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Ceará em Brasília Ceará em Brasília CORREIOS DEVOLUÇÃO GARANTIDA Impresso Especial 9912205638/DR/BSB Casa do Ceará em Brasília CORREIOS Jornal da Casa do Ceará Ano XXIII - 235 - Janeiro de 2012 www.casadoCeará.org.br Editorial, pág.2 Espaço Luciano Barreira, pág. 2 Conversando com o Leitor, pág. 2 Expediente, pág. 2 Samburá, Avenida Beira Mar, pág. 3 Estado assume execução das obras do Anel Viário de Fortaleza, pág. 4 Anúncio do J. Lírio Aguiar Imóveis, pág. 4 Hospital do Sertão Central: 17 propostas na licitação, pág. 5 CE: Exportações bateram recorde e somaram US$ 1,4 bilhão, pág. 5 CE: Investimentos em saúde chegaram a R$ 241,5 milhões em 2011, pág. 5 Anúncio da Marquise, pág. 5 Leituras I – Artigo de Narcélio Lima Verde (Fortaleza),Estou velho de mesmo!, pág.6 Cearenses participaram em São Paulo da Caravana do Cordel, pág. 6 BNDES aprova R$ 52,8 milhões para J. Macedo, pág. 6 Leituras II – artigo de Wilson Ibiapina, (Ibiapina) Vamos exibir nossa cultura, sem vergonha, pág.7 História - Um depoimento de Osmar Alves de Melo, pág. 7 Leituras III – poesia de Marcondes Sampaio (Uruburetama), Porque me ufano da minha aldeia, pág.8 Prêmio Contribuintes - Cid Gomes enaltece a parceria entre o Estado e empresas, pág. 8 BNB concede cartões de débito a 1.5 milhão de micro emmpreendedores, pág. 8 Leituras IV - artigo de JB Serra e Gurgel (Acopiara), História do Ceará de todos nós, presentes e ausentes, pág. 9 Anúncio do Uniceub, pág. 9 Leituras V, artigo de Carlos José Gurgel, Acopiara x Iguatú - Rixas, tricas e fu- tricas, pag. 10 Anúncio da Confere, da Confederal, pág. 11 Leituras VI, artigo de Lustosa da Costa, Meus cinco livros, pág.12 Maria do Céu resgatou o melhor do Choro do Ceará e as compopsições de Fancis- co Soares de Souza (Quixadá), pág.13 Criação da Região Metropolitana de Sobral será votada este ano, pág. 13 Alupar e Furnas investirão R$ 800 mi em dez parques eólicos no Ceará,pág. 13 Leituras VII - artigo de Newton Pedrosa (Juazeiro do Norte) pág. 14 O segredo dos grandes colégios de Fortaleza que aprovam 30% dos candidatos ao ITA de São José dos Campos, pág. 14 Desembargador: conselheiro nao pode acumular aposentadoria, pág. 16 Argentina lasca exportações de calçados do Ceará, pág. 16 Linha Oeste do Metrofor transportou 3,7 milhões de pessoas em 2011, pág. 16 Anúncio da Nacional Gás, pág. 16 Obra de Claudio Cesar retorna à Assembleia após restauro, pág. 17 Refinaria da Petrobras do Ceará tem R$ 1,36 bilhões para implantaçã, pág 17 Centro Histórico de Barbalha será recuperado, pág. 17 Anúncio da Aguiar de Vasconcelos, pág. 17 Página da Mulher – artigo de Regina Stella, Um brinde ao Ano Novo, pág. 18 Receitas da Culinária Cearense, pág. 18 Cientistas britânicos identificam dois novos sintomas de derrame, pág,18 Leituras VIII - Humor Negro & Branco Humor, Frases Famosas pág. 19 Diário de um Cearense na Suíça, pág. 19 Anúncio do Beach Park, pág. 20 Leia nesta edição Governo do Distrito Federal aprovou o Projeto Fausto Nilo que marcará a refundação da Casa do Ceará em Brasília e sua inserção no Projeto Urbanístico, Paisagístico e Turístico de Brasília. Leia mais na pág. 10 Fortaleza vira canteiro de obras. Até 2014 RS 30,0 bi de investimentos. Leia mais na pág. 13 Projeto Arquitetônico e Urbanístico da nova sede da Casa do Ceará totalmente aprovado em Brasília. Leia mais na pág. 15 A história de um aniversário: Os 400 anos do Ceará. Há 400 anos, o militar português Martim Soares Moreno incorporava o mito de herói fundador do Ceará. Leia mais na pág. 20 Ivens Dias Branco “Personalidade Lojista Nacional 2011”. Leia mais na pág. 4 Adriana Nunes Sales Lima a cearense que quebrou um tabu e conquistou o 1º lugar no Instituto Militar de Engenharia/IME. Leia mais na pág. 6 Fausto Nilo Fernando Cesar Mesquita Angela Parente

Jornal Janeiro 2012

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Jornal da Casa do Ceará

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Ceará em BrasíliaCeará em BrasíliaCORREIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

ImpressoEspecial

9912205638/DR/BSBCasa do Ceará em Brasília

CORREIOS

Jornal da Casa do Ceará Ano XXIII - 235 - Janeiro de 2012www.casadoCeará.org.br

Editorial, pág.2Espaço Luciano Barreira, pág. 2Conversando com o Leitor, pág. 2Expediente, pág. 2Samburá, Avenida Beira Mar, pág. 3Estado assume execução das obras do Anel Viário de Fortaleza, pág. 4Anúncio do J. Lírio Aguiar Imóveis, pág. 4Hospital do Sertão Central: 17 propostas na licitação, pág. 5CE: Exportações bateram recorde e somaram US$ 1,4 bilhão, pág. 5CE: Investimentos em saúde chegaram a R$ 241,5 milhões em 2011, pág. 5Anúncio da Marquise, pág. 5Leituras I – Artigo de Narcélio Lima Verde (Fortaleza),Estou velho de mesmo!,

pág.6Cearenses participaram em São Paulo da Caravana do Cordel, pág. 6BNDES aprova R$ 52,8 milhões para J. Macedo, pág. 6Leituras II – artigo de Wilson Ibiapina, (Ibiapina) Vamos exibir nossa cultura,

sem vergonha, pág.7História - Um depoimento de Osmar Alves de Melo, pág. 7Leituras III – poesia de Marcondes Sampaio (Uruburetama), Porque me ufano da

minha aldeia, pág.8Prêmio Contribuintes - Cid Gomes enaltece a parceria entre o Estado e empresas,

pág. 8BNB concede cartões de débito a 1.5 milhão de micro emmpreendedores, pág. 8Leituras IV - artigo de JB Serra e Gurgel (Acopiara), História do Ceará de todos

nós, presentes e ausentes, pág. 9Anúncio do Uniceub, pág. 9Leituras V, artigo de Carlos José Gurgel, Acopiara x Iguatú - Rixas, tricas e fu-

tricas, pag. 10Anúncio da Confere, da Confederal, pág. 11Leituras VI, artigo de Lustosa da Costa, Meus cinco livros, pág.12Maria do Céu resgatou o melhor do Choro do Ceará e as compopsições de Fancis-

co Soares de Souza (Quixadá), pág.13Criação da Região Metropolitana de Sobral será votada este ano, pág. 13Alupar e Furnas investirão R$ 800 mi em dez parques eólicos no Ceará,pág. 13Leituras VII - artigo de Newton Pedrosa (Juazeiro do Norte) pág. 14O segredo dos grandes colégios de Fortaleza que aprovam 30% dos candidatos ao

ITA de São José dos Campos, pág. 14Desembargador: conselheiro nao pode acumular aposentadoria, pág. 16Argentina lasca exportações de calçados do Ceará, pág. 16Linha Oeste do Metrofor transportou 3,7 milhões de pessoas em 2011, pág. 16Anúncio da Nacional Gás, pág. 16Obra de Claudio Cesar retorna à Assembleia após restauro, pág. 17Refinaria da Petrobras do Ceará tem R$ 1,36 bilhões para implantaçã, pág 17Centro Histórico de Barbalha será recuperado, pág. 17Anúncio da Aguiar de Vasconcelos, pág. 17Página da Mulher – artigo de Regina Stella, Um brinde ao Ano Novo, pág. 18Receitas da Culinária Cearense, pág. 18Cientistas britânicos identificam dois novos sintomas de derrame, pág,18Leituras VIII - Humor Negro & Branco Humor, Frases Famosas pág. 19Diário de um Cearense na Suíça, pág. 19Anúncio do Beach Park, pág. 20

Leia nesta edição

Governo do Distrito Federal aprovou o Projeto Fausto Nilo que marcará a refundação da Casa do Ceará em Brasília e sua inserção no Projeto Urbanístico, Paisagístico e Turístico de Brasília. Leia mais na pág. 10

Fortaleza vira canteiro de obras. Até 2014 RS 30,0 bi de investimentos. Leia mais na pág. 13

Projeto Arquitetônico e Urbanístico da novasede da Casa do Ceará totalmente aprovado em Brasília. Leia mais na pág. 15

A história de um aniversário: Os 400 anos do Ceará. Há 400 anos, o militar português Martim Soares Moreno incorporava o mito de herói fundador do Ceará. Leia mais na pág. 20

Ivens Dias Branco “Personalidade Lojista Nacional 2011”. Leia mais na pág. 4Adriana Nunes Sales Lima a cearense que quebrou um tabu e conquistou o

1º lugar no Instituto Militar de Engenharia/IME. Leia mais na pág. 6

Fausto Nilo

Fernando Cesar Mesquita

Angela Parente

Page 2: Jornal Janeiro 2012

Ceará em Brasília2Janeiro/12

veja o site do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br

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No apagar das luzes de 2011 fomos pre-miados com a aprovação do Projeto Fausto Nilo pela Administração de Brasília do GDF e pela concessão do certificado do Conselho de Assistência Social (CAS) do DF. Lutamos com todas as forças para aprovação das duas propos-tas que nos assegurarão fôlego às vésperas dos nossos 49 anos.

O Projeto Fausto Nilo, como proclamamos, significa a refundação da Casa, para mais 50 anos, e sua inserção definitiva no projeto urbanístico, paisagístico, arquitetônico e turístico do DF. A Casa nos parecia muito acanhada, muito aquém da nossa dimensão étnica e da própria grandeza de Brasília.

Se já nos orgulhávamos do muito que fazíamos em condições precárias e adver-sas, com a nova Casa teremos condições de operar com maior desenvoltura e presença em Brasília, evidenciando a criatividade, a capacidade e a determinação dos cearenses.

O certificado nos mantém como entidade filantrópica, enquanto a Pousada dos Idosos for referência na nossa contraprestação de serviços à comunidade, e nos instrumentaliza para bus-carmos os certificados nas áreas de educação e saúde, que completam o eixo de atuação da Casa. Sem ele, estávamos praticamente impedidos de continuar a operando.

No caso do Projeto Fausto Nilo, nossos agra-decimentos ao governador Cid Gomes, presi-dente de honra da Casa, pela visão de futuro.

No caso do certificado, nossos agradecimen-tos à Secretária de Desenvolvimento Social do DF, Arlete Sampaio.

Inácio de Almeida (Baturité), diretorExpediente

Conversando com o Leitor + Dados da audiência do nosso site. www.casa-

doceara.org.br em dezembro: Tivemos 3.353 visitas, sendo 53 de cearenses residentes em 8 países espe-cialmente Canada, Estados Unidos, Suiça, Romenia, Reino Unido, Portugal, Alemanha e Italia.

+No Brasil, tivemos 3303 visitas em 90 cidades, especialmente Brasília, Fortaleza, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Recife, Belém, Florianópolis e Salvador.

+ Para conhecimento dos nossos leitores infor-mamos que a Casa do Ceará, em 2011, recebeu R$ 27.419,94 de contribuições de 1.137 associados e colaboradores.

+ Recebemos o Binóculo, de Fortaleza, edição de dezembro de 2011, com artigos de Dias da Silva, Maria Lúcia Silveira Rangel, Francilda Costa, Rejane Monteiro Augusto Gonçalves. Na edição, um registro sobre o Ceará em Brasília. Grato.

+ Agradecemos os cumprimentos de Aldemir Gurgel de Souza, de Fortaleza.

+ Recebemos de Donizete de Souza, o Informativo O Grito das Águas, de Quitaiús, Ceará, distrito de Lavras da Mangabeira, com uma analise das eleições de vereadores.

+ Recebemos o Jornal da Associação Nacional de Escritores, de Brasília, com artigos de Anderson

Braga Horta, José Peixoto Junior, Marco Aurelio de Alcantara, Afonso Ligório Pires deCarvalho, Jacinto Guerra, Leonardo Dantas Silva, Fábio de Sousa Cou-tiho, M. Paulo Nunes, João Carlos Taveira, Josélia Costandrade e Manoel Hygino dos Santos.

+ Agradecemos os cumprimentos de Aldemir Gurgel de Souza, de Fortaleza.

+ Agradecemos aos associados que já pagaram suas contribuições anuais de 2012 à Casa: Claudia Carneiro, Egomar Dickel; Fernando Cesar Mesquita, Francisco Albery Mariano, Lustosa da Costa, Francisco Machado Silva, Inêz Rosa de Assis, José Colombo de Souza Filho, JB Serra e Gurgel, José Ribamar Madeira, José Sampaio de Lacerda Jr, Luiz Gonzaga de Assis,Osmar Alves de Melo, Roberto Gurgel dos Santos, Wanderley Girão Maia Junior.

+ Agradecemos o registro do blogueiro Macário Batis-ta sobre a aprovação do projeto Fausto Nilo pelo Governo do Distrito Federal.

+ Foram atualizados os dados sobre os Cursos da Casa do Ceará, tanto os cursos próprios da Casa como os terceirizados.

+ Desejamos ao nosso associado Carlos Ananias Bar-bosa pronto restabelecimento.

+ Agradecemos o apoio publicitário, em 2011, de José Lirio, Geraldo Vasconcelos, Nacional Gás, grupo Marquise, Uniceub, Beach Park, Confederal, Governo do Estado do Ceará e BNB.

Espaço Luciano BarreiraConseqüências da crise na Grécia: Zeus vende o seu trono para uma multinacional

coreana ou chinesa.Medusa faz bico na ala dos ofídios em um zo-

ológico local.Narciso vende seus espelhos para pagar a sua

dívida do cheque especial.Aquiles vai tratar o seu calcanhar no SUS.Eros e Pan inauguram um prostíbulo.Hércules suspende os seus 12 trabalhos por

falta de pagamento.Medusa transforma pessoas em pedra e vende

na Cracolândia.O Minotauro está puxando carroça para ganhar

a vida.Acrópole é vendida e em seu lugar é inaugurada

uma Igreja Universal do Reino de Zeus.Afrodite teve que montar uma banquinha de

produtos afrodisíacos para pagar as contas.Eurozona rejeita Medusa como negociadora

grega: “ela tem minhocas na cabeça”.Sócrates inaugura Cicuta’s Bar para tentar

ganhar uns trocados.Dionísio vende seus vinhos na beira da estrada

de Marathónas.

Hermes está entregando o currículo para traba-lhar nos correios. Especialidade: entrega rápida.

Caronte anuncia que a partir da próxima semana passará a aceitar o bilhete único.

Afrodite aceitou posar para a Playboy.Sem dinheiro pra pagar os salários, Zeus libera as

ninfas pra trabalharem na Eurozona.Ilha de Lesbos abre “resort hétero”.Para economizar energia, Diógenes apaga sua

lanterna.Oráculo de Delfos vaza números do orçamento e

provoca pânico nas Bolsas.Vênus de Milo promete dar uma mãozinha a

desempregados.Áries, deus da guerra, foi pego em flagrante des-

viando armamento para a milícia carioca.Sócrates, Aristóteles e Platão negam envolvimen-

to na rebelião da USP: “Estamos na pindaíba, mas ainda não descemos a esse ponto”

A caverna de Platão está abrigando milhares de sem teto.

Descobri o porquê da crise:os economistas estão falando grego !!!

O cara que bolou isso tem muita cultura, além de excelente humor... “

Fundada em 15 de outubro de 1963Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e

Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca)Diretoria

Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): Fernando Cesar Moreira Mesquista (Fortaleza), 1º vice; José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza),

2º vice; Evandro Pedro Pinto (Fortaleza), Administração e Finança; Luiz Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), Planejamento e Orçamento; Fer-nando Gurgel Filho (Fortaleza), Educação e Cultura; Francisco Machado

da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, Angela Maria Barbosa Parente (Fortaleza), Obras, Maria Áurea Assunção Magalhães (Fortaleza), Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico.

Conselho Fiscal Membros efetivos: José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José

Colombo de Souza Filho (Fortaleza) e José Carlos Carvalho ( Itapipoca); Membros suplentes: Antônio Florêncio da Silva (Fortaleza), Edivaldo

Ximenes Ferreira (Fortaleza) e José Aldemir Holanda (Baixio). Jornal da Casa do Ceará

Fundador e Editor Emérito - Luciano Barreira (Quixadá)Conselho Editorial

Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras),

Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides

(Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Lustosa da Costa (Sobral), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza),

Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Orlando Mota (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama),

Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza).Diretor

Inacio de Almeida (Baturité) Editores

JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina)[email protected] / [email protected]

Editoração EletrônicaCasa do CearáDistribuição

Antonia Lúcia GuimarãesCirculação

O jornal não se responsabiliza por textos assinados.Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF

CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800casadoCeará@casadoCeará.org.br / www.casadoCeará.org.br

Page 3: Jornal Janeiro 2012

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br3 Janeiro/12

Luiza Tomé anuncia separaçãoA atriz Luiza Tomé disse que vai

se separar do marido, o empresá-rio Adriano Facchini. O anúncio foi feito pelo Twitter na última terça: “Aqui começo a falar algo para todos que me gostam, acho que devo eu falar isso, para que não ocorram especulações. Depois de 17 anos de um relacionamento muito bonito na minha vida e na do Adriano, temos 3 filhos saudá-veis graças a meu generoso e bom Deus.” Segundo ela, a decisão foi de comum acordo.

