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Diana Meira de Almeida PROFILAXIA DAS MASTITES EM GADO LEITEIRO São Paulo 2008

PROFILAXIA DAS MASTITES EM GADO LEITEIRO

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Diana Meira de Almeida

PROFILAXIA DAS MASTITES EM GADO LEITEIRO

São Paulo 2008

Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU Diana Meira de Almeida

PROFILAXIA DAS MASTITES EM GADO LEITEIRO

Trabalho apresentado como Conclusão de Curso de Medicina Veterinária/FMU, sob orientação do Prof. Ms. Daniel Mendes Netto.

São Paulo 2008

Almeida, Diana Meira de. Profilaxia das Mastites em Gado Leiteiro /

Diana Meira de Almeida. Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU, 2008. 53 f.; 30 cm. Trabalho apresentado à disciplina Metodologia do

Trabalho Científico do curso de Medicina Veterinária/FMU, 2008. 1. Profilaxia Mastites. 2. Controle Mastites. 3. Ordenha

Manual. 4. Ordenha Mecânica. 5. Mastite Clínica. 6. Mastite Subclínica.

Diana Meira de Almeida

Profilaxia das Mastites em Gado Leiteiro

Trabalho apresentado como conclusão do curso de Medicina Veterinária da FMU, sob orientação do Prof. Daniel Mendes Netto. Defendido e aprovado em 12 de Dezembro de 2.008, pela banca examinadora constituída pelos professores:

___________________________________________ Prof. Ms. Daniel Mendes Netto

FMU – Orientador

___________________________________________

Prof. Ms. Cynthia Maria Carpigiani Teixeira FMU

___________________________________________

Prof. Dra. Terezinha Knöbl FMU

Dedico este trabalho primeiramente a DEUS que esteve ao meu lado em todos os momentos principalmente nos difíceis, a minha mãe Valeria, que sempre me incentivou, a minha vovó, que enumeras vezes estudou comigo, a minha Tia Edilza que me ajudou muito, ao meu Beto que amo, ao meu Borinho e a minha Vitorinha (in memorian) que sempre estarão dentro do meu coração, a Mingau e ao Escot. Dedico este trabalho com todo o meu amor a vocês!

Agradeço a todos aqueles que de uma forma ou de outra contribuíram para a concretização deste trabalho, em especial a orientação do Professor Daniel Mendes Netto que me ajudou a chegar até aqui. Obrigada!!

“A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter e pode ser seguramente afirmado, que quem é cruel com os animais, não pode ser um bom homem.” (Arthur Schopenhauer)

Resumo

Mastite é uma síndrome que causa um processo inflamatório no parênquima da glândula mamária que apresenta classificação mediante a sua etiologia onde os principais microorganismos foram agrupados conforme sua origem e modo de transmissão e se divide em mastite ambiental (onde as bactérias são os reservatórios causando a doença) e a mastite contagiosa (causada durante a ordenha quando as vacas são infectadas por outras vacas que estejam contaminadas). Há dois tipos de manifestações, como a subclínica que causa alterações no leite porem não é possível ver a olho nu e a clínica que causa alterações como rubor, dor, calor, tumefação e chegará a apresentar coágulos e soro com aglomerados de fibrinas podendo esta ser vista a olho nu. Dentro da manifestação clínica a divisões que são feitas através do tempo de manifestação que está dividida em super aguda, aguda, sub aguda e crônica, através da forma de manifestação que está dividida em Mastite Catarral, Mastite Apostematosa, Mastite Flegmonosa e Mastite Gangrenosa. A patogenia de ambas a apresenta suas respectivas diferenças, ou seja, na mastite subclínica ocorre um aumento na contagem de células somáticas e na clínica ocorrerá um processo que se dividirá em três estágios que são: a invasão, infecção e inflamação. Em relação ao Diagnóstico, para a Mastite Subclínica serão feitos os teste de California Mastitis Test, Contagem de Células Somáticas e Prova de Whiteside e para a Mastite Clínica serão realizados exames da Característica Física do Leite que são Teste de caneca de fundo preto, Inspeção e Palpação. Para a profilaxia acontecer é necessário um programa de controle e prevenção, onde parâmetros e normas devem ser estabelecidos, respeitados e seguidos para que através disto ocorra uma diminuição muito significativa da doença em rebanhos de gado leiteiro.

Palavra-chave: Profilaxia Mastites; Controle Mastites; Ordenha Manual; Ordenha Mecânica; Mastite Clínica; Mastite Subclínica.

Abstract

Mastitis in a syndrome which causes inflammation of the parenchyma of the mammary gland and is classified by its etiology, where the main microorganisms are pooled according to its origin and transmission mean, and it is divided into environmental mastitis, where bacteria are the containers which cause the disease, and contagious mastitis, caused during the milking, and it happens when cows are infected by other already contaminated cows. There are two types of display, such as the subclinic which causes milk alterations that cannot be seen on naked eyes, and the clinic which causes alterations such as blushing, pain, heat, tumefaction, and it shall present coagulum and serum with fibrin pools which may be seen on naked eyes. Within the clinic display, there are divisions made through the display time, divided into super acute, acute, sub acute and chronic, through the display divided into Catarrh Mastitis, Apostematous Mastitis, Phlegmonous Mastitis and Gangrene Mastitis. Pathogenesis of both have differences, that is, subclinic mastitis has an increase in the number of somatic cells, and clinic mastitis has a procedure divided in 3 phases, which are: invasion, infection and inflammation. Concerning the diagnosis, Subclinic Mastitis shall have California Mastitis Test, Counting of Somatic Cells and Whiteside Test, and Clinic Mastitis shall have the Physical Aspects of the Milk, which are black bottom cup, Inspection and Palpation. In order for the profilaxy to take place, it is necessary to have a control and prevention program, in which parameters and rules must be established, respected and followed, so that there is a significant decrease of the disease in dairy cattle crowds.

Keyword: Prophylaxis Mastitis; Mastitis Control; Manual Milking; Milking Machines;

Clinical Mastitis; Subclinical Mastitis.

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Anatomia do quarto mamário da vaca 16FIGURA 2 - A estrutura suspensa do úbere 17FIGURA 3 - Localização das veias e artérias em uma vaca 18FIGURA 4 – Particularidades importantes do úbere. A contração dos alvéolos

ejeta o leite para os ductos e canais do interior do úbere. Quando chega até

a cisterna do úbere, o leite consegue ser extraído através do canal do teto

por pressão externa (manual) do teto, ou pela sucção do bezerro ou do

vácuo do equipamento de ordenha

19

FIGURA 5 - Ordenheira mecânica limpa 22FIGURA 6 - Ordenhador realizando a ordenha manual 23FIGURA 7 – Resultados do Exame California Mastitis Test (CMT). 37FIGURA 8 – Realização do Exame da Caneca do fundo preto 40FIGURA 9 - Realização do Exame de Inspeção da glândula mamária 41FIGURA 10- Realização do Exame de Palpação da glândula mamaria 43

LISTA DE TABELAS TABELA 1 - Resumo das características da mastite contagiosa e ambiental 24TABELA 2 - Avaliação da prova de CMT 36TABELA 3 - Passos para a contagem de células somáticas 38TABELA 4 - Contagem de Células Somáticas como Indicação do Percentual

de Perda de Produção

38

TABELA 5 - Apresenta os seguintes resultados 39

LISTA DE ABREVIATURAS

NaCl – Cloreto de sódio

CCS – Contagem de Células Somáticas

CMT – California Mastitis Test

WMT – Whiteside Mastitis Test

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 131 DEFINIÇÃO 142 ANATOMIA DO PARÊNQUIMA DA GLÂNDULA MAMÁRIA 153 CLASSIFICAÇÕES DAS MASTITES 203.1 QUANTO À ETIOLOGIA 203.2 FATORES AMBIENTAIS 203.2.1 IMPORTÂNCIA DA MASTITE AMBIENTAL 213.3 FATORES NÃO AMBIENTAIS (MASTITE CONTAGIOSA) 213.3.1 EM RELAÇÃO AO TIPO DE ORDENHA 22

3.3.2 IMPORTÂNCIA DA MASTITE CONTAGIOSA 23

3.4 PATÓGENOS DE MENOR IMPORTÂNCIA, SENDO ESTES OS QUE

GERALMENTE NÃO CAUSAM A MASTITE CLÍNICA 243.5 PATÓGENOS INCOMUNS DA MASTITE 254 QUANTO À MANIFESTAÇÃO 264.1 SUBCLÍNICA 264.2 CLÍNICA 265 QUANTO AO TEMPO DE MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 275.1 SUPER AGUDA 275.2 AGUDA 275.3 SUBAGUDA 275.4 CRÔNICA 276 QUANTO Á FORMA DE MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 286.1 MASTITE CATARRAL 286.2 MASTITE APOSTEMATOSA 286.3 MASTITE FLEGMONOSA 296.4 MASTITE GANGRENOSA 297 PATOGENICIDADE 317.1 MASTITE SUBCLÍNICA 317.2 MASTITE CLÍNICA 328 DIAGNÓSTICO 348.1 MASTITE SUBCLÍNICA 34

8.1.1 CALIFORNIA MASTITIS TEST (CMT) 35

8.1.2 CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS (CCS) 37

8.1.3 PROVA DE WHITESIDE 39

8.2 MASTITE CLÍNICA 398.2.1 EXAME DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO LEITE 40

8.2.2 INSPEÇÃO 40

8.2.3 INSPEÇÃO DIRETA DO ÚBERE 41

8.2.4 PALPAÇÃO 42

9 PROFILAXIA 459.1 O ESQUEMA PARA O PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE

DAS MASTITES 469.2 REBANHOS DE MASTITE SUB-CLÍNICA 519.3 REBANHOS COM PROBLEMAS DE MASTITE CLÍNICA 5210. CONCLUSÃO 54REFERÊNCIAS 55

13

INTRODUÇÃO

Mastite é considerada a principal doença que afeta os rebanhos no mundo e que

pode causar as maiores perdas econômicas na exploração de bovinos leiteiros

(AMARAL,1999).

