incluem 12 modalidades. Andebol, BTT, Natação, Boccia, Té-nis de Mesa, Corrida de Orientação, Jogos Tradi-cionais, Minigolfe, Volei-bol, Atletismo, e futebol de 7 e de 5 compõem o calen-dário de provas, que cul-mina com a cerimónia de encerramento marcada para 22 de junho, no Par-que Isidoro Guedes.

Pelo sétimo ano conse-cutivo, o projeto promete trazer grande animação ao município, promoven-do uma competição sau-dável entre centenas de jo-vens atletas e não só.

A iniciativa, a maior do concelho no que diz res-peito ao setor desportivo, é organizada pela autar-quia, em colaboração com a empresa Lamego ConVi-

da, e conta com o apoio de várias associações e clubes da região. Dinamizar a prá-tica desportiva entre os la-mecenses e incentivá-los a assumirem um papel ativo neste processo são alguns dos objetivos dos promo-tores.

Depois de, na edição do ano passado, a iniciativa ter contado com a partici-pação de 834 atletas ama-dores, o presidente do mu-nicípio, Francisco Lopes, acredita que o êxito vai ser repetido. “Pese embora os atuais constrangimentos financeiros, a Câmara Mu-nicipal de Lamego está fa-zer um esforço muito sig-nificativo, em colaboração com as associações locais e as juntas de freguesia, para continuar a consolidar o desenvolvimento despor-tivo do concelho”, nota o autarca.

Vouzela na sendado sucesso

Desde 2002 que os Jogos Desportivos de Vouzela trazem grande animação ao concelho. Numa inicia-tiva conjunta entre a autar-quia, juntas de freguesia e associações, o projeto tem registado um crescimento significativo. No primei-ro ano, foram cerca de 350 os participantes, dos 6 aos 16 anos e integrados em 15 associações, que anima-ram a competição. Nata-ção, Atletismo, Ténis de Mesa, Futsal, Futebol de 7 e Karaté deram o pontapé de saída.

Já na edição de 2008 fo-ram introduzidos dois no-vos escalões: Veteranos, para maiores de 35 anos, e Seniores, para pessoas dos

18 aos 35 anos. No ano de 2009, as

inscrições para os Jogos Desportivos foram alar-gadas para pessoas por-tadoras de deficiência da região de Lafões, que ti-veram a oportunidade de disputar Boccia, Futsal e Caminhada. No fundo, foi mais uma prova de que o espírito desportivo e de fair-play característicos desta iniciativa não tem idade nem limites físicos.

Depois de, em 2011, o projeto ter contado com a participação de 700 atle-tas em representação de 19 coletividades do conce-lho, espera-se que a pre-sente edição seja também um sucesso.

mação.

os os fins de semana e fe-riados.

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Jornal do Centro11 | maio | 201218

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desporto

A George foi jogador em destaque na vitória por 4 a 1 frente ao Penalva do Castelo

III Divisão Nacional - Série C

Oliveira de Frades está quase...Manutenção ∑ Equipa de Carlos Agostinho a uma vitória da manutenção na III Nacional

O Oliveira de Frades está a uma vitória de ga-rantir a manutenção, isto sem precisar de depender de terceiros para alcançar o seu objetivo.

Para lá chegar, quanto faltam ainda disputar três jogos, muito contribuiu a goleada com que venceu o Penalva do Castelo. Vitó-ria indiscutível com um re-sultado desnivelado (4 a 1), que acaba por ser castigo demasiado pesado para o Penalva, que até chegou a estar na frente, com uma cabeçada de Luís Cardoso.

Reagiu bem a formação de Carlos Agostinho que viria a chegar à igualdade com um recarga oportuna

de Fábio a um remate que foi devolvido pela barra da baliza de Ferrari.

A primeira parte termi-nou assim empatada, de-pois de 45 minutos muito intensos, mas não muito bem jogados, com a bola demasiado pelo ar, o que nem é habitual, quer na formação de Carlos Agos-tinho quer na de António Carlos.

Na segunda parte, Carlos Agostinho deu de início a ideia de querer ganhar o jogo, abdicando de Trin-dade, que até estava a fazer um jogo positivo no lado esquerdo da defesa, para colocar mais um homem na frente, fazendo entrar

Zé Carlos.Com mais um homem

para marcar, a defesa do Penalva acabou por deixar mais espaço para as entra-das de George e de Seme-do.

O Oliveira de Frades fi-cou por cima no jogo e foi sem surpresa que chegou ao golo num grande rema-te de pé esquerdo de Geor-ge, sem hipóteses para Fer-rari.

O Penalva acusou o golo e antes de conseguir reagir, sofria o terceiro, numa ca-beçada a meias entre Ge-orge e Nelson, com a bola a sair fora do alcance do guarda-redes do Penalva.

O quarto golo aconteceu

num penálti a castigar mão na área de Kalifa, que Toni-nho se encarregou de con-verter. A partir daí o Olivei-ra de Frades “tirou o pé” e o Penalva acercou-se mais da baliza adversária e poderia ter ainda marcado mais um golo, que daria uma ima-gem mais real do que foi a partida.

O Oliveira de Frades foi mais forte e controlou desde que se encontrou na frente, com o Penalva a dar a luta possível. Ape-sar da derrota, o Penalva está também em boa posi-ção para garantir a manu-tenção.

Gil Peres

Gil

Pere

s

Visto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay Estão de regresso as

manhãs desportivas. O desporto de lazer e a saú-de ganham participan-tes nesta época do ano. Viseu anima-se, ao do-mingo de manhã, com a prática de várias mo-dalidades no Parque Ra-dial de Santiago. Conhe-cer Viseu em bicicleta é outra atividade que tem muitos participantes e a que os viseenses aderi-ram e já não dispensam.

Cartão FairPlay O GD Oliveira de Fra-

des tem apresentado equipas muito competiti-vas em todos os escalões. O trabalho desde a base até aos juniores tem dado excelentes resultados. A subida dos juniores ao nacional pode ser a “ce-reja em cima do bolo” mas mais importante que os resultados é a for-ma como eles se alcan-çam e perduram. Para-béns!

Cartão Vermelho O futebol infanti l

transformou-se numa “guerra” entre os clubes. na contratação de atle-tas. Todos os clubes la-mentam a forma como os «outros» estão a agir e argumentam os seus atos como retaliação. Estamos a falar de crianças entre os 8 e 12 anos que por não poderem ter vínculos aos clubes, deviam ser livres de escolher onde que-rem jogar. É uma selva, salve-se quem puder. A culpa não é da lei, é da falta de civismo e de princípios.

Visto

MANHÃS DESPORTIVASCM Viseu

FUTEBOL Oliveira de Frades

FutebolFutebol Infantil

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AGENDA FIM-DE-SEMANAFUTEBOL

III DIVISÃO NACIONALSÉRIE B (MANUTENÇÃO)

8ª jornada - 13 Mai - 17h00

Sp. Mêda - Vila Meã

Alpendorada - Serzedelo

Sp. Lamego - Leça

30ª jornada - 13 Mai - 17h00

Tarouquense - Molelos

Lamelas - Silgueiros

Viseu Benfica - Alvite

Lusitano - Mortágua

Vale Açores - Paivense

GD Parada - Fornelos

Sátão - Castro Daire

Lageosa Dão - Arguedeira

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU DIVISÃO DE HONRA

III DIVISÃO NACIONALSÉRIE C (SUBIDA)

8ª jornada - 13 Mai - 17h00

Avanca - Ac. Viseu

Alba - Nogueirense

Sampedrense - Bustelo

III DIVISÃO NACIONALSÉRIE C (MANUTENÇÃO)

8ª jornada - 13 Mai - 17h00

Oliv. Frades - Valecambrense

P. Castelo - Oliv. Hospital

C. Senhorim - Sanjoanense

III DIVISÃO NACIONALSÉRIE B (MANUTENÇÃO)

Playoff - 13 Mai - 18h30

Fátima - Tondela

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MODALIDADES | DESPORTO

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O Académico de Viseu assegurou a manuten-ção no Campeonato Na-cional de Andebol da III Divisão.

Cumpridas as cin-co primeiras jornadas, o Académico soma 26 pontos, menos 3 que a Juventude Lis que lide-ra.

Nesta fase, onde com-petem sete equipas, des-cem aos distritais de an-debol, as duas últimas classificadas.

Mesmo sem joga r na quinta jornada, o Académico de Viseu

beneficiou da derrota do Almeirim em Lei-ria por 40-14, e do 1º de Maio em Coimbra, fren-te à Académica, por 29 – 27.

O A c a d é m i c o d e Viseu tem assim mais seis pontos que os dois últimos classificados, e menos um jogo que o Almeirim.

