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ANO 13 – Nº 2288 – SÃO PAULO, 07 A 13 DE OUTUBRO DE 2010 – R$ 2,50 www.jornalnippak.com.br A previsões, otimistas, das li- deranças da comunidade nipo- brasileira, se concretizaram. Como estampou o Jornal Nippak na edição da semana passada, a expectativa era ele- ger dois representantes nikkeis para a Câmara dos Deputa- dos e, “pelo menos” outros dois para a Assembleia Legis- lativa do Estado de São Pau- lo. E o “objetivo” foi alcança- do: Junji Abe e Keiko Ota, para a Câmara dos Deputa- dos, e Jooji Hato e Hélio Ni- shimoto para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, serão os novos repre- sentantes da comunidade, que ganha ainda a presença de Au- rélio Nomura, que retorna à Câmara Municipal. “Se for- mos analisar os números, ou seja, numa análise fria, o re- sultado destas eleições foi me- lhor que há quatro anos”, con- tabiliza o presidente do Kenren, Akeo Yogui. –––——––––––––——–––––—––––––––—–| pág 3 e 4 LUCI JÚDICE YIZIMA Comunidade nikkei celebra eleitos, mas lamenta por Walter Ihoshi e William Woo Pluralidade marca o 39º Festival Internacional Manifestações de magia, bele- za artística e muitas emoções permitiram compreensões va- riadas e sensibilizaram a platéia que compareceu nos dias 25 e 26 de setembro, no Grande auditório do Bunkyo, palco da –––——––––––––——–––––—–––——–––—–| pág 09 realização do 39º Festival In- ternacional de Danças Folcló- ricas. O evento marcou as tar- des dos freqüentadores habi- tuais da maior instituição nikkei acostumados com as apresen- tações tradicionais japonesas. DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO ARQUIVO/NIPPAK

07 OUT 2010 - Jornal Nippak€¦ · 2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010 EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI LTDA. CNPJ 02.403.960/0001-28 Rua da Glória, 332 -

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Page 1: 07 OUT 2010 - Jornal Nippak€¦ · 2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010 EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI LTDA. CNPJ 02.403.960/0001-28 Rua da Glória, 332 -

ANO 13 – Nº 2288 – SÃO PAULO, 07 A 13 DE OUTUBRO DE 2010 – R$ 2,50www.jornalnippak.com.br

A previsões, otimistas, das li-deranças da comunidade nipo-brasileira, se concretizaram.Como estampou o JornalNippak na edição da semanapassada, a expectativa era ele-ger dois representantes nikkeispara a Câmara dos Deputa-dos e, “pelo menos” outrosdois para a Assembleia Legis-lativa do Estado de São Pau-lo. E o “objetivo” foi alcança-do: Junji Abe e Keiko Ota,para a Câmara dos Deputa-

dos, e Jooji Hato e Hélio Ni-shimoto para a AssembleiaLegislativa do Estado de SãoPaulo, serão os novos repre-sentantes da comunidade, queganha ainda a presença de Au-rélio Nomura, que retorna àCâmara Municipal. “Se for-mos analisar os números, ouseja, numa análise fria, o re-sultado destas eleições foi me-lhor que há quatro anos”, con-tabiliza o presidente doKenren, Akeo Yogui.

–––——––––––––——–––––—––––––––—–| pág 3 e 4

LUCI JÚDICE YIZIMA

Comunidade nikkei celebra eleitos, maslamenta por Walter Ihoshi e William Woo

Pluralidade marca o39º Festival Internacional

Manifestações de magia, bele-za artística e muitas emoçõespermitiram compreensões va-riadas e sensibilizaram a platéiaque compareceu nos dias 25 e26 de setembro, no Grandeauditório do Bunkyo, palco da–––——––––––––——–––––—–––——–––—–| pág 09

realização do 39º Festival In-ternacional de Danças Folcló-ricas. O evento marcou as tar-des dos freqüentadores habi-tuais da maior instituição nikkeiacostumados com as apresen-tações tradicionais japonesas.

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DIVULGAÇÃO ARQUIVO/NIPPAK

Page 2: 07 OUT 2010 - Jornal Nippak€¦ · 2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010 EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI LTDA. CNPJ 02.403.960/0001-28 Rua da Glória, 332 -

2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 3208-5521

Publicidade:

Tel. (11) 3208-3977Fax (11) 3341-6476

[email protected]

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)Redator Chefe: Aldo Shiguti

Redação: Afonso José de SousaColaboradores: Erika Tamura Sumida, Jorge Nagao,

Kuniei Kaneko (Registro),Shigueyuki Yoshikuni (Lins), Célia Kataoka (Campinas),

Paulo Maeda (Paraná) e Osmar Maeda (Zona Norte)

Periodicidade: semanal

Assinatura semestral: R$ 60,00

[email protected]

HOMENAGEM – No dia 11 de setembro, o advogado Kiyoshi Harada foi homenageadopela Associação dos Ex-Bolsistas do Ministério das Relações Exteriores do Japão-GaimushoKenshussei, com um jantar no Restaurane Kamia, pela sua posse como acadêmico na Asso-ciação Paulista de Letras Jurídicas.

Felicia, esposa do homenageado, recebendo flo-res da esposa do presidente Sônia Uezono

Kiyoshi Harada agradecendo a homenagem re-cebida ao lado da esposa

O presidente da associação, Raimundo Uezonoparabenizou o homenageado.

Desembargador Kazuo Watanabe saudou Kiyo-shi Harada.

KIBÔ-NO-IÊ – A Sociedade BeneficenteCasa da Esperança “Kibô-no-Iê”, entidade fi-lantrópica, sem fins lucrativos destinada aoamparo às pessoas com deficiência intelectu-al, realizou nos dias 25 e 26, em sua sede, emItaquaquecetuba (SP), a tradicional Festa doVerde, que este ano atingiu sua 32ª edição.Estiveram presentes, entre outros, os vereado-res Ushitaro Kamia e Jooji Hato, o deputadofederal Waltr Ihoshi e o presidente do Kenren(Federação das Associações de Províncias doJapão no Brasil), Akeo Yogui.

NAGUISA – A Associação Naguisa realizouno dia 25 de setembro, em sua sede (Zona Sulde São Paulo), o seu tradicional Bingo Benefi-cente reunindo associados e amigos que, alémde se divertirem, apreciaram uma boa feijoadapreparada pelo “chef” Mitio Tanaka. Comosempre, o produto da arrecadação será desti-nado a entidades beneficentes, juntamente comoutras arrecadações, como o bazar beneficen-te que será realizado no dia 23 de outubro pró-ximo. De acordo com Eiji Denda, presidenteda Associação Naguisa: “O bingo é uma ativi-dade muito boa, pois reúne pessoas de todasas idades que passam juntos horas agradáveisconversando entre uma rodada e outra e sedivertindo. E o nosso objetivo principal aqui épromover uma confraternização e integraçãomaior entre os associados”.

O “chef” Mitio mostra orgulhoso o resultado do seutrabalho.

Salão lotado: Como sempre o salão da Naguisaficou lotado de associados e amigos.

Eiji Denda (presidente) servindo-se da feijoada.

Eiji Denda entregando o prêmio à uma contempla-da.

Expectativa: a pedra maior desempata, no casode vários contemplados.

SOFTBOL – Em uma iniciativa do vereador Ushitaro Kamia (DEM) a Câmara Municipal deSão Paulo realizou no dia 24 de setembro no Plenário 1º de Maio, sessão solene em celebraçãoao Dia Municipal do Softbol, evento que visa reconhecer o trabalho e o desempenho de dirigen-tes e atletas da modalidade esportiva. Participaram do evento, que contou com a presença decerca de 80 pessoas, o deputado federal Walter Ihoshi (DEM/SP), os vereadores UshitaroKamia (DEM), Jooji Hato (PMDB), o presidente da Federação Paulista de Beisebol e Softbol,Olívio Sawasato, do presidente do Conselho de Segurança (Conseg) da Liberdade, Akio Oga-wa, dirigentes e atletas. Leia mais na página 11

PAULISTÃO 2011 – A Liga Centro-Oesteda Canção Japonesa, presidida por Pedro Mi-zutani, realizou a 12ª Seletiva para o Paulistão2011, no dia 26 de setembro no Instituto Cultu-ral Nipo-Brasileiro de Campinas. Os cantoresmostraram muita garra e interpretação em bus-ca da tão almejada classificação e estarão aolado de grandes intérpretes da música japone-sa, escolhidos em suas regionais. Leia mais àpág 12 Naomi Nakamura

Yumi SonodaFernanda Yoshinaga

Page 3: 07 OUT 2010 - Jornal Nippak€¦ · 2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010 EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI LTDA. CNPJ 02.403.960/0001-28 Rua da Glória, 332 -

São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010 JORNAL NIPPAK 3

ELEIÇÕES 2010

Junji Abe reafirma compromisso de defender aagropecuária e representar a comunidade nikkei

Saem William Woo (PPS)e Walter Ihoshi (DEM).Entram Iolanda Keiko

Miashiro Ota (PSB) e JunjiAbe (DEM). Keiko Ota, porsinal, mãe do garoto Ives Ota,assassinado em 1997, foi o fe-nômeno de votos da comu-nidade nipo-brasileira sendo aterceira mais votada do PSB– ficou atrás apenas de Gabri-el Chalita e Luiz Erundina –com 213.024 votos. Já o ex-prefeito de Mogi das Cruzes(SP) foi eleito com 113.156votos. Walter Ihoshi e WilliamWoo, que buscavam a reelei-ção, conseguiram, respectiva-mente, 104.400 e 83.588 vo-tos.

Na Assembleia paulista, acomunidade nipo-brasileira“saiu no lucro”. Sem nenhumrepresentante desde a legisla-tura 1999-2003, quando forameleitos Celso Tanaui (PTB) ePedro Mori (PDT) – Junji Abe(PFL) renunciou em 2001 paraassumir a Prefeitura de Mogi,e Jorge Tokuzumi assumiucomo suplente do Prona em2003 – foram eleitos o verea-dor Jooji Hato (PMDB), queobteve 83.855 votos, e HélioNishimoto (PSDB), com78.906 votos, que ocupara acadeira de deputado estadualna Assembleia paulista de ja-neiro de 2009 a março de 2010depois de ter ficado como su-plente nas eleições de 2006.

Victor Kobayashi (PSDB),com 49.671, Luis Yabiku(PDT), com 20.360, Elzo Si-gueta (PPS), com 15.385 eWalter Hayashi (PSB), com15.048 votos), tiveram que adi-ar o sonho de conquistar umadas 94 vagas em disputa paraa Assembleia paulista

No Paraná, Hidekazu Taka-yama (PSC) foi reeleito depu-tado federal com 109.895 vo-tos. Luiz Nishimori (PSDB),obteve 70.088 votos e é o se-

gundo suplente da coligação(PRB/PP/PTB/PSL/PTN/PPS/DEM/PSDC/PHS/PMN/PTC/PSB/PRP/PSDB). NaAssembleia paranaense, TeruoKato (PMDB) foi o único titu-lar eleito enquanto que no MatoGrosso, Jorge Yanai foi apenaso quinto candidato a senadormais votado – as vagas fica-ram com Blairo Maggi (PR) ePedro Taques, do PDT. NoMato Grosso do Sul, GeorgeTakimoto ficou com uma dasvagas na Assembleia.

Junji Abe – Na corrida rumoà Câmara dos Deputados, oex-prefeito de Mogi das Cru-zes, Junji Abe (DEM), contoucom a experiência acumuladaem três legislaturas – de 1991a 1995, de 1995 a 1999 e de1999 a 2003 (ele renunciou em2001 para assumir a Prefeitu-ra de Mogi) na Assembleia, eem dois mandatos na Prefei-tura de Mogi das Cruzes.

Em entrevista ao JornalNippak, Junji Abe disse quepossui “características diferen-tes” dos demais eleitos pordefender, “de forma intransi-

gente”, as atividades agrope-cuárias. Quanto as queixas dacomunidade de não manter vín-culos mais estreitos com osnikkeis, Junji disse se tratarapenas de “boatos” criadosquando ainda era prefeito. Naépoca, a construtora QueirozGalvão pretendia instalar umaterro sanitário no “coração deMogi, o Distrito Industrial doTaboão, e Junji iniciou umacampanha contra a empresaalegando que o lixão causariadanos ambientais e prejuízos àregião.

“A Queiroz Galvão passou,então, a patrocinar o Bunkyo deMogi através do Akimatsuri ecom isso tentaram diminuir mi-nha imagem. No entanto, luteibravamente em defesa dos in-teresses dos mogianos, dospaulistas e dos brasileiros”, lem-bra Junji, que desta forma, es-pera “enterrar” em definitivoqualquer mal entendido. “Emtodas as minhas palestras, comoprefeito ou como candidato,busquei, arduamente, inserir acomunidade dentro da socieda-de brasileira para que todas astradições sejam perpetuadas”,

conta o deputado eleito.Segundo ele, é necessário,

sim, que a comunidade revejaseus conceitos e restabeleça aimportância de se eleger re-presentantes políticos. “Seriainteressante somar a quantida-de de votos que cada candida-to nikkei a deputado estadualconseguiu e eventualmentedescartar 20% que não sejamde eleitores nikkeis e ver, defato, quantos votos os candi-datos nikkeis receberam dacomunidade. Digo isso porqueem algumas regiões fiz dobra-dinha com o Elzo Sigueta e fi-quei triste ao constatar que elerecebeu apenas cerca de 15mil votos mesmo tendo ajuda-do seu segmento, o karaokê,de forma extraordinária”, ob-serva Junji, acrescentando quenão terá muito tempo para co-memorar sua conquista.

“Nem tive tempo de agra-decer e desde segunda-feira jáfui convocado pelos diretóriosdo DEM e do PSDB para unirforças em prol do nosso can-didato à Presidência da Repú-blica, José Serra”, explicou.

(Aldo Shiguti)

DIVULGAÇÃO

Junji Abe com a família: “Defendo as atividades agropecuárias de forma intransigente”

Jooji Hato: “Quero saber o que está acontecendo no Santa Cruz”

Primeira deputada federalmulher da comunidade nikkeina Câmara dos Deputados, aempresária Iolanda KeikoMiashiro Ota (PSB), da VilaCarrão – zona Leste de SãoPaulo, revelou que se surpre-endeu com a quantidade devotos recebidos no pleito dodia 3 de outubro. De acordocom ela a sua campanha quefoi feita com poucos recursose sem ajuda do partido, entrounas casas dos eleitores quevotaram conscientes. Só o sitewww.ivesota.org.br que divul-ga as ações do Movimento daPaz e Justiça Ives Ota criadoem 1997 pela parlamentarcom a ajuda do marido, o co-merciante Massataka Ota, foiacessado por 170 mil pesso-as.

“Fiquei muito feliz pelosvotos conscientes, recebi apoi-os das famílias da Mércia Na-kashima, da Isabela Nardoni(RJ), das Mães da Sé. Foi umacampanha tranqüila e hones-ta”, explica Keiko Ota aoanunciar que pretende implan-tar uma política de combate àviolência. A mais nova depu-tada federal é muito conheci-da no Brasil por causa da fun-dação Ives Ota (criada após oseqüestro e assassinato trági-co do filho então com 8 anos),com o objetivo de promoverum trabalho para diminuiçãoda violência e o ódio entre aspessoas. “Vou representar opovo em Brasília, quero apro-veitar os próximos quatro me-ses para estudar mais e apren-der sobre política, aprofundarestudos no Código Penal Bra-sileiro para ver até onde possochegar”, afirma.

Sem experiência em cargospúblicos, Keiko Ota antecipouem sua primeira entrevista co-

Para os deputados nikkeiseleitos para a Assembleia pau-lista, fica a sensação de alíviodepois de uma campanha des-gastante. Para Hélio Nishimo-to (PSDB), o balanço destaseleições foi “bastante positi-vo”. “O resultado foi satisfa-tório e mostra o reconheci-mento da população para po-dermos retribuir a confiançacom muito trabalho”, disse Ni-shimoto, afirmando que, embo-ra possa parecer pouco, o pe-ríodo que permaneceu na As-sembleia como suplente deumais visibilidade a sua candi-datura. “Tanto que essa elei-ção foi mais fácil que a primei-ra já que desta vez não tive otrabalho de me apresentar”,explicou Nishimoto, que espe-ra continuar ajudando a comu-nidade através de recursosparlamentares e na área dasaúde, lutando por melhoriasnos hospitais filantrópicos.

A área da saúde tambémé uma das bandeiras que odecano vereador Jooji Hatopretende levantar na Assem-bleia. “Meu sonho é que ohospital Santa Cruz servissea nossa comunidade comooutras instituições servemsuas respectivas comunida-des”, diz Hato, afirmando que“não sei como o hospital che-gou a situação que se encon-tra hoje”.