No Brasil, há ocorrência de perda de produção entre 12 a 15% que significa 2,8

bilhões de litros/ano, em relação à produção que por ano é estimada ao valor de 21

bilhões de litros; já nos Estados Unidos da América, existe um prejuízo no valor de

U$1,8 bilhões/ano, porém as estatísticas demonstram U$ 184,00/vaca/ano, onde

deste valor 70% está relacionado à MASTITE SUBCLÍNICA. Neste valor vaca/ano,

ocorrem à diminuição na produção de leite devido à perda de animais, vacas

infectadas, gastos com medicamentos, leite descartado, serviços veterinários e

perda no valor comercial. Nos dados mencionados, não estão incluídos as perdas

ocasionadas à indústria de laticínios mediante a diminuição na qualidade do produto

que é causada pela queda da caseína gordura e lactose, aumento nos teores de

cloreto de sódio (NaCl) e Albumina Sérica; aumento na atividade lipofílica e

proteolítica do leite, lembrando que a importância econômica também será afetada,

já que o leite será pago pela qualidade apresentada (FONSECA & SANTOS, 2001).

Para o Nacional Mastitis Council dos Estados Unidos da América, existe uma

estimativa nos rebanhos que não adotam medidas de controle que 50% das vacas

poderão estar infectadas; no Brasil a média é de 20 a 38% na prevalência da doença

(JASPER,1980).

14

1 DEFINIÇÃO

A Mastite é uma síndrome que causa um processo inflamatório do parênquima da

glândula mamária podendo ser séptico ou não (RADOSTITS, GAY, BLOOD &

HINCHCLIFF, 2002).

Pode ocorrer através de organismos contagiosos ou patógenos ambientais que não

causam contaminações diariamente à glândula mamária, mas sim quando o

ambiente da vaca, as tetas, o úbere ou a máquina de ordenha estiverem

contaminados com estes organismos onde poderão entrar em contatos com a

cisterna da teta (REBHUN, 2000).

Mas a definição mais exata irá depender dos agentes etiológicos que podem ser

físicos ou infecciosos (FONSECA & SANTOS, 2001).

São caracterizados por alterações físicas, químicas e geralmente bacteriológicas do

leite e por alterações patológicas da glândula mamária (BLOOD, HENDERSON &

RASDOSTITS,1988).

15

2 ANATOMIA DO PARÊNQUIMA DA GLÂNDULA MAMÁRIA

A Glândula mamária é uma glândula sudorípara modificada que secreta leite para

nutrição e tem origem a partir do espessamento linear bilateral do ectoderma

ventrolateral na parede abdominal que são denominados como linhas lácteas ou cristas mamárias. Ali são formados os botões mamários que darão origem a porção

funcional da glândula mamária. São constituídas por ductos que formam sistemas

que se conectam as massas do epitélio secretor ou do parênquima e que são

envolvidos por um tecido conjuntivo, gordura, vasos e nervos (estroma) onde serão

sustentados por uma cápsula fibro-elástica (DYCE, SACK & WENSING, 1997).

O parênquima é formado por uma camada única de células epiteliais secretoras que

são responsáveis pela formação dos alvéolos mamários e que irão drenar os ductos

pequenos onde se unirão aos ductos maiores até abrir em uma cisterna ou

diretamente na teta (Disponível em:< http://www.delaval.com.br/dairy_knowledge/

effiecientemilking/the_mamary_gland.htm>.Acesso em 26 dez.2008).

O mecanismo hormonal é responsável pelo controle do tecido conjuntivo e a

proporção do parênquima secretor, ou seja, na época da lactação da vaca observa-

se um nível maior de proporção do parênquima do que de estroma e sendo fora da

lactação ocorrerá ao contrário (HAFEZ & HAFEZ, 2004).

O úbere está localizado abaixo da parte caudal do abdome, estendendo-se abaixo

do assoalho da pelve e está situado entre as coxas. Ele tem revestimento piloso e o

teto não apresenta pelo. A pele que o cobre é fina, flexível e móvel exceto nas tetas

sendo que não é suficiente para sua proteção. Suas características dependeram do

seu estado funcional, maturidade, características individuais e raciais. As

particularidades como conformação que são tamanho, forma e posição das tetas

estão ligadas a parte prática para determinar a capacidade para ordenha manual ou

mecânica. A capacidade de produção não está totalmente relacionada com o

tamanho já que a relação parênquima (tecido secretório) e estroma (tecido

conjuntivo) variam amplamente (DYCE, SACK & WENSING, 1997).

16

Pode-se dizer que o úbere é uma massa formada por quatro glândulas que são

conhecidas como quartos mamários (FIGURA 1) e são independentes uma das

outras. Cada uma delas tem apenas uma teta principal e as outras são chamadas de

tetas acessórias que são comuns e estão nos quartos posteriores e são

relacionadas ao tecido glandular funcional. Estas tetas são indesejáveis porque

podem prejudicar a ordenha por ficarem muito próximas as tetas principais

(Disponível em: <http: WWW.uff.br/fisiovet/conteudos/glandula_mamaria.htm>.

Acesso em 26 dez.2008)

FIGURA 1 - Anatomia do quarto mamário da vaca. Fonte: Disponível em <http://www.uff.br/fisiovet/Conteudos/glandula_mamaria.htm>. Acesso em 20 out. 2008.

17

A divisão do úbere nas metades direita e esquerda é realizada através do sulco

intramamário e a limitação entre os quartos mamários dificilmente é vista porque um

parênquima entra em outro parênquima. Estão separadas pelo ligamento

suspensório médio que se origina da túnica abdominal formado por duas lamelas de

tecido conjuntivo elástico. A extremidade posterior desse ligamento está ligada ao

tendão pré-púbico (Disponível em:< http://www.delaval.com.br/dairy_knowledge/

effiecientemilking/the_mamary_gland.htm>.Acesso em 26 dez.2008).

O úbere é suspenso por lâminas mediais que são as mais importantes e também

são elásticas, pareadas e originam-se do tendão subpélvico; e por lâminas laterais

sendo estas múltiplas pelo motivo de ter acesso a vários níveis do tecido mamário e

originam-se do tendão subpélvico (FIGURA 2). Elas servem para que o úbere fique

fixo na parede corporal ventral e encubram a substância glandular e apresenta

estruturas primárias como suporte (REBHUN, 2000).

FIGURA 2 - A estrutura suspensa do úbere. Fonte: Disponível em <http://www.uff.br/fisiovet/Conteudos/glandula_mamaria.htm>. Acesso em 20 out. 2008.

A artéria pudenda é responsável pelo suprimento sanguíneo para o úbere e a veia

pudenda acompanha esta e ambas saem da vulva em direção dos quartos traseiros.

A responsável pelo retorno venoso das veias superficiais do úbere é a veia

abdominal subcutânea ou também conhecida como veia láctea, que vai em direção

à cisterna láctea e entra no abdômen para unir-se à veia torácica interna que

18

realizará sua função de drenar na veia subclávia e depois drenará novamente na

veia cava cranial (FIGURA 3) (REBHUN, 2000).

FIGURA 3 - Localização das veias e artérias em uma vaca. Fonte: Disponível em <http://www.uff.br/fisiovet/Conteudos/glandula_mamaria.htm>. Acesso em 20 out. 2008.

O úbere é constituído pelo parênquima glandular e pelo tecido conjuntivo. Quando

vazio, o úbere apresenta consistência mole; já quando cheio de leite, fica rico em

tecido conjuntivo apresentando uma aparência de firmeza (DYCE, SACK &

WENSING,1997).

Cada glândula é formada a partir de um sistema de dutos ramificados e as divisões

nas secções periféricas são realizadas por lâminas do tecido conjuntivo. Assumem

então a forma de alvéolos às unidades secretoras que conduzem ductos excretores

(DYCE, SACK & WENSING, 1997).