A duas jornadas do fim, nesta fase que se joga apenas a uma vol-ta, os viseenses estão assim, matematicamen-te, já com a permanên-cia assegurada.

ANDEBOL - III DIVISÃO NACIONAL

Académico garante manutenção

A A duas jornadas do fim, objetivo conseguido

É no Estádio João Paulo II, em Fátima, que o Clu-be Desportivo de Tondela vai procurar dar o primei-ro passo rumo às compe-tições profissionais.

Este domingo, 13 de maio, em jogo marcado para as 18h30, o Tondela sabe que pontuar pode-

rá ser decisivo nas con-tas finais deste playoff a três, e onde os dois pri-meiros garantirão a pró-xima época na II Liga.

Focados neste objetivo, o Tondela procura não se deixar afetar pelas notí-cias de um eventual alar-gamento das competi-

A Pontuar em Fátima poderá ser decisivo

ções profisisonais, que, a concretizar-se, garan-tem a subida automática à II Liga.

Mas o que a Liga já de-cidiu, a Federação Por-tuguesa de Futebol, ou até mesmo o Conselho do Desporto, poderão inviabilizar. Amanhã, na Assembleia-Geral da FPF poderão acontecer novidades, mas entre o provável e o garantido, o Tondela sabe que, o me-lhor, é mesmo terminar o playoff nos dois primei-ros lugares, e se possível conquistar o título abso-luto de campeão da II Di-visão.

Neste mini-campeona-tos, ganhar os jogos em casa e pontuar fora, pode fazer a diferença no final. É esse pensamento que orienta a equipa de Pa-neira já este domingo. GP

FUTSALFINAL DA TAÇA DE VISEURio de Moinhos e Casa do Benfica de Castro Daire vão jogar a Final da Taça de Futsal da Associação de Futebol de Viseu. Uma partida entre o Campeão Distrital de Futsal da Di-visão de Honra, o Rio de Moinhos, frente ao 8ª do campeonato, e que repete uma presença na Final da Taça de Viseu, onde foi derrotada na época passada pelo Gumirães. O jogo está marcado para este sábado, 12 de Maio, pelas 17h00, no Pavilhão do Inatel, em Viseu.

HÓQUEI EM PATINSHÓQUEI CLUBE DE VISEU VENCE TAÇA DE AVEIROO Hóquei Clube de Viseu conquistou a Taça de Aveiro no escalão de in-fantis. Uma vitória por 8 a 2 na Mealhada garantiu o primeiro lugar nesta competição da Associação de Patinagem de Aveiro, onde o clube viseense se encontra filiado, face à inexistência de um qua-dro competitivo em Viseu. No Campeonato Regional Infantil, cumpridas as 22 jornadas da competição, o Hóquei Clube de Viseu terminou no 7º lugar, en-tre 12 equipas, depois de uma vitória por 3 a 2 no jogo da última ronda, fren-te ao Clube Académico de Feira.

TÉNIS DE MESAII TORNEIO DE EQUIPAS DO CARDESNo domingo, 13 de Maio, vai decorrer no pavilhão da escola EB 2 3 do Viso, o II Torneio de Ténis de Mesa de Equipas, organizado pelo CARDES de Barbeita. Vão competir equipas do Porto, Aveiro, Coimbra e Viseu, entre as quais for-mações que disputam os Nacionais de Seniores da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa, casos do Valongo, do Porto, do Cen-tro Cultural de Currelos, de Viseu e ainda o Olivei-ra do Hospital. As outras equipas presentes, além do CARDES de Barbeita, vice-campeão regional, se-rão formações que jogam nos regionais de Aveiro, Viseu e Porto. No total, em prova, vão estar 12 equipas.

FUTEBOL - PLAYOFF SUBIDA À II LIGA

Tondela em Fátima para a primeira de quatro finais

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culturas

Oliveira de Frades re-cebe o Festival Interna-cional de Humor “ShOw RIR”, hoje e amanhã, no Cine-Teatro Dr. Morga-do. Herman José é a atra-ção maior da primeira edição do evento.“As expetativas são as me-

lhores, esperamos que este seja o início de um proje-to ambicioso”, disse ao Jor-nal do Centro Filipe Soares, um dos organizadores. O objetivo passa por “fazer esquecer a crise”, através de gargalhadas, e “cativar as pessoas para a cultura”, explicou o organizador.

Hoje, o artista Chis-pa Mimo vai percorrer as escolas do concelho, sur-

preendendo e divertindo os alunos com pequenas performances de mímica. À noite, pelas 21h30, no Ci-ne-Teatro, o mimo mexica-no vai apresentar um espe-táculo de pantomina com distintas personagens e si-tuações. Vai combinar efei-tos visuais e sonoros com uma excelente técnica de mimo, propondo momen-tos de fantasia, surpresa, boa disposição e interação com o público. O bilhete custa 3,50 euros.

Amanhã, dia 12, sobe ao palco Herman José, com

“One Herman Show”, a par-tir das 22h30. O humorista português vai recuperar e contar histórias hilariantes

e verídicas, dos 30 anos de carreira, misturadas com a evocação de algumas per-sonagens de sucesso como José Estebes, Nelo, Serafim Saudade, e uma dose de

“stand up comedy”, embru-lhadas numa forte compo-nente musical. O bilhete custa 15 euros. “ShOw RIR” - I Festival

Internacional de Humor é organizado pela autarquia de Oliveira de Frades e pro-duzido pela produtora de eventos “De Mi Para Si”. “A adesão das pessoas de ou-tros concelhos ditará o su-cesso do festival”, concluiu Filipe Soares.

Tiago Virgílio Pereira

D “Orações de Sapiência” em ResendeAmanhã, dia 12, é apresentado o livro “Orações de Sapiência”, no Auditório do Museu Municipal, às 17h30. Trata-se de uma obra que reúne seis orações de sapiên-cia quinhentistas, escritas e pronunciadas no âmbito da Universidade de Coimbra, segundo o costume já então secular da tradição e dos estatutos universitários.

expos

roteiro cinemas Estreia da semana

Espera aí...que já casamos – Tom e Victoria (Jason Segel e Emily Blunt) estão noivos há cin-co anos, mas só agora é que co-meçam a enfrenta os altos e bai-xos do seu relacionamento.

Destaque Arcas da memóriaAs “sardinhas doces de Trancoso”

No passado dia cinco de Maio a Confraria das Sar-dinhas Doces de Trancoso celebrou com a pompa cos-tumada o seu II Capítulo na histórica cidade de Tranco-so onde tem seu berço. Mui-to jovem ainda, mas dinâmi-ca, ei-los por aí fora, os seus Confrades, activos embaixa-dores da sua cidade, dos va-lores que ela personifica, tão rica de história, de tradições, de imaginário, basta lem-brar a sua cerca de muralhas, a Feira de S. Bartolomeu, a aventura heróica de João Tição e as eternas Trovas do Bandarra. Mais de perto transportam consigo esse emblemático produto que escolheram como símbo-lo desse território cultural de onde emergem, as Sar-dinhas doces, manjar con-ventual de distinção, selo da Insígnia e da Bandeira que arvoram por esses multipli-cados Cortejos de Confra-rias irmãs. Mas o que são as

“Sardinhas doces”? Especio-so produto da doçaria con-ventual, a sua origem, que a tradição, sempre poética, si-tua no século XVII, atribui-se às monjas do francisca-no Convento de Santa Clara cuja arquitectura se perdeu, dedicadas, se conta, ao servi-ço divino e ao bem-fazer jun-to dos pobres, o tempo lhes sobrando, os dons de Deus de outro modo aproveita-dos, para a invenção das de-liciosas iguarias que as dis-traíam das horas do cilício e lhes tornavam mais sua-ve a penosidade da clausura, que se tornavam uma gentil

forma de premiar andanças de visitador, de dar acolhi-mento cortês a figura grada em ocasional pernoita, de o convento se mostrar grato a generoso acto de alcaide ou de meirinho. E havia a abun-dância dos alqueires de tri-go e dos almudes de azei-te do dizimatório e os ovos recebidos como renda de casais, o sal e o açúcar que chegava com os recoveiros, a canela cheirando a Índia, a amêndoa das terras durien-ses de fronteira e o chocola-te, precioso na sua raridade. A sardinha vinda dos lados do mar vendia-se nas feiras e mulheres havia que a dis-tribuíam, canastras à cabe-ça, e era de frequência em todas as mesas e foi da ima-gem delas que uma inspira-da monja retirou a forma da sardinha doce preenchen-do-lhe as entranhas de gu-loso recheio de ovos moles com mistura de amêndoa moída e um travo de canela, seguia-se o tempo de fritar na quentura da excelência do azeite, a calda de choco-late e o leve polvilhar de açú-car. E a mesa posta. Depois o Convento fechou. As úl-timas monjas, no abando-no, fizeram sardinhas doces para vender. E a tradição fi-cou, gostosa, poética memó-ria, fecundo elemento de um património.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

I Festival Internacional de Humor “ShOw RIR”

VILA NOVA DE PAIVA∑ Auditório Municipal Carlos ParedesAté dia 31 de maio

Exposição de pintura

“Momentos Gráficos”,

de Mariana Moreira.

