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Página 03 Página 02 Página 05 Página 09 Página 11 Página 06 Foto: André Rodrigues A arte de pintar que passou de pai para filho Comprometido com os interesses da categoria Publicação mensal direcionada aos taxistas e usuários Ano 9 nº 95 Curitiba - PR jan/fev - 2012 Distribuição Dirigida Página 07 Taxista simulou assalto e explodiu o táxi para receber indenização, diz polícia Contran adia para abril exigência de placa refletiva para veículos Carros abandonados na rua serão removidos pelo município Ponto da rua Oyapock mudou para melhor Táxis “piratas” continuam agindo no Aeroporto Afonso Pena Luiz Xapf Junior com a precisão de um pintor de comunicação visual.

Jornal Bandeira UM - Janeiro - 2012

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comprometido com os interesses da categoria

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A arte de pintar que passou de pai para filhoComprometido com os interesses da categoriaPublicação mensal direcionada aos taxistas e usuários

Ano 9 nº 95 Curitiba - PR jan/fev - 2012 Distribuição Dirigida

Página 07

Taxista simulou assalto e explodiu o táxi para receber indenização, diz polícia

Contran adia para abril exigência de placa refletiva para veículos

Carros abandonados na rua serão removidos pelo município

Ponto da rua Oyapock mudou para melhor

Táxis “piratas” continuam agindo no Aeroporto Afonso Pena

Luiz Xapf Junior com a precisão de um pintor de comunicação visual.

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02 Curitiba, jan/fev - 2012

Contran adia para abril exigência de placa refletiva para veículos

O Conselho Na-cional de Trân-sito (Contran)

alterou o prazo para a vigência da resolução que passa a exigir de veículos novos placas e tarjetas com pelícu-las refletivas. A deli-beração foi publicada no “Diário Oficial da União” na edição do dia 29 último. A deter-minação, que passaria a vigorar a partir de 1.º de janeiro, foi adiada para 1.º de abril. Tam-bém foi adiada para

o mesmo período a exigência do aumento da placa das motos no-vas ou das que forem transferidas de muni-cípio. O texto prevê que a altura das placas passe de 13,6 cm para 17 cm, e o comprimen-to de 18,7 cm para 20 cm. O objet ivo, em ambos os casos, é melhorar a fiscaliza-ção. Atualmente as películas refletivas são facultat ivas para os veículos e obrigatórias para as motos.

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03Curitiba, jan/fev - 2012

Taxista simulou assalto e explodiu o táxi para receber indenização

Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) de Curitiba indiciou o

taxista Andre Luiz Simões Massaroni, de 25 anos, por estelionato e falsa comuni-cação de crime. Segundo as investigações, o acusa-do simulou que o táxi que dirigia havia sido roubado por um casal, que, em seguida, teria ateado fogo ao veículo. Com a fraude, segundo a polícia, Mas-saroni esperava receber indenização do seguro e transferir a licença do táxi para outro veículo.

O crime ocorreu no dia 3 de dezembro. Massa-roni registrou um boletim de ocorrência, afirmando que havia sido assaltado por um casal em frente ao Ceasa de Curitiba. O taxista disse que foi preso no porta-malas e que os assaltantes incendiaram o veículo. Ele só teria es-capado ileso, porque con-seguiu sair do carro antes da explosão.

De acordo com o de-legado Rodrigo Brown de Oliveira, chefe da DFR, a polícia apurou dados for-necidos pela cooperativa de motoristas de táxi. O

sistema de monitoramento do carro apontou que o ve-ículo não parou em frente ao Ceasa, contrariando o que Massaroni afirmou

em depoimento. O mape-amento das informações revelou que o táxi passou pelo local a 79 km/h.

Outro fato que chamou a atenção dos policiais foi o desligamento do sistema de monitoramento a 800 metros do ponto onde o veículo foi incendiado.

"Todos esses elementos aumentaram as suspeitas. O acusado foi chamado e acabou confessando que simulou o assalto", con-

tou o delegado Guilherme Rangel, adjunto da DFR.

IndenizaçãoMassaroni era afiliado

de uma cooperativa de taxistas. O carro que ele usava estava em nome de um terceiro, já falecido. Por isso, o veículo estava

em processo de inventário. Segundo a polícia, com a fraude, o acusado espera-va receber a indenização do seguro da cooperativa,

que corresponde a 100% do valor do veículo pela tabela Fipe.