Os alvéolos e os ductos são circundados por células mio-epiteliais contráteis que

são conhecidas como células em cesta e com a presença da ocitocina (FIGURA 4)

colaboram com a descida do leite (Disponível em: <http:

www.uff.br/fisiovet/conteudos/glandula_mamaria.htm>. Acesso em 26 dez.2008)

19

FIGURA 4 – Particularidades do úbere. A contração dos alvéolos ejeta o leite para os ductos e canais do interior do úbere. Quando chega até a cisterna do úbere, o leite consegue ser extraído através do canal do teto por pressão externa (manual) do teto, ou pela sucção do bezerro ou do vácuo do equipamento de ordenha. Fonte: Disponível em:<http://www.rehagro.com.br>. Acesso em 20 out. 2008.

A contração dos alvéolos ejeta o leite para os ductos e canais do interior do úbere.

Quando chega até a cisterna do úbere, o leite consegue ser extraído através do

canal do teto por pressão externa (manual) do teto, ou pela sucção do bezerro ou do

vácuo do equipamento de ordenha (DYCE, SACK & WENSING,1997).

O leite é trazido dos ductos principais para a cisterna da glândula que irá em direção

a cisterna da teta onde ficará retido e a comunicação será realizada através de uma

crista circular que têm veias e fibras de musculatura lisa. A cisterna da teta faz

comunicação com o meio exterior através de uma abertura estreita localizada no

final da teta conhecida como ducto papilar ou canal da teta. O esfíncter muscular

que rodeia o canal da teta é responsável pela retenção do leite (Disponível em:

<http: www.uff.br/fisiovet/conteudos/glandula_mamaria.htm>. Acesso em 26

dez.2008)

20

3 CLASSIFICAÇÕES DAS MASTITES

3.1 QUANTO À ETIOLOGIA

A incidência quanto à etiologia pode ser de forma variável de acordo com a criação,

higiene, fatores predisponentes onde podemos citar: a grande produção leiteira

aliada com rações ricas em proteínas, traumas mamários por presença de pastos

sujos, maus tratos, cabeçada de bezerros lactantes e dependendo do tipo e o

método de ordenha que será realizado (CORREA & CORREA, 1979).

Os principais microorganismos dos agentes etiológicos da mastite foram agrupados

conforme sua origem e modo de transmissão em dois grupos (Revista Napgama,

2003).

3.2 FATORES AMBIENTAIS

Acontece quando as bactérias são reservatórios da infecção e acometem as

glândulas mamárias causando a doença (SMITH, 1994).

Não há necessidade de ter um animal infectado para que os microorganismos

acometam um rebanho, porque se houver cama, água, material fecal e fômites que

estejam contaminados, com certeza abrigarão e criarão colônias ou populações que

causarão afecções se tiverem contato com as glândulas mamárias (SMITH, 1994).

Através dos coliformes poderão ocorrer infecções intramamária onde dificilmente

poderá passar de 1 a 2%; porém sobre a presença de estreptococos ambientais a

porcentagem é menor que 5% nos criatórios bem manejados. Mas podem passar de

10% nos criatórios onde não haja boa conduta de manejo (MARGATHO, HIPÓLITO

& KANETO, 1996).

Estão classificados neste grupo:

Mais prevalentes que são: Streptococcus Uberes, Streptococcus dysgalactiae e de

menor prevalência: Streptococcus equinus. Já no grupo dos coliformes ambientais,

encontramos as bactérias gram negativas que são: Escherichia coli, klebsiella sp,

21

Citrobacter spp, Enterobacter spp, Enterococcus faecalis, Enterococcus faecium e

Serrótia spp (BLOOD, HENDERSON & RASDOSTITS, 1988).

3.2.1 Importância da mastite ambiental

Deve-se lembrar que o programa de controle da mastite deve ser integral, tanto a

contagiosa quanto a ambiental, sendo que ela se manifesta em rebanhos bem

manejados com baixa Contagem de Células Somáticas (CCS) e por este motivo a

alta prevalência na Mastite subclínica e a alta Contagem da Célula Somática (CCS)

da mastite contagiosa conferem a certo ponto (FONSECA & SANTOS, 2001).

O Custo da mastite está relacionado há ocorrência de casos clínicos que tem o valor

de US$ 107,00 sendo este valor associado há queda da produção leiteira, leite

descartado e medicamentos, alto risco de morte do animal ou perda do teto afetado

(AMARAL, 1999).

3.3 FATORES NÃO AMBIENTAIS (MASTITE CONTAGIOSA)

Conhecida como não ambiental ou como microorganismos contagiosos (TABELA 1),

são transmitidos durante a ordenha, quando as bactérias são transferidas de uma

glândula mamária que esteja infectada para outra que esteja sadia através do

equipamento que possa estar contaminado (Revista Napgama, 2003).

A transmissão da mastite clínica acontece pela colonização da pele dos tetos e não

pela entrada direta do agente no interior da glândula mamária principalmente nos

rebanhos onde o equipamento da ordenha está bem regulado (REBHUN, 2000).

22

3.3.1 Em relação ao tipo de ordenha

a) Ordenheira mecânica: Devem ter pulsações ou aspirações reguladas para 40 a 60

minutos e o vácuo deve ser ajustado há 320-360 mm de Hg (CORREA & CORREA,

1979).

Outra indução que pode gerar a mastite por coliforme em quartos expostos a altos

níveis de contaminação é a flutuação irregular no vácuo de uma ordenha mecânica

(FIGURA 5), a limpeza e higienização devem ser observadas quando isto acontecer

(RADOSTITS, GAY, BLOOD & HINCHCLIFF, 2002).

FIGURA 5 - Ordenheira mecânica limpa. Fonte: Disponível em: <http://www.mgar.com.br. Acesso em 20 out. 2008.

b) Ordenheira manual: Caso o responsável pela a ordenha não esgote bem

(FIGURA 6) a mama ou possa machucá-la, também poderá causar a mastite

(CORREA & CORREA, 1979).

23

FIGURA 6 - Ordenhador realizando a ordenha manual. Fonte: Disponível em: <http://www.terrastock.com.br. Acesso em 20 out. 2008.

Sobre o poder de contágio, poderá ocorrer há infecção através das mãos dos

ordenhadores ou do equipamento usado na hora de ordenhar (BLOOD,

HENDERSON & RASDOSTITS, 1988).

3.3.2 Importância da mastite contagiosa

Ocorre na forma subclínica (Tabela 1) e será diagnosticada através de exames de

Contagem de Células Somáticas (CCS), que muitas vezes são negligenciados pelos

produtores (FONSECA & SANTOS, 2001).

Ressalta-se que os casos subclínicos têm maior prevalência que os casos clínicos,

este fato acontece quando o manejo do rebanho é inadequado e por este motivo

ocorrerá um alto índice da doença (JASPER, 1980).

24

As perdas econômicas em um rebanho estão ligadas à queda na produção leiteira

que ocorre nos casos subclínicos e que muitas vezes não são observadas pelos

produtores (BLOOD, HENDERSON & RASDOSTITS, 1988).

TABELA 1 - Resumo das características da mastite contagiosa e ambiental

INDICADORES MASTITE CONTAGIOSA MASTITE AMBIENTAL

CCS Tanque >300.000 >300.000

% Vacas CMT positivo >15% <15%

% Mastite Clinica Variável >3%

% de vacas com escore maior Mais de 15% que quatro (ou CCS>280.000)

Menos de15%

Quando ocorrem os casosclínicos

Durante toda a lactação Principalmente no Peri - parto e

início da lactação.

Métodos de amostragem Amostras compostas de todo orebanho 20% do rebanho,sendo estás positivas.

Casos clínicos antes dotratamento.

Algumas vacas 3 a 10 dias pós parto.

Patógenos principais Staphylococcus aureus,

Streptococcus agalactiae,Corynebacterium bovis,Streptococcus uberis.

E. Coli,

Klebsiella spp.

Enterobacter spp

Streptococcus dusgalactiae.

Fonte: Fonseca & Santos, 2001; p.29.

3.4 PATÓGENOS DE MENOR IMPORTÂNCIA, SENDO ESTES OS QUE

GERALMENTE NÃO CAUSAM A MASTITE CLÍNICA

Outros microorganismos que dificilmente causam a mastite clínica mais que também

são encontrados no canal do teto e na glândula mamária são chamados de

patógenos menores. Esses microorganismos estão presentes em vacas de primeira

lactação e no período imediato do pós-parto. Estão classificados neste grupo:

Staphylococcus spp, Coagulases negativas e Corynebacterium bovis (BLOOD,

HENDERSON & RASDOSTITS, 1988).

25

3.5 PATÓGENOS INCOMUNS DA MASTITE

Certos agentes infecciosos podem causar a mastite grave podendo ser esporádica

em algumas vacas (Clínica Veterinária, 1988).

Estão classificados neste grupo: Arcanobacterium pyogenes, Norcadia asteroides,

Nocardia brasiliensis, Nocardia farcinica, Haemophilus sommus, Pasteurella

haemolytica, Campylobacter jejuni, Mycobacterium bovis e Bacillus cereus (BLOOD,

HENDERSON & RASDOSTITS,1988).