MudançaEnquanto durar a degradação da Praça do Ferreira,

o nosso Samburá se muda para a Avenida Beira Mar. Tememos que leve tempo uma intervenção da Prefeitura para restaurar a dignidade da Praça do Ferreira. Para quem não sabe a Praça foi palco do maior acontecimento na História do Ceará, pois foi lá que o sol levou a maior vaia, por ter aparecido em dia de chuva, em tempo de seca.

Grendene 1Entre empresários da indústria do Ceará, caiu como

uma bomba a notícia de que o Grupo Grendene fechou suas fábricas na Bahia, cuja produção de calçados Vul-cabrás e Azaléia passará ser feita na Índia, onde são mais baixos a carga tributária e os custos trabalhistas e onde é melhor a logística de transporte e onde não há a concor-rência desleal dos produtos chineses.A Grendene tem no Ceará várias fábricas – sete em Sobral, uma em Fortaleza, uma em Pacajus e uma no Crato – e 50 mil empregados.Tem também um grande financiamento do BNB.

Pague MenosA rede de farmácias Pague Menos, terceira maior

do setor com R$ 2,8 bilhões em vendas estimadas nes-te ano, e a Ultrafarma, varejista com forte atuação na venda on-line de medicamentos, estão em conversas iniciais para uma fusão das operações. É uma reação ao processo de consolidação do mercado, motivado pela união de rivais de peso das duas companhias nos últimos meses.

Bruno PedrosaNos 12 mil metros quadrados da Sala Nervi de Torino

a 54ª. Edição da Bienal de Veneza, dedicada aos 150 anos da unidade da Italia. Com a participação do foto-grafo Giordano Morganti, escultores Brunivo Buttarelli, e Ruben Esposito, Il ceramista Roberto Giannotti, de Barbara Zucchi, da artista de intermeios Carina Aprile, Le Vincenzo Marsiglia e Bruno Pedrosa, Claudio Magrassi, Max Marra, Michele Giannattasio e Franco Tarantini, Enrico Colombotto Rosso, Angelo Barile e Xel. O curador da Bienal é Ruggero Maggi.

Reforma administrativaO novo procurador-geral da Justiça, Alfredo Ricardo

de Holanda Cavalcante Machado, anunciou que a Pro-curadoria Geral da Justiça (PGJ) deve passar por uma reforma administrativa. “O objetivo é modernizar e se adequar as novas tecnologias para proporcionar melhores condições de trabalho e com isso desempenhar melhor as atribuições”, afirma Ricardo.

SAMBURÁ - Avenida Beira Mar Valdomiro Távora Numa eleição sem surpresas,

foi escolhido, por unanimidade, para o cargo de presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o conselheiro Valdomiro Távora. Há cinco meses, Távora já estava à frente da Corte de Contas. Foram eleitos para os cargos de vice-presidente e Cor-regedor do TCE, os conselheiros Pedro Timbó e Edilberto Pontes, respectivamente.

Primeira polêmicaO livro de J. Ciro Saraiva,” No Tempo dos Coro-

neis”, provocou a primeira polemica. Um filho do ex-secretario de Polícia, cel. Clovis Alexandrino, nega, através de jornais, que seu pai tenha perse-guido os deputados cassados pela Assembleia, em 1964. Para ele, isso não ocorreu. O livro, entretanto, esta apoiado em depoimentos inquestionáveis, feitos pelos ex-deputados Aquiles Peres Mota e Blanchard Girão.

Segundo o texto do livro, está escrito: “na longa e penosa espera para que se praticasse o ato de cassação, o Secretario de Polícia aproximou-se do deputado Aquiles Peres Mota e falou sem rodeios:

- Ou vocês cassam esses deputados até as 23 horas ou nós entramos nessa m...”

Aquiles - conta Ciro Saraiva, atento a todos os detalhes - procurou de imediato Barros dos Santos, líder do Governo Virgilio Távora e lhe transmitiu a intimação.

Sempre de branco e com a frieza que jamais per-deu em toda sua vida, Barros dos Santos foi incisivo e obediente na resposta.

- Vamos cassar, vamos cassar....(WI)

SeparaçãoAcabou o casamento do ex ministro Ciro Gomes com

a atriz Patrícia Pillar, após 12 anos.

Clube dos 80Escreveu Ancelmo, em O GLOBO, de 23.01: “Ed

Lincoln, o baixista, organista, arranjador e autor de sucessos como “Na onda do berimbau” (com Osvaldo Nunes), faz 80 anos dia 31 de maio. Para quem não sabe, o cearense Eduardo Lincoln Barbosa Savoia criou, nos anos 1960, um estilo no órgão elétrico que virou moda nos bailes da época”.

Seminário do CratoDe Brasília, foram para a 3ª. reunião dos ex-

-seminaristas do Seminário São José do Crato, José Jezer de Oliveira (Crato), ex-presidente da Casa do Ceará, JB Serra e Gurgel (Acopiara), diretor de Comunicação e José Aldemir Holanda (Baxio), membro do Conselho Fiscal. Reunião articulada pelo prof. João Teófilo Pierre, que lançará seu livro “Seminário São José do Crato – 135 anos de Fun-dação – Fragmentos Históricos e Testemunhos de Vida” e pelo padre João Bosco Cartaxo Esmeraldo com apoio de Huberto Cabral e Antonio Vicelmo. De Volta Redonda, foi Francisco Jácome Gurgel com a esposa, Ivonete.

Isolda Cela Contou Macário Batista que a a

Secretária de Educação do Estado do Ceará, professora Isolda Cela, atendeu ligação telefônica do novo Ministro da Educação, Aloísio Mercadante, sondando-a para comandar a Secretaria Naconal de Educação Básica, a quem cabe zelar pela educação infantil, ensi-no fundamental e ensino médio. A sobrinha-neta do famoso pintor camocinense Raimundo Cela, ficou de dar a resposta.

Desembargador Fernando XimenesA Comissão da Central de Conciliação da Justiça 1º

Grau homenageou o desembargador do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), Fernando Luiz Ximenes Rocha, com a medalha “Juiz Marcos Aurélio Rodrigues”. A comenda, destinada aos que contribuíram para implantar a prática da conciliação no Judiciário cearense. Fernando Ximenes teve um papel relevante para a resolução de conflitos por meio da conciliação, criando a Central de Conciliação do Fórum Clóvis Beviláqua. A honraria foi entregue pela presidente da comissão, juíza Jane Ruth Maia de Queiroga, coordenadora da Central de Conciliação.

Deixaram o TJ/CE Pediram aposentadoria no Tribunal de Justiça do

Estado do Ceará, voluntariamente, por tempo de contri-buição, os magistrados Francisco Haroldo Rodrigues de Albuquerque e Lincoln Tavares Dantas.As vagas foram classificadas pelos critérios de merecimento e antiguidade.

Cultura popular.O jornalista Nelson Faheina perguntou ao repen-

tista Zé Amancio, numa cantoria em Limoeiro do Norte-CEM:

- Poeta, toda roupa veste um nu? E ele, em cima da bucha:Menos a gravata e o colete, que não cobre o cacete

nem as beiradas do c...! (AR)

Thiago GurgelDepois de graduar-se em Medicina, Thiago Gurgel do

Vale (Acopiara) neste 04.02 foi ordenado padre da Igreja Católica pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, Arcebis-po Metropolitano de São Paulo. Padre Thiago rezou sua primeira missa na Recanto dos Humildes, em São Paulo. A 2ª. foi na vila Beatriz. Mas está a caminho de Acopiara para rezar em 12.02 a missa na igreja onde foi batizado. É filho de Antonio Gaspar do Vale e Suzana Gurgel e irmão da vereadora Delane Gurgel do Vale.

PromoçãoO 1º secretário Carlos Henrique Moscardo de Souza

foi promovido a conselheiro no Itamaraty, ele é filho do embaixador Gerônimo Moscardo de Souza e irmão da conselheira Mariano Moscardo de Souza.

ReriutabaA do Crô (Marcelo Sarrador), na novela Fina Es-

tampa, pedindo a Afrodite (Christiane Torloni) para não o mandar de voltar a Reriutaba, abalou os 19.135 habitantes de Reriutaba, a 230,9 km de Fortaleza. Há um clima de insegurança na cidadezinha.

Page 4: Jornal Janeiro 2012

Ceará em Brasília4Janeiro/12 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Há 40 anos

Estado assume execução dasobras do Anel Viário de FortalezaO governador

Cid Gomes e o di-retor geral do De-partamento Nacio-nal de Infraestrutu-ra de Transportes (DNIT), General Jorge Fraxe, assi-naram em 19.12, no Palácio da Abolição, o convênio para a conclusão das obras de duplicação e melhoramentos do Anel Viário. Conforme o documento, o Estado vai assumir a execução das obras e receberá os recursos do DNIT. O convênio envolve recursos de R$ 200.465.573,22. O início das obras será no próximo mês de janeiro e a sua conclusão está prevista para 2015.

“É muito importante a conclusão da obra para o sistema

viário de Fortaleza, sobretudo, para o transporte de cargas. Vale ressaltar a credibilidade do Governo do Estado junto à nova administração do DNIT em confiar o gerencamento desta obra, que está paralisada há um ano”, destacou Adail Fontenele, secretário de Infraestrutura do Estado.

O Anel viário compreende 32 km de extensão. Ele começa

na CE-040 (Eusébio), segue pela BR-116 (Itaitinga), passa pela CE-060 (Maracanaú)), CE-065 (Maranguape) e passa pela BR-020 (Caucaia), indo até a avenida Mister Hull. A reforma do Anel Viário permitirá melhoria de tráfego, princi-palmente para o Distrito Industrial de Maracanaú, Marangua-pe e Ceasa, que atualmente sofre com o congestionamento. A duplicação é parte do Plano de Logística de Transporte do Porto do Pecém. A nova pista será de pavimento de concreto, mais resistente e com maior durabilidade.

O industrial Luso-Cearense Ivens Dias Branco (seus pais eram de Angeja – Alber-garia-a-Velha – Aveiro) recebeu diversas honrarias, fruto de seu empreendedorismo e sucesso na vida pessoal. Em Salvador-Bahia, Ivens recebeu da Câmara Municipal o título de Cidadão Honorário da Cidade.

Dois dias depois, a Confederação Na-cional das Câmaras de Dirigentes Lojistas, levando em conta a invejável posição de liderança latino-americana das indústrias de massas e biscoitos do Grupo M.Dias Branco, o in-dustrial Ivens Dias Branco foi escolhido por decisão unânime, Personalidade Lojista Nacional de 2011, com o título programado para ser entregue em Brasília, no dia 12.04.2012.

Na mesma semana, a Revista Época escolheu o Luso--cearense como um dos cem brasileiros mais influentes de 2011,também por ser o maior fabricante de massas e biscoitos da América Latina. São doze fábricas em sete estados e um dos mais sólidos capitães de indústria do País, sensível à realidade que o cerca. É de Cid Gomes o texto da revista Época que apresenta Ivens Dias Branco.

Ivens Dias Branco tem uma história de vida empresarial que começa lá na infância, quando cria, nas festas juninas a venda de “loterias de fogos” e, noutras ocasiões, a venda de figuras de artistas e times de futebol daqueles antigos álbuns que faziam sucesso com as crianças da época. Ele fala disso com o mesmo orgulho e humildade com que exemplifica que cada um faz sua história.

Apaixonado pela leitura, diz que aprendeu praticamente tudo na vida através dos livros, exercício que ainda hoje pratica, ao lado da leitura diária dos jornais, com foco na política e na economia, sem se despregar dos movimentos sociais que suas indústrias sempre apoiam quando procu-

Ivens Dias Branco “Personalidade Lojista Nacional 2011’’radas por pessoas dedicadas a esse mister. Passando por seus empreendimentos, entre eles doze fábricas espalhadas pelo Brasil, abrigam cerca de 17 mil funcionários.

Foi nesse segmento industrial que o Grupo M.Dias Branco que Ivens capitaneia, que suas empresas são hoje destaque mun-dial. –Somos hoje, pontua, o primeiro lugar em massas e biscoitos da América Latina. Somos o quarto lugar do mundo em massas e o sexto lugar do mundo em biscoitos. Na

América Latina nós somos maiores que a Nestlé. Nesse segmento de massas e biscoitos, temos 25% de nossas ações na bolsa. O restante é todo nosso, o que nos dá poder de decisão, fruto de reuniões semanais com diretores de cada grupo de empresas.

Ainda nesse campo, o industrial diz que a M.Dias Branco continua investindo muito. A Pillar, por exemplo, marca tradicional, a mais antiga da América Latina, ícone de Pernambuco, recentemente adquirida pelo Grupo, é um investimento recente e gigantesco. Só no Porto do Reci-fe, ela, a Pillar, tem 32 mil metros quadrados. Estamos reequipando e modernizando toda a indústria que havia perdido um pouco de velocidade em seu tempo.

Com entusiasmo juvenil, Ivens Dias Branco conta a história do resort do Aquiraz, um gigantesco empreendi-mento feito meio a meio com empresários portugueses. Campos de golf, hotéis e apart-hotéis fazem parte do conjunto de beleza fantástica que já hoje agrega valores à região com a geração de centenas de empregos nos mais diversos setores da vida cearense. Ele diz que o grupo continua investindo muito na construção, sempre à frente de seu tempo.

Por Graciano Coutinho - Jornalista, em Portugal sem Passaporte

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Ceará em Brasília acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br 5 Janeiro/12

De janeiro a dezembro de 2011, o volume de exportações do Ceará foi de US$ 1,4 bilhão, um valor recorde resultado de um crescimento da ordem de 10,54% em relação a 2010. O acumulado das importações em 2011 somou US$ 2,4 bilhões – uma expansão de 10,80% -, resultado que supera o volume registrado em 2010, de US$ 2,1 bilhões. Os dados constam do Enfoque Econômico nº 14, trabalho que acaba de ser divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégica Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado.

As exportações cearenses somaram, em dezembro do ano passado, um total de US$ 133 milhões, representando um crescimento de 10,4% em relação ao mês anterior de novembro (US$ 120,5 milhões). O desempenho é o segundo maior registro em 2011, inferior apenas a agosto, quando as exportações totalizaram US$ 191,2 milhões. Já as importa-ções, em dezembro do ano passado, chegaram a US$ 245,5 milhões, ou seja, aumento de 11,2% em relação ao resultado de novembro (US$ 220,7 milhões).

De acordo com o diretor Geral do Ipece, professor Flávio Ataliba, com esses movimentos (exportações e importações), o saldo negativo da balança comercial do Ceará alcançou US$ 1 bilhão no ano passado, significando crescimento de 11,16% quando comparado com 2010 (US$ 899,7 milhões). A corrente de comércio exterior, que é a soma de todas as exportações e importações, totalizou um valor recorde de US$ 3,8 bilhões em 2011, contra US$ 3,4 bilhões em 2010.

CE: Exportações bateram recorde e somaram US$ 1,4 bilhão

O Governo do Estado recebeu e já iniciou a análise de 17 propostas apresentadas, no processo de licitação para construção do Hospital e Maternidade Regional do Sertão Central (HRSC). Em até 20 dias, o Departamento de Arqui-tetura e Engenharia (DAE) divulgará o resultado da fase de habilitação dos concorrentes. Em seguida será aberto prazo de cinco dias para recursos e, encerrado esse prazo, o resultado final da licitação será publicado em mais cinco dias. Caso não haja recurso ao resultado, o secretário da Saúde do Estado, Arruda Bastos, prevê já para janeiro de 2012 a assinatura da ordem de Serviço para o início das obras do HRSC.

O novo hospital será construído pelo Governo do Esta-do em Quixeramobim, um investimento estimado de R$ 83.882.724,64, em obras, que devem ficar concluídas em 16 meses, a partir da assinatura da ordem de serviço autorizando o início da construção.

Com 374 leitos, o novo hospital da rede pública estadual atenderá a população de 612 mil habitantes dos municípios de Boa Viagem, Canindé, Caridade, Itatira, Madalena, Paramoti, Banabuiú, Choró, Ibaretama, Ibicuitinga, Milhã, Pedra Branca, Quixadá, Senador Pompeu, Solonópole, Aiuaba, Arneiroz, Parambu e Tauá. Será o terceiro hospital regional construído pelo governo do Estado no interior do Ceará, depois do Hospital Regional do Cariri (HRC), já em funcionamento em Juazeiro do Norte desde abril deste ano, e do Hospital Regional Norte (HRN), em construção em Sobral, com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2012

O Hospital e Maternidade Regional do Sertão Central terá 218 leitos de internação e 69 leitos na emergência. A exemplo do Hospital Regional Norte contará com um Centro de Atenção à Saúde Sexual e Reprodutiva da Mulher, com um total de 73 leitos, para ampliar e qualificar a assistência e reduzir a mortalidade materna. O hospital terá área total construída de 19.505 metros quadrados.

Hospital do Sertão Central: 17 propostas na licitação

A Secretaria da Saúde do Estado realizou em 2011 in-vestimentos de R$ 241.521.618,99 em projetos listados no Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários do Governo do Estado (MAPP) da Saúde. O volume de recursos investi-dos no ano já representa 38% da programação preliminar do MAPP da Saúde para o quadriênio 2011 até 2014, que prevê um investimento total de R$ 635,5 milhões.

O maior volume de recursos de investimento alocados em 2011 foi aplicado no Hospital Regional do Norte (HRN), que está sendo construído pelo Governo do Estado em Sobral, com 382 leitos, para atender a população dos 55 municípios da região em casos de alta complexidade. Este ano, a cons-trução do HRN recebeu investimento de R$ 73.530.574,81. A previsão é de que a sua conclusão aconteça no primeiro semestre de 2012, com investimento de R$ 151.276.633,97 em obras e R$ 59.429.435,57 em equipamentos, totalizando R$ 210.706.069,94. Ainda em 2011 a Sesa executou, em conjunto, investimentos de R$ 56.144.392,88 para os projetos de constru-ção e aquisição de equipamentos para 21 policlínicas regionais, unidades que facilitam e ampliam o acesso a exames e consultas especializadas. Já os Centros de Especialidades Odontológicas regionais (CEOs) receberam, em conjunto, investimentos de R$ 16.315.299,28. A implantação de 21 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) em Fortaleza e mais 17 municípios recebeu investimentos de R$ 30.175.271,16 em 2011. Para dar continuidade às obras de reforma e ampliação do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), foram investidos R$ 5.898.154,26.

