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APONTAMENTOS SOBRE O SIGNIFICADO BÍBLICO DO TERMO I G R E J A

Apostila de Eclesiologia 3

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Page 1: Apostila de Eclesiologia 3

APONTAMENTOS SOBRE O

SIGNIFICADO BÍBLICO DO TERMO

I G R E J A

Page 2: Apostila de Eclesiologia 3

SUMÁRIO:

Introdução ao Assunto

O significado do termo ek-klesia:

1. - no grego clássico;

2. - na Septuaginta;

3. - nos evangelhos Sinóticos:

3.1. - em Mateus (especialmente cap. 18);

3.2. - na missão dos 12 e/ou 70 (Mateus e Lucas);

3.3. - em Atos dos Apóstolos;

4. - em Paulo;

5. - nos escritos joaninos;

6. - nas cartas pastorais;

7. - em I Pedro;

8. - Considerações finais.

Page 3: Apostila de Eclesiologia 3

Neste final de milênio e início de um novo tempo

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Page 4: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 5: Apostila de Eclesiologia 3

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Deste parágrafo acima se destaque que o termo IGREJA é

oriundo da língua grega, sendo uma transliteração 4 para o

latim e deste para o português. O termo em si não tem origem

religiosa, mesmo na língua grega. No mundo helênico (de

cultura grega) designava as assembléias públicas,

regularmente convocadas, quer de um grupo, quer de todos os

cidadãos 5. Em Atos dos Apóstolos temos um exemplo em 19.24-

40, onde é convocada 6 uma assembléia dos cidadãos de Éfeso.

Para convocações religiosas os gregos utilizavam-se de

outros termos, que não ek-klesia. Entretanto, a Bíblia não se

utiliza (quer na Septuaginta, quer no Novo Testamento - NT)

de nenhum destes termos para designar o que chama de IGREJA.

Não é no mundo grego que o termo Igreja, como hoje o

conhecemos, tem origem, mas na antiga tradição judaica (e,

por isso, mormente, na Septuaginta - versão grega do Antigo

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Page 6: Apostila de Eclesiologia 3

Testamento (AT) feita em Alexandria na época da hegemonia

grega).

1.2. - na Septuaginta

Na versão grega do AT o termo tem o mesmo sentido

genérico de convocação, como em terreno helênico, mas com um

novo significado de ênfase religiosa, pelo fato de que esta

tal ek-klesia é convocada por Deus. O AT designa por

"convocação (igreja) de Deus" o ajuntamento daquele povo que

Deus chamou (elegeu) para Si. Ek-klesia é o povo eleito,

chamado e convocado por Deus. Disto já se nota que para o AT

a Ek-klesia é constituída por Deus, por vocação divina e por

destinação d'Ele mesmo.

No AT a designação "a igreja de Deus" (e seus

equivalentes - "a igreja de Israel", p. ex.) é o modo de

designar-se o povo eleito por Deus, ou melhor, o povo eleito

por Deus e que é o portador da Aliança. Este povo como

"portador" da Aliança é o povo chamado por Deus para ser

instrumento Seu na história dos homens, realizando na mesma a

História da Salvação. Vejamos melhor este conceito.

Deus fez uma Aliança com um povo que chamou para Si. Este

povo foi Israel, e a Aliança foi estabelecida com Ele no

Sinai 7. Na Teologia do AT este povo foi escolhido, em meio

de muitos, ôòcm÷éûís.oîn÷çkýo²ïiõÿ«Þomý� � � 8ÿ=×í¿kÿ÷ýífõÿoïnþ÷ÿ-

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Page 7: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 8: Apostila de Eclesiologia 3

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ver dos profetas a gravidade e abrangência do pecado

determinou um juízo divino ainda maior. Este é o testemunho

da ira de Deus, o lado de juízo implícito na Aliança sobre o

todo 11. Este "resto" ou "sobra" do povo é o testemunho da

condenação da maioria que pereceu 12.

Para os profetas, entretanto, o "remanescente" não é

somente obra da ira justa de Deus, mas clara e notória

manifestação de sua graça imerecida. Não é por causa de

Israel, nem por causa da bondade e fidelidade dos que

permanecem, mas da graça de Deus: é ato miraculoso que

encontra sua explicação exclusivamente no amor gracioso de

Deus. Veja, Israel não é uma constituição de indivíduos, mas

um povo visto como tal 13. Se Deus preserva um remanescente em

meio ao caos e a catástrofe, instrumentos de Seu juízo, por

meio dela preserva a humanidade, a Sua criação. Por isso Is.

1.9 afirmará que o "remanescente" é criação de Deus, obra ou

trabalho de Deus: "Se o Senhor Deus não nos tivesse deixado

alguns sobreviventes já nos teríamos tornado como Sodoma", ou

seja, haveríamos sumido da face do planeta. Assim, um

"remanescente" deixado por Deus fala de Seu juízo mas,

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Page 9: Apostila de Eclesiologia 3

principalmente, de Sua graça e fidelidade à Aliança que

estabeleceu com Israel 14. A esta graça chama Isaías e

Jeremias de redenção: Deus redime a Israel.

Mas os profetas, por causa deste novo conceito,

introduzido em Israel após o exílio (leitura deuteronomista)

integram à Teologia do AT um outro conceito "Nova Aliança".

Toda a esperança messiânica exílica e principalmente pós-

exílica alimentar-se-á destes dois importantes conceitos:

resto e nova Aliança. Não é o caso de estudar-se aqui o

desenvolvimento do messianismo em Israel (alguma coisa do

messianismo veterotestamentário deve ter sido mencionado pelo

Prof. Rev. João Leonel). Basta-nos destacar que o messianismo

é essencialmente profético e dos profetas do final do exílio

e dos pós-exílicos. São eles que destacarão que o libertador15

de Israel fará uma nova aliança. Note-se: Israel não cumpre a

Aliança; Deus julga Israel com Sua ira; o instùýµíïñ3¦·Ù|

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Page 10: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 13: Apostila de Eclesiologia 3

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FýÛ{{ûç¾ýýóß þ Assim, o Messias Libertador, com base neste�

remanescente, congregará à Sua volta todos aqueles que Deus

chamar (verbo grego , kaléo - chamar) por seu

intermédio, estendendo a Sua salvação a todo povo, língua

raça e nação, estendendo-se em número e abrangência o

conceito de "povo eleito" ou "igreja".

Um crítica satírica desta infidelidade de Israel e deste

modo equivocado do mesmo entender a sua missão como

"congregação - ek-klesia - de Deus" encontra-se no Profeta

Jonas. Jonas é tipo de Israel: chamado por Deus para anunciar

a Sua justiça às nações, ele foge da presença de Deus e

deseja a morte à conversão dos pagãos. Destarte é função

primordial deste "resto" congregado pelo Messias Libertador

manifestar esta graça divina para todos (pois ele, o

remanescente, é fruto da ação graciosa de Deus). Ele é como

um servo escolhido por Deus para, em meio ao sofrimento a que

está submetido, permanecer entre todos para mostrar que Deus

preserva por graça 17.

Este remanescente que formará o novo povo de Deus, à

volta do Messias Libertador é, também, um mistério

fundamentado na livre e graciosa eleição divina. Isso faz do

remanescente, nas esperança messiânicas do profetismo, o

"povo do futuro". Este povo não tem saudades do passado, mas

do futuro (por incrível que possa parecer a expressão), visto

ser um povo que se direciona ao futuro. Liga-se ao passado

somente por causa da promessa, mas como a mesma destina-se

não ao presente, mas ao futuro, o remanescente é o povo do

17h}²ÿw¾ Ù{îr¶~¾¿-÷;f}óîd½sÿæÚû?w7¯3û/Í{ïnuþ¿?:}§}{ÿlo=_ó1³.ÿ»7¹{oö{öÊxï¤ÿ¹ÿ÷ï�� �

Page 14: Apostila de Eclesiologia 3

futuro e à ele se liga. Em outras palavras: este é o povo da

esperança! Ele vive na tensão entre a promessa e a sua

realização, daí ser um povo que se alimenta de esperança 18. O

povo do futuro, que alimenta-se das esperanças nas promessas,

é o "povo escatológico" que sonha em ser, não um punhado ou

um resto, mas "uma numerosa multidão": "serão renovos por Mim

plantados, obra das Minhas mãos, para que Eu seja sempre

glorificado. O mais pequeno virá a ser mil, e o mínimo uma

nação forte; Eu, o Senhor, a seu tempo farei isso

prontamente" 19.

Não há

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Page 15: Apostila de Eclesiologia 3

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Isso faz da seita um fim em si mesma, pois não é ele

instrumento transmissor da graça e do amor divino, mas

proprietária dos bens divinos e do próprio deus 21. Isso faz

da seita um fim em si e um modo de autopreservação.

Não é sem razão que todas as seitas, ao substituírem a

História pela Idéia, destacam-se de modo orgulhoso, egoísta e

completamente apartada do sentido de amor fraterno. Elas

odeiam os demais, preferem a sua perdição, visto que tal fato

as destaca. Este é o motivo da rejeição de Israel como povo

21 - a letra minúscula é proposital.