Algumas bactérias anaeróbicas são isoladas em casos de mastite, geralmente em

associação a outras bactérias facultativas, como, por exemplo, Peptococcus

indolicus, Bacteróides melaninogenicus, Eubacterium combesii, Clostridium

sporogenes e Fusobacterium necrophosum (RADOSTITS, GAY, BLOOD &

HINCHCLIFF,2002).

26

4 QUANTO À MANIFESTAÇÃO

A mastite pode ser dividida em dois grupos quanto à forma de manifestação:

4.1 MANIFESTAÇÃO SUBCLÍNICA

É caracterizado por presença de alterações no leite sendo na contagem de células

somáticas (CCS), aumento nos teores de cloreto de sódio (NaCl) e proteína sérica e

diminuição nos teores de caseína lactose e gordura do leite (FONSECA & SANTOS,

2001).

Mas a alteração mais importante é a perda na produção do leite pelo motivo da

destruição parcial ou total da glândula mamária (BLOOD, HENDERSON &

RASDOSTITS, 1988).

Neste tipo de manifestação não há sinais notáveis e o leite visualmente irá estar

normal e por isso não poderá ser diagnosticado sem o uso dos testes auxiliares que

são: Califórnia Mastitis Test (CMT), Contagem de Célula Somática (CCS) e Prova de

Whiteside (WMT) (FONSECA & SANTOS, 2001).

4.2 MANIFESTAÇÃO CLÍNICA

Neste tipo de manifestação o leite apresenta-se visivelmente anormal e pela

presença de graus variáveis de inflamação no úbere sendo: rubor, calor, tumefação

e dor (SMITH, 1994).

O leite pode apresentar coágulos e soro com aglomerados de fibrina na secreção

(JASPER, 1980).

27

5 QUANTO AO TEMPO DE MANIFESTAÇÃO CLÍNICA

A mastite clínica poderá ser categorizada assim:

5.1 SUPER AGUDA

Processo de tempo rápido que se inicia em dias, onde há presença de inflamação

grave, secreção anormal da glândula, febre, dor no quarto afetado podendo haver

intensa reação sistêmica que pode ser fatal (BLOOD, HENDERSON &

RASDOSTITS, 1988).

5.2 AGUDA

Caracteriza-se por presença de glândula dolorida e tumefeita que pode estar muito

dura. O aparecimento dos sintomas ocorre rapidamente e são: sistêmicos, anorexia,

depressão e aumento de temperatura. Tem duração de até três semanas (SMITH,

1994).

5.3 SUBAGUDA

É por intermédio da forma aguda para a forma crônica. Há presença de inflamação

moderada e secreção aquosa com poucos flocos no leite (BLOOD, HENDERSON &

RASDOSTITS, 1988).

5.4 CRÔNICA

Pode não apresentar sintomas clínicos por longos intervalos. Sintomas que não

estão bem caracterizados podem causar o aumento da infecção crônica levando a

sintomas clínicos de uma infecção aguda (SMITH, 1994).

28

6 QUANTO Á FORMA DE MANIFESTAÇÃO CLÍNICA

A Mastite clínica se divide nas seguintes formas:

6.1 MASTITE CATARRAL

Caracteriza-se por um processo inflamatório superficial que acomete as porções

ventrais (cisternas, ductos e ácinos), apresentando a secreção láctica

aparentemente normal, mas com certas alterações, sendo grumos que são

precipitados de proteínas e resíduos inflamatórios. Os grumos podem estar no

começo, meio ou fim da ordenha. Quando os grumos apresentam no início da

ordenha, o processo está presente em porções mais distais da glândula mamária

(BARROS FILHO, 1996).

Podem ser agudas ou crônicas. Nas formas agudas, a glândula está dolorida,

quente, avermelhada, aumentada de volume e com sua produção de leite diminuída

e neste caso o animal estará na posição anti-álgica com os membros posteriores

abduzidos, febre, congestão de mucosas, anorexia e apatia. Nas formas crônicas os

sinais de inflamação são brandos, mas a produção de leite continua diminuída e a

consistência do parênquima mamário torna-se firme, podendo ter nódulos à

palpação profunda, porém certos casos crônicos, podem ser discretos, serem

restritos a diminuição de produção leiteira, ter aumento da celularidade detectada

pelo California Mastitis Test (CMT) e presença de bactéria no exame microbiológico

do leite e esta condição pode ser conhecida como mastite sub-clínica que também é

a forma da mastite catarral (Disponível em: <http://

www.mgar.com.br/clinicabuiatrica/aspMamaria.asp>. Acesso em 26 dez. 2008).

Prognóstico: bom e deve ser tratada precocemente (BARROS FILHO, 1996)

6.2 MASTITE APOSTEMATOSA

É caracterizado por processo inflamatório profundo contendo pus e formação de

abscesso (BARROS FILHO, 1996).

29

A glândula mamária quando é inspecionada apresenta hipertrofia e pontos de

supurações, já quando ocorre o exame de palpação, nota-se o endurecimento difuso

ou circunscrito (BARROS FILHO, 1996).

Neste caso o leite ficará completamente alterado e transformado em pus e isto irá

obstruir a passagem da secreção o que resultará na falta do leite e a supuração que

poderá ocorrer através da pele do úbere. Os sintomas gerais são decorrentes de

toxemia, como febre e inapetência, metástases que podem ocorrer no fígado,

coração, pulmão e articulações (Disponível em: <http://

www.mgar.com.br/clinicabuiatrica/aspMamaria.asp>. Acesso em 26 dez. 2008).

Prognóstico: É de reservado a mau, pois a glândula em geral, não irá recuperar a

produção leiteira (BARROS FILHO, 1996).

6.3 MASTITE FLEGMONOSA

É caracterizado por um processo inflamatório grave e difuso, onde os tecidos da

glândula mamária são atingidos principalmente o intersticial e também apresenta

sinais de processo inflamatório intenso e de muita sensibilidade, que poderá evoluir

para cianose, esfriamento da região e gangrena (BARROS FILHO, 1996).

Isto poderá causar a diminuição de produção de leite e perderá suas características

por um período de 18hs, onde irá adquirir flocos, aspectos de soro láctico ou soro

sanguinolento e em relação ao animal poderá apresentar toxemia que provocará

inapetência, distúrbios cardiocirculatórios, distúrbios respiratórios, distúrbios

entéricos, desidratação e hipertermia (Disponível em: <http://

www.mgar.com.br/clinicabuiatrica/aspMamaria.asp>. Acesso em 26 dez. 2008).

Prognóstico: Reservado a mau (BARROS FILHO, 1996).

6.4 MASTITE GANGRENOSA

Não é uma situação comum, porque o paciente apresentará anorexia, desidratação,

febre, depressão e sintomas de toxemia (SMITH, 1994).

30

Havendo comprometimento de um e até dois quartos, a glândula ficará vermelha,

tumefeita, quente no início da moléstia e poderá ficar fria dentro de algumas horas.

Apresenta secreções aquosas e sanguinolentas, exibindo uma área de descoloração

azulada, demarcada na região, sendo destruída no período de 10 a 14 dias e são

seguidas de infecções bacterianas secundárias, necroses e esfacelamento do tecido

glandular do quarto afetado (BARROS FILHO, 1996).

Prognóstico: Mau (SMITH, 1994).

31

7 PATOGENICIDADE

Ambas as manifestações apresentam sintomas significativos tanto para o animal

quanto para o produtor mais cada uma apresentará seu sintoma característico ao

seu tipo de patogenia, ou seja, enquanto a mastite subclínica apresenta sintomas

como alterações no leite sendo na contagem de células somáticas (CCS), aumento

nos teores de cloreto de sódio (NaCl) e proteína sérica e diminuição nos teores de

caseína lactose e gordura do leite; na clinica poderá ser observado a olho nu a

anormalidade contendo presença de graus variáveis de inflamação no úbere sendo

rubor, calor, tumefação e dor.

7.1 MASTITE SUBCLÍNICA

Irá ocorrer um aumento na contagem de células somáticas (CCS) na secreção

glandular e isto afetará a qualidade do leite e a sanidade do úbere (BLOOD,

HENDERSON & RASDOSTITS, 1988).

Vários tipos celulares são responsáveis pela constituição das células somáticas do

leite, como: neutrófilo, macrófago, linfócito e em menores quantidades as células

epiteliais (CORREA & CORREA, 1979).

Para ocorrer uma lactação saudável é necessário um total de > 100. 000 mL de leite

na glândula mamária, mas na presença de uma infecção o número poderá aumentar

para um total > 1.000, 000 mL de leite em algumas horas. A gravidade e a duração

dependem da velocidade da resposta migratória dos leucócitos e da atividade

bacteriana da CCS no local da infecção (GAY, BLOOD & HINCHCLIFF, 2002).

Quando as bactérias colonizam e multiplicam-se na glândula mamária liberam

subprodutos metabólicos, enterotoxinas ou componentes da parede celular e esses

fatores bacterianos servirão como quimiotáxicos para os leucócitos (GAY, BLOOD &

HINCHCLIFF, 2002).

