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Língua Portuguesa Língua Portuguesa Língua Portuguesa Língua Portuguesa 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9 Concordância nominal e verbal. 10 Regência nominal e verbal. 11 Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais. 2

LÍNGUA PORTUGUESA

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Língua PortuguesaLíngua PortuguesaLíngua Portuguesa

Língua Portuguesa

1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5Emprego das classes de palavras. 6 Emprego do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8Pontuação. 9 Concordância nominal e verbal. 10 Regência nominal e verbal. 11 Significação das palavras.12 Redação de correspondências oficiais.

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INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE UM TEXTO

A palavra interpretar vem do latim interpretare e significa explicar, comentar ou aclarar o sentido dossignos ou símbolos. Tal vocábulo corresponde ao grego análysis, que tem o sentido de decompor um todo em suas partes, semdecompor o todo, para compreendê-lo melhor.

Interpretar um texto é penetrá-lo em sua essência, observar qual é a idéia principal, quais os argumentosque comprovam a idéia, como o texto está escrito e outras nuanças. Em suma, procurar interpretarcorretamente um texto é ampliar seus horizontes existenciais.

Saber ler corretamente

Ler adequadamente é mais do que ser capaz de decodificar as palavras ou combinações linearmenteordenadas em sentenças. O interessado deve aprender a “enxergar” todo o contexto denotativo e conotativo.É preciso compreender o assunto principal, suas causas e conseqüências, críticas,argumentações,polissemias, ambigüidades, ironias, etc.Ler adequadamente é sempre resultado da consideração de dois tipos de fatores: os propriamentelingüísticos e os contextuais ou situacionais, que podem ser de natureza bastante variada. Bom leitor,portanto, é aquele capaz de integrar estes dois tipos de fatores.Erros de Leitura

Extrapolar

Trata-se de um erro muito comum. Ocorre quando saímos do contexto, acrescentando-lhe idéias que nãoestão presentes no texto. A interpretação fica comprometida, pois passamos a criar sobre aquilo que foi lido.Freqüentemente, relacionamos fatos que conhecemos, mas que eram realidade em outros contextos e nãonaquele que está sendo analisado.

ReduzirTrata-se de um erro oposto à extrapolação. Ocorre quando damos atenção apenas a uma parte ou aspecto dotexto, esquecendo a totalidade do contexto. Privilegiamos, desse modo, apenas um fato ou uma relação quepodem ser verdadeiros, porém insuficientes se levarmos em consideração o conjunto das idéias.

ContradizerÉ o mais comum dos erros. Ocorre quando chegamos a uma conclusão que se opõe ao texto. Associamosidéias que, embora no texto, não se relacionam entre si.

Defeitos do Texto

BarbarismoConsiste em grafar ou pronunciaruma palavra em desacordo com anorma culta. Eles acontecem:1.na grafia: analizar por analisar;2.na pronúncia: rúbrica por rubrica;

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3.na morfologia: deteu por deteve;4.na semântica: o iminente jurista por o eminente jurista5.os estrangeirismos: quando usados desnecessariamente.

SolecismoQualquer erro de construção sintática.1. de concordância: Fazem anos que não o vejo;2. de regência: Esqueceram de mim;3. de colocação pronominal: Não amo-te.

ArcaísmoEmprego de palavras ou construções antigas, que já caíram em desuso.Antanho por no passado.

PreciosismoExagero na linguagem, em prejuízo da naturalidade e clareza da frase.Isso é colóquio flácido para acalentar bovino.

CacofoniaQualquer seqüência silábica que provoque som desagradável.Vou-me já!Polícia Federal confisca gado no Paraná.

Ambigüidade ou AnfibologiaDuplo sentido decorrente de construção defeituosa da frase.O cachorro do meu vizinho morreu.

Redundância, Pleonasmo Vicioso ou TautologiaRepetição desnecessária de informação.Ele detém o monopólio exclusivo dos refrigerantes.Todos foram unânimes.

Interpretando o conteúdo do texto

Idéias explícitas e implícitasAlguns textos apresentam suas idéias de forma direta e objetiva, permitindo interpretação rápida por partedo leitor. Outros expõem suas idéias de forma indireta e subjetiva, exigindo maior atenção do receptor.

Texto com idéia explícitaOs textos apresentam suas idéias de forma direta e objetiva, permitindo interpretação rápida por parte doleitor.ExemploA questão exige do candidato a capacidade de reescrever o texto, observando a manutenção ou não dosentido original.“Os fatos desta vez deram razão a Monteiro Lobato.”; a(s) forma(s) INADEQUADA(S) de reescrever-se essemesmo período, mantendo-se o sentido original, é(são):

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I -A Monteiro Lobato foi dada razão pelos fatos, desta vez;II- A Monteiro Lobato deram razão, desta vez, os fatos;I - A Monteiro Lobato, foi-lhe dada razão pelos fatos, desta vez.

(A) nenhuma;(B) III(C) I-III(D) II(E) II-III

Gabarito: A

Texto com idéia implícita

No texto implícito, as idéias são expostas de forma indireta e subjetiva, exigindo maior atenção do receptor.Exemplo“No íntimo, estamos inclinados à simplicidade da manjedoura. O mal-estar decorre do fato de nos sentirmosmais próximos dos salões de Herodes” Essas frases significam que:

a)a manjedoura simboliza a simplicidade do Menino-Deus;b)somos atraídos pelas festas dos “salões de Herodes”;c) a simplicidade da manjedoura vale mais que o luxo dos “salões de Herodes”;d)no Natal acabamos por contrariar nossos sentimentos mais profundos;e)entre a simplicidade e o luxo, a nossa tendência é escolher o luxo.

Gabarito:D

Assuntos relacionados à interpretação de um texto

Denotação/ConotaçãoSentido denotativo é o uso da palavra em seu aspecto real.Exemplo: O moça está usando uma jóia muito preciosa.Sentido conotativo é o uso da palavra em seu aspecto figurado.Exemplo: Aquela moça é jóia.

ExemploInforme se nas frases abaixo as palavras destacadas estão empregadas em sentido denotativo ou conotativo.a) Nas ruas, as pessoas andavam apressadas.b) As ruas eram cheias de pernas apressadas. )c)Temos amargas lembranças daquele período de autoritarismo político.d)Era uma pessoa de expressão dura e coração mole.e)Os galhos da imensa árvore sustentavam os frutos maduros.f)Os galhos namoravam os frutos maduros que sustentavam.

Gabarito:a - denotativo

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b - conotativoc - conotativod - conotativoe – denotativo

Assuntos relacionados à interpretação de um textoCoerência

O texto coerente é lógico e organizado em suas idéias. É importante não confundir coerência e relaçãosemântica com o texto. Algumas vezes, surgem questões reescrevendo o texto alterando o sentido semnecessariamente quebrar a lógica da idéia.

CoesãoA coesão é assunto bem abrangente. Em concurso, observamos sua relação com termos, expressões ouidéias, que podem estar antes ou após o elemento coesivo.

ParáfraseParáfrase é reescrever o texto sem alterar a idéia do que foi escrito originalmente. É comum em provas devárias organizadoras aparecer também com o nome de “relações semânticas”.

Exemplo de paráfrase

Profecias de uma Revolução na Medicina

Há séculos, os professores de segundo grau da Sardenha vêm testemunhando um fenômenos curioso. Com achegada da primavera, em fevereiro, alguns de seus alunos tornam-se apáticos. Nos três meses subseqüentes,sofrem uma baixa em seu rendimento escolar, sentem-se tontos e nauseados, e adormecem na sala de aula.Depois, repentinamente, suas energias retornam. E ficam ativos e saudáveis até o próximo mês de fevereiro.

Os professores sardenhos sabem que os adultos também apresentam sintomas semelhantes e que, narealidade, alguns chegam a morrer após urinarem uma grande quantidade de sangue. Por vezes,aproximadamente 35% dos habitantes da ilha chegam a ser acometidos por este mal.

O Dr. Marcelo Siniscalco, do Centro de Cancerologia Sloan-Kedttering, em Nova Iorque, e o Dr. Arno G.Motulsky, da Universidade de Washington, depararam pela primeira vez com a doença em 1959, enquantodesenvolviam um estudo sobre padrões de hereditariedade e determinaram que os sardenhos eram vítimasde anemia hemolítica, uma doença hereditária que faz com que os glóbulos vermelhos do sangue sedesintegrem no interior dos veios sangüíneos. Os pacientes urinavam sangue porque os rins filtram eexpelem a hemoglobina não aproveitada. Se o volume de destruição for mínimo, o resultado será a letargia;se for aguda, a doença poderá acarretar a morte do paciente.

A anemia hemolítica pode ter diversas origens. Mas na Sardenha, as experiências indicam que praticamentetodas as pessoas acometidas por este mal têm deficiência de uma única enzima, chamada deidrogenasefosfo-glucosada-6 (ou G-6-PD), que forma um elo de suma importância na corrente de produção de energia

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para as células vermelhas do sangue.

Mas os sardenhos ficam doentes apenas durante a primavera, o que indica que a falta de G-6-PD da vítimanão aciona por si só a doença - que há algo no meio ambiente que tira proveito da deficiência. A deficiênciagenética pode ser a arma, mas um fator ambiental é quem a dispara.

Entre as plantas que desabrocham durante a primavera na Sardenha encontra-se a fava ou feijão italiano -observou o Dr. Siniscalco. Esta planta não tem uma boa reputação desde ao ano 500 a.C. , quando o filósofogrego e reformador político Pitágoras proibiu que seus seguidores a comessem, ou mesmo andassem porentre os campos onde floresciam. Agora, o motivo de tal proibição tornou-se claro; apenas aquelas pessoasque carregam o gene defeituoso e comiam favas cruas ou parcialmente cozidas (ou inspiravam o pólen deuma planta em flor) apresentavam problemas. todos os demais eram imunes.

Em dois anos, o Dr. Motusky desenvolveu um teste de sangue simples para medir a presença ou ausência deG-6-PD. Atualmente, os cientistas têm um modo de determinar com exatidão quem está predisposto àdoença e quem não está; a enzima hemolítica, os geneticistas começaram a fazer a triagem da população dailha. Localizaram aqueles em perigo e advertiram-lhes para evitar favas de feijão durante a estação defloração. Como resultado, a incidência de anemia hemolítica e de estudantes apáticos começou a declinar. Ouso de marcadores genéticos como instrumento de previsão da reação dos sardenhos à fava de feijão há 20anos foi uma das primeiras vezes em que os marcadores genéticos eram empregados deste modo; foi umavanço que poderá mudar o aspecto da medicina moderna. Os marcadores genéticos podem prever agora apossível eclosão de outras doenças e, tal como a anemia hemolítica, podem auxiliar os médicos aprevenirem totalmente os ataques em diversos casos. (Zsolt Harsanyi e Richard Hutton, publicado no jornalO Globo).

Perífrase

Observe:

O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente.

Utilizou-se a expressão "povo lusitano" para substituir "os portugueses". Esse rodeio de palavras quesubstituiu um nome comum ou próprio chama-se perífrase.

Perífrase é a substituição de um nome comum ou próprio por um expressão que a caracterize. Nada mais édo que um circunlóquio, isto é, um rodeio de palavras.

Outros exemplos:

astro rei (Sol) | última flor do Lácio (língua portuguesa) | Cidade-Luz (Paris)Rainha da Borborema (Campina Grande) | Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro)

Observação: existe também um tipo especial de perífrase que se refere somente a pessoas. Tal figura deestilo é chamada de antonomásia e baseia-se nas qualidades ou ações notórias do indivíduo ou da entidade aque a expressão se refere.

Exemplos:

A rainha do mar (Iemanjá)O poeta dos escravos (Castro Alves)O criador do teatro português (Gil Vicente)

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Síntese

A síntese de texto é um tipo especial de composição que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o queo autor expressou amplamente. Desse modo, só devem ser aproveitadas as idéias essenciais, dispensando-setudo o que for secundário.

Relações sintáticas

Este assunto relaciona-se com a correção gramatical em todos os seus aspectos. Em algumas questões,observamos que a banca sugere alguma mudança de ordem na construção, inclusão ou retirada de algumtermo, perguntando sobre um possível erro gramatical. É importante perceber se o comando da questãosolicita apenas compreensão gramatical ou também alteração de sentido.

Estilística

A estilística preocupa-se com a correção gramatical, clareza, objetividade e elegância.

ExemploO período cuja redação está inteiramente clara e correta é:(A) Um humorista já lembrou que na democracia os cidadãos a vêem como um regime no qual não se nega aninguém o direito de concordar com eles.(B) De acordo com um humorista, muitos democratas aplaudem esse regime porque julgam que, nele, todostêm o direito de concordar consigo.(C) A democracia (segundo um humorista) é o regime no qual cada cidadão não nega a ninguém o direito decom ele concordar.(D) Disse um humorista que muitos definem a democracia como o regime que se preserva o direito de todosos cidadãos com eles concordarem.(E) A democracia definiu um humorista é aquele regime que as pessoas não negam o direito do próximo,que é o de concordarem com elas.

Gabarito: C

Vocabulário

Trabalha-se neste assunto a capacidade de compreensão de termos ou expressões no contexto apresentadona prova. Alguns itens sugerem troca de um termo; outros, o sentido contrário; outros ainda apenas osentido da palavra.

ExemploPatrocinar um concurso para estudantes costuma ser bom negócio para uma empresa. É uma estratégiaeficaz para reforçar a imagem diante do mercado – e dos profissionais que atuarão nele – a um custo baixo.Os gastos se limitam à divulgação e aos prêmios. (...) Para algumas companhias, provocar a criatividade dos

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estudantes traz ganhos ainda mais práticos.O trecho acima permaneceria correto e manteria o sentido original, caso os termos nele sublinhados fossemsubstituídos, respectivamente, por:a) Bancar, útil, de pouca envergadura, cerceiam e formandos.b) Propiciar, bom, insignificantes, reduzem e acadêmicos.c) Provocar, mercadológico, mínimo, têm pouca importância e profissionais.d) Produzir, favorável, econômica, conforma e formandos.e)Promover, eficiente, reduzido, resumem e universitários.Gabarito: E

Figuras de linguagem

São recursos lingüísticos estudados por diversas áreas da lingüística.

METÁFORA: é o emprego de palavra fora de seu sentido normal, tomando-se por base a analogia.Esse homem é uma fera.

METONÍMIA: é a substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles alguma relação lógica.Ler Machado de Assis.Beber dois copos de leite.Pedir a mão em casamento.