Page 16: Apostila de Eclesiologia 3

escolhido, permanecendo somente em Jesus de Nazaré, o único

remanescente fiel daquele sentido de povo escolhido por Deus

para manifestar a Sua glória, a Sua graça e o Seu poder

salvador no mundo.

Israel esqueceu-se, ou perdeu-se de si mesmo, quando

julgou ser o proprietário de Deus. Perdeu-se de sua missão e

dos objetivos para o qual foi escolhido dentre todas as

nações. Assim, para Israel, os povos tornarem-se para a Torá

significava o mesmo que submeter-se a Israel, os

proprietários da Torá. Deus salvar e redimir a Israel

significava oprimir e submeter os povos à sua volta. Esta é a

total eversão do sentido de ser povo escolhido, ek-klesia de

Deus, que está claramente colocado não somente em Jonas, mas

nos essênios e nos fariseus dos tempos de Jesus. Este é um

conceito antropocêntrico de criar-se ou delimitar-se o

"remanescente".

Note-se, por exemplo (mas não discutiremos aqui e nem nas

possíveis perguntas feitas os conceitos do grupo, mas só nos

referiremos aos mesmos com exemplo) os 144 mil do Apocalipse

e a interpretação dos Testemunhas de Jeová: eles são os 144

mil, o número exato daqueles que são os fiéis, que são os

remanescentes. Tal apropriação que delimita de modo

"instantâneo" do remanescente é característico das seitas.

Veja-se, por exemplo 22 os fundamentalistas: eles são os donos

da verdade e da tradição bíblica e teológica reformada, todos

os demais são infiéis, hereges e inimigos de deus 23 e que

devem ser extirpados da igreja "verdadeira". A missão de

ambos osëórõãl{ºòñÇáR?Õ÷Ó,ù+ãemÏùÿÚm_ø[õf©çÞ{æîG¸o

22 - mas não discutiremos aqui e nem nas possíveis perguntas feitas os conceitos do grupo, mas só nos referiremos aos mesmos com exemplo.

23 - a letra minúscula é proposital.

Page 17: Apostila de Eclesiologia 3

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24? - idem.

Page 18: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 19: Apostila de Eclesiologia 3

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ýºûywM÷n[Qåéi÷Ũÿ

~ ÿ¿uÊÿplë‹÷ÍŒízf{۟³1-ùä265Jâendo sempre nos lábios de

Jesus ao referir-se a Si mesmo. Ela não destaca somente que

Jesus é "humano" ou, ainda, "salvador" da humanidade, mas

também "o enviado celeste", "aquele que vem para julgar" 27.

Este é o termo messiânico menos comprometido com o

nacionalismo dos judeus. Este termo designa o "Homem

Escatológico", a figura aguardada para o fim dos tempos e que

seria o "novo Adão", ou a "nova Humanidade". Dele nasceria,

segundo as esperança pós-exílicas e especialmente as do

período intertestamentário, o "remanescente", o povo do

futuro. Ele inauguraria o "novo tempo" pois seria não somente

um "novo Homem", mas um "juiz celeste" a separar as coisas

por meio do seu juízo 28.

Ao aplicar este conceito sobre Si, Jesus entende que

veio, como Filho do Homem, separar os que Lhe pertencem,

julgando entre "ovelhas e bodes". Por isso sempre afirmou que

veio procurar e agrupar em torno de Si o povo de Deus (o 25 ? - RICHARDSON, A. - Introdução À Teologia do Novo Testamento - trad. Jaci Correia Maraschin,

ed. ASTE, São Paulo, 1966, 389p.26 ? - nos demais textos no NT aparece mais 4 vezes, sendo 3 em Atos, que é de autoria de lucana.27 - cf., Dn. 7.13-14.28 - cf., Is. 11.1-16.

Page 20: Apostila de Eclesiologia 3

"novo" povo). Ele entende-se, pois, como o reconstituidor do

povo de Deus, não mais na perspectiva do Israel perecível,

mas na perspectiva do Reino de Deus que faz-se presente em

Sua pessoa 29. Ainda que tenha dado Sua atenção às grandes

multidões, Jesus dedicou-se a um pequeno grupo a quem chamou

de "discípulos" e, neste grupo menor aos chamado "grupo dos

12", ou "os doze apóstolos" que são o grupo central dos

discípulos. A estes discípulos, tendo por centro os doze,

Jesus chamou de "família" 30. Entendeu este grupo que procurou

e chamou para si como "pequeno rebanho" a quem o Pai se

alegrou em dar o Seu Reino 31.

Não é significativo que Jesus tenha se dedicado a um

pequeno grupo, tenha evitado as multidões (embora não fugisse

delas), chegando a criticar os grandes grupos (cheios de

interesses, como no caso do Pão 32) e a unanimidade das massas 33? E, de igual modo, não é interessante que julgamos o valor

de um grupo, sua piedade, seu "fervor" religioso, sua fé,

muitas vezes, pelo número de pessoas que para lá acorrem? Não

faz-se isso quando exigimina-se estatísticas, não como modo

de sabermos quem somos e quantos

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þÿwõûc÷òká7gûém}e~}åuïýôokýtïmgqÿûlóïîoï~oï÷-� � � � �29 - cf., Mc. 1.15.30 - cf., Mc. 3.33-35 e pares.31 - cf., Lc. 12.32; Mt. 26.31; comparando com Jo. 10.1-18.32 - cf., Jo. 6.33 - cf., Mt. 5.10-11 e Lc. 6.26

Page 21: Apostila de Eclesiologia 3

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34? - cf., Mc. 13.12; 14.58.

Page 22: Apostila de Eclesiologia 3

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Igreja passa a ser proprietária neste mundo e, com isso, a

ter interesses nesse mundo (note-se que os grande problemas e

"brigas" nas igrejas atuais são por causa de administração

patrimonial - onde existe patrimônio existe interesses

semelhantes aos deste mundo, cuja mola mestra é o dinheiro e

seu lucro). Mas... voltemos ao tema.

Sabe-se que é da teologia do NT que Jesus consuma a Sua

obra neste mundo por meio de Sua morte e ressurreição. Tal

fato é por Ele mesmo anunciado. A Instituição da Eucaristia

deste anúncio, quando disse de Sua morte expiatória como meio

de criação da "Nova Aliança, feita no Meu sangue". Esta

Aliança supera a Antiga (a sinaítica). Cabendo aos discípulos

serem os "anunciadores" desta "Nova Aliança", não mais

restrita à uma nacionalidade (judeus) mas extensiva ao mundo

inteiro 35. O objetivo de Sua obra é formar o povo da nova

Aliança, congregando `a Sua volta a nova comunidade dos

fiéis que tem por missão histórica estender a graça de Deus,

revelada em Cristo, por todo o mundo.

Assim: a obra de Jesus, Suas palavras, Seus gestos, a

reunião dos discípulos à Sua volta, Sua morte e ressurreição,

a instituição da Santíssima Ceia, a missão confiada por Ele

aos seus fiéis discípulos revela que a idéia de uma ek-klesia

(Igreja) está no centro dos interesses de Jesus Cristo, ainda

que utilize-se das tradicionais imagens veterotestamentárias

para assim falar, usando-se, muito pouco, do termo ek-klesia.

Visto ser ela o instrumento privilegiado de Deus para o Seu

Reino.

35 - cf., Mc. 13.10 e pares.

Page 23: Apostila de Eclesiologia 3

1.3.1. - em Mateus (especialmente cap. 16 e 18);

Com tal explicação introduz-se a questão de Jesus somente

por duas vezes nos evangelho ter-se utilizado deste termo ek-

klesia: Mt. 16.16-19 e Mt. 18.15-20, a primeira é chamada de

"A Confissão de Pedro", a segunda refere-se à questão da

congregação fraterna. Sobre a confissão de Pedro destaca-se

que Jesus é quem edifica a Igreja, que esta Lhe pertence, e

que, como tal, arrebentará as portas do inferno (resgatando

do mesmo os que nele estão cativos - "portas"

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36? - sobre este tema falaremos mais adiante: 2.3. - onde a disciplina é aplicada.

Page 24: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 26: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 27: Apostila de Eclesiologia 3

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sentido à sua função ou trabalho e, com isso, à sua vida que,

neste caso, existe para fazer cumprir a vontade daquele que o

enviou levar a mensagem ao seu destino certo). Via de

conseqüência, deve, ainda, o enviado ser submisso ao sentido

de sua missão.

De outro lado, o modo como se recebe o enviado revela

amor, respeito, atenção, boa vontade e tudo mais o que se

revelar, não ao enviado em si (embora seja ele o objeto

direto destas atitudes e ações), mas àquele que o enviou.

Como se recebe o mensageiro e sua notícia, recebe-se, não ao

mensageiro, mais aquele que envia. Quando se dá ouvidos ao

enviado, escuta-se, não a este, mas aquele que o enviou, e

vice-versa: "... até hoje, enviei-vos todos os Meus servos,

os profetas, mas não Me destes ouvidos... esta é a nação que

não atende à voz do Senhor seu Deus..." 37.