“Se for o caso, vamos pe-dir uma CPI para investigar oque aconteceu. Afinal, o San-ta Cruz pertence aos nipo-brasileiros. Quero saber por-que outros hospitais forambem e o Santa Cruz, que re-cebe verbas estaduais, não”,conta o deputado eleito, afir-mando que “não tenho medode comprar briga” antes mes-mo de assumir uma cadeira naAssembleia. “Nunca tivemedo na minha vida. Já en-frentei a Ambev e a Sheel ebriguei para que o hospital fos-se reintegrado à comunidadenikkei porque ele pertence atodos nós”, diz Hato.

Iolanda Keiko Miashiro Ota (2ª, a partir da esquerda), com o marido e familiares de Mércia Nakashima

Primeira nikkei na Câmara dos Deputados, Keiko Ota admitesurpresa com a quantidade de votos recebidos

letiva realizada segunda-feira(dia 4) em Suzano, cidade daGrande São Paulo, que querfirmar alianças com candida-tos da região de Suzano e tra-balhar para instituir o dia 30 deagosto como o Dia Nacionaldo Perdão. Os cinco milhõesde assinaturas com o intuito desensibilizar os órgãos compe-tentes para decretar a datacomo oficial estão parados noCongresso Nacional, para issoela disse que vai trabalhar paracolocá-la em discussão.

Projetos – “Vou atuar de for-ma que as leis para crimes he-diondos sejam mais rigorosas,isto é, cheguem até 100 anos, eque os criminosos que tiverembom comportamento sejam re-cuperados e ressocializadosapós acompanhamento médico.É preciso punir com mais efici-ência e também saber educaro preso. Quero discutir assun-tos pertinentes à região do AltoTietê e que garantam mais re-cursos a todas as cidades”, des-taca.

Entre seus projetos KeikoOta divulgou que vai trabalharcom a intenção de promover apaz, justiça e a prevenção àviolência, a qual desejanomeá-la de “Leis Ives Ota”;Fará valer a lei: para vítimasde a violência ter amparo doEstado; projeto que favoreçaa educação da criança; insti-tuição da semana da cultura dapaz no Brasil; projetos para asclasses menos favorecidas;planos na área da saúde quebeneficiem os pacientes na filade espera – atendimento rápi-do, etc. “Meus projetos vãobeneficiar a comunidadenikkei, pois quando fazemos aprevenção da violência e pro-movermos a cultura da paz ea educação com qualidade,penso também em minha co-munidade”, assegura.

Como deputada federal,além do sobrenome japonêsKeiko Ota deseja oferecerpara a comunidade nikkei de-dicação, trabalho árduo etransparência no seu trabalho.Em sua primeira entrevista

coletiva oficial como parlamen-tar ela primeiramente agrade-ceu todos os voluntários quecolaboraram direta e indireta-mente na sua campanha, eadiantou que pretende traba-lhar arduamente para que suaspropostas se tornem realidade.“Neste momento quero reite-rar o meu agradecimento a to-dos que depositaram votos deconfiança na minha candida-tura e que tenho certeza quehonrarei cada voto recebido”,afirmou.

(Afonso José de Sousa)

Na Alesp, Jooji Hato e HélioNishimoto elegem prioridades

JORNAL NIPPAK

Jooji Hato conta, porém, quenão quer briga com o governa-dor eleito, Geraldo Alckmin(PSDB). “Sou da paz. Só brigose ferirem nossos direitos, masespero uma convivência tran-qüila com o governador porquevou precisar de sua ajuda paracolocar em prática o meu pro-jeto de retomar os bens queforam confiscados da comuni-dade, diz Hato, explicando que,como médico, sua função é pro-porcionar uma melhor qualida-de de vida. “Para ser um bompolítico é preciso ter ambição,ou seja, tr poder para ajudar osoutros. Caso contrário, é me-lhor colocar o pijama e ir dor-mir”, destaca Hato, que cum-pre seu sétimo mandato naCâmara Municipal, semprepelo PMDB.

Tolerância zero – “Sou filhode japoneses e puxei enxadadurante muito tempo na cida-de de Pacaembu, onde nasci.Sei dos problemas da agroin-dústria e pretendo investir notransporte ferroviário na re-cuperação das estradasvicinais. Trabalho gera alimen-to, que gera riqueza”, diz ele,que promete “tolerância zero”em todo o Estado como for-ma de coibir a violência.

“Trata-se de aprovar emtodo o Estado uma série deações, como a lei do silêncio,que determina o fechamentodos bares sem isolamentoacústico em São Paulo depoisda 1 hora da madrugada; a leicontra garupas em motocicle-tas e blitze educativas em fa-vor do desarmamento”, expli-ca Jooji, que agradece os 83.855 votos recebidos que o aju-daram não só a concretizar osonho de ocupar uma cadeirana Assembleia Legislativa doEstado de São Paulo comotambém o tornaram o depu-tado estadual do PMDB maisvotado na capital paulista,com cerca de 70 mil votos sóna metrópole.

(Aldo Shiguti)

Hélio Nishimoto pretende continuar ajudando a comunidade

LUCI JÚDICE YIZIMA

Page 4: 07 OUT 2010 - Jornal Nippak€¦ · 2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010 EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI LTDA. CNPJ 02.403.960/0001-28 Rua da Glória, 332 -

4 JORNAL NIPPAK São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010

ELEIÇÕES 2010

William Woo, Walter Ihoshi e Victor Kobayashielegem série de motivos pelos resultados nas urnas

Aexpectativa de resulta-dos positivos nas urnasantes das eleições do

dia 3 de outubro se transfor-mou em fator de decepçãoenorme pelos candidatos dacomunidade nikkei, que espe-ravam ocupar vagas na Câma-ra dos Deputados em Brasíliae na Assembléia Legislativa deSão Paulo (Alesp), após a di-vulgação do resultado final dacontagem dos votos no Brasil.O saldo adverso frustrou res-pectivamente as previsões dereeleição dos deputados fede-rais Walter Shindi Ihoshi(DEM/SP), William Boss Woo(PPS/SP), e do concorrentenovato na política, Victor Ko-bayashi que tentava um espa-ço na principal casa parlamen-tar paulista.

Apesar de ter ficado chate-ado com o resultado das elei-ções, o deputado William Wooesperava receber mais votos,mas avalia que perdeu muitosvotos por conta do projeto deconcorrer ao Senado Federal.Para ele a sua derrota a candi-datura ao Senado atrapalhoumuito seus planos, levando elea sentir um grande vazio. “Oeleitor do candidato ao SenadoAloysio Nunes Ferreira(PSDB) votou o segundo turnoem branco, votos estes que po-deriam beneficiar a minha vo-tação. Conforme acertado noinício da campanha o PPS nãocumpriu com o combinado, porisso não houve tempo hábil paraa comunidade saber da mudan-ça de candidatura de senadorpara deputado federal”, lamentao parlamentar que deixou oPSDB por causa do compro-misso prometido pelo PPS paraque ele fosse o único candidatoao Senado pelos socialistas.

O deputado Walter Ihoshi(DEM/SP) esperava um resul-tado melhor que o lavasse areeleição, considera que tevegrande apoio da comunidade,mas os 104.400 votos recebi-dos não foram suficientes paraelegê-lo, por conta das trêscadeiras conquistadas pelodeputado federal eleito, Fran-cisco Everardo Oliveira Silva(PR/SP), conhecido como pa-lhaço Tiririca. De acordo comele inicialmente o partido pre-via conquistar 30 cadeiras, de-pois diminuiu para 25, mas fe-chou com 22. Além de que oavanço da candidata a presi-dência Dilma Roussef (PT/SP) prejudicou os candidatosde partidos sem coligação.

“Estou na expectativa, se oTiririca não for eleito a margempoderá aumentar para quatrocadeiras. Aguardo tambémuma posição do governadoreleito Geraldo Alckmin (PSDB)

RESULTADO FINAL DAS ELEIÇÕES 2010DEPUTADOS FEDERAIS

Candidato Partido Votos Porcentagem

Keiko Ota (PSB) PSL/PSB 213.024 1,00% ELEITO (11ª colocação)

Junji Abe (DEM) 113.156 0,53% ELEITO (52ª Colocação)

NÃO ELEITOS

Walter Ihoshi (DEM) PPS/DEM/PSDB 104.400 0,49%

William Woo (PPS) PPS/DEM/PSDB 83.588 0,39%

Mauricio Haka (PP) 13.450 0,06%

Anamaria Hirakawa (PRP) PSDC/PRTB/PRP 1,734 0,01%

Teresa Kiyoko Aragaki (PV) 1.632 0,01%

Akiko Aky (PSOL) 1.301 0,01%

Pedro Ishida (PP) 1.211 0,01%

Eduardo Tsuneo Saito (PTB) 850 0,00%

Cássio Watanabe (PSL) PSL/PSB 775 0,00%

Mario Yamashita (PP) 714 0,00%

Mario Shibata (PSB) PSL/PSB 484 0,00%

Sandra Kuroki (PSC) PSC/PHS 316 0,00%

Suruharu Watase (PRB/PT/PR/PC do B/PT do B) 315 0,00%

DEPUTADOS ESTADUAIS

Candidato Partido Votos Porcentagem

Jooji Hato (PMDB) 83.855 0,40% ELEITO (61ª colocação)

Hélio Nishimoto (PSDB) DEM/PSDB 78.906 0,37% ELEITO (69ª colocação)

NÃO ELEITOS

Victor Kobayashi (PSDB) DEM/PSDB 49.671 0,23%

Luis Yabiku (PDT) 20.360 0,10%

Elzo Sigueta (PPS) 15.385 0,07%

Walter Hayashi (PSB) 15.048 0,07%

Rubens Yoshida (PSDB/DEM/PSDB) 12.088 0,06%

Rodrigo Ashiuchi (PSL) 11.402 0,05%

Otto Kinsui (PSL) 4.615 0,02%

Nelson Massomi Ohno (PV) 4.404 0,02%

Mauricio Mya (PPS) 3.258 0,02%

Nelson S. Shikicima (PPS) 2.725 0,01%

Jorge Hebara (PSB) 1.989 0,01%

Marcelo Miyazaki (PTB) 1.607 0,01%

Marcos Shimabukuro (PPS) 1.324 0,01%

Rubens Ito (PDT) 1.155 0,01%

Albert Hitoshi Uchida (PSB) 1.074 0,01%

Milton Missaka (PTB) 1.012 0,00%

Jorge Naruhito Tanaka (PSL) 745 0,00%

Otávio D. R. Shimoda (PC do B) 406 0,00%

Simone Hieda (PSC) PSC/PHS 299 0,00%

Paulo Sergio Matsuki (PTN) 254 0,00%

Satiro Candido (PV) 106 0,01%

Sergio Koei Ikehara (PSTU) 0 0,00%

Walter Ihoshi assegurouque voltará nas suas basespara agradecer os votos, con-tinuar trabalhando, percorren-do segmentos e mantendo con-tatos com as lideranças e de-putados eleitos. “Meu manda-to se encerra em fevereiro de2011, tenho projetos para se-rem finalizados e deliberados”,afirma.

Victor Kobayashi disse quevai continuar com as ações so-ciais através do Instituto PauloKobayashi (IPK), ondereassumirá a presidência napróxima semana. Paralelamen-te vai ajudar José Serra a seeleger no segundo turno, parti-cipando de mobilizações, reu-niões de campanha, e caminha-das do tucano. “Vou visitar asregiões onde recebi mais votospara agradecer o apoio do meueleitorado”, garante.

(Afonso José de Sousa)

e do candidato a presidênciaJosé Serra (PSDB/SP), paracaso algum deputado seja cha-mado para assumir algum car-go, eu possa vir ocupar umacadeira na Câmara dos Depu-tados”, analisa o parlamentarnikkei que é o sexto suplente esegundo da coligação DEM –PPS/DEM/PSDB.

O candidato a deputado es-tadual Victor Kobayashi(PSDB), disse que o resultadodas eleições não foi aquém doque esperava, mas levou emconta os quase 50 mil votos re-cebidos dos eleitores que acre-ditaram na sua campanha. “Te-nho que levar em consideraçãoas pessoas que acompanharama minha campanha e queremque meu trabalho tenha conti-nuidade. Sinto um pouco decep-cionado por chegar tão perto,orgulhoso pelos votos recebidose confortado pela confiançadas pessoas”, destaca.

William Woo afirma que temum eleitorado grande na capital,mas lembra que nas últimas elei-ções perdeu votos para o candi-dato Clodovil Hernandes (PR/SP) e nas eleições deste anoperdeu votos para o palhaçoTiririca. “Meu protesto maior éo eleitor votar em branco. Acheio resultado injusto e inesperadopor tudo o que fiz no Senado, fuicampeão na apresentação deleis no plenário da Câmara ondetambém tive presença assídua”,salienta.

Walter Ihoshi por sua vezacredita que esse tipo de ar-mação poderá ser impedido apartir do ano que vem quandoo Congresso Nacional, a Câ-mara e o Senado vão discutircasos como do Tiririca, umareforma política pra valer, ovoto distrital, e o fortalecimen-to dos partidos. “Toda eleiçãoé difícil, fizemos o possível paraatingir a meta de 150 mil vo-tos, mas a eleição foi difícil emfunção da própria legislação.Vamos discutir as falhas naspróximas reuniões”, ressalta.

Para Victor Kobayashi naeleição para deputado estadual

não teve um fato constrange-dor como da sociedade ter ele-gido o Tiririca. No seu ponto devista não teve nenhuma aber-ração que prejudicou a suacampanha ou as eleições, foimais a competitividade dos can-didatos e dos nomes que con-correram. “Não teve nenhumfato isolado que tenha atrapa-lhado, teve excesso de candi-datos nikkeis que atrapalhou umpouco. Faltaram 12 mil votospara eu me eleger”, revela.

Conscientização – Na visãodo deputado William Woo fal-tou uma maior conscientizaçãodos eleitores quanto ao votoconsciente. Segundo ele amudança para concorrer àvaga de senador para deputa-do federal também prejudicoua sua estratégia porque nãohouve tempo hábil para ade-quar a campanha e orientar oeleitorado. Para ele o papel doparlamentar é legislar e fisca-lizar o Executivo.

O deputado do DEM decla-rou que fez uma campanha di-fícil e modesta em recursos fi-nanceiros, porém se calculas-se os gastos necessários o re-sultado teria sido outro. Inda-gado sobre o quê faltou paraque saísse vencedor nas urnas,Victor Kobayashi foi irônico aojulgar que faltaram votos equem sabe um pouco mais demobilização, apesar do apoiorecebido da comunidade. “Tal-vez tivesse tido mais apoio dosrepresentantes do interior. Di-ferente dos outros, meus vo-tos foram procedentes da co-munidade, votos de reconhe-cimento dos nikkeis”, analisa.

Questionados a respeito doque vão fazer de agora em di-ante com a derrota nas urnas,os três candidatos a deputadoavisaram que pretendem, coin-cidentemente, ajudar no forta-lecimento da candidatura dotucano José Serra à presidên-cia. William Woo falou que vol-tará às atividades no Senadoonde vai estudar o orçamentoda União para 2011. Além de

apresentar mais seis projetosaté o fim do mandato, entre elesum projeto do ensino básicofundamental público com apren-dizado em período integral eretorno de matérias como Or-ganização Social e Política doBrasil (OSPB), esportes, cultu-

ra e lazer. “Vou pedir apoio paraalgum deputado eleito”, anteci-pa ele ao agradecer a comuni-dade nikkei que sempre apoiouas suas atividades e avisa queos representantes podem con-tar com ele independente domandato.

William Woo e Walter Ihoshi esperavam receber mais votos

ARQUIVO/JORNAL NIPPAK

Victor Kobayashi entre Geraldo Alckmin e José Serra

As previsões, até otimis-tas, das lideranças da comu-nidade nipo-brasileira, seconcretizaram. Como es-tampou o Jornal Nippak naedição da semana passada,a expectativa era eleger doisrepresentantes nikkeis paraa Câmara dos Deputados e,“pelo menos” outros doispara a Assembleia Legisla-tiva do Estado de São Pau-lo. “Se formos analisar osnúmeros, ou seja, numa aná-lise fria, para a comunidadenikkei de São Paulo o resul-tado destas eleições foi me-lhor que há quatro anos”,contabiliza o presidente doKenren (Federação das As-sociações de Províncias doJapão no Brasil), AkeoYogui.

Um dos idealizadores doMovimento para a Repre-sentação da ComunidadeNipo-Brasileira na Política,que teve como base um ma-nifesto assinado por quinzepessoas atuantes nas entida-des nipo-brasileiras e reuniu

seis candidatos para a Câma-ra Federal e outros seis paraa Assembleia Legislativa doestado de São Paulo, AkeoYogui refere-se ao fato deque, nas eleições passadas, acomunidade conseguiu elegerapenas dois representantespara a Câmara dos Deputa-dos e nenhum para o Palácio9 de Julho, sede do Legislati-vo paulista, como já ocorrerana legislatura anterior.