CATACRESE: é o emprego de palavras de relacionamento inadequado, por esquecimento oudesconhecimento da palavra adequada.O presidente do Banco Central será sabatinado na próxima terça-feira.Prateleira de livro.Marmelada de chuchu.

ANTONOMÁSIA: é a substituição de um nome por outro por expressão que facilmente o identifique.O rei das selvas (Leão)O Corso (Napoleão Bonaparte)

ELIPSE: é a omissão de uma palavra ou de uma expressão facilmente subentendida.Bebi uma garrafa de champanha. (vinho de)O jogo foi no Morumbi.

ZEUGMA: uma espécie de elipse que consiste na supressão de um termo já expresso no contexto.Os homens estavam calmos; as mulheres, nervosas.

PLEONASMO: é o emprego de termos desnecessários, com o objetivo de realçar ou enfatizar o pensamento.A mim ninguém me engana.O que você pensa, isso não me interessa.

ANACOLUTO: é a falta de nexo sintático ou lógico entre o princípio da frase e o seu fim. É umainterrupção do pensamento.Eu parece-me que vou desmaiar.Morrer, todos haveremos de morrer.

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HIPÉRBATO: recebe também o nome de inversão. É a alteração da ordem direta dos termos na oração.Morreu o presidente.O hipérbato designa genericamente qualquer tipo de inversão, simples ou complexa. Compreende também:1. a prolepse (A Suíça dizem que é muito bonita) busca enfatizar o termo;2. a anástrofe (Ela tão bela dos seus anos na flor) antepõe um termo preposicionado;3.a sínquise (Um cãozinho tinha o Paulo fofinho) provoca ambigüidade.

SILEPSE: é a concordância com a idéia, e não com a palavra escrita.São Paulo é bonita. (gênero)A criançada chegou cedo e, à noite, já estavam brincando. (número)A gente vamos. (pessoa)

ALITERAÇÃO: é a repetição de consoantes ou de sílabas.O rei reza e rasga a raiva realmente.

SINESTESIA: é o cruzamento de duas ou mais sensações distintas ou, então, a atribuição a uma coisaqualidade que lhe é incompatível, aceita apenas no plano figurado.Grito áspero.Nossos olhos trocaram pensamentos.

POLISSÍNDETO: é o uso repetido da conjunção “e”.E o menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita.

ASSÍNDETO: é a omissão das conjunções coordenativas aditivas.Não sopra o vento; não gemem os ventos.

ANÁFORA: é a repetição da mesma palavra ou expressão no início de membros da frase.Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo acaba.

HIPÉRBOLE: é o exagero na afirmação.Já lhe disse um milhão de vezes.

EUFEMISMO: é o emprego de palavras ou expressões agradáveis, em substituição às que têm sentidogrosseiro ou desagradável.Dar o último suspiro.Faltar à verdade.

IRONIA: é sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do que as palavras ou as frases exprimem.Agiu sutil como um elefante.

PROSOPOPÉIA (PERSONIFICAÇÃO): é atribuir a seres inanimados qualidades e sentimentos humanos.As árvores são inteligentes e felizes.

ANTÍTESE: é o emprego de palavras ou expressões contastantes.Cada um leva consigo uma alma de covarde e uma alma de herói.

PARADOXO: é uma associação de idéias contraditórias.

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Voz do silêncio.Viver só na multidão.

GRADAÇÃO: é a apresentação de uma série de idéias em progressão de clímax ou anticlímax.Talvez eu fosse um padre, um bispo, um papa.Eu era pobre, um subalterno, um nada.

Tipos de discursos

Direto: o narrador reproduz a fala da personagem por meio das próprias palavras dela.Ele afirmou: “Não sei se conseguirei!”

Indireto: o narrador usa suas palavras para reproduzir uma fala de outrem.Ele afirmou que não sabe se conseguirá.

Indireto-livre: O narrador produz um texto em que retira propositadamente o conectivo, provocando umelo psicológico no discurso. A fala da personagem (que seria um discurso direto e mantém suascaracterísticas diretas) é desenvolvida como parte do texto narrativo do narrador e não da própriapersonagem.Ele afirmou que não era cachorro. Quem ele pensa que é? Quem ele pensa que sou?Exemplo 1Indique se houve discurso direto, indireto ou indireto-livre.1.“É preciso agir com muito tato” – afirmou a senhora.2. Capitu respondeu que não, mas o vereador não acreditou.3. Morda a língua – pensou a menina.4. Tinha medo e repetia que estava em perigo, mas isto lhe pareceu tãoabsurdo que se pôs a rir. Medo daquilo?Gabarito:1. direto2. indireto3. não há discurso, mas sim monólogo interior.4.indireto-livre

Tipologia textual

Os textos podem ser classificados, segundo sua tipologia textual, em dissertação, narração ou descrição.

Dissertação

Dissertar é apresentar uma idéia a partir de um ponto de vista sobre determinado assunto. O textodissertativo estrutura-se em conhecimento, informações, argumentação, opinião. A dissertação geralmenteé organizada em teseargumentação-conclusão. Encontramos, em concursos, algumas variantes do modelotradicional, porém, basicamente, a dissertação estrutura-se em exposição de idéias e argumentação.Exemplo de texto dissertativo:“Nos últimos 110 anos, poucas economias tiveram um desempenho tão formidável como a brasileira. O quechama a atenção, no país, é a sua capacidade de se desenvolver e, simultaneamente, sua incapacidade depromover um destino melhor aos seus desamparados.

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Mais do que isso: o Brasil, ao longo das últimas décadas, só tem conseguido crescer produzindo um númerocada vez maior de miseráveis.”(Revista Veja, 19 dezembro de 2001.)

Narração

O texto narrativo relaciona-se a mudança de tempo e ocorrência de ações. Narrar é relatar acontecimentosvividos por personagens e ordenados em uma lógica. Não há necessariamente preocupação com a idéiacomo ocorre no texto dissertativo. A narrar, conta-se uma história para o leitor.Exemplo:Geraldo, servidor público, 42 anos, conheceu Samanta em um beco em bairro de prostituição. A própriavivia de seus passeios alegrando homens solitários e com dinheiro para o prazer. Geraldo a tirou dessa vida elhe deu tudo de melhor: alugou um quarto em bairro decente, pagou médico, dentista, manicura… Davatudo quanto ela queria.Quando Samanta ficou bonita e com aparência de gente de sociedade, arranjou logo um namorado eabandonou Geraldo.

Descrição

O texto descritivo tem como características de detalhes, aspectos físicos e/ou psicológicos. O texto traz em sia capacidade de estimular imagens ou impressões a partir da organização das idéias apresentadas pelo autor.Alguns gramáticos definem o texto dissertativo como a fotografia formada por palavras. A descrição podeser assim sintetizada: é a recriação de imagens sensoriais na mente do leitor.Exemplo de texto descritivo:“Fui também recomendado ao Sanches. Achei-o supinamente antipático: cara extensa, olhos rasos, mortos,de um pardo transparente, lábios úmidos, porejando baba, meiguice viscosa de crápula antigo. Primeiro quefosse do coro dos anjos, no meu conceito era a derradeira das criaturas.”Raul Pompéia.

Interpretação e gramática (MUITO IMPORTANTE)

Algumas questões surpreendem os candidatos pela habilidade com que algumas bancas exigem, em ummesmo item da prova, interpretação e gramática. Muita calma quando isso ocorrer.ExemploPara que o enunciado apresentado na questão seguinte se reduza a uma só frase,algumas adaptações ecorreções devem ser feitas.Assinale a opção adequada conforme o enunciado anterior.I – A raposa lembra os despeitados. (idéia principal)II – Atributo dos despeitados: fingem-se superiores a tudo.III – A raposa desdenha das uvas. (oração com valor de adjetivo)IV – Causa do desdenho: não poder alcançar as uvas.a) Porque não pode alcançar as uvas de que ela desdenha, a raposa, fingindo-se superior a tudo, lembra osdespeitados.b) A raposa, desdenhando das uvas que não se podem alcançar, lembra os despeitados que se fingemsuperiores a tudo.

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c) A raposa, que desdenha as uvas porque não pode alcançá-las, lembra os despeitados, que se fingemsuperiores a tudo.d) Como não pode alcançar as uvas, a raposa que se finge superior a tudo e as desdenha, lembra osdespeitados.e) Fingindo-se superior a tudo, a raposa que desdenha das uvas porque não as pode alcançar, lembra dosdespeitados.

EXERCÍCIOS

1.Coloque 1 para descrição, 2 para narração, 3 para dissertação, e assinale a alternativa com a seqüênciacorreta.( ) Marta entrou no salão e não entendeu como aquele bilhete poderia mudar completamente sua vida.Teria duas horas para arrumar a mala e embarcar de avião para muito longe.( ) A Terra é uma grande nave. Nós, tripulantes suicidas, agredimos constantemente a natureza, poluindonosso reservatório de água potável sem nos preocuparmos com o dia de amanhã.( ) A manhã abria as portas para a entrada do sol, e os pássaros se espreguiçavam na laranjeira que lhesesticava seus ramos floridos. O céu, aos poucos, ia adquirindo um azul mais vivo e intenso.a) 2-3-1b) 1-3-2c) 3-1-2d) 1-2-3

gabarito: A

2) Desde o momento em que o homem, nos vôos de sua inteligência, se eleva acima das circunstânciasordinárias da vida, desde que o seu pensamento se lança no espaço, possuído desse desejo ardente, dessainspiração insaciável de atingir ao sublime, não é possível marcar-lhe um dique, ponto que lhe sirva demarco.Conclui-se do texto que:a) o homem, em vez de procurar conhecer os mistérios do Universo, devia preocupar-se com seusproblemas terrenos.b) as circunstâncias da vida impelem o homem a altos vôos de inteligência.c) a tendência do homem ao sublime é a razão de ser de seu espírito religioso.d) o homem se debate entre a mediocridade da vida cotidiana e a sublimidade do espírito.e) o anseio de conhecimento e de perfeição do homem não admite que se tente impor-lhe limites.

Gabarito: E

Há também uma série de dicas que podemos acrescentar para uma melhor interpretação de um texto,sãoelas:

01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente;03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos umas três vezes ou mais;04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;

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06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor;

07. Parta o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa,verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender oque se perguntou e o que se pediu;11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa;12. Quando o autor apenas sugerir idéia, procurar um fundamento de lógica objetiva;13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre nosentido do texto;15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta;16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem;17. O autor defende idéias e você deve percebê-las;18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto.Ex.: Ele morreu de fome.de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= morte de "ele").Ex.: Ele morreu faminto.faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando morreu.;19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idéias estão coordenadas entre si;20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe oudeterminando-lhe o significado.

Exercícios de interpretação de texto Leia o texto abaixo e responda às questões de 01 a 25. Assim como indicamos na dica de nº7,para finsdidáticos, colocaremos o texto parágrafo por parágrafo. Assim seu trabalho ficará mais fácil:

O bom selvagem e a sociedade cruelRoberto Campos

1º Parágrafo:Uma das perguntas mais intratáveis da vida moderna é sobre se o indivíduo tem precedência sobre o entecoletivo, ou o contrário? Prevalecerá a preferência pessoal de cada um, ou a vocação altruísta de se sacrificarpelos demais? Nas sociedades primitivas, o problema era menos complicado porque a sobrevivênciaindividual estava estreitamente ligada à do grupo. Mas por outro lado, o egoísmo grupal era implacável. Naera moderna, o indivíduo adquiriu autonomia, tornou-se cidadão votante e consumidor soberano. Osconflitos entre egoísmo e altruísmo foram complicados pelo anonimato, pela burocracia, e pelo gigantismodas sociedades. Fora do círculo íntimo da família nuclear, os laços de solidariedade tornaram-se indiretos e

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difusos.

01) O primeiro período do texto diz que:a) Há dúvidas quanto a se o indivíduo proveio do ente coletivo ou se foi o contrário.b) Não se trata de elaborar perguntas na vida moderna, pois o indivíduo tem preferência sobre o entecoletivo.c) Há dúvidas, na vida moderna, quanto a quem é mais importante: o indivíduo ou a sociedade?d) Há dúvidas, na vida moderna, quanto ao que surgiu antes: o indivíduo ou o ente coletivo?e) Há dúvidas quanto à possibilidade de se sacrificar o indivíduo, para melhorar a sociedade.

02) Há erros de pontuação no primeiro parágrafo do texto. Corrigindo-os, teremos:a) "...da vida moderna, é sobre, se o indivíduo..."; "...complicado, porque a sobrevivência..."b) "...complicado, porque a sobrevivência..."; "...Mas, por outro lado, o egoísmo..."; "...burocracia e pelogigantismo..."c) "...o problema, era menos complicado..."; "...Mas, por outro lado, o egoísmo..."; "...burocracia e pelogigantismo..."d) "...a vocação altruísta, de se sacrificar..." ; "...complicado, porque a sobrevivência..."; "...Mas, por outrolado, o egoísmo..."e) "...sociedades primitivas, o problema..."; "...foram complicados, pelo anonimato..."; "... Fora do círculoíntimo da família nuclear..."

03) Indique a afirmação correta em relação ao texto:a) Era mais fácil viver na sociedade primitiva, pois todos se ajudavam mutuamente.b) Os grupos que se formavam, na sociedade primitiva, não eram isolados uns dos outros.c) A burocracia existente na vida moderna arrefeceu os conflitos entre o egoísmo e o altruísmo.d) Em toda família nuclear, há laços de solidariedade.e) A vida moderna fortaleceu os conflitos entre o individualismo e o altruísmo.

2º Parágrafo:Mas há sempre algum altruísmo nas pessoas. Serão valores embutidos em nossa cultura por um legadoreligioso? Ou um impulso inato, recebido da natureza ao nascer? Sangue, e rios de tinta, ainda nãoresponderam a essa pergunta. No século 18, J. J. Rousseau, invertendo muitos séculos da visão pessimista dohomem naturalmente pecador e mau, embutida na tradição cristã, substituiu-a por uma idéia oposta: a dohomem que nasce virtuoso, e degenera na sociedade. É o "bom selvagem", uma das contribuições iniciais dadescoberta do Brasil ao pensamento europeu.

04) Segundo o texto, J. J. Rousseau:a) Afirmou que o homem é naturalmente pecador e mau, mas, devido à tradição cristão, quando nascevirtuoso, degenera na sociedade.b) É o bom selvagem que contribuiu para a descoberta do Brasil.c) Errou, ao inverter a visão da Igreja, que sempre acreditou ser o homem virtuoso, mas degenerador dasociedade.d) Contradisse a tradição cristã, ao afirmar que o homem nasce virtuoso, e a sociedade o corrompe.e) Contribuiu para a descoberta do Brasil, ao afirmar que o selvagem que aqui habitava era naturalmentebom.