Jesus, quando disse que "envia" os Seus discípulos,

designou que o faz como quem manda "ovelhas para o meio de

lobos", sem alforje (provisões de um viajante), sem dinheiro,

sem roupas para trocas, de dois em dois, destina-lhes uma

mensagem: proclamar o Reino de Deus. Assim como os enviou por

todo o mundo para proclamar o Evangelho entre todas as

nações.

37 - Jr. 7.25-28.

Page 28: Apostila de Eclesiologia 3

Antes de tudo deve-se corrigir um equívoco quanto à

missão dos enviados: a Igreja não tem uma missão (ir aos

povos, ou às nações, ou a um lugar determinado), a Igreja é

missão. Todos são chamados e enviados, e não somente alguns.

O mundo é o campo, e não somente determinados lugares

estabelecidos como tal. Ser enviado e estar na missão são uma

e a mesma coisa e, via de conseqüência, não existe ninguém

que não tenha sido enviado por Cristo ao mundo para cumprir a

missão. Repetimos: a Igreja não tem um missão (dentre

outras), mas Igreja é missão. Não existe uma adjetivação do

substantivo "missionária" para a Igreja, como se pudéssemos

dizer esta é uma Igreja "Missionária". Se a Igreja não for

missionária, não é Igreja.

Ele é composta de pessoas que reconhecem, cada qual a seu

modo, que foram chamadas () pelo Senhor e por Ele

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38? - cf., Mc. 16.15 e pares.

Page 29: Apostila de Eclesiologia 3

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Enviado de Deus, a Igreja. Quando esta perde de vista esta

perspectiva, perde-se de si mesma e transforma-se em uma

seita orgulhosa, repleta de ódios e sem a graça divina que

deve transmitir como instrumento.

Como fez Jesus, deve fazer a Igreja (Ele, enviado do Pai;

ela, enviada por Ele): congregar os que pertencem a Deus,

Page 30: Apostila de Eclesiologia 3

dispersos e sofridos em meio de um mundo "cão". Ela deve

buscar o que se perdeu. Abandonar as 99 ovelhas do aprisco e

buscar, fora dela, aqueles que desviaram-se do caminho. Por

isso, todos os que acolhem os enviados, acolhem Aquele que os

enviou. Por isso a Igreja é também "reunião" ("assembléia")

do povo de Deus. Deus quis, após a dispersão do exílio,

reunir os Seus dentre todas as nações. Para tal enviou Seu

Filho que, por Sua vez, enviou a Igreja. Assim, enviar e

reunir são dois lados de uma mesma moeda que é chamada no NT

de ek-klesia.

1.3.3. - em Atos dos Apóstolos

Encerrando esta visão dos sinóticos, incluímos a questão

da Igreja em Atos dos Apóstolos (que é de autoria do mesmo

que escreveu o terceiro Evangelho, ou Segundo São Lucas).

Assim, pensar neste ponto sobre a Igreja é pensar, também, no

conceito lucano de Igreja. Para tal, uma visão da obra lucana

oferece boas condições de entender-se o conceito.

São Lucas define, no Evangelho, em seu chamado "prólogo" 39 o objetivo de seu empenho literário: "esclarecer tudo o que

tem acontecido nos últimos dias". Sendo o Livro dos Atos dos

Apóstolos o segundo volume (ou a continuação) do Evangelho

Segundo São Lucas, pode-se afirmar que Lc. objetiva mostrar

que aquilo pelo que vem passando a Igreja (de seus dias -

Atos dos Apóstolos) está em continuidade com o que se deu com

Jesus (Evangelho).

São Lucas é o primeiro pensador cristão a procurar

esboçar uma "História da Salvação". Procura defini-la na

39 - Lc. 1.1-4.

Page 31: Apostila de Eclesiologia 3

idéia de "continuidade": a mesma obra iniciada por Jesus

prossegue na Igreja. Ela é a continuadora da "História da

Salvação". Ele mesmo é quem diz que procurou anotar tudo "em

ordem", em meio a vários documentos que consultou

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Page 33: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 34: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 35: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 36: Apostila de Eclesiologia 3

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Ïåomßio¾¦°òosus promove a salvação no meio da perdição. Mas

isso gera sempre conflito. Assim, ao entrar a História da

Salvação no meio da História dos Homens (que é história da

perdição), superando as contradições desta história, tal

encarnação gera conflito, pois acaba esbarrando em interesses

daqueles que se locupletam das contradições e delas vivem: os

"donos deste mundo".

Jesus, para Lucas, veio libertar destas contradições

estes excluídos da História dos Homens, criando um novo povo,

dentro desta história que, agora, vivem uma outra história,

não mais de perdição, mas de salvação 41. Ver-se-á que esta

postura foi assumida literalmente pela Igreja de Jerusalém,

onde "não havia necessitados entre eles" 42.

Jesus, para Lucas, veio realizar tal proeza, cumprindo as

profecias veterotestamentárias, mormente por ter sobre Si o

Espírito Santo (ou de Deus). O mesmo Espírito que ungiu

Jesus, unge a Igreja para superar estas rupturas históricas

que geram perdição e se alimentam de contradições 43. esta

obra divina faz-se na força do Espírito, visto que não é algo

40 ? - cf. Lc. 6. 20-26; 7. 36-50; 8. 26-34; 8. 40-56; 9. 10-17; 9. 37-46; 10. 21-22; 10. 25-37; 11. 14-36; 12. 13-34; 13. 10-17; 14. 1-6; 16. 19-31; 18. 9-14; 18. 15-17; 18. 18-30; 18. 35-43; 19. 1-10; etc.

41 - cf. as esperança do "resto fiel", presente em Lc., nos relatos da infância, p. ex., Zacarias em Lc. 1.68-79 - que afirma que ele será "sinal de contradição' - e Maria em Lc. 1. 46-55 - que engrandece a Deus por inverter a situação histórica, intervindo em favor dos esquecidos da história.

42 - cf. At. 2. 42-47 e 4. 32-35.43 - cf. Lc. 4. 18-19 e 7. 22, com At. 2.

Page 38: Apostila de Eclesiologia 3

que nasce de fora, ou vem pela força, ou se faz por

imposição, mas é algo que nasce da ação do Espírito na vida

daqueles a quem Deus chamar. Ora, Jesus anuncia e realiza o

Evangelho, assim como a Igreja deve anunciar e realizar a

boa-nova que anuncia na força do Espírito.

O maior material do Evangelho de São Lucas está

concentrado nos chamados "Relatos de Viagem" para Jerusalém.

Na verdade Jesus, em Lucas, é descrito como um peregrino, um

caminhante, alguém que está na estrada descendo em direção à

Jerusalém, onde vai cumprir seu destino histórico. Mas é de

lá que, segundo Atos, parte a Igreja, para cumprir no mundo

(Judéia, Samaria e os confins da terra) seu destino histórico

objetivando o Reino de Deus. Como Jesus teve conflitos com as

elites religiosas e econômicas de seu tempo, na continuidade

da Igreja há, também, conflitos com as mesmas elites

(ourives, fazedores de imagens, donos de escravos

adivinhadores, chefes religiosos).

Destarte, em Atos, a Igreja é chamada

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judeus, Deus o ressuscitou e o fez Senhor.

44? - cf., tb., Lc. 3.8.45? - cf., At. 2.22-24, 29-36, cf. tb., Jo. 16.2.

Page 40: Apostila de Eclesiologia 3

Esta comunidade persevera no ensino apostólico, vive em

comunhão, participa da liturgia (orações) e reparte o pão 46,

sendo a Ceia o centro desta comunhão, desta diaconia e desta

liturgia 47. Para fazer parte dela há que crer em Cristo e ser

recebido pelo Batismo 48, sendo estendido este benefício a

todos os descendentes dos que crêem 49. Até que retorne o seu

Senhor, esta comunidade nutre-se desta esperança 50,

estendendo a todos o ministério apostólico 51, a diaconia 52,

estendendo a Palavra de Deus a toda criatura 53, bem como os

atos graciosos de Deus que são sinais de que Deus opera com

poder por meio desta nova comunidade 54.

Mas a continuidade que está estabelecida entre o

remanescente da antiga aliança, o caminho de Jesus e a Igreja

não se dá apenas nestes fatos positivos, mas nos negativos.

Como o remanescente fiel, tipificado nos profetas 55, e, como

Jesus, o Servo-Sofredor, a Igreja também será incompreendida,

perseguida e maltratada. Ela será constituída de mártires

(testemunhas). O martírio será conseqüência de sua ação,

visto que ao levar a Palavra de Deus aos povos, encontrará

interesses estabelecidos e que se lhe oporão de modo

violento. Como o "remanescente" é um resto que sobreviveu aos

"destroços", como Jesus foi "imolado" na cruz, a Igreja

também, guiada pelo mesmo Espírito que falou pelos profetas e

atuou por meio de Jesus, perseguirá e prosseguirá este mesmo

46 - cf., 2.42-47.47 - cf., 2.46.48 - cf., 2.38.49 - cf., 2.39.50 - cf., 3.20-22.51 - cf., 2.42-47.52 - cf., 4.32-35; 6.1-7.53 - cf., 6.7; 9.31; 10.44-48; 13.1-3.54 - cf., 3.6-10.55 - cf., 3.25.