“Melhor ainda se conside-

Para lideranças nikkeis, “resultado foi melhor que há quatro anos”

rarmos que perderíamos umvereador com a saída de JoojiHato da Câmara Municipal eque acabou ‘substituído’ poroutro nikkei, o Aurélio Nomu-ra, do PV [que assumirá em1º de janeiro no lugar de JoséLuiz de França Penna, eleitopara a Câmara dos Deputa-dos]”, lembra Yogui, para quemo problema não está em quemse elegeu, mas nas ausênciasde Walter Ihoshi (DEM) eWilliam Woo (PPS). “Ambos

se destacaram com atuaçõesmarcantes junto à comunida-de nipo-brasileira e, infelizmen-te ficaram fora mesmo obten-do votações expressivas”, ob-serva Yogui, acrescentandoque, “espero que tanto o JunjiAbe como a Keiko Ota tam-bém olhem com carinho paraa comunidade”.

Tiririca – “O fato é que já es-távamos acostumados com oWalter Ihoshi e o William Woo,mas nada impede que os doisnovos representantes nikkeisna Câmara, mesmo tendo tra-balhos voltados para os seg-mentos que os elegeram, deematenção para a comunidade”,explica Yogui, acrescentandoque “seria pretensão de minhaparte” afirmar que o encontroorganizado pelo Movimento noBunkyo às vésperas da eleiçãocom o objetivo de apresentaros candidatos nikkeis à comu-nidade tenha alterado o resul-tado. “É algo que precisa serrepensado”, enfatiza.

Já o presidente do Enkyo

(Beneficência Nipo-Brasileirade São Paulo), Ignácio Mori-guchi, não esconde sua frus-tração pela não reeleição deWalter Ihoshi e William Woo.“Tínhamos expectativas queos dois se reelegeriam”, admi-te, afirmando que, “isso com-prova minha tese que o eleitorcostuma votar sem ter conhe-cimento dos candidatos”.“Tanto o Walter como oWilliam trabalharam bastanteem prol da comunidade, espe-cialmente nas comemoraçõesdo Centenário da ImigraçãoJaponesa no Brasil”, diz o pre-sidente do Enkyo, afirmandoque “é preciso reforçar a ideiade se trabalhar junto à base dapirâmide, e não somente entreos chamados formadores deopinião” que, segundo ele, nãoconseguiram ou não fazemquestão de divulgar as propos-tas como deveriam.

“Para mim ficou bastanteclaro que o ‘fenômeno Tiririca’está bastante disseminado en-tre os eleitores, incluindo osnikkeis, que não estão dando o

devido valor ao voto”. “Achoque o eleitor nikkei não estápreocupado em eleger candi-datos que represente a comu-nidade. Falta suscitar uma re-flexão nesse sentido”, argu-menta Moriguchi, lembrandoque “existe – e sempre existi-rá – entre os descendentes dejaponeses algo que o identifi-que com o seu passado”. “Oque falta é despertar para anecessidade de se ter repre-sentantes que sirvam de elode ligação”, acredita Morigu-chi, afirmando que, “em con-trapartida já era esperada” avitória do ex-prefeito de Mogidas Cruzes, Junji Abe. “A sur-presa positiva foi a eleição daKeiko Ota”, diz. Para ele,mesmo na Assembleia paulis-ta, que conseguiu eleger doisrepresentantes nikkeis, houve“dispersão de votos”. “Não seiaté que ponto o Movimentoconseguiu influenciar nas es-colhas, mas é algo que preci-sa ser melhor trabalhado”,conta.

(Aldo Shiguti)

Lideranças da comunidade com o deputado Walter Ihoshi

ARQUIVO/JORNAL NIPPAK

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São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010 JORNAL NIPPAK 5

CIDADES ARAÇATUBA

Araçatuba sediará o 2º EncontroBunkyo Rural nos dias 23 e 24

Com a proposta de reali-zar o evento anual emmunicípios diferentes

do Estado de São Paulo, a ci-dade de Araçatuba localizadaa 530 quilômetros da capitalpaulista (região Noroeste deSão Paulo), sediará o II Encon-tro Bunkyo Rural nos dias 23e 24 de outubro, na sede daAssociação Cultural Nipo-Bra-sileira de Araçatuba. Realiza-do na conhecida capital do boigordo, o evento é organizadopela Comissão Bunkyo Ruralda Sociedade Brasileira deCultura Japonesa e de Assis-tência Social – Bunkyo, emparceria com a Federação dasAssociações Nipo Brasileirasda Noroeste. Em 2009 a pri-meira edição aconteceu nasede da Fundação Shunji Ni-shimura na cidade dePompéia, oeste do Estado.

O objetivo do acontecimen-to é reunir agricultores, empre-sários, fornecedores, técnicos/pesquisadores e profissionaisligados a área rural. Com osucesso positivo obtido no pri-meiro encontro os organizado-res prevêem um aumento sig-nificativo de participantes paradar continuidade ao intercâm-bio de idéias e conhecimentos,bem como debater a respeitodos possíveis caminhos para odesenvolvimento e o futuro dasatividades ligadas ao setor ru-ral. A estimativa é da partici-pação de cerca de 200 espe-cialistas, 50% deles da regiãode Araçatuba e 50% proce-dentes de outras cidades comode Tomé-açu (PA), Brasília,Paraná e São Paulo.

De acordo com o presiden-te da comissão, Kiyoji Naka-yama a idéia de realizar o en-contro em Araçatuba surgiuno início deste ano quando vi-sitou a cidade e propôs a pro-moção do evento para o pre-sidente da federação local,

Kazoshi Shiraishi, que concor-dou. “A primeira edição foium sucesso, os participantesgostaram do evento, tanto quepediram para aprofundar asdiscussões na segunda edi-ção”, destaca.

O encontro do ano passa-do reuniu 80 profissionais devários setores ligados à agri-cultura, entre engenheirosagrônomos; integrantes dossindicatos rurais de Ibiúna,Mogi das Cruzes e Bastos;representantes de associaçõesnipo-brasileiras de Pompéia,Lins, Bastos, Ourinhos, Mogidas Cruzes e Presidente Pru-dente. Bem como de entida-des de províncias do Japão; eoutras relacionadas às ativida-des agrícolas como a Federa-ção Nacional das Cooperati-vas Agrícolas de Colonização(Jatak) e a Cooperativa Cen-tral Agrícola e de Colonizaçãodo Brasil (Notakyo); coopera-

tivas agrícolas e empresas es-pecializadas do setor.

Programação – O primeirodia será reservado para visi-tas nas áreas cultivadas deAraçatuba como a de 15alqueires do produtor de quia-bo Massao Yamashita; de dezalqueires de cultura de plantasornamentais do produtor IrineuLocatelli; e da colheita meca-nizada de cana-de-açúcar daUsina Cosan. À tarde haveráo pronunciamento dos produ-tores; palestra sobre aqüicul-tura (produção de organismosaquáticos, como a criação depeixes, moluscos, crustáceos,anfíbios e o cultivo de plantasaquáticas para uso do homem);e palestra com Carlos Otsubo.As atividades do dia serão en-cerradas com um jantar e umshow artístico. Finalizando oevento no dia 24 haverá umapalestra relativa à agricultura

de precisão; e sobre sucessãofamiliar; e reserva legal e meioambiente; terminando com umalmoço festivo.

As inscrições dos interes-sados em participar do encon-tro ao custo individual de R$50,00 estão abertas. Depen-dendo da quantidade de parti-cipantes, os organizadores es-tão estudando a contratação deum ou dois ônibus para trans-portar os interessados até olocal do evento, sendo que ataxa ainda será definida (opci-onal).

2º ENCONTRO BUNKYO RURALQUANDO: DIAS 23 E 24 DE OUTUBRO

HORÁRIO: DIA 23 DAS 8H ÀS 19H E DIA

24 DAS 8H ÀS 12H

ONDE: ASSOCIAÇÃO CULTURAL NIPO-BRASILEIRA DE ARAÇATUBA - RUA AN-TONIO FLORENCE, 235 - HIGIENÓPOLIS -ARAÇATUBA – SÃO PAULO

INFORMAÇÕES: (11) 3208-1755EVENTO@BUNKYO / WWW.BUNKYO.ORG.BR

DIVULGAÇÃO

Primeira edição do Bunkyo Rural aconteceu na sede da Fundação Shunji Nishimura, em Pompeia

LINS – O Departamento Feminino Wako Fujinkai do Bun-kyo de Lins, presidido pela professora Hiroko Isaka Sado,como faz todos os anos no segundo semestre, organizou aexcursão de caráter educativo, cultural, ecológico e recrea-tivo. Desta vez o passeio foi para Guarantiguetá, Basílica deNossa Senhora da Aparecida e Campos de Jordão, do dia 19a 22 de setembro.

DIVULGAÇÃO

COLUNA DA ERIKA SUMIDA

Irashaimasê

Irashaimassê é uma ex-pressão japonesa, muito usa-da aqui no comércio. Quandoentramos numa loja, todos osfuncionários dizem para nós,clientes, irashaimassê!!!! Quesignifica: seja bem-vindo!!

A educação japonesa éalgo admirável! Em qualquerlugar que vamos, somos bemrecebidos, bem tratados e con-fesso que chego a ficar umpouco constrangida com tan-tos irashaimassê.

Aqui no Japão só fui maltratada uma vez, e nem foi porjaponeses, foi por brasileiros!!Acreditem se quiser, fui numbanco brasileiro aqui da minhacidade, chegando lá tinha umafila enorme, e eu pacientemen-te esperando, quando a aten-dente pulou minha vez, eu fuilá e falei pra ela que eu estavacom a senha, mas não fui cha-mada. Ela estupidamente merespondeu que tem que ter pa-ciência, que todos estão na fila,quando ela viu minha senha,percebeu que errou e que ti-nha chamado o numero erra-do, nem desculpou-se, apenasfez uma cara de tédio e disse,em tom de deboche:” Entãovou te atender vai!”

O que é isso? Eu moro ha13 anos no Japão, nunca tinhasido desrespeitada em lugarnenhum e quando vou fazeruma remessa bancária, numaagência onde todos são meusconterrâneos, onde todos alifalam a mesma língua que eu,eu sou tratada desse jeito?

Ah, mas fui embora indig-nada, porque, mesmo sendoestrangeira aqui, vou à prefei-tura e sou muito bem recebi-da, vou aos hospitais, e todossão muito atenciosos comigo.Em qualquer lugar que eu vá,os japoneses me tratam muitobem, e mesmo quando nãoconsigo entender 100% do queestão falando, eles se esfor-çam em me explicar.

Será que os brasileiros es-tão se achando melhor que osoutros só porque trabalham embanco? Pra mim é tão normalcomo trabalhar em fábrica. Éum emprego como outro qual-quer. E mais: o banco depen-de de nós, meros peões de fá-brica, para manter-se em meioà crise econômica.

E quando ligamos para al-guma firma japonesa, a aten-dente sempre fala a seguintefrase: “estaremos sempre asua disposição para te servir”.E antes de desligar ela fica um

tempão agradecendo a nossaligação. Isso já faz parte dacultura japonesa, toda essaformalidade, é uma forma derespeito para com o cliente, eem minha opinião vale muitopara um cliente ser bem aten-dido, ser respeitado, ter aten-ção. São pequenos gestos queos brasileiros poderiam ir in-corporando no dia-a-dia.

Palavras mágicas que fa-zem toda a diferença: obriga-do, por favor, seja bem-vindo,volte sempre, foi um prazer tê-lo como cliente...Tudo isso édito dentro do comércio japo-nês, nos atendimentos em ban-cos, prefeituras, hospitais etc.

E se ainda esperamos umpouco mais pelo atendimento,há a formalidade para o pedi-do de desculpas pela demoraem sermos atendidos.

São exemplos que pode-mos aprender, tão simples, mascom um retorno enorme!

Quando vou para o Brasil,digo até que prefiro ir numa lojaonde eu pague mais caro peloproduto, mas que eu seja bematendida. Acostumamos a ser-mos bem tratados e no Brasilisso custa caro ainda. Infeliz-mente, temos que pagar a di-ferença para não sermos des-respeitados.

Não que eu esteja falandomal do Brasil, não é isso. Masé que esse episódio do bancome fez ver a diferença gritan-te entre um país e outro.

E conversando com os bra-sileiros daqui da minha cidade,percebi que ninguém está sa-tisfeito com o atendimento dobanco. Resolvi ligar pro geren-te, que é meu amigo, e conteio acontecido, Liguei para acentral em Tókio e converseicom um outro amigo que tra-balha na agência lá. Ele meprometeu que vai melhorar eque providências já foram to-madas. Agora vamos ver o queestá para vir, né?

Mas a verdade é que nãotenho a mínima vontade devoltar no banco e fico adiandoo máximo para fazer uma re-messa.

Espero, de verdade, queisso não se repita, mas se acon-tecer de novo, paciência!

E dá-lhe irashaimassê!!Domo arigatô !!

*Erika Sumida nasceu em Araça-tuba (SP) e há 12 anos mora noJapão. Onde trabalha com desen-volvimento de criação. E-mail:[email protected]

Aurélio assume em janeiro

ARQUIVO/JORNAL NIPPAK

Com a saída de oito parla-mentares da Câmara Munici-pal de São Paulo para assumircargos de deputado federal(cinco) e estadual, a partir dodia 1º de janeiro de 2011, no-vos vereadores também vãotomar posse na principal casapolítica paulistana. Dos oitonovos vereadores, sete jáexerceram o mandato anteri-ormente, entre eles o advoga-do Aurélio Nomura que já le-gislou nos anos de 1993 a 1996,de 1997 a 2000 e de 2005 a2008, período que foi líder dabancada do PV. O defensornikkei substituirá o presidentedo partido, José Luiz de Fran-ça Penna, eleito deputado fe-deral no pleito do dia 3 de ou-tubro.

POLÍTICA/SÃO PAULO

Em seu retorno à Câmara Municipal, Aurélio Nomura pretendedesarquivar seus projetos e colocá-los em discussão

Aurélio Nomura asseguraque sua expectativa de assu-mir como vereador é grande,pois no período que esteveafastado constatou que o con-

tribuinte gasta muita energia etempo para resolver os seusproblemas e necessidades dodia-a-dia. Para ele a máquinaadministrativa municipal é ex-tremamente morosa eineficiente; as respostas aosproblemas muitas vezes sim-ples, “ficam ao Deus dará”.Ele verificou problemas de or-dem policial como de um ga-roto vítima de bulling infantil eda iluminação da rua em quemora, resolvido após contatopessoal com o diretor do Ilu-mine, situações que teve queintervir pessoalmente. “Os doiscasos mostram o quanto osserviços deixam a desejar.Mas em todos os casos nota-mos que não existe planeja-mento”, destaca.

No período que ficará naCâmara Aurélio Nomura pre-tende desarquivar os seus maisde cem projetos arquivados ecolocá-los em andamento paradiscussão com a sociedade eórgãos governamentais. Comoexemplo, o projeto que obrigaos empreendedores que com-prarem o potencial construtivo,de seguir os parâmetros dosGreen Bulldings. A exigência deEIA-Rima para construções degabarito quatro, ou seja, quatrovezes o tamanho do terreno.“Além da obrigatoriedade deaudiências públicas antes daelaboração dos projetos deobras públicas e não após comoatualmente ocorre. Enfim, muitotrabalho”, ressalta.

Sobre as eleições 2010Aurélio Nomura observou queo PV vem crescendo na me-dida em que a população vemse conscientizando da neces-sidade da preservação do meioambiente, do desenvolvimentosustentável, mas principalmen-te de deixar um legado harmo-nioso e saudável para os filhose netos.

A Associação OkinawaKenjin do Brasil e o CentroCultural Okinawa do Brasilrealizam na próxima terça-fei-ra (12), das 10 às 17 horas, nasede do CCOB (Av. Sete deSetembro, 1670), em Diadema,a quinta edição do KodomoMatsuri, cujo objetivo é propor-cionar a integração entre pais,avós e crianças e, através dediversas apresentações cultu-rais, contribuir para a forma-ção das futuras gerações.

Com o tema “O mundo ani-mal”, o evento terá a partici-pação de Edvaldo Figa, queelaborará o “Hina Dan” para

a decoração desse dia. Have-rá ainda apresentações de ta-lentos infantis no palco comdanças e cantos folclóricos doJapão e do Brasil, apresenta-ção de tambores e números demagia, além de entretenimen-tos como jogos de argolas, pes-caria, caça ao tesouro, jogoamericano, jogo de latas, tiroao alvo e gicana.

Na praça de alimentação,não faltarão pratos típicoscomo yakissoba, yakitori (fran-go no espetinho), sorvetes erefrigerantes, cachorro quen-te, crepes, pastel, okinawasoba, obentô e churrasco.