05) O autor do texto:a) Afirma que as pessoas, de alguma maneira, são solidárias com as demais.

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b) Explica que existe nas pessoas algum conceito que a leva a praticar atos estranhos.c) Discute a validade de se levarem em consideração os ensinamentos da Igreja.d) Mostra o pensamento de um ateu, que escreveu obras contra a Igreja.e) Revela que nossa cultura tem valores embutidos por um cidadão, considerado legado religioso.

06) Considerando-se algumas palavras do texto, é errado afirmar que:a) Altruísmo está para altruísta assim como escotismo está para escoteiro.b) Embutidos está para embutir assim como vindo está para vir.c) Impulso está para impelir assim como decurso está para decorrer.d) Embutida está para imbutida assim como emigrar está para imigrar.e) Contribuições está para contribuir assim como intuições está para intuir.

07) No texto, foram empregadas em sentido conotativo as seguintes palavras:a) visão e pecador.b) tradição e idéia.c) altruísmo e valores.d) cultura e legado.e) sangue e rios.

3º Parágrafo:A inversão de Rousseau teve conseqüências imprevistas. Se o problema residia na sociedade, bastaria aohomem transformá-la para voltar ao paraíso. Tentação tanto mais irresistível quanto estava acontecendo atransição do mundo pré-industrial para os horizontes inexplorados da Revolução Industrial. Durante trêsséculos, a Era da Razão vinha abalando os alicerces intelectuais da cosmovisão religiosa que sustentara agrande unidade espiritual da Idade Média. E a vitória do racionalismo humanista trazia no bojo oliberalismo político e econômico.

08) A frase que altera a idéia básica do segundo período desse parágrafo é:a) Já que o problema residia na sociedade, bastaria ao homem transformá-la para voltar ao paraíso.b) Uma vez que o problema residia na sociedade, bastaria ao homem transformá-la para voltar ao paraíso.c) Como o problema residia na sociedade, bastaria ao homem transformá-la para voltar ao paraíso.d) Embora o problema residisse na sociedade, bastaria ao homem transformá-la para voltar ao paraíso.e) Porquanto o problema residisse na sociedade, bastaria ao homem transformá-la para voltar ao paraíso.

09) Segundo o texto:a) Três séculos depois de Rousseau, teve início a Idade Média.b) O liberalismo político e econômico era uma das caraterísticas do racionalismo humanista.c) A vitória do racionalismo humanista extinguiu o liberalismo político e econômico.d) A Era da Razão e a Idade Média são nomes para uma mesma época.e) O problema realmente residia na sociedade.

10) Não é certa a substituição de elementos do texto em:a) "...bastaria ao homem transformá-la, a fim de voltar ao paraíso."b) "...bastaria o homem transformá-la, para voltar ao paraíso."c) "... a Era da Razão vinha abalando as bases intelectuais da cosmovisão religiosa..."d) "...vinha abalando os alicerces intelectuais da concepção religiosa do mundo..."e) "...E o triunfo do racionalismo humanista trazia no bojo o liberalismo político e econômico."

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4º Parágrafo:Ao pular-se do pecado original para o "homem naturalmente bom num mundo mau", abriu-se uma grandeflorescência de socialismos que, em princípio, se propunham refazer a sociedade segundo uma utopiagenerosa. Em meados do século passado, veio um golpe: a teoria da evolução das espécies, de Darwin,segundo a qual, na natureza, os seres vivos evoluíam pela disputa de uns com outros no jogo dasobrevivência do mais apto. Essa idéia não foi logo entendida como ameaça pelos socialistas, porque, comoos seus coetâneos, tinham um profundo temor reverencial pela "ciência". Não demorariam, porém, aaparecer extrapolações como o "darwinismo social", e as idéias racistas supostamente "científicas". "Aovencedor as batatas", como diria Machado de Assis.

11) Apesar de o texto estar claro ao leitor leigo, um estudo mais profundo traria à tona um erro quemodificaria totalmente o sentido do primeiro período desse parágrafo, pois:a) Em princípio só aparentemente tem sentido temporal, mas, na verdade, tem valor concessivo, podendoser substituído por "apesar de". A expressão que indica tempo é "a princípio".b) Refazer possui o sentido de "fazer novamente"; isso daria o significado de que a sociedade não maisexistia, o que não condiz com a realidade.c) Ao pular-se denota interrupção na ação, como se uma ação abruptamente fosse interrompida, para queoutra se iniciasse. O certo seria "Ao se pular".d) Florescência significa "iluminação", o que denotaria que os socialismos já existiam, mas o autor quisindicar que eles surgiam naquele momento.e) Generosa é qualidade que só pode ser admitida em pessoas, portanto não cabe neste texto.

12) Na frase "Essa idéia não foi logo entendida como ameaça pelos socialistas...",a) Deve-se substituir essa por esta, pois os pronomes demonstrativos que indicam algo já apresentadoanteriormente no texto são este, esta, isto.b) Deve-se colocar logo depois de entendida, pois não se deve separar os verbos que formam locução verbalpor elemento algum.c) Há dois advérbios.d) Não há emprego de preposição.e) Não se deve substituir essa por esta, pois os advérbios que indicam algo já apresentado anteriormente notexto são esse, essa, isso. Análise 5º Parágrafo:Ondas ideológicas se sucederam, sem se decidir de vez quais os fatores determinantes do comportamentohumano: a natureza física, mais ou menos imutável, ou a sociedade e a cultura, amoldáveis em princípiopela ação política? Talvez o mais consistente tenha sido o paladino da "pátria do socialismo", Stalin, que,compreendendo o perigo das idéias, exterminou os hereges biólogos mendelianos, que duvidavam daverdade científica socialista, segundo a qual as características adquiridas pelo indivíduo se transmitiam porvia hereditária.

13) Segundo o texto:a) Stalin exterminou os biólogos mendelianos, porque estes acreditavam que as características adquiridaspelo indivíduo se transmitiam por via hereditária.b) Os biólogos mendelianos compreenderam o perigo das idéias científicas socialistas.c) Os biólogos mendelianos não acreditavam que as características adquiridas pelo indivíduo eramtransmitidas por via hereditárias.

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d) Stalin era considerado o paladino da pátria do socialismo, porque compreendeu o perigo das idéiascientíficas.e) Os que duvidavam da verdade científica socialista compreenderam o perigo das idéias dos biólogosmendelianos.

14) Considere as seguintes afirmações sobre o texto:I. Houve um período fértil, em relação à formação de idéias.II. É difícil encontrar o fator determinante do comportamento humano.III. Nada muda a natureza física do homem.

De acordo com o contexto, está certo o que se afirma em:

a) somente I.b) somente II.c) somente III.d) somente I e II.e) I, II e III.

15) Quais os termos do texto que retomam uma idéia já citada anteriormente?a) imutável e amoldáveis, pois são adjetivos que qualificam substantivos anteriores.b) a natureza física e ação política, pois claramente retomam elementos anteriores, representados porhumano e sociedade, respectivamente.c) mais e idéias, pois retomam ação e socialismo.d) Os dois que, pois são pronomes relativos que retomam Stalin e biólogos mendelianos, respectivamente.e) científica e hereditária, pois retomam verdade e indivíduo.

6º Parágrafo:Avanços recentes da genética trouxeram um complicador, ao sugerir que muitos traços comportamentaistêm base física nos genes. Naturalmente, nenhum cientista respeitável chegou ao ponto de afirmar que ohomem seja totalmente determinado pelo seu material genético. Mas certamente ficou enfraquecida acorrente externa que reduzia o indivíduo a meras determinações do contexto social.

16) Segundo esse parágrafo:a) O homem se comporta de acordo com o que aprende no contexto social.b) Apesar de não ser totalmente comprovado, acredita-se que o comportamento do homem sejadeterminado por seus genes.c) O homem é totalmente determinado por seu material genético.d) Apesar de enfraquecida a idéia, o que se sabe é que o homem é determinado pelo contexto social.e) O comportamento do ser humano depende das correntes externas que o reduz a determinantecomportamental.

17) Assinale a letra que não altera a idéia básica do primeiro período do parágrafo:a) Avanços recentes da genética trouxeram um complicador, no momento em que sugeriram que muitostraços comportamentais têm base física nos genes.b) Avanços recentes da genética trouxeram um complicador, na hora em que sugeriram que muitos traçoscomportamentais têm base física nos genes.c) Avanços recentes da genética trouxeram um complicador, desde que sugeriram que muitos traçoscomportamentais têm base física nos genes.

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d) Avanços recentes da genética trouxeram um complicador, quando sugeriram que muitos traçoscomportamentais têm base física nos genes.e) Avanços recentes da genética trouxeram um complicador, por sugerir que muitos traçoscomportamentais têm base física nos genes.

18) "Mas certamente ficou enfraquecida a corrente externa que reduzia o indivíduo a meras determinaçõesdo contexto social."A palavra grifada no trecho tem o mesmo significado da palavra grifada da letra:a) Trata-se de simples questão gramatical.b) Depois de marcar o meio da linha vamos dividi-la em duas partes iguais.c) O maravilhoso está presente em muitas das histórias infantis.d) O conjunto harmonizava-se ao toque do diretor, que acentuou o aspecto plástico das marcações e osefeitos de luz.e) Perdia-me a olhar-lhe os cabelos bem arrumados, viajando pelas ondas caídas para trás alisando asmechas irrequietas que saltavam pelas orelhas.

7º Parágrafo:Não se está aqui, pretendendo debater a tese do "gene egoísta", conforme a polêmica expressão de RichardDawkins. Nem se uma eficiente engenharia social é viável. Penso nessas questões porque me preocupo como simplismo obtuso de inculpar-se a sociedade por todos os males possíveis e imagináveis: da seca doNordeste à ignorância e às desigualdades. Carências há, sem dúvida. Mas podem ser relativas, criadas pelainsaciabilidade das veleidades humanas. Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, aopasso que um americano fica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado. E em São Paulo,presos condenados tocaram fogo nas celas porque queriam televisão a cabo e ar-condicionado!...

19) Segundo o autor:a) A sociedade é a grande culpada pelos males que assolam a nação brasileira.b) É errado atribuir à sociedade a culpa por todos os males que afligem a nação.c) A sociedade é insaciável, por isso ocorrem tantos males na nação.d) As carências existentes na sociedade são todas relativas, por isso não devem ser levadas a sério.e) Há grande preocupação com a simplicidade existente na sociedade, pois é isso que cria a ignorância e asdesigualdades.

20) É certo afirmar que:a) há, no texto, uma crítica aos americanos, devido à inveja que eles têm de seus vizinhos.b) o autor não acredita que haja carência verdadeira no Nordeste.c) Os únicos males possíveis e imagináveis do Brasil são a Seca do Nordeste, a ignorância e as desigualdades.d) Todas as penitenciárias de São Paulo deixam de atender os pedidos dos presos condenados.e) Muitas carências são criadas pelo desejo leviano de o homem querer ter mais do é necessário.

21) A frase que altera a idéia básica da frase "Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muitopouco, ao passo que um americano fica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado." é:a) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, mas um americano fica infeliz se tiverum pouco menos do que o vizinho do lado.b) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, ao mesmo tempo que um americanofica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado.c) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, enquanto um americano fica infeliz setiver um pouco menos do que o vizinho do lado.

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d) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, no entanto um americano fica infeliz setiver um pouco menos do que o vizinho do lado.e) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, quando um americano fica infeliz setiver um pouco menos do que o vizinho do lado.

8º Parágrafo:Há século e meio, Marx achava que a riqueza resultava da exploração da mais-valia do trabalho proletáriopela classe burguesa. A idéia não passou no "provão" da história. As desigualdades nas sociedades modernasprovêm sobretudo de que alguns conseguem maior produtividade, e acumulam mais, por conta do queproduzem. Bill Gates começou na garagem de casa com talento e informação, e se fez multibilionário comsuas inovações tecnológicas. O mistério do progresso está na inovação e na acumulação. A acumulaçãoaumenta a desigualdade em relação ao que não acumulou. Há dois séculos passados, as diferenças de rendaper capita entre os países ricos e os mais pobres eram de duas ou três vezes. O crescimento da produtividadedos atuais países industrializados, entre 1820 e 1913, foi quase sete vezes maior do que entre 1700 e 1820, ea renda real per capita cresceu três vezes no período. Hoje, a diferença entre a Suíça e o Burundi, é de 390vezes, e entre a média dos industrializados e a dos de mais baixa renda, é de 74 vezes. Possivelmente, o fatormais perverso terá sido o crescimento populacional descontrolado, que condenou os subdesenvolvidos acarregar água em peneira.

22) Considerando-se o texto, é incorreto afirmar que:a) Entre 1820 e 1913, o crescimento da renda per capita dos atuais países industrializados foi proporcionalao crescimento da produtividade dos mesmos países.b) Modernamente a teoria de Marx não mais é aceita como verdadeira.c) O fato de que alguns conseguem maior produtividade e, conseqüentemente, acumulam mais por conta doque produzem é fundamental para existir a desigualdade.d) A inovação e a acumulação são fatores preponderantes para a subsistência do progresso.e) É provável que o crescimento populacional descontrolado seja o fator mais importante para o aumentodas desigualdades sociais.

23) "Marx achava que a riqueza resultava da exploração da mais-valia do trabalho proletário pela classeburguesa." Os elementos destacados têm a mesma função sintática que os da frase:a) O crítico proferiu palavras discordantes das obras do artista.b) O partido desagregado dos fundamentos da Pátria não deve ser respeitado pelo eleitor.c) A abonação de suas faltas pela diretoria foi justíssima.d) Luiz da Cunha era estranho às apressadas solicitudes da Viscondessa de Bacelar com o futuro de sua filha.e) A algazarra dos soldados foi interrompida com a chegada do correio.

24) Em relação à frase "Há dois séculos passados...", retirada do texto, é certo afirmar que:a) Está absolutamente certa.b) Está errada, pois o verbo haver deveria estar no plural.c) Está errada, pois, como o verbo haver já indica tempo decorrido, não se deveria usar o adjetivo passado.d) O verbo haver deveria ser substituído pelo verbo fazer, sem qualquer outra mudança na frase.e) Está errada, pois, como o verbo haver é impessoal, o adjetivo passado também deveria estar no singular.