CE: Investimentos em saúde chegaram a R$ 241,5 mi em 2011

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Ceará em Brasília6Janeiro/12

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Leituras IEstou velho de mesmo!

Narcélio Limaverde (*)

É bom quando dizem coisas bonitas sobre os velhinhos. Outro dia a jornalista Sonia Pinheiro, em sua coluna no Povo, citou o nosso ex-colega e amigo Aderbal Freire, ator e diretor de nomeada no Rio de Janeiro, com repercussão internacional, o que aqui, em Fortaleza dizíamos e dizemos: “Ele é o melhor do norte e nordeste”. Ela falou sobre o que Aderbal pensa sobre a maturidade: “Acho que descobri o melhor da maturidade, quando me dei conta de que já fui mais velho.

Numa época eu fui mais velho de propósito, pra poder ser respeitado.

Depois fui mais velho por medo (da velhice es-pecialmente) quando tudo era sinal de decadência e isso me dava uma sensação enorme de cansaço. Depois fui mais velho mesmo, a ciência não explica. Como, pelos anos vividos, tenho menos ilusões, essa rejuventude é mais leve.

E assim posso cultivar as ilusões que restam”. Vibrei com a definição do alto dos meus muitos anos... Sim, porque hoje não posso negar minha velhice, deu até nos jornais, rádios e televisões de Fortaleza....logo, é melhor assumir. Há muitos anos, logo quando cheguei no rádio, na velha per-renove do doutor Manuelito, e Paulo Cabral e meu pai, Limaverde, houve uma polêmica com a rádio Iracema, do Fernando César, então a única con-corrente da perrenove. Guilherme Neto, excelente cronista, infelizmente aposentado, foi incumbido de responder e escreveu intitulando o trabalho de “ Os novos não têm história”. Na época, eu, bem jovem (sim, já fui jovem) fiquei meio escabriado, na boa linguagem do cearês. O Aderbal Freire, ago-ra, na maturidade, lembra o ainda menino speaker da Rádio Dragão do Mar, posteriormente ator da TV Ceará, Canal 2, dos associados, salvando das fans ensandecidas os astros Hélio Souto e José Parisi. Foi o seguinte: os dois herois da TV Tupi, viveram a história dos Irmãos Corsos, um clássico da literatura universal (perdoem-me não lembro o nome do autor). Fortaleza ficou impressionada e acompanhou todos os capítulos da emocionante produção televisiva. Na época, início do Canal 2, Wilson Ibiapina e Lustosa da Costa, lembram, não havia Embratel e os capítulos eram trazidos do Rio por funcionário da Tupi, sr. Renê, semanalmente, via aérea. Desta forma depois da comoção que sentia o mulheril vendo os dois astros, souberam da presença física dos heróis na terrinha. Correu todo mundo para a Estância, o bairro dos estúdios da TV Ceará. Foi um escândalo. Os homens ficaram apavorados.

Foram salvos por Aderbal Freire, dirigindo seu “possante” Prefect, um carrinho tão pequeno que era apelidado de cachorrinho pelos fortalezenses. Foi difícil acomodar os artistas no minúsculo veí-culo, pois eram grandões, principalmente fazendo comparação com nós, aracatas e baixinhos do Ceará. Assim, eu, que nem o Aderbalzinho, vou cultivando as ilusões que restam e estas mal traçadas linhas fazem parte dessas ilusões...

(*) Narcélio Limaverde (Fortaleza) jornalista, escritor, apresentador de rádio e televisão

Cearenses participaram em São Paulo da Caravana do Cordel

O Memorial da Amé-rica Latina, Os Carava-neiros, a Editora Luzeiro e a Editora Nova Ale-xandria promoveram para a Festa de Aniver-sário de 03 anos da Cara-vana de Cordel, O mundo do Cordel para todo Mundo!

Programação:*Feira de Cordel – Exposição de Xilogravura; *Lan-

çamentos de folhetos – Prêmio MINC – Edital Patativa do Assaré; *No Reino dos Imbuzeiros – Aldy Carvalho; *Rino o rato roeu a roupa do rei de Roma – Cleusa Santo; *A saga de Berenice com seu boizinho encantado – João Gomes de Sá; *Os três fios de cabelos de ouro do diabo - Josué Gonçalves de Araújo; *O martírio de uma mãe pelo filho drogado - Varneci Nascimento

Livros*Vida e Obra de Gonzagão, de Cacá Lopes - Ensi-

namento Editora - Brasília-DF; *Apontamentos para história do cordel brasileiro. Aderaldo Luciano - Conhe-cimento Editora - Fortaleza - CE; *Colcha de retalhos. Moreira de Acopiara. Editora Melhoramentos. São Paulo; *A natureza agredida pede pra ser respeitada. Editora Duna Dueto. São Paulo; Sarau Literomusical – contação de histórias

Participações:Metais Urbanos - Mesaac Nogueira (PB); Aldy Car-

valho – Cantador Violeiro (PE); Zé de Zilda – aboiador (SE); Jocélio Amaro – PB; Eufra Modesto; Demais poetas da Caravana de Cordel; XPOSIÇÃO DE ARTE PLÀSTICA; Nerival Rodrigues (PE); Onézio Cruz; Matéria enviada por Moreira de Acopiara, que vive em São Caetano do Sul/SP

Cearense a 1ª. mulher mais bem colocada no IME

Adriana Nunes, de Fortaleza, é exemplo da força da cidade nas seleções militares.

A cearense Adriana Nunes Sales Lima, de 19 anos, conseguiu quebrar um tabu que já durava 15 anos: ser a primeira mulher a conquistar a maior pontuação geral (ativa e reserva) no vestibular do Instituto Militar de Engenharia (IME). Só a partir de 1996 as meninas foram aceitas na instituição. Ela, que também foi aprovada para o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, é um exemplo do sucesso que Fortaleza vem alcançando nas seleções mais difíceis do Brasil. No ITA, um terço dos aprovados vieram da cidade. No IME, esse número foi de 28%.

As notas de Adriana são impressionantes. Em mate-mática, ela ficou com 9, em física, 9,2, e em química, 9,9. Ao contrário da maioria dos estudantes, ela reconhece que sua maior dificuldade é português, em que ficou com 7,9. A rotina para conseguir o resultado expressivo foi bastante puxada.

“Do meu colégio, 17 pessoas foram aprovadas só para o ITA. Durante o último ano, eu estudei de segunda à sexta, de 7h às 22h. No sábado, fazia simulados e depois continuava estudando com amigos. Só no domingo é que descansava um pouco, mas não parava totalmente. Desde o início do ensino médio eu queria os militares. Meu objetivo era engenharia e soube que eram as melho-res instituições. Mas realmente não esperava o primeiro lugar”, conta Adriana.

O diretor do Colégio Farias Brito, em Fortaleza, onde Adriana estudou, Tales de Sá Cavalcante, diz que a menina sempre teve muito potencial e foi uma ótima aluna. Ele atribui o resultado expressivo dos colégios da capital cearense a intensa competição entre eles por resultados.

“Começamos o investimento na preparação para os militares há uns 15 anos e depois outras escolas tam-bém fizeram esse trabalho. Nossa participação é muito expressiva nas olimpíadas escolares, principalmente na área de exatas.Até o ex-ministro de Ciência e Tecnolo-gia, Sérgio Rezende, me perguntou em uma solenidade qual era o nosso segredo” afirma o diretor.

No ITA, a segunda cidade que mais aprovou alunos foi São José dos Campos,município que é a sede do ins-tituto e tradicionalmente possui altas taxas de aprovação. O custo de vida na cidade mais baixo do que no Rio pesou na escolha de Adriana, que, apesar do primeiro lugar, trocou a Praia Vermelha pelo interior paulista. Apesar do orgulho, a família já sente saudade, que será um pouco amenizada pelos amigos.

No Enem, polêmica na cidade - Contudo, os co-légios de Fortaleza não apareceram no noticiário só com boas notícias. O Colégio Christus, um dos mais tradicionais da capital e concorrente do Farias Brito, foi o epicentro do vazamento de questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011,durante a aplicação de um pré-teste realizado para calibragem do nível de dificuldade. Apesar de a escola negar envol-vimento, investigações apontam que um professor do colégio esteve envolvido com o crime. Os alunos tanto do colégio quanto do cursinho do Christus tiveram as questões vazadas anuladas.

(O Globo, Rio de Janeiro/RJ - 6/11)

BNDES aprova R$ 52,8 milhões para a J. Macêdo

• Recursos serão investidos nas unidades baianas de Salvador e Simões Filho

O BNDES aprovou financiamento no valor de R$ 52,8 milhões para a J.Macêdo S/A. Os recursos serão aplicados em melhorias na armazenagem de trigo e no empacotamento de biscoitos nas unidades baianas de Salvador e Simões Filho.

Na capital, o projeto prevê a construção de silos de concreto para armazenagem de trigo na unidade de moagem. Também será contemplada a modernização do sistema de empacotamento de biscoitos na fábrica de Simões Filho, na região metropolitana, com a aquisição de equipamentos nacionais.

Fundada em 1939, em Fortaleza, a J.Macêdo é uma das maiores empresas do setor alimentício do País. Produz farinhas, fermentos, massas, misturas para bolo, biscoitos e sobremesas e atua com marcas como Dona Benta, Sol, Petybon e Brandini.

Além de Salvador e Simões Filho, a empresa tem unidades fabris em São Paulo, São José dos Campos (SP), Pouso Alegre (MG), Maceió e Cabedelo (PB). Considerando unidades fabris, moinhos, escritórios e centros de distribuição, está presente em 13 Estados brasileiros.

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Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br7 Janeiro/12

Leituras IIVamos exibir nossa cultura,

sem vergonhaWilson Ibiapina (*)

O jornalista Macário Batista con-tou-me que ao passar recentemente por Lisboa teve uma surpresa agradá-vel. Ao visitar uma feira internacional de livros que estava acontecendo na capital lusa, ouviu o serviço de som da feira tocar durante horas músicas nordestinas na voz de Luiz Gonzaga. Uma coisa realmente surpreendente já que no Ceará você dificilmente vai ter a oportunidade de ouvir a boa música regional em festas, bares, restaurantes da orla, nos hotéis, parques, seja lá onde for. Parece que temos vergonha de exibir o que é nosso.

Não tem sentido a música interna-cional que os cearenses exibem aos visitantes. Também música baiana é coisa dos baianos como samba é dos cariocas, frevo de pernambucanos. O aeroporto internacional de Forta-leza não tem um só CD do Fagner, do Fausto Nilo ou de qualquer um outro cantor da terra ou da região Se tem não toca. Os Cds dos artistas da terra sumiram até da loja de discos do Pinto Martins.

Quando a gente chega a uma cida-de quer conhecer a comida, a música, os costumes, o sotaque, enfim pene-trar naquela comunidade, sentir sua força cultural.

Lustosa da Costa conta em seu livro “Crônicas para o entardecer” que um cidadão, no interior, ao se confessar numa igreja, diz ao padre que seu pecado é ser orgulhoso. O padre quer saber se ele é culto.- ” Não? Então você não tem nada de orgulhoso, você é um besta!”

Meu Deus como tem gente besta nesse nosso Ceará. Pessoas que se envergonham do lugar em que nas-ceu, escondem os pais por serem humildes. Quando melhoraram de vida, esquecem os amigos de infância como se quisessem apagar o passado. E passam a desprezar a tudo que é da terra, valorizando coisas banais de outras praças, como se aquele comportamento lhe desse status de pessoa nobre, sabia.

Vamos valorizar o que é nosso. O turista precisa saber quem somos, o que somos, como somos. Aposto que ele vai gostar e muito. Vamos deixar de ser orgulhosos, ou melhor, chega de ser besta.

(*) Wilson Ibiapina (Ibiapina) jornalista

HistóriaUm depoimento de Osmar Alves de Melo

Brasília, agosto de 1983

Eu sou da terra da casa de taipa,De chão batido ou não,De estrutura de varas, recobertas de

barro:Minha casa só tem duas portas, A da entrada e a da saída E uma janela pequenaQue mal cabe meu rosto, Sou nordestino, sou do sertão.

Minha cama é de varas,Sua utilidade é limitada:Nela eu amo e faço filhos,Mas durmo na redeEm redes sobre redes,Dorme a família inteira Dois e três em uma,Promiscuidade total.

Minha mesa é um tronco de madeira,Madeira tosca de aroeiraCheio de nós, roliço,As cadeiras também são troncosE para que eu encosto?Pois meu encosto é o cabo da enxada,Da roçadeira ou do machadoQuando a fome me atormenta,Quando a sede me arrebentaQuando o calor me abrasa.

Não tenho luz em casa.Só a do sol.Não tenho água.Só a do açude Ou da cacimba.A mesma luz e a mesma Água que o boi tem direito,Que a cabra bebe, Em que se lava o cavalo do patrão.

Doutor, não venha com sofisticação,Escola é coisa p´ra rico,Meu bisavô já sabia dissoA meus filhos, eu e minha mulher,Não cansamos de ensinar-lhes:Escola de pobre é cabo de enxada.Se passa na lição,Aprende a letra do aboio, Mas isso já é luxo.

E, todavia, eu vim primeiroNa caravela de Cabral;Tomei posse da terra,Fiz a paz com os índiosConvivi, ombro a ombro, com os

negros,Fiz mistura das três raças.Depois, chegaram homens lourosCom brancos, indústria, comércio,E os documentos da propriedade.

Embora armado de histórica razão,Fui expulso de meu chão;

Proibiram-me plantar a mandioca,E senti escassear a farinhaO milharal invadido pelo gadoE iniciou-se a falta do pãoMinhas cabras, mortas por cãesE dei adeus às proteínas.Abateu-se a fome sobre minha gente.Tive que juntar os cacarecos e fugir.

Na fuga, fui plantando cruzesÀs margens das entradas poeirentas:Marquei com o sinal de DeusCada um que ia morrendo.Os mais taludinhos, que resistiramAo calor, à sede e à fome,Formaram, comigo e minha mulher,O rebotalho das cidades grandes.

Lancei as sementes das favelas;Plantei mocambos a mãos cheias;Vi crescer os barracos nas encostas;Ocupei as margens dos riosCom casebres de madeira,Cresci e multipliquei-meComo planta daninha.

Vi surgir a civilização do morro;A integração social se impôs:Negros, brancos, mulatos, mestiçosCafusos, índios, união de todas as

raças,De todos os credos e ideologias,Vi conviver como irmãos,No trabalho e na busca do pão.

Nos barracos de zinco das favelas,Vi surgir a cultura do morro:Meu samba cadenciado, minha canção

ritmada,Desceu, incontrolável, as encostas.Ocupou os salões granfinos,Espalhou-se por toda parteE reinou na avenida.

Mas, de novo, o homem louro,Alto, forte, de gestos educados,O homem de nome complicado,Sem origens ibéricas, ameríndias ou

africanasOu o fruto da união das três raças,Surgiu dos centros das cidadesE, no lugar do meu barraco,Construiu a arranha-céus.

No lugar do meu casebre, plantou jardins,

Construiu praças, avenidas e ruasE, logo, houve água, luz, esgotos,Escolas, hospitais, supermercados,Enfim, tudo que desejeiE sempre me foi negadoOu sempre foi adiadoPor falta de recursos públicos.

Mas, senhor, eu construí este país,Plantei os canaviais do Nordeste,Comandei o ciclo do couro,Desenterrei o ouro das Minas Gerais,Plantei os cafezais do Sul,Abri estradas gigantescas,Colhi a seringueira da Amazônia,Plantei cidades no Planalto,Estive presente em cada obra.

Por que, então, tanta injustiça,Tanta crueldade revoltante,Tanto esbulho à minha gente,Que já não se faz presente,Nos órgãos de direção deste país?Por que, Senhor, ao meu povoReservam às funções mais humildes,De servente a porteiroDe boiadeiro a pedreiro,Se somos a maioria?

Por que, Senhor, tanta dor Tanto sofrimento, fome, morte?Por que tanta desolação?Por que deixais, Senhor,Que de cada 100 inocentes que nascem25 retornem ao pó dos cemitérios?Por que, Senhor, tanto castigoSe minha terra é fértilE se estéreis são os que a dominam?

Estou cansado de fugir Como ave de arribação Sem lugar para morar,Escravo do trabalhoSem direito ao seu produto.Cansado de produzir petróleoDe apanhar algodão e oiticica,De colher cacau e moer canaPara a felicidade de poucos.

Basta de produzir riquezasPara o enriquecimento dos outros!Basta de pagar as orgias importadas!Basta de mordomias satânicas,Com meu trabalho,Com meu suor!

Basta de tanta injustiça!De hoje para o futuroOu me olham como irmão Ou proclamo a independênciaE ordeno a soberania De meu povo e território,Lançarei fora o jugo secular Porque estou decididoA não ser mais escravo,Nem submisso, nem vassaloDe ninguém.

(*) Osmar Alves de Melo (Iguatu), advogado, presidente da Casa do Ceará em Brasília. Escrito em 1983.

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Ceará em Brasília8Janeiro/12

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Leituras IIIPorque me ufano da minha aldeia

Marcondes Sampaio (*)

Homenageando Sobral:Cosmopolita, nova rica, a minha aldeiaTem torres gêmeas, isculbus, arco do triunfoE francês e inglês é o que fala todo mundo.Nas águas frias, muito salmão, trutas e mancheiasE, se duvidarem, avista-se alguma perdida baleia.Lazer é o golf, o crickert, o polo, o vôlei de areiaE olimpica piscina que o grande rio margeia,Onde, sem escamas, nadam as mais belas sereias.Na serra azulada, sua periferia, a aldeia veraneia

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O ContratoPositiva e operanteEm tom contratanteA jovem bela e interessanteExigiu do velho amanteQuero presentes de amanteEsmeraldas e diamantesUm cruzeiro fascinanteUm apê deslumbranteO jaguar mais possanteTu passivo, eu dominante.