CIDADES/DIADEMA

5º Kodomo Matsuri espera cerca de 2 mil criançasPara comemorar um dia tão

especial, serão oferecidos pipo-ca e algodão doce a todas ascrianças que comparecerem. Aentrada é franca mas os orga-nizadores solicitam a contribui-ção com um quilo alimento nãoperecível que serão entreguesa entidades beneficentes.

5º KODOMO MATSURIQUANDO: DIA 12 DE OUTUBRO (TERÇA-FEIRA), DAS 10 ÀS 17 HORAS

ONDE: CENTRO CULTURAL OKINAWA

DO BRASIL (AV. SETE DE SETEMBRO,1670 – DIADEMA)ENTRADA FRANCA

INFORMAÇÕES PELO TEL.: 11/3106-8823

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6 JORNAL NIPPAK São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010

CINEMA JAPONÊS

Mostra em São Paulo apresenta“O Sangue Quente do Japão”

COLUNA DO JORGE NAGAO

Por que não fui eleito?

(JORGE NAGAO)

(candidatos oficiais a de-putado em SP, por incrívelque pareça.)

A.Triunfo (PMDB): Fuirumo à vitória, errei de rota,que derrota!

Alex Camburão (PRP): Deusme livre, os meus eleitoresestavam presos.

Altair da Associação (PV):Os associados não associa-ram o meu número.

André Sacco (PSDB): Saco,a minha candidatura foi prosaco.

Bebê (PSDC): Depois dessaé beber ou prestar concursopro BB.

Bin Laden (PTN): Deuchabu. E eu achava que es-tava bombando.

Bombeiro Paulo Roberto(PTC): Eleitor é fogo, sumiufeito fumaça.

CandidCandidato do GrandeDeus (PCdoB): Nem Ele vo-tou em mim!

Chico da Adega (PMDB):Voto nenhum. Não esperevoto de bebum.

Cobrador Cabeça (PP): Nãodeu Cobrador. Só dor de ca-beça.

Diolinda Sem Terra (PCdoB):Candidatura assim, se enter-ra.

Dona Hilda Sem Escola(PSC): E agora sem voto esem mandato.

Dr. Abelha (PCdoB): É o fimda picada. O eleitor me fer-rou.

Dr. Índio (PV): Minha tribome traiu. Tchau, vou índio.

Dr. Segura (PTB): Ninguémsegura a vontade do eleitor.

Euripinho Artilheiro do Povo(PPS): Me jogaram pra es-canteio.

Elvis Já (PSDC): Depois des-sa, Elvis Já Era.

Ezequias Vai Chover(PCdoB): Não choveu votos,fiquei na seca.

Felicidade (PSDB): Candida-tar-me foi uma idéia infeliz.

Geraldinho O Iluminado(PT): Blecaute. Deu apagãono eleitor.

Geremias Motoboy (PSDC):Prometeram-me votos masnão entregaram.

Ivan Tesourinha (DEM): Oeleitor cortou o meu barato.

Jadis é Verdade (PSOL):Eleitor é mentiroso. Jadis, éverdade.

Jessé dos Animais (PPS): Ah,se animal votasse... É isso aí,bicho!

Jô (PSB): A garantia soy Jô,não colou.

Latife (PPS): Sou Latife e oeleitor, um patife.

Larguesa (PT) Vou largarisso. Não sou tão largo as-sim.

Luizinho da Favela (PSOL):Os caras da quebrada mequebraram.

Madonnaká É Kattia Thomé(PTB): Agora é KátiaThomei.

Maguila (PTN): Cadê você,eleitor, vou te dar porrada,

meu!

Maradona do Brasil (PTB):Foi o River. Perdi essa Boca.Boludos!

Maria Imobiliária (PSDC): Oeleitor ficou imóvel e a casacaiu.

Marcelinho Carioca (PSB):Paulista não vota em Cario-ca, aprendi.

Marcelinho Engraxate(PHS): Fiquei completamen-te sem graxa.

Marketty ( PSOL): o PSOalnão votou. Preciso de ummarketeiro.

Maurin da Sorveteria(PCdoB): Entrei numa gela-da.

Melão (PR): Nem MulherPêra, nem Homem Melão,vai entender.

Moisés Papai Noel (PTdoB):É, amigo, eleição não é brin-quedo, não.

Nelson Mandela (PP): Aquininguém me conhece. Voupra África do Sul.

Ninguém (PSL): Ninguémvotou em mim. Nem eu.

O Politizador do Brasil(PMN): Politizar brasileiro écomo enxugar gelo.

Obama Brasil (PTB): Enten-di, o brasileiro prefere aBrahma.

Paulo Cainé (PPS): Caí nes-sa desta vez. Não caio mais.

Peixe Zona Sul (PTB): OPeixe aqui nada, nada. Enada de votos.

Prof. Shin (PV): Fararan quevotarian Shin, mas votaranNon.

Rogério Milagre (PTC): De-votos, e os votos? O milagrenão aconteceu.

Ronaldo Ésper (PTC): Nãodeu. Agora é Esper-ar a pró-xima.

Rubinho Cai Cai (PSB): En-tenderam o porquê do meuapelido?

Sonrisal (PPS): Fizeram tem-pestade em copo d’água, Enovotaram em mim.

Tetraneto do Zumbi dosPalmares (PTN): Que pre-conceito! Votaram em bran-co.

Tico do Transporte Escolar(PTB): Peruas, cadê os vo-tos? Van pentear macaco!

Tio do Doce (PSB): O elei-tor fez doce e o Tio ficouamargo. Magoei.

Toninho O Desconhecido(PTC): Pelo jeito, continuosendo.

Toninho Protético (PRTB):Assim não dá. Abaixo a den-tadura!

Wilson Focássio (PRP): Fal-tou foco. Ilson foi umfracássio.

Zé Pillin (PRTB): Não em-barcaram no meu discurso.Fui pro espaço.

Zezinho Cachoeira (PRB):Disseram que votariam emmim. Era cascata.

Zidane (PSOL): Zidanei!

*Jorge Nagao é jornalista e colunis-ta do site Primeiro Programa(www.primeiroprograma.com.br)E-mail: [email protected]

Em parceria com a Fun-dação Japão, a Cinema-teca Brasileira e o Cen-

tro Cultural São Paulo rece-bem em outubro a mostra OSangue Quente do Japão: Ci-nema Japonês Fora-da-Lei,com 17 longas-metragens pro-duzidos entre 1937 e 1996, qua-se todos eles inéditos no Bra-sil. Os filmes apresentam umamplo panorama do gêneroconhecido no Japão como ya-kuza eiga, que envolve todosaquelas obras cujas tramasabordam foras-da-lei e orga-nizações criminosas, desde fil-mes de época (jidaigeki) atéproduções contemporâneassobre gângsteres e marginais.

A princípio, pode parecerestranho que filmes de samu-rais e espadachins (os chama-dos chambara) sejam incluídosentre os yakuza eiga. Vale lem-brar, no entanto, que as asso-ciações criminosas conhecidascomo Yakuza surgiram nosgrandes centros urbanos japo-neses de Osaka e Edo (atualTóquio) justamente no início doséculo 17, durante o períodoEdo (1603-1868), época emque são ambientados muitosdos jidaigeki.

Se inicialmente os Yakuzareuniam andarilhos e jogado-res profissionais, a partir de1603, com o fim das guerrasfeudais, essas organizaçõespassaram a incluir também ex-samurais que, com o adventodos tempos de paz, viram-sesem mestre e ameaçados debanimento. Todas essas cate-gorias de foras-da-lei – e tam-bém os gângsteres do século20 – são contempladas pelosfilmes reunidos nessa mostra,que podem tanto apresentartramas sobre a atuação doscriminosos ainda no períodoEdo (como O Grande duelo, deEiichi Kudo), quanto obras queabordam a Yakuza já num con-texto urbano (caso, por exem-plo, de Japanese Yakuza, deMakino Masahiro, e de A Ci-dade da violência, de SatsuoYamamoto).

Além de apresentar um iné-dito panorama histórico da evo-lução dos yakuza eiga, a mos-tra também oferece ao espec-tador a oportunidade de entrarem contato com a obra de re-alizadores japoneses de gran-de importância e originalidadeque permanecem praticamen-te desconhecidos do grandepúblico, como Hiroshi Inagaki(1905-1980), presente à mos-tra com dois de seus filmesmais célebres: Duelo em Taka-danobaba, de 1937, título maisantigo da programação, e OHomem do Riquixá, de 1943,lançado originalmente no Bra-sil como O Endiabrado. Trata-se da primeira versão de umahistória que alcançaria aindamaior sucesso ao ser refilmadaem 1958, pelo próprio Inagaki.

Outro realizador de desta-que presente à mostra é KinjiFukasaku (1930-2003), res-ponsável por promover, emmeados dos anos 1970, um re-nascimento dos yakuza eigacom a série de filmes Luta semcódigo de honra (Jingi nakitatakai), que incluiu oito títulosrodados entre 1973 e 1976, di-vididos em uma série de cincofilmes e outra de três, mais umnono filme rodado em 1979com direção de Eiichi Kudo.

“O mais japonês” – Por con-ta desse sucesso, Fukasakuconseguiu, em 1980, rodar oambicioso projeto O Dia da res-surreição (Fukkatsu no hi), umaficção-científica apocalíptica degrande produção, que contouem seu elenco com estrelas in-ternacionais do calibre de GlennFord, Robert Vaughn, EdwardJames Olmos, George Kenne-dy e Bo Svenson. Já no final desua carreira e de sua vida,Fukasaku conquistou ainda umnovo e inesperado sucessomundial com Batalha real(Battle Royale), ultra-violenta

adaptação de um famoso man-gá que se tornou um cult movieinstantâneo em todo o mundo,originando seqüências e inúme-ras imitações, além de uma es-trondosa polêmica que se se-guiu ao seu lançamento no Ja-pão, onde associações de paise autoridades pediram obanimento do filme para ele quenão pudesse influenciar os jo-vens a imitar aquilo que viamna tela.

Grande esteta da violência,muito admirado por realizado-res como Quentin Tarantino,Fukasaku é contemplado naprogramação com dois filmes:Wolves, pigs and men, um deseus primeiros sucessos, lan-çado em 1964, e Alugados peloinferno (também conhecidocomo Cemitério da honra), de1975, que foi refilmado em2002 pelo enfant terrible Ta-kashi Miike, outro “profeta” daultra-violência e legítimo her-deiro de Fukasaku.

Em termos de prestígio ereconhecimento crítico, no en-tanto, nenhum dos cineastascontemplados nessa retrospec-tiva se compara a Tomu Uchi-da (1898-1970). Consideradoo melhor cineasta do Japão ouo “mais japonês” dos cineas-tas por muitos críticos e reali-zadores, Uchida teve uma lon-ga e notável carreira como di-retor desde o período do cine-ma silencioso, jamais se aten-do a um único gênero.

Sua contribuição ao univer-so dos yakuza eiga, no entan-to, é de valor inestimável, comoo público poderá comprovar apartir de seus três filmes inclu-ídos na mostra: o antológico ALança ensanguentada, quechegou a ser exibido no Brasilnos antigos cinemas do bairropaulistano da Liberdade, Tra-gédia em Yoshiwara, baseadonuma história real, e Hishakaku

e Kiratsune, tido como um dosmaiores clássicos do gênero.Dentre os admiradores con-fessos de Uchida está o cine-asta brasileiro Carlos Reichen-bach, que apresenta um deba-te sobre o mestre na aberturado evento, na Cinemateca.

Jidaigeki – O mais importan-te dentre todos os realizadoresde yakuza eiga, principalmentedaqueles filmes de época des-se gênero, é contudo o diretorTai Kato – e isso se reflete naseleção dos filmes dessa mos-tra, que contempla nada menosdo que seis de suas obras. Ten-do iniciado sua carreira comoassistente de direção para no-mes consagrados como AkiraKurosawa – com quem traba-lhou no fundamental Rashomon–, Tai Kato (1916-1985) foi res-ponsável por revitalizar os jidai-geki, rompendo com as rígidastradições da representação ci-nematográfica então vigentes,sobretudo em favor do realis-mo. Foi o primeiro diretor a eli-minar a maquiagem peculiardos atores nos filmes de época,que considerava artificial, e aintroduzir uma visão autoral queultrapassava as convenções degênero.

Um mestre absoluto dosyakuza eiga, Kato soube comoninguém balancear a violênciaem seus filmes com um senti-do de solidão e angústia queconferia densidade emocionala cada gesto de seus persona-gens.

Apesar de ter despertadoa admiração de muitos reali-zadores ocidentais, Tai Katopermaneceu – e ainda perma-nece – praticamente desco-nhecido fora de seu país. Po-rém, algumas retrospectivasrecentes de seus filmes naEuropa e nos Estados Unidosvêm contribuindo para rever-

ter esse quadro e conduzi-lo aolugar de destaque que ele me-rece dentre os cineastas japo-neses de sua época.

Agora é a vez de o públicobrasileiro ter uma chance de fi-nalmente entrar em contatocom sua obra, por meio de fil-mes absolutamente originaiscomo a obra-prima Sangue devingança, que conta com umadas mais impressionantes cenasde ação do cinema japonês, e omoderno History of a man’sface, que traz uma trilha sono-ra inusitada, repleta de pop ja-ponês e jazz americano. Am-bos os filmes são estrelados pelolendário Noburo Ando, um le-gítimo yakuza na vida real, quefoi chefe de gangue e chegoua cumprir pena na prisão antesde se lançar como ator em1965, num filme sobre a suaprópria vida.

RETROSPECTIVA O SANGUE QUENTE DO

JAPÃO: CINEMA JAPONÊS FORA-DA-LEI

CINEMATECA BRASILEIRAQUANDO: ATÉ 21 DE OUTUBRO

ENDEREÇO: LARGO SENADOR RAUL

CARDOSO, 207 (PRÓXIMO AO METRÔ

VILA MARIANA)OUTRAS INFORMAÇÕES: (11)3512-6111(RAMAL 215)WWW.CINEMATECA.GOV.BR

CENTRO CULTURAL SÃOPAULOQUANDO: DE 8 A 21 DE OUTUBRO

ENDEREÇO: RUA VERGUEIRO, 1.000(PARAÍSO)OUTRAS INFORMAÇÕES: (11)3397-4002WWW.CENTROCULTURAL.SP.GOV.BR

Todos os filmes da retrospectiva,que tem entrada franca, serãoexibidos em cópias novas em pe-lícula de 35mm, trazidas direta-mente de Tóquio pela FundaçãoJapão.Programação não recomendadapara menores de 14 anos

O Grande Duelo: filmes apresentam um amplo panorama do gênero conhecido como yakuza eiga

DIVULGAÇÃO

Dentre os filmes de TaiKato presentes nessa retros-pectiva estão incluídos tambémdois capítulos da célebre sériede oito longas-metragens pro-tagonizados pela personagemRed Peony Gambler (conhe-cida no Brasil como A PeôniaEscarlate, a Peônia Carmesimou, ainda, a Jogadora da Peô-nia Escarlate), uma jogadoraprofissional que tem essa flortatuada em seu corpo. Criadapelo roteirista Noribumi Suzu-ki em 1968, para os estúdiosToei, a heroína, interpretadapela bela Junko Fuji, é a filhade um chefe de bandoleirosassassinado covardemente porseus rivais, que abandona osestudos, adota o nome de Oryu,e sai em busca dos responsá-veis pela morte de seu pai.Depois de cumprir sua missãode vingança, ela segue viagemganhando a vida em jogos decartas e encarando aventurasnas quais suas fabulosas habi-lidades como espadachim sãopostas à prova.

O sucesso desses filmes foitão grande que levou a Toei aproduzir em seguida uma novasérie, A Gueixa Heróica, tam-bém estrelada por Junko Fuji,além de ter motivado outrosestúdios a explorar o filão dasheroínas lutadoras. A PeôniaEscarlate, contudo, segue ini-gualável, em grande medidagraças à contribuição de TaiKato, que dirigiu três dos oitotítulos da série, dois dos quaisestão incluídos nessa mostra:

o terceiro capítulo, A PeôniaEscarlate – Cartada de umaflor, primeiro dirigido por Katoe considerado o melhor dentretodos os filmes com a perso-nagem, e A Peônia Escarlate– Aqui está Oryu, sexto capí-tulo das aventuras da heroína.

Obs.: temos fotos em altaresolução de diversos dos títu-los que compõem esta mostra.Favor encaminhar solicitaçõespara o [email protected]

Retrospectiva na Cinemateca e Centro Culturalinclui série com Red Peony Gambler

A Peonia Escarlate - Aqui esta Oryu, sexto capítulo com a heroína

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Page 7: 07 OUT 2010 - Jornal Nippak€¦ · 2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010 EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI LTDA. CNPJ 02.403.960/0001-28 Rua da Glória, 332 -

São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010 JORNAL NIPPAK 7

CINEMA

Cinemateca Brasileira homenageiaanimador japonês Satoshi Kon

Canto do

BACURI

MARI SATAKE

Um tempo atrás, um ami-go me falou de sua intençãode organizar uma sessão decerâmica em sua casa. Dis-se que gostaria de sugerir aconfecção do pé de Buda emargila. De pronto, abracei aidéia. Há anos venho falan-do que quero voltar a lidarcom o barro. Achei que de-pois deste dia, seria mais fá-cil retornar. Mas haja tem-po!