9º Parágrafo:Os governos já nos tungam uma proporção altíssima do PIB, superior à de qualquer país emdesenvolvimento. No entanto, União, Estados e municípios estão reduzidos quase à indigência, e nãocumprem direito suas funções sociais. É preciso que se diga que a carga fiscal reinante em nosso manicômio

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tributário é exagerada para nosso nível de renda. A partir de certo patamar, tributar mais reduz aprodutividade e a competitividade, piorando ao invés de melhorar as oportunidades de emprego. Oproblema social brasileiro não se resolve gastando mais e sim gastando melhor.

25) Nesse parágrafo o autor:a) critica a ação do governo em relação ao aumento exagerado dos tributos no país.b) argumenta favoravelmente ao governo no tocante ao aumento de impostos no país.c) julga improcedente a discussão acerca do cumprimento das funções sociais do Estado.d) acredita que o patamar mais elevado da produtividade está no tributar mais e reduzir a competitividadeno mercado.e) comenta que o nível de renda brasileira é baixo devido ao aumento dos impostos no país.

Releia o oitavo parágrafo do texto e elabore uma dissertação, apresentando seu ponto de vista em relação aoassunto abordado:

"Há século e meio, Marx achava que a riqueza resultava da exploração da mais-valia do trabalho proletáriopela classe burguesa. A idéia não passou no "provão" da história. As desigualdades nas sociedades modernasprovêm sobretudo de que alguns conseguem maior produtividade, e acumulam mais, por conta do queproduzem. Bill Gates começou na garagem de casa com talento e informação, e se fez multibilionário comsuas inovações tecnológicas. O mistério do progresso está na inovação e na acumulação. A acumulaçãoaumenta a desigualdade em relação ao que não acumulou. Há dois séculos passados, as diferenças de rendaper capita entre os países ricos e os mais pobres eram de duas ou três vezes. O crescimento da produtividadedos atuais países industrializados, entre 1820 e 1913, foi quase sete vezes maior do que entre 1700 e 1820, ea renda real per capita cresceu três vezes no período. Hoje, a diferença entre a Suíça e o Burundi, é de 390vezes, e entre a média dos industrializados e a dos de mais baixa renda, é de 74 vezes. Possivelmente, o fatormais perverso terá sido o crescimento populacional descontrolado, que condenou os subdesenvolvidos acarregar água em peneira."

Gabarito

1c2b3e4d5a6d7e8d9b10b11a12c13c14d15d

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16b17e18a19b20e21e22a23c24c25a

Ortografia

Emprego do h

O h é uma letra que se mantém em algumas palavras em decorrência da etimologia ou da tradição escrito donosso idioma. Algumas regras, quanto ao seu emprego devem ser observadas:

a) Emprega-se o h quando a etimologia ou a tradição escrita do nosso idioma assim determina. homem, higiene, honra, hoje, herói.

b) Emprega-se o h no final de algumas interjeições. Oh! Ah!

c) No interior dos vocábulos não se usa h, exceto:- nos vocábulos compostos em que o segundo elemento com h se une por hífen ao primeiro. super-homem, pré-história.

- quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh. Passarinho, palha, chuva.

Emprego do s

Emprega-se a letra s:

- nos sufixos -ês, -esa e –isa, usados na formação de palavras que indicam nacionalidade, profissão, estadosocial, títulos honoríficos.Chinês, chinesa, burguês, burguesa, poetisa.

- nos sufixos –oso e –osa (qua significa “cheio de”), usados na formação de adjetivos. delicioso, gelatinosa.

- depois de ditongos. coisa, maisena, Neusa.

- nas formas dos verbos pôr e querer e seus compostos.

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puser, repusesse, quis, quisemos.

- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com s. análise: analisar, analisado pesquisa: pesquisar, pesquisado.

Emprego do z

Emprega-se a letra z nos seguintes casos:- nos sufixos -ez e -eza, usados para formar substantivos abstratos derivados de adjetivos. rigidez (rígido), riqueza (rico).

- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com z. cruz: cruzeiro, cruzada. deslize: deslizar, deslizante.

Emprego dos sufixos –ar e –izar.

Emprega-se o sufixo –ar nos verbos derivados de palavras cujo radical contém –s, caso contrário, emprega-se –izar. análise – analisar eterno – eternizar

Emprego das letras e e i.

Algumas formas dos verbos terminados em –oar e –uar grafam-se com e. perdoem (perdoar), continue (continuar).

Algumas formas dos verbos terminados em –air, -oer e –uir grafam-se com i. atrai (atrair), dói (doer), possui (possuir).

Emprego do x e ch.

Emprega-se a letra x nos seguintes casos:

- depois de ditongo: caixa, peixe, trouxa.

- depois de sílaba inicial en-: enxurrada, enxaqueca (exceções: encher, encharcar, enchumaçar e seusderivados).

- depois de me- inicial: mexer, mexilhão (exceção: mecha e seus derivados).

- palavras de origem indígena e africana: xavante, xangô.

Emprego do g ou j

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Emprega-se a letra g

- nas terminações –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: prestígio, refúgio.- nas terminações –agem, -igem, -ugem: garagem, ferrugem.

Emprega-se a letra j em palavras de origem indígena e africana: pajé, canjica, jirau.

Emprego de s, c, ç, sc, ss.

- verbos grafados com ced originam substantivos e adjetivos grafados com cess. ceder – cessão. conceder - concessão. retroceder - retrocesso. Exceção: exceder - exceção.

- nos verbos grafados com nd originam substantivos e adjetivos grafados com ns. ascender – ascensão expandir – expansão pretender – pretensão.

- verbos grafados com ter originam substantivos grafados com tenção. deter – detenção conter – contenção.

Divisão Silábica

Na modalidade escrita, indicamos a divisão silábica com o hífen. Esta separação obedece às regras desilabação,são elas:

Não se separam:1. as letras com que representamos os dígrafos ch, lh e nh: cha-ma, ma-lha, ma-nhã, a-char, fi-lho, a-ma-nhe-cer;2. os encontros consonantais que iniciam sílaba: a-blu-ção, cla-va, re-gra, a-bran-dar, dra-gão, tra-ve;3. a consoante inicial seguida de outra consoante: gno-mo, mne-mô-ni-co, psi-có-ti-co;4. as letras com que representamos os ditongos: a-ni-mais, cá-rie, sá-bio, gló-ria, au-ro-ra, or-dei-ro, jó-ia, réu;5. as letras com que representamos os tritongos: a-güen-tar, sa-guão, Pa-ra-guai, u-ru-guai-a-na, ar-güiu, en-xá-guam.

Separam-se:1. as letras com que representamos os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc: car-ro, pás-sa-ro, des-ci-da, cres-ça, ex-ce-len-te;2. as letras com que representamos os hiatos: sa-ú-de, cru-el, gra-ú-na, re-cu-o, vô-o;

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3. as consoantes seguidas que pertencem a sílabas diferentes: ab-di-car, cis-mar, ab-dô-men, bis-ca-te, sub-lo-car, as-pec-to.

Divisão de palavras no fim da linha

Muitas vezes, quando estamos produzindo um texto, não há espaço no final da linha para escrevermosuma palavra toda. Devemos, então, recorrer a sua divisão em duas partes. Esta partição é sempre indicadacom hífen e obedece às regras de separação silábica que acabamos de mencionar.

Exemplo:

Todo aquele passado doloroso, de que mal começava adespreender-se, surgiu de novo ante ela, como um espectro im-placável. Curtiu novamente em uma hora que ali esteve imóveltodas as aflições e angústias, que havia sofrido durante doisanos. Esta fita escarlate queimava-lhe os olhos e os dedos comouma lâmina em brasa, e ela não tinha forças para retirar a vistae a mão das letras de ouro e púrpura, que entrelaçavam com onome de seu marido, o nome de outra mulher. (José de Alencar)

1 - (AMAN) Assinale a opção em que a divisão silábica não está corretamente feita:a) a-bai-xa-do b) si-me-triac) es-fi-a-pa-da d) ba-i-nhase) ha-vi-a

2 - (ESAF) Indique a alternativa em que há erro(s) de divisão silábica:a) res-sur-gir, a-ve-ri-güeis, vô-o, quais-querb) ca-í-ram, co-o-pe-rar, pig-meu, op-ção, cons-ti-tuin-tesc) tu-a, ai-ro-so, e-gí-pcio, su-bs-tan-ti-vo, pneu-má-ti-cod) ab-di-ca-ção, o-ci-den-tal, sor-rin-do, sou-bes-te, mne-mô-ni-cae) a-do-les-cen-te, mai-o-res, sub-ju-gar, me-lan-co-li-a, cir-cui-to

3 - (ESPCEX) Assinale a alternativa correta quanto à divisão silábica das palavras dadas:a) sa-gu-ão, mín-guam, a-bs-tra-to, de-lin-qüi-u, plúm-beob) fric-ção, rit-mo, pneu-má-ti-co, cai-ais, bo-ê-miac) mag-ne-tis-mo, en-xa-güei, ni-nha-ri-a, res-pe-i-to, mei-osd) su-blo-car, ca-iu, re-ce-pção, a-cces-sí-vel, subs-cre-vere) coi-ta-do, trans-a-tlân-ti-co, pis-ci-na, suas, põem

4 - PUC-RS) Aponte o único conjunto onde há erro na divisão silábica:

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a) flui-do, sa-guão, dig-nob) cir-cuns-cre-ver, trans-cen-den-tal, tran-sal-pi-noc) con-vic-ção, tung-stê-nio, rit-mod) ins-tru-ir, an-te-pas-sa-do, se-cre-ta-ri-ae) co-o-pe-rar, dis-tân-cia, bi-sa-vô

Gabarito

1 - D2 - A3 - B4 – C

Acentuação tônica

A acentuação tônica investiga a intensidade com que pronunciamos as sílabas das palavras de nossa língua.Aquelas sobre as quais recai a maior intensidade são as sílabas tônicas; as demais são as sílabas átonas. Deacordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos da língua portuguesa são classificados em:

oxítonos – são aqueles cuja sílaba tônica é a última:

coração procurar pior ruim sabiá também

paroxítonos – são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima:

álbum estrada desse posso retrato sabia

proparoxítonos – são aqueles cuja sílaba tônica é a antepenúltima:

amássemos Antártida friíssimo lágrima úmido xícara

Observação:

Para os monossílabos, a classificação é diferente: existem os monossílabos tônicos – pronunciadosintensamente – e os monossílabos átonos – pronunciados fracamente. Quando isolado todo monossílabo setorna tônico. Por isso, para diferenciar os tônicos dos átonos e vice-versa, é necessário pronunciá-los numaseqüência de palavras. Observe os monossílabos tônicos destacados:

“Sei que não vai dar em nada,Seus segredos sei de cor.”

Agora, nos mesmos versos, destacamos os monossílabos átonos:

“Sei que não vai dar em nada,Seus segredos sei de cor.”

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Acentuação gráfica

Os acentos

Em português, os acentos gráficos empregados são:

acento agudo (´) – colocado sobre as letras a, i, u e sobre o e da seqüência –em, indica que essas letrasrepresentam as vogais das sílabas tônicas: Amapá, saída, fúnebre, porém; sobre as letras e e o, indica querepresentam as vogais tônicas com timbre aberto: médico, herói.

Acento grave (`) – indica as diversas possibilidades de crase da preposição a com artigos e pronomes: à, às,àquele, àquela, àquilo, por exemplo.

Acento circunflexo (^) – indica que as letras e e o representam vogais tônicas com timbre fechado; surgesobre a letra a que representa a vogal tônica, normalmente diante de m, n, ou nh: mês, lêem, pêssego,compôs, câmara.

Trema (¨) – indica que a letra u representa semivogal nas seqüências gue, gui; que, qui: agüentar, sagüi,cinqüenta, tranqüilo.

Til (~) – indica que as letras a e o representam vogais nasais: órfã, mãozinha; corações, põe.

Também indica que a vogal é tônica em casos em que, pelas regras a acentuação gráfica é obrigatória: rã,maçã.

Regras fundamentais

Proparoxítonas

Todas as palavras proparoxítonas são graficamente acentuadas.

árvore, álibi, lâmpada, pêssego, quiséssemos, África.

Paroxítonas

São acentuadas as palavras paroxítonas que apresentam as seguintes terminações:i (s), us vírus, bônus, júri, lápis, tênisum, uns fórum, álbum, álbuns, médiumr caráter, mártir, revólverx tórax, ônix, látexn hífen, pólen, abdômenl fácil, amável, indelévelditongos Itália, Áustria, memória, cárie, róseo, Ásia, fáceis, férteis,orais imóveis, fósseis, jérsei (crescentese decrescentes)ão (s) órgão, órgãos, sótão, sótãosã (s) órfã, órfãs, ímã, ímãsps bíceps, fórceps

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Oxítonas

São acentuadas as palavras oxítonas que apresentam as seguintes terminações:

a (s) maracujá, ananáse (s) café, cafés, vocêo (s) dominó, paletós, vovô, vovóem, ens armazém, vintém, armazéns, vinténs

Essa regar aplica-se também aos seguintes casos:

a) monossílabos tônicos terminados em a,e o (seguidos ou não de s)pá, pé, pó, pás, pés, pós, lê, vê, dê, hás, crês

b) formas verbais terminadasu em a, e, o tônicos seguidas de lo, la, los, lasamá-lo, dizê-lo, repô-la, fá-lo-á, pô-lo

Regras especiais

1. Os ditongos de pronúncia aberta eu, éi, oi recebem acento agudo na vogal.Céu, chapéu, anéis, coronéis, herói, anzóis, caracóis, Andréia

2. Coloca-se acento circunflexo na primeira vogal dos hiatos ôo e êe.vôo, enjôo, vôos, enjôos, corôo, perdôo, abençôo, lêem, descrêem, dêem, relêem

3. Coloca-se acento nas vogais i e u que formam hiato com a vogal anterior.sa-í-da, sa-ís-te, sa-ú-de, ba-la-ús-tre, sa-í-mos, ba-ú, ra-í-zes, ju-í-zes, Lu-ís, sa-í, pa-ís, He-lo-í-sa

a) Não se acentuam o i e o u que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z:Ra-ul, ru-im, com-tri-bu-in-te, sa-ir-des, ju-iz

b) Não se acentuam as letras i e u dos hiatos se estiverem seguidas do dígrafo nh:ra-i-nha, vem-to-i-nha

c) Não se acentuam as letras i e u dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica:xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba

No entanto, se se tratar de palavra proparoxítona haverá o acento, já que a regra de acentuação dasproparoxítonas prevalece sobre a dos hiatos:fri-ís-si-mo, se-ri-ís-si-mo

4. Coloca-se trema na letra u dos encontros gue, gui, que, qui, quando pronunciada atonamente (nessescasos, o ü é semivogal).tranqüilo, freqüente, lingüiça, sagüi

Se a letra u de tais encontros for pronunciada tonicamente, levará acento agudo (nesses casos, o ú é vogal).averigúe, apazigúe, argúi, argúis

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Page 28: LÍNGUA PORTUGUESA

Se a letra u de tais encontros não for pronunciada, evidentemente não levará acento algum (nesses casos,temos dígrafos).quilo, quente, guerra, guerreiro, queijo

5. Os verbos ter e vir levam acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo.

singular pluralele tem eles têmele vem eles vêm

6. Os verbos derivados de ter e vir levam acento agudo na terceira pessoa do singular e acento circunflexona terceira pessoa do plural do presente do indicativo.

singular pluralele retém eles retêmele intervém eles intervêm

1. (IBGE) Assinale a opção cuja palavra não deve ser acentuada:

a) Todo ensino deveria ser gratuito.

b) Não ves que eu não tenho tempo?

c) É difícil lidar com pessoas sem carater.

d) Saberias dizer o conteudo da carta?

e) Veranópolis é uma cidade que não para de crescer.