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Previsão pro VerãoNesse verãoVoces VerãoRaios virãoTambém trovãoE insolaçãoUkm calorãoTodoso sentirãoNesse verão...Vocês verão...

Terrais e sonhosMinas asas quebradasdepenadas, ao relentoainda assim são alçadasnos terrais de vento grosso e nos sonhos em alvoroço Das entranhasMestre, será perda ou vantagem fraqueza ou sabedoriatrocar um naco de rude coragemdaimpulsiva ousadiappor um tanto de covardia/ O Pierrot/Arlequimque vive em mimSuspeito que atuam em mim um pierrot e um arlquim,O primeiro, pior fingidorqie, por ser tção assimfoge ao padrão, finge dorsorri pra escondere a dorqual alma gêmea do Arlequim.

(*) Marcondes Sampaio (Uruburetama), jorna-lista, escritor, poeta

Cid Gomes enaltece a parceria entre o Estado e empresas

Prêmio Contribuintes

A atuação do Sistema Verdes Mares, com a promoção do Prêmio nos últimos cinco anos, foi destacada por Cid

O governador do Ceará, Cid Ferreira Gomes, enal-teceu como fundamental a parceria entre o Estado e as empresas. Ele reconheceu, ainda, a relação com o Sistema Verdes Mares que, nos últimos cinco anos, ao promover o Prêmio Contribuintes, vem colaborando para aumentar a receita estadual, ajudando ao poder público a cumprir esse papel.

“O governo tem como função servir à população, para tanto é necessário investimento, o que só é possível fazer com arrecadação. Por isso é fundamental a parceria entre governo e as empresas, que recolhem e repassam os impostos, e que agora estão aqui sendo home-nageadas. Então essa parceria com o Sistema Verdes Mares também é fundamental, ao colaborar para melhorar a arrecadação e ajudar o Estado a servir à população”, declarou o governador.

Cid Gomes encabeçou o rol de autoridades presentes à festa de premiação da 5ª edição da honraria, realizada com a Secretaria da Fazenda estadual, que homenageou às empresas com maior arrecadação de ICMS no Ceará por segmento. Foram reconhecidas ainda as principais entidades que mais enviaram cupons fiscais por meio do programa Sua Nota Vale Dinheiro, um contabilista, assim como empresas cadastradas no Simples Nacional na Região Metropolitana de Fortaleza (Veja agraciados no Caderno de Negócios).

A promoção teve como patrocinadores Bradesco, M. Dias Branco, Helga Cosméticos, Banco do Nordeste e OI.

Presente à solenidade, o chanceler Airton Queiroz, em seu discurso, chamou a atenção para o fato de o governa-

dor Cid Gomes executar no Ceará um conjunto de obras que, em breve, dará ao Estado uma feição renovada.

Ele destacou ainda que a construção deste novo Ceará está diretamente vinculada à capacidade de sua arreca-dação tributária. “E, felizmente, nos últimos cinco anos, a Secretaria da Fazenda, no comando de Mauro Filho, tem anunciado recordes de receita”, disse.

Menor cargaCom arrecadação de ICMS estimada em aproxima-

damente R$ 6,8 bilhões, em 2011, o que representa um crescimento de 12,4% na comparação com o ano anterior, o Estado planeja em março deste ano continuar a sua política de desoneração tributária, reduzindo a alíquota desse imposto para mais dez produtos ou segmentos, a exemplo de material de construção para casas populares e informática.

A informação é do secretario esta-dual da Fazenda, Mauro Benevides

Filho, adiantado também, que, com essa previsão de receita o governo cearense deverá investir no quadriênio findo em 2014 cerca de R$ 13 bilhões, aproximadamente 86% a mais que o realizado no primeiro quadriênio da gestão Cid Gomes, quando foram aplicados em torno de R$ 7 bilhões.

Antes da entrega do Prêmio, o ex-ministro Ciro Gomes proferiu palestra, analisando a conjuntura in-ternacional, mostrando que o Brasil não ficará imune à crise e que esta é uma oportunidade para levar adiante as mudanças estruturais necessárias para tornar o País mais competitivo.

O evento foi encerrado com show da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano e do forró cearense de Ítalo e Renno.

Governador salienta importância do Prêmio Contribuintes ao colaborar com o poder público

no exercício de seu papel - Foto: Tuno Vieira

Secretário da Fazenda, Mauro Filho, agraciou as empresas com maior arrecadação no Estado inscritas

no Simples Nacional - Foto: Bruno Gomes

O chanceler Airton Queiroz procedeu à entrega da honraria a empresários do varejo e entidades filantrópicas

Foto: Tuno Vieira

BNB concede cartões de débito a 1,5 mi de microempreendedoresO Banco do Nordeste, seguindo orientação do

Governo Federal de promover a inclusão bancária da população de baixa renda, lançou cartões de débito com as marcas “Crediamigo”, “Agroamigo” e “Agricultura Familiar”. Por meio dessa iniciativa, o BNB contribui com a inclusão de mais de 1,5 milhão de clientes de baixa renda. Destes, cerca de 700 mil tiveram acesso a um primeiro cartão de débito.

A utilização do cartão contribuirá para a melhoria do processo de concessão de crédito para micro e pequenos empreendedores urbanos e rurais. Eles poderão movi-mentar seus recursos sem a necessidade de se desloca-ram até as agências bancárias, uma vez que muitas delas situam-se em municípios distantes de suas residências.

Com o lançamento do Cartão de Débito para os

segmentos de microfinanças urbana e rural, os clientes passam a ter acesso aos terminais de autoatendimento do Banco do Nordeste, com a possibilidade de realizar compras dos insumos necessários para seus negócios, diretamente nos milhares de estabelecimentos comer-ciais, sem nenhuma tarifa adicional.

Segundo o presidente do Banco do Nordeste, Juran-dir Santiago, “a Instituição, como parte integrante do Governo Federal, segue as diretrizes e políticas públicas orientadas pela presidenta Dilma Russef, centradas na inserção da parcela da população que se encontra abaixo da linha de pobreza. A inclusão bancária proporciona acesso ao crédito produtivo orientado, contas correntes e a utilização de ferramentas modernas para movimen-tação de recursos e aquisição de insumos

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Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br9 Janeiro/12

Leituras IVHistória do Ceará de todos nós, presentes e ausentes

JB Serra e Gurgel (*)

Em 1534, dom João III criou a Capitania do Ceará, a menor de todas. Compreendendo 40 léguas de extensão ao longo do litoral do rio da Cruz (Camocim) e Angra dos Negros (Jaguaribe). O donatário, Antonio Cardoso de Barros, aqui não apareceu.

Em 1603, no governo de Diogo Botelho, 8º governador geral do Brasil, no reinado de Felipe III, Pero Coelho de Sousa, obteve a patente de capitão-mor e tentou conquistar o território do Ceará. Malogrou.

Em 1607, os jesuítas Francisco Pinto e Luiz Figueira ob-tiveram permissão de Diogo Botelho e chegaram a Ibiapina.

Em 1612, Martim Soares Moreno chegou ao Ceará com um clérigo e seis indígenas. Construiu um forte na barra do Rio Ceará a quem deu o nome de São Sebastião. Malogrou também.

Em 1617 Martim retornou ao Ceará e organizou a vida colonial.

Em 1621, a capitania do Ceará foi anexada a do Ma-ranhão.

Em 1637, expedição holandesa com 126 homens se apoderou do forte São Sebastião.

Em 1649, Matias Beck se apossou da capitania e ergueu o forte de Shoonemborch, hoje fortaleza Nossa Senhora da Assunção.

Em 1654, terminou o domínio holandês no Ceará.Em 1656, a Capitania do Ceará foi desmembrada da do

Maranhão e anexada a de Pernambuco.Em 1699, foi criada a 1ª. vila do Ceará, vila São José do

Ribamar, próxima do forte de São Sebastião, no reinado de dom Pedro II, sendo governador geral, Francisco Gil Ribeiro, o 80º governador geral do Brasil, elegendo-se vereadores e juízes ordinários.

Em 1701, a sede da vila foi transferida para a barra do rio Ceará.

Em 1713, foi transferida para Aquiraz, por ordem régia de dom João V.

Em 1926, sendo capitão-mor Manuel Frances, foi ins-talada a administração judiciária, contando a comarca com 19 ouvidores.

Em 1718 e até 1721, eclodiu a contenda entre os Montes e os Feitosa, por causa de sesmarias, com guerra aberta pela posse das terras.

Em 1765, o Ceará contava com 835 fazendas de gado e 125,878 habitantes.

Em 1799, o Ceará se tornou capitania independente, pela carta régia de d. Maria I, de 17 de janeiro, cessando a dependência de Pernambuco. Neste período, foram 39 capitães-mores. Assumiu como 1º governador chefe de esquadra Bernardo Manuel de Vasconcelos, que colocou baterias na enseada do Mucuripe, organizou um corpo de milicianos, edificou as povoações de Arronches, Messejana e Soure, instituiu a Junta da Real Fazenda e iniciou comércio direto com Lisboa.

Em 1808, com a chegada da família real portuguesa, assumiu como 3º governador, o fidalgo da Casa Real Luiz Barba Alardo de Meneses, que intensificou o comércio e a nevagação com a Europa, implantou a indústria algodoeira e realizou o censo.

Em 1812, o 4º governador, Manuel Inacio de Sampaio, construiu a fortaleza de Nossa Senhora da Assunção.

1817, a revolução pernambucana teve conseqüências no Sul do Ceará, o Cariri, com a Proclamação da República no Crato, e envolvimento do sub-diácono José Martiniano de Alencar, seu irmão Tristão Gonçalves de Alencar, e sua mãe, Barbara de Alencar. Os 25 rebelados foram presos, levados para o Recife e Salvador.

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Em 1822, com a proclamação da Independência, as Câmaras de Quixeramobim, Aracati, Russas e Icó manifestaram-se pela República. Houve resistências ao domínio português por parte de Pereira Filgueiras, Tristão Gonçalves de Alencar e Joaquim Pinto Madeira, que consideraram “decaídos o Imperador do Brasil e a dinastia de Bragança!”.

Em 1823, a vila de Fortaleza foi elevada a cidade de Fortaleza de Nova Bragança.

Em 1824, o tenente coronel Pedro José da Costa Barros foi nomeado 1º Presidente da Província do Ceará. Fil-gueiras e Tristão depuseram-no e o embarcaram de volta ao Rio de Janeiro. Consolidou-se a adesão do Ceará à Confederação do Equador, proclamada em Pernambuco, sufocada pelo coronel Francisco de Lima e Silva e uma divisão naval com 1.200 homens sob o comando de Lord Cochrane. Costa Barros voltou ao Ceará.

Em 1831, com a abdicação de dom Pedro I, nova sedição irrompeu no Crato com o coronel de milícias e caudilho Joaquim Pinto Madeira, que acabou se rendendo ao general Labatut com 1.690 seguidores. Os líderes foram mandados para uma prisão em São Luiz e voltaram ao Crato para julgamento, tendo Madeira sido condenado à morte. Não aceitou ser enforcado e acabou fuzilado.

Em 1834, o padre José Martiniano de Alencar assumiu o governo e instalou a 1ª. assembléia provincial.

Em 1864 e 1865, na presidência do dr. Lafyette Rodri-gues Pereira, o 27º, o Ceará mandou 5.802 homens para a Guerra do Paraguai, como “voluntários da Pátria”.

De 1605 a 1944, o Ceará foi flagelado por 27 calami-dades climáticas. De 1841 a 1889, o Ceará foi governado por 43 presidentes nomeados pelo Imperador Pedro II.

JB Serra e Gurgel (Acopiara), jornalista e escritor, com base em Cruz Filho

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Ceará em Brasília10Janeiro/12 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Governo do Distrito Federal aprovou o Projeto Fausto Nilo que marcará a refundação da Casa do Ceará em Brasília e sua inserção no Projeto

Urbanístico, Paisagístico e Turístico de Brasília

O Governo do Distrito Federal, através da Ad-ministração de Brasília,

aprovou o novo projeto da Casa do Ceará em Brasília, o chamado Projeto Fausto Nilo. A edificação do conjunto dos componentes arquitetônicos da Casa do Ceará resulta-rá em uma área construída de 7.730,38m² (sem incluir o subsolo de garagem) e, 11.840,25m² (com a inclusão do subsolo de garagem), distri-buídos entre lugares relacionados com as seguintes ativi-dades principais: lugares de recepção; abrigos; varandas; lojinhas; livraria; biblioteca; memorial; teatro-auditório comunitário; lugares de reuniões, banquetes e pequenos congressos; áreas de exposições; escritórios de adminis-tração; clínicas e laboratórios; serviços de apoio; serviço odontológico; instituição de permanência para idosos; ateliers; lanches e bebidas; áreas poli-funcionais; salas de aula; salas de informática; áreas de equipamentos; academia de ginástica; sanitários; vestiários e serviços de apoio. Atualmente, a Casa conta com 6 mil metros quadrados de área construída.

O Projeto Fausto Nilo foi deflagrado em 31.10.2007, quando o arquiteto, urbanista e paisagista esteve na Casa do Ceará e apresentou idéias para a construção de uma nova Casa. Em 13.11.2007, em reu-nião da Diretoria Executiva e Conselho Fiscal, o então presi-dente da Casa, Fernando César Mesquita, lançou o Projeto Fausto Nilo.

Em 1º.03.2008, a Assem-bléia Geral Ordinária da Casa do Ceará foi informada da “reestruturação física da Casa”. Em 15.04, Fausto Nilo apresentou o que classificou “relatório incluindo as aná-lises pertinentes, aos usos potenciais da gleba da Casa do Ceará, em Brasília”. Em 11.08, a Assembléia Geral Ex-traordinária da Casa do Ceará aprovou alienação e ou permu-ta de imóvel de propriedade da Casa do Ceará em Brasília. Em 11.05.2009, foi publicado no Diário Oficial do Estado do Ceará o termo do Con-vênio que entre si celebram o Estado do Ceará , através da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS e a Casa do Ceará em Brasília, a elaboração do projeto arquitetônico, da sede da Casa do Ceará em Brasília, pelo arquiteto Fausto Nilo, de acordo com Plano de Trabalho.

Fernando César Mesquita ex presidente e atual 1º vice--presidente da Casa, assinalou a sensibilidade do governa-dor Cid Gomes, presidente de honra da Casa, que através do Convenio com a STDF possibilitou a elaboração do Projeto.

As exigências do GDF levaram a diversas prorrogações

do Convênio com o Governo do Ceará, nos limites legais. A Casa estava legalmente impe-dida de concluir o Projeto sem a aprovação do GDF. A Casa do Ceará inclusive já prestou contas dos recursos recebidos da STDS. Foram efetivamente gastos R$ 403.680.99, sendo devolvidos à Secretaria a im-portância de R$ 145.012,31, diferença do valor principal e transferência integral dos ren-dimentos obtidos no período.

Com a aprovação do projeto pela Administração de Brasília, a Casa do Ceará deverá se articular para licitar a gleba que será vendida e conseguir os recursos para a implantação do Projeto Fausto Nilo.

Projetos feitosA seguir estão relacionadas as atividades técnicas que

contribuíram na elaboração do projeto:Estudos geotécnicos (sondagens para implantação de

estruturas de construções, determinação do nível freático e absorção do terreno);

Levantamento topográfico plani-altimétrico com locali-zação das árvores existente, bem como da estrutura física do ginásio esportivo localizado na gleba;

Projetos de estruturas de concreto;

Projetos de estruturas me-tálicas;

Projetos das instalações hidráulicas, sanitárias, de dre-nagem e de águas pluviais;

Projeto das instalações de prevenção e combate a in-cêndio;

Projeto das instalações elé-tricas e de força;

Projeto das instalações de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP);

Projeto de climatização das edificações, exaustão e ventilação;

Projetos de telefonia, lógica, internet e comunicações em geral;

Projeto de sonorização, acústica e mecânica cênica;

Projeto industriais de cozi-nhas, lavanderias, despensas e refeitórios dentro do conceito de apoio logístico, especial-mente para a Casa dos Idosos.

Projetos de segurança ele-trônica e automação;

Caderno de encargos, quan-titativos, memoriais, orçamentos e cronogramas.

Na próxima etapa de conclusão executiva estão previs-tos os seguintes projetos complementares:

Projeto de arquitetura de interiores e lay-outs de mo-biliário funcional;

Projeto do interior do Teatro, incluindo aspectos de Tratamento Acústico, Luminotecnia e Mecânica Cênica.

Projeto de paisagismo;Projeto de comunicação visual;Projeto de sistemas de irrigação, fontes e lagos;

Leituras VAcopiara x Iguatú

Rixas, tricas e futricasCarlos José Gurgel (*)A briga vem de longe e não tem nenhum sentido. Não

existe disputa político ou intriga familiar ou algum fato concreto que justifique tal rivalidade. A disputa entre cidades vizinhas é até normal e não é nenhuma novidade. O fato é que essa velha disputa entre Acopiara e Iguatú é histórica e recheada de fatos pitorescos. Sou natural de Acopiara, mas morei pouco tempo lá. Era muito pequeno, apenas com cinco anos, quando meu pai fugindo da seca de 58 e dos seus reflexos sociais e econômicos e das difi-culdades para criar os filhos, veio morar em Fortaleza. A partir dessa mudança eu somente retornava para Acopiara durante as férias escolares. Como minha mãe era natural de Iguatú e até hoje tenho família e parentes por lá, também passava parte das férias escolares nessa cidade vizinha. Ficava dividido, mas invariavelmente passava as férias no interior. Iguatú ou Acopiara? Era o grande dilema. E por conta da “dupla cidadania” sofria dos dois lados. Se estivesse em Acopiara tinha que agüentar as brincadeiras e os xingamentos contra os moradores e as mazelas da cidade de Iguatú. Se ao contrário, pior ainda, pois era acopiarense nato. Não aliviavam nas brincadeiras e por vezes na humi-lhação dos conterrâneos e nos comentários maldosos sobre minha pequena cidade natal. Nem mesmo meus primos do Iguatú tinham qualquer compaixão. Baixavam o sarrafo, como se diz. E eu lá, sem saber para onde correr. Defendia, argumentava, justificava e de nada adiantava. Nunca levava vantagem diante da evidente desvantagem.