Ao migrarem da corrente circulatória, as células somáticas poderão eliminar o

estimulo do processo inflamatório, cessando então o recrutamento de leucócitos e

por este fator a Contagem de Célula Somática retornará aos seus níveis normais,

32

porem as bactérias caso consigam sobreviver á resposta imediata do hospedeiro o

processo inflamatório irá continuar e as células somáticas irão migrar entre as

células secretoras indo em direção ao lume alveolar (BLOOD, HENDERSON &

RASDOSTITS, 1988).

A passagem dos leucócitos levará há uma lesão no tecido mamário resultando na

queda da produção leiteira. A duração e a gravidade da reposta inflamatória tem

ligação na quantidade e qualidade do leite que for produzido (CORREA & CORREA,

1979).

Os neutrófilos no local da infecção podem eliminar os patógenos realizando suas

funções através dos componentes do mecanismo destruídos que são os radicais

hidroxila e oxigênio (GAY, BLOOD & HINCHCLIFF, 2002).

A presença de infecção intramamária é o que afeta a CCS no leite e caso ocorra um

aumento do CCS será o resultado da atração das células pelos mediadores que

foram atraídos durante a ocorrência de uma infecção local (BLOOD, HENDERSON

& RASDOSTITS,1988).

Com isto, os eventos que não afetam a sanidade do úbere são improváveis de ter

um efeito direto sobre a CCS (BLOOD, HENDERSON & RASDOSTITS, 1988).

Um único fator que se pode comentar é que realmente existe uma variação normal e

que esta apresenta uma influência em relação á CCS na ausência da infecção

intramamária (FONSECA & SANTOS, 2001).

7.2 MASTITE CLÍNICA

O processo ocorrerá através do teto, onde há infecção irá realizar uma seqüência

natural e a partir disto irá desenvolver a inflamação (BLOOD, HENDERSON &

RASDOSTITS, 1988).

O desenvolvimento deste processo caracteriza-se:

a) Invasão: os patógenos migram do meio externo para o leite que está situado no

interior do canal do teto;

33

b) Infecção: os microorganismos podem se multiplicar e chegam a invadir o tecido

mamário;

Depois de ter ocorrido á fase da invasão, muitos patógenos poderão estar presentes

no canal do teto, onde irá ocorrer á multiplicação e a disseminação no tecido

mamário e isto resultará na infecção do tecido glandular que poderá ser freqüente ou

ocasionalmente (GAY, BLOOD & HINCHCLIFF, 2002).

c) Inflamação: é neste estágio que a Mastite clínica apresenta graus de

anormalidade do úbere e efeitos sistêmicos que certamente serão variáveis, de

moderados a hiper-agudos (BLOOD, HENDERSON & RASDOSTITS, 1988).

Das três fases descritas, a prevenção da fase da invasão é a que poderá oferecer

uma maneira melhor para obter a queda da incidência da doença através do uso de

métodos higiênicos adequados (BLOOD, HENDERSON & RASDOSTITS, 1988).

34

8 DIAGNÓSTICO

O diagnóstico clínico da Mastite é simples mais não apresenta o valor necessário

quando se trata de epidemiologia, etiologia e terapêutica (CORREA & CORREA,

1979).

Qualquer vaca que apresenta mama inflamada, podendo ser difusa ou focada, em

um ou mais quartos, que não permita ser ordenhada certamente terá Mastite

(CORREA & CORREA, 1979).

A mastite sub-clínica não é diagnosticada por métodos rotineiros e sim por testes

auxiliares, vendo que esta é a de maior capacidade destrutiva da mama poderá

causar grandes prejuízos econômicos e até se alastrar nos rebanhos causando um

intenso problema de saúde para os animais (FONSECA & SANTOS, 2001).

A prevalência da mastite é subestimada, porque apenas são considerados para

efeitos de análise os casos de mastite clínica, pois apresentam forma evidente e de

fácil diagnóstico (FEITOSA, 2004).

8.1 MASTITE SUBCLÍNICA

Sendo um agente patogênico invadindo a glândula mamária, o organismo reagirá

mandando para o local, células de defesa, sendo leucócitos que irão reverter o

processo infeccioso (FONSECA & SANTOS, 2001).

As células de defesa somadas às células de descamação do epitélio secretor do

leite dos alvéolos são chamadas células somáticas do leite (GAY, BLOOD &

HINCHCLIFF, 2002).

Quando há um microorganismo patogênico na glândula mamária, pode-se dizer que

a contagem somática apresenta-se elevada (acima de 300.000cél/mL de leite), e

este aumento é uma característica importante para o diagnóstico da mastite sub-

clínica (JASPER, 1980).

Sendo assim, os animais não apresentam sinais e sintomas da doença perceptível

aos técnicos, ordenhadores e produtores, sendo somente diagnosticada por provas

químicas laboratoriais (MARGATHO, HIPÓLITO & KANETO, 1998).

35

-Testes indiretos para detecção de mastite sub-clínica:

Os testes indiretos para detecção de mastite sub-clínica são: o California Mastitis

Test (CMT), Contagem de Células Somáticas (CCS) e Prova de Whiteside (WMT):

(RADOSTITS, GAY, BLOOD & HINCHCLIFF, 2002).

8.1.1 California Mastitis Test (CMT)

Teste indireto desenvolvido apresentando resultados imediatos e eficientes, com

precisão, mais barato e rápido do que a contagem celular (CCS) sendo como

método de diagnóstico (MARGATHO, HIPÓLITO & KANETO, 1998).

O leite deve ser colhido de uma forma correta, porque as técnicas de contagem das

células utilizam o leite que já foi colhido sendo para outros propósitos, podendo ser

principalmente para o teste de gordura (RADOSTITS, GAY, BLOOD & HINCHCLIFF,

2002).

Quando o leite e o reagente são misturados em um reservatório, podem-se obter os

seguintes resultados negativo; traços dos tipos 1, 2 ou 3 conforme a quantidade de

formação de gel na amostra (TABELA 2) (BLOOD, HENDERSON & RASDOSTITS,

1988).

36

TABELA 2 - Avaliação da prova de CMT

Resultados Avaliação Estimativa do numero de células somáticas por mL e a amplitude de variação

(---) Negativo Mistura sem modificação Até 200.000

(até 25% NE)

(+---) Traços Mistura com viscosidade fugaz:desaparece com amovimentação

150.000 a 500.000

(30 a 40% de NE)

(+--) Tipo 1: LevementePositivo:

Reação demonstrandoviscosidade da mistura

400.000 a 1.500.000

(40 a 60% de NE)

(++-) Tipo 2: FracamentePositivo

A homogeneização da misturademonstra ocorrência de suagelificação.

800.000 a 5.000.000

(60 a70% de NE)

(+++) Tipo 3: FortementePositivo

Na mistura, além dagelificação, demonstra-secoagulação com formação demassas gelatinosas.

Mais de 5.000.000

(70 a 80% de NE)

NE= leucócitos do tipo polimorfo nuclear neutrófilo. Fonte: Feitosa, 2004; p. 389.

Nas primeiras semanas após o parto ou nos últimos estágios de lactação, as vacas

poderão apresentar uma forte reação positiva (RADOSTITS, GAY, BLOOD &

HINCHCLIFF, 2002).

A prova de Califonia Mastitis Test (CMT) está baseada entre o DNA nuclear dos

leucócitos com a soda, e foi observado que com a adição de um agente tenso ativo

poderia melhorar a destruição das células somáticas, assim tornaria as observações

mais evidentes. Foi associado à soda a um agente tenso ativo aniônico, isto é, aquil-

auril sulfonado e este detergente agirá sobre os glóbulos chegando a reduzir seus

volumes e facilitando sua dispersão e permitindo melhor avaliação das reações (FIGURA 7) (FEITOSA, 2004).

37

FIGURA 7 – Resultados do Exame California Mastitis Test (CMT). Fonte: Disponível em: http://wwww.mgar.com.br. Acesso em 20 out. 2008. Foi observada para a mastite subclínica a existência da precariedade do uso do

California Mastitis Test (CMT) ou de qualquer outro teste, porque para este

diagnóstico ocorrer será necessário a presença da mastite no rebanho e em um

rebanho com um bom manejo sanitário, se o valor do resultado for positivo será de

valor insignificante para o diagnóstico (FEITOSA, 2004).

8.1.2 Contagem de células somáticas (CCS)

Existe relação entre Contagem de Células Somáticas (CCS) das amostras do leite

dos quartos e a produção do leite, sendo que a contagem celular aumenta, à medida

que a produção diminui e a mastite estará presente no quarto afetado (RADOSTITS,

GAY, BLOOD & HINCHCLIFF, 2002).

As contagens celulares nos primeiros dias de lactação são quase sempre altas e

não possuem valor indicador de infecções intramamária, mas em vacas não

infectadas, as contagens caem a nível baixo nas duas primeiras semanas pós-parto

e permanecem baixas por todo o período de lactação, a menos que ocorra infecção

intramamária (MARGATHO, HIPÓLITO & KANETO, 1998).