Ainda de acordo com a polícia, Massaroni pre-tendia também transferir a licença do táxi para ou-tro veículo. Com o carro incendiado, ele acredita que a Justiça aceitaria

facilmente a transferên-cia. "O acusado já havia inclusive preparado um outro carro, um Meriva, para trabalhar. Ele só aguardava a l icença", disse Rangel.

Retrato-faladoA DFR chegou a divul-

gar retrato-falado do casal que teria assaltado Massa-roni e incendiado o táxi. As imagens foram feitas com base no depoimento do taxista. Segundo a polícia, Massaroni descreveu ban-didos que assaltaram um colega dele no dia 31 de dezembro. "Ele ficou sa-bendo deste caso e usou as informações para tentar aplicar o golpe", afirmou Rangel.

Apesar disso, a DFR identificou o autor deste assalto. O suspeito se-ria Marcelo Vitoriano do Prado, de 24 anos, que já tem mandado de prisão por homicídio qualificado expedido pela Comarca de Campo Largo. A foto dele foi divulgada nesta quarta-feira pela polícia. Qualquer informação pode ser repassada à DFR pelo telefone (41)3218-6100.

O táxi que, segundo a polícia, foi incendiado pelo acusado, em simulação de assalto.

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Segundo a DFR, acusado confessou que inventou a história relatada em boletim de ocorrência. Crime ocorreu no dia 3 de dezembro

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04 Curitiba, jan/fev - 2012

E-mail: [email protected]

Consulta e pagamento do IPVA já estão disponíveis

O b o l e t o p a r a pagamento do Imposto sobre

Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) deve chegar à residência do contribuinte no final deste mês ou início de fevereiro. Mas desde já é possível consultar o valor, datas e forma de pagamento no site da Secretaria de Estado da Fazenda (www.fazenda.pr.gov.br) e até mesmo recolher o impos-to, na rede bancária e nas lotéricas.

Como a alíquota per-manece a mesma – 2,5%

para veículos em geral e 1% para ônibus e cami-nhões – quem não trocou de carro vai pagar, em mé-dia, 6% a menos que no ano passado, em função da desvalorização dos veículos seminovos.

O valor do imposto lan-çado neste ano, para 3,7 milhões de proprietários, é de R$ 1,65 bilhão; a arrecadação de 2012, no entanto, deve chegar a R$ 1,9 bilhão, por causa da entrada dos veículos novos no mercado e do pagamento de débitos atrasados.

Em fevereiro, o con-tribuinte pode recolher o valor integral do IPVA com desconto de 5%. De acor-do com o final da placa, o vencimento começa no dia 8 e prossegue até o dia 24. A partir de março, começa o pagamento para quem optar pelo parcela-mento; sempre no mesmo dia, as parcelas têm ven-cimento programado para março, abril, maio, junho e julho. A tabela, também de acordo com o final da placa, vence entre os dias 12 e 23 de cada mês.

RECOLHIMENTOO reco lh imento do

IPVA pode ser fe i to , pr ior i tar iamente, nos bancos do Brasil e Itaú. Nessas duas inst i tu i -ções, basta apresentar o número do Renavan. E quem p re fe r i r pa -gar em qualquer outro banco, ou na rede de casas lotér icas, deve usar o boleto enviado pelo Correio, desde que esteja com o endereço

residencial atualizado no Detran.

Caso não receba o boleto, ou queira an-tecipar o pagamento, o c o n t r i b u i n t e p o d e imprimir a guia de re-colhimento ou ficha de compensação pelo site www.fazenda.pr.gov.br. Na mesma guia apare-cem também eventuais débitos anteriores.

O boleto para pagamento do Imposto sobre Pro-priedade de Veículo Automotor (IPVA) deve chegar à residência do contribuinte no final deste mês ou início de fevereiro. Mas desde já é possível consul-tar o valor, datas e forma de pagamento no site da Secretaria de Estado da Fazenda (www.fazenda.pr.gov.br) e até mesmo recolher o imposto, na rede bancária e nas lotéricas.

A Capital brasileira com maior índice de motorização per capita do país tem uma frota de 1.237.602 veículos, apontam dados do Detran

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A prefeitura de Curi-tiba está autorizada a remover veículos aban-donados nas vias públi-

cas da cidade. Qualquer cidadão pode denunciar estas ocorrências à ad-ministração municipal,

que irá acionar o pro-prietário do automóvel e recolhê-lo ao pátio da prefeitura se for consta-tado o abandono. A lei, sancionada em setem-bro de 2011, foi uma su-gestão do vereador Tico Kuzma (PSB).