Em que pesem as discussões e os constrangimentos sofridos por conta dessa rivalidade, nem por isso me afastei das cidades. Ao contrário. Sonhava durante todo período letivo com as férias “nos matos”, como chamavam pejorativamente meus amigos da capital e se referindo às duas cidades. Bem, nesse caso menos mal, afinal não dava para comparar Acopiara ou Iguatú com Fortaleza. Capital é capital, e não se discute. Mas na minha visão, prioridade e vontade nem passava perto a idéia de ficar em Fortaleza durante as férias. Fazendo o que dentro de casa? O bom mesmo era no interior, lá nas brenhas, como se falava. E era esse o entendimento dos meus primos e demais estudantes que tiveram a mesma sina de ter que morar e estudar na capital. O sonho da liberdade total e sem qualquer compro-misso com horários. Festas e mais festas, pescarias, caça-das, bebedeiras e tudo que é diversão. Jogar bola, sinuca, baralho e até pedra no telhado do vizinho. Tudo valia para passar o tempo. Até dormir de dia para virar a noite nas farras. E tudo isso durante quatro meses. É muito? Que nada. Era isso mesmo e eu ainda achava pouco. Naquela época, acreditem, as aulas transcorriam em períodos bem definidos assim como as sagradas férias. As férias eram gozadas em dois períodos: no meio do ano, no mês de julho e no final do ano, nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Isso para quem passava por média. Para quem ficava em recuperação vinha o castigo. Perdia o mês de dezembro com aulas de reforço e provas. Um martírio para quem aguardava ansiosamente a viagem para o “paraíso” depois de quatro torturantes e intermináveis meses de aulas.

Mas retomando as históricas disputas, relembro algu-mas das infames brincadeiras e insultos trocados entre os moradores das cidades. Por conta da sua acidentada geo-grafia, a maioria das ruas em Acopiara possui acentuadas subidas e descidas, as chamadas ladeiras. A turma do Iguatú aperreava dizendo que para se tomar sopa em Acopiara era necessário calçar o prato com um tijolo senão a sopa entor-nava. Pronto, tava feita a confusão. A turma de Acopiara devolvia dizendo que em Iguatú tinha uma vantagem, não precisava esquentar a sopa para servir. Bastava colocar a sopa na janela que ela fervia, em alusão ao calor infernal reinante na cidade. As discussões chegavam ao ridículo de comparações tipo qual era a cidade em que mais se bebia, em qual mais se brigava, qual tinha o pistoleiro mais valente e cruel, entre outras inutilidades.

(*) Carlos José Gurgel (Acopiara), engenheiro.

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Ceará em Brasília acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br 11 Janeiro/12

Page 12: Jornal Janeiro 2012

Ceará em Brasília12Janeiro/12

veja o site do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br

osmar baquit

Leituras VIMeus cinco livros

(*) Lustosa da CostaIndagem me sobre e os cinco livros de minha prefe-

rência. Digo que saio “Contraponto”, de Aldous Huxley,” Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis,”Os Maias” de Eça de Queiroz, “O Pai Goriot”, de Honore de Balzac e “O ano da morte de Bras Cubas”, de José Saramago.Vou falar deles sem os consultar, fiado apenas no prazer que me deixaram e na memória que ficou deles na minha cabeça.

AldousEncontrei, na estante de Agenor Rodrigues, pai de

Helio, em Sobral, livros que me fascinaram.Um deles me empolgou pela erudição e, principalmente, pelo viver dos aristocratas e milionários, ate parentes, geralmente amigos do Aldous Huxley. Era menino. Nem chegara aos dezoito anos mas me sentia superior aos outros por tal leitura e pela convivência que o autor me proporcionava. Quando me submeti a curso para trabalhar na TV Ceará, em 1960, foi baseado num episódio deste romance, a morte do líder fascista inglês por Sprandell, personagem, provavelmente calcado em Baudelaire que me inspirei.

EçaNo Seminário tinha escondido da censura dos frades

franciscanos que nos educavam “A Cidade e as Serras”, livro, a meu ver, inocente. Quando sai do internato, deli-ciei me com A Ilustre Casa de Ramires”. Agora, na idade madura, regalei me com Os Maias, tanto assim que dei o nome de Carlos Eduardo a meu caçula. Gostei mais da cruel descrição da ociosa sociedade portuguesa daquele tempo na qual sobreleva o velho Maia, dono do Ramalhete, que mesmo a estória do incesto de Carlos Eduardo com a irmã, transformada, pela vida,em mulher de muitos amores.

MachadoLi principalmente os livros mais bem falados de Macha-

do de Assis. Aquele de que tenho saudades, cuja filosofia de vida muito me ensinou foi “Memórias Postumas de Bras Cubas”. Entre outros jamais pude esquecer a gorjeta que ele dei a um almocreve que o salvara da morte certa, depois de perder o controle da montaria. Começou pensando em lhe dar as moedas de ouro que trazia no bolso, importantes, sim, não tanto quanto sua vida. Depois as de prata. Termina por premiar o outro com as moedas menos valorizadas que ele beija,a o recebe los deixando, no doador, a impressão de que foram exagerado, fora prodigo em assim recompensar quem lhe salvou a vida.

BalzacNunca pude esquecer “O Pai Goriot”, de Balzac, nem

mesmo o cheiro da Pensão Vaucquer com seu herói Ras-tignac, as filhas do velho morador que sustentava seu luxo, a sociedade parisiense, e Vautrin, bandido, travestido não sei se de padre.

SaramagoJosé Saramago, que me chama de amigo em um dos

cadernos de Lanzarote, dizia achar que o livro de sua autoria de que eu mais gostava era “O ano da morte de Ricardo Reis”. Realmente, o cortejo entre a ditadura de cá e a de la volta de Ricardo a Lisboa, sua hospedagem no Hotel Bragança, seu flirt com a mocinha de mão paralítica que vinha a capital consultar o médico e o pai fazer bem às mulheres da vida fácil, tudo isto me inebriou.

Minha formaçãoCostumo dizer que não tive formação intelectual organi-

zada, disciplinada, como o Paulo Elpidio, criado pelo avô advogado e escritor, com assistência de Djacir Menezes,um dos grandes nomes das ciências sociais do país. Ou como Juarez Leitão, filho de padre, eis que adotado pelo tio, padre Francisco Soares Leitão que quando queria puní-lo com alguma falta, obrigava-o a decorar duas a três páginas de Cesare Cantu. Logo depois, no Seminário, obteve a simpatia do padre poeta Oswaldo Chaves, figura lendária da cultura sobralense.

(*) Lustosa da Costa (Sobral), jornalista e escritor

Fortaleza vira canteiro de obrasAté 2014 RS 30,0 bi de investimentos

Até o fim de 2014, estão previstos no Ceará, entre recursos federais e privados, mais de R$ 30 bilhões em investimentos. “A verba abrange áreas como mobilidade urbana e educação, capacitação, transporte, moradia e urbanização”, diz o governador do Estado, Cid Gomes.

Somente em 2011, foram feitos, até outubro, aportes privados de R$ 83,3 milhões na implantação de 20 novas empresas. O setor de construção civil também comemora um crescimento de 6% nos negócios, com mais de 500 canteiros de obras abertos na capital e na Região Metropolitana de Fortaleza. Companhias cearenses como a BSPAR Incorporações e a rede de farmácias Pague Menos apostam em planos de expansão para outros Estados.

Segundo Roberto Ferreira, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), de janeiro a junho de 2011 foi registra-do mais de R$ 1 bilhão em volume de vendas de imóveis. “O setor corresponde a 14% do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará e deve fechar o ano com um crescimento

de cerca de 6%, ante 2010.” O Sinduscon-CE reúne 500 empresas.

Há mais de 580 canteiros de obras em Fortaleza e na Região Metropolitana, segundo Ferreira. Até agosto, o setor empregou quase 60 mil trabalhadores no Ceará. “O mercado imobiliário do Nordeste apresenta crescimento devido ao aumento do crédito, da elevação da taxa de emprego e dos salários da classe média”, afirma Beto Studart, presidente da cearense BSPAR Incorporações, com quatro anos de atividade. Em 2010, a empresa ven-deu cerca de R$ 115 milhões em unidades residenciais. A previsão é crescer 8,5% neste ano.

A expansão territorial também está nos planos da rede cearense de farmácias Pague Menos, com 12,9 mil funcionários, sendo 3,6 mil no Ceará. A empresa faturou R$ 2,2 bilhões em 2010 e deve fechar 2011 com um faturamento de R$ 2,8 bilhões, segundo Mário Queirós, diretor de planejamento e relações com investidores.

Por Jacilio Saraiva | Para o Valor, de Fortaleza, Valor Econômico - 19/12/2011

Obras de mobilidade da Prefeitura para a Copa custarão R$ 261 miMaior parte do dinheiro, R$ 206,6 milhões, sairão da

Caixa Econômica FederalO valor previsto para as obras de mobilidade urbana

da Prefeitura de Fortaleza para a Copa do Mundo de 2014 é de R$ 261,5 milhões.

Do custo total, R$ 206,6 milhões são destinados pela Caixa Econômica Federal. Os R$ 54,9 milhões restantes serão custeados pela própria Prefeitura. O valor do Tesouro municipal inclui o que será gasto com desapropriações e indenizações.

O prazo de conclusão de todo o pacote de obras é agosto de 2013.

A primeira via a passar por reformas será a Via Ex-pressa, entre as avenidas Abolição e Alberto Sá. Estão previstas ainda intervenções que se estendem até a Raul Barbosa, no fim da Via Expressa, o que contemplaria toda sua extensão.

A reforma inclui fresagem (raspagem do asfalto), recapeamento e sinalização. A conclusão dessa primeira etapa está prevista para julho de 2012.Os serviços, que seguem o mesmo padrão Transfor, As obras ocorrerão preferencialmente durante a noite ea interdição será parcial, com bloqueio de uma faixa de cada vez. Não haverá, portanto, desvio de trânsito ou linhas de ônibus.

As obras fazem parte da primeira licitação de mobi-lidade realizada pela Prefeitura, no valor de R$ 145,03 milhões.

Estão incluídas também as mesmas intervenções nas avenidas Dedé Brasil, Alberto Craveiro e Paulino Rocha. A empresa vencedora foi a Delta.

Segundo a Prefeitura, nessas vias será implantado os Bus Rapid Transit (BRTs), mais conhecidos como corredores exclusivos para ônibus.

O cronograma prevê as próximas intervenções na na Alberto Craveiro, onde haverá alargamento de 45 me-tros (ficando com quatro faixas por sentido), e também para construção do túnel no cruzamento com a Paulino Rocha.

A segunda licitação de mobilidade, orçada em R$ 87 milhões, prevê obras na Raul Barbosa. Será construído viaduto de três andares no cruzamento com a Murilo Borges. Também prevê intervenção na Dedé Brasil, para implantação do Complexo Viário da Parangaba.

Com O POVO

Estudo para avaliar do novo Centro de Eventos do Ceará

Um estudo para avaliar os impactos do novo Centro de Eventos do Ceará, previsto para ser inaugurado neste semestre, no desenvolvimento da economia cearense será realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégica Econômica do Ceará (Ipece). O mpreendimento, quan-do pronto, terá uma área total (construída) de 176 mil metros quadrados.

O estudo vai mostrar a importância do Centro de Eventos para o desenvolvimento do Estado, conside-rando que o empreendimento proporcionará aumento da produção, geração de emprego (direto e indireto) e tributos, dentre outros, beneficiando diversos se-tores da economia. A percepção inicial é a de que o Centro deverá provocar mudança significante no setor turístico do Estado, atraindo eventos nacionais ou internacionais.

Orçada em R$ 437,4 milhões (R$ 380,8 milhões somente obras físicas, escadas e elevadores), a obra foi iniciada em agosto de 2009 e está sendo reali-zada pelo consórcio composto pelas construtoras Galvão Engenharia S/A e Andrade Mendonça S/A. O Centro é o segundo maior da América Latina, com capacidade para abrigar até 30 mil pessoas em um único evento.

O projeto arquitetônico foi inspirado em aspec-tos típicos da paisagem e do artesanato cearense. A fachada terá as cores e as formas das falésias do litoral leste e sua estrutura lembra o bordado das rendeiras.

Ao todo, são 176 mil metros quadrados de área construída em terreno de 17 hectares, 21 mil metros quadrados de jardins e 3,2 mil vagas de estacionamen-to. Também serão instalados vestiários, refeitórios, ambulatórios, banheiro família e fraldário, salas para produção de eventos, administração, segurança, briga-da de incêndio, juizado de menores, vigilância sanitária e ouvidoria. Após construído, o novo centro de eventos deverá oferecer 400 empregos diretos e 2 mil empregos indiretos, totalizando 2.400 pessoas empregadas direta e indiretamente.

Essa capacidade poderá aumentar de acordo com o porte do evento.

Com POVO

Page 13: Jornal Janeiro 2012

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br13 Janeiro/12

Maria do Céu resgatou o melhor do Choro do Ceará e as composições de Francisco Soares de Souza (Quixadá).

A dica de Ayrton Rocha dizia : “Apresento os CDs “CHOROS DO CEARÁ” e “CEARÁ DE CHORO E VALSA” gravados com as composições originais do violonista e composi-tor cearense FRANCISCO SOARES DE SOUZA” (1907-1986) e resultado de pesquisa realizada com apoio da Bolsa Virtuose do Ministério da Cultura.*

O CD “CEARÁ DE CHORO E VALSA”, tem a direção musical de Luiz Otávio Braga.

O CD “CHOROS DO CEARÁ” conta com a participação dos músicos Rodrigo Sebastian no baixo elétrico e Di Lutgar-des na percussão” Dado o recado, vejam quem são Francisco Soares de Souza e Maria do Céu.

Francisco Soares de SouzaFrancisco Soares de Sou-

za, violonista e compositor cearense nascido em Qui-xadá em 1907, deixou uma obra para violão solo de 47 composições de muito valor para a literatura violonística brasileira, tendo mesclado ritmos característicos do nordeste com a maneira erudita e carioca de tocar violão. Faleceu em Fortaleza em 1986, e até agora permaneceu desconhecido no cenário musical brasileiro. Autodidata e exímio violonista, estudou compositores eruditos e divulgou o violão como instrumento solista, através do Clube do Violão em Fortaleza, onde foi fundador e diretor artístico, promo-vendo apresentações de importantes violonistas brasileiros e estrangeiros, além de dirigir um programa de rádio voltado para o violão, na Rádio PRE-9, Ceará Rádio Club, na década de 50. Em 1961 gravou um LP intitulado “Um recital no Clube do Violão” com 10 composições suas, no Rio de Janeiro.

Francisco Soares de Souza contribuiu para o enriquecimen-to da literatura violonística brasileira e para o desenvolvimento do violão como instrumento solista numa época em que este era mais conhecido como instrumento acompanhador de cantores e conjuntos populares.

Em 2000 a violonista carioca Maria do Céu, que vinha di-vulgando algumas peças do compositor em seus recitais desde 1996, registrou no CD “CHOROS DO CEARÁ” 12 músicas. Antes do lançamento desse CD, algumas músicas haviam sido gravadas pelos violonistas Sebastião Tapajós e Cristina Azuma em coletâneas e mais tarde o violonista Nonato Luiz gravou uma peça num CD dedicado a compositores cearenses.

Esse trabalho rendeu-lhe duas premiações, por meio de Bolsas de Artes do Ministério da Cultura e do Instituto Mu-nicipal de Arte e Cultura - RIOARTE.

Assim, pôde dedicar- se totalmente à pesquisa e catalo-gação da obra musical de Francisco Soares na Universidade de Fortaleza entre 2002 e 2003. Editou num álbum as 47 composições para violão solo e mais 8 escritas para canto e piano e escreveu uma pequena biografia. Também fez grava-ções das 26 músicas inéditas para violão solo como ilustração para as partituras.

No final de dezembro de 2004 Maria do Céu convidou Luiz Otávio Braga, violonista de 7 cordas e atual Diretor do Departamento de Música da UNIRIO, para fazer a direção musical do CD Ceará de Choro e Valsa, onde gravaria mais 15 músicas inéditas selecionadas naquela pesquisa. Ele, que participou de grupos instrumentais dirigidos por Radamés Gnattali, teve a idéia de arranjar as músicas no estilo do ma-

estro, incluindo instrumentos que não são muito comuns nas rodas de choro, como gui-tarra, violino, acordeón, bate-ria, flauta, clarinete e outros. Além dele, participaram dos arranjos os músicos Jayme Vignoli e Josimar Carneiro (Água de Moringa), Paulo Aragão (Quarteto Maogani) e o violonista Nicanor Teixeira, que também participaram

como instrumentistas. Das gravações também participaram grandes músicos atuantes na área do Choro carioca como Rui Alvim, Naomi Kumamoto, Thiago Trajano, Felipe Prazeres, Lipe Portinho, Márcio Almeida, Giovana Melo, Marcelo Caldi, Fabiano Salek, André Boxexa, Clarisse Magalhães e André Acker, que produziu o CD.

Maria do CéuMaria do Céu nasceu no

Rio de Janeiro e iniciou seus estudos de violão em 1982, na Escola de Música Villa--Lobos. Durante esse ano estudou também com Odair Assad.

Formou-se Bacharel em Violão pela UNIRIO em 1988 na classe de Turíbio Santos e iniciou sua carreira profissional em 1984 com a Orquestra de Violões do Rio de Janeiro, fundada pelo violonista. Paralelamente integrou o Quinteto Clássico de Violões, também com direção de Turíbio Santos, que fez apresentações no Rio e em São Paulo, onde também participou da abertura do FREE JAZZ FESTIVAL, em 1986, no Tributo a Villa-Lobos.