Da idéia, logo partiu paraa ação. Para não pegar opessoal que convidaria des-prevenido, marcou para umdomingo, dali a dois meses.Naquele domingo, estariamtodos em São Paulo, pensou.Alguns dias antes da datamarcada fui com ele comprara argila e para minha surpre-sa, a loja escolhida, fica aqui,bem perto de minha casa.Passamos ali tempo bemmaior que o necessário paraa nossa modesta compra.Não sei nem dizer que en-cantamento foi aquele que aloja exerceu sobre mim. Mas,enquanto ali estava tudo meinteressava. Fiquei perdidaem meus devaneios e imagi-nações sobre as diversas pos-sibilidades com a cerâmica.Poderia fazer isto ou aquilo.Meu amigo, por seu lado, tam-bém olhava os diversos ins-trumentos de trabalho ofere-cidos.

Dedo trincado

[email protected]

Saí da loja, crente que mui-to em breve, voltaria para lá.A loja oferecia tudo que pre-ciso e perto de casa.

Enfim chegou o dia. Sur-presa, dos muitos convidadospara a atividade, apenas eu.Algum tempo mais tarde, ou-tro com seu filho e horas de-pois, sua mulher. Passamosa tarde toda, amassando a ar-gila, modelando, buscando.Cada qual a sua forma, a suaexpressão. Com a minhapeça inacabada, voltei paracasa. Aqui chegando aindatrabalhei algumas horas. Sóparei porque teria que levan-tar cedo no dia seguinte. Commuito cuidado protegi a peçapara ainda poder mexer nelanos próximos dias. Já não melembro quantas vezes medediquei à peça, mas andeitrabalhando nela algumasvezes até me dar por satis-feita e deixá-la secando emalgum local protegido. Ecomo ficou protegida a peça.Só fui mexer nela novamen-te depois de quase dois anos.E constato, um dos dedos estátrincado.

Deixo a tentativa de re-torno à cerâmica, assim daforma como está. Com odedo trincado. Por enquantopreciso olhar para este dedotrincado e dele extrair algo.Mas sei, darei um jeito. Omelhor que for possível.

Falecido prematuramenteno dia 24 de agosto últi-mo, de câncer no pâncre-

as, aos 47 anos, o japonês Sa-toshi Kon era considerado umdos maiores autores de anima-ção em atividade. Responsávelpor longas-metragens profunda-mente originais comoMillennium actress, Tokyogodfathers e Paprika, desta-cou-se no panorama do animeao introduzir elementos geral-mente estranhos ao gênero,como dramas familiares e ro-mance. Satoshi Kon iniciou suacarreira como autor de mangáse foi editor da Young Magazineantes de voltar-se para o audi-ovisual, trabalhando como ani-mador e desenhista em filmese seriados de televisão. Con-quistou seu primeiro trabalho dedestaque no cinema ao escre-ver o roteiro de uma das histó-rias do longa-metragem em epi-sódios Memórias, produzido porKatsuhiro Otomo em 1995. Em1998, estreou na direção como aclamado Perfect blue, quepermanece inédito no Brasil, aoqual se seguiram os outros trêsfilmes já mencionados e umatambém inovadora série paratelevisão, Paranoia agent.

Diferentemente de outrosanimadores, Satoshi Kon diri-giu apenas filmes tambémroteirizados por ele, permitindo-lhe imprimir seu estilo pessoal

a animes sérios e adultos, mar-cados pela complexidade psico-lógica e pelo realismo, mas sem-pre em diálogo ativo com o de-lírio e o sonho, elementos de

distorção da realidade.

Perda – A respeito deste as-pecto, inclusive, é curioso no-tar as semelhanças que o seu

ultimo filme concluído, Paprika,guarda com o recente suces-so de Christopher Nolan, AOrigem, já que ambos traba-lham com a possibilidade de ohomem compartilhar seus so-nhos com outras pessoas – outê-los “invadidos” – por meioda tecnologia. O assunto, apa-rentemente, seria novamenteabordado por Satoshi Kon nofilme inacabado no qual esta-va trabalhando, batizado eminglês como The dreamingmachine (“a máquina de so-nhar”, em tradução livre).

Para não deixar passar embranco tão lastimável perda,que privará o cinema de ani-mação de uma de suas maio-res forças criativas na atuali-dade, a Cinemateca Brasileirapresta uma singela homena-gem a este artista de talento eoriginalidade inegáveis exibin-do gratuitamente seus dois úni-cos longas-metragens lançadoscomercialmente no Brasil: To-kyo godfathers e Paprika.

UM ADEUS A SATOSHI KONDE 9 A 10 DE OUTUBRO

CINEMATECA BRASILEIRA: LARGO

SENADOR RAUL CARDOSO, 207(PRÓXIMO AO METRÔ VILA MARIANA)OUTRAS INFORMAÇÕES:(11) 3512-6111 (RAMAL 215)WWW.CINEMATECA.GOV.BR

ENTRADA FRANCA

Paprika (Papurika), de Sato-shi Kon. Japão, 2006, 35mm,cor, 90’, legendas em portu-guês, exibição em DVDSinopse: Uma equipe de cien-tistas desenvolve uma máqui-na que lhes permite acessar oinconsciente das pessoas paragravar e assistir aos seus so-nhos. A máquina milagrosa, noentanto, é roubada por um “ter-rorista dos sonhos”, que passaa utilizá-la para penetrar nosubconsciente das pessoas einstaurar o caos. Com visualexuberante e impressionantesefeitos visuais, o filme de cer-

PROGRAMAÇÃO

ta forma antecipa elementosdo enredo de um grande su-cesso recente do cinema nor-te-americano: a ficção-cientí-fica A Origem, dirigida porChristopher Nolan.Classificação indicativa: 12anosSábado (9), às 19h, e domin-go (10), às 20h30

Tokyo godfathers, de Sato-shi Kon. Japão, 2003, 35mm,cor, 91’, legendas em portu-guês, exibição em DVDSinopse: Em Tóquio, as vidasde três amigos sem-teto, uma

jovem, um travesti e umbeberrão de meia-idade, sãosubitamente transformadasquando eles encontram umamenina recém-nascida aban-donada no lixo em plena vés-pera de Natal. Com cenáriosdeslumbrantes, este atípicoanime expõe todo o potencialdo gênero para cativar umaaudiência madura, com umahistória repleta de lições devida e redenção.Classificação indicativa: 16anosSábado (9), às 21h, e domin-go (10), às 16h30

MMMMMMMMMMMM

Paprika, último trabalho de Satoshi Kon guarda semelhanças com A Origem, de Christopher Nolan

Tokyo godfathers, filme de Satoshi Kon produzido em 2003

A Fundação Japão em SãoPaulo realiza gratuitamente anova peça de kamishibai (nar-ração de estórias com utiliza-ção de painéis de desenho)com o tema “A Tinturaria daCoruja”, no dia 9 de outubro(sábado), a partir das 14h. Aencenação acontece no espa-ço ao lado da biblioteca, comquatro sessões (duas em japo-nês e duas em português). Oevento marca o novo horáriode funcionamento da bibliote-ca é de terça a sexta-feira, das10h30 às 19h30 e aos sábados,das 10h30 às 18h30.

A origem do kamishibai re-monta à era Edo, mas foi di-fundido em todo o país por vol-ta dos anos 30. É uma arte di-recionada principalmente paracrianças onde um contadornarra teatralmente uma estó-ria mostrando desenhos. NoJapão, desde antigamente, ha-via-se o costume de contarestórias mostrando desenhos.Isto era chamado de “etoki”.

Mesmo no clássico da lite-ratura japonesa “Gengi Mono-gatari”, há cenas em que amasnarram estórias para as prin-cesas desse modo. Kamishibaicontém dezenas de desenhossobrepostos mostrando o de-senrolar de uma estória. Ocontador mostra à platéia odesenho na ordem da estóriae os vai narrando, interpretan-do cada um deles.

Por volta de 1946, o kami-

shibai de rua começou a ficarpopular e os contadores deestória rodavam as ruas da ci-dades levando na bicicleta okamishibai e os doces. Eleschamavam as crianças baten-do as castanholas, vendiam osdoces e quando havia uma boa

platéia começavam o kamishi-bai. Recentemente, em paísescomo Vietnã e Laos, o resul-tado educativo do kamishibaiestá sendo bem avaliado. Di-ferentemente de mídias unila-terais como a televisão, o ka-mishibai tem a característica

de ser bilateral e criar uma li-gação do contador com a pla-téia.( (†

A peça é voltada para cri-anças de 4 a 12 anos e seusresponsáveis, mas é recomen-dada para alunos de língua ja-ponesa, pessoas ligadas aoensino de língua japonesa e poraqueles que se interessam porkamishibai.

KAMISHIBAI - TEATRO DEPAPEL PARA CRIANÇAS“A TINTURARIA DA CORUJA”QUANDO: DIA 9 DE OUTUBRO (SÁBADO)HORÁRIO: SESSÕES EM JAPONÊS, ÀS 14 E15H. SESSÕES EM PORTUGUÊS, ÀS 1H30E 15H30ONDE: BIBLIOTECA – FUNDAÇÃO JAPÃO

EM SÃO PAULO (AV. PAULISTA, 37 – 2ºANDAR – PARAÍSO)ACESSO PARA PORTADORES DE

NECESSIDADES ESPECIAIS

ENTRADA GRATUITA

INFORMAÇÕES: (11) 3141-0110 /[email protected]

KAMISHIBAI

Apresentação de “A Tinturaria da Coruja”, nova peça dekamishibai, acontece neste sábado, na Fundação Japão

DIVULGAÇÃO

Apresentação acontece neste sábado, às 14h, na biblioteca

Fundado em 15 de agostode 1950 pelo professor GoroHashimoto (1913 – 2008), oCentro de Pesquisas de His-tória Natural está completan-do 60 anos de atividades.Para marcar a data, no pró-ximo domingo (17), a partirdas 11 horas, será realizadauma cerimônia comemorati-va na sede da entidade (RuaJaime Ribeiro Wright, 618, emItaquera), em São Paulo. Oponto alto do evento será umalmoço aberto à comunidadeem geral e que contará coma participação de associadose membros antigos.

Os organizadores solici-tam confirmar presença comantecedência pelo telefone:11/6522-8299).

Segundo o consultor KenjiKoshimura, o Centro de Pes-quisas de História Natural re-úne atualmente entre 50 e 60associados que participam deatividades como viagens deestudos. A próxima acontecenos dias 6 e 7 de novembro,com destino a São FranciscoXavier e arredores, no ParqueNacional Serra da Canastra,em Minas Gerais (MG).

Koshimura explica que, nessasviagens, são coletadas entre150 e 200 exemplares novosde plantas. “Hoje, o CPHNmantém em seu herbário cer-ca de 150 mil exemplares, quesão utilizados para pesquisas”,diz Koshimura.

60 ANOS DE FUNDAÇÃO DOCENTRO DE PESQUISAS DEHISTÓRIA NATURALQUANDO: DIA 17 DE OUTUBRO, APARTIR DAS 11 HORAS

ONDE: SEDE DA ENTIDADE (RUA JAIME

RIBEIRO WRIGHT, 618, ITAQUERA)ENTRADA FRANCA

INFORMAÇÕES PELO TELEFONE:11/6522-899

COMUNIDADE

Centro de Pesquisas deHistória Natural faz 60 anos

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8 JORNAL NIPPAK São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010

Você já está dentro do pesque-pague, prontopara pescar. E agora, onde iniciar a pescaria?

NIPPAK PESCA

Roberto Shirata

Revisão:

Aldo Shiguti

Publicidade:

[email protected]

Tel. (11) 3208-3977

Mesmo consideradopor muitos como umaquário - onde é só

ir, jogar a linha n’àgua e pes-car – cabe observar os pontosonde as chances de capturassão maiores.

O primeiro passo é ter emmente qual o peixe alvo. Istodefinido, é separar o material(equipamento + iscas) maisadequado para o local e parao seu objetivo.

Se no local existir somenteum lago, você escolher entre2 pontos: um é onde água en-tra - a oxigenação é melhor –e, o segundo é por onde a águaescoa - as iscas e a ração flu-tuante são carregados paraesta área. Se tiver mais de umlago, é escolher o que contéma espécie que deseja e optarpelos pontos citados. Óbvio,que se você for pescar combóia cevadeira, ou com varacaipira + ceva de fundo, podedesconsiderar estas sugestões.

Peixes como tilápias,piaus, matrinxãs preferemáguas mais oxigenadas, en-quanto cacharas, bagres, car-pas capim e húngaras, pro-curam mais o fundo. Carpascabeçudas ficam entre meiaágua a superfície e, douradose redondos ficam de um ladopara outro, rebojando quan-do a temperatura esquenta.Mas são apenas indicações,não é regra fixa. Os peixesprocuram estar na camadade água onde se sintam con-fortáveis, caso contrário, dei-xam de comer e reduzemseus movimentos para nãoqueimar calorias. A exceçãosão os peixes acostumados aofrio, caso das trutas,catfishes, tilápias e etc.

É comum ver uma quanti-dade grande de peixes subirema superfície, toda vez que éarremessado uma porção deração flutuante, resultado docondicionamento a qual estãohabituados, disputando a ali-mentação diária desde sua cri-ação (em alguns locais deno-minado a hora do espanto) e,alguns pescadores aguardameste horário para capturar oseu troféu.

Vara de mão x telescópica– Com varas de mão, melhorter ração de coelho ou similar(de fundo), para cevar o locale concentrar os peixes próxi-mos das suas linhas. Normal-mente quem vai de varinha

deixar o chumbo acomodarno fundo, recolher o exce-dente de linha, mantendo-asempre esticada.

Anzóis – Podem ser utilizadosanzóis simples ou então chico-tes montados, com ou semempates para peixes com den-tição.

Iscas – Aqui a variedade égrande.Começamos com asusadas com vara de mão (ci-tadas acima) e acrescentamos:pão, pedaços de frutas, tripa degalinha e salsicha - de frangocaso prefira que fiquem boian-do.

Bóia cevadeira e imitaçãode ração – O ideal é optar porvara de ação rápida e com li-nha de menos elasticidade,para propiciar uma fisgadamais rápida.

Montagem – Na linha quevem da carretilha/molinete ataruma ponta do girador que estáacoplado a bóia cevadeira. Naoutra ponta atar o chicote ecolocar a bóia tipo “lambari”– para regular a altura da isca

- e no final a miçanga. Comimitação de ração em Eva oucortiça, eliminar a bóia lambari.

Encher o deposito da bóiacevadeira com ração flutuan-te e arremessar. Ao baternágua, a ração se espalha ce-vando ao redor. Agora é ficarde olho e se preparar para abriga.

OUTROS ACESSÓRIOS– Alicate de contenção ou tipo

boga grip– Alicate de bico (retirar o an-

zol da boca do peixe)– Chapéu ou boné– Óculos de proteção– Apoiador de vara– salva vara– Stop de chumbo– Sino com pregador– Bolsa ou caixa de pesca

para acomodar toda a tra-lha

(Amauro Yoshiaki Novalo)

Agradecimentos:Pesqueiro Recanto

das Lagoaswww.clickpesca.com.br/

recantodaslagoasfone: (11) 4483-4445

caipira, costuma montar umas3 com ou sem bóias – paramudar a profundidade - e is-cas diferentes (pedaços dequeijo ou mortadela, minhoca,massa, bichinhos de pão ou la-ranja, guabi e etc).

Para visualizar melhor omomento da fisgada, ajuste aaltura dos apoiadores, de modoque as pontas da varas, fiquemna mesma linha horizontal daoutra margem do lago. Assimno conforto da sua cadeira,você verá todas num plano sóe perceberá qualquer ação,sem muito esforço.

Movimentação da pontapara os lados, atenção que aisca está na boca do peixe.Pegue a vara de mansinho e,sentindo peso, fisgue! Agorase a ponta afundar de vez, éfisgar sem pestanejar e, daípara frente, segurar o bicho.Não dar ponta de vara é es-sencial para não perder o pei-xe. Se a briga estiver dura, alinha cantando, o jeito é apelarpara o salva varas (uma bor-racha que amarra o cabo davara ao apoiador). Deitar avara na superfície da água e,segurando pela ponta do arte-fato, deixar o peixe cansar bri-gando com a água.

Para melhorar a ação dasiscas não economize! Umaisca viva mexendo, atrai muitomais. E no caso dos bichinhosde pão ou laranha, colocar de1 a 3 na ponta do anzol, podefazer a diferença.