“A lei considera aban-donado o veículo que permanecer estacionado em logradouro público por mais de 30 dias, também considerando casos de visível estado de deterioração“, expli-

ca Kuzma. O vereador também in forma que o tempo de abandono será contado a part i r da formalização da de-núncia. Caso o veículo não seja retirado pelo proprietário no prazo de dez dias, ele será remo-vido pela administração do município. Veículos sem identificação, em que seja impossível o contato com o proprie-tário, serão removidos imediatamente.

O parlamentar relata

que Barueri, São Paulo e Porto Alegre possuem legislação semelhante, criada para garantir o uso correto das vias públicas. “Além de atrapalhar o trá-fego de outros veículos e diminuir o número de va-gas de estacionamento, os veículos abandonados depõem contra o aspecto estético e urbanístico da cidade. Eles também são um risco para a saú-de pública, pois tornam-se vetores de doenças”, diz Kuzma.

Um programa de me-lhoria da iluminação pú-blica vai deixar as ruas de Curitiba mais iluminadas, até agosto de 2012. A Pre-feitura autorizou a licitação para a troca de 45 mil lumi-nárias em todos os bairros. Também estão previstos neste pacote de obras o reforço da iluminação de ruas comercias e a instalação de iluminação especial em praças e mo-numentos. O investimento é de R$ 16,6 milhões.

“A Prefeitura vai retirar todas as luminárias antigas

da cidade, algumas com mais de 30 anos e trocá-las por equipamentos de alto rendimento, que vão deixar as ruas mais segu-ras para os curitibanos”, disse o prefeito Luciano Ducci. Os investimentos vão beneficiar diretamen-te a 500 mil pessoas da cidade, o que equivale a iluminar a uma cidade do tamanho de Londrina, na região norte do Paraná.

O trabalho de troca das luminárias começou em janeiro, beneficiando prin-cipalmente bairros mais

afastados do Centro. As equipes contratadas pela Secretaria Municipal de Obras Públicas vão retirar luminárias antigas com lâmpadas de 70 watts, por equipamentos mais modernos com lâmpadas de 100 watts.

“As luminárias antigas dispersavam muita luz, iluminando pouco o chão. Agora, com os novos equi-pamentos, 100% do facho de luz iluminam a rua e calçada. As pessoas te-rão a sensação visual que dobra a luminosidade,

sentindo-se mais seguran-ças”, explica o diretor de Iluminação Pública, Tony Malheiros.

Luzes do comércioOutra linha de ação é

o reforço da iluminação pública em ruas comerciais da cidade. A primeira zona comercial que será aten-dida é da região do Batel, com reforço em sete ruas de grande movimento. São locais onde existem mais de 70 bares e restaurantes, além de shoppings centers e hospitais. A obra vai benefi-ciar mais de 300 mil pesso-as que circulam diariamente pelas lojas e shoppings da região do Batel.

Futuramente, serão atendidas outras ruas co-merciais na cidade, defini-das pelas administrações regionais, a partir da so-licitação da população. O programa prevê a melho-rar a iluminação nas ruas comerciais dando mais se-gurança aos comerciantes e compradores.

PraçasAté março, serão fina-

lizadas as obras de ilumi-nação cênica de quatro importantes espaços públi-cos da cidade. Serão feitas iluminações especiais no Teatro Guaíra (valorizando a arquitetura e os painéis de Poty Lazzarotto), no Bosque do Papa (com destaques nas casas, nas esculturas e no palco), na Praça 29 de Março e na estufa do Jardim Botânico, que terá um sistema espe-cial, emitindo 16 milhões de tons de cores.

A iluminação cênica valoriza os monumentos da cidade e atrai visitas de turistas e curitibanos. Desde o ano passado, já foram feitas novas ilu-minações cênicas em diversos locais da cidade, como Santa Felicidade, Memorial Árabe, Praça do Japão, Largo da Ordem, Paço Municipal, Igreja do Guadalupe, Parque Tanguá, Parque Barigui e Teatro Paiol.

05Curitiba, jan/fev - 2012

A iluminação cênica valoriza os monumentos da cidade e atrai visitas de turistas e curitibanos.