Foi uma das fundadoras do grupo Água do Vintém em 1987, grupo de choro de mulheres, que ficou em atividade até 1992 e com o qual ela passou a ter contato com o Choro. Além de participar de rodas de Choro, dos arranjos para o repertório, freqüentava com esse grupo os encontros de músicos na casa do compositor Claudionor Cruz, que escrevia arranjos de suas músicas para elas e participou da apresentação na ABI no show em sua homenagem.

Em 1986 estagiou no Museu Villa-Lobos participando da catalogação das obras do compositor e dos concertos didáticos do projeto “Villa-Lobos nas Escolas”.

Como solista apresentou-se em várias cidades brasileiras, na Argentina e França. Participou dos grupos instrumentais Samburá Trio: violão, fagote (Juliano Barbosa) e percussão (Di Lutgardes); e o Caboré 3 : violão, violão de 7 cordas (Franco Caruso) e percussão (Di Lutgardes).

Pesquisa e divulga a obra musical do compositor e violonis-ta cearense Francisco Soares de Souza desde 1995. Ele nasceu em 1907 em Quixadá tendo falecido em 1986 em Fortaleza e desde então tem permanecido ausente no cenário musical brasileiro. Em 2000 lançou o CD CHOROS DO CEARÁ, no qual foram gravadas 12 de suas composições e, em 2006, o CD CEARÁ DE CHORO E VALSA com 15 músicas do mesmo compositor, selecionadas da pesquisa que realizou entre 2002 e 2003 em Fortaleza quando foi contemplada com a Bolsa Virtuose do MINC.

Este último contou com a participação de arranjadores como Luiz Otávio Braga, que também fez a direção musical, Josimar Carneiro, Paulo Aragão, Jayme Vignoli, Nicanor Teixeira, além da participação de mais 12 músicos.

Nessa pesquisa catalogou toda sua obra e editou eletronica-mente as partituras. Também escreveu uma pequena biografia do compositor. Esse trabalho encontra-se publicado no site www.mariadoceu.com.

Criação da Região Metropolitana de Sobral será votada este ano

A Assembleia Legislativa do Ceará deverá votar em 2012 o projeto de lei de autoria dos deputados Professor Teodoro (PSD) e Antonio Carlos (PT) que propõe a criação da Região Metropolitana de Sobral (RMS). De acordo com o texto do projeto, a RMS será composta pelos municípios de Sobral, Massapê, Senador Sá, Uruoca, Santana do Acaraú, Forqui-lha, Coreaú, Moraújo, Groaíras, Reriutaba, Varjota, Cariré, Pacujá, Graça, Frecheirinha, Miraíma, Meruoca e Alcântaras.

“A Região de Sobral apresenta um grau de desenvolvi-mento econômico suficiente para transformá-lo em Região Metropolitana, trazendo o fortalecimento da economia nas cidades abrangentes”, argumentam os parlamentares.

Antonio Carlos e Professor Teodoro explicam que todos os projetos e ações destinadas à Região Metropolitana acabam sendo geridos por todos os municípios que a formam. Segun-do eles, é formado um conselho deliberativo de composição e funções bem definidas. Além de alterar a paisagem urbana, a criação de uma Região Metropolitana também influencia na demanda por serviços e equipamentos, na pressão ao meio ambiente e na dinâmica da mobilidade urbana.

“Nesse sentido, ganha importância a formação e a con-solidação de conhecimentos para subsidiar um modelo de planejamento e gestão, seja no compartilhamento de custos, na racionalização dos fluxos de transportes, no enfrentamento da pobreza e da crise social. Justificam Professor Teodoro e Antonio Carlos, no projeto.

Os parlamentares destacam ainda o fato de a região ter um polo industrial muito grande, com empresas como a Grendene S/A, Fábrica de Cimento Poty, Fábrica Delrio, Café Serra Grande, e também abrigar faculdades e universidades como a Universidade Estadual Vale do Acaraú-Uva, a Uni-versidade Federal do Ceará, a Faculdade Luciano Feijão e as Faculdades Inta, bem como o Instituto Federal de Educação do Ceará-IFCE.

Alupar e Furnas investirão R$ 800 mi em dez parques eólicos no Ceará

SÃO PAULO – O consórcio formado por Furnas e Alupar Investimento pretende construir dez parques de geração eólica no município de Aracati, no Ceará, o que representa um investimento da ordem de R$ 800 milhões. Em 20.12 o consórcio vendeu 204 megawatt (MW) de energia eólica para entrega a partir de janeiro de 2016, em leilão de geração promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O preço vencedor foi equi-valente a R$ 110 por MW/h, um deságio de cerca de 5% sobre o inicial.

“Estamos investindo mais de R$ 1 bilhão em geração eólica e temos todo interesse em avaliar novas oportu-nidades”, afirmou a diretora de Plajamento, Gestão de Negócios e de Participações de Furnas, Olga Simbalista, em comunicado. O investimento faz parte da estratégia das empresas de diversificar suas fontes de geração de energia renovável.

No empreendimento, serão utilizados aerogeradores fabricados pela alemã Fuhrländer. Os equipamentos têm potência de 2,5 MW e 141 metros de altura, segundo a Alupar, os mais altos no Brasil.

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Ceará em Brasília14Janeiro/12

veja o site do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br

Leituras VIIRiacho do Machado

Newton Pedrosa (*)

O ano de 1947 começara com copioso inverno, chuvas abundantes, sobretudo, no Cariri!

Rios cheios, açudes sangrando, riachos transbordando, inundando vàrzeas e inviabilizando caminhos. As estra-das estavam intransitáveis. A profissão de meu pai, um sargento de milícia, constantemente o levava a mudar de residências e endereços, ao sabor das encrencas políticas que caracterizavam a época, onde exercia a função de policial e de delegado. Dessa vez, em mais uma viagem, estávamos trocando a cidade de Cedro pela vizinha Vàr-zea Alegre, onde por certo, temporariàmente, deitaria residência e missão. Éramos, meu pai, minha mãe, eu e dois irmãos menores. O caminhão no qual viajávamos, um Studbaker inglês, apesar de novinho em folha, arrastava-se lentamente pela estrada lamacenta, atolando aqui, ficando acolá, na esperança de chegar ao seu destino.

Eis que depois de vagarosa caminhada, nos depara-mos com o Riacho do Machado, onde não havia ponte, caudaloso e soberbo na minha visão pequena de criança, um mar sem fim. Sentimo-nos impotentes ante aquela correnteza ameaçadora, larga e extensa, ziguezagueando vales abaixo, levando de roldão galhos de àrvores, folhas, entulhos e tudo o mais que se apresentasse à sua frente e à sua passagem. Era impossível atravessá-lo e alcançar a outra margem onde um outro caminhão, um velho Ford à òleo cru, como se dizia na época, de Otacilio Correia, nos aguardava para o prosseguimento da viagem. Ao invés de esperar a àgua baixar, meu pai apelou para a improvisação local. Chamou um roceiro, perguntou-lhe se sabia nadar e pediu-lhe que medisse a fundura do riacho ou a altura da àgua. Com a habilidade e a rapidez de um peixe, o roceiro jogou-se nas àguas, alcançou a outra margem, e voltou com o braço levantado mostrando no cotovelo onde “a àgua batia,” isto é, o seu nível.

A solução então seria atravessarmos aquela àgua nos ombros de alguns nativos que faziam esse serviço em troca de algum dinheiro. Acertado o preço, montamos nas costas desses homens e fomos, nervosos e devagarinho, atraves-sando o Riacho do Machado, conhecido e famoso por suas cheias violentas. Feito isso, subimos no caminhão, que na mesma marcha vagarosa partiu em demanda da então desconhecida Vàrzea-Alegre, cidade alegre, bonita e de gente inteligente e hospitaleira. Por uns bons meses permanecemos alí, desfrutando daquele solo abençoado, deliciando-me, eu, nesses meus dias de infância alegre e travessa, em passeios por suas ruas tranquilas e seus cam-pos verdejantes e acolhedores. Lugares repousantes como o São Cosmo, dos Costas, o Sanharol, dos Primos, Serra dos Cavalos, de Zé Cardoso, e Lagoa de São Ramundo do santo padroeiro da cidade.Tudo isso fazia o meu mundo de criança ingênua e cheia de esperanças.

Se para meu pai essas viagens e mudanças constantes eram um sacrifício interminável, para mim eram motivo de alegria e uma diversão, poder viajar na carroceria de um caminhão em meio à bagagem doméstica e conhecer novas terras e novas gentes. Afinal, eu era o festejado filho do delegado. O Riacho do Machado para mim foi uma epopéia inesquecível incrustrada na minha memória para nunca mais sair.

Por isso, eu te bendigo riacho de minha infância e de minha saudade, pela tua grandiosidade, por tuas àguas valentes e barrentas, mas, sobretudo, pela ventura e aven-tura que me proporcionastes aos meus dias de menino despreocupado. Tuas àguas na minha retina são hoje as minhas lágrimas de saudade. Por alguns momentos fui um herói involuntàrio a desafiar a grandeza de tua caudal.Por alguns momentos me transformastes num Júlio César a atravessar o Helesponto.

(*) Newton Pedrosa (Fortaleza), jornalista

O segredo dos grande colégios de Fortalezaque aprovam 30% dos candidatos ao ITA de São José dos Campos

Alunos que conquistam medalha de ouro em Olimpí-adas de Matemática têm direito a uma bolsa de estudos e outras benesses em colégios premium de Fortaleza (CE). Esse é um dos atrativos oferecidos pelas escolas locais no acirrado mercado de escolas particulares da capital cearense. A disputa por alunos que obtêm notas acima da média em seus boletins escolares é liderada por quatro colégios: Ari de Sá, Christus, Farias Brito e 7 de Setembro. Os quatro colégios de grande porte, que juntos possuem 35,5 mil alunos, têm em comum o alto índice de aprovação em importantes vestibulares do país, com destaque para o ITA.

No processo seletivo da faculdade de São José dos Campos, considerado o mais difícil do país, cerca de 30% dos aprovados são procedentes do Ceará, segundo o ITA. Desse grupo cearense, a maioria é proveniente dos quatro colégios. O que leva o cearense a figurar na lista de importantes vestibulares não passa por fórmulas matemáticas complexas.

A reportagem do Valor entrevistou vários professo-res e alunos para entender os motivos que levam a esse bom desempenho. O que se constatou é que existe uma combinação de alguns fatores: professores preparados, com cursos regulares de atualização; boa formação do aluno, desde o ensino fundamental; e uma grande dose de determinação e dedicação por parte do aluno e dos familiares. Não é raro parentes contribuírem, em dinheiro, para ajudar a financiar a vida escolar de uma criança. “O cearense é teimoso”, diz Henrique Soárez, diretor e neto do fundador do colégio 7 de Setembro. “O cearense é muito obstinado.

É como se fosse o japonês da década de 70”, diz Luiz Carlos Rossato, coordenador do vestibular do ITA. “Não acredito em QI alto. Passamos na faculdade porque estudamos muito”, diz o cearense Ricardo Sa-les, 25 anos, ex-alunos do Farias Brito, formado pelo ITA. Hoje, ele trabalha em um banco de investimento americano em São Paulo. Os quatro colégios de For-taleza contam com turmas especiais a partir do ensino médio - período de três anos em que há uma forte carga horária de disciplinas de exatas e professores altamente especializados. Os salários de professores especializados que ministram aulas no terceiro ano e em cursos preparatórios para o vestibular chegam a R$ 25 mil - cifra superior a de professores universitá-rios de São Paulo. “Normalmente, os professores das turmas especiais são formados pelo ITA e convidados a voltar para Fortaleza”, diz Tales de Sá Cavalcante, presidente do Farias Brito.

A onda de aprovações de cearenses no ITA e, posteriormente, em outros importantes vestibulares começou na década de 1990 com o colégio GEO Stu-dio, que inicialmente era focado em geografia e outros cursos na área de humanas. “Até o começo dos anos 90, não havia aprovados do Ceará, chegamos a pensar em cancelar o vestibular em Fortaleza. Mas os diretores do GEO nos procuraram afirmando que iam um criar um curso focado em ITA. Dois anos depois já conse-guiram bons resultados e as outras escolas seguiram os mesmos passos”, disse o coordenador da faculdade de São José dos Campos, lembrando que o criador do ITA, Casimiro Montenegro Filho, é do Ceará. Atualmente, a aprovação em renomadas faculdades é usada como ferramenta de marketing pelas escolas.

Estas espalham outdoors e cartazes com fotos dos seus aprovados pela cidade. Os alunos tornam--se celebridades e ajudam a atrair novas matrículas. Portanto, quanto maior o número de ingressantes em universidades de excelência, maiores são as chances de a instituição de ensino crescer. Os 35,5 mil alunos do Ari de Sá, Christus, Farias Brito e 7 de Setembro representam cerca de 15% do total de matriculados em escolas particulares de Fortaleza. O Christus, envolvido no vazamento das questões do Enem deste ano, não atendeu o Valor. A disputa na cidade é tamanha que é comum o “aluno medalhista”, ou seja, aquele com grandes chances de ser aprovado no vestibular, rece-ber proposta de colégios concorrentes para que mude de escola em troca de bolsa de estudo, pagamento de transporte e alimentação, entre outras regalias.

Essa migração não é bem vista pelo mercado e nenhuma das escolas assume que adota essa práti-ca. “Esse tipo de transferência não é ética porque a formação educacional foi toda trabalhada por um determinado colégio e aí chega o concorrente ofere-cendo uma proposta pouco tempo antes do vestibular apenas para aumentar o volume de aprovados”, diz Airton de Almeida Oliveira, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe).

A forte concorrência acabou por tirar do mercado o colégio pioneiro na preparação de alunos para o ITA, o GEO Studio. “Decidimos sair de Fortaleza no fim da década de 1990 por causa da canibalização. Os outros colégios tiravam os melhores alunos da nossa escola e do colégio militar”, diz Daniel Machado, diretor do GEO, que atualmente tem um sistema de ensino em parceria com a Abril Educação e algumas escolas franqueadas com a marca GEO, em Pernambuco. Com a saída do GEO abriu-se um espaço no mercado que foi rapidamen-te ocupado por uma nova escola, a Ari de Sá Cavalcante - fruto da cisão do tradicional colégio Farias Brito.

No ano 2000, o engenheiro Oto de Sá Cavalcante, o mais velho dos cinco irmãos que comandavam o Farias Brito, saiu da sociedade para abrir sua própria escola. Na época, o Farias Brito tinha quatro unidades em Fortaleza. Duas escolas e a marca Farias Brito ficaram com os irmãos Tales, Hilda e Dayse. Oto, por sua vez, ficou com duas unidades que se transformaram em Ari de Sá Cavalcante. “Foi um processo traumático por causa da mudança da marca. Mas felizmente não houve evasão de alunos e também não precisamos reduzir o preço das mensalidades para segurar gente”, diz o dono da Ari de Sá, a segunda maior escola da cidade perdendo apenas para o colégio de seus irmãos. Segundo Oto, para evitar a evasão foram feitos altos investimentos nas unidades, cujo valor ele não reve-la. “Investi com recursos que recebi da venda minha parte em uma construtora da família, alguns imóveis e também recebi um dinheiro ao me desfazer da marca Farias Brito”, explicou.

De lá para cá, os dois colégios dobraram de tamanho. O Farias Brito saiu de 6,7 mil para 12,3 mil alunos, em dez anos, e é o único a ter uma unidade fora de Fortaleza, em Sobral. Também tem uma faculdade, com quatro cursos e 1,2 mil matriculados.

Por Beth Koike | De Fortaleza Valor Econômico 29/11/2011

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Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br15 Janeiro/12

Projeto Arquitetônico e Urbanístico da nova sede da Casa do Ceará totalmente aprovado em Brasília.

Histórico e Visão ConceitualO projeto arquitetônico e urbanístico da futura sede

definitiva da Casa do Ceará, em Brasília, foi realizado durante a gestão do Presidente Fernando César Mesquita. Sua elaboração técnica se deu a partir de convênio de coo-peração financeira firmado com a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado do Ceará e o conjunto de suas decisões foi compartilhado pelo conjunto de seus sócios representados pela Assembléia Geral.

O trabalho de planejamento foi desenvolvido por uma equipe técnica coordenada pelo arquiteto Fausto Nilo e integrada pelas seguintes equipes complementares com suas respectivas especialidades: MD Engenharia, Esturutra de Concreto Armado; RCM Estruturas Metálicas; Radnai Engenharia, Exaustão e Ar Condicionado; Pro Engenharia, Instalações Hidro Sanitárias, Comunicações e Combate a Incêndio; Oicos Paisagismo; André Grieser, Acústica; Ligth Data Engenharia, Orçamentos e Cadernos de Encargos.

Em sua visão conceitual o projeto visa atender a uma série de requisitos de serviços e conveniências, com base em um singular programa de múltiplos propósitos. Para atender a este programa o sistema físico está contextualmente planejado de forma a se beneficiar, na medida do possível, da conveniência de uma situação física inserida no contexto das vizinhanças habitacionais de Brasília. Esta condição resulta na proximida-de de um ambiente universitário, na vizinhança privilegiada de um futuro parque natural e na própria conectividade com a cidade, apoiada na boa acessibilidade por veículo motorizado e transporte público. Além disso o projeto privilegia o alcance pedestre confortável a todos os componentes físicos internos do conjunto situados dentro da gleba.

Para atingir o seu nível de êxito funcional, o conjunto vai se apoiar em um sistema de edifícios (blocos A,B,C e Academia), devidamente articulados por uma cadeia de es-paços públicos com capacidade para proporcionar conforto e boa conectividade entre as zonas de usos específicos com suas diversidades. A forma final se pretende clara, legível e atraente ao convívio dos futuros usuários.

Em parte essa configuração física também resulta do atendimento aos requisitos e exigências do código de edi-ficações da capital federal, no que tange a recuos, taxas de ocupação, taxas de projeção, taxas de permeabilidade, e outras exigências do tipo.