2. (IBGE) Assinale a opção que contém as três, dentre as cinco palavras sublinhadas, que devem receberacento gráfico:

Eles tem de, sozinhos, aparar o pelo do animal e prepara-lo para a exposiçao.

A estrategia utilizada pelo jogador pos a rainha em perigo em tempo recorde.

Saimos do tribunal mas, por causa do tumulto, não conseguimos a rubrica dos juizes.

A quimica vem produzindo novas cores para as industrias de tecido.

Eles não veem o apoio que se da a qualquer pessoa que aqui vem pedir ajuda.

3. (EPCAR) Assinale a série em que todos os vocábulos devem receber acento gráfico:

a) Troia, item, Venus

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b) hifen, estrategia, albuns

c) apoio (subst.), reune, faisca

d) nivel, orgão, tupi

e) pode (pret. perf.), obte-las, tabu

4. (BB) Opção correta:

a) eclípse d) saída

b) juíz e) intúito

c) agôsto

5. (BB) "Alem do trem, voces tem onibus, taxis e aviões".

a) 5 acentos d) 2 acentos

b) 4 acentos e) 1 acento

c) 3 acentos

6. (BB) Monossílabo tônico:

a) o d) luz

b) lhe e) com

c) e

7. (BB) Leva acento:

a) pêso d) tôda

b) pôde e) cêdo

c) êste

8. (BB) Não leva acento:

a) atrai-la d) vende-la

b) supo-la e) revista-la

c) conduzi-la

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Page 30: LÍNGUA PORTUGUESA

9. (BB) Noite:

a) hiato d) dígrafo

b) ditongo e) encontro consonantal

c) tritongo

10. (UF-PR) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos:

a) paletó, avô, pajé, café, jiló

b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis

c) você, capilé, Paraná, lápis, régua

d) amém, amável, filó, porém, além

e) caí, aí, ímã, ipê, abricó

11. (ITA) Dadas as palavras:

1. tung-stê-nio 2. bis-a-vô 3. du-e-lo

Constatamos que a separação silábica está correta:

a) apenas na palavra nº 1 d) em todas as palavras

b) apenas na palavra nº 2 e) n.d.a

c) apenas na palavra nº 3

12. (OSEC) O plural de tem, dê, vê; é, respectivamente:

a) têm, dêem, vêm d) têem, dêem, vêm

b) tem, dêem, vêem e) têem, dêem, vêem

c) têm, dêem, vêem

13. (FGV-RJ) Assinale a alternativa que completa as frases:

I - Cada qual faz como melhor lhe ....... .

II - O que ....... estes frascos?

III - Nestes momentos os teóricos ....... os conceitos.

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Page 31: LÍNGUA PORTUGUESA

IV - Eles ....... a casa do necessário.

a) convém, contêm, revêem, provêem

b) convém, contém, revêem, provém

c) convém, contém, revêm, provém

d) convêm, contém, revêem, provêem

e) convêm, contêm, revêem, provêem

14. (CESCEM) Sob um ..... de nuvens, atracou no ..... o navio que trazia o ..... .

a) veu, porto, heroi d) véu, porto, heroi

b) veu, pôrto, herói e) véu, porto, herói

c) véu, pôrto, herói

15. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que os vocábulos obedecem à mesma regra de acentuaçãográfica:

a) pés, hóspedes d) últimos, terrível

b) sulfúrea, distância e) satânico, porém

c) fosforescência, provém

16. (SANTA CASA) As palavras após e órgãos são acentuadas por serem respectivamente:

a) paroxítona terminada em s e proparoxítona

b) oxítona terminada em o e paroxítona terminada em ditongo

c) proparoxítona e paroxítona terminada em s

d) monossílabo tônico e oxítona terminada em o, seguida de s

e) proparoxítona e proparoxítona

17. (MACK) Indique a alternativa em que nenhuma palavra é acentuada graficamente:

a) lapis, canoa, abacaxi, jovens d) voo, legua, assim, tenis

b) ruim, sozinho, aquele, traiu e) flores, açucar, album, virus

c) saudade, onix, grau, orquidea

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18. (CESGRANRIO) Aponte a única série em que pelo menos um vocábulo apresente erro no que dizrespeito à acentuação gráfica:

a) pegada - sinonímia d) ritmo - itens

b) êxodo - aperfeiçoe e) redimí-la - grátis

c) álbuns - atraí-lo

19. (PUCC) Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acentuado:

a) hífen d) rítmo

b) ítem e) n.d.a

c) ítens

20. (ITA) Dadas as palavras: 1. des-a-len-to 2. sub-es-ti-mar 3. trans-tor-no,

constatamos que a separação silábica está correta:

a) apenas na número 1 d) em todas as palavras

b) apenas na número 2 e) n.d.a

c) apenas na número 3

21. (AMAN) Assinale a opção em que a divisão silábica não está corretamente feita:

a) a-bai-xa-do d) ba-i-nhas

b) si-me-tria e) ha-vi-a

c) es-fi-a-pa-da

22. (PUCC) A última reforma ortográfica aboliu o acento gráfico da sílaba subtônica e o acentodiferencial de timbre. Por isso, não há erro de acentuação na alternativa:

a) surpresa, pelo (contração), sozinho

b) surprêsa, pelo (contração), sózinho

c) surprêsa, pélo (verbo), sozinho

d) surpresa, pêlo (substantivo), sózinho

e) n.d.a

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23. (ITA) Assinale a seqüência sem erro de acentuação:

a) pára (verbo), pêlo (substantivo), averigúe, urutu

b) para (verbo), pelo (substantivo), averigúe, urutu

c) pára (verbo), pêlo (substantivo), averigüe, urutu

d) pára (verbo), pelo (substantivo), averigüe, urutú

e) para (verbo), pêlo (substantivo), averigúe, urutú

24. (IMES) Assinale a alternativa em que a palavra não tem as suas sílabas corretamente separadas:

a) in-te-lec-ção d) psi-co-lo-gia

b) cons-ci-ên-cia e) ca-a-tin-ga

c) oc-ci-pi-tal

25. (SANTA CASA) As silabadas, ou erros de prosódia, são freqüentes no uso da língua. Assinale aalternativa onde não ocorre nenhuma silabada:

1.

Eis aí um protótipo de rúbrica de um homem vaidoso. 2.

Para mim a humanidade está dividida em duas metades: a dos filântropos e a dos misântropos. 3.

Os arquétipos de iberos são mais pudicos que se pensa. 4.

Nesse ínterim chegou o médico com a contagem de leucócitos e o resultado da cultura de levêdos. 5.

Ávaro de informações, segui todas as pegadas do éfebo.

26. (FGV-RJ) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas:

a) raiz, raízes, sai, apóio, Grajau

b) carretéis, funis, índio, hifens, atrás

c) buriti, ápto, âmbar, dificil, almoço

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d) órfão, afável, cândido, caráter, Cristovão

e) chapéu, rainha, tatu, fossil, conteúdo

27. (PUC) Na palavra conseqüência o acento gráfico se justifica em função de ser:

a) proparoxítona terminada em ditongo decrescente

b) paroxítona terminada em ditongo crescente

c) paroxítona terminada em ditongo decrescente

d) proparoxítona terminada em ditongo

e) paroxítona terminada em ditongo nasal

28. (OBJETIVO) Assinale a alternativa correta quanto à acentuação:

a) Eu pélo o pêlo pelo prazer de pelar.

b) É macio o pelo do cão.

c) Comi a pera.

d) É o polo Norte.

e) Os professores mandaram por este álbum sobre a mesa.

29. (FAC. ENG-SOROCABA) Conforme a numeração, assinale a alternativa correta no que se refere àacentuação gráfica:

I - erro II - sede III - torre IV - almoço V - governo

a) nenhuma das alternativas está correta

b) apenas os números II e III estão corretos

c) apenas os números II e IV estão corretos

d) apenas os números IV e V estão corretos

e) todas as numerações estão corretas

30. (MED. TAUBATÉ) Apenas uma das alternativas abaixo apresenta erro de acentuação. Assinale-a:

a) baú, véu d) super-homem, órgão

b) lêem, vôo e) raízes, bênção

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c) comer, anti-rabico

31. (OBJETIVO) Em que par só uma das palavras deveria receber o trema?

a) cinqüenta, agüentar d) ungüento, freqüente

b) qüinqüênio, eloqüente e) lingüiça, güerra

c) tranqüilo, lingüística

32. (VIÇOSA) Todas as palavras abaixo obedecem à mesma regra de acentuação, exceto:

a) já d) dói

b) nós e) há

c) pés

33. (MACK) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretas quanto à acentuação gráfica:

a) Grajaú, balaustre, urubús d) heróico, assembléia, côroa

b) árduo, língua, raíz e) túneis, apôio, equilíbrio

c) raízes, fúteis, água

34. ( ENG. ITAJUBÁ) Nenhum dos vocábulos abaixo deve receber acento gráfico, exceto:

a) maligno d) improbo

b) gratuito e) item

c) degrau

35. (PUCC) Assinale a alternativa em que nenhuma palavra deve receber acento gráfico:

a) o governo, o juri, a garoa d) item, polen, cedo

b) preto, fossil, seres e) n.d.a

c) itens, polens, erros

36. (CARLOS CHAGAS) À luz de seu magnífico ............-de-sol, ..............., parece uma cidade ............... .

a) por, Paranavaí, tranquila d) pôr, Paranavaí, tranqüila

b) por, Paranavai, tranquila e) pôr, Paranavaí, tranquila

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c) por, Paranavai, tranqüila

37. (FURG-RS) A seqüência de palavras cujas sílabas estão separadas corretamente é:

a) a-dje-ti-va-ção / im-per-do-á-vel / bo-ia-dei-ro

b) in-ter-ve-io / tec-no-lo-gi-a / su-bli-nhar

c) in-tu-i-to / co-ro-i-nha / pers-pec-ti-va

d) co-ro-lá-rio / subs-tan-ti-vo / bis-a-vó

e) flui-do / at-mos-fe-ra / in-ter-vei-o

38. (FURG-RS) Assinale a seqüência em que todas as palavras estão partidas corretamente:

a) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar

b) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu

c) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar

d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-scre-ver

e) cis-an-di-no, es-pé-cie, a-teu

39. (UFV-MG) As sílabas das palavras psicossocial e traído estão corretamente separadas em:

a) psi-cos-so-ci-al / tra-í-do d) p-si-co-sso-cial / tra-í-do

b) p-si-cos-so-cial / tra-í-do e) psi-co-sso-cial / tra-í-do

c) psi-co-sso-ci-al / traí-do

40. (ACAFE-SC) Na frase "No restaurante, onde entrei arrastando os cascos como um dromedário,resolvi-me ver livre das galochas", existem:

a) dois ditongos, sendo um crescente e um decrescente

b) três ditongos, sendo dois crescentes e um decrescente

c) três ditongos, sendo um crescente e dois decrescentes

d) quatro ditongos, sendo dois crescentes e dois decrescentes

e) quatro ditongos, sendo três crescentes e um decrescente

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41. (UEPG-PR) Nesta relação, as sílabas tônicas estão sublinhadas. Uma delas, porém, está sublinhadaincorretamente. Assinale-a:

a) in-te-rim d) gra-tui-to

b) pu-di-co e) i-nau-di-to

c) ru-bri-ca

42. (UNIRIO) "O bom tempo passou e vieram as chuvas. Os animais todos, arrepiados, passavam os diascochilando." No trecho ao lado, temos:

a) dois ditongos e três hiatos d) três ditongos e três hiatos

b) cinco ditongos e dois hiatos e) quatro ditongos e dois hiatos

c) quatro ditongos e três hiatos

43. (UNIRIO) Assinale a melhor resposta. Em papagaio, temos:

a) um ditongo d) um proparoxítono

b) um trissílabo e) um tritongo

c) um dígrafo

44. (UM-SP) Assinale a alternativa em que pelo menos um vocábulo não seja acentuado:

a) voo, orfão, taxi, balaustre d) papeis, onix, bau, ambar

b) itens, parabens, alguem, tambem e) hifen, cipos, leem, pe

c) textil, amago, cortex, roi

45. (UFSCAR-SP) Assinale a série em que todas as palavras estão acentuadas corretamente:

a) idéia, úrubu, suíno, ênclise

b) bíceps, heróico, ítem, fóssil

c) tênis, fôsseis, caiste, japonesa

d) fútil, hífen, ânsia, decaído

e) apóia, tapête, órfã, ruína

46. (BB) Afirmativa falsa:

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Page 38: LÍNGUA PORTUGUESA

a) Dôce é acentuada graficamente

b) Há acento indevido em raíz

c) Falta acento em ruina

d) Têm está acentuada por indicar plural

e) Funil não deve ser acentuada graficamente

47. (BB) Único segmento errado quanto à acentuação gráfica: Tens idéia de quanto é inútil bancar omártir? Nesse rítmo, acabas perdendo o juízo.

a) idéia d) rítmo

b) inútil e) juízo

c) mártir

48. (BB) Opção com as duas palavras grafadas incorretamente:

a) repôr, ítem d) revólver, parabéns

b) contínuo, órgão e) apóio, jaburú

c) atribuía, alô

49. (TRT) Assinale a alternativa em que todas as palavras são paroxítonas (foram omitidos os acentos):

a) rubrica - avaro - pegada - acrobata

b) mister - filantropo - misantropo - condor

c) pegaso - prototipo - arquetipo - rubrica

d) necromancia - quiromancia - ibero - nobel

e) nenhuma das anteriores

50. (ESAF) Indique a alternativa em que há erro(s) de divisão silábica:

a) res-sur-gir, a-ve-ri-güeis, vô-o, quais-quer

b) ca-í-ram, co-o-pe-rar, pig-meu, op-ção, cons-ti-tuin-tes

c) tu-a, ai-ro-so, e-gí-pcio, su-bs-tan-ti-vo, pneu-má-ti-co

d) ab-di-ca-ção, o-ci-den-tal, sor-rin-do, sou-bes-te, mne-mô-ni-ca

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Page 39: LÍNGUA PORTUGUESA

e) a-do-les-cen-te, mai-o-res, sub-ju-gar, me-lan-co-li-a, cir-cui-to

51. (ESAF) Em todas as alternativas as palavras foram acentuadas corretamente, exceto em:

a) Eles têm muita coisa a dizer.

b) Estude os dois primeiros ítens do programa.

c) Afinal, o que contém este embrulho?

d) Foi agradável ouvir aquele orador.

e) Por favor, dêem-lhe uma nova chance.