∑ Até dia 31 de maio

Exposição de artesanato

“ Tecelagem Artesanal”,

de Zélia Sousa.

∑ Até dia 31 de maio

Exposição de “Aquili-

no Ribeiro nas Terras do

Demo”.

MANGUALDE∑ Biblioteca MunicipalAté dia 31 de maio

Exposição de pintura

“Contemporaneidades”,

de Cristina Marques.

NELAS∑ Fundação Lapa do LoboAté dia 31 de maio

Exposição de trabalhos

resultantes do curso

Motiv’arte – execução

de bonecas de pano.

OLIVEIRA DE FRADES

∑ Cine-Teatro Dr. MorgadoAté dia 31 de maio

Exposição “Humor no

jornal do exército 1961-

1974”, do Museu Militar.

do Porto

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 14h00, 16h20Lorax VP(M4) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h00, 22h00, 00h30* Gone - 12 horas para viver(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h10, 17h05, 21h00Titanic 3D(M12Q) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 17h25, 21h20, 00h20*Os Vingadores(M12) (Digital)

Sessões diárias às 18h50, 21h10, 23h30*Capitães de areia(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h25, 19h10, 21h40, 00h10* Amigos improváveis VO(M12) (Digital)

Sessões diárias às 19h00Tabu

(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h50, 17h05, 19h20, 21h50, 00h00* Uma traição fatal(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 11h00 (dom.), 14h00, 16h10, 18h15Piratas VP(M6) (Digital 3D)

Sessões diárias às 14h30, 17h35, 21h00, 00h05*

Os vingadores(M12) (Digital 3D) Sessões diárias às 13h20,

15h55, 18h35, 21h15, 23h50*

Batalha naval(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h10,

16h50, 21h10, 00h00*

Espera aí que já casamos(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50,

16h30, 19h10, 22h00,

00h35*

Sombras da escuridão

(M16) (Digital) Sessões diárias às 13h30,

16h20, 19h00, 21h50,

00h30*

American Pie: o reencontro(M16) (Digital)

Sessões diárias às 21h40,

00h20*

A teia do gelo(M12) (Digital)

Legenda: * sexta e sábado

Oliveira de Frades ∑ Herman José é a grande atração

A Humorista apresenta “One Herman Show”, amanhã, dia 12, pelas 22h30

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culturas O 17º cromo Viseupédia vai ser apresentado amanhã, dia 12, a partir das 21h15, no Solar do Vinho do Dão, em Viseu, sob o mote “A evasão de Aquilino Ribeiro do presídio do Fontelo”. O texto ficou a cargo de Paulo Neto, a imagem é de Cris Nogueira.

D “A evasão de Aquilino Ribeiro do presídio do Fontelo”

Opinião

Nos 100 anos deLuís Veiga Leitão

Moimenta da Beira, an-tiga Rua do Correio Velho, 27 de Maio de 1912, nasce Luís Veiga Leitão, o poeta da pedra. Pedra de “Latitu-de”, de “Noite” ou de “Ci-clo”. Mas da pedra bruta

“um símbolo de liberdade, enquanto a pedra angular é a base e o fundamento sem esquecermos a pe-dra filosofal, que simboli-za a regeneração e o Oiro da vida. Luís Veiga Leitão atravessa a pedra em todos estes sentidos simbólicos, partindo da pedra bruta e chegando, no outro lado do espelho, à pedra preciosa, esse estrelar diamante do Livro da Paixão “que fugiu da Via – Láctea e na bota de um mineiro se escon-deu”, escreve Luís Adriano Carlos, um seu incansável estudioso, na introdução da “Obra Completa” que organizou e coligiu com Paula Monteiro.

No ano do seu centenário relembro-o e presto-lhe tri-buto através do seu “Livro da Paixão”, a última obra publicada em vida do poe-ta. São oito curtas histórias, deliciosas. Lêem-se num ápice, mas fica-se a pen-sar nelas uma eternidade. Mesmo que se repita a lei-tura, uma, duas vezes, a re-acção introspectiva repete-se, invariavelmente. Acon-teceu comigo um punhado de vezes. E volta a aconte-cer sempre que vou à estan-te e de lá retiro o livro roxo, ilustrado pelo filho do po-eta, com o nome do pai in-vertido: Veiga Luís.

O poeta soube desta mi-nha espécie de transmu-tação estranha. E soube-o logo à segunda leitura, por finais de Agosto de 1986. Luís Veiga Leitão tinha-me presenteado o livro uns dias antes, 18 de Agos-to, uma segunda-feira calo-renta e bafia.

Na sua Quinta de S. Luís, em Penso, Sernancelhe, em passeio pelos jardins que abraçavam a casa so-larenga, não resisti e con-tei-lhe: «Sabe, leio o Livro da Paixão e os seus contos perduram depois por noi-tes e noites inteiras». O po-eta respondeu: «Leia outra vez que isso passa». Nunca passou!

Mas como é que podia passar? O livro é um de-sassossego de alma. Desa-fia-me as entranhas mais profundas.

A primeira história “O relógio e a rosa” chega a ser perturbadora. É puro êxtase de contemplação. Um enfeitiçamento. A his-

tória é a de um relógio que se suicida na contempla-ção de uma rosa a abrir-se. É contada assim: “Re-lógio alto. De pêndulo. Por apertos de espaço, coloca-ram-no próximo da jane-la que dava para o jardim. Manhã de Maio, uma rosa se abriu. Húmidas as pé-talas recortaram no ar o brilho amêndoa, a pureza e a ternura dos mais belos olhos do mundo. Da janela o relógio olhou-a e parou. Deram-lhe corda e parou. O relojoeiro veio e parado continuou. À meia-noite, um poeta disfarçado de ave nocturna, entrou na caixa do relógio e segun-do consta, nenhum con-serto o tirou da sua con-templação”.

Luís Adriano Carlos, tam-bém biógrafo de Luís Vei-ga Leitão, escreve na intro-dução da “Obra Completa” que o Livro da Paixão “re-toma a linha discursiva sob o modo assumidamente narrativo. As oito breves histórias encantadas “para ler e contar”, entre o alegó-rico e a descrição imagino-sa, nascem embebidas no líquido passional e figu-ram a paixão trágica de se-res exóticos que se revêem no espelho mítico das suas diferenças radicais. Lá está o espelho mágico de onde emana a magia da paixão:

“Meus olhos vestem-na de uma auréola e ao tocarem nas coisas em torno dela, as coisas mudam - (Virgem Marginal – 5º conto do li-vro da Paixão)”.

O livro despertou tam-bém paixões em músicos. Em 2001, no auditório do Paço da Cultura, na cida-de da Guarda, Rui Nuno, músico, actor de teatro, apresentou o espectáculo

“Paixões – Poesia Musical sobre a Obra de Luís Vei-ga leitão”. Pela sua voz, as oito breves histórias do li-vro voltaram a ser mágicas. Sob as imagens dessas pa-lavras, constituiu-se uma paisagem musical e sono-ra que abriram os sentidos aos encantamentos daque-les contos.

O poeta faleceu em Ni-teroi, Rio de Janeiro, Bra-sil, a 9 de Outubro de 1987. Foi também artista plásti-co, militante anti-fascista, sendo obrigado a exilar-se devido à perseguição pelo Estado Novo.

Na reta f inal do III Festival Internacional de Humor “Riso com Siso”, o Teatro Ribeiro Concei-ção (TRC), em Lamego, apresenta “Júlio de Matos”, com Joaquim Monchique.

“Espero que seja uma gran-de noite de teatro e que o Joaquim Monchique este-ja ao nível que já nos ha-bituou e proporcione um excelente momento de hu-mor”, disse Rui Fernandes, coordenador da progra-mação do teatro.

Joaquim Monchique é Júlio de Matos, um ho-mem desempregado que sofre uma crise de comu-nicação com o mundo e passa a falar sozinho. O texto é de Pedro Cardo-so e a direção de Carlos Paulo. A peça sobe ao pal-co amanhã, dia 12, a partir das 21h30. O bilhete tem o preço único de 10 euros.

Em jeito de balanço, Rui Fernandes conside-rou “excelente”, o festival que “já se afirmou como

um cartaz cultural de re-nome do Douro”. O “Riso com Siso” começou no passado dia 1 e vai esten-der-se até domingo, dia 13.