Dados Gerais do ProjetoA edificação do conjunto dos componentes arquitetô-

nicos da Casa do Ceará resultará em uma área construída de 7.730,38m² (sem incluir o subsolo de garagem) e, 11.840,25m² (com a inclusão do subsolo de garagem), distri-buídos entre lugares relacionados com as seguintes atividades principais: lugares de recepção; abrigos; varandas; livraria; biblioteca; memorial; teatro-auditório comunitário; lugares de reuniões, banquetes e pequenos congressos; áreas de exposi-ções; escritórios de administração; Escritório do Governo do Estado do Ceará; clínicas e laboratórios; serviços de apoio; serviço odontológico; instituição de permanência para idosos; ateliers; lanches e bebidas; áreas poli-funcionais; salas de aula; salas de informática; áreas de equipamentos; academia de ginástica; sanitários; vestiários e serviços de apoio.

Processo de Aprovação do Projeto Arquitetônico Para concretizar a aprovação do projeto arquitetônico

por parte dos órgãos de controle do Distrito Federal foram realizadas várias reuniões, apresentações e discussões com vistas à harmonização entre os conceitos e as normativas urbanísticas aplicáveis na região urbana onde se encontra localizada a área da futura Casa do Ceará. A conduta adotada pela equipe de projeto devidamente orientada pela própria Casa do Ceará foi de atender ao cumprimento rigoroso de todas as exigências e requisitos legais pertinentes ao caso.

Assim, a aprovação final do projeto pela Administração de

Brasília sofreu varias etapas antecipadas de análises e adap-tações que resultaram em alterações secundárias de forma a não violentar o conceito inicial do projeto em sua essência. De início o projeto considerou as exigências gerais do Código de Obras e consolidou soluções técnicas de aspectos básicos relativos a variados aspectos, tais como: drenagem; energia; segurança e combate a incêndio; acesso e estacionamento de veículos; zoneamento de atividades dentro da gleba; acessibi-lidade e circulação privilegiada de pedestres compreendendo necessidades de idosos e pessoas deficientes; além destes aspectos as soluções infraestruturais, construtivas e sanitárias foram estrategicamente harmonizadas.

Após esta sequência de estruturações básicas, o projeto chegou ao estágio de atendimento definitivo aos requisitos legais solicitados pelos vários órgãos de controle. Desta for-ma sua evolução recebeu contributos sucessivos da equipe técnica da Diretoria de Vigilância Sanitária ( DIVISA ), do Corpos de Bombeiros e por fim na Administração Regional de Brasília do Distrito Federal.

No caso da DIVISA, o projeto sofreu diversas alterações para acatar valiosas sugestões de sua equipe encarregada das análises e que resultaram finalmente na ideia de transformar o Bloco C, do futuro conjunto, em um setor com dedicação específica a residência de pessoas idosas. Foi fixado então o número de 64 residentes e a residência caracterizada como uma Instituição de Longa Permanência Para Idosos (ILPI) consistente com o padrão de um Centro de Referência na especialidade.

Em seguida o projeto retornou ao Corpo de Bombeiros para adequar as novas alterações físicas decorrentes das so-licitações da DIVISA, aos critérios e normas de segurança do órgão.

A análise do projeto realizada pela Administração Regio-nal de Brasília ( Diretoria de Urbanismo e Projetos), teve como objetivo o atendimento aos requisitos do Código de Obras e da NGB 0195. Para atender aos requisistos dessa ana-lise a equipe coordenada pelo arquiteto Fausto Nilo procedeu sucessivas adaptações e em conjunto com a diretora de obras da Casa do Ceará, Angela Parente, o arquieto partiicipou de reuniões de aperfeiçoamento compartilhadas com a equipe técnica da Administração de Brasília.

Dessa maneira o conjunto das equipes do projeto, de forma coordenada, procederam todas as revisões solicitadas pela Admnistração de Brasília. Em todo este processo as linhas gerais do plano se mantiveram íntegras bem como sua estruturação geral, em fidelidade aos conceitos já apre-sentados anteriormete para a Diretoria da Casa do Ceará e sua Assembléia.

A mudança mais significataiva diz respeito ao bloco do Teatro (Bloco C) que em sua versão orignal se destinaria a atender a um público de 600 espectadores. Com vistas a responder a exigências legais relacionadas com a altura de edificação e oportunamente amadurecendo a proposta em termos de investimento construtivo de instalação e de ma-nutenção do futuro equipamento, a equipe responsável pelo Projeto Arquitetônico, em acordo com a Diretoria da Casa do Ceará, acatou a mudança e adotou outra forma para a função

solicitada. O teatro em sua escala original foi subtituído por um Auditório/Teatro, tipologicamente caracterizado como o Padrão Comunitário, com capacidade para 240 espectadores.

Desta forma a nova edificação terá um caráter mais leve, em termos volumétricos, entretando ganhou bastante em termos de viabilidade e adequação programática. Ela poderá ser usada com expressiva redução da dependência energética, sem obrigatoriamente demandar o uso de ar condicionado em todas as suas funções. Seus equipamentos serão mais acessíveis, suas despesas com pessoal serão reduzidas e seu custo final de construção e manutenção também será reduzido, uma vez que os teatros, reconhecidamente têm variação exponencial de custos totais em função direta do número de espectadores em condições universais de conforto. Em resumo pode-se assegurar com respeito à vaibiliidade que a um teatro deste porte pretendido inicialmente deve-se obrigatoriamente fazer corresponder um atendimento a uma demanda de público considerável. Desta forma a Casa evitou o risco de tomar por base seus recursos limitados para dar vitalidade a um equipamento cujo porte resultaria em incer-teza em termos quantitativos de demanda e de regularidade da pauta.

Como outra alteração significataiva no futuro conjunto edificado foi elaborada a inserção de elementos que não constavam da primeira versão do projeto: um campo de pelada com contexto circundante de bosques; academia de ginástica; pracinhas secundárias; marquises; e formas de aperfeiçoamentos de detalhes como redesenho de algumas esquadrias, melhorias nos limites de passeios e lugares de conforto para pedestres, além de remates, empenas, etc.

Vale observar que todas essas alterações não modificaram as qualidades de desempenho do futuro conjunto e ao mes-mo tempo só favoreceram aos atendimentos de importância normativa. Além do mais as mudanças apoiaram propósitos relacionados com aspectos estéticos sistêmicos e de inte-gridade da forma final, o que acarretou benefícios sociais e economicos significativos.

Assim fica evidente que a aprovação do projeto da futura sede da Casa do Ceará percorreu um longo caminho, o que se explica pela complexidade programática aliada ao caráter inovador da edificação, assim concebida. O momento é de celebração para a comunidade da Casa uma vez que o pro-jeto teve várias etapas de aprovações prévias e já cumpriu todos os procedimentos exigidos em dezembro de 2011, com a aprovação final da Administração de Brasília. Nessa conquista houve reconhecível esforço e colaboração de inú-meras pessoas durante o longo processo, desde aquelas do âmbito da Casa do Ceará, como a ex-Diretora Social Maria de Jesus, a atual Superintendente Antonia Lúcia, a Diretora de Obras Ângela Parente, e em especial o Presidente e o Vice Presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo e Fernando Cesar Mesquita, respectivamente, por seus papeis fundamentais em entender e respeitar a evolução do projeto com uma compreensão aberta para as mudanças ocorridas em prol de benefícios definitivos para a instituição, acima de qualquer outro interesse.

No processo de aprovação vale destacar também a recep-tividade da DIVISA e do Corpo de Bombeiros, bem como da Administração de Brasília. No âmbito da Administração de Brasília, especificamente na Diretoria de Obras, o projeto recebeu a atenção proativa de seu Diretor de Planejamento, Luiz Gonzaga de Assis e do arquiteto Carlos Euler Currlin Perpétuo (Calela), que também é sócio da Casa. Graças à suas sensibilidades foi possível obter um ambiente de co-laboração e proatividade no percurso burocrático, sem que isso viesse a implicar em perdas no justo atendimento aos requisitos exigíveis pelas normas legais e no rigoroso respeito ao interesse público.

Angela Maria Barbosa Parente, (Fortaleza), Diretora dwe Obras da Casa do Ceará

Depoimento/Relatório/Memória

Angela Barbosa ParenteObras

Fausto Nilo

Page 16: Jornal Janeiro 2012

Ceará em Brasília16Janeiro/12 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Energia que faz parte da nossa vida.

Desembargador: conselheiro nãopode acumular aposentadoria

O desembargador Durval Aires Filho, do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), decidiu que Francisco de Paula Rocha Aguiar não pode receber, simultaneamen-te, aposentadoria de ex--governador e vencimen-tos do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Segundo o magistrado, a cumulação viola a Constituição Federal

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) havia rejeitado, administrativamente, a concessão da aposentadoria e de-terminado que a Secretaria da Fazenda (Sefaz) realizasse o bloqueio. O conselheiro recorreu à Justiça, com pedido de liminar, requerendo a suspensão dos efeitos dessa decisão.

No último dia 23 de setembro, o juiz Joaquim Vieira Cavalcante Neto, respondendo pela 6ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Fortaleza, concedeu a liminar. O Estado do Ceará ingressou com agravo de instrumento (0009279-33.2011.8.06.0000) no TJCE. Alegou que o acúmulo entre proventos e vencimentos após a Emenda Constitucional nº 20/98 é ilícita.

Ao analisar a matéria, o desembargador Durval Aires Filho tornou sem efeito a decisão do Juízo da 6ª Vara da Fazenda Pública. O magistrado considerou o “entendi-mento do Supremo Tribunal Federal, dispondo que a acu-mulação de proventos e vencimentos permanecem restrita aos cargos, empregos ou funções passíveis de cumulação quando em atividade, sendo óbvia a impossibilidade de cumular a remuneração de governador do Estado com a de conselheiro do Tribunal de Contas”.

Argentina lasca exportaçõesDe calçados do Ceará

As importações brasileiras de calçados, em volume finan-ceiro, aumentaram 40,4% em 2011 ante 2010, somando US$ 427,7 milhões. Em número de pares de calçados, as compras externas cresceram 18,5% em igual período.

Já as exportações caíram 12,8% em volume financeiro, de US$ 1,486 bilhão em 2010 para US$ 1,296 bilhão em 2011, com a venda de 21% menos pares. Os números foram divulgados ontem pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Milton Cardoso.

Cardoso afirmou que a China declarou que exportou ao Brasil 38 milhões de pares de calçados em 2010, enquanto o Brasil declarou que importou da China 9 milhões de pares no mesmo ano. “Três quartos dos sapatos que a China ex-portou em 2010 chegaram aqui como sendo feitos em outros países”, afirmou Cardoso. “Começamos a ver dados muito exóticos, como calçados sendo fabricados em Hong Kong, que não tem nenhuma fábrica”, acrescentou.

ArgentinaSobre novas imposições do governo argentino contra im-

portações de produtos, o presidente da Abicalçados se disse surpreso com as medidas. Segundo ele, o acordo existente antes previa que as restrições deveriam beneficiar a indústria argentina, mas 75% dos calçados viriam do Brasil e 25%, de outros países. “Mas ocorreu o contrário, quase 50% das importações argentinas de 2011 tiveram outras origens”.

De acordo com Cardoso, há três milhões de pares de sapa-tos brasileiros parados nos portos argentinos. O Ceará lidera a lista de estados com prejuízo no setor calçadista motivado pelo problema com a Argentina. Em novembro, mais de 2,3 milhões de pares produzidos pelas empresas cearenses estavam parados na fronteira, aguardando liberação. Esta produção representava US$ 18,8 milhões

Linha Oeste do Metrofor transportou 3,7 milhões de pessoas em 2011 Mais de 3,7 milhões

de passageiros utiliza-ram o transporte fer-roviário no Ceará em 2011. As duas linhas em atividade da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metro-for), uma em Fortaleza e outra no Cariri, levaram 3.764.187 passageiros no ano passado. A linha Oeste, que liga o Centro de Fortaleza ao Centro de Caucaia, respondeu por 92% das passagens. Foram 3.468.787 passageiros utilizando os trens do Metrofor na Capital. No Interior, foram 295.400 pessoas transportadas.

Segundo o diretor de operação do Metrofor, Plínio Saboya Neto, o transporte ferroviário continua atraindo muitos passageiros pelo baixo preço da passagem e pelo conforto que oferece. Para utilizar o trem, o passageiro paga somente um real. O valor é subsidiado para beneficiar a população que mais utiliza esse meio de transporte, que está concentrado nas classes C e D. Plínio afirma, ainda, que outro atrativo é o conforto. O Metrofor investiu na modernização de quatro locomotivas e 31 carros de pas-sageiros, que receberam sistema de climatização. Além disso, há muito mais seguranças dentro dos trens e nas estações para orientar o correto uso do transporte sem risco à segurança dos usuários.

No final de janeiro, seis novos carros vão entrar em operação. São seis veículos leves sobre trilhos (VLTs) que entrarão na fase de operação assistida (testes com passageiros) na linha Oeste.

Page 17: Jornal Janeiro 2012

Ceará em Brasília acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br 17 Janeiro/12

Obra de Cláudio Cesar retorna à Assembléia após restauro

A tela gigante conta a nossa história desde a época em que éramos capitania hereditária. Expõe momentos de confronto e desenvol-vimento intelectual do Seará ao Ceará. Retrata figuras sociais e políticas importantes do Estado. Gente que marcou era(s). Uma obra que quase de-sapareceu.

Em setembro de 2011, o quadro sofreu graves avarias durante protesto dos professores da rede estadual de ensino na Assembleia Legislativa. A categoria reivin-dicava do Governo do Estado melhorias salariais e de infraestrutura. Num dos atos, manifestantes picharam paredes e danificaram o trabalho do artista Cláudio Cesar. A depredação de patrimônio foi registrada em Boletim de Ocorrência pela Mesa Diretora da Casa, que solicitou à Polícia investigação para identificar os autores do crime.

Três meses e meio depois do incidente, a tela volta ao hall de acesso do Plenário 13 de Maio, palco dos debates políticos mais importantes do Ceará. “Logo após o dano, guardamos o quadro e chamamos o artista para avaliar a situação. Ele conversou com o presidente (Roberto Cláudio (PSB)) e levou para consertar”, diz a diretora do Departamento Administrativo da AL, Lise Novais.

Centro Histórico de Barbalha será recuperado

O Governo do Es-tado, através da Secre-taria das Cidades, deu início às obras de pavi-mentação e sinalização do Centro Histórico de Barbalha, na Região do Cariri.

Com as intervenções, será uniformizado o pavimento das vias e drenagem das águas pluviais da área histórica, preservando o pavimento antigo de ruas, bem como a utilização de paralelepípedo de granito. As ações con-templam não somente a área central da cidade, mas áreas turísticas com a implantação de placas informativas sobre pontos turísticos, voltadas para o pedestre e para veículos motorizados.

O investimento é de R$ 1,3 milhão e atenderá uma área de 4.200 metros quadrados. Os recursos são oriundos do Programa Cidades do Ceará – Cariri Cen-tral, executado pela Secretaria das Cidades, que prevê investimentos de R$ 130 milhões na Região.

O programa de desenvolvimento econômico regio-nal tem o objetivo de estimular a economia, melhorar a infraestrutura urbana e ampliar a capacidade regional dos municípios.

Com o programa, estão sendo beneficiados os muni-cípios de Santana do Cariri, Nova Olinda, Farias Brito, Caririaçu, Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Jardim e Missão Velha. Os recursos são da ordem de R$ 130 milhões, financiados pelo Banco Mundial.

Refinaria da Petrobras do Ceará tem R$ 1,36 bilhões para implantação

As obras iniciais, que tinham sido previstas pela Petrobras para se-tembro de 2011, ainda não foram começadas. A primeira intervenção será o cercamento do terreno, que não foi ofi-cialmente entregue pelo governo cearense.

Até 2014, a Petrobras deverá investir R$ 1,36 bilhão no Ceará nas obras de implantação da refinaria Pre-mium II, com recursos assegurados pelo PAC 2. Como o empreendimento está programado para entrar em operação somente em 2017, o maior volume de aportes financeiros será concentrado no pós-2014, e os valores já estão previstos pelo governo federal: serão mais R$ 18,38 bilhões. Dessa forma, o orçamento total da usina foi estabelecido em R$ 19,74 bilhões.

Início das obrasA Petrobras pretende, já neste ano, iniciar as obras de

terraplenagem do terreno, que soma cerca de dois mil hectares, fase que se estenderá pelo menos até 2013. A Premium II, quando pronta, será uma das maiores refinarias de petróleo do mundo, e o maior projeto es-truturante já realizado no Ceará. Ela terá capacidade de processar 300 mil barris de óleo por dia e, durante sua construção, deverão ser gerados 90 mil empregos, entre diretos e indiretos.

Page 18: Jornal Janeiro 2012

Ceará em Brasília18Janeiro/12

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Página da Mulher

Receitas da culinária cearense

Ingredientes1 badejo frescoRepolho cortado em cruzCebolas inteirasBatatas inteiras descascadasCenouras partidas ao meio ao compridoOvos cozidos inteirosTomates cortado em cruzPimentão inteiro ou em bandasLimãoColorauSalAlhoFarinha e farinha de trigo

Modo de preparoLimpe, corte e lave o peixe, do modo convencio-

nal. Esfregue-o com sal, limão e alho e deixá-lo em descanso durante alguns minutos, para tomar gosto.

Enxugue-o em pano seco e limpo, e reserve.Refogue os ingredientes de tempero com o óleo

Cientistas britânicos identificam dois novos sintomas de derrameFuncionários de saúde tratam de paciente de der-

rame em hospital no leste da InglaterraPesquisadores britânicos afirmam que descobri-

ram outros dois sintomas que podem indicar que uma pessoa está sofrendo um derrame.

Um projeto desenvolvido pela University Hos-pitals of Leicester NHS Trust (parte do serviço público de saúde britânico) descobriu que fraqueza nas pernas e perda de visão também são sintomas do derrame.

Segundo a entidade assistencial britânica voltada para o tratamento do derrame, a Stroke Association, informa em sua página na internet que existem três sintomas que precisam ser observados.

O primeiro é fraqueza facial, notar se a pessoa consegue sorrir ou se um canto da boca ou um dos olhos está com aparência caída.