52. (ADM. POSTAL CORREIOS) Marque o item que completa corretamente a frase: Aquelesque ............... do interior, ............... a cidade grande como o mundo que lhes ............... .

a) vêem - vêm - convêm d) vêem - vêem - convém

b) vêm - vêem - convêm e) vêm - vem - convem

c) veem - vêm - convem

53. (ADM. POSTAL CORREIOS) Assinale a opção em que os vocábulos não obedecem à mesma regra deacentuação gráfica:

a) idéia - herói - escarcéu

b) concluído - saúde - atribuí-lo

c) amá-lo - fazê-lo - pô-lo

d) conseqüência - mágoa - homogêneo

e) cáqui - ninguém - amável

54. (UEG) Indique o par em que o acento gráfico não tem a mesma função:

a) círculo - líquido d) água - pára

b) notícia - proprietário e) difíceis - amáveis

c) pôr - pára

55. (CARLOS CHAGAS) - Por favor, .......... com esse .......... pois precisamos de .......... .

a) para, ruído, tranqüilidade d) pára, ruido, tranqüilidade

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b) para, ruido, tranquilidade e) pára, ruído, tranqüilidade

c) para, ruído, tranquilidade

56. (CARLOS CHAGAS) Terminado o .........., o .......... recebeu .......... aplausos.

a) vôo - herói - veemêntes d) voo, herói, veemêntes

b) voo - heroi - veemêntes e) vôo, herói, veementes

c) vôo - heroi - veementes

57. (ESPCEX) Assinale a alternativa cujas palavras estão corretas quanto à acentuação:

a) Luis, apôio, nódoa, próton, chapéuzinho

b) gratuíto, eu apóio, ítem, pêras, álbuns

c) sauduíche, averigúe, refém, puni-lo, amável

d) âmago, ônus, amá-lo-íeis, itens, taxi

e) biquini, juíz, áureo, joquei, eles mantém

58. (ESPCEX) Assinale a alternativa correta quanto à divisão silábica das palavras dadas:

a) sa-gu-ão, mín-guam, a-bs-tra-to, de-lin-qüi-u, plúm-beo

b) fric-ção, rit-mo, pneu-má-ti-co, cai-ais, bo-ê-mia

c) mag-ne-tis-mo, en-xa-güei, ni-nha-ri-a, res-pe-i-to, mei-os

d) su-blo-car, ca-iu, re-ce-pção, a-cces-sí-vel, subs-cre-ver

e) coi-ta-do, trans-a-tlân-ti-co, pis-ci-na, suas, põem

59. (FUVEST) Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam corretamente acentuadas:

a) Tietê, órgão, chapéuzinho, estrêla, advérbio

b) fluido, geléia, Tatuí, armazém, caráter

c) saúde, melância, gratuíto, amendoím, fluído

d) inglês, cipó, cafèzinho, útil, réu

e) canôa, heroismo, crêem, Sergípe, bambú

43

Page 41: LÍNGUA PORTUGUESA

60. (PUC-RS) Aponte o único conjunto onde há erro na divisão silábica:

a) flui-do, sa-guão, dig-no

b) cir-cuns-cre-ver, trans-cen-den-tal, tran-sal-pi-no

c) con-vic-ção, tung-stê-nio, rit-mo

d) ins-tru-ir, an-te-pas-sa-do, se-cre-ta-ri-a

e) co-o-pe-rar, dis-tân-cia, bi-sa-vô

61. (UFF) Apenas num dos seguintes casos a divisão silábica não está feita de

acordo com as normas vigentes. Assinale-o:

a) tran-sa-tlân-ti-co d) fri-ís-si-mo

b) ab-di-ca-ção e) cis-an-di-no

c) subs-ta-be-le-cer

62. (TRE-MT) A alternativa em que as duas palavras acentuadas não seguem a mesma regra deacentuação é:

a) ninguém - também d) escrúpulos - síntese

b) dólar - pólo e) heróis - bóia

c) eficiência - próprio

63. (TRE-MT) Segue a mesma regra de acentuação de país a palavra:

a) saúde d) grêmios

b) aliás e) heróis

c) táxi

64. (TRE-ES) "Aí" é acentuada pelo mesmo motivo de:

a) aquí d) baú

b) dá e) porém

c) é

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Page 42: LÍNGUA PORTUGUESA

65. (TRE-MG) Assinale a palavra que contém exemplo de ditongo decrescente e dígrafo:

a) companhia d) cãimbra

b) exceção e) gratuito

c) répteis

66. (LICEU) Acentue as palavras abaixo e encontre a alternativa que corresponda, respectivamente, aróseo, tímida e encontrará:

a) Nobel, interim, papeis d) pudico, palida, mister

b) condor, avaro, alguem e) levedo, libido, ruim

c) ruim, filantropo, condor

67. (UEG) Assinale o único vocábulo cujo critério de acentuação gráfica é o mesmo que determinou oemprego do acento em "idéia":

a) história d) família

b) difíceis e) fidélis

c) jóia

68. (TRE-MT) A separação de sílabas está incorreta na alternativa:

a) mi - nis - té - rio d) té-cni-co

b) ab-so-lu-tas e) res-sen-ti-men-tos

c) ne-nhu-ma

69. (MACK) Assinale a única alternativa em que nenhuma palavra é acentuada graficamente:

a) bonus, tenis, aquele, virus d) levedo, caracter, condor, ontem

b) repolho, cavalo, onix, grau e) caju, virus, niquel, ecloga

c) juiz, saudade, assim, flores

70. (TRE-RJ) A alternativa que apresenta erro quanto à acentuação em um dos vocábulos é:

a) lápis - júri d) raízes - amável

b) bônus - hífen e) Anhangabaú - bambú

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Page 43: LÍNGUA PORTUGUESA

c) ânsia - série

71. (TRE-MG) Ambas as palavras contêm exemplo de hiato em:

a) árduo / mãe d) pavio / moer

b) área / chapéu e) luar / anzóis

c) diário / quota

72. (ETF-SP) Assinalar a alternativa correta quanto à acentuação:

a) Para por o sotão em ordem foram necessárias duas pessoas.

b) Aqueles índios se alimentam de raizes e andam nús pela floresta.

c) Já faz três mêses que saí da presidência da emprêsa.

d) O elevador só pára se o botão for acionado.

e) O remedio que combate esse virus já foi descoberto?

73. (TTN) Marque a alternativa correta quanto à divisão silábica:

a) fi-a-do, flui-do, ru-im

b) se-cre-ta-ri-a, ins-tru-ir, né-ctar

c) co-o-pe-rar, tung-stê-nio, i-guais

d) cir-cui-to, subs-cre-ver, a-po-te-ose

e) abs-ces-so, ri-tmo, sub-ju-gar

74. (TTN) Assinale a frase incorreta quanto à acentuação gráfica:

1.

A funcionária remeterá os formulários até o início do próximo mês. 2.

Ninguém poderia prever que a catástrofe traria tamanho ônus para o país. 3.

Este voo está atrasado; os senhores tem que embarcar pela ponte aerea e fazer conexão no Rio paraFlorianopolis. 4.

46

Page 44: LÍNGUA PORTUGUESA

O pronunciamento feito pelo diretor na assembléia revestia-se de caráter inadiável. 5.

Segundo o regulamento em vigor, o órgão competente tomará as providências cabíveis.

75. (TTN) Assinale o trecho que apresenta erro de acentuação gráfica:

1.

Inequivocamente, estudos sociológicos mostram que, para ser eficaz, o chicote, anátema dasociedade colonial, não precisava bater sobre as costas de todos os escravos. 2.

A diferença de ótica entre os díspares movimentos que reivindicam um mesmo amor à natureza seenraízam para além das firulas das discussões político-partidárias. 3.

No âmago do famoso santuário, erguido sob a égide dos conquistadores, repousam enormes caixascilíndricas de oração em forma de mantras, onde o novel na fé se purifica. 4.

O alvo da diatribe, o fenômeno da reprovação escolar, é uma tolice inaceitável, mesmo em umparadígma de educação deficitária em relação aos menos favorecidos. 5.

Assustada por antigas endemias rurais, a, até então, álacre sociedade brasileira tem, enfim,consciência do horror que seria pôr filhos em um mundo tão inóspito.

76. (UF-PI) Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam acentuadas corretamente:

a) Quero por um ponto final nessa polêmica.

b) Com desconfiança, apos sua rúbrica em todos os documentos.

c) Preferem maçã à pera.

d) Lavou o pelo do animal com sabão comum.

e) Como bom contador, ele gosta de boêmia.

77. (CESGRANRIO) Assinale o item em que ocorre erro ortográfico:

a) ele mantém / eles mantêm d) ele vê / eles vêem

b) ele dê / eles dêem e) ele contém / eles contêem

c) ela contém / elas contêm

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78. (PUC-RJ) Aponte a opção em que as duas palavras são acentuadas devido à mesma regra:

a) saí - dói d) dá - custará

b) relógio - própria e) até - pé

c) só - sóis

79. (UNIRIO) Assinale a opção em que o vocábulo apresenta ao mesmo tempo um encontroconsonantal, um dígrafo consonantal e um ditongo fonético:

a) ninguém d) nenhum

b) coalhou e) murcham

c) iam

80. (TRT-ES) Leia o texto e assinale o item que apresenta correta divisão silábica: Atualmente, as plantasmedicinais voltam a suscitar grande interesse, tanto na área dos profissionais da saúde como na própriasociedade.

a) mui-to / su-sci-tar d) sus-ci-tar / me-di-ci-nais

b) saú-de / so-cie-da-de e) in-te-res-se / a-tual-men-te

c) me-di-ci-na-is / sa-ú-de

Gabarito

1 - A 21 - B 41 - A 61 - E

2 - A 22 - A 42 - A 62 - B

3 - B 23 - A 43 - A 63 - A

4 - D 24 - D 44 - B 64 - B

5 - A 25 - C 45 - D 65 - B

6 - D 26 - B 46 - A 66 - D

7 - B 27 - B 47 - D 67 - C

8 - C 28 - A 48 - A 68 - D

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9 - B 29 - E 49 - A 69 - C

10 - A 30 - C 50 - C 70 - E

11 - C 31 - E 51 - B 71 - D

12 - C 32 - D 52 - B 72 - D

13 - A 33 - C 53 - E 73 - A

14 - E 34 - D 54 - D 74 - C

15 - B 35 - C 55 - E 75 - D

16 - B 36 - D 56 - E 76 - E

17 - B 37 - E 57 - C 77 - E

18 - E 38 - C 58 - B 78 - B

19 - A 39 - A 59 - B 79 - E

20 - C 40 - C 60 - C 80 - D

As Classes Gramaticais

SUBSTANTIVO

Colômbia, bola, medo, trovão, paixão, etc. Essas palavras estão dando nome a lugar, objeto, sensação física,fenômenos da natureza, emoções, enfim as coisas em geral. Esses nomes são chamados SUBSTANTIVOS.Assim, podemos dizer que substantivo é a palavra que dá nome aos seres. Eles podem ser classificados daseguinte forma:

Concreto;

Abstrato;

Comuns;

Próprios.

CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO

Substantivo - É aquele que indica a existência de seres reais ou imaginários.Exemplos:

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Reais imaginários

Brasil bruxa

Recife curupira

ABSTRATOÉ aquele que indica sentimentos, qualidades, ações, estados e sensações.Exemplo:Sentimento: amor, ódio, paixão;

Qualidade: honestidade, fidelidade, perfeccionismo;

Ações: trabalho, doação;

Estado: vida, solidão, morte;

Sensação: calor, frio.

COMUNSÉ aquele que indica elementos de uma mesma espécie.Exemplo:Criança, cidade, livro.

PRÓPRIOÉ aquele que indica um ser em particular.Exemplo:Roberto, Pernambuco, Capibaribe, Brasil.

Os nomes próprios são utilizados principalmente em:

Rios: Capibaribe, Amazonas;

Cidades: Recife, Porto Alegre;

Estados: Pernambuco, Rio Grande do Sul;

Países: Brasil, Austrália;

Pessoas: Rubem, Antônio;

Empresas: Intel, Oracle.

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Observação: o substantivo coletivo é um substantivo comum que, mesmo no singular indica umagrupamento, multiplicidade de seres de uma mesma espécie.Relação de alguns substantivos coletivos

Assembléia – de pessoas reunidas, de parlamentaresAcervo – de obras de arteAlcatéia – de lobosAntologia – de textosArquipélago – de ilhasAtlas – de mapasArsenal – de armas, muniçõesBanda – de músicosBando – de avesBatalhão – de soldadosBiblioteca – de livrosCacho – de frutasChusma – de pessoas em geralColméia – de abelhasConstelação – de estrelasCordilheira – de montanhasElenco – de atoresEnxoval – de roupasFalange – de soldadosFauna – de animaisFeixe – de lenhaFlora – de plantasFrota – de naviosGaleria – de quadrosHorda – de bandidosJúri – de juradosJunta – de médicos, examinadoresLegião – de soldadosLote – de coisasManada – de animaisMolho - de chavesMultidão – de pessoasNinhada – de filhotesPinacoteca – de quadrosPiquete – de pessoas em grevePlantel – de animais de raçaPomar – de arvores frutíferasRamalhete – de floresRéstia – de alho, de cebolaVara – de porcosVocabulário – de palavras

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FORMAÇÃO DO SUBSTANTIVOQuanto à formação o substantivo pode ser:

Primitivo;

Derivado;

Simples;

Composto.