“A aposta na diversidade e a qualidade das peças” fo-ram as caraterísticas do evento que o coordena-dor mais destacou. O ano passado, o festival atraiu cerca de seis mil pesso-as. Este ano espera-se que seja superado.

Tiago Virgílio Pereira

Destaque

Joaquim Monchique é “Júlio de Matos” no TRC“Riso com Siso” ∑ Festival de humor está a terminar e o balanço é “excelente”

Noite de FadosO Grupo de Fados “Se-

nhora da Beira” vem ao Auditório da Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves, em Mangualde, para uma noite dedicada ao fado. O concerto está marcado para amanhã, dia 12, às 21h30.

O repertório assenta-rá no primeiro trabalho discográfico do grupo, intitulado “Do Choupal até Alfama”. As vozes de Carla Linhares e João Silva acompanhadas por Jorge Menino, na guitarra portu-guesa, e por Sílvio Pereira, na guitarra clássica, vão fa-zer o encanto dos presen-tes. A entrada é livre. TVP

Mostra decurtas- metragens - Residência Artística“aVISO24.2”

Amanhã, dia 12, se-rão exibidas, na FNAC Viseu, a partir das 16h00, as curtas-metragens pro-duzidas no Museu Grão Vasco, no âmbito da se-gunda edição de residên-cia artística para os anti-gos alunos estudantes de artes da Escola EB23 do Viso. TVP

Rui BondosoJornalista

A Espetáculo decorre amanhã, dia 12, pelas 21h30, em Lamego

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Variedades

A 12ª edição do Festival de Teatro Jovem de Viseu, vai decorrer até ao fim do mês de maio, no Auditório Mirita Casimiro. O obje-tivo passa pela promoção e valorização das inicia-tivas culturais. Esta edi-ção conta com 32 peças deteatro (25 a concurso e sete extra-concurso). O grupo J’TAIME, formado há cer-ca de dois anos, é um dos participantes. Nasceu a partir da vontade de dois jovens apaixonados pelo teatro: Sofia Magalhães e Aliosman Ahmed. O grupo é composto por 17 jovens dos 12 aos 20 anos. A pro-posta do grupo para o fes-

tival passa por uma cons-trução a partir dos temas que interessam a cada um comunicar. Violência do-méstica, pobreza e nostal-gia de infância são alguns exemplos. Os textos são de autores como Mia Couto, Fernando Pessoa, Pablo Neruda, e também origi-

nais. “Assim, desenvolve-ram-se contos que se unem sob o mesmo cenário: um bairro – o lugar comum destas personagens que se vão desvendando aos nos-sos olhos”, explicou Sofia Magalhães. “O Bairro é a manifestação surreal dos nossos sonhos, das nossas

dores, dos nossos desejos mais íntimos e dos nossos percursos de vida. Por essa razão é uma viagem que vale a pena percorrer”, re-feriu. Para a jovem, o Fes-tival de Teatro “representa uma iniciativa de grande valor cultural, permitin-do a expressão de uma for-ma de arte que nos dias de hoje também sofre com a crise”. No teatro, “desen-volvem-se competências sociais e artísticas, mas o mais importante é o traba-lho sobre a valorização de cada indivíduo pertencen-te ao grupo: a confiança, o à-vontade e a autoestima”, concluiu. TVP

Festival de Teatro Jovem: Valorizar a arte que está a sofrer com a criseTeatro

Page 24: Jornal do Centro - Ed530

em focoJornal do Centro

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Assunção Cristas, Ministra da Agricultura, o Comendador Rui Nabeiro, a apresen-tadora Bárbara Guimarães e a empresária europeia do ano, Sandra Correia, tornaram-se confrades da Confraria Nacional do Espumante, jurando “defender o espumante, honrar e divulgar todos os produtores das regiões vitivinícolas”. A entronização ocor-reu na Sé Catedral de Évora e foi presidida por D. Jacinto Botelho, Bispo de Lamego.

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Cerveja Mahou chega a Viseu pela VidisA Vidis é a distribuidora da cerveja Mahou, em Viseu. A cerveja mais apreciada em Espanha chega agora ao

centro de Portugal e pretende ser a primeira marca importada a tornar-se a preferida dos portugueses. A sessão de lançamento ocorreu nas instalações da Vidis e serviu para degustar os dois principais produtos da marca: a cerveja branca e preta da marca. Em Portugal, pode-se beber Mahou Cinco Estrelas, Mahou Premium Light, Mahou Clássica, Mahou Sin e Mahou Negra.

DR

Assunção Cristas é confrade da Confraria Assunção Cristas é confrade da Confraria Nacional do EspumanteNacional do Espumante

Page 25: Jornal do Centro - Ed530

saúdeINVESTIGADORES DA ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE VISEU LANÇAM LIVRO

A apresentação públi-ca da obra coletiva “Com-portamentos de Saúde In-fanto-Juvenis: Realidades e Perspetivas”, da auto-ria de vários investigado-res, da Escola Superior de Saúde de Viseu (ESSV) e de outras universidades, sobre temáticas inerente à promoção da saúde, de-corre na próxima segun-da-feira, dia 14.

A apresentação inte-gra-se no programa da conferência “A Importân-cia dos Comportamentos em Saúde Pública”, com início marcado para as 14h30, no auditório da ESSV e que contará com a participação do diretor-geral da Saúde, Francisco George, também autor do prefácio do livro.

A o b r a , s u r g iu n o â m b i t o d o p r o j e t o “Monitorização de In-dicadores de Saúde In-fanto-Juvenis: Impacto na educação para a Saú-de”, financiado pela Fun-dação para a Ciência e Tecnologia. EA

CONFERÊNCIA EM SANTA COMBA DÃO

A conferência “Procu-ro mais saúde - @cesso à saúde” decorre esta sex-ta-feira, dia 11, às 14h00, em Santa Comba Dão.

Viseu∑ Urgência do S. Teotónio transfere para Coimbra ou pede para doente voltar no dia seguinte

Utentes contra falta de oftalmologista

O serviço de urgências do Hospital S. Teotónio de Viseu (Centro Hospi-talar Tondela-Viseu) está a transferir utentes para Coimbra por falta de of-talmologistas. Esta é pelo menos a queixa de vários utentes que nos últimos dias têm denunciado ca-sos concretos por falta de especialista na urgência da unidade.

Um utente contou ao Jornal do Centro que na sexta-feira recorreu à ur-gência do S. Teotónio de-pois de ter tido uma dor forte na cabeça. Já depois de várias horas na unidade a realizar exames para de-tetar a origem da dor, hou-ve necessidade de ser ob-servado por um oftalmolo-gista. Foi nessa altura, que lhe disseram para ir para casa e voltar no sábado de

manhã, para ser observa-do pelo oftalmologista já que depois das 16h00 não se encontra nenhum mé-dico da especialidade na unidade hospitalar.

A TSF noticiou que um homem de 74 anos deu entrada no serviço de ur-gência do S. Teotónio com os olhos raiados de san-gue e foi transferido para Coimbra por falta de es-pecialista na unidade de Viseu.

O porta-voz da Comis-são de Utentes, António Vilarigues acrescentou à mesma emissora de rádio que a situação reflete as poupanças que estão a ser feitas no Serviço Nacional de Saúde. Acontece que a falta de especialista em determinadas valências no Hospital de Viseu não é de agora. Há anos que o

S. Teotónio não dispõe de oftalmologia 24 horas por dia, tal como de neuroci-rurgia, otorrinolaringolo-gia e urologia. Fonte hos-pitalar explicou que todos os utentes são vistos por um médico de medicina interna e, caso se trate de uma urgência, será trans-ferido para Coimbra, em situações menos graves é pedido ao doente para voltar na manhã seguin-te sem ter de pagar a taxa moderadora.

Uma situação que não é vista com bons olhos pe-los utentes, já que estão a “ser assistidos num hospi-tal supostamente central (desde 2005) onde pelas menos em taxas modera-doras se paga como tal”, comentou um utente.

Emilia Amaral

A O S. Teotónio, hospital central desde 2005, integra o Centro Hospitalar Tondela-Viseu

A época termal nas Cal-das da Cavaca, em Aguiar da Beira arranca na segun-da-feira e prolonga-se até 31 de Outubro.

A Câmara de Aguiar da Beira garante este ano, além de melhoramentos pontu-ais no balneário, a requa-lificação dos acessos, com a beneficiação da estrada intermunicipal que liga os concelhos de Aguiar da Beira, Sátão e Penalva do Castelo.

“Espera-se mais uma épo-ca termal de sucesso, que continue a atrair utentes que procuram nas águas minerais da Cavaca a solu-ção para os seus problemas de saúde”, lê-se numa nota à comunicação social.

Atualmente, as Caldas da Cavaca, dispõe de terapêuti-

cos, mas oferece igualmen-te programas de bem-estar com vista ao relaxamento e revitalização do corpo e da mente.