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caminho, amealhando oposição, incompreensão, calúnia e

violência das elites e dos poderes constituídos:

nobreza sacerdotal: 4.1-4, 5.17-42;

magistrados corruptos e subornados: 6.8-15, 7.52-60;

enganadores: 8.9-13, 13.4-12;

ricos gananciosos: 8.14-25;

lideranças políticas: 9.1-2;

reis: 12.1-8;

autoridades em conluio: 14.1-7;

exploradores de pessoas: 16.16-26;

a malandragem "contratada": 17.1-9;

intelectuais: 17.32-34;

comerciantes de superstições e ourives: 16.23-40;

militares e líderes: 21.27-40.

Poder-se-ia, ainda, continuar na lista, mas, seja aonde

for, o Evangelho sempre~+|

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56? - cf., 8.1.

Page 42: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 43: Apostila de Eclesiologia 3

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57? - cf., 1.8.58? - cf., At. 7.56; 8.1; 9.1-2; I Co. 15.9; Gl. 1.23; Fl. 3.6.59? - cf., At. 13.1-2.60? - cf., At. 9.26.

Page 44: Apostila de Eclesiologia 3

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tempo de seu ministério 62, para ser reconhecido como tal,

visto que seu apostolado não nasceu de homens, nem do

reconhecimento destes, mas por vontade de Deus 63. Seu

apostolado é diferente, não somente porque ele tenha chegado

à Igreja depois de sua fundação, mas porque tinha uma

destinação também um pouco diferente, visto ser seu "público

alvo" os gentios. Mas é justamente com o aparecimento do

Ressuscitado, extemporaneamente 64, a Paulo que se marca uma

mudança séria no caminho da Igreja: um definitivo rompimento

da Igreja com o judaísmo, que tornar-se-á explicito no

ministério apostólico de Paulo 65.

Paulo anuncia à Igreja o Evangelho de Cristo que é o

poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, judeu

ou gentio 66. Isto o coloca em clara linha de continuidade com

a Igreja de Jerusalém, ainda que haja rompimento com o

judaísmo. Paulo, pois prega para o Novo Israel , formado pela

Igreja gentílica em comunhão com a Igreja de Jerusalém. Por

isso faz questão de destacar que aprendeu nesta referida

Igreja toda a tradição 67. Sua vocação ou chamado direto para

o apostolado não o colocou contrário à tradição da Igreja de

Jerusalém. Por isso, ainda que controvertida tenha sido a

figura de Paulo e não reconhecido o seu apostolado por

alguns, os líderes de Jerusalém e Paulo reconhecem-se

61? - cf., Gl. 2.6-10.62 - cf., II Co. 11.16-36.63 - cf., Rm. 1.1; I Co. 1.1; II Co. 1.1; Gl. 1.1; Ef. 1.1; Cl. 1.1.64 - cf., At. 9.1-9; I Co. 15.8-10.65 - cf., At. 19 - bem como todo livro referido, visto que, ao que tudo indica, São Lucas escreveu Atos para,

também, justificar que a continuidade da obra de Cristo estende-se a todos e não somente aos judeus66 - cf., Rm. 1.16-17.67 - cf., I Co. 11.23-26; 15.1-7,11; Gl. 1.17.

Page 45: Apostila de Eclesiologia 3

mutuamente como apóstolos de Jesus Cristo, em linha de

continuidade, pregando versões diferentes de um mesmo

Evangelho 68.

Não é interessante que alguns fundadores de seitas e

igrejas, diferentemente de Paulo e dos reformadores do Séc.

XVI, pretendam fundar comunidades desrespeitando e

menosprezando a tradição acumulada pela sabedoria divina na

história da Igreja? São "bispos" e "apóstolos" que desprezam

a tradição antiga, quer a neotestamentária, quer a da Igreja

do Pais, quer a dos Reformadores, julgando que, assim, estão

cumprindo dileto mandato divino, mas negam tal fato em suas

posturas ao menosprezarem a tradição da Igreja.

Por estar na mesma continuidade histórica, Paulo entende

que seu Evanïýíû=0{}}§ïÿzçðgÿþgþïç½g´kï÷,uýÿÿóÿÿý{}ëuïyím� � � � � �

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68 - cf., Gl. 2.7-10; cf., tb. At. 13.69? - cf., Rm. 15.19.70? - cf., At. 1.8.71? - cf., I Co. 1.10-16; 3.1-12.

Page 46: Apostila de Eclesiologia 3

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72? - cf., Ef. 2.13-22.73? - cf., Ef. 2.11-19.74? - cf., I Co. 1.2.75? - ou universal - cf., Rm. 16.16; I Co. 7.17.76? - cf., At. 8.1.77? - cf., I Co. 12.; cf., tb., Rm. 12.5-8.

Page 47: Apostila de Eclesiologia 3

Seu Corpo, a Igreja. Mas Paulo entende que a Igreja é o

início da nova criação, o começo no novo mundo, o “plano

piloto” de Deus que aponta para as novas relações do Reino de

Deus, a “futura sociedade”, onde "Deus será tudo em todos" 78.

No Corpo de Cristo, segundo Paulo, há muitas funções

expressas nos diferentes dons. Unidade não representa

nivelamento das necessárias alteridades, mas a sua

complementação. Paulo não nega as diferenças características

que é apanágio dos seres humanos, razão porque os dons,

capacidades e aptidões são diferentes. A integridade dá-se

por complementaridade das funções. Pluralidade e

peculiaridade nas diferentes funções do corpo estão em função

da idéia de conjunto e unidade. Os membros do Corpo não estão

simplesmente colocados acima ou abaixo, mas relacionados

entre si. A questão fundamental do Novo Testamento é a

integralidade, a complementaridade. Reafirma-se a pluralidade

na integralidade das diferentes aptidões, resgatando-se a

harmonia desejada por Deus ao conferir aos seres humanos a

Sua imagem. Paulo nunca defendeu uniformização nem

nivelamento dentro da Igreja, mas, de igual modo, acentua a

participação de todos. Chegou mesmo a combater a idéia de que

um dom tenha prevalência sobre os demais, visto que todos são

importantes para o Corpo.

As figuras, aqui, são meros símbolos. Cristo é o Cabeça,

porque é a razão de ser da Igreja. Sem Ele a Igreja está

incompleta e morta, como um corpo humano sem a sua cabeça. De

modo igual o termo corpo, não pode ser tomado literalmente,

mas em seu sentido figurado, conforme o exemplo do casal 79.

Sendo que, à este símbolo Paulo aduz o conceito de “glória”.

78 - cf., I Co. 15: 28.79 - cf., Ef. 5.22-32.

Page 48: Apostila de Eclesiologia 3

Se Cristo é a razão de ser da Igreja, a mesma é a Sua glória.

Este termo quer dizer que a Igreja deve refletir, exprimir e

manifestar a Cristo, refletindo a Sua glória neste mundo. Por

isso a Igreja está debaixo da autoridade, ou seja, da

proteção amorosa de Cristo que tudo fez para apresentá-

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80? - cf., Ef. 5: 27.81? - cf., Ef. 4: 16.

Page 49: Apostila de Eclesiologia 3

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82? - cf., I Co. 12: 22ss.

Page 50: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 51: Apostila de Eclesiologia 3

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como a Septuaginta resolveu traduzir o termo hebraico

"kadosh". Com estas duas palavras para entender um único

sentido, quer o AT, quer o NT estão a expressar que "Deus é

Santo", ou seja, em relação ao mundo criado, a tudo o que se

vê e conhece, Deus é "separado", ou diferente, ou insondável,

indefinível, indecifrável. Por esse motivo não se pode fazer

"imagens" de Deus, visto não Lhe haver "semelhante" 84. Assim,

aplicado ao Senhor, o conceito "santo" está ligado à Sua

"glória". Ninguém há que possa contemplar a Sua glória, visto

que Ele é Santo e ninguém o pode ver (ou perceber, ou

apreender, ou delimitar, ou definir, ou exprimir) plena e

completamente. Daí o AT entender que Deus, para ser

conhecido, deve "revelar"(mostrar) a Sua glória. Neste

conceito de Deus santos os reformadores cunharam um termo

muito significativo para expressá-lo: Deus Abscôndito. Assim

83? - cf., I Co. 1.2; II Co. 1.1; Ef. 1.1; Fl. 1.1; Cl. 1.2 etc.84 - cf., Ex. 20.1-3.

Page 52: Apostila de Eclesiologia 3

como a lua tem um lado oculto, que não vemos, Deus tem uma

realidade que não podemos atingir, perceber, captar,

apreender. A questão aqui é humana e não divina: o ser humano

é que por seus limites não pode abarcar a Deus em Sua

totalidade (se o pudesse seria um deus e não Deus). Por isso,

para os seres humanos, há um lado obscuro de Deus, ou

"escondido", como dizem Calvino e Lutero "abscôndito" e nunca

teremos condição de abarcar.