Bóias – As mais sensíveis sãoas no formato palito, que ficamdeitadas na superfície. Levan-tou é sinal de peixe na linha e,afundando é hora da fisgada.Outra opção são as de lambariou as montadas com barban-te. Facilitam a visualização domomento da fisgada, portantoaltamente recomendáveis paraa criançada!

Anzóis – Para massa, use eabuse dos anzóis com mola.Molde a isca como se fosseuma coxinha e introduza o an-zol, sem apertar.

Já os robustos tipo chinusão os indicados para redon-dos e peixe com dentição.

Molinete ou carretilha –Vale a mesma sugestão deusar mais de um equipamentocom iscas diferentes, até iden-tificar a mais eficaz para omomento. Uma facilidade amais, é colocar na ponta davara, um sininho removível. Eaí, além do visual, teremos osom para confirmar a batida dopeixe.

Sugestões de montagemcom isca natural1) chumbo no formato oliva

com bóiaPassar a linha que vem

da carretilha/molinete atra-vés do furo do chumbo, atarum nó móvel, engatar a bóiae, outro nó móvel. A partirdaí montar o chicote.comum mais anzóis. Para pro-teção dos nós, basta pormiçangas entre eles. Se pre-ferir, invés dos nós, podeutilizar “stops” para chum-bos.

Depois do arremesso, ochumbo solto na linha, vaiafundar estacionando a bóiana superfície.

2) chumbo no formato olivasem bóia

Passar a linha que vemda carretilha/molinete atra-vés do furo do chumbo e,depois atar o girador. Mon-tar o chicote finalizando como anzol no final. É lançar,recolher a linha excedentee aguardar a batida do pei-xe.

3) chumbo no formato pingoAtar um girador na linha

que vem da carretilha/

molinete, montar o chicote(idêntico ao utilizado naspescarias de praia) com ochumbo no final. Os anzóissão fixados através depernadas. É arremessar e

ARQUIVO PESSOAL

Algumas espécies de peixes preferem água mais oxigenada enquanto outras procuram mais o fundo

Se no local existir apenas um lago, escolha entre onde a oxigenação é melhor e onde a água escoa

A peça “Casting” queconta com o ator CacoCiocler, reestreou no últimodia 7 de outubro no TeatroNair Bello do Shopping FreiCaneca. A partir de um fatoque presenciou nos anos 90,o autor e diretor teatralAleksandr Gálin (nascido em1947) escreveu Casting, co-média de costumes sobre ostestes realizados em um ve-lho cineteatro de uma cidaderussa para a seleção do elen-co feminino de um grandeespetáculo a ser produzidopor japoneses em Singapura.

Em 2002, o diretor Mar-co Antônio Rodrigues e aatriz Joana Mattei assistirama uma montagem alemã dotexto, se encantaram com elee começaram a trabalhar por

sua encenação no Brasil, oque só acontece agora, comtradução de Aimar Labaki eElena Vássina, direção geralde produção de AlexandreBrazil. com os atores CacoCiocler, Aline Moreno, BeteDorgam, Bia Toledo, FlávioTolezani, Heitor Goldflus,

Nani de Oliveira, NataliaGonsales, Nicolas Trevijano,Ricardo Oshiro e SelmaLuchesi.

TEMPORADA: ATÉ 28 DE NOVEMBRO

HORÁRIOS: QUINTAS, ÀS 21H30;SEXTAS, SÁBADOS E DOMINGOS, ÀS 20H

ONDE: TEATRO NAIR BELLO -SHOPPING FREI CANECA (RUA FREI

CANECA, 569 – CONSOLAÇÃO)PREÇO: QUINTAS E SEXTAS R$ 20,00 ESÁBADOS E DOMINGOS R$ 30,00.ACEITA CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO:VISA, MASTERCARD E AMERICANEX-PRESS. NÃO ACEITAMOS CHEQUES.HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA

BILHETERIA: TERÇA-FEIRA À SÁBADO, DAS

15H ÀS 21H30; DOMINGO DAS 14H30 ÀS

20H00WWW.INGRESSO.COM.BR

INFORMAÇÕES AO PÚBLICO:(11) 3472-2414

TEATRO

Peça Casting, com Ricardo Oshiro, reestreiano Teatro Nair Belo, em São Paulo

Cena de Casting

DIVULGAÇÃO

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São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010 JORNAL NIPPAK 9

COMUNIDADE

Pluralidade é a marca registrada do 39º FestivalInternacional de Danças Folclóricas no Bunkyo

Manifestações de ma-gia, beleza artística emuitas emoções per-

mitiram compreensões varia-das e sensibilizaram a platéiaque compareceu nos dias 25 e26 de setembro, no Grandeauditório da Sociedade Brasi-leira de Cultura Japonesa e deAssistência Social (Bunkyo),na Liberdade, palco da reali-zação do 39º Festival Interna-cional de Danças Folclóricas.O evento com certeza marcouas tardes dos freqüentadoreshabituais da maior instituiçãonikkei acostumados com asapresentações tradicionais ja-ponesas. Foram apresentaçõesque se transformaram em umexcelente programa familiar,com belas e emocionantesatrações para o público mataras saudades de seu país deorigem.

“Um sonho de harmoniaentre os povos” foi o tema dofestival no qual participaramcerca de 35 grupos adultos –14 deles infantis, representan-do 24 países, além dos tradici-onais estandes de comidas tí-picas de cada nação. Três gru-pos representando a comuni-dade nikkei participaram dofestival: o Requios da Vila Car-rão, zona Leste da capital pau-lista; o Ryu Nadeshiko Kai (in-fantil) e o Awaodori da Liber-dade. Considerado o maiorfestival do gênero de São Pau-lo, o belo espetáculo diferentedos tradicionais normalmenterealizados no Bunkyo, foi or-ganizado pela Comissão deDança Folclórica Internacionalda entidade que comemora 55anos de fundação.

Na visão do presidente dacomissão organizadora, AndréRyo Hayashi, o evento tem umsignificado sentimental ao

A reportagem do JornalNippak conversou com osrepresentantes de dois gru-pos nikkeis que participaramdo festival. Para Keiko Mi-yashiro, 22 anos e integran-te há oito do Grupo Requios,a participação no festivaltem a importância da divul-gação da cultura japonesa,mais precisamente paramostrar os costumes de Oki-nawa e o sentimento de re-presentar a comunidadenikkei. “Participar do even-to com o Requios é a minhavida desde quando a senseiHatsue Omine começou amontar o grupo, é um apren-dizado também. Através daprofessora nós somos cha-mados para várias apresen-tações por causa do compro-misso que ela tem de passarpara nós as coreografias eos treinos. É uma forma demostrarmos tudo isso”, des-taca ela ao afirmar que asdanças de Okinawa são asmais bonitas do Japão.

Ela assegura a importân-cia da difusão das expressõesculturais como às danças tra-dicionais dos países, até por-que no Brasil existe uma mis-cigenação de várias etnias e

as pessoas não sabem a mis-tura de povos. “A divulgaçãoda cultura de cada país é im-portante para evitar atos comode racismo. Desde o começoquando a comissão nos cha-mou, nós sempre participamoscom a sensei tentando nos in-cluir nas apresentações”, res-salta.

No evento o Requios quefoi criado há oito anos se apre-sentou com 14 integrantes, mascomo o grupo conta com mem-bros em várias regiões, a quan-tidade de adeptos pode ultra-passar 100 componentes. “Es-pero que o nosso grupo sem-pre passe a energia bonita deOkinawa, tanto de cultuar osnossos antepassados comoagradecer os deuses porque amúsica também retrata o agra-decimento das divindades”, ga-rante.

Mario Satto do grupoHanayanagui Ryu NadeshikoKai, bailado japonês da profes-sora Hiroka Satto, analisou quevê a participação no eventocomo forma de mostrar umaparte da cultura japonesa atra-vés das danças dos integran-tes do grupo. “Como descen-dente de japonês, eu sou da ter-ceira geração e meus filhos

Grupos defendem importância dadivulgação da cultura japonesa

são da quarta, o sentimentoé que me move como pai paratentar transmitir para os me-ninos os mesmos sentimen-tos da preservação da cultu-ra”, justifica.

No evento o grupo Nade-shiko Kai esteve formado porseis moças e dois rapazes (14anos), com idades dos dezanos aos 29 anos. Duas ou-tras pessoas não puderamparticipar. Mario Satto acre-dita que para o Brasil que re-cebeu povos do mundo intei-ro, é importante divulgar asexpressões culturais atravésdas danças e peças de tea-tros, para manter e dar con-tinuidade à riqueza culturalque cada nação trouxe parao país, especificamente a cul-tura japonesa. “O importan-te é que cada povo como foifeito no festival, continue pre-servando a cultura e divulgan-do para o povo brasileiro, eque a mistura de diversas deculturas e línguas é que enri-quece o país”, apregoa ele aorevelar que a próxima apre-sentação do grupo está mar-cada para o dia 15 de novem-bro, na Associação Yamaga-ta Kenjin Kai do Brasil.

(AJS)

através dela é que se permitea coexistência dos diferentes,a consciência de um próximodiferente de nós, mais do queisso, eu acho que a verdadeirademocracia está enraizada nopressuposto das divergênciase o esforço de convergência.Para isso é necessário a tole-rância”, avalia.

Questionado sobre a parti-cipação pequena de gruposnikkeis no evento, André Ha-yashi atesta que não pode“lotar” o programa com a cul-tura japonesa apesar de serorganizado e realizado no Bun-kyo, uma vez que ela é maisuma entre muitas. “Temosmenos grupos japoneses, po-deríamos encher o programacom eles, para isso existe umfestival do Bunka de culturajaponesa, de forma que no nos-so festival ela é apenas maisuma”, sustenta.

“Eu gostaria que mais pes-soas compartilhassem conos-co o nosso desejo de harmo-nia, que necessariamente pres-supõe algumas coisas: a cons-

ciência de que nós somos indi-víduos diferentes um dos ou-tros, que devemos aceitar es-sas diferenças, que precisamosconvergir para que possamosformar uma harmonia, não é aausência de discussão e não éuma paz aparente, não é securvar as coisas. Isso tudo nosleva a idéia de que o Brasil éum país abençoado, com cer-teza no meu entender, é ummodelo de sociedade do futu-ro. Eu adoraria que mais pes-soas soubessem e dividissemconosco o sonho de conseguir-mos fazer isso”, finaliza.

André Hayashi esclareceque a comissão organizadorado evento foi criada em 1972e ao longo dos últimos 40 anos,vem se renovando com váriasgerações de presidentes e co-laboradores. “Espero que essacomissão sempre se renovenos próximos 40 anos. É umtrabalho de voluntários, nosorganizamos uma vez que éuma atividade do Bunkyo”,ressalta.

(Afonso José de Sousa)

exemplificar a sua esposa quecostuma dizer que o festival éo seu quinto filho ouprimogênito, por ele participardo evento desde antes de secasar em 1979 (há 31 anos). Oque o motiva a participar doevento é o fato de ser voluntá-rio, fator esse que para ele cadaum precisa legitimar dentro desi o espírito de colaboração.

“Certamente é um sonhode paz e de harmonia que per-seguimos quando realizamosmais uma etapa, para nós éuma realização. A gente nãovai colaborar com as coisas asquais não concordamos, nemvamos perder o nosso temposacrificando a família, as ati-vidades profissionais e o nos-so lazer para fazer alguma coi-sa que não esteja legitimadodentro de nós”, garante.

Multiplicidade – André Ha-yashi adverte que o mais im-portante no festival não é di-vulgar as expressões culturais,mas sim o aspecto dapluralidade, porque se nãopropagar elas podem desapa-recer. “Existe o processo deintegração dos descendentes,da miscigenação, por isso apreservação da cultura temque ser um esforço conscien-te, não pode ser uma coisaque dá em inércia. Nós nãoqueremos divulgar uma cultu-ra especificamente por que asdanças apresentadas no even-to estão localizadas num de-terminado tempo e espaço”,defende.

O dirigente completa dizen-do que têm coisas que estãona Romênia, mas que são lan-çados pelos húngaros, portan-

to não é uma cultura húngara.“Nesse sentido a preocupaçãoé com a pluralidade porque

Hanayanagui Ryu Nadeshiko Kai foi um dos grupos que se apresentaram no festival do Bunkyo

Festival contou com a participação de 35 grupos adultos, que representaram seus respectivos países

Público, que lotou o Grande Auditório, acompanhou com atenção a apresentação dos grupos

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10 JORNAL NIPPAK São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010

EMPRESAS

Sansuy divulga produtos para oExército brasileiro no Haiti

Com as orientações re-cebidas do Chefe doEstado-Maior do Exér-

cito Brasileiro, general-de-Exército Marius Teixeira Netoe também da Embaixada doJapão em Brasília, do capitão-tenente da Marinha HayatoYahiro, Yasuyuki Hirasaki eFelipe Kushiyama Teixeira,respectivamente, assessor daPresidência e técnico comer-cial da Sansuy S.A. Indústriade Plásticos, estiveram emPorto Príncipe (Haiti) de 31 deagosto a 4 de setembro, visi-tando a Missão das NaçõesUnidas para a estabilização noHaiti ou Minustah (sigla deri-vada do francês: Mission desNations Unies pour lastabilisation en HaïtiMinustah).

A Sansuy é fornecedora debarracas, tanques flexíveispara água potável para Exér-cito Brasileiro, (seus produtosestão utilizados, largamente,pelos batalhões Brasileiros daMinustah).

No dia 1º de setembro, osbrasileiros foram recebidospelo Comandante Geral dasForças da Paz da Missão (co-

manda no total 8900 soldados,de 17 países) pelo general-de-brigada, do Exército Brasilei-ro – Paul Cruz. No loca, há2.300 soldados brasileiros.

Hirasaki e Kushiyama tam-bém foram recepcionados pelocoronel Toshiya Sasaki, co-mandante da Força de Paz do

Japão (atual contingente envi-ada e da tropa da província deAomori, no total de 330 solda-dos trabalhando na área de in-fraestrutura.

Nesse período, os repre-sentantes da Sansuy tiveramoportunidade de divulgar vári-os outros produtos como

galpões estruturados, contai-ners flexíveis e mantas parasaneamento ambiental, entreoutros. Segundo Hirasaki, oHaiti está necessitando tudopara reconstrução, após o ter-remoto de 12 de janeiro desteano, que matou mais de 200 milhaitianos.

Visita à tropa da Paz Japonesa – Minustah – ONU em 1º de setembro. Ao centro, coronel Toshiya Sasakie Yasuyuki Hirasaki (com a badeira do Japão)

General-de-brigada Paul Cruz (Exército Brasileiro), comandanteGeral das Forças de Paz Minustah – ONU, com Yasuyuki Hirasaki

Barraca da Sansuy na Minusth: empresa fornece barracas e tan-ques flexíveis para água potável

ARQUIVO PESSOAL

DEKASSEGUIS

Conferência de Jovens Nikkeisdeve movimentar dekasseguis

Mais de 60 jovens bolsis-tas nikkeis representantes decomunidades nikkeis ao redordo mundo vão participar da 5ªConferência Global de JovensNikkeis “Youth Kaigi” (NT),que será realizada no períodode 20 a 22 de outubro, no Ins-tituto de Pesquisa da Japan In-ternational CooperationAgency (Jica), em Tóquio, Ja-pão. O importante evento seráorganizado pela Associação“Kaigai Nikkeijin Kyokai” epela Associação de bolsistas daNippon Foundation (NFSA), ecolaboração do Nikkei YouthNetwork (NYN) e da Associ-ação Brasileira de Ex-Bolsis-tas no Japão (Asebex). A con-ferência será realizada em con-junto com a 51ª Convenção deNikkeis e Japoneses no exte-rior.

O evento anual que reúneos líderes nikkeis de todo omundo para discutir o cresci-mento e as dificuldades quecada comunidade nikkei en-frenta em seus respectivos pa-íses, com o objetivo conjuntode buscar novas alternativas esoluções. Além de reunir o es-pírito jovem e criativo dos des-cendentes de japoneses pararecordar o legado e buscar amelhoria das comunidadesnikkeis a redor do mundo. Ataxa de inscrição é o mesmovalor da 51ª Convenção deNikkeis e Japoneses no Exte-rior. (Pagamento no local). Osorganizadores convidam a co-munidade Nikkei no Brasil paraparticipar do acontecimento.

Nikkeijin Taikai – No finalde 1956 quando o Japão foiaceito como membro das Or-ganização das Nações Unidas(ONU), os parlamentares ja-poneses concordaram em ho-menagear os cidadãos nikkeis,que mostraram seu amor fra-ternal enviando colaboraçõespara a reconstrução do Japão

durante o pós-guerra, e ofere-cer-lhes consolo por todas asdificuldades que haviam pas-sado até o momento nos cam-pos de concentração.