As águas são indicadas para o tratamento de doen-ças do aparelho digestivo, músculo-esquelético e reu-máticas, da pele e vias res-piratórias.

Estudo. A administra-ção das Termas das Caldas da Cavaca decidiu desen-volver com o Instituto Na-cional de Recursos Bioló-gicos um estudo inovador sobre o microbismo das águas. Com este estudo a administração das termas pretende “aferir de forma mais precisa as qualidades terapêuticas da água ter-mal”. EA

Caldas da Cavaca abrem época termal

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SAÚDE

O Enfermeiro no ser e no agir

Opinião - DIA DO ENFERMEIRO

Como defende Maurice Blon-del, a pessoa não pode deixar de agir e deve fazê-lo, liderando, comprometendo-se e acompa-nhando a acção como princí-pio, sujeito e autor, sob pena de tudo perder. Se não actua des-ta maneira, torna-se realidade em que a acção se exerce ou que a ela reage, sem possibili-dades de controlar, seguir e ava-liar as consequências. Este pen-samento aplica-se, com muito peso, nas actividades do pessoal de saúde e, muito mais ainda e directamente, na acção dos en-fermeiros.

Por valores que marcam a en-fermagem e os seus agentes, es-tes têm uma intervenção quali-ficada como presença, próxima e personalizada, tornando-se eficaz, positiva ou negativamen-te, nas consequências que po-dem ser – por acção ou inacção – a saúde e a própria vida. Da-dos avanços em constante evo-lução, verificados nos campos científicos e técnicos, a obrigar à ponderação e ao estude de ob-servações, hipóteses, análises e resultados de intervenções ima-ginadas, feitas e avaliadas, mais se exige reflexão e responsabi-lidade em quem age.

Estas exigências supõem li-berdade – base da deontologia pessoal de todo o profissional competente – que ao agir, for-mula a sua consciência em au-todeterminação, tornando-o capaz de responder pelos seus actos, independentemente dos resultados, às vezes tão aleató-rios à vontade e à preparação

do sério e honesto agente nas diversas áreas da vida. Na en-fermagem, como em todos os outros saberes de qualquer pro-fissão, quanto mais competên-cia e responsabilidade, mais li-berdade e autonomia e menos pressões e heteronomia.

Ao celebrar-se o Dia do En-fermeiro, quero prestar a minha homenagem a todos os profis-sionais das áreas da saúde e, no-meadamente, aos enfermeiros e enfermeiras que são os que de mais perto vivem os problemas das pessoas doentes. São as pri-meiras vítimas dos lobbies exis-tentes nas instituições da área e aqueles que, em primeiro lugar, respondem pelo que de menos bom se tem e se faz pelo bem-estar das pessoas que procuram estes serviços, no público ou no privado.

Dizer “enfermeiro”, signifi-ca referir a intervenção amiga e próxima de alguém que cuida a pessoa doente na sua saúde integral. Sim, porque cuidar a pessoa doente não é só praticar o acto médico nem é somente olhar e acompanhar o trata-mento do diagnóstico feito, es-perando a “alta” de mais alguém que esgotou as possibilidades ou disponibilidades da instituição de saúde. Cuidar a pessoa do-ente é olhar, ouvir, acompanhar e tratar a pessoa na sua integra-lidade, onde se têm em conta o corpo e as lesões, mas não se esquecem os sofrimentos pro-venientes de outros gritos que só ouve quem sente, quem co-nhece e quem acompanha com

proximidade de presença e de amor. Nestes gritos está, tantas vezes, a família e a sua falta; os sinais e as consequências de to-das as crises; os medos do pas-sado, do presente e do futuro; a transcendência ou a sua au-sência como resposta de senti-do; as incertezas e as inseguran-ças perante a falta de respostas para o porquê da vida, da morte e da dor.

Acontece que, se quem cui-da, acompanha e ouve, as dores das feridas diagnosticadas e em tratamento ficam em segundo plano e deixam mesmo de doer quando as outras são tratadas. Estas, tantas vezes são curadas quando, sobretudo em situação limite e terminal, se sente a pro-ximidade e o carinho de uma mão na mão e de um olhar terno e amigo que, mais do que nin-guém, o(a) enfermeiro(a) pode e sabe dar.

Neste Dia do Enfermeiro, a minha homenagem a todos aqueles que tratam os doentes como pessoas e que tudo fazem para que, mesmo doentes, se-jam olhadas como pessoas com todos os direitos a ser felizes e como sujeitos e destinatários do melhor que se lhes pode dar: a consciência da sua dignidade e da sua autonomia, na liberdade de poderem escolher o seu pre-sente e o seu futuro.

Ilídio LeandroBispo de Viseu

Os Sams - Serviços de As-sistência Médico-Social do Sindicato dos Bancários do Centro - são uma organiza-ção privada de saúde inte-grada, dotada de autonomia administrativa e financei-ra, que asseguram aos seus beneficiários a proteção e assistência na doença, na maternidade, internamen-to em lares de idosos, apoio domiciliário e noutras situ-ações afins de carácter so-cial.

Com uma população com-posta por cerca de 14.000 beneficiários, os Sams assu-mem-se como um dos prin-cipais subsistemas de saúde existentes em Portugal. Em Viseu, junto aos bombeiros municipais, encontra-se o posto clínico e a delegação regional.

“Os SAMS são a parte mais visível do Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) à imagem do que acontece em todo o país”, disse António Sequeira Mendes, vice-pre-sidente da assembleia-geral do SBC. Tem vários protoco-los com instituições ao nível da saúde, mas também ao

nível desportivo, outra das áreas “fortes” de interven-ção do Sindicato. Os sócios são todos os trabalhadores bancários, os beneficiários podem ser qualquer um dos elementos do agregado fa-miliar. “Os utentes pagam um valor inferior aquele que é praticado nos outros con-sultórios privados. O tem-po de espera é reduzido de-vido a uma gestão rigorosa dos postos clínicos. Pode-se ainda fazer a complemen-taridade noutro subsistema de saúde”, explicou Sequeira Mendes. A aposta na saúde é antiga e deriva da contra-tação coletiva. É um bem de primeira necessidade e daí que grandes sinergias e componente financeira do Sindicato seja canalizado para esse fim.

“A parte sindical é tam-bém uma componen-te essencial e os associa-dos a sustentabilidade fi-nanceira”, referiu Manuel Rodrigues, responsável pela área sindical do distri-to de Viseu. A delegação re-gional visita, com frequên-cia os balções, no sentido de atrair os bancários para um sindicato “democrático, que está filiado na UGT, com acesso à consertação social e que priveligia o diálogo”, disse o responsável.

Em Viseu, a delegação re-gional “dá apoio aos sócios que estão no ativo e refor-mados, e organiza diversas atividades lúdicas no distri-to como a pesca e os conví-vios anuais”, concluiu Antó-nio Ribeiro, coordenador da secção regional. TVP

SAMS é mais-valia para o Sindicato dos Bancários do Centro

A Manuel Rodrigues, Sequeira Mendes e António Ribeiro

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SAÚDE

O Instituto Português de Sangue promove nos pró-ximos dias várias ações de colheita de sangue no dis-trito de Viseu. Segunda-feira, dia 14, entre as 9h00 e as 13h00 realiza-se uma

ação de recolha na Escola EB 2/3 de Lajeosa do Dão, em Tondela.

Dia 17, as ações de reco-lha de sangue decorrem na Escola Superior de Saú-de de Viseu (9h00/13h00),

nas instalações da Psico-soma (15h00/19h00) e nas instalações dos Bom-beiros Voluntários de Mangualde (9h00/13h00) através de uma ação da autarquia local.

Colheitas de sangue em Viseu

F. Nogueira MartinsNuno Nogueira Martins

Médicos Especialistas

Obstetrícia e Ginecologia

Av. Mon. Celso Tavares da Silva, Lote 10 Lj M 3500-101 VISEU (Qta do Seminário)

Marcação: 232 426 021963 024 808 / 915 950 532 / 939 524 958

A VII Edição do Con-gresso de Neurociências e Educação Especial Psi-coSoma decorre no Te-atro Viriato, em Viseu, dias 19 e 20 deste mês, com a participação de

vários especialistas na-cionais. A PsicoSoma, organizadora do evento visa “permitir um acesso a conteúdos de qualida-de, inovadores e atuais, por parte da comunidade

profissional”.A PsicoSoma integra-

se na semana dedicada às neurociências e edu-cação especial, na cidade de Viseu, entre os dias 14 ao 20 deste mês.