A Contagem de Células Somáticas (CCS) de uma vaca que permanece livre de

infecção por toda a sua vida irá permanecer baixa. Contudo, animais idosos podem

ter contagens mais elevadas em conseqüência do aumento da prevalência da

infecção, que ocorre com a idade, e da maior probabilidade da existência de lesões

38

residuais da glândula mamária em conseqüência de infecções e extravasamento das

células somáticas do leite (RADOSTITS, GAY, BLOOD & HINCHCLIFF, 2002).

É de costume realizar a contagem eletrônica das células somáticas em amostra de

leite aleatórias destinadas a avaliação do percentual de gordura (TABELA 3) (JASPER,1980).

TABELA 3 - Passos para a contagem de células somáticas

1) Colheita de amostras: • Esterilidade - assepsia- evitar contaminação

2) Contagem de células somáticas • Método de Trommsdorff: por centrifugação (avaliação do volume do

sedimento) • Método de Prescott e Breed: contagem das células em esfregaço de leite

corado x fator microscópico. • Contagem em câmaras hematimétricas, contadores eletrônicos e

avaliação de ADN do núcleo das células. Fonte: Feitosa, 2004; p. 394.

O limite máximo para a Contagem de Células Somáticas (CCS) de amostras deve

ser muito menor do que o padrão aleatório que é realizado em algumas vacas,

sendo que, diagnosticada a mastite, as informações também serão usadas para

decidir o descarte do animal, tratamento durante a lactação ou terapia seletiva no

momento da secagem dos quartos desta vaca (Tabela 4) (Feitosa, 2004).

TABELA 4 - Contagem de Células Somáticas como Indicação do Percentual de

Perda de Produção

Contagem de células somáticasdo leite do tanque:

Percentagem de tetosinfectados.

Percentagem de perda de produção

200.000 6% 0%

500.000 16% 6%

1.000.000 32% 18%

1.500.000 48% 29% Fonte: Fonseca & Santos, 1996; p.51.

39

8.1.3 Prova de Whiteside

Pode ser feita em lâminas ou em tubos de ensaio para identificação do pus no

sedimento urinário (FEITOSA, 2004).

É utilizada para detectar a mastite sub-clínica através da estimativa do grau de

infecção (MARGATHO, HIPÓLITO & KANETO, 1998).

Francisco Feitosa, (2004) diz que é uma prova de confiança, mais usada, de fácil

utilização e preparo, custo baixo e fácil acesso para compra (FEITOSA, 2004).

Os resultados demonstrados serão de acordo com o número de leucócitos que

apresentará um aumento em sua permeabilidade (TABELA 5) (CORREA &

CORREA, 1979).

TABELA 5 - Apresenta os seguintes resultados

Resultados Características

- Leite homogêneo (normal)

+/- Leite com grumos finíssimos (provavelmente normal mas com suspeita)

+ Leite com grumos bem destacados (mastítico)

++ Leite com grumos e estrias coagulados (mastítico)

+++ Leite gelificado ao centro (mastítico) Fonte: Correa & Correa, 1979.

8.2 MASTITE CLÍNICA

Através do diagnóstico será obtida a maior capacidade para isolar e identificar o

grande número de agentes etiológicos que são os verdadeiros causadores da

mastite, mas a falta de diagnóstico clínico não se atribuiu as deficiências

tecnológicas e as metodologias, mas à precariedade de informação técno-

metodológica das pessoas responsáveis pela produção leiteira ou do sistema de

ordenha (Revista Acentuada, 2001).

40

A mastite clínica é de fácil visualização porque a mama ficará inflamada, quente,

dolorida na ordenha, de coloração rosa, leite dessorado, coagulado com pus e flocos

de caseína (Revista Napagma, 2001).

8.2.1 Exame das características físicas do leite

Procedimento que deve ser realizado antes da ordenha, sendo conhecido como

Teste de caneca de fundo preto. Este procedimento (FIGURA 8) consiste na retirada

de três a quatro primeiros jatos de leite, fazendo um contraste com uma superfície

de fundo preto, com a finalidade de observar a presença de alterações no leite tais

como grumos ou coágulos, pus, sangue ou leite aquoso (FONSECA & SANTOS,

2001).

Os testes que são usados para esse exame incluem o uso da caneca ou coador com

fundo escuro, mesmo na sala de ordenha sobre os quais podem ser retirados os

primeiros jatos de leite que facilitará as identificações das alterações presentes

(MARGATHO, HIPÓLITO & KANETO, 1998).

FIGURA 8 – Realização do Exame da Caneca do fundo preto. Fonte: Disponível em: <http://www.itambe.com.br. Acesso em 20 out. 2008.

8.2.2 Inspeção

a) Do animal: Método clínico baseado no sentido da visão (FIGURA 9), em que se

inicia o exame de qualquer órgão ou sistema. Na glândula mamária serão

observadas as atitudes do animal em: Posição, locomoção e quando for possível em

41

decúbito, e depois será observado o úbero lateralmente, de ambos os lados e por

trás (FEITOSA, 2004).

FIGURA 9 – Realização do Exame de Inspeção da glândula mamária. Fonte: Disponível em http://www.mgar.com.br. Acesso em 20 out. 2008. b) Posição quadrupedal: apresenta-se com os membros posteriores em abdução e

os desvia em sentido posterior, modificando o centro de gravidade do corpo, e sendo

assim a glândula mamária ficará livre da compressão exercida pelos membros

posteriores (DIRKSEN, DIETER & DIETER, 1993).

c) Decúbito: o animal evita se deitar sobre a região afetada. Como no caso de

mastites flegmonosas, em que o animal demonstra desconforto que é causado pela

intensa dor, deitando e erguendo-se inúmeras e repetidas vezes, ou escoiceando a

mama (FEITOSA, 2004).

d) Locomoção: movimento com os membros posteriores afastados evitando balançar

o úbere e seu choque contra os membros (FONSECA & SANTOS, 2001).

8.2.3 Inspeção direta do úbere

O parênquima glandular, tetos e pele são o que recobrem a mama e também

apresenta muitos aspectos que podem constituir sinais de mastites (FEITOSA,

2004).

a) Modificações do parênquima glandular: podem ser conseqüentes à alteração do

desenvolvimento da glândula, constituindo as formações incorretas ou podem ser

42

adquiridas, determinadas por enfermidades anteriores (Disponível em: <http://

www.mgar.com.br/clinicabuiatrica/aspMamaria.asp>. Acesso em 26 dez. 2008).

b) Disposição e simetria dos tetos: em vacas sadias e não portadoras de má-

formação do úbere, os tetos apresentam-se simétricos, acentuando-se uma

divergência quando o úbere estiver repleto de leite, principalmente nos momentos

antes da ordenha. Convergência ou divergência, na maioria das vezes, é causada

por retrações conseqüentes à cicatrização de lesões do parênquima glandular ou

cisternas da glândula (FEITOSA, 2004).

c) Aumento do volume da glândula mamária: podem ser generalizados ou

localizados. Os generalizados acometem todo o úbere sendo nos edemas pós-parto

e nos inflamatórios causados pelas mastites agudas (Disponível em: <http://

www.mgar.com.br/clinicabuiatrica/aspMamaria.asp>. Acesso em 26 dez. 2008).

d) Aumento de volume dos tetos: São duas: dilatação da cisterna do teto e

processos inflamatórios de todas as estruturas do teto. A primeira é considerada

uma má formação denominada por dilatação dos Sinos Papillaris; a segunda é vista

nas telites que é a inflamação da estrutura do teto, tendo o teto um aspecto

brilhante, sendo extremamente dolorosa a palpação (FEITOSA, 2004).

e) Diminuição de volume de mama e /ou dos tetos: é uma ocorrência mais rara,

observada em condições fisiológicas como: nas novilhas, nas vacas secas e nas

vacas velhas. Em condições patológicas, são observados em atrofia da glândula

e/ou dos tetos, que são conseqüentes às mastites crônicas (DIRKSEN, DIETER &

DIETER, 1993).

8.2.4 Palpação

Método de exploração clínica baseado na sensação táctil e na força muscular,

utilizado para pesquisar a temperatura, sensibilidade e consistência das diferentes

estruturas da glândula mamária (FEITOSA, 2004).

É uma técnica direta ou imediata, que irá palpar inicialmente todo o úbere onde

poderá ser avaliado o parênquima de cada um dos quartos da mama, e finalmente

ira ser examinado o restante e irá mostrar com mais importância o espessamento do

43

tecido epitelial de revestimento interno do (há evidente endurecimento, com

formação do cordão espesso na cisternites), o ducto papillaris e sua permeabilidade,

além das bordas distais do sinus lactifer (FEITOSA, 2004).

a) Palpação do Parênquima da Glândula mamária:

Primeiro deve tentar preguear a pele que reveste o parênquima glandular e através

deste modo poderá avaliar a elasticidade presente na pele e no tecido celular

subcutâneo. Em situações normais, pode-se dizer que é fácil preguear a pele sobre

a glândula e uma vez feita a pele volta rapidamente as suas condições normais

(Disponível em: <http:// www.mgar.com.br/clinicabuiatrica/aspMamaria.asp>. Acesso

em 26 dez. 2008).