De Deus conhecemos somente aquilo que Ele mesmo, de moto

próprio, nos mostra ou "revela". Este é o outro lado da

santidade de Deus, visto que Ele, por misericórdia, graça e

beneplácito próprios resolve "comunicar-Se, dar-Se, revelar-

Se. Ao fazer assim o desejo manifesto de Deus é fazer os

seres humanos, aos quais revela-Se, participantes daquilo que

Ele é. Daí entender-se nas Escrituras que santidade não é

algo estático, mas dinâmico: Deus intervém na vida dos seres

humanos, mostra-Se e, com isso, chama-os para um novo viver.

Assim, todo encontro real com o Deus da Bíblia implica num

auto-conhecimento 85 e, como conseqüência deste auto-

conhecimento uma mudança de vida 86. O encontro com o Deus

Santo dá auto-wïoìëímõo÷o®uïkÿ÷|sìýÿ$mýv÷þ÷ýveçfwyìéº� �

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85 - cf., Ex. 3; Is. 6.1-5.86 - cf., Is.6.6-8.87? - cf., Lv. 11.44; 19.2; 20.7,26; Nm. 15.40; Dt. 7.6; Is. 8.13.

Page 53: Apostila de Eclesiologia 3

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88? - cf., Rm. 15.16; I Co. 6.1.89? - cf., Rm. 12.1-3; 15.16; Fl. 2.17.90? - cf., Ef. 4.12; I Co. 7.19; 9.1;16.15; II Co. 8.4.

Page 54: Apostila de Eclesiologia 3

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to Santo. Por isso os vocacionados para a santificação, por

obra do Espírito, são santificados e exortados a tal 91.

Espiritualidade não é apanágio de um rigor de caráter

ascético, visto que tudo o que Deus criou é bom e, recebido

com ações de graças, não precisa ser recusado 92. Santidade

não é necessariamente qualquer tipo de abstinência ou

esforço, como, por exemplo, fizeram os monges e/ou ermitões

antigos. A santificação de que fala toda a Bíblia, mas em

especial Paulo, está ligada à prática do bem. O bem é sempre

algo que direcionamos a outros. Assim, ser santo é não

somente cumprir a primeira tábua dos mandamentos, mas a

segunda que exige de nós claras atitudes em relação ao nosso

próximo. A Igreja é santa porque cuida dos necessitados,

ampara os órfãos e as viúvas em suas tribulações, não explora

o corpo dos outros por causa de desejos lascivos, não faz uso

de malogros e mentiras contra os outros etc. Também não é

algo que se dá por "mágica", no estilo do que disse alguém:

"Muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder;

nenhuma oração, nenhum poder". Como se a prática da piedade,

por melhor que seja, confira a alguém algo diferentes dos

demais. Aplica-se, o mesmo, aos chamados "jejuns", usado como

meios "mágicos" para se alcançar favores divinos, como se o

favor de Deus pudesse ser comprado com este ou aquele gesto.

Deus livrou o Seu povo para servir-Lhe e, este povo, serve a

Deus na medida que estende a Sua bondade infinita para todos.

Isso é santificação. Não se deve confundir santificação com

ascese ou mística contemplativa, sobre as quais o NT tem

somente críticas e não elogios.

91 - cf., Rm. 6.19-22; Ef. 1.4; 5.27; I Ts. 4.3-12.92 - cf., p. ex., Rm. 14.20; I Tm. 4.4-5; Tt. 1.15.

Page 55: Apostila de Eclesiologia 3

1.5. - nos escritos joaninos

O termo grego Ek-klesia (Igreja) não aparece nos escritos

joaninos, entretanto, para referir-se à idéia, São João usará

um termo "técnico" em seus escritos "os discípulos". Este é

um critério dos escritos joaninos, referindo-se aos grupos

por meios de conceitos metonímicos. Por exemplo: quando João

deseja se referir ao judaísmo oficial, aquele grupo de

líderes (sacerdotes, escribas e

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Page 56: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 57: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 58: Apostila de Eclesiologia 3

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Sua vida, Sua causa, Seu destino, e passam a segui-Lo por fé,

visto que n'Ele está a "luz" 97 e as palavras de "vida eterna" 98. Eles se ligam ao Mestre não pelas idéias em si, mas por

causa da "Vida" que d'Ele recebem. São "discípulos" não por

mera "razão", mas por "imitação", recebendo sempre a ordem de

Jesus: "assim como eu fiz, façais vós também" 99. O sentido

seria este: Jesus faz as obras do Pai 100, que o enviou, os

discípulos o imitam e, assim, realizam de Cristo 101, deste

modo, estendem uns aos outros e aos demais as obras de Deus 102.

93? - cf., Jo. 1.35-42.94? - cf., Jo. 1.29-31; 1.43-51.95? - cf., Jo. 5.37; 6.37, 65.96? - cf., Jo. 9.28.97 - cf. Jo. 1.1-14; 3.16-21.98 - cf., Jo. 6.68.99 - cf., p. ex., Jo. 12.26; 9.4; 13.13-17; 15.14.100 - cf., Jo. 5.19; 8.29; 10.37.101 - cf., Jo. 15.5.102 - cf., Jo. 14.12-14.

Page 59: Apostila de Eclesiologia 3

As obras de Cristo são "verdade" e, por isso, frutos do

"amor", razão porque são as obras de Deus 103. De outro lado,

as obras do "mundo" (em São João este termo significa toda a

realidade deste mundo posta em si mesma, sem Deus e, por

isso, aqueles que não crêem nas obras de Cristo e, via de

conseqüência, não crêem n'Ele) são "mentira" e, por isso,

frutos do "ódio", razão porque são as obras do diabo que é o

pai da mentira e é homicida desde o princípio 104. Assim, os

discípulos, são "livres" porque conhecem "a verdade" 105, e

esta verdade não é uma idéia ou um conceito, mas uma pessoa:

o próprio Jesus 106. Por isso, ao chamar para si "discípulos"

Jesus os faz conhecer o Pai 107.

Todo este "conhecimento" de Deus que Jesus dá aos Seus

"discípulos" está baseado no Seu conhecimento de Deus como

Abbá, Pai 108. Em São João isso significa dizer que o

conhecimento de Jesus do Pai se dá por causa de Sua

fidelidade para com Ele. Ele é obediente ao Pai e isso revela

o Seu conhecimento de Deus Pai. Ora, para a mentalidade do

hebreu piedoso conhecer a Deus é cumprir os Seus mandamentos.

Destarte este "conhecimento" é algo prático e não teórico,

racional ou filosófico. Fica explicito este conhecimento que

Jesus tem de Deus como Pai, quando se submete à Sua vontade

diante da cruz 109. O "caminho" que Cristo mostra a Seus

discípulos, não é outro senão o de um conhecimento prático do

Pai, caminho este que passa pela cruz. Por isso exige dos que

103 - cf., Jo.8.104 - cf., Jo. 8.42-47.105 - cf., Jo. 8. 31-32.106 - cf., Jo. 14.6.107 - cf., Jo. 14.8-11.108 - cf., Jo. 3.35; 5.17,20,37; 8.49; 10.15, 30; 12.49; 14.6,9,20; 16.3,15,32.109 - cf., Jo. 10.17-18.

Page 60: Apostila de Eclesiologia 3

o seguem que amam-se uns aos outros 110, pois é por causa do

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110 - cf., Jo.13.111? - cf., Jo. 3.16112? - cf., Jo. 1.8; 3.31-35; 15.14-15; I Jo. 1.1-3; 2.4-6; 4.7-12.113? - cf., Jo. 10.1-16; 11.47-53.114? - cf., Jo. 17.6,20-24.115? - cf., Jo. 13.12-16.116? - cf., Jo. 15.1-17.

Page 61: Apostila de Eclesiologia 3

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vide má 120 a esperança profética apontará para a "videira

escatológica". Por isso Jesus, em São João, apresenta-se como

"A Videira Verdadeira". Tal adjetivação à videira pressupõe

que existe uma videira falsa. Em João esta videira falsa está

representada no judaísmo oficial, ou "os judeus". Muito

provavelmente, no chamado "Cântico da Videira" 121, onde a

mesma está em paralelo com o conceito de Filho do Homem, foi

que São João se abeberou para falar de Jesus como a Videira

Verdadeira. Jesus não é somente o sustento do povo de Deus,

Ele é o único e verdadeiro representante deste povo, a partir

do qual nascerão novos e outros ramos que deverão dar os

frutos ausentes da outra (ou da falsa) videira (o judaísmo

oficial).

Se em Paulo utiliza-se a figura do Corpo e da Cabeça, ou

do Esposo e da Esposa, aqui em João o conceito de videira

representa o mesmo esquema de raciocínio. Cristo e Seus 117? - cf., Is. 5.1-7; Is. 27.2-6.118? - cf., Mq. 4.4; Os. 9.10, Sl. 80.119? - cf., Is. 5.1; Jr. 2.21; Ez. 19.10.120 - cf., Jr. 2.21; Os. 9.10.121 - cf., Sl. 80.