PRIMITIVODá origem a outras palavras.Exemplo:Pedra, ferro, vidro.

DERIVADOÉ originado através de outra palavra.Exemplo:Pedreira, ferreiro, vidraçaria.

SIMPLESApresenta apenas um radical na sua formação.Exemplo:Vidro, pedra.

COMPOSTOApresenta dois ou mais radicais na sua formação.Exemplo:Pernilongo, couve-flor.

FLEXÃO DO SUBSTANTIVOPor ser uma palavra variável o substantivo sofre flexões para indicar:

Gênero: masculino ou feminino;Número: singular ou plural;Grau: aumentativo ou diminutivo.

GÊNERO DO SUBSTANTIVONa língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. Será masculino o substantivo que admitir oartigo o e feminino aquele que admitir o artigo a.Exemplo:

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O avião o calçado o leão

A menina a camisa a cadeira

SUBSTANTIVO BIFORMENa indicação de nomes de seres vivos o gênero da palavra está ligado, geralmente, ao sexo do ser, havendo,portanto, uma forma para o masculino e outra para o feminino.Exemplo:Garoto – substantivo masculino indicando pessoa do sexo masculino;

Garota – substantivo feminino indicando pessoa do sexo feminino.

FORMAÇÃO DO FEMININOO feminino pode ser formado das seguintes formas:- trocando a terminação o por a:exemplo:moço moçamenino menina

- trocando a terminação e por a:exemplo:gigante gigantamestre mestra

- acrescentando a letra a:exemplo:português portuguesacantor cantora

- mudando-se ao final para ã, ao, ona:exemplo:catalão catalãvalentão valentonaleão leoa

- com esa, essa, isa, ina, triz:exemplo:conde condessapríncipe princesapoeta poetisaczar czarinaator atriz

- por palavras diferentes:

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exemplo:cavaleiro amazonapadre madrehomem mulher

SUBSTANTIVOS UNIFORMESHá substantivos que possuem uma só forma para indicar tanto o masculino quanto o feminino. Podemosclassificá-los em:EPICENOSSOBRECOMUNSCOMUNS DE DOIS GÊNEROS

EPICENOSSão substantivos que designam alguns animais e têm um só gênero. Para indicar o sexo são utilizadas aspalavras macho ou fêmea.Exemplo:Cobra macho cobra fêmeaPeixe macho peixe fêmeaJacaré macho jacaré fêmea

SOBRECOMUNSSão substantivos que designam pessoas e tem um só gênero tanto para o masculino como para o feminino.Exemplo:A criança – masculino ou femininoO indivíduo – masculino ou femininoA vítima – masculino ou feminino

COMUNS DE DOIS GÊNEROSSão substantivos que apresentam uma só forma para o masculino e para o feminino. A distinção se dáatravés do artigo, adjetivo ou pronome.Exemplo:O motorista a motoristaMeu colega minha colegaBom estudante boa estudante

Adjetivo

Adjetivo é a palavra que modifica o substantivo, indicando características de defeito, qualidade, estado, etc.Exemplos: Comida gostosa. Menino bonito. Gosto ruim.

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Formação do adjetivoO adjetivo pode ser:Simples - possui apenas um radical, um só elemento: azul, surdo,

Composto – possui mais de um radical, mais de um elemento: azul-escuro, surdo-mudo.

Primitivo – é aquele que não deriva de outra palavra; servindo de base para a formação de outras palavras:triste, bom, pobre.

Derivado – é aquele que deriva de outras palavras, geralmente de substantivos e de verbos: tristonho,bondoso, pobretão.

Flexão do adjetivoO adjetivo varia em gênero, número e grau.1) Gênero do adjetivo

Uniformes: apresenta uma só forma para os dois gêneros, masculino e feminino.Menino feliz – menina felizEmpregado competente – empregada competente

Biformes: são aqueles que apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino.O atleta brasileiro – a atleta brasileira.O menino lindo – a menina linda.

2) Número do adjetivoO adjetivo simples faz o plural seguindo a mesma regra do substantivo:Rapaz feliz – rapazes felizesRoupa branca – roupas brancas

No plural dos adjetivos compostos acrescenta-se o s apenas no último elemento:Lente côncavo-convexa – lentes côncavo-convexaCrianças mal-educadas – crianças mal-educadas

Observação» Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis:Carro azul-marinho – carros azul-marinhoVestido azul-celeste – vestidos azul-celeste » O adjetivo composto surdo-mudo flexiona os dois elementos:Rapaz surdo-mudo – rapazes surdos-mudos

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» Nos adjetivos referentes a cores, o adjetivo composto fica invariável quando o segundo elemento for umsubstantivo:Saia verde-oliva – saias verde-olivaSofá marrom-café – sofás marrom-café

3) Grau do adjetivoO adjetivo possui dois graus: comparativo e superlativo:

Grau comparativo: transmite a idéia de igualdade, superioridade ou inferioridade de um ser em relação aoutro.

Igualdade - tão+adjetivo+que (do que):Ela é tão alegre quanto (ou como) ele.Lídia é tão bonita quanto Raquel.

Superioridade – mais+adjetivo+quanto (como):Ele é mais alegre que (ou do que) ela.Lídia é mais bonita que Raquel.

Inferioridade – menos+adjetivo+que (do que):Ele é menos alegre que (ou do que) ela.Lídia é menos bonita que Raquel.

Observação» O grau comparativo de superioridade dos adjetivos grande, bom, pequeno, mau usam-se as formassintéticas maior, melhor, menor e pior.

» Quando comparamos duas qualidades do mesmo ser, usa-se a forma analítica:A casa é mais grande do queconfortável.

Grau superlativo: o grau superlativo pode ser:Relativo – quando se faz sobressair, com vantagem desvantagem, a qualidade de um ser em relação a outros(a um conjunto de seres). Pode ser de superioridade ou de inferioridade:Mateus é o mais inteligente da turma. (superioridade)Mateus é o menos inteligente da turma. (inferioridade)

Absoluto – quando a qualidade de um ser é intensificada sem a relação com outros seres. Pode ser analíticoou sintético:

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Analítico: quando o adjetivo é modificado pelo advérbio muito, extremamente, etc.Paula é extremamente bela.

Sintético: quando se acrescenta o sufixo –íssimo, -imo ou -rimo ao radical do adjetivo:Conversa agradabilíssima.

Lista de superlativos absolutos sintéticos:Ágil – agillíssimo, agílimoAgudo – acutíssimoBom – boníssimoCélebre – celebérrimoCruel – crudelíssimo, cruelíssimoDoce – docísssimo, docilíssimoDócil – docílimo, docilíssimoFácil – facílimo, facilíssimoFeio – feiíssimoFeliz – felicíssimoFiel – fidelíssimoLivre – libérrimo, livríssimoMagnífico – magnificentíssimoPobre – paupérrimo, pobríssimoSábio – sapientíssimoSão – saníssimoÚtil – utilíssimoVoraz – voracíssimo

Locução adjetiva

Em Gramática , chamamos de locução à reunião de duas ou mais palavras com o valor de uma só. Locuçãoadjetiva é, portanto, a união de duas ou mais palavras que equivalem a um adjetivo. Elas são usualmenteformadas por:» uma preposição e um substantivo» uma preposição e um advérbioDente de cão = dente caninoConselho de mãe = conselho maternoPneus de trás = pneus traseirosAtaque de frente = ataque frontal

Algumas locuções e seus adjetivos correspondentes:De aluno - discenteDe abdômen – abdominalDe açúcar – sacarino

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De anjo – angélico, angelicalDe água – aquático, áqueo, hidráulico, hídricoDe ave – aviário, aviculário, orníticoDe cabeça – cefálicoDe casamento – matrimonial, nupcialDe direito – jurídicoDe estômago –estomacal, gástricoDe garganta – guturalDe intestino – celíaco, entérico, intestinalDe manhã – matinal, matutino, crástinoDe mês – mensalDe pele – cutâneoDe peso – ponderalDe tarde – vesperal, vespertino

Adjetivos pátriosO adjetivo pátrio é aquele que se refere a países, estados, cidades, etc. A maioria desses adjetivos forma-sepelo acréscimo de um sufixo ao substantivo que os origina. Os principais sufixos formadores de adjetivospátrios são: -aco, -ano, -ão, -eiro, -ês, -ense, -eu, -ino, -ita.Acre – acreanoAmapá – amapaenseEspírito Santo – espírito-santense ou capixabaMato Grosso – mato-grossensePará – paraensePiauí – piauensePorto Alegre – porto-alegrenseRecife – recifenseRio Grande do Norte – potiguar ou rio-grandense-do-norteRio Grande do Sul – gaúcho ou rio-grandense-do sulMinas Gerais – mineiroBelo horizonte - belo-horizontinoBelém (do Pará) – belenenseChina - chinêsCampinas - campineiro, campinenseGoiânia - goianienseLisboa - lisboeta, lisbonenseMaceió - maceioenseÁfrica – africanoAmérica – americanoÁsia – asiáticoEuropa – europeuOceania – acêanicoAlemanha – alemãoBélgica – belgaBrasil – brasileiroEstados unidos – estadunidense, norte-americanoIsrael – israelense ou israelita

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Irã - iranianoJapão - japonês

Artigo

Classe variável que define ou indefine um substantivo.Podem ser: Definidos: o/a, os/asIndefinidos : um/uma, uns/umas

Flexionam-se em:GêneroNúmero

Servem para:Substantivar uma palavra que geralmente é usada como pertencente a outra classe. Ex.: calça verde(adjetivo)/ o verde (substantivo) da camisa, não (advérbio) quero/ "Deu um não (substantivo) comoresposta".Evidenciar o gênero do substantivo. Ex.: o colega/ a colega, o dó, o cônjuge

Numeral

Classe que expressa quantidade exata, ordem de sucessão, organização...Os numerais podem ser:

Cardinais- indicam uma quantidade exata. Ex.: quatro, mil, quinhentos

Ordinais- indicam uma posição exata. Ex.: segundo, décimo

Multiplicativos- indicam um aumento exatamente proporcional. Ex.: dobro, quíntuplo

Fracionários- indicam uma diminuição exatamente proporcional. Ex.: um quarto, um décimo

Lista dos principais numerais:

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionáriosum primeiro (simples) -dois segundo dobro, duplo meio

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três terceiro triplo, tríplice terçoquatro quarto quádruplo quartocinco quinto quíntuplo quintoseis sexto sêxtuplo sextosete sétimo sétuplo sétimooito oitavo óctuplo oitavonove nono nônuplo nonodez décimo décuplo décimoonze décimo primeiro - onze avosdoze décimo segundo - doze avostreze décimo terceiro - treze avoscatorze décimo quarto - catorze avosquinze décimo quinto - quinze avosdezesseis décimo sexto - dezesseis avosdezessete décimo sétimo - dezessete avosdezoito décimo oitavo - dezoito avosdezenove décimo nono - dezenove avosvinte vigésimo - vinte avostrinta trigésimo - trinta avosquarenta quadragésimo - quarenta avoscinqüenta qüinquagésimo - cinqüenta avossessenta sexagésimo - sessenta avossetenta septuagésimo - setenta avosoitenta octogésimo - oitenta avosnoventa nonagésimo - noventa avoscem centésimo cêntuplo centésimoduzentos ducentésimo - ducentésimotrezentos trecentésimo - trecentésimoquatrocentos quadringentésimo - quadringentésimoquinhentos qüingentésimo - qüingentésimoseiscentos sexcentésimo - sexcentésimosetecentos septingentésimo - septingentésimooitocentos octingentésimo - octingentésimonovecentos nongentésimo ou noningentésimo - nongentésimomil milésimo - milésimomilhão milionésimo - milionésimobilhão bilionésimo - bilionésimo

Leitura dos numerais1-Numeral antes do substantivoA leitura será ordinal: X volume- décimo volume; XX página- vigésima página2-Numeral depois do substantivo

A leitura será ordinal de 1 a 10: volume X- volume décimo; página XX- página vigésima A leitura será cardinal de 11 em diante: pauta XII- pauta doze; século XX- século vinte

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Pronomes

Pronome é a classe de palavras que substitui uma frase nominal. Inclui palavras como ela, eles e algo. Ospronomes são reconhecidos como uma parte do discurso distinta das demais desde épocas antigas.Essencialmente, um pronome é uma única palavra (ou raramente uma forma mais longa), com pouco ounenhum sentido próprio, que funciona como um sintagma nominal completo.

O pronome é a palavra que acompanha ou substitui o substantivo, relacionando-o com uma das pessoas dodiscurso.

Quando um pronome substitui o substantivo ele é chamado de pronome substantivo.

Os pronomes classificam-se em vários tipos. Os pessoais apontam para algum participante da situação defala: eu, você, nós, ela, eles. Os pronomes demonstrativos apontam no espaço ou no tempo, como este em"Este é um bom livro". Os pronomes interrogativos fazem perguntas, como quem em "Quem está aí?". Ospronomes indefinidos, como alguém ou alguma coisa, preenchem um espaço numa frase sem fornecermuito significado específico, como em "Você precisa de alguma coisa?". Os pronomes relativos introduzemorações relativas, como o que em "Os estudantes que tiraram a roupa durante a cerimônia de formaturaestão encrencados". Finalmente, um pronome reflexivo como si mesmo e um pronome recíproco como um(a)o outro referem-se a outros sintagmas nominais presentes na sentença de maneiras específicas, como em"Ela amaldiçoou a si mesma" e "Eles estão elogiando muito um ao outro, ultimamente".

Como regra geral, um pronome não pode tomar um modificador, mas há umas poucas exceções: pobre demim, coitado dele, alguém que entenda do assunto, alguma coisa interessante.

Pronomes possessivos

São aqueles que se referem às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

Flexionam-se em gênero e número, concordando com a coisa possuída, e em pessoa, concordando com opossuidor.

Exemplos: meu, minha, teu, tua, nosso(a), vosso(a).

Pronomes indefinidos

São aqueles que se referem a substantivos de modo vago, impreciso ou genérico. São pronomes indefinidosaqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de modo indeterminado.

VariáveisTodo, toda, algum, alguma, nenhum, nenhuma, certo, certa, muito, muita, outro, outra, pouco, pouca,tanto, tanta, qualquer, quaisquer, bastante.

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InvariáveisTudo; algo; nada; alguém; outrem; ninguém; cada; mais; menos.