Na palpação direta ira usar o dorso da mão (FIGURA 10), avalia-se a temperatura

da pele que reveste o órgão onde irá ter um aumento de temperatura local nos

edemas inflamatórios e diminuição nas gangrenas (FEITOSA, 2004).

FIGURA 10 – Realização do Exame de Palpação da glândula mamaria. Fonte: Disponível em: http://www.mgar.com.br. Acesso em 20 out. 2008. Também pode avaliar a sensibilidade da mama que certamente estará aumentada

de volume e irá apresentar graus variáveis (FEITOSA, 2004).

b) Palpação do teto:

Em condições normais de uma vaca em período de lactação ira revelar uma

consistência flutuante sendo pela presença de leite no sinus papillaris (Disponível

em: <http:// www.mgar.com.br/clinicabuiatrica/aspMamaria.asp>. Acesso em 26 dez.

2008).

44

c) Palpação do Sinus Lactifer (Cisterna da glândula).

Deve induzir a ponta do dedo indicador no interior da cisterna da glândula.

Nas mamites crônicas ou agudas, isso não é possível, pois inúmeros germes, no

inicio do processo inflamatório, determinam uma inflamação dos canalículos

galactóforos e será caracterizado por ocorrer um espessamento das pregas de

epitélio localizado entre as duas cisternas da glândula mamária, fato que dificultará a

realização da mencionada manobra (FEITOSA, 2004).

45

9 PROFILAXIA

O controle e a prevenção estão relacionados aos cuidados com higiene que são um

conjunto de normas que evita a ocorrência de infecções da glândula mamária e,

tendo-se esta informação, pode-se prevenir a infecção por meio de intervenções

estratégicas que impedem a sua instalação ou introdução (MARGATHO, HIPÓLITO

& KANETO, 1998).

A identificação dos fatores necessários para a ocorrência de infecções da glândula

mamaria é um dos fundamentos dos programas de controle (MARGATHO,

HIPÓLITO & KANETO, 1998).

O programa a ser usado deverá ser prático, de uso fácil, efetivo e principalmente de

baixo custo e ter o objetivo com a finalidade de controlar e erradicar os agentes

responsáveis pela mastite (MÜLLER, 1999).

Uma das formas de controle da Mastite é a identificação de fatores necessários para

a ocorrência de infecção sendo por meio de procedimentos que impedem tanto a

sua instalação quanto a disseminação entre os animais (Disponível em:

<http://www.mastiteonline.com.br/novo/mastite/tratamento.php>. Acesso em 10 out.

2008).

Para um correto programa de prevenção será necessário ter um diagnóstico da

situação e o monitoramento constante de dados relacionados à criação de bovinos

leiteiros. Sendo assim, será possível realizar uma análise mais explicativa podendo

definir as áreas com mais prioridades (FONSECA & SANTOS, 2001).

O plano dos cinco pontos, como é conhecido originalmente, foi criado na década de

60 na Inglaterra e tem sido ampliado e aperfeiçoado com o passar dos anos, sendo

um conjunto de recomendações eficaz para o controle da mastite que pode ser

causada por patógenos contagiosos (Disponível

em:<http://www.revistarural.com.br/Edicoes/2001/Artigos/rev44_mastite.htm>.

Acesso em 20 dez. 2008).

46

Podemos citar:

• Deve ordenhar os tetos limpos e secos, mas caso haja mastite clínica deverá

ser tratado imediatamente e separado dos outro sendo este ordenhado por

último.

• Ordenhadeira mecânica limpa e mãos limpas na ordenha manual;

• Após o término da ordenha, desinfetar os tetos, de forma completa, com

desinfetantes apropriados;

• Tratar os animais no final da lactação;

• Quando ocorrer o caso do animal secar, deve receber antibiótico apropriado;

• Descarte de animais com infecção crônica.

Mas devemos lembrar que a higiene sempre deve ser o passo para inicial para que

possa ocorrer um controle de prevenção correto.

(Disponível em:<http://www.revistarural.com.br/Edicoes/2001/Artigos/

rev44_mastite.htm>.Acesso em 20 dez. 2008).

9.1 O ESQUEMA PARA O PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DAS

MASTITES

São definidos como:

Processos dinâmicos e estratégias direcionadas e corretas, para que possa ocorrer

uma imediata identificação, ou seja, será feita a intervenção e a pessoa responsável

saberá o que está fazendo (BRITO & BRESSAN, 1996).

Os métodos para controlar esta doença, requerem um programa integrado de

prevenção e de eliminação da infecção e neste caso, podemos citar as seguintes

formas de estratégia:

1 - Adequação do ambiente, ou seja, animal deve permanecer em local limpo, seco.

A área onde as vacas são estabuladas, a área da maternidade e a sala da ordenha

necessitam de cuidados especiais. A manutenção do ambiente precisa de cuidados

especiais, principalmente na hora da ordenha para evitar novas infecções e aumenta

47

a produção leiteira podendo reduzir o tempo de mão- de- obra necessária para o

úbere;

2 - Manejo correto dos dejetos para evitar a proliferação de sujeiras tendo cuidado

com os dejetos para evitar a poluição ambiental e a proliferação de moscas que

podem transmitir patógenos e doenças entre os animais,

3 - Condução de animais para a ordenha deve ser feita de forma tranquila, ordenada

e deve sempre obedecer a mesma rotina de trabalho. Caso as vacas sejam

amedrontadas ou apressadas haverá um problema relacionado com a descida do

leite resultando em paralisia ou leite residual e com isto irá favorecer a

multiplicação de microrganismos no interior da glândula;

4 - Detecção de mastite clínica através de exames dos primeiros jatos de leite de

todos os quartos mamários através da caneca do fundo preto tendo este como

objetivo a visualização das alterações e poder ter um diagnóstico correto. Também

deverá ser realizado os exames físicos como Palpação do úbere e dos tetos que

também servirá para notar a presença de inflamação característico da mastite

clínica. Estes exames têm a finalidade de servirá de manutenção para melhores

condições possíveis;

5 - Preparação do úbere para a ordenha após o exame e descarte dos primeiros

jatos de leite sendo através de água corrente com o uso de toalhas de papel

descartável para evitar a presença de bactérias;

6 - Desinfecções dos tetos antes da ordenha também conhecida como Pré-dipping

que serve para evitar a contaminação microbiana causada por patógenos ambientais

através de água e desinfetante autorizado (Sanitizante);

7 - Ordenha Correta sendo realizada dentro de um minuto após a preparação do

úbere e deve ser conduzido com calma e sem interrupções porem deve ocorrer no

menor tempo possível. No caso da ordenha mecânica, devem ser realizados os

cuidados de higiene e manutenção periódica do equipamento seguindo sempre as

recomendações dos fabricantes e suas exigências. Lembrando que deve ser dar

uma atenção especial à saúde e hábitos higiênicos dos responsáveis pela ordenha;

48

8 - Desinfecção dos tetos pós-ordenha (Pós-dipping): procedimento que deve ser

realizado para evitar a contaminação de microorganismos após a ordenha e prevenir

a mastite subclínica. O desinfetante deverá ser aplicado após a ordenha em todos

os tetos do animal. Este procedimento é usado para que possa ser removido os

resíduos de leite que foram deixados nas extremidades dos tetos e que servem de

alimentação para as bactérias. O desinfetante deverá cobrir os tetos por completo

deixando que ele fique até a próxima ordenha e deverá ter cuidado com a limpeza

do recipiente e ao descarte diário das sobras de desinfetante;

9 - Manutenção dos animais de pé após a ordenha para evitar a contaminação de

bactérias pelo canal da teta que permanece aberto por tempo variável sendo de 30 e

120 minutos. Para que os animais fiquem de pé é sugerido uma alimentação a base

de ração na saída do local da ordenha porem deve evitar a alimentação na hora da

ordenha;

10 - Tratamento de casos clínicos onde devem ser medicados com rapidez e

também deverá ser monitorados por um médico veterinário que deverá prestar

atenção sobre o protocolo de medicamento. Prestar atenção nas características

clínicas, monitoramento e anotações das ocorrências da mastite no rebanho e com

isto os medicados serão introduzidos com maior rapidez;

11 - Terapia da vaca seca que tem o objetivo de evitar as infecções subclínicas

presentes e controlar as infecções no inicio do período seco. Deve evitar que as

vacas fiquem em locais sujos principalmente se for próximo ao período do parto

porque são submetidas ao estresse e os riscos de infecção podem aumentar.Mas

quando o programa da vaca seca não é eficaz pode ser devido a deficiência nos

procedimentos de manejo ou de aplicação de antibióticos durante o período seco e

a parição.Deve seguir os seguintes procedimentos para que possa ocorrer o

tratamento da vaca seca:

• Ordenhar o úbere completamente;

• Realizar a imersão dos tetos em desinfetantes que sejam apropriados;

• Deverá aguardar até a secagem do desinfetante e remover o excesso de

liquido com papel toalha descartável;

49

• Desinfetar cada uma das extremidades dos tetos com algodão em álcool 70%

e deverá iniciar com os tetos mais afastados e terminar com os tetos mais

próximos do responsável;

• Dar a dose única do antibiótico recomendado para o tratamento da vaca seca

em cada quarto mamário, começando pelos tetos mais próximos e

terminando pelos mais afastados;

• Usar o método de inserção parcial para que possa ser administrado o

tratamento no canal sem danificar os tecidos do teto;

• Realizar a imersão dos tetos após o tratamento através de deisinfetante

correto.