Outro sintoma é a fraqueza nos braços, observar se a pessoa consegue erguer os dois braços. E o terceiro sintoma são os problemas de fala, tentar detectar se a pessoa consegue falar claramente ou entender o

que outra pessoa fala.CampanhaUma campanha recente do NHS, o serviço público

de saúde britânico, destacou estes três sintomas de derrame.

Mas, para Ross Naylor, professor na University Hospitals of Leicester, as pessoas precisam começar a procurar pelos cinco sintomas.

“A campanha do NHS foi bem-sucedida, mas é

importante que as pessoas saibam que fraqueza nas pernas e perda de visão também são sintomas que precisam ser observados”, disse.

“Temo que muitas pessoas não saibam que qualquer um que esteja com um ou ambos destes sinais adicionais, sozinhos ou com um dos outros três sintomas, pode significar um indicador de que a pessoa, ou um ente querido, está tendo um derra-me e também precisa procurar ajuda médica com urgência”, acrescentou.

Simon Cook, chefe de operações da Stroke As-sociation para a região de East Midlands, afirmou que a campanha do NHS é útil pois os três sintomas são fáceis de reconhecer pela maioria do público.

“Certamente existem outros sintomas, como visão desfocada e fraqueza nas pernas. Mas, acreditamos que o mais importante é que as pessoas se lembrem de agir rapidamente quando observarem os sinais de um derrame e liguem para os serviços de emer-gência”, afirmou.

Com a BBC Brasil

Um brinde ao Novo Ano Regina Stella (*)

Iniciamos uma nova etapa e já traçamos os planos para o percurso que festejamos com champagne, vinho, abraços e votos de felicidade. Os contratempos, os im-previstos do ano que passou ficaram para trás. As mágoas e os ressentimentos tentamos esquecer na euforia dos primeiros instantes, na esperança de momentos felizes, com promessa interior de plena realização.

O ano teve início, e a impressão é que cortamos o tem-po, desligamos os dias passados, e começamos uma nova jornada, plenos de entusiasmo, de fé, de grande expecta-tiva. No exame de consciência que impreterivelmente se apresenta. constatamos que os projetos que fizemos no início do ano que passou, ficaram a meio do caminho. Não houve persistência, e por conta das eventualidades, muito se perdeu. E uma tristeza se apossou de muitos, na evidência de um tempo que se malbaratou, esquecidos de que a vida flui e se esgota em segundos.

As águas do rio não voltam à fonte e urge seguir, com os olhos fitos no instante que passa, na posse do agora

que nos pertence. É tempo de brindar. Brindar a alegria por mais um tempo de peleja que se descortina, onde se pode medir a força de querer e o potencial de energia que brota por todos os poros. È nos dada a consciência de que fomos privilegiados em ganhar por mais uma etapa o precioso dom da vida, enquanto a muitos foi negada a oportunidade. É hora, pois, de abrir os olhos ao mundo e o coração aos outros, e deixar que as comportas da vida ex-travasem no ato de se dar, de se multiplicar, de se dividir.

O verde e o azul explodem, pelos campos e no firma-mento, os flamboyants aguardam o instante de lançar o seu grito vermelho, e as cigarras, outra vez, vão cantar no verão. O sol vai aquecer, indistintamente, os bons e os maus. E ao anoitecer, a natureza, outra vez, vai brindar com lindos poentes, pintar o céu de arabescos coloridos e esgarçar as nuvens em espirais de fumaça. O vento vai brincar com o arvoredo. E as crianças vão sorrir, na doce crença de que só há beleza. A rosa vai nascer como um milagre, no seu segredo de encantamento que a ninguem confessa. Uma ordem perfeita no ritmo das coisas. A Terra não vai se omitir, e, generosa, doará os dias e as noites,

a primavera e o verão.Apesar das ameaças que por todos os lados cercam

a humanidade, a fome, a poluição, as guerras, o jogo de interesses entre as nações, a louca ambição do poder econômico pressionando povo, honra, querendo comprar a alma, longe de nós a alienação, um brinde à esperança, à crença do que pode o homem construir e realizar, na sua inteligência e capacidade a decisão do seu destino.

Recebamos com risos e festa o Novo Ano, sempre acenando promessas, na convicção, contudo, de que está no próprio homem o segredo da felicidade que ele busca fora, e longe.

Por graça dos céus, por bondade de Deus, a nós foi prorrogada a vida e oferecida esta oportunidade para mais uma arrancada.Que não se esbanje o bem e não se atire, longe, como um insensato, a riqueza que nos é concedida.

Um brinde à alegria de viver. Em troca do muito que se recebeu, haja generosidade em dar. Que se abra o coração ao encontro do tempo. E na beleza de amar se prolongue a graça da vida.

(*) Regina Stella (Fortaleza), jornalista e escritora

PEIXADA CEARENSEe o colorau.

Adicione o repolho, a cebola a cenoura, a batata e os ovos para cozinhar, cada um a seu tempo de cozimento.

Quando tudo estiver praticamente cozido, junte o peixe e, em seguida água fervente, o bastante para cobri-lo.

Tampe a panela e espere que atinja o ponto desejado.

Façar um pirão pelo mesmo método utilizado no pirão de Leite, substituindo o leite por parte do caldo da peixada.

Ao restante do caldo, adicione um pouco de farinha de trigo dissolvida na água, para engrossar o molho.

Sirva quente, o peixe e o pirão

Page 19: Jornal Janeiro 2012

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br19 Janeiro/12

Leituras VIII Humor Negro e Branco - Frases famosasPor ocasião da inauguração da Ponte Rio-Niterói, pediram a

opinião do Max Nunes. Resposta: Por um lado, é muito bom; por outro lado, é Niterói. (Max Nunes)

************************** Viver no Rio é uma merda; mas é bom. Viver em New York

é bom, mas é uma merda. (Tom Jobim). ************************** - Quando estamos fora, o Brasil dói na alma; quando estamos

dentro, dói na pele. (Stanislaw Ponte Preta). ************************** - A Academia Brasileira de Letras se compõe de 39 membros

e um morto rotativo. (Millôr Fernandes) ************************** - Brasil? Fraude explica. (Carlito Maia). ************************** - Pior do que o fim do mundo, para mim é o fim do mês. (Zeca Baleiro). ************************** - Quem se mata de trabalhar merece mesmo morrer. (Millôr Fernandes). ************************** - Acho o Brasil infecto. Não tem atmosfera mental; não tem li-

teratura; não tem arte; tem apenas uns políticos muito vagabundos. (Carlos Drummond de Andrade) ************************** - Como se algum político, com exceção de meia dúzia de três

ou quatro, representasse alguém, a não ser a si mesmo, a família e aderentes.

(João Ubaldo Ribeiro) ************************** - Democracia é quando eu mando em você. Ditadura é quando

você manda em mim. (Millôr Fernandes) ************************** - No Brasil, quem tem ética parece anormal. (Mário Covas) ************************** - A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um

sujeito normal.

12 Agosto - Hoje me mudei para minha nova casa na Suíça. Um chalé porreta nos Alpes. Que paz! Tudo aqui é tão bonito e silencioso. Os Alpes são tão majestosos. Quase que não posso esperar para vê-los cobertos de neve. Que bom haver deixado para trás o calor, a umidade, o tráfego, a violência, a poluição e aqueles brasileiros mal educados.

Isto sim é que é vida!14 Outubro - A Suíça é o lugar mais bonito que já vi em

minha vida. As folhas passaram por todos os tons de cor entre o vermelho e o amarelo. Que bom ter as quatro estações. Saímos a passear pelos bosques e, pela primeira vez, vi um cervo. São tão ágeis, tão elegantes, é um dos animais mais vistosos que jamais vi. Suíça é mesmo um paraíso.

E pensar que sofri tanto tempo naquele inferno que é o Ceará...

11 Novembro - Logo começará a temporada de caça aos cervos. Não posso imaginar como alguém pode matar uma dessas criaturas de Deus. Está esfriando e praticamente já chegou o inverno. Espero que neve logo.

Isto sim é que é vida!2 Dezembro - Ontem à noite nevou. Que alegria! Despertei

e encontrei tudo coberto de uma camada branca. Parece um cartão postal... Estava tão contente que rolei nela e logo tive uma batalha de bolas de neve com os vizinhos (eu ganhei). Que bonita a neve! Parecem bolas de algodão espalhadas por todos os lados.

Que lugar bonito! Suíça sim é que é vida.12 Dezembro - Ontem à noite voltou a nevar. Que encanto!

Saí novamente para tirar a neve dos degraus e a passar a pá na entrada e, quando a niveladora de neve passou na rua, tive que voltar a passar a pá para tirar a neve...

19 Dezembro - Ontem voltou a nevar. Saí de casa para tirar a neve e a niveladora voltou a sujar a entrada, mas bom... que

Diário de um Cearense na Suíçavamos fazer?

De toda maneira, são os ossos do ofício de quem mora num cartão postal.

22 Dezembro - Ontem à noite nevou muito, outra vez. Não pude limpar a entrada por completo porque, antes que acabasse, já havia passado a niveladora; assim, hoje, não pude ir ao trabalho. Estou um pouco cansado de passar a pá nessa neve. Droga de niveladora!

Mas, que vida!? Isso não acaba não?25 Dezembro - Feliz Natal ... Aqui não para de cair esta

merda branca. Já tenho as mãos cheias de calos por causa da pá. Creio que a niveladora me vigia da esquina e espera que eu acabe de tirar a neve com a pá, para então passar. Vá pra puta que pariu!

Se pego o filho da puta que dirige essa niveladora, juro que o mato.

27 Dezembro - Ontem à noite caiu mais essa merda branca. Já são três dias direto que não saio. Não faço mais nada , senão passar a pá nessa porra de neve, depois que passa a bosta da niveladora. Não posso ir a lugar algum.

O carro está enterrado debaixo de uma montanha de merda branca. Não entendo porque não usam mais sal nas ruas, para que se derreta mais rápido este gelo de merda.

O noticiário disse que esta noite vai cair mais 20 centímetros desta merda. Não acredito, não! Pense !

31 Dezembro - O idiota do noticiário se equivocou outra vez. Não foram 20 centímetros de neve... caiu quase 1 metro dessa merda! Ninguém pôde sair para comemorar o ano novo. Agora, resulta que a niveladora quebrou perto daqui, e o filho da puta do motorista veio me pedir uma pá emprestada.

Ah, macho descarado! Disse a ele que já tinha quebrado 6 pás limpando a merda que ele me havia deixado diariamente. Quase quebrei a pá na cabeça dele.

(Raul Seixas) ************************** - Não é triste mudar de idéias; triste é não ter idéias para mudar. (Barão de Itararé) ************************** - Ninguém morre, as pessoas despertam do sonho da vida. (Raul Seixas) ************************** - Comecei uma dieta: cortei a bebida e as comidas pesadas e em

quatorze dias perdi duas semanas. (Tim Maia). ************************** - A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-

-lhe é fraca. (Carlos Drummond de Andrade). ************************** - O sol nasce para todos, a sombra pra quem é mais esperto. (Stanislaw Ponte Preta). ************************** - Nada nos humilha mais do que a coragem alheia. (Nelson Rodrigues). ************************** Celulites não são apenas celulites, elas querem dizer...”Eu sou

gostosa”. Só que em Braille !!! (Rita Cadilac - ex-chacrete) ************************** Fumo maconha, mas não trago, quem traz é um amigo meu. (Marcelo Anthony) ************************** O que te engorda não é o que você come entre o Natal e o Ano

Novo, mas o que você come entre o Ano Novo e o Natal ! (Hebe Camargo) ************************** Se o horário oficial é o de Brasília, por que a gente tem que

trabalhar na segunda e na sexta-feira ? (Marta Suplicy) ************************** Para seu marido não acordar com a macaca...Depile-se !!! (Vera Fischer) ************************** O homem é um ser tão dependente, que até pra ser corno, precisa

da ajuda da mulher. Pra ser viúvo, também... (Dercy Gonçalves)

************************** Por maior que seja o buraco em que você se encontra, pense

que, por enquanto, ainda não há terra em cima. (Yasser Arafat) ************************** Cabelo ruim é igual a bandido...ou tá preso, ou tá armado !!! (Belo) ************************** Preguiçoso é o dono da sauna, que vive do suor dos outros. (Príncipe Charles) ************************** Não me considere o chefe; considere-me apenas um colega de

trabalho que tem sempre razão... (George Bush) ************************** Malandro é o pato, que já nasce com os dedos colados pra não

usar aliança. (Zeca Pagodinho) ************************** Mulher gorda é que nem Ferrari...Quando sobe na balança, vai

de zero a cem em um segundo. (Rubinho) ************************** Os psiquiatras dizem que uma em cada quatro pessoas tem

alguma deficiência mental...Fique de olho em três de seus amigos. Se eles parecerem normais, o retardado é você.

(Palloci) ************************** Se homossexualismo fosse normal...Deus teria criado Adão e Ivo. (Roberta Close Ivo) ************************** Todo mundo tem cliente. Só traficante e analista de sistemas

é que tem usuário. (Bill Gates) ************************** Casamento começa em motel, e termina em pensão !!! (Daniel Filho - tem 4) ************************** Seja legal com seus filhos. São eles que vão escolher seu asilo. (Desconhecido) ************************** Passar a mulher pra trás é fácil, difícil é passar adiante !!! (Eduardo Suplicy)

Arre Éééguaaa, que bosta!4 Janeiro - Ao fim, hoje consegui sair de casa para ir ao

supermercado. No caminho, fui desviar de um cervo que se meteu na frente do carro, e bati numa árvore. PQP! O conserto do carro vai me sair por uns três mil francos suíços.

Esses veados deviam ser envenenados. Antes os caçadores tivessem acabado com essa raça ano passado.

A temporada de caça deveria durar o ano inteiro!15 Março - Escorreguei no gelo que ainda há neste lugar

e quebrei uma perna. Ontem à noite sonhei estar em Canoa Quebrada, no Mucuripe vendo as jangadas, Praia do Futuro etc etc, tomando uma cerva gelada debaixo daquele sol, me refrescando na brisa e mergulhando no mar, ao som de um forró bem tocado.

Quero vender esta casa para sair já desta merda!22 Abril - Quando me tiraram o gesso, levei o carro ao

mecânico. Ele disse que o conserto ia ficar o dobro, pois o assoalho estava todo enferrujado, culpa do sal de merda que jogaram nas ruas para derreter a merda branca.

Será que esses cornos não têm outra forma de derreter o gelo?

3 Maio - Hoje consegui vender a casa para um corno de um suíço. Graças a Deus poderei sair deste fim de mundo frio e solitário. Amanhã volto para o meu Ceará. Muito calor, tráfego, poluição, comer sarapatel, mas acima de tudo vou ver o sol,coqueiros ,calango passando pelos meus pés, terra de gente boa e hospitaleira.

Aquilo sim é que é vida!PQP, estou de volta!Nem acredito!Eu tenho orgulho de ser um cearense, de chapa e cruz,

confesso e não me engano...... TE AMO, CEARÁ!(Recolhido no território livre da Web)

Page 20: Jornal Janeiro 2012

Ceará em Brasília20Janeiro/12 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

A história de um aniversário: Os 400 anos do Ceará. Há 400 anos, o militar português Martim Soares Moreno incorporava o mito de herói fundador do Ceará

O Diário do Nordeste na edição de 20.01.2012 es-tampou que o Ceará estava comemorando 400 anos. Lamentavelmente, a data não mereceu comemoração oficial, como já ocorrera nos 300 anos de criação do Estado do Ceará, em 1999, quando deixou de ser co-lônia de Pernambuco.

“Hoje o Ceará completa quatro séculos de história “oficial” - escrita, datada e registrada segundo uma con-cepção histórica eurocentrista. A efeméride relaciona-se à atuação dos primeiros exploradores lusos na região, permeada sobretudo por conflitos com as populações indígenas aqui já estabelecidas. Mais especificamente, revela a data de aniversário de 400 anos de construção do Forte de São Sebastião, erguido pelo militar português Martim Soares Moreno e finalizado em 20 de janeiro de 1612, na área onde hoje se localiza a Barra do Ceará.

A prática de estabelecer episódios como “marcos”, como pontos-chaves da trajetória de determinados obje-tos, permanece inevitável mesmo sob a égide dos novos paradigmas dos estudos históricos - fundamentados em olhares mais amplos e integrados, em detrimento das abordagens tradicionais orientadas especialmente pela eleição de datas, fatos e personagens.

No caso do Forte, trata-se de um “marco” que evoca a figura de Moreno, imortalizado como espécie de “funda-dor” do Ceará. Tal construção simbólica foi viabilizada, por exemplo, por obras como “Iracema” (1865), do escri-tor José de Alencar, na qual o português faz par com a fa-mosa “virgem dos lábios de mel”. A união representaria a “conciliação” en-tre o nativo e o eu-ropeu colonizador e, em última análise, a própria formação do povo brasileiro.

O Forte foi er-guido por Moreno durante expedição para garantir em definitivo o proces-so de colonização do território cea-

rense, por parte da Coroa Lusa. Antes, o militar já havia participado da expedição do também português Pero Coelho, primeiro explorador a empreender tentativa de ocupação do Siará Grande (região correspondente às capitanias do Rio Grande, Ceará e Maranhão).

“De acordo com Barão de Studart, Pero teria nomeado a terra de Nova Luzitânia, e de Nova Lisboa a povoação que fundou, nas margens do Rio Ceará. Esse estabele-cimento teria ocorrido em 1604, quando Pero voltava da Serra da Ibiapaba, depois dos conflitos com índios e franceses e da tentativa de alguns dos seus subordinados de assassiná-lo”, explica Mário Martins Júnior, professor assistente na UFC, cotutor do Programa de Educação Tutorial (PET-História) e doutorando da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Com o Diário do NordesteDe cima para baixo: gravura de um navio seiscentista português (1698)

Vista do Forte de São Sebastião (1612) - Fotos: ReproduçãoUma das primeiras imagens coloridas dos nativos

brasileiros na cartografia