Page 62: Apostila de Eclesiologia 3

discípulos representam a Nova Videira, a Verdadeira Videira,

onde Deus descansa e come de seus frutos 122. Os ramos têm

vida porque estão ligados ao caule, Cristo. Se não estiverem

ligados, não produzem frutos, são cortados e lançados fora.

Mas os ramos produtivos, que têm dentro de si correndo a

seiva da vida que vem do caule (segredo de produzirem os

frutos devidos), estes são limpos ainda mais para que

continuem produtivos. Dois são os verbos aqui usados: estar e

permanecer ligados ao caule: a ligação (estar) não pode

permanecer estática, deve, antes, passar à sua lógica

conseqüência que é dinâmica, ou seja, produzir frutos. Ora é

pelo batismo que passa-se para "estar em Cristo", mas é pelo

amor que se "permanece n'Ele" 123.

Volta-se, neste ponto, ao conceito inicial de São João

sobre "conhecer" ou "estar ligado" a Deus. Tal fato não é

algo teórico, mas profundamente prático, visto que amar a

Deus é mostrar isso para com o próximo. Tal mostra revela

conhecimento de Deus, pois conhecer a Deus é praticar os seus

mandamentos 124 que, segundo São João não são penosos. Cumprir

a primeira tábua dos mandamentos e mostrar tal fato

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122 - cf., Os. 9.10.123 - cf., Jo. 15.2,4,9-10,12; cf., tb.; I Jo. 3.11-18; 4.7-21.124 - cf., I Jo. 1.7-11.

Page 63: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 65: Apostila de Eclesiologia 3

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125? - cf., I Jo. 4.7-21.126? - cf., Jo. 13.127? - cf., 1.12; 3.1-13; 5.17-20; e, muito provavelmente 5.3-10.

Page 68: Apostila de Eclesiologia 3

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128? - cf., 1.13-14.129? - cf., 1.16.130? - cf., 2.1-15.131? - cf., 3.15.132? - cf., 4.6-16.133? - cf., 5.1-2.

Page 69: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 70: Apostila de Eclesiologia 3

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enganadores e gananciosos 137.

Nota-se já neste espaço da vida da Igreja uma pequena

mudança: ela perde aquela dinâmica própria dos exemplos

marcantes de organismos vivos (corpo, videira, rebanho) e

passa a ganhar referências mais estáticas ou menos dinâmicas

como "casa". Entretanto é rica em recomendações e regras,

normas e costumes a serem observados quer pelo Pastor da

Igreja, quer pelos demais oficiais da Igreja, quer pelos

diferentes membros. Isso pode denotar uma maior

institucionalização, exigindo-se regras mais definidas e

claras para a vida da Igreja que, sendo casa, acolhe,

protege, guarda. Não é sem razão que o autor da epístola

mencionará por várias vezes a palavra "guardar". Como a

lembrar que uma determinada tradição deve ser preservada e

mantida. Outro detalhe significativo é o espírito patriarcal

revelado na carta, não somente na questão da relação homem -

mulher, mas no trato com os mais velhos, no cuidado com as

viúvas, no modo de tratar-se os mais antigos (presbíteros?).

Entretanto deve-se, ainda, destacar que tal mentalidade

patriarcal é estabelecida não nas bases do patriarcalismo

gentílico, mas no chamado "patriarcalismo do amor" 138 (as

134? - cf., 6.1-2.135? - cf., 5.5-8.136? - cf., 6.17-19.137 - cf., 6.3-10.138 - tal ponto de vista da teologia paulina encontra-se bem desenvolvida em, THEISSEN, Gerd - Sociologia

da Cristandade Primitiva, estudos - trad. Ivone Richter Reimer, ed. Sinodal, São Leopoldo, 1987, Coleção Estudos Bíblico Teológico NT (10), 211p.

Page 71: Apostila de Eclesiologia 3

demais cartas, II Tm. e Tt., não são diferentes e refletem os

mesmos conceitos naquilo que são semelhantes).

Valorizar-se-á a doutrina tradicional de Igreja como

"família de Deus", baseada nos elementos que se seguem

abaixo, mas dando-lhe, assim, uma dimensão mais

institucionalizada do que na tradição.

A ninguém sobre a terra chamareis vosso pai; porque só um

é vosso Pai, Aquele que está no céu 139. Estas palavras de

Jesus parecem chocar-se com o entendimento de que a chamada

Lei Moral 140 onde, por exemplo, deve-se honrar pai e mãe. Mas

não é somente esta expressão que pode causar espécie ao

leitor menos atento do Novo Testamento, mas ainda que Jesus

disse que veio causar divisão entre o homem e o seu pai;

entre a filha e a sua mãe; entre a nora e a sogra. Assim, os

inimigos do homem serão os da sua própria casa 141. Jesus

mesmo conheceu esta dificuldade com

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nÿáåe÷üå¡Åïm,å÷{õ=ïþï÷ý©ýsïóoü$ùw}ë,å:ïãÿ=�� 142.}]roò÷tþ÷sìîmsöu139 - Mt. 23: 9.140 - contida resumidamente no Decálogo - cf. Confissão de Fé de Westminster – op. cit., XIX, II, III -

doravante referida somente como C.F.W.141 - Mt. 10: 35 – 56.142? - Mc. 3: 33 – 34.

Page 72: Apostila de Eclesiologia 3

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143 ? - conceito para designar que o homem é o cabeça da família, no sentido de ser o “dono” ou “chefe”, muito ligado e correlacionado ao conceito de “chefe do clã”.

144? - as da antiga Criação - cf. II Co. 5: 17 - ...em Cristo as cousas antigas passaram, eis que se fizeram novas.145 ? - cf. Mt. 8: 21: Senhor, permita-me ir primeiro sepultar meu pai. Replicou-lhe, porém, Jesus: Segue-me,

e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos.

Page 73: Apostila de Eclesiologia 3

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que se negam a tal repúdio familiar 148.

Com a chegada do Reino vaticinou Jesus Cristo a superação

da família baseada meramente nos laços de parentesco natural

e racial, pois O mesmo veio a dividi-la e, como tal, uma casa

dividida contra si mesma, não pode subsistir 149. Esta mudança

no quadro familiar, que é não somente secundarização dos

laços de parentesco mas, também, rompimento dos laços de raça

a que os parentescos conduzem, dão lugar ao surgimento de uma

nova família, a família da nova sociedade, fruto da nova

Criação que operou O salvador Jesus Cristo: a família de

Deus, onde não há distinção racial, econômico social ou

sexual. Daí concluir-se, como já antes se viu, que os termos

em Cristo, nova sociedade, nova criação, são modos figurados

do Novo Testamento referir-se à Igreja: a Casa de Deus 150 .

Nela há um Pai, um Primogênito e vários irmãos adotivos.

Sendo Paulo é o autor mais prolixo do Novo Testamento,

especialmente ele usará o linguajar familiar que caracteriza

esta nova relação de parentesco: Deus é Pai 151, assim como

146 ? - cf. Mt. 10: 21 – Um irmãos entregará à morte o outro irmão, e o pai, ao filho; filhos haverá que se levantarão contra seus progenitores e os matarão. Esta é a divisão que se provocou com a chegada do Reino onde os crentes serão maltratados até pelos de sua própria casa.

147 ? - cf. Mc. 10: 29 – Ninguém há que tendo deixado casa, ou irmãs, ou irmãos, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de Mim ou por amor do Evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos e, no mundo por vir, a vida eterna.

148 - cf. Lc. 14: 26 – Se alguém vem a Mim, e não aborrece [no sentido de “ame menos”] a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser Meu discípulo; note-se que há exegetas que traduzem o termo aborrecer por odiar, o que torna tudo muito mais radical.

149 - cf. Mc. 3: 25.150 - por vezes, na tradição, chama-se o prédio onde reúnem-se os cristãos de “Igreja”, mas deve-se ter em

mente que somente no Século IV é que o Cristianismo conheceu tais prédios. As reunião cristãs eram, especialmente na primitiva Igreja, em casas, às vezes sem determinação de endereço, pois não se pode confundir tijolo e argamassa com o conceito neotestamentário de Igreja: povo chamado por Deus para o servir em Cristo.

151 - cf., Mt. 23: 9.