12 - Descartes de vacas que tenham sido tratadas muitas vezes e que certamente

poderão servir de fonte de infecção para outros animais ou que apresentem histórico

de mastite persistente porque certamente não serão lucrativas.

13 - Fatores relacionados aos equipamentos de ordenha, sendo necessário á

manutenção periódica do equipamento para evitar a transferência da bactéria,

higienização inadequada poderá causar infecções e casos de mastite no rebanho;

14 - Aquisições de novos animais e para isto deve obter histórico desses animais

porque pode considerar que qualquer animal possa estar infectado e sendo assim

poderá acometer todo o rebanho. O correto é realizar a cultura do leite dos animais

antes de sua indução no rebanho;

15 - Alimentação correta através de suplementação com selênio, cobre, vitamina A e

vitamina E que auxiliam contra infecções na glândula mamária. Quando estes

elementos não estão presentes poderá ocorrer o aumento de novas infecções;

16 - Terapia do inicio do período seco. Esta terapia é muito eficiente para

microorganismos contagiosos e apresenta pouca eficiência para microorganismos

ambientais;

17 - Descartes de animais infectados quando necessário, ou seja, quando 100%

foram afetados pela mastite;

50

18 - Redução da exposição de bactérias do ambiente pelo manejo correto

(Disponível em: <http://www.mastiteonline.com.br/novo/mastite/tratamento.php>.

Acesso em 10 out. 2008) e (BRITO & BRESSAN 1996).

19 – Mão de obra especializada através de treinamento de pessoas sendo

principalmente dos ordenhadores informando os princípios como higiene, fisiologia

da lactação, funcionamento e manutenção de equipamentos de ordenha;

20 – O monitoramento dos índices de mastite tendo a importância de manter um

protocolo com as principais ações como o escore de células somáticas, teste da

caneca do fundo preto, CMT, índices de mastite clínica e subclínica, perfil

microbiológico e de resistência a antimicrobianas. Com estas informações é possível

uma análise do rebanho considerando o numero de lactações, seus estágios e

produção;

21 – A manutenção dos animais em ambientes higiênicos, secos e confortáveis visa

em diminuir os problemas relativos às mastites ambientais porêm tem um reflexo à

mastite contagiosa. Dar atenção às instalações para vacas secas, novilhas e vacas

em lactação como piquetes, sombreamento, dimensão correta das instalações,

natureza das camas e baias.

Podemos citar:

• Tratamento da mastite clínica sendo em tempo rápido e com um veterinário

observando, o perfil microbiológico e de sensibilidade, dose e via de

aplicação;

• Tratamento da vaca seca sendo no dia da secagem tendo com o objetivo a

cura de infecções sublcínicas e a prevenção de novas infecções no período

seco;

• Eliminação de vacas com infecções crônicas através de um esquema sério

para descarte de animais;

• Manejo e higiene de ordenha onde será a parte mais séria porque poderá

ocorrer a melhoria da produção leiteira;

51

• Teste da caneca que permite um diagnóstico da mastite clínica e diminui o

índice de contaminação do leite;

• Retirada dos insufladores que deve ser fechado o registro de vácuo e a

sobre- ordenha deverá ser evitada porque pode provocar lesões nos tetos

que pode causar a mastite. E uma ligeira pressão sobre o conjunto de

insufladores que poderá levar a uma esgota mais completa;

• Imersão dos tetos em solução anti-séptica após a retirada dos insufladores

que deve ser total usando frascos de imersão não permitindo o retorno do

produto.

• A vacinação é uma medida complementar e podem apresentar resultados

bons (MÜLLER, 1999).

Este plano requereu um trabalho adicional com melhorias na tecnologia de ordenha

mecânica, onde ainda existem problemas para serem resolvidos como: a mastite

ambiental não é bem controlada e o êxito do plano dependerá do comprometimento

financeiro do ordenhador ou do responsável, muita motivação e educação para

atingir um bom nível de controle (BRITO & BRESSAN, 1996 E MÜLLER, 1999).

9.2 REBANHOS DE MASTITE SUB-CLÍNICA

As perdas ocasionadas pela mastite são atribuídas, principalmente, a uma queda na

produção de leite, que oscila em média de 35,6% e 42,85% por quarto afetado pela

mastite subclínica (MARGATHO, HIPÓLITO & KANETO, 1998)

Segundo Margatho, Hipólito & Kaneto, (1998), foi elaborado um programa sanitário

tendo como função controle da mastite bovina em granja leiteira e resultou em uma

diminuição no percentual de quartos afetados, inicialmente de 36,1% caindo para 6,

25%.

A maior parte dos prejuízos causados pela doença é devido à Mastite Subclínica,

sendo pela diminuição na produção e na qualidade de leite e também por gastos

dom medicamentos (Disponível em

52

<http://www.mastiteonline.com.br/novo/mastite/tratamento.php>. Acesso 10 out.

2008).

Os prejuízos causados por este tipo de manifestação são mais graves por

permanecerem por um tempo maior sem ser notada podendo até ser um grande

reservatório de agentes infecciosos para outros animais. Estes agentes infecciosos

são responsáveis por lesões irreversíveis resultando na queda da produção leiteira

(Disponível em <http://www.mastiteonline.com.br/novo/mastite/tratamento.php>.

Acesso em 10 out. 2008).

O controle da mastite sub-clínica apresenta a mesma intensidade de graus e

alternativas de estratégias quanto há mastite clinica, mas por passarem

despercebidas ou pelos produtores não realizarem o protocolo corretamente causa

uma grande perda tanto econômica quanto do animal (NICKERSON, 2002).

9.3 REBANHOS COM PROBLEMAS DE MASTITE CLÍNICA

O perfil da mastite clínica deve ser tratado imediatamente sob orientação do médico

veterinário que terá como princípio mais importante a prevenção e infecções

intramamárias, e auxiliar as defesas naturais para eliminar os microrganismos

invasores, combinados com várias terapias e testes de controle, com e sem o uso de

antibióticos, tendo metas de alta qualidade e grandes definições de produtos

(NICKERSON, 2002).

De acordo com Nickerson (2002), a alta qualidade irá aumentar exigências de

produtores de alimentos seguros, inserindo-se no mercado global competitivo e na

penetração de metas para grandes mercados.

Deve-se:

1 - Avaliar cuidadosamente a dimensão do problema e, consultar os registros de

casos clínicos ocorridos no rebanho e caso não exista estes dados, deverá iniciar

registros para avaliações futuras;

2 - Considerar os registros clínicos e identificação por ordem e parição, data da

ocorrência ao parto, medicamento usado e duração de tratamento;

53

3 - Analisar os dados clínicos e adotar medidas específicas como identificar os

animais responsáveis pela maioria dos casos clínicos e determinar o descarte

destes animais sendo que existe variação no número de casos conforme a estação

do ano que aumentam em épocas quentes e chuvosas;

4 - O número de animais com mastite passa a ser maior com casos clínicos

relacionados com mudança de ordenhadores mais cuidadosos ou menos

cuidadosos.

5 - Observar o maior número de casos de mastite clínica que se dá próximo ao

parto, devendo revisar o programa de tratamento de vaca seca, se os tetos estão

limpos com o uso de algodão e álcool, e se os animais permanecem para o parto em

local limpo e seco;

6 - Identificar o patógeno responsável pelos casos de mastite clínica levando

amostras para um laboratório que deverá ter exame de qualidade; usar frascos

esterilizados para coletar o leite; descartar os primeiros jatos de leite; refrigerar o

leite logo após a colheita; enviar amostra de leite sob refrigeração para o laboratório.

54

10 CONCLUSÃO

Conclui-se que através deste trabalho é possível realizar um controle correto de

prevenção onde será obtida uma queda muito significativa da mastite subclínica ou

clínica nos rebanhos leiteiros, mas para que isto ocorra é necessário que haja o

empenho dos responsáveis em todos os aspectos.

Sabemos que a utilização do equipamento de ordenha é necessária, mas podem

estar relacionados a novas infecções e por isto que o fator da prevenção, manejo

correto e determinação do técnico responsável são indispensáveis neste momento,

porque certamente não haverá presença da doença no local.

Esses métodos de prevenção são utilizados em rebanhos de grande escala mais

ainda falta algum tipo de empenho para alguns produtores ou responsáveis aderirem

a estes fatores onde certamente poderão ter uma melhor produtividade.

55

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