Carros abandonados na rua serão removidos pelo município

Curitiba terá 45 mil novas luminárias nos bairros

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06 Curitiba, jan/fev - 2012

De segunda a sexta feira das 17h às 19h

Ligue e participe 3282-1110

Programa Plantão da MaisApresentação JOTA PÊ

Ligue e participe: 3586-1718www.radiomaisam1120.com.br

A arte de pintar que passou de pai para filhoLuiz Xapf Junior faz um trabalho nota 10 nos táxis de Curitiba

A pintura do xadrez é item obrigatório para colocar o car-

ro para rodar - tal como consta na legislação mu-nicipal que regulamenta o serviço de táxi em Curitiba. O taxista pode escolher plotar ou pintar os famosos quadradinhos. Na maioria, os profissionais escolhem a pintura do xadrez. Entra em cena, Luiz Xapf Junior com a precisão de um pintor de comunicação visual.

Junior iniciou na profis-são em 2004, época que

ajudava o pai, Luis Zapf e o tio, Anselmo Zapf. De um pedido de “urgência” fez seu primeiro xadrez. Ficou tão bom que foi no-meado a ajudante oficial. Atualmente trabalha só com a pintura dos táxis e comunicação visual.

Junior explica que o trabalho é minucioso. A tinta à base de esmalte sintético é levemente di-luída e aplicada. A pintura do xadrez segue o padrão de qualquer outra pintura de comunicação. É feita a

arte, ou seja, o xadrez e o número do carro. Logo em seguida vem a perícia e a mão firme de Junior. “Eu faço no pincel”, faz questão de reforçar.

O trabalho precisa se-guir as diretrizes da le-gislação municipal para obtenção da licença na Urbs, que inclui a pintura do xadrez em quadrados de 6 cm, laranja e preto, contínua, de 42 centíme-tros de largura - Seção VI – Dos veículos e equipa-mentos - artigo 17.

De acordo com o “ar-tista”, do mês de julho em diante o trabalho aumenta. A pintura custa 80 reais e leva uma hora e meia para finali-zar. O atendimento é feito na sede do Sinditáxi-PR.

Carro novo, pintura novaO taxista Adriano Faro

está de Siena zero. E para

o modelo tetra full rodar pelas ruas de Curitiba, Junior é quem prepara o xadrez e o número 1391.

Faro acompanhou o trabalho do pintor e disse ter ficado satisfeito. Classi-ficou como nota 10. “O cara domina o pincel ”, ressalta. “É um artista.”

O trabalho é muito minucioso e precisa seguir as diretrizes da legislação municipal para obtenção da licença na Urbs.

O taxista Adriano Faro classificou o serviço como nota 10.

Fotos: André RodriguesMatéria: Fernando Cruz

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O ponto de táxi Dis-trito, na Rua Oya-pock passou por

relocação devido às obras da Linha Verde no bairro Cristo Rei. Atualmente a parada está na Rua Governador Agamenon Magalhães, em frente a

um edifício residencial. Quando há rumores de mudança de ponto, os ta-xistas ficam temerosos. No caso do ponto Distrito, os taxistas até que gostaram da mudança.

“Ficou bem melhor”, destaca Isaum Santos,

carro 1819, associado da Sereia. Santos disse ter conversado com vários colegas e o consenso é de aprovação. Ou seja, a relocação não prejudicou o trabalho dos profissionais.

Thiago Carvalho, carro 1336, conhecido como “Carioca”, também concor-da que a mudança foi boa e até favoreceu. “Parece que dá mais visibilidade ao ponto”, diz. Inclusive, opi-na que o ponto deve ficar ali permanentemente.

Por outro lado, Carvalho disse ter ouvido algumas reclamações dos morado-res do edificio localizado defronte ao ponto pelo fato do ponto ficar próximo a entrada da garagem. Além disso, ressalta que agora os taxistas não têm mais o mobiliário do ponto.

MobiliárioQuando se trata de relo-

cação de ponto, a mudan-ça é realizada para atender necessidades específicas e, muitas vezes, é feita em caráter emergencial. Às vezes, fica para trás a es-trutura do ponto, ou seja, cobertura – cobertura,

banco, lixeira, telefone. A cobertura do ponto

Distrito ficou lá na Oyapo-ck. E pelo visto não tem como ser transferido. Por dois motivos: uma que a transferência do ponto não deve ser permanente e que não há espaço em frente o prédio para isso.