Dessa forma em maio de1957 passou a ser celebrada a“Reunião da ConfraternidadeNikkei – em comemoração aoJapão como membro da ONU”(1ª Convenção). A partir dasegunda convenção em 1960,adotou-se o nome “Convençãode Nikkeis e Japoneses no Ex-terior”, e desde a terceira con-venção realizada em 1962, écelebrada anualmente.

Youth Kaigi – Todos os paí-ses, órgãos e instituições seabriram para a modernidade eglobalização, e o NikkeijinTaikai não foi uma exceção.Depois de mais de 50 anos oNT era um evento onde ape-nas os líderes nikkeis mais ex-perientes de todas as comuni-dades tinham o direito a voz evoto nas decisões das assem-bléias. Em 2004, os bolsistasnikkeis participantes do Taikai,surpreenderam levantando suasmãos cada vez que se pediamopiniões na assembléia geral.

Graças à iniciativa dos jo-vens, a assembléia reconheceuo interesse dos mesmos emparticipar conjuntamente nodesenvolvimento da sociedadenikkei para enfrentar as mu-danças do século XXI. Essereconhecimento se manifestouem 2005, sendo programadauma sessão de jovens nikkeisdentro do programa oficial doNT, denominado YK. Em 2006,dadas as interessantes propos-tas através da voz dos jovens,aconteceu o 2º YK. Lá, foramdiscutidas as possíveis soluçõesdos problemas nikkeis propos-tos na reunião anterior. Nestaedição, o YK pretende abor-dar o tema de impacto da glo-balização na sociedade nikkeie suas oportunidades.

DIVULGAÇÃO

Mais de 60 jovens do mundo inteiro devem participar do evento

Um grupo de 17 associa-dos da Associação MiyaguiKenjinkai do Brasil participouno período de 31 de agosto a10 de setembro de um TohokuHokkaido Tour por várias pro-víncias no Japão, organizadopela empresa Alfainter. Apósdesembarcar no aeroporto deNarita o grupo começou a vi-sita pelo extremo Norte do ar-quipélago, mais precisamentena cidade de Wakkanai (Pro-víncia de Hokkaido), onde osparticipantes foram apresenta-dos à cidade.

Em seguida visitaram oBiru Matsuri em Sapporo, tam-bém em Hokkaido; em Aomoriassistiram o Nebuta Matsuri;em Morioka acompanharam aapresentação do Sansa Odori.Em Akita assistiram o KantoMatsuri; em Yamagata oHanagassa Matsuri e emSendai (Miyagui-ken), acom-panharam as festividades doTanabata Matsuri. A últimapassagem foi no Ryokan deFukushima para descansarantes do embarque da voltapara o Brasil.

Mariza Kajitani se impres-sionou com a eficiência do povojaponês, a limpeza e a educa-ção, “Até os cachorros sãoeducados, eles não latem”, ob-servou. Ritsuko Shiguetomi dis-se que gostou da viagem dife-rente de outras que já partici-pou, com a programação livreela comentou que viu muitoverde e não apenas o concretodas cidades. “Fomos para asmontanhas, visitamos riachos,rios e cachoeiras, lagos. Alémdas comidas típicas gostosas decada região”, destacou.

INTERCÂMBIO

Grupo de 17 associados da Miyagui Kenjinkaido Brasil participa de tour no Japão

Gerenciado por seu Depar-tamento de Letras Orientais aFaculdade de Filosofia, Letrase Ciências Humanas (FFLCH)da Universidade de São Paulo– USP, realiza no período de 6de outubro a 15 de dezembroum curso de extensão univer-sitária denominado Aspectosdo Japão Contemporâneo: Fa-mília, Casamento e Relaçõesde Gênero. Dirigido para gra-duandos e graduados em ge-ral o curso conta com 40 va-gas (mínimo de cinco alunos).No final do curso será entre-gue um certificado de exten-são, mas para fazer jus o alu-no precisa ter o mínimo de85% de presença e conceitosA e B na monografia a serentregue no prazo máximo de20 dias. Só não haverá aula nodia 27 de outubro, véspera deferiado do funcionalismo públi-co.

O curso tem como objetivogeral divulgar a sociedade ja-ponesa contemporânea sob aótica das relações sociais degênero inseridas nos contextoshistórico, social, político e eco-nômico. A meta específica docurso é desconstruir as idéiasnaturalizadas sobre a socieda-de japonesa e conhecê-la apartir de uma visão crítica, asaber: a análise da família e dasrelações de gênero no Japãoiniciando-se na era Meiji, pas-sando pela era Taisho e Showano regime militar, com enfoquena posição social da mulher.

Em um segundo momentomergulhando nas transforma-ções das relações de gêneroe, conseqüentemente, da famí-lia do pós-guerra, destacandoquatro fases intimamente liga-

das ao contexto socioeconômi-co. Também será exposto aolongo do curso, a posição so-cial da mulher e seu papelcomo mãe (fazendo, quandonecessário, contraponto aopapel do pai), no intuito demostrar a peculiaridade da fi-gura materna japonesa e suainfluência na sociedade.

Programa – Vários temas vãoser abordados durante a pro-gramação do curso, começan-do no dia 6 de outubro quandoserá abordada a família e amulher nas eras Meiji, Taishoe Showa militar (I): A eraMeiji: o Estado família; no dia13 de outubro será discutida aformação da família modernana era Taisho, e as mulheresdurante a Guerra do Pacífico.No dia 20 de outubro as trans-formações da família e dasrelações de gênero no pó-guer-ra (II); a ocupação norte-ame-ricana e a redemocratização(1945-1952); e o crescimentoeconômico, a homogeneizaçãodo modelo familiar e a divisãosexual do trabalho (1955-1975)Parte 1.

No dia 3 de novembro serátratado o crescimento econô-mico, a homogeneização domodelo familiar e a divisão se-xual do trabalho (1955-1975)Parte 2; dia 10 a estagnaçãoeconômica, o feminismo e oadiamento do casamento(1975-1995) Parte 1; dia 17 aestagnação econômica, o fe-minismo e o adiamento do ca-samento (1975-1995) Parte 2.No dia 24 a instabilidade doemprego, a questão da conci-liação e o problema da baixataxa de natalidade (1995-2010)

Parte 1; dia 1º de dezembro ainstabilidade do emprego, aquestão da conciliação e o pro-blema da baixa taxa de natali-dade (1995-2010) Parte 2; dia8 as famílias atípicas: famíliasmonoparentais, crianças ilegí-timas e casamentos mistos; eno dia 15 a família e o casa-mento das comunidades deimigrantes.

Matrículas on-line ou pre-sencial poderão ser feitas en-tre os dias 21 de setembro a 4de outubro (ou enquanto hou-ver vaga), pelo [email protected] ou fax: 3091-4629. No caso da matrículapresencial os documentos ne-cessários são o diploma ouatestado de conclusão do cur-so de graduação; RG com datade expedição e CPF; endere-ço e telefone. A direção infor-ma que não vai efetuar matrí-culas fora do prazo estipulado;por telefone e e-mail; a matrí-cula presencial será feita porordem de chegada; e a matrí-cula só será confirmada apóso envio da documentação. Ocurso é gratuito.

O curso é coordenado pelaprofessora doutora KoichiMori, pela vice-coordenadoraprofessora doutora ElizaAtsuko Tashiro Perez, ambasda FFLCH/USP. A ministranteserá a doutora em sociologiapela FFLCH/USP, Yumi Gar-cia dos Santos. A promoção édo Departamento de LetrasOrientais, da FFLCH/USP.

CURSO ASPECTOS DO JAPÃO

CONTEMPORÂNEO: FAMÍLIA,CASAMENTO E RELAÇÕES DE GÊNERO

QUANDO: DO DIA 6 DE OUTUBRO A 15DE DEZEMBRO

HORÁRIO: DAS 14H ÀS 16H

ONDE: CENTRO DE ESTUDOS JAPONESES

- PRÉDIO DE LETRAS - SALA 201 - AV.PROF. LUCIANO GUALBERTO, 403 -CIDADE UNIVERSITÁRIA – SÃO PAULO.INFORMAÇÕES: (5511) 3091-2426/4645 // FAX: (5511) 3091-2427

EDUCAÇÃO

Aspectos do Japão Contemporâneo é tema de curso noDepartamento de Letras Orientais da USP

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São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010 JORNAL NIPPAK 11

SOFTBOL

Ushitaro Kamia homenageiadirigentes e atletas do softbol

DIVULGAÇÃO

Em uma iniciativa do ve-reador Ushitaro Kamia(DEM) a Câmara Mu-

nicipal de São Paulo realizou nodia 24 de setembro no Plenário1º de Maio, sessão solene emcelebração ao Dia Municipal doSoftbol, evento que visa reco-nhecer o trabalho e o desem-penho de dirigentes e atletas damodalidade esportiva. A lei14.209 de 2006 de autoria doparlamentar nikkei que instituia data no calendário oficial deSão Paulo, tem como objetivode difundir a modalidade e in-centivar a equipe técnica e atle-tas a desenvolverem cada vezmais o esporte.

Participaram do eventoque contou com a presença decerca de 80 pessoas, o depu-tado federal Walter Ihoshi(DEM/SP), os vereadoresUshitaro Kamia (DEM), JoojiHato (PMDB), o presidente daFederação Paulista de Beise-bol e Softbol, Olívio Sawasa-to, do presidente do Conselhode Segurança (Conseg) da Li-berdade, Akyo Ogawa, dirigen-tes e atletas.

Na ocasião foram homena-geadas 11 personalidades indi-cadas pela federação, comoforma de reconhecimento peloesforço e dedicação e prol doesporte, bem como contribui-ção para o desenvolvimento ea difusão da modalidade noBrasil.

De acordo com UshitaroKamia, a comemoração do Diado Softbol tem como intuitoprestar uma homenagem àspessoas que trabalharam inten-samente na criação do espor-te no Brasil. Segundo ele sãopessoas que dedicaram umperíodo para a formação, in-centivando os envolvidos jun-to com os pais a darem conti-

nuidade ao trabalho. “Quandoincentivamos as pessoas temosum pouco mais de responsabi-lidade dando seqüência, pas-sando todo esse legado para asoutras pessoas. Isso porquenós precisamos reconhecer otrabalho de cada uma das pes-soas que trabalham intensiva-mente, das ações que desen-volvem o esporte amador noBrasil”, afirma.

Questionado sobre o quelevou a criar a lei, o demo-crata antecipou a lei foi cria-da também por entidades es-portivas para cada vez maisincentivar o softbol. “Home-nageamos todas as pessoasque dão esforço para a con-tinuidade do trabalho. Semdúvida que é merecedor paraa cidade de São Paulo reco-nhecer a modalidade tão di-fundida no Japão e no Bra-sil”, defende.

Ushitaro Kamia acredita nopotencial que o esporte possuiem mudar a vida de muitaspessoas, principalmente dosjovens, oferecendo uma novaoportunidade ou simplesmen-

te, formando homens de bem.“O softbol mais ainda, pois,mais que técnicas, as jogado-ras aprendem valores e ensi-namentos trazidos pelos imi-grantes japoneses, que tantocontribuíram para a modalida-de aqui. Aprendizado que le-varão para a vida toda”, justi-fica ele que é um simpatizantedessa prática.

Para Olívio Sawasato ahomenagem do vereador parao softbol é um meio de divul-gar o esporte muito pouco co-nhecido, por isso deve-se apro-veitar a data para difundir amodalidade. “Na data pesso-as com determinada idade commais de 30 anos dedicados aosoftbol foram homenageadas abem da idade”, destaca. Se-gundo o dirigente infelizmenteexistem poucos praticantes doesporte, mas a nível técnico oBrasil está muito bem, inclusi-ve a seleção brasileira femini-na se classificou recentemen-te para o mundial do ano quevem na África do Sul.

Homenageados – O dirigen-

te conta que sempre se batena mesma tecla dizendo quefalta divulgação, mas no fun-do não é apenas o softbol e obaisebol, existem 28 modalida-des olímpicas, de oito a dez sãoreconhecidas, o resto dos 20ninguém conhece e a modali-dade está entre os que nãoconhecem a modalidade. “Te-mos que aproveitar a homena-gem, hoje foram homenagea-dos dirigentes, técnicos e trei-nadores e para o futuro esta-mos estudando em homenage-ar os atletas”, adianta.

Os homenageados na oca-sião foram Antonio Kunio Ku-wahara; o diretor técnico deárbitros Fernando Satori Ma-tsumori; diretor de softbol doBlue Jays, Jose Thida; LuizTeruo Saguchi; Mirtes ObaAriki, do Santo Amaro SoftbolClube e há 21 no esporte;Mituo Kirihara, dirige os trei-nos no Coopercotia; PauloChino; o técnico de softbolQuenji Hoshii; Taketomi Higa-shi e Teruo Mii.

Veja mais foto à pág 2(Afonso José de Sousa)

Sessão solene na Câmara Municipal no dia 24 de setembro homenageou 11 personalidades

TÊNIS DE MESA

O fracasso do tênis de mesano meio universitário

Desde 2004, o tênis de mesanão faz mais parte dos JUB’s(Jogos Universitários Brasilei-ros), que foi transformado emOlimpíadas Universitárias em2005 pelo COB (Comitê Olím-pico Brasileiro) através do Mi-nistério do Esporte.

Criado em 1935, o JUB’spassou por vários problemaspara sua manutenção durantesuas 58 edições, tanto que nãofoi realizado de 1990 a 1993,retornando em 1994 sem a mes-ma força que teve no passado.1994: Charleroi (Bélgica) –Equipe Brasileira (masculina- 6º lugar, feminina – 6º lugar)– Cesar Ferreira de Souza,Marcos Yamada, Murilo Ca-valcanti Cabral, Hugo Hoya-ma, Carlos Kawai, Silnei Yuta,Paulo Umezaki, LyanneKosaka, Monica Dotti eMartha Masuda.1996: Geelong (Austrália) –Equipe Brasileira (masculina –10º lugar) – Marcos Yamada,Marcio Andrade, Bruno Pos-sas e Fabio Ferraz.1998: Sofia (Bulgária) –Equipe Brasileira ( masculina –11º lugar, feminina – 6º lugar) –Marcos Yamada, Maria JoséFerreira Ferrer, Paulo Camar-go, Rogério Moreira, EricoDuarte, Fernando Umeda, LiviaKosaka, Eugenia Taira Ferrei-ra, Eliana Caraviello, KellyNagaoka e Eliana Kawaguchi.2000: Xangai (China) –Equipe Brasileira ( masculina– 11º lugar, feminina – 6º lu-gar) – Antonio Quintanilha,Marcos Yamada, Murilo Ca-valcanti Cabral, Hugo Hana-shiro, Gustavo Ogata, MarcioAndrade, Hugo Suzuki, Cristi-na Iizuka e Aily Murashigue.2001: Pequim (China) –Equipe Brasileira (masculina –11º lugar, feminina – 17º lugar)– Marcos Yamada, MuriloCavalcanti Cabral, Hugo Ha-nashiro, Gustavo Ogata, EricoDuarte, Cristina Iizuka, AilyMurashigue, Kelly Nagaoka eLivia Bittencourt.2002: Wroclaw (Polônia) –Equipe Brasileira ( masculina –9º lugar, feminina – faltou umaatleta) – Marcos Yamada,Hugo Hanashiro, Rafael Shimi-zu, Erico Duarte, Aily Murashi-gue e Andréa Ikeizumi.2004: Gyor (Hungria) –Equipe Brasileira ( masculina– não jogou, feminina – nãojogou) – Daniel Ghizi e LíviaBittencourt. Marcos Yamada(Fisu - Federação Internacio-nal Universitária).

Em 2004 já sob nova coor-denação, o tênis de mesa parti-cipa pela úlltima vez nos JUB’s

2004 na cidade de São Paulo enunca mais voltou a figurar en-tre os esportes das OlimpíadasUniversitárias, bem como noseventos internacionais (Univer-síade e Mundial).

Com a má administração daFupe, que coordenava todo o es-porte universitário paulista, atual-mente o que sustenta este seg-mento são os eventos setoriza-dos, Jogos Jurídicos, Engenharí-adas, Economíadas, Inter Usp,Inter Med, Inter EF, etc.

Os Jogos UniversitáriosPaulistanos tenta reerguer no-vamente o esporte universitá-rio, pelos antigos dirigentes daFupe, que teve seu auge nadécada de 1990.

O tenis de mesa cumpre oseu papel.