Page 74: Apostila de Eclesiologia 3

Paulo mesmo é tido como pai na fé de Timóteo 152, Tito 153 e

Filemon 154, ou mesmo diz ser como mãe de suas comunidades,

visto que as colocou no mundo 155, dentro os inúmeros

exemplos. Nota-se que o conceito de parentesco secundarizado

nesta nova família está relacionado aos laços raciais

(nacionalidades) pois Paulo afirma que os gentios, uma vez

recebidos pelo batismo à Igreja, fazem parte da família de

Deus 156. Há bispos que podem ser vistos como o pai de uma

família 157, e mulheres que são verdadeiras mães para Paulo 158. O novo cidadão deste povo novo, não mais limitado pelos

laços raciais, nacionais, fazem parte de uma nação santa, de

um povo de exclusiva propriedade de Deus 159, sobre os quais

deve-se ter especial atenção, até mesmo no exercício geral e

justo do bem, por serem eles de uma mesma família devem-se

ter por principais nesta prática 160. Assim ensina a Confissão

de Fé de Westminster:

Todos os santos, que pelo Espírito de Deus e pela fé,

estão unidos a Jesus Cristo»èó–ÍÚòUuŸæo/Y±iFoowÚ|nùåæ†`Ç|�

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152 - cf., I T. 1: 2, 18; II Tm. 1: 2, 2: 1.153 - cf., Tt. 1: 4.154 - cf., Fm. 10.155 - cf., Gl. 4: 19; I Ts. 2: 7.156 - cf., Ef. 2: 19 – já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos e sois da família de

Deus.157 - cf., I Tm. 3: 5.158 - cf., Rm. 16: 13.159 - cf., I Pd. 2: 10.160 - cf. Gl. 6: 10 – enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da

fé.161? - C.F.W. – op. cit., XXVI, I.

Page 75: Apostila de Eclesiologia 3

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162 ? - SUMMERS, Ray - A Mensagem do Apocalipse:, Digno é o Cordeiro - Rio de Janeiro, ed. Juerp, 1978, p. 56.

Page 76: Apostila de Eclesiologia 3

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163 ? - cf., p. ex., Mt. 15: 21 - 28Mc. 5: 40 – 42; Lc. 7: 11 – 17; Jo. 4: 46 – 54; 11: 1 – 46; dentre tantos exemplos outros.

Page 77: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 78: Apostila de Eclesiologia 3

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crentes devem batizar seus filhos 164.

O coração da família de Deus é mantido pela sua “célula

mater”: as famílias individuais. Não só no Novo Testamento,

mas em toda a história da fé cristã as famílias foram, são e

serão honradas como fonte de benção, vinculadas que são ao

Pai da Fé, Abraão, chamado a abençoar, com a sua família,

todas as famílias da terra 165. Ser família é pois uma vocação

que se estabelece dentro da família da fé. A Igreja, ou o

pertencer à família da fé, não desqualificou a família

natural, antes deu-lhe nova qualificação. Ela deixa de ser um

fim em si mesma, para tornar-se um meio de benção para os

seus, para os da família da fé e mesmo para toda a sociedade

humana. Ser família em laços de parentesco é uma vocação. A

família cristã tem, por isso, que dar um público testemunho

como tal, revelando nesta pequena sociedade o destino de toda

a sociedade humana: a glória de Deus.

Segue-se, pois, que a família cristã tem uma ética

especial, diferente, diria Paulo, nova, pois tudo se constrói

em Cristo. Ela nasce dos que são chamados ao matrimônio 166,

que receberam de Deus este dom de construir uma família. Como

esta vocação é de testemunho e serviço, não somente mútuo,

mas para toda sociedade, aconselha Paulo a que não se associe

um crente com um incrédulo pelos laços matrimoniais. Porém,

como uma das partes em contrato matrimonial pode converter-se

à fé, cada qual permanece honrando os seus laços familiares,

pois a mulher crente santifica o marido incrédulo e vice-164 - pois é duplo o chamado, mas não paralelos, antes integrados, para quem for destinado à vocação de

constituir uma família, dentro da família da fé.165 - cf. Gn. 11: 1 – 3; em ti serão benditas todas as famílias da terra.166 - cf. I Co. 7: 7 – cada um tem de Deus o seu próprio dom; um, na verdade, de um modo; outro, de outro ;

trata aqui o Apóstolo sobre ser casado ou solteiro.

Page 79: Apostila de Eclesiologia 3

versa, do contrário, assevera o Apóstolo, os filhos deste

casal seriam vetados à participar da família maior, a família

fé, mas, tais filhos são, também santos 167.

1.7. - em I Pedro

Nesta carta o autor 168 e seus companheiros da Babilônia -

Roma? 169- dirigem-se aos que denominaram de "forasteiros" 170

e "peregrinos" 171, ou aqueles que estão em trânsito ou

residem como estrangeiros da dispersão 172 em províncias

romanas da Ásia Menor e que, no momento, estão debaixo de

séria e forte perseguição, ou vivendo em meio a

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167 - cf. I Co. 7: 12 – 14; por esta designação, santo, indica Paulo em todas as suas cartas os que compõem a Igreja, razão porque estes meninos e meninas devem ser recebidos à família da fé pelo santo Sacramento do Batismo, visto que compõem a família de Deus.

168 - cf., 1.1.169 - cf., 5.12-13.170 - = parepidemos; cf. 1.1.171 - = paroikos; cf. 2.11.172 - = diáspora; cf. 1.1.173? - cf., 1.6; 2.12,19-20; 3.14-16; 4.1,1,12-16,19; 5.9.174? - = oikos tou theou; cf. 4.17; e, tb., 2.4-10,25; 4.12-16.175 ? - uma exegese e análise séria destes conceitos em I Pedro pode ser encontrada na obra: ELLIOT, Jonh

Hall - Um Lar Para Quem Não Tem Casa, interpretação sociológica da peimira carta de Pedro - trad. J. Resende Costa, ed. Paulinas, São Paulo, 1985, Coleção Bíblia e Sociologia (3), 260p.

Page 80: Apostila de Eclesiologia 3

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sempre alvo da curiosidade, ou alguém visto com suspeita, ou

como bizarro.

Page 81: Apostila de Eclesiologia 3

Um exemplo explica melhor: quem é afeito aos filmes de

"bang-bang" conhece bem a figura do "forasteiro", do

"estranho" que chega na cidade, entra no bar, sob o olhar de

todos, sendo vítima das perguntas curiosas do "barman" e que,

não poucas vezes, acaba arrumando dificuldades e conflitos. A

imagem pode não ser a melhor e mais clara, mas define um

pouco do sentido de paroikos.

Ganhou o termo, no mundo antigo, um sentido técnico na

área político-jurídica para de a posição, em relação ao

Estado, de uma pessoa que é estrangeira, ou para falar de um

alguém que "mora no estrangeiro" e, por isso, não está em

pleno gozo de seus direitos civis. A Septuaginta paroikos

está em oposição aos cidadãos 176, ou seja, o cidadão pleno,

aquele que goza de todos os direitos civis. Assim,

socialmente, considera-se o paroikos menor, inferior, alguém

com direitos reduzidos. Por isso, muitas vezes, o termo

recebe tradução de "exilado" 177.

Na teologia do AT, ainda que Israel tenha ganho um terra,

mesmo assim permanece paroikos, visto que a terra não lhe

pertence, mas ao Senhor que a concedeu a Israel. O

proprietário é o Senhor, Israel usa a terra como um paroikos.

Por isso repete o salmista: "Sou paroikos na terra: não

escondas de mim os Teus mandamentos" 178. Assim, no AT o

paroikos é uma questão social, mas é também uma condição

espiritual, ou seja, na relação do crente com o seu Senhor e

no modo de tratar as realidades que lhe são circundantes. Em

176 - politai ().177 - cf. Ed. 8.35; cf. tb., Gn. 12.10; 15.13; 17.8; 19.19; 23.4; Êx. 2.22; 12.45; 18.3; Lv. 22.10; Dt. 23.7-8;

Nm. 35.15; Jz. 17.7-9; I Cr. 29.15; Rt. 1.1; Sl. 39.12; 105.12; 119.19; Is. 16.4, entre outras.178 - Sl. 119.19.

Page 82: Apostila de Eclesiologia 3

outras palavras, primeiramente vem a situação social e, em

seguida a metáfora espiritual.

Para o autor da epístola os paroikos estão na diáspora 179. Este termo é um termo técnico usado na Septuaginta para

designar a dispersão dos judeus entre os gentios, enquanto

moradores em terras que estão além das fronteiras de Israel.

Mas, na visão profética a diáspora é ação divina: Deus julgou

Israel e o dispersou entre as nações 180. A dispersão fez de

Israel um paroikos, ou seja, um povo de pé]¼»� 82¯ï¶Ýotí¤üý

179 - cf., 1.1.180 - cf., Is. 35.8; Jr. 3.24; Ez. 22.15.

Page 83: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 84: Apostila de Eclesiologia 3

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181? - Sl. 119.53-54; cf. tb., 120.5-7.182? - cf. Ex. 19.5-6; Dt. 7.6; 14.2; Os. 2.23; com I Pd. 2.9-10.

Page 85: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 86: Apostila de Eclesiologia 3

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183? - cf., 1.14-18.

Page 87: Apostila de Eclesiologia 3

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184? - cf., 2.4-11.

Page 88: Apostila de Eclesiologia 3

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185? - cf., 2.11.186? - cf., 2.12.187? - 2.10.