Ponto da Rua Oyapock mudou para melhor

Segundo o taxista Isaum Santos, a mudança teve aprovação de todos os companheiros do ponto.

Para o taxista Carioca a mudança foi boa e até favoreceu tanto os clientes como os taxistas que param no ponto.

Fotos: André RodriguesMatéria: Fernando Cruz

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Taxista por 30 anos: Paixão ou loucura??

Trinta anos, são10.950 dias, mais de dois milhões de quilo-

metros rodados,9 veículos substituídos, um incontá-vel número de passageiros e histórias. Este relato pode parecer um balanço geral ou prestações de contas, mas é a minha história e de muitos ami-gos e colegas de “janela”, muitos que já se foram, até de maneira estúpida e inexplicável, outros ainda “sobrevivem”.

Levei gente para nascer, gente para morrer, gente para trair, transportei pes-soas ilustres, autoridades, e outras nem tanto.

Já transportei bêbados sem rumo, prostitutas, pessoas de bem, mari-dos seguindo esposas, esposas seguindo ma-rido, levei gente atrasa-da para rodoferroviária e aeroporto, sempre dando informações de maneira clara e compreensível, fiz trabalhos investigativos e em alguns momentos fui

confidente, conselheiro e amigo de pessoas es-tranhas , fico muito feliz quando faço um roteiro com truristas e mostro um pouco da nossa cidade (Curitiba Cidade Sorriso). Vi a cidade crescer, mas não vi meu filhos cresce-rem, me assustei quando meu garotinho, disse pai vou me casar.

É sempre bom que se entenda um pouco de cada assunto, mas nunca se envolver de forma a criar atritos com passageiros; falar de times de futebol, religião ou política é sem-pre bom ser imparcial, nem conivente, nem contra ou a favor.

Muitos dizem que esta é uma profissão como outra qualquer, eu digo que não! Esta deforma o corpo e o espírito e não é bem vista por boa parte da popula-ção, é preciso muito treino, muita dedicação, muito tapa na cara, muito senso de equilibrio, e quando se chega lá; já se está velho

e cansado.Ai vem a pergunta: se

não é tão bom assim, porque ficou tanto tempo trabalhando? A resposta é uma incognita; talvez paixão, talvez necessida-de, talvez sensação de (falsa) liberdade, ou falta de oportunidade.

O lado bom de tudo isso, ganha-se um salário razoável, não requer muito esforço físico, pode ocupar o tempo fazendo um boa e saudável leitura, ou batendo um papo com os colegas da banca ( taxista adora uma fofoca).

Frequentei um banco escolar por pouco tempo, mas onde aprendi mesmo foi na escola da vida.

Muitos colegas de pra-ça já se formaram em direito, engenharia, en-fermagem, turismo, ma-temática, enfim, várias profissões, sempre estu-dando nas horas vagas enquanto aguardavam passageiros dentro do táxi, numa demonstração

O taxista José Helder Marchini, feliz com a profissão que escolheu para ganhar o pão de cada dia.

Com o táxi 0252 Marchini percorre as ruas de Curitiba e região.

Fotos: Fernando Cruz

Este texto foi enviado por email para a redação do nosso jornal, pelo taxista permissionado do carro 0252, José Helder Marchini, 55 anos natu-ral de Mandaguari-Paraná, casado há 28 anos,

pai de 3 filhos e avô de um netinho com 2 meses. Helder trabalha no ponto 15 localizado na Rua

Marechal Floriano Peixoto, esquina com a Cân-dido de Leão, no centro de Curitiba.

Você taxista leitor do Bandeira UM, mande também seu email e conte sua história, teremos

o maior prazer em publicá-la.O e-mail é

[email protected]

de que quando a pessoa quer ela consegue o seu objetivo, independente das situações e dificuldades,

somos sobreviventes, so-mos vitoriosos...., não vou encerrar ainda, portando a minha história continua....

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Táxis “piratas” continuam agindo no Aeroporto Afonso PenaMotoristas sem autorização disputam corridas com taxistas regulamentados

Táxis “piratas” esta-riam circulando e apa-nhando passageiros no aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Pelo menos é o que afir-ma reportagem do jornal Gazeta do Povo. As afir-mações vêm mediante um taxista ouvido pelo jornalista que afirma que os clandestinos estão atuando.