PsicoSoma promove Congresso de Neurociências

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Page 29: Jornal do Centro - Ed530

CLASSIFICADOS

ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295

JOÃO MARTINSMorada Rua D. António Alves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753

FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANUEL COVELOwww.manuelcovelo-advogado.comEscritório: Urbanização Quinta da Magarenha-Rua da Vinha, Lte 4, 3505-639 Viseu Telefone/Fax: 232425409 Telemóvel: 932803710Email: [email protected]

MANGUALDEJOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE O VISOEspecialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Car-vão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitam-se reservas para grupos.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Mantei-ga, Arroz de Carqueja, Cabrito As-sado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes Grelhadas. Folga Não tem. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Tem também take-away.

SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Tele-fone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estaciona-mento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE AVENIDAEspecialidades Cozinha Porgugue-sa e Grelhados. Folga Não tem. Morada Avenida Alberto Sampaio, nº9 - 3510-028. Telefone 232 468 448. Observações Restaurante, Casamentos, Baptizados.

GREENS RESTAURANTEEspecialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greens-restaurante.com

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Baca-lhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económi-cas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

RESTAURANTE CASA AROUQUESAEspecialidades Bife Arouquês à Casa e Vitela Assada no Forno. Folga Domingo. Morada Urbanização Bela Vista, Lote 0, Repeses, Viseu. Telefo-ne 232 416 174. Observações Tem a 3ª melhor carta de vinhos absoluta do país (Prémio atribuído a 31-10-2011 pela revista Vinhos)

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

CHEF CHINAEspecialidades comida chinesa. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Obser-vações www.chefchinarestauran-te.com

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

RESTAURANTE PINHEIRÃOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

SANTA GRELHAEspecialidades Grelhados. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Telefone 232 415 154. Observações www.san-tagrelha.com

A DIFERENÇA DE SABORESEspecialidades Frango de Chur-rasco com temperos especialida-des, grelhados a carvão, polvo e bacalhau à lagareiro aos domin-gos, pizzas e muito mais.... Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 6 euros. Telefone 232 478 130 Observações Entraga ao do-micilio.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SULRESTAURANTE O CAMPONÊSEspecialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vite-la à Manhouce (Domingos e Feria-dos), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miú-dos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por re-feição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Tele-fone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADESOS LAFONENSES – CHURRASQUEIRAEspecialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Mo-rada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Ob-servações Leitão por encomenda.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecos-to com Migas, Cabrito Acompa-nhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Janta-res de Grupo.

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Jornal do Centro11 | maio | 2012 29

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77ª Caminhada de solidariedade

Para mais informações e para te inscreveres contacta a International House

Rua dos Casimiros 33 Viseu 232 420 850

Com o apoio de:

SSábado

19 Maio 2012

Inscrições até 18 de Maio

Junta-te a nós!

Vem caminhar e ajuda

as crianças diabéticas(Pediatria do Hospital de S. Teotónio)

José Correia, 78 anos. Natural e resi-dente em Vila Seca, Armamar. O fu-neral realizou-se no dia 9 de Maio, pe-las 14.30 horas, para o cemitério de Vila Seca.

Manuel António Rodrigues, 83 anos, casado. Natural e residente em Cim-bres, Armamar. O funeral realizou-se no dia 9 de Maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Cimbres.

Miguel Cardoso Félix, 82 anos, casado. Natural e residente em Queimada, Ar-mamar. O funeral realizou-se no dia 9 de Maio, pelas 18.00 horas, para o ce-mitério de Tões, Armamar.

Agência Funerária IgrejaArmamar Tel. 254 855 231

Hermínio de Oliveira, 92 anos, viú-vo. Natural de Figueiredo de Alva, São Pedro do Sul e residente Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 4 de Maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Castro Daire.

Ag. Fun. Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

José Pinto Fernandes, 69 anos, casa-do. Natural e residente em Póvoa de Montemuro, Pinheiro, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 9 de Maio, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Póvoa de Montemuro.

Agência MorgadoCastro Daire Tel. 232 107 358

António Abrantes Silvestre, 84 anos, casado. Natura l e residente em Abrunhosa do Mato, Cunha Baixa, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 3 de Maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Abrunhosa do Mato.

António Henriques, 85 anos, casado. Natural e residente em Mesquitela, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 5 de Maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Mesquitela.

Luís Fernandes Peixoto, 77 anos, casa-do. Natural de Fornos de Maceira Dão e residente em Vila Garcia, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 9 de Maio, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Fagilde.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

João Martins dos Santos, 61 anos, ca-sado. Natural de Silgueiros e residente em Lages, Silgueiros. O funeral reali-zou-se no dia 3 de Maio, pelas 17.00 ho-ras, para o cemitério de Silgueiros.

Henrique da Silva Amaral, 48 anos, solteiro. Natural e residente em Aguiei-ra, Nelas. O funeral realizou-se no dia 6 de Maio, pelas 9.00 horas, para o ce-mitério de Aguieira.

Maria Selene de Almeida Henriques, 60 anos, casada. Natural de Barreiro de Besteiros, Tondela e residente em Bela Vista, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 9 de Maio, pelas 10.30 horas, para o cemitério de Silgueiros. Agência Funerária Nisa, Lda.Nelas Tel. 232 949 009

Prazeres Ribeiro, 88 anos, viúva. Na-tural e residente em São João da Serra, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 7 de Maio, pelas 15.00 horas, para o cemitério de São João da Serra.

Maria de Lurdes Silva Moreira, 60 anos, casada. Natural e residente em Ribei-radio, Oliveira de Frades. O funeral re-alizou-se no dia 7 de Maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Ribeiradio.

Ag. Fun. Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Agostinho Teixeira Lucena, 79 anos, casado. Natural e residente em Lalim, Lamego. O funeral realizou-se no dia 8 de Maio, pelas 17.00 horas, para o ce-mitério de Lalim.

Hermínia da Conceição Pereira, 80 anos, viúva. Natural e residente em Tarouca. O funeral realizou-se no dia 9 de Maio, pelas 17.20 horas, para o ce-mitério de Esporões, Tarouca. Ag. Fun. Maria O. Borges DuarteTarouca Tel. 254 679 721

Maria da Conceição de Almeida da Sil-va, 61 anos, casada. Natural e residen-te em Viseu. O funeral realizou-se no dia 9 de Maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério local.

Maria Zélia Marques Guedes, 81 anos, viúva. Natural de Angola e residente em Passos de Silgueiros. O funeral re-alizou-se no dia 9 de Maio, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Agência Funerária AbílioViseu Tel. 232 437 542

Maria da Piedade, 83 anos, viúva. Na-tural de Ribafeita e residente em Tra-vassós de Cima, Viseu. O funeral reali-zou-se no dia 4 de Maio, pelas 17.30 ho-ras, para o cemitério de Ribafeita.

António Ferreira Neves, 78 anos, casa-do. Natural de Povolide e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 5 de Maio, pelas 16.00 horas, para o cemité-rio de Povolide.

Otília Ferreira da Costa, 88 anos, vi-úva. Natural e residente em Bodiosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de Maio, pelas 18.15 horas, para o ce-mitério de Bodiosa.

Maria da Piedade Correia Soares, 60 anos, solteira. Natural de Santos Evos e residente em Carragoso, Viseu. O fu-neral realizou-se no dia 7 de Maio, pe-las 17.00 horas, para o cemitério de Santos Evos.

Alfredo de Almeida Pereira, 89 anos, casado. Natural de Abraveses e resi-dente em Esculca, Viseu. O funeral re-alizou-se no dia 7 de Maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério velho de San-tiago. Ag. Fun.Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) asso-ciada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que me-deia a sua disponibilização ao Jornal do Centro e a sua publicação.

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Escanção (Chefe de Vinhos, “Sommelier”). São João da Pesqueira - Ref. 587812011

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Instrutor de Condução de Veículos Automóveis. Moimenta da BeiraRef. 587812434

Ajudante de CozinhaRef. 587810132 - MortáguaA Tempo CompletoCandidato(a) com boa experiencia na área.

Podador - Ref. 587802723 - MortáguaA Tempo CompletoPretende podador-escalador (poda em arvo-res altas) de preferência com experiência.

Outros Soldadores e MaçariqueirosRef. 587804381 - TondelaA Tempo CompletoSaber soldar com semi-automáticas (mig)Tem que reunir as condições para o programa estímulo 2012: desempregado inscrito em centro de emprego há pelo menos seis meses consecutivos.

Empregada Doméstica - Casas Particulares Ref. 587805942 - Santa Comba Dão

A Tempo CompletoPretende-se candidato(a) para tarefas domésticas e tratamento de jardim, horta e animais que possa ficar interna durante a semana.

Cabeleireiro - Ref. 587812515 - Santa Comba Dão - A Tempo CompletoPretende-se candidato(a) devidamente habilitado(a) com ou sem experiência.