Page 89: Apostila de Eclesiologia 3

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qýîã2QôoLÖWLóOóåg'kpassado em tipos de comportamento e

associações. Assim é a argumentação: eles "renasceram" 188,

pois foram "chamados" e, como "eleitos" e "santificados" por

Deus 189, por Ele remidos "dos modos fúteis de viver" 190,

devem, agora, no presente (à luz daquele passado), "absterem-

se das paixões carnais" 191, "não se moldando aos desejos

egoístas que tinham antes quando eram ignorantes" 192. Viver

como o povo de Deus significa deixar de viver como antes

viviam, conforme a cultura gentílica. Agora, devem obedecer a

Deus e não às injeções dos homens 193, ou seja, devem

comportar-se como paroikos cujo único "temor" é dirigido a

Deus 194.

Em I Pedro entende-se a Igreja no presente como paroikia,

não em função do futuro (a morada celeste) mas em relação ao

passado. Sendo que esta contraposição, de algum modo, está

relacionada à questões sociais e, tais distinções associadas

à santificação. Esta santificação, ainda que neste presente

sejam eles maltratados pelos que se sentem "em casa" no mundo

gentílico, tem como objetivo a misericórdia de Deus para com

aqueles, pois, pela vida santificada dos paroikos, os gentios

serão por Deus alcançados.

Para concluir-se a visão de I Pedro sobre a Igreja, deve-

se ainda pensar sobre a questão da "casa de Deus" 195. Estes

188 - cf., 1.3,23; 2.2.189 - cf., 1.1,4,14-16; 2.4-10.190 - conforme haviam "herdado dos pais"; cf. 1.18.191 - 2.11.192 - 1.14.193 - cf., 4.2-3.194 - cf. 1.17; onde recomenda honrar ao imperador, mas temer somente a Deus.195 - = oikos tou theou; cf. 4.17; e, tb., 2.4-10,25; 4.12-16.

Page 90: Apostila de Eclesiologia 3

termos, e os seus parônimos, apontam na direção de um

conceito significativo que o autor tem sobre a Igreja.

Na Septuaginta este termo, em geral, designa um santuário 196 ou o Templo de Jerusalém 197. Mas o NT, caminhando dentro

da perspectiva da teologia dos profetas, questiona o fato de

o homem poder fazer uma "casa" onde Deus venha a habitar 198.

Nesta linha crítica está presente o fato de que Deus fundou o

"novo" ou o "verdadeiro Israel". Assim, Deus edificou para Si

mesmo uma nova morada, não mais de pedras, mas feita de uma

"Pedra Angular" 199 que sustenta as "pedras vivas" 200 deste

edifício 201. Criou-se uma nova identidade social onde Deus

realiza, historicamente, os Seus propósitos eternos (dos

quais tirou Israel, a nação), criando uma nova "casa", ou

"família" por meio de uma "Nova Aléyïçyso=-oÿÇß»ÿ{¢ý÷ýóè}� � � �

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196 - cf., p. ex., Gn. 28.19; Jz. 17.5; 18.31.197 - cf., p. ex., I Rs. 6; Sl. 22.6; 26.4.198 - cf., p. ex., II Sm. 7.5-6; I Rs. 8.27; Is. 66.1.199 - cf., I Pd. 2.6-8.200 - cf., 2.5.201 - cf., tb., Hb. 3.1-6; I Tm. 3.15.202? - cf., Mc. 1.9; 2.15; 7.24; 14.3; Lc. 7.37; 10.38.

Page 91: Apostila de Eclesiologia 3

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203 ? - cf., cf. At. 10.1-2,48; cf. tb., At. 16.31-34; 18.8; I Co. 1.4; 1.16; 16.15,19; Rm. 16.5,15,23,40; Cl. 4.15,17; Fl.2, etc.

204? - cf., I Pd. 2.5; 4.17.205? - cf., 1.14-18.206? - cf., 5.1-4.207? - cf., 5.3-5.208? - cf. Lc. 12.42-42; 6.1-13; I Pd. 4.10; I Co. 4.1; Tt. 1.5-10.

Page 92: Apostila de Eclesiologia 3

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ÿ3vo}þþyþýöínwí4÷o8ý÷ujìoje se tem por administração

eclesiástica, que mais significa cuidar de coisas, dinheiro,

patrimônios, negócios, do que cuidar de pessoas. Motivo pelo

qual a maioria das desavenças nas comunidades cristãs

contemporâneas estão ligadas ao poder de administrar as

coisas, sendo que, alguns, esquecem-se de cuidar das pessoas 209. Não se deve esquecer que "igreja", no sentido de

edifício, patrimônio, surge na história cristã somente no

quarto século, quando a mãe de Constantino mandou edifica uma

basílica.

A Igreja é pois a oikos tou theou, a "casa de Deus" 210

onde congregam os paroikos: ela é a casa para aqueles que não

tem casa neste mundo, abrigando-os, protegendo-os, amparando-

os, sustentando-os estendendo a todos o amor da "família de

Deus" 211.

8. Considerações finais.

A Igreja é o povo de Deus da Nova Aliança, constituindo-

se por chamado divino, em Cristo, de todo aquele que, eleito

por Deus, recebe a fé e o dom do Espírito Santo. Ela, pois,

está composta de seres humanos de todas as raças, povos,

língua e nação. Só existe uma Igreja: a Igreja de Jesus Cristo,

ou a Igreja Cristã. A Igreja tem por marca a sua singularidade.

Ela é uma só Igreja porque é o povo que Deus reúne em Cristo, por

Cristo e para Cristo. Razão porque há um só Deus, um só Senhor e,

também, uma só Igreja 212. Ela transcende as barreiras que dividem a

209 - como a Parábola do Administrador Infiel em Lc. 12.42-43; 16.1-13.210 - cf., I Pd. 2.5.211 - cf., 4.17.212 - cf. Ef. 4.1-6.

Page 93: Apostila de Eclesiologia 3

humanidade, sejam fronteiras, sejam governos, partidos, culturas,

raças, sexos, classes sociais.

Disto depreende-se que a Igreja não pertence aos fiéis, antes

os fiéis é que pertencem a ela, visto que foram chamados por Deus

para a comporem. Mesmo que, como comunidade civil, o grupo dos

fiéis respondam, diante das autoridades públicas, pela comunidade

a que pertencem, a Igreja não pertence a nenhum ser humano ou

grupo de pessoas: ela é a propriedade exclusiva de Deus 213. As

expressões "minha igreja", ou "nossa igreja", contradizem em

sentido e significado aquilo que o NT entende por Igreja. De modo

igual o conceito de "denominação". Porém, o mais estranho é

relacionar a Igreja à uma pessoa, que não

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213 - cf. I Pd. 2.10.

Page 94: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 95: Apostila de Eclesiologia 3

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Page 96: Apostila de Eclesiologia 3

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214? - cf. Rm. 1.6.215? - cf. I Co. 1.2; At. 9.13; Rm. 8.27.216? - cf. At. 2.42-47.217? - cf. At. 2.42.

Page 97: Apostila de Eclesiologia 3

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tem uma missão só. Ela não tem muitas tarefas, muitas obras,

muitas missões. Ser Igreja é que é a missão. Ela recebeu esta

missão do Senhor: ser instrumento de Deus na implantação do Seu

Reino. A Igreja não é do mundo, mas vive neste mundo 218 e, como

tal, vive para servir a Deus, servindo aos seres humanos que estão

no mundo. Este serviço é o anuncio do Evangelho de Jesus Cristo,

testificado por palavras e gestos, assim como Jesus que, estando

no mundo, anunciou as Boas-Novas de Deus por meio de palavras e de

gestos. A Igreja presta este serviço a Deus no mundo. Ela é

separada para servir a Deus e não separada do mundo para ser de

Deus. Ela é separada para servir a Deus dentro deste mundo. Se

julgar que sua santidade é o seu afastamento do mundo, na verdade

afastar-se-á do lugar do serviço de Deus e, por isso, servir-se-á

e não ao Deus que a convocou, perdendo, assim, a santidade para

qual foi chamada. Este é o ser da Igreja: servir a Deus no mundo.

A Igreja é a missão assumida pelos eleitos que sabem ser ela

instrumento de Deus neste mundo para levar a cabo os propósitos de

Deus para a Sua criação. Os frutos do Reino: paz, amor, justiça,

fé, esperança, entre outros mais, são modos distintivos da missão

da Igreja. O Espírito, que é Santo, é quem garante a unidade e

comunhão desta Igreja, reunindo-a no mundo para proclamar as

virtudes d’Aquele que a tirou das trevas para a Sua maravilhosa

luz. Este é o amor que Deus tem por Sua Igreja, chamando-a,

separando-a, vocacionando-a, purificando-a dos seus pecados e

dando-lhe comunhão para que seja o “plano-piloto” do seu Reino em

meio a este mundo.

A Igreja vive de seguir os apóstolos. Isso significa que de um

lado ela preserva, guarda, defende o que recebeu por herança dos

apóstolos, persevera naquilo que deles aprendeu. De outro, na

218 - cf. Jo. 17.14-15.

Page 98: Apostila de Eclesiologia 3

imitação de suas práticas, a Igreja renova e inova, recriando nos

diferentes contextos da história a prática libertadora,

purificadora, santificadora, dos apóstolos de Cristo. Na pobreza e

simplicidade apostólicas a Igreni<g|�

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