Conforme informa o taxista, os piratas estão

sempre bem vestidos e em carros mais luxuosos que o da frota que aten-de no aeroporto. Mas que não aceitam qual-quer corrida. O negócio deles é corrida para o litoral do Paraná e Santa Catarina.

Uma reportagem exibi-da pela RPCTV mostrou que o serviço clandestino está instalado no inte-rior do aeroporto. “Uma funcionária foi flagrada

fazendo contato com um dos transportadores clan-destinos. Ela perguntou se ele poderia fazer uma corrida até Santa Felici-dade. O preço foi definido antes: R$ 90. Sem saber que estava sendo gra-vado, um dos motoristas disse que dá uma “gorjeti-nha” para os funcionários que indicam o serviço”, destaca a reportagem de Jônatas Dias Lima.

O assunto dos táxis

piratas que atuam no Afonso Pena ganhou ain-da mais destaque. Uma reportagem com flagrante e tudo mais foi parar no nacional. Ou seja, foi exi-bido no Jornal da Globo, durante a madrugada.

ConfusãoNo final do ano passa-

do, taxistas do aeroporto tentaram impedir que um taxista da Cidade de Quatro Barras embar-casse um passageiro. Houve certa confusão e um taxista acabou sen-do detido pela Polícia Militar. Após o incidente, taxistas que trabalham no local fizeram uma pa-ralisação do serviço por 30 minutos.

RespostaEm relação à reclama-

ção de que nada vem sen-do feito, o subtenente Jair Padilha, do Destacamen-to Aeroporto, disse que é difícil obter um flagrante, pois as abordagens não ocorrem quando há po-liciais fardados no local. Além disso, a coopera-ção de passageiros com os taxistas clandestinos

impede uma ação mais efetiva. “Quando vamos interrogar um suposto pirata o passageiro diz que se trata de um co-nhecido – ou que foi ele quem pediu para buscar – e nega a abordagem”, disse Padilha à reporta-gem da GP.

Autoridades como o promotor público do muni-cípio, Divonzir Borges, foi ouvido pela imprensa e disse que as providências para coibir os táxis piratas estão sendo feitas.

Quem podeO embarque de pas-

sageiros no Aeroporto In-ternacional Afonso Pena era exclusivo dos taxistas que atendiam somente à demanda do aeroporto. O prefeito Ivan Rodrigues, fez alterações (decreto publicado em junho) no serviço de táxi em São José dos Pinhais. Mu-danças incluíram o uso comum do aeroporto e não pode ser apenas de um grupo de taxistas. Atu-almente todos os taxistas da cidade podem parar no aeroporto desde que seja respeitado o rodízio.

Enquanto taxistas regulamentados aguardam na fila, “piratas” abordam passageiros no saguão do terminal.

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12 Curitiba, jan/fev - 2012

Dra. Sonia Inglat é advogada especialista em trânsito e apresentadora do quadro “Dicas de Trânsito” do Programa [email protected] - Twitter @soniainglat

Vai viajar e deixar o carro parado na garagem? Veja algumas dicas para manter o veículo saudável!

Muitas pessoas quan-do saem de férias uti-l izam outros t ipos de transporte, como avião, ôn ibus e até mesmo motocicletas, deixando na garagem o seu carro. Existem alguns procedi-mentos que garantem o bom funcionamento do veículo na hora de vol-

tar a usá-lo. O primeiro passo é que o veículo seja guardado totalmen-te limpo, e se possível deixar os vidros entre-abertos para evitar a formação de fungos e mau cheiro. Outra dica é calibrar bem os pneus, normalmente são 30 l ibras, mas quando o

veículo for ficar muito tempo parado, o ideal é utilizar entre 40 e 45 libras de ar, pois acon-tece a perda de pres-são. Se o pneu perder a pressão por ficar muito tempo parado, o pró-prio peso do carro irá deformá-lo.O tanque de combustível deve ser

mantido o mais vazio possível, a gasolina co-mum envelhece em 30 dias, já a aditivada, em 90. Mas, se o veículo for flex, o melhor é que aquele restinho de com-bustível, que inevitavel-mente permanece no tanque, seja álcool, pois se deteriora menos que

a gasolina. A última dica é a bateria: ela deve ser desconectada ao deixar o veículo parado por muito tempo, a part ir de sete dias conectada sem ignição a bateria começa a consumir car-ga e o motorista corre o risco de encontrá-la descarregada.