Jogos UniversitáriosPaulistanos – Tênis de

MesaData: Dia 26 de setembroLocal - ADR Itaim KeikoGuaru ESDResultados - Masculino ACampeão: Ricardo ManabuKojima (Eng Mack)Vice: Thiago Luiz CardosoVieira (Uni Sant’anna)Resultados - Masculino BCampeão: Mauro MassaharuThaira (Tecno Mack)Vice: Luis Guilherme Amaral(Dir PUC)Resultados - Feminino ACampeã: Renata Tiemy Ara-kaki (Econ Mack)Jacqueline Mayumi Maki(FEA PUC)Resultados - Feminino BCampeã: Aline Akemi Kinjo(Uni Sant’anna)Vice: Erica Melo e Silva(UniSant’anna)Contagem geral total: 1) UniSantanna (47 pontos), 2) Tec-nologia Mackenzie (25), 3)Economia Mackenzie (23), 4)Engenharia Mackenzie (20)

Copa do Mundo deEquipes em Dubai

Apenas as 7 melhores equi-pes do mundo, mais as cam-peãs continentais participamdesta competição. A delega-ção brasileira, com GustavoTsuboi, Cazuo Matsumoto,Hugo Hoyama, Ligia Silva,Jessica Yamada e MarianyNonaka, viajou no ultimo sá-bado para os Emirados Ára-bes em busca de 289 mil dóla-res em prêmios. GustavoTsuboi e Jessica Yamada,numa maratona de jogos, ven-ceram o Campeonato Paulistada Divisão Geral na cidade deJacareí e na mesma noite via-jaram com a seleção.

O Brasil conquistou cincomedalhas nas últimas etapasdo Circuito Mundial de Judô,válidas pelo ranqueamentoolímpico de Londres 2012. NaCopa do Mundo de Roma,Felipe Kidadai foi ouro eBreno Alves bronze no ligei-ro, com Bruno Mendonça fi-cando com a prata entre osleves. No feminino, na Copado Mundo de Birmingham, aligeiro Taciana Lima ganhoua prata e a meio-médioCamila Minakawa foi bronze.

Mais do que a medalha deouro, Kitadai protagonizou umfeito especial: bateu ninguémmenos do que o “mito” Ta-

A Seleção Brasileira Infan-til “AA” (11 e 12 anos) em-barca na próxima quarta-feira(13) para Barranquilla, na Co-lômbia, onde acontece, de 15a 24 deste mês, o Campeona-to Pan-Americano da catego-ria. A competição, que era parater sido realizada em agosto,em Medellín (as mudançasocorreram por causa das elei-ções presidenciais na Colôm-bia), deve contar com a parti-cipação de nove países. Alémdo Brasil, participam Aruba;Equador; México; Panamá;Peru; República Dominicana;Venezuela e Colômbia (sede).

Na equipe brasileira, seráa estreia de Nelson Yajimacomo chefe de delegação deuma seleção de beisebol. “Opresidente da ConfederaçãoBrasileira de Beisebol eSoftbol, Jorge Otsuka, me con-vidou e aceitei o convite porse tratar de uma categoria demenores”, conta Yajima, quehá oito anos realiza a Taça

BEISEBOL

Brasil se prepara para o Pan-Americano Infantil na Colômbia

Tiemi Yajima. “Sempre estiveenvolvido com o softbol porisso também nós estamos an-siosos”, conta Yajima, explican-do que a seletiva foi realizadaem maio e os treinamentos ti-veram início em junho – estefim de semana (9 e 10) acon-tece o último treino em Ibiúna(SP), nos mesmos dias e localdo campeonato Brasileiro Ju-venil. A comitiva brasileira éformada por 18 atletas. Alémde Nelson Yajima, a delegação

é composta por: Marcelo IssaoUrushimoto (delegado), JúlioCésar Garcia de La Cruz (téc-nico), Ossamu Kimura (auxili-ar técnico), Felix Ariel OrtegaMesa (auxiliar técnico), SérgioHisashi Yamasaki (secretário)e Vera Lúcia Reigne Karaka-wa (árbitra), além dos acom-panhantes: José Aparecido deSouza, Mírian Nakatani Miqui,Wagner Moya Ventura, Car-los Eduardo Miqui, WilsonMasami Yamamoto, Sueli

Akiko Sato Fukuda, TiyokoMatsuda Morishita, FábioMassaharu Kai.

Relação de atletas: Ander-son Leonardo do Rosário(Nikkei Curitiba), Attie DiasMartins (Gigante), Danillo GoMiqui (São Paulo), Fellipe ShoMiqui (São Paulo), Gabriel K.Yajima Yamazaki (Nikkei Cu-ritiba), Gabriel Peres deAndrade (Nippon Blue Jays),Gustavo Henrique de Souza(Ibiúna), Gustavo MoracciYoshitake (São Paulo), Gusta-vo Sato Fukuda (Bastos), Hen-rique Akira Akagi (São Pau-lo), Ivan Jundi Oshima Mori(Nikkei Curitiba), Lucas HiroHatanaka (Nippon Blue Jays),Lucas Moya Ventura (Ibiúna),Murilo Yuzo Hiratsuka Xavier(Nikkei Curitiba), Rafael Au-gusto Yamamoto (Gecebs),Raphael Libanio Urushimoto(Ibiúna), Rodolfo MassakiMorishita (Bastos), WillianAtsushi Kai (Londrina).

ARQUIVO PESSOAL

Seleção realiza último treino neste fim de semane, em Ibiúna

dahiro Nomura, único tricam-peão olímpico da história dojudô. O japonês foi derrota-do por waza-ari pelo brasilei-ro na segunda luta.

“Kitadai fez uma luta mui-to consciente, dominando ocombate por inteiro. Usouseu poderoso ouchi-gari paravencer”, contou o Major Ri-cardo Calixto, que acompa-nha a delegação do Brasil.

A participação da seleçãobrasileira nas Copas do Mun-do de Birmingham e Roma éuma parceria entre a Confe-deração Brasileira de Judô eo Exército Brasileiro e a Ma-rinha do Brasil, já que boa

parte dos atletas convocadosserve às Forças Armadas vi-sando aos Jogos MundiaisMilitares de 2011.

Dos medalhistas, Kitadaie Bruno Mendonça foram ti-tulares do Brasil no Campe-onato Mundial Sênior, emTóquio, em setembro. No li-geiro masculino, o Brasil fi-cou com duas das quatromedalhas em jogo, comKitadai e Breno Alves divi-dindo o pódio. Taciana Lima,por sua vez, provou que oBrasil está bem servido nacategoria mais leve do femi-nino, sagrando-se vice-cam-peã da Copa do Mundo de-

pois de Sarah Menezes tersubido ao pódio com o bron-ze no Mundial do Japão. Já ajovem Camila Minakawamostrou estar recuperada dalesão no joelho que a afastoudos tatames e voltou às com-petições na Europa com opódio, perdendo apenas paraa eslovena Urska Zolnir, me-dalhista olímpica (2004) emundial (2005).

Competiram também Da-nielli Yuri Barbosa (63kg),Alex Pombo (66kg) e LuizRevite (66kg), sem medalhas.O vice-campeão mundial Le-andro Cunha (66kg), lesiona-do, não lutou.

JUDÔ

Kitadai vence tricampeão olímpico e conquista ouro na Copa do Mundo de Roma

Felipe Kitadai protagonizou feito especial ao vencer japonês

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Marcos Yamada com as atletas da Seleção Brasileira Feminina

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12 JORNAL NIPPAK São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2010

ENTIDADES

Instituto Cultural Nipo-Brasileiro de Campinaspromove irokai com Kohdo Tanaka

Visando a confraterniza-ção de todos os volun-tários, jovens, amigos,

patrocinadores e colaborado-res do 6º Festival do Japão re-alizado em Campinas, foi rea-lizado o Irokai no Instituto Cul-tural Nipo-Brasileiro de Cam-pinas, no dia 19 de setembro,na sede do Instituto, num gran-de almoço especial e sorteiosde muitos brindes. O coorde-nador do Festival, TadayoshiHanada, agradeceu o empe-nho de todos neste evento, con-siderado uma referência naregião metropolitana de Cam-pinas (SP) e contou com umpúblico estimado em 20 milpessoas.

A culinária japonesa foi umdos atrativos do Festival emais:origami (dobraduras),Ikebana (arte floral), shodô(escrita japonesa), exposiçãode quadros, animê, artes mar-ciais, jardim japonês e vendade artigos orientais. Estiverampresentes noVI Festival a can-tora internacional Mariko Na-kahira, Karen Ito, MaurícioMiya, Joe Hirata, ÉrikaPedrão, Roberto Casanova,Edson Saito e SolangeMiyague, entre outros.

De passagem, visitandoamigos em Campinas, nestaconfraternização, o artista in-ternacional Kohdo Tanaka deuuma palhinha, interpretando al-gumas músicas líricas, acompa-nhado, no teclado, pela sua es-posa Hiroko e encantou com asua técnica e simpatia, cantan-do para uma platéia que lotou osalão social do Nipo de Campi-nas. O presidente do Nipo deCampinas, Hiromiti Yassunagatambém fez os seus elogios e

agradeceu todos os envolvidosno Festival. Em seguida, o re-presentante do Banco Santan-der, Jorge Iwashima fez uso da

palavra e ressaltou a importân-cia de incentivar estes eventosvoltados para a divulgação dacultura japonesa.

Kohdo Tanaka, esposa Hiroko e soprano Emiko Banno prestigiaram o evento no Nipo de Campinas

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Hiromiti Yassunaga, presidente do Nipo de Campinas

KARAOKÊ

Seletiva define classificados da LigaCentro-Oeste para o Paulistão 2011

Tadayoshi Hanada, Yassue Kitsuwa, Naoya Kobayashi, Aquico Mi-yamura, Pedro Mizutani, Toshio Yamao, Alberto Nashiro, Luis Yabiku

A Liga Centro-Oeste daCanção Japonesa, presididapor Pedro Mizutani, realizou a12ª Seletiva para o Paulistão2011, no dia 26 de setembro noInstituto Cultural Nipo-Brasi-leiro de Campinas. Na abertu-ra oficial, Toshio Yamao, pre-sidente da UPK (União Pau-lista de Karaokê), parabenizouos organizadores e disse que“a amizade e o compromissocom a divulgação da culturajaponesa através da músicaestão sempre presentes.”

O presidente do Nipo,Hiromiti Yassunaga fez o mes-mo e agradeceu também osvoluntários e desejou sucessopara todos os cantores partici-pantes. A coordenação geral foide Pedro Mizutani, TadayoshiHanada, Alberto Nashiro,Kanetoshi Makiyama e AquicoMiyamura. Os jurados da UPKforam Yassue Kitsuwa (presi-dente), Katsuyuki Sano, Tere-sa Kato e Kozo Kawabata.

Os cantores mostrarammuita garra e interpretação embusca da tão almejada classifi-cação e estarão ao lado degrandes intérpretes da músicajaponesa, escolhidos em suasregionais. A cidade de Soroca-ba será palco da grande festado Karaokê do Estado de SãoPaulo, em fevereiro. Os canto-res da Liga Centro Oeste clas-

sificados na Seletiva foram:Infantil A: Kuae Gabriel, Shi-mabukuro YumeInfantil B: Yoshinaga Fernan-da, Makimoto NaomiInfantil C: Yasumura Aiko,Yoshinaga EnzoInfantil D: Watanabe Marie,Shimabukuro MakotoTibiko A: Nakamura Naomi,Sonoda YumiTibiko B: Uehara Saori, Shi-mabukuro NatáliaTibico C: Shimabukuro AkiraJuvenil: Kataoka Isadora(kashoshô), Kataoka Isabela,Izumi Namie, Kunitake Tiemi,Nakamura RenanPop: Ojima Miki, Hayashi Pa-tríciaVeterano E: Tsukada Paulo,Abe OsakoVeterano D2: Suzuki Paulo

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Carreira – O tenor Kohdo Ta-naka, a grande expressão líricado Japão está novamente noBrasil, com vários recitais jáagendados, para comemorar oseu Jubileu de Ouro. Possui umvasto currículo dentro da músi-ca erudita. Suas apresentaçõescomeçaram em Osaka e To-kyo, num total de 12 localida-des japonesas e no Brasil fica-rá até o dia 8 de novembro edepois segue para a China,onde fará várias apresentações.Em Campinas, no dia primeirode outubro, fará uma apresen-tação gratuita na Sala CarlosGomes, no Teatro do Centro deConvivência. Dia 9 de outubro,às 20 horas, Kohdo estará noTeatro Municipal de Itatiba e nodia 30, também às 20 horas, noTeatro Municipal de Indaiatu-ba. As cidades de Atibaia e SãoJosé dos Campos manifesta-ram interesse, mas sem defini-ção de data ainda.

Segundo a cantora lírica

Emiko Banno e seu maridoMasaaki, o cantor internacio-nal está com a agenda repletade compromissos, mas aindahá espaço para mais apresen-tações. Eles o acompanhamem alguns eventos no Brasil esão bem recebidos, com reper-cussão local. Em Itatiba,Banno estará na programaçãomusical a convite do tenor eirão cantar num palco recém-inaugurado, com instalaçõesmodernas de última geração,muito elogiado pelos artistas.

No Centro de Ciências Le-tras e Artes, em Campinas, ocantor Kohdo Tanaka neste fi-nal de semana foi jurado de umconcurso para jovens líricos deaté 40 anos, artistas do Estadode São Paulo, juntamente comoutros jurados, responsável emescolher a mais linda voz femi-nina e masculina, com promo-ção da Abal (Associação Bra-sileira de Artistas Líricos).

(Celia Kataoka)

(kashoshô), Iwami Shiro, Ya-mashita SeikoVeterano D1: Mikamura Jo-aquim, Takahashi ShizuoVeterano C2: Hino Nanco,Hasegawa Kimiyo, Hirai Ma-riaVeterano C1: Ejima Noriaki(kashoshô), Miyamura Aquico,Kobayashi Naoya, AmanoMisakoVeterano B: Yabiku Luis(kashoshô), Mizutani Pedro,Kunitake Kenji, MakiyamaKanetoshi, Kageyama YoshioVeterano A: Okamoto Akemi,Okada Miriam, Honma Jorge,Uehara VitórioAdulto B: Yano Massami,Okamoto Satie Konno

Adulto A: Kataoka Mari-ana, Takase Mayumi, Nakaza-wa Kenji, Shiraishi Cecília

A concertista de kotô, YokoNishi uma das mais requisita-das do Japão, realizará duasapresentações no Brasil, umana capital paulista, amanhã (8),no Espaço Cultural FundaçãoJapão, e outra em CampoGrande, no Mato Grosso doSul, no sábado (9), no Auditó-rio do Sebrae. O concerto inti-tulado “Quietude e pulsação”terá entrada franca em ambasas cidades.

O kotô é um instrumentocom uma longa história e tra-dição e Yoko Nishi prometelevar o público a uma fantásti-ca jornada, explorando a suagrande capacidade musical,num repertório que varia doclássico ao contemporâneo earranjos de peças clássicas aofolclórico popular.

Atualmente o kotô é o maispopular dentre os instrumentosmusicais tradicionais japone-ses, ocupando lugar de desta-que com composições moder-nas ao gosto do público dosdias de hoje.

Yoko Nishi estudou kotôdesde sua infância com o com-positor modernista Tadao Sa-wai e Kazue Sawai. Ela seformou na Universidade Na-cional de Belas Artes e Músi-ca de Tóquio e tem exploradoas possibilidades de expressãono kotô com inspiração e sen-sibilidade únicas.

Em 2001, ela iniciou suaoriginal série de recitais, comrepertórios variando das peçastradicionais de kotô a trabalhoscontemporâneos e improvisa-ções conjuntas com instrumen-tos ocidentais. Ela tem se apre-sentado em diversos festivaisinternacionais, incluindo Moers

Jazz Festival (Alemanha) eCarnegie Hall and Museum ofFine Arts de Boston.

Em 2008, apresentou-secom Koto japonês antigo res-taurado no Teatro Nacional deTokyo. Recentemente foi acla-mada no evento “Noite de To-kyo” durante a Conferência deDavos na Suíça.

CONCERTO DE KOTÔ EM SÃO PAULO –“QUIETUDE E PULSAÇÃO”, COM YOKO

NISHI

QUANDO: DIA 8 DE OUTUBRO (SEXTA-FEIRA), DAS 18H30 ÀS 20H30ONDE: ESPAÇO CULTURAL FUNDAÇÃO

JAPÃO (AV. PAULISTA, 37- 1º ANDAR –PRÓXIMO AO METRÔ BRIGADEIRO)ENTRADA GRATUITA

ACESSO PARA PORTADORES DE

NECESSIDADES ESPECIAIS

É NECESSÁRIO EFETUAR INSCRIÇÃO PRÉVIA,ENVIANDO NOME COMPLETO E TELEFONE

PARA: [email protected]

CONCERTO EM CAMPO GRANDE (MS)QUANDO: DIA 9 DE OUTUBRO

(SÁBADO), ÀS 19H30ONDE: AUDITÓRIO DO SEBRAE: AVENIDA

MATO GROSSO, 1661, CENTRO

ENTRADA GRATUITA

MÚSICA

Yoko Nishi se apresenta nesta sexta em SãoPaulo e sábado em Campo Grande

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A concertista Yoko Nishi