Empregada de Mesa - Ref. 587808904 - Carregal do Sal - A Tempo CompletoCom experiência ou formação (requisito obrigatório)

Cozinheiro - Ref. 587811137 - MortáguaA Tempo CompletoCom experiência e/ou formação (requisito obrigatório)

Empregado de balcãoRefª 587812304 - Tempo Completo - Viseu

Empregado de LavandariaRefª 587811596 – Tempo Completo - Viseu

CozinheiroRefª 5878111404 - Tempo Completo - Viseu

CabeleiraRefª 587810635 - Tempo Completo - Nelas

Ajudante CozinhaRefª 587810603 - Tempo Completo – Viseu

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IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 - 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELAPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

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CENTRO DE EMPREGO DE VISEURua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

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INSTITUCIONAISNECROLOGIA

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 530 de 11.05.2012)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 530 de 11.05.2012)

Eng.º Agrónomo ou Eng.º ZootécnicoA ESTRELACOOP - Cooperativa dos Produtores de Queijo Serra da Estrela Crl, pretende contratar técnico superior nas seguintes condições:

Função a desempenhar: Execução dum plano de difusão das boas práticas para a melhoria da eficiência da ovinicultura na Região

da Serra da Estrela, realização de diagnósticos de explorações ovinas, constituição e animação de circulo de inovação e organização

e realização de eventos dinamizadores do sector.

Requisitos:

- Habilitações: Licenciatura, concluída há pelo menos 5 anos, na área das ciências agrárias, prioridade para Engenharia Zootécnica

ou Agronómica da área de especialidade de produção agro-pecuária.

- Experiência mínima: Profundo conhecimento dos sistemas de produção de ovinos de leite/queijo na Serra da Estrela, evidenciado

pela realização de trabalhos e funções similares às pretendidas e de contactos profissionais com os agentes da ovinicultura da região,

de forma contínua ou descontinua, por um período superior a 3 anos.

- Disponibidade: Imediata

- Mobilidade: Possuir carta de condução e dispor de viatura própria para as deslocações assíduas em serviço.

Contrato:

- Tipo de Contrato: A Termo - Duração: 12 (meses) - Trabalho a Tempo: Completo - Remuneração e regalias: A definir.

Os interessados deverão apresentar candidatura, no prazo de 10 dias de calendário com envio de carta de apresentação, currículo vitae e

documentação anexa relevante, para: ESTRELACOOP, - Apartado 21 - 6360-344 Celorico da Beira

Jornal do Centro11 | maio | 201230

Page 31: Jornal do Centro - Ed530

clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 478 | 13 DE MAIO DE 2011

∑ Quando caminhar por fé não

cansa. (Lúcia Santos, peregrina).

∑ Nesta eleição quem

prometer alguma coisa está

a iludir as pessoas. (Almeida

Henriques)

∑ Louçã critica extinção do

CTT em Viseu.

∑ Palácio do Gelo apaga três

velas com desfile de moda,

música e animação.

∑ “Espírito do Caramulo” na estrada.

Peregrina de 73 anosA história de quemjá foi 104 vezes a pé de Silgueiros a Fátima António Almeida Henriques,

cabeça de lista do PSD por Viseu página 8

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURAS

> SAÚDE

> RESTAURANTES

> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTORA INTERINA

Emília Amaral

Semanário

13 de Maio de 2011

Sexta-feira

Ano 10

N.º 478

1,00 Euro

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SuplementoInformática & Telecomunicações

Viseu

Serviços

Municipalizados

encerra posto da Rua

Senhora da Piedade

página 12

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Telenovela da TVI “Remédio Santo” promete levar Viseu ao mundo

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VALE 5 €NA ADESÃO AO CARTÃO FNAC

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suplemento

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, EDIÇÃO

478 DE

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Informática& Telecomunicações

A informática é hoje uma ferramenta de trabalho

indispensável na maior parte das actividades, quer

seja ao nível social como profissional.A cada dia

que passa, esta área assume uma relevância cres-

cente no quotidiano das pessoas e das empresas,

que encaram a sua utilização como um instrumen-

to de aprendizagem e de intervenção no meio so-

cial. Cresce também o número de famílias que pos-

suem um computador em casa e acesso à Internet,

o que tem permitido a abertura de novos horizontes

e revolucionado as relações interpessoais.Nas em-

presas, por exemplo, a informatização e o acompa-

nhamento das novas tecnologias são indispensá-

veis para a subsistência no mercado de trabalho e

o computador veio facilitar um leque alargado de

actividades.Vivemos na Era da Informação, em que

o avanço tecnológico na transmissão de dados e

as facilidades ao nível da comunicação alteraram

o sector da informática e influenciaram o curso

dos séculos XX e XXI. A informática está actual-

mente em tudo o que fazemos e nos produtos que

consumimos. Este sector não promoveu apenas a

globalização, mas está também associada à cria-

ção de novos empregos, de formas de trabalho e

de organização.

Textos: Andreia Mota

Informática está presente no quotidianode pessoas e empresas

Sector revolucionou a sociedade

Futebol

Cinfães sobe pela

primeira vez à 2ª

Divisão Nacional

página 21

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Emíli

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| página 6

À conversa“Estaremos sempre do

lado de Viseu, nem que seja

necessário bater o pé a um

Governo do PSD”

página 6

Greve

Bombeiros

Municipais

contestam atraso

de pagamentos

página 13

CARTA DO LEITOR

O JORNALDO CENTROERROU

Por lapso, o Jornal do Centro escreveu er-radamente na notícia

“Fábrica de chocolate de Viseu é exemplo de empreendedorismo” que “… a Chocolata-ria Delícia já chegou a vender 15 mil toneladas de produtos em choco-late por ano”, quando queria escrever 15 to-neladas. Aos leitores e aos visados as nossas desculpas.

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Estou plenamente conven-cido que se os historiadores Almeida Fernandes e Gon-çalves da Costa (entre outros) fossem vivos não estariam lá muito satisfeitos e muito me-nos de acordo com o Rotei-ro do Caminho de Santiago apresentado em Viseu no pas-sado dia 24, particularmen-te no que concerne ao troço compreendido entre as cida-des de Viseu e Lamego.

Eu, confesso que também fiquei um pouco baralhado, para não dizer perplexo quan-do vi o percurso apresentado sendo levado a crer que terá havido uma espécie de con-fusão entre os caminhos de antanho e os actuais, que, em certos casos, com as constru-ções das Estradas nos finais do século XIX e ao longo do século XX alteraram subs-tancialmente o Mapa Viário Medieval.

Diz Pinho Leal no seu “Por-tugal Antigo e Moderno”, Vo-lume I (1873/1890) que “a an-tiga e escabrosa estrada de Vizeu para Lamego passa-

va por Cotta (Sanguinhedo), Covello de Paiva, Villa Cova à Coelheira, Tarouca e Bri-tiande”.

Esta citação foi corrobora-da por diversas pessoas nas-cidas em finais do século XIX e até dos principios do sécu-lo XX que ainda se lembra-vam muito bem dos Postes (toros de madeira) colocados na berma da via para a pas-sagem do fio que fazia a liga-ção telegráfica entre Lamego e Viseu. Recolhi também jun-to de alguns anciãos (todos eles já desaparecidos) “histó-rias” que lhes foram contadas pelas gerações anteriores re-lativamente às

passagens por aqui dos franceses aquando das inva-sões, bem como dos pontos estratégicos de vigia monta-dos pelas populações na es-trada em causa. Como já lá vão dois séculos, a memória já não atinge esses tempos, até porque uma boa parte destas antigas vias por lá estão com-pletamente abandonadas e invadidas pela vegetação.

Concerteza que a vetusta Vila de Castro Daire também estava nas Rotas de Santiago assim como no cruzamento de Caminhos de Nossa Se-nhora da Lapa mas, mais para quem vinha das vertentes do Caramulo e de Lafões.

Estou certo que o Cami-nho medieval principal de Santiago deveria correspon-der à via que refere Pinho Leal. Senão vejamos com factos o percurso:

- A partir de Viseu por Santiago (ainda hoje assim se chama àquele lugar à entrada da Cidade de Viseu) rumo a Cavernães dirigindo-se para Cepões onde os peregrinos tinham acolhimento no pró-prio lugar de São Tiago. Aliás o Santo (S. Tiago) ainda hoje é o Padroeiro da freguesia de Cepões. Dali seguia para ter-ras de Côta atravessando o Vouga na chamada ponte ro-mana de Vouguinha.