Locadoras de veículos terão que manter, con-forme o tamanho da sua frota, um percentual de automóveis com câmbio automático. Os carros estarão disponíveis, prio-ritariamente, para locação por pessoas com deficiên-cia física. A determinação consta em lei municipal, sancionada pelo prefeito Luciano Ducci. A suges-tão partiu do vereador Zé Maria (PPS) e foi debatida no plenário da Câmara Municipal.

"As pessoas com defi-ciência física motora, que já sofrem com problemas relacionados à locomo-ção, passam por ainda

mais dificuldades na hora de locar um automóvel,

uma vez que as empre-sas não têm carros com

câmbio automático à dis-posição”, esclarece o par-

lamentar. Zé Maria alerta que, até então, não havia

na cidade de Curit iba nenhuma obrigação legal

relacionada à quantidade de veículos adaptados

oferecidos pelo setor.A obrigação passa a

valer em maio de 2012, 180 dias após a sua pu-blicação, em novembro do ano passado. A lei só se aplica às empresas que prestam o serviço de locação diária (balcão), sendo as cotas de: 10% de carros com câmbio automático para frotas com até 200 veículos; 5% para 201 a 500 auto-móveis; e 2% para frotas com mais de 501 carros. “A lei estipula cotas que não interferem na manu-tenção das empresas e melhora o bem-estar das pessoas com deficiên-cia”, defende Zé Maria.

Lei cria cota de veículos destinados a deficientes

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13Curitiba, jan/fev - 2012

Pinhais continua batendo recordes na geração de empregoEm 2011, Foram 22.991 candidatos encaminhados ao mercado de trabalho contra 6854 em 2008

Pelo terceiro ano consecutivo, o mu-nicípio de Pinhais

bateu recorde de empre-gabilidade. Comparado com o ano de 2008, a Agência do Trabalhador de Pinhais praticamente quadruplicou o número de candidatos encami-nhados ao mercado de trabalho. Foram 22.991 encaminhamentos em 2011 contra 6854 em 2008. Este crescimento vem sido registrado gra-dativamente nos últimos anos, devido ao desen-volvimento da cidade e sua consequente expan-são no setor empresarial.Com o bom momento que vive o mercado de trabalho de Pinhais, a Prefei tura vem apos-tando nos mutirões de emprego para conseguir preencher as vagas ofer-

tadas. Cada um desses mutirões leva centenas de pessoas até a Agên-cia do Trabalhador. "O mutirão é um esforço concentrado da Prefei-tura, que busca aten-der a necessidade das empresas em recrutar pessoal, e das pessoas que procuram emprego", explicou o Diretor do De-partamento de Geração de Emprego e Renda, Natalino Bastos. Além de beneficiar o trabalhador, os mutirões contribuem com as empresas, que aproveitaram o grande movimento para preen-cher as vagas que neces-sitavam. De acordo com Sandra Almeida Pinheiro, da empresa Ensolo, o mutirão facilita a contra-tação. "Normalmente já disponibilizamos nossas vagas na Agência do

Trabalhador, mas a par-ticipação no mutirão sim-plifica todo o processo de contratação. O último colaborador que contra-tamos, por exemplo, foi aqui no mutirão do em-prego", completou. É fato destacar também que a grande ampliação do nú-mero de oportunidades em Pinhais, deve-se ao franco desenvolvimento que hoje vive a cidade. Segundo o secretário de Desenvolvimento Eco-nômico, José Zeitel, atu-almente Pinhais vem se consolidando como uma cidade potencialmente preparada para empre-ender. “Além da boa lo-calização e do histórico industrial, Pinhais agora conta com infraestrutura de qualidade e também passou a se preocupar em dialogar com as em-

presas, o que facilita esta boa percepção de inves-timentos”, disse.

Instituto Técnico Federal

Neste momento em que o setor industrial cres-ce, as oportunidades de trabalho aparecem, no-vos setores tornam-se realidade de mercado, a qualificação da mão de obra local passa a ser essencial. Agora, Pinhais passa a ter uma excelente oportunidade de avançar neste quadro. É um dos seis municípios parana-enses que recentemente recebeu a notícia de que será contemplado com um Instituto Técnico Federal. Uma escola adequada-mente preparada para qualificar gratuitamente centenas de jovens de Pinhais e municípios vi-zinhos em diversas áre-as. “Sem dúvida alguma, podemos considerar esta estrutura como um grande

“salto” no que diz respeito ao desenvolvimento social e educacional da região”, disse o prefeito Luizão Goulart. Para que este avanço torne-se realida-de, o Governo Federal exige que o município disponibilize um imóvel com área de 60 mil m2 a ser transferido por escri-tura pública e registro até o dia 12 de fevereiro de 2012. Prazo estabelecido pela União. Caso esta determinação não seja cumprida, o campus do ITFPR deverá ser cons-truído em outro municí-pio. Após apresentar ao Governo Federal duas alternativas de áreas, a Prefeitura de Pinhais encaminhou a Câmara Municipal o projeto que determina a compra do terreno a ser construído o campus. Cabe agora a apreciação do Poder Le-gislativo para encaminhar a construção da unidade do ITFPR em Pinhais.

Muitos jovens estão iniciando no mercado do trabalho com esta iniciativa da prefeitura de Pinhais.

Cada um desses mutirões leva centenas de pessoas até a Agência do Trabalhador.

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Projeto normatiza vagas para carros em condomínios

Conjuntos habitacionais a serem construídos em Curitiba “terão como en-cargo a construção de es-tacionamentos paritários ou até superiores ao nú-mero de apartamentos ou casas edificados”. Este é o objetivo de projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal. A autoria é do vereador Denílson Pires (DEM). O parlamentar quer “normatizar a dispo-nibilidade de vagas de ga-ragem, para atender a um número cada vez maior de condôminos que não

têm onde estacionar seus veículos”, explica. Pires afirma também que rece-beu diversas reclamações em seu gabinete, dando conta que os condomí-nios, principalmente po-pulares, construídos pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba, não possuem vagas em nú-mero suficiente, “gerando uma série de transtornos aos novos moradores”.

Pelo projeto, as va-gas deverão ter no míni-mo 2,10m de largura por 4,70m de comprimento,

ficando vedada a libera-ção do Habite-se por parte da prefeitura, caso não sejam atendidas as regras estabelecidas. Caberá ao Executivo regulamentar a norma, facilitando a orien-tação, fiscalização e cum-primento dos dispositivos, segundo o vereador.

Direito Na avaliação de Deníl-

son Pires, “é nossa res-ponsabilidade, como re-presentantes do povo, ga-rantir condições de desen-volvimento e bem-estar,

especialmente quando se trata de habitações popu-lares. Devemos considerar também que, atualmente, é comum famílias terem seu veículo e, portanto, é preciso assegurar-lhes a acessibilidade, bem como o direito de uso deste com-plemento legal”.

O problema de gara-gem em condomínios é comum e multifacetado. Normalmente, a vaga de garagem é um acessório da unidade autônoma e deve ser objeto de pro-priedade exclusiva do condômino. Sobre isso há farta jurisprudência analisada nos tribunais civis, em virtude da po-lêmica entre moradores. Há entendimento jurídico na legislação das constru-ções civis sobre unidades autônomas e área comum. O termo “unidade autôno-ma” compreende qualquer unidade habitacional, seja ela apartamento ou casa, em condomínio, sendo o elemento principal objeto de propriedade exclusiva. Já a área comum, de uso de todos, é considerada acessório da unidade au-tônoma e objeto de co-propriedade. Cada con-dômino tem uma fração

ideal da área comum, na medida de sua unidade autônoma. Nesta ótica, entretanto, geralmente a Convenção de Condo-mínio “não está sendo instrumento hábil para fazer a demarcação das vagas de garagem incluin-do seus acessos e espe-cificação de vagas para carros grandes e peque-nos, o que cria uma série de problemas insolúveis entre moradores, obriga-dos a recorrer à justiça”, justifica o parlamentar.

Melhor e mais prático, conforme o projeto de De-nílson Pires, “criar espaços de estacionamento delimi-tados e regularizados na área de construção, em no mínimo uma vaga por unidade autônoma”. A sim-ples ocupação das melho-res vagas pelos primeiros moradores ou a atribui-ção de vagas por ato do síndico não tem nenhum efeito jurídico. Os empre-endimentos destinados à habitação popular poderão adotar índices urbanísticos específicos objetivando viabilizar a produção de moradias com custo me-nor e a possibilidade de maior número de vagas pré-estabelecidas.

Em alguns condomínios, moradores precisam deixar os carros fora.

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