O velho traçado dirigia-se depois para Covelo de Paiva (freguesia de Moledo) atra-vessando o Paiva na velha

ponte que dizem ter sido der-rubada por uma cheia, en-caminhando-se para Vila Cova à Coelheira. Aqui a Or-dem dos Hospitalários (ou de Malta) da qual Vila Cova era Cabeça de Comenda desde o século XII dava-lhe assis-tência e dormida. Diz Manuel Gonçalves da Costa no volu-me IV da História do Bispa-do de Lamego que “em 1691 mencionam-se aqui hospe-darias em 3 moradias de pe-dra para pobres e peregrinos”. E diz mais noutra passagem “…encontravam-se pousadas destinadas a recolher pobres e peregrinos instituídas pe-los clérigos (neste caso da re-ferida Ordem de Malta) para esse fim e dotadas dum pe-queno rendimento de bens de raiz que contribuía para a sua conservação e dotação do in-dispensável como palha para dormir, às vezes cama, sal e lenha. Os imóveis constavam em geral de andar sobrado para as pessoas e lojas para os animais como sucedia em Vila Cova à Coelheira”.

A propósito, recordo-me casualmente que no dia de Páscoa do ano passado (2011), quando acompanha-va um Freire e Padre Italia-no, da Ordem Terceira de S.Francisco, licenciado em história, ao chegar em fren-te da Matriz de Vila Cova, apontou espontaneamente para a “Vieira” que encima, bem realçada, a porta prin-cipal do templo e exclamou: -“CAMINHO DE SANTIA-GO!...”.

( Lembro que os símbolos associados aos Caminhos de Santiago são a Vieira (Con-cha), Cabaça, Cajado e a pró-pria Cruz de Santiago).

De Vila Cova o Caminho seguia para Almofala e dali para Tarouca indo cruzar-se em Castanheiro do Ouro com outro caminho medie-val que vinha de Trancoso/Moimenta da Beira.

Daqui seguia para Bri-tiande. De salientar que o Pelourinho desta localidade ostenta numa das suas faces a Cruz de Santiago como mar-

ca evidente da rota que por ali passava. E de Britiande se-guia então para a Cidade de Lamego onde era dada assis-tência e dormida.

Se o que se fez foi para apresentar um Caminho de Santiago mais ou menos ac-tual subordinado às vias construídas nos finais do sé-culo XIX, princípios do sé-culo XX, creio que estamos de acordo e parece-me ser consensual. Mas, se é para lhe conferir a originalidade dos tempos ancestrais então este Traçado terá mesmo que ser revisto.

Recordo o que os nos-sos antigos diziam –“Quem não fosse a São Tiago (de Compostela) em vida teria que lá ir de morto”!

Paralelamente à importân-cia dos Caminhos de Santiago estão também os da Senhora da Lapa, a partir de 1498, estes com um destaque muito par-ticular para esta Região pela proximidade do Santuário.

Jorge Oliveira

Caminho de Santiago desviado no percurso entre Viseu e Lamego

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Jornal do Centro11 | maio | 2012 31

Page 32: Jornal do Centro - Ed530

JORNAL DO CENTRO11 | MAIO | 2012Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 11 de maio, céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 31 e mínima de 15ºC. Amanhã, 12 de maio, céu nublado de manhã, possibilidade de chuva durante o dia. Algumas nuvens durante a noite. Temperatura máxima de 31ºC e mínima de 17ºC. Domingo, 13 de maio, céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 27ºC e mínima de 12ºC. Segunda, 14 de maio, céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 19ºC e mínima de 9ºC.

tempo: pouco nublado

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

1. Agora é modernaço chamar-se “narrativa” a toda a espécie de comunicação. Chame-se então

“narrativa” ao fluxo mediático, esse produzir de sen-tido que já foi de poucas e profissionais vozes e ago-ra é de muitas vozes, muitas delas não profissionais, umas e outras a debitarem “narrativas” nos media, nos blogues, nas redes sociais.

Ora, esta “narrativa” parece mais poderosa do que verdadeiramente é.

Veja-se o caso da promoção do Pingo Doce no 1º de Maio que ocupou uma semana completa da aten-ção do país. Recorde-se: os media só começaram a falar do caso quando a confusão já estava instalada nas lojas. Nenhum jornal, nenhuma rádio, nenhuma televisão, nenhum outdoor avisou antes que íamos ter as pastas de dentes e o Alvarinho Pingo Doce do enólogo Anselmo Mendes a metade do preço. Con-tudo, o povo acorreu em massa. Porquê?

Já se citou aqui Umberto Eco a explicar a impo-tência do ruído dos media mas repete-se: “é apenas no silêncio que funciona o único e verdadeiramente poderoso meio de informação que é o murmúrio”.

Foi o murmúrio, foi o sussurro boca-orelha que levou aquelas multidões ao Pingo Doce, criando um buraco superior a 10 milhões de euros no orçamento do aprendiz de feiticeiro Pedro Soares dos Santos.

Oxalá não se tenha esgotado o Alvarinho...

2. A campanha para a concelhia do PS-Viseu co-meçou cedo demais e, claro, agora perdeu gás. As entrevistas aos dois candidatos publicadas aqui no Jornal do Centro foram interessantes mas insufi-cientes.

Termos perdido a Rádio Noar tornou o nosso vi-ver colectivo mais pobre. Neste caso, o grande jor-nalista António Figueiredo resolvia, numa hora, o défice de informação dos militantes socialistas e da cidade.

Cara Lúcia Araújo Silva e caro Filipe Nunes, por favor organizem lá um debate entre os dois. Para o mesmo, dispensa-se a presença de claques. Obri-gado!

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

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Sexta, 11 MaioMangualde∑ O Gabinete de Apoio ao Agricultor de Mangualde comemora o segundo aniversário com a realização do seminário “Agricultura, setor emergente”, organizado pela autarquia, na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves, às 14h30.

Sábado, 12Viseu∑ Jogo da final da Taça de Futsal entre as equipas de Rio de Moinhos e da Casa do Benfica Castro daire, às 17h00, no Pavilhão do Inatel.

Santa Comba Dão∑ 6ª Feira do Artesanato, organizada pela autarquia, na Casa da Cultura.

Terça, 15Viseu∑ Apresentação do programa “Medida ESTÍMULO 2012”, pelo delegado regional do Instituto de Emprego e Formação Profissional, às 17h00, no Auditório da AIRV, no Parque Industrial de Coimbrões. A medida vai permitir a obtenção de apoio financeiro na contratação de desempregados há mais de seis meses, com formação ajustada às necessidades de cada empresa.

agenda∑Comunicar

Os produtos da terra vão ser anfitriões em Mangualde, este sába-do e domingo. No Lar-go Dr. Couto decorre a I Feira de Produtos da Terra organizada pela autarquia em parce-ria com o Gabinete de Apoio ao Agricultor e a Cooperativa Agrope-cuária dos Agricultores de Mangualde.

Para Câmara Munici-pal o objetivo desta nova iniciativa é “promover os produtos da região” e dinamizar o trabalho desenvolvido pelos pro-dutores da terra.

No certame podem

encontrar-se desde o pão e a broa, o vinho, o mel, os espargos, o queijo, a fruta, aguar-dente biológica, a do-çaria, as batatas, as ce-bolas, as ervilhas, a hortaliça, tudo produ-zido no concelho de Mangualde.

Prova de cabrito . Durante esse fim-de-semana decorre em si-multâneo o “Fim-de-se-mana gastronómico do cabrito”. Nos nove res-taurantes aderentes vai igualmente ser possível apreciar um dos pratos nobres do concelho.

Na I Feira Produtos da Terra, sempre até às 20h00, haverá ainda vá-rios momentos de ani-mação. No sábado, pe-las 14h00 realizar-se a Arruada pelo Grupo Ba-catela, às 15h00 decor-re o concerto Orquestra Juvenil da SMRO e às 17h00 o concerto Banda Filarmónica da SMRO - Sociedade Musical e Recreativa Obidense. No domingo, dia 13, pe-las 15h00 sobem ao pal-co os On-Stage e pelas 16h30 é a vez da Banda Sloebush.

Emília Amaral

Produtos da terra de Mangualde vão à feiraEvento ∑ O certame visa dinamizar o trabalho dos produtores locais

O candidato às elei-ções da Comissão Política Concelhia do PS Viseu, Fi-lipe Nunes faz a apresen-tação oficial da sua can-didatura, este sábado, às 18h30, no Solar dos Peixo-tos, em Viseu.

As eleições para o ór-gão da concelhia do parti-do estão marcadas para o dia 2 de junho, juntamente com Filipe Nunes concor-

re ao cargo a atual presi-dente, Lúcia Silva.

Durante a apresentação aberta aos militantes e so-ciedade civil, o socialista tornará pública a sua mo-ção “Reafirmar o PS, Ga-nhar Viseu”, que assenta na estratégia de que “só com mudança é possível o PS ganhar a Câmara de Viseu” nas autárquicas de 2013. EA

Filipe Nunes apresenta-se

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