Estes pronomes não sofrem nenhuma alteração, ou seja, não mudam de gênero nem de número.

Pronomes pessoais

São aqueles que representam as pessoas do discurso. Subdividem-se em: * Caso reto (exercem a função de sujeito ou predicativo do sujeito): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas; * Caso oblíquo (exercem a função de complemento verbal): me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, a, lhe, si,consigo, nos, conosco, vos, convosco, os, as, lhes.

Pronomes reflexivos

Como pode haver diversas 3ªs pessoas cumprindo diversos papéis (sujeito e objeto direto/indireto) numaoração, a língua portuguesa apresenta o pronome reflexivo 'se', que, quando empregado, denota que amesmíssima pessoa que é o sujeito da oração é também o objeto. Assim, numa oração como "Guilherme já sepreparou", o 'se' denota que a pessoa preparada por Guilherme foi ele próprio. Se, ao invés de 'se',tivéssemos empregado 'o' (pronome oblíquo exclusivo para objetos diretos) numa oração como "Guilhermejá o preparou" entenderíamos que ele preparou a outra pessoa. No entanto, a mesma coisa não ocorre com asoutras pessoas (1ª e 2ª), pois, como elas não se alteram, não precisamos empregar um pronome especial. Vejaexemplos:

Eu não me vanglorio disso. (O 'me' poderia referir-se a que outro 'eu'?) Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi. Assim tu te prejudicas. (Mesma coisa com o 'te') Conhece-te a ti mesmo. Lavamo-nos no rio. Vós vos beneficiastes com a Boa Nova.

* Nota: No Brasil, costuma-se usar o pronome 'si' também com sentido reflexivo, contudo o mesmo nãoocorre em Portugal. Portanto, uma oração como "Ela falou de si" seria genéricamente entendida no Brasilcomo "de si mesma" enquanto em Portugal como "de outrem". O mesmo vale para 'consigo': "Antônioconversou consigo mesmo".

Pronomes de tratamento

Entre os pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento, que se referem à segunda pessoa dodiscurso, mas sua concordância é feita em terceira pessoa. . Palavra ou expressão que substitui pronomepessoal no discurso. É ger. us. para a 2a pessoa, mas com o verbo conjugado na 3a, como em você(s),Sua(s)/Vossa(s) Excelência(s), Suas(s)/Vossa(s) Senhorias, etc.]

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Exemplos: você, o senhor, Vossa Excelência, a Vossa Senhoria, Vossa Santidade, Vossa Magnificência, VossaMajestade, Vossa Alteza e etc. Nota : Esse tipo de pronome e ultilizado para se referir as pessoas de cargosimportantes da sociedade .Como por exemplo: Membros da realeza(Reis ,Rainhas, Princípes ,etc...),Membros do poder Legislativo ,Judiciário e Executivo; Também para como os membros religiosos.

Lista de alguns pronomes de tratamento:

Autoridades de Estado

Civis

Vossa Excelência' (V. Exª.) Usado para: presidente da República, senadores da República, ministros deEstado, governadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, embaixadores, vereadores, cônsules, chefesdas Casas Civis e Militares.

Vossa Magnificência (V. M.) Usado para: reitores de Universidade, pró-reitores e vice-reitores.

Vossa Senhoria (V. Sª.) Usado para: diretores de autarquias federais, estaduais e municipais.

Judiciárias

Vossa Excelência (V. Exª) Usado Para: desembargadores de Justiça, procuradores, promotores.

Meritíssimo Juiz (M. Juiz) Usado para: juízes de Direito.

Militares

Vossa Excelência (V. Exª.) Usado para: Oficias Generais (Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército eTenentes-Brigadeiros; Vice-Almirantes, Generais-de-Divisão e Majores-Brigadeiros; Contra-Almirantes,Generais-de-Brigada e Brigadeiros).

Vossa Senhoria (V. Sª.) Usado para: Demais patentes e graduações militares.

Autoridades eclesiásticas

Vossa Santidade ( V. S.) Usado para: o Papa.

Vossa Eminência (V. Em.ª) Usado para: cardeais.

Vossa Excelência Reverendíssima (V. Ex.ª Revm.ª) Usado para: arcebispos e bispos.

Vossa Reverendíssima (V. Revmª) Usado para: abades, superiores de conventos, monsenhores, outras

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autoridades eclesiásticas e sacerdotes em geral.

Autoridades monárquicas

Vossa Majestade Real & Imperial (V. M. R. & I.) Usado para: Monarcas que detenham títulos de imperadore rei ao mesmo tempo.

Vossa Majestade Imperial (V. M. I.) Usado para: Imperadores.

Vossa Majestade (V. M.) Usado para: Reis.

Vossa Alteza Real & Imperial (V. A. R. & I.) Usado para: Príncipes de casas reais e imperiais.

Vossa Alteza Imperial (V. A. I.) Usado para: Príncipes de casas imperiais.

Vossa Alteza Real (V. A. R.) Usado para: Príncipes e infantes de casas reais.

Vossa Alteza Sereníssima (V. A. S.) Usado para: Príncipes monarcas e Arquiduques.

Vossa Alteza (V. A.) Usado para: Duques.

Vossa Excelência (V. Exª.) Usado para: Duques com Grandeza, na Espanha.

Vossa Graça (V. G.) Usado para: Duques e Condes.

Vossa Alteza Ilustríssima (V. A. Ilmª.) Usado para: Nobres mediatizados, como Condes, na Alemanha.

O Mui Honorável (M. Hon) Usado para: Marqueses, na Grã-Bretanha.

O Honorável (Hon.) Usado para: Condes (The Right Hon.), Viscondes, Barões e filhos de Duques,Marqueses e Condes na Grã-Bretanha.

Entre os pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento, que se referem à segunda pessoa dodiscurso, mas cuja concordância é feita em terceira pessoa.

Exemplos: você, o senhor, Vossa Excelência, a Vossa Senhoria, Vossa Santidade, Vossa Magnificência, VossaMajestade, Vossa Alteza e etc.

Outros títulos

Vossa Senhoria (V. S.ª) Usado para: Pessoas importantes

Ilustrissimo (Ilmo.) Usado para pessoas comuns, no memso sentido de Senhoria

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Doutor (Dr.) Usado para: Doutor.

Comendador (Com.) Usado para: Comendador.

Professor (Prof.) Usado para: Professor.

Padre (Pe.) Usado pra padres

Pronomes demonstrativos

São aqueles que indicam a posição do ser no espaço (em relação às pessoas do discurso) ou no tempo.

* primeira pessoa: este, esta, estes, estas, isto. * segunda pessoa: esse, essa, esses, essas, isso. * terceira pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.

Também podem ser utilizados para localizar algo num texto: este (e suas flexões) indica um objeto que estáadiante (ainda não mencionado); esse (e flexões) indica um objeto já mencionado. Os pronomes "isto","isso", "aquilo" são classificados geralmente como demonstrativos, mas funcionam na verdade comopronomes pessoais de terceira pessoa, representando o gênero neutro.

Outros pronomes demonstrativosmesmo, mesma, mesmos, mesmas: quando têm sentido de "identico", "em pessoa";próprio, própria, próprios, próprias: quando têm sentido de "idêntico", "em pessoa";semelhante, semelhantes: são demonstrativos quando equivalerem a "tal" ou "tais";tal, tais;o, a, os, as: quando puderem ser substituídos por "isto", "isso", "aquilo" e variações.

Observação

* Utiliza-se este (e variações) quando a coisa da qual se fala está perto de quem fala; * Utiliza-se esse (e variações) quando a coisa da qual se fala está próxima de quem ouve; * Utiliza-se aquele (e variações) quando a coisa da qual se fala está distante de quem fala e de quem ouve.

VerboS

É mais fácil reconhecê-lo do que defini-lo. Verbo é a única classe de palavra variável em tempo, modo,pessoa e número. Isso nos ajuda a identificá-lo, pois enquanto outras palavras não podem ser conjugadas, overbo pode:

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Eu escrevo / eu escreviele escreve / ele escreveu

Além disso, o verbo expressa ação, estado. E não só isso. Pode expressar o resultado de uma ação: 'Cláudiolevou um tombo'. Uma sensação: 'Ele se apavorou'. Um sentimento: 'Eu não o invejo'; e muitas outrasidéias, sempre com a possibilidade de referir-se a alguém ou a algo – o sujeito – e de situar-se no tempopassado, presente e futuro. O verbo também é essencial para a ação. Não existe oração sem verbo e, às vezes,basta o verbo para que a oração esteja completa:Engordei. Ganhamos! Está chovendo.

Estrutura do verboUma forma verbal é constituída por:

Radical ou lexema• Onde se concentra o significado do verbo O radical é a parte que se repete em todas as formas, salvo em caso de verbos irregularesFalei /falaste /falarei /falarás

Desinência• Registra modo / tempo e número / pessoaFalássemossse: designa tempo imperfeito e modo subjuntivomos: designa a 1ª pessoa do plural

Vogal temática• Aquela que permite a ligação do radical com as desinênciasFalaste / falamosA vogal temática indica a que conjugação pertence o verboa – 1ª conjugação – falar e – 2ª conjugação – comer i – 3ª conjugação – partir

Tempo

O tempo verbal indica o momento em que o processo verbal acontece: se é anterior, simultâneo ouposterior. Essas possibilidades são expressas basicamente pelos tempos:

• Passado ou pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito• Presente• Futuro do presente e do pretéritoEu estive / eu estou / eu estareiO funcionamento dos tempos verbais em português não é simples: uma mesma indicação temporal pode serdada por mais de uma forma, além de uma única forma poder traduzir diferentes tempos ou nuances detempo.

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Presente do indicativo que, além de revelar simultaneidade ao ato da fala, pode indicar:• Um processo habitual:Eu ando de bicicleta pela manhã.• Um processo permanente:A água ferve a 100ºC.• FuturoAmanhã eu volto!• Passado – também chamado de presente histórico:Édipo chega a Tebas, decifra o enigma da esfinge e desposa Jocasta; cumpre-se a profecia.

Atenção:a idéia de simultaneidade na maior parte das vezes é indicada pela forma verbo estar + gerúndio:

O que você está fazendo?Estou lendo.

Imperfeito do indicativo, usado geralmente para indicar um processo passado não concluído – 'Anaestudava todas as tardes'. Ocorre muitas vezes com valor de futuro do pretérito, sobretudo na linguagemcoloquial:Se eu não fosse tímido, te dava um beijo!

O mais-que-perfeito do indicativo indica basicamente um processo ocorrido antes de outro processotambém passado:Cristina já estivera longe outras vezes, mas era a primeira vez que sentia saudade.

Na literatura, esse tempo muitas vezes indica futuro do pretérito ou imperfeito do subjuntivo:'[...] Mais servira se não foraPara tão longo amor tão curta a vida.' (Camões)(= mais serviria se não fosse)

O futuro do presente e o futuro do pretérito do indicativo podem indicar presente ou passado, com nuancesde dúvida, de idéia aproximada. Desta forma, esses tempos verbais são muito usados na linguagem coloquial:Ela terá hoje uns quinze anos.Ela teria naquele tempo uns quinze anos.

Essas e outras variações servem para dar um valor especial ao texto. Por estar fora de seu contexto real nasorações acima, o verbo ter pode ser substituído pelo verbo estar sem que isso altere a idéia da oração:Ela estará hoje com uns quinze anos.Ela estaria naquele tempo com uns quinze anos.• O futuro do presente também pode ter valor imperativo:Não cobiçarás a mulher do próximo.

ModoEm português, há três modos verbais:Indicativo• Exprime, em geral, idéias objetivas e não dependentes de outraEu escreverei um livro.Subjuntivo

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• Exprime em geral idéias subjetivas, hipotéticas. O subjuntivo sempre faz parte de uma oração subordinadaSe eu fosse capaz, escreveria um livro.Imperativo• Exprime ordem, pedidoEscreva um livro!

Atenção: também aqui há variações. É possível usar o indicativo em situações hipotéticas:Se eu te pego fumando, te dou um castigo!• Ou, ao contrário, usá-lo em situações reais:Como estivesse malvestido, não o deixaram entrar.• Também é possível pedir ou mandar sem usar o imperativo. O futuro do pretérito sugere boasmaneiras:Você me faria um cafezinho?

AspectoO momento de ocorrência de um processo verbal é marcado pelo tempo, mas há ainda certas marcações queindicam outras gradações de tempo. São os aspectos verbais. Eles podem indicar, por exemplo, se umprocesso verbal foi concluído (aspecto perfeito):Ele almoçou fora.• Se o processo verbal se estende por um período (aspecto imperfeito):Ele almoça fora aos domingos.• Se ele está no início (aspecto iniciativo):Ele começou a almoçar.• Ou se o processo verbal está no fim (aspecto conclusivo):Ele acaba de almoçar.

Atenção: os aspectos verbais são marcados geralmente por perífrases verbais ou por sufixos, como ecer (queindica início: amanhecer, anoitecer) ou ejar (indica repetição: sacolejar, pestanejar).

Formas simples e compostasAs formas simples são as constituídas por uma só palavra. As formas compostas são constituídas pelos verbosauxiliares ter e haver + o particípio do verbo principal:Eu tinha almoçado.verbo auxiliar particípioEu teria almoçado.verbo auxiliar particípio

Alguns tempos possuem apenas formas simples, outros, apenas a forma composta.

Atenção: além desses tempos compostos, existem as locuções verbais, formadas por verbos auxiliares (emgeral, ser, estar, ter e haver) + verbo principal em uma das formas nominais:Eu estava caminhando.verbo estar verbo principalEle tinha sido convidado.verbos ter e ser verbo principal

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Formas nominaisSão aquelas que podem comportar-se como nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). Há três formasnominais em português:• Infinitivo (andar, amar) – é o nome do verbo; é a forma que mais se aproxima do substantivo efreqüentemente ocupa o lugar de um sujeito:Falar é prata, calar é ouro.

Atenção: existem dois tipos de infinitivo. O impessoal, que não se refere a nenhum ser em especial e não éflexionado: falar, fazer, sair. O outro tipo, o pessoal, refere-se a uma das pessoas do discurso. É flexionado:falar, falares, falar, falarmos, falardes, falarem.• Particípio (andado, amado) – forma verbal que se aproxima do adjetivo; é a única que apresentaflexão de gênero:Ela foi amada por muitos.Ele foi amado por muitos.• Gerúndio (andando, amando) – forma verbal que se aproxima do advérbio; aparece freqüentementeem orações adverbiais reduzidas:Só amando você pode ser feliz.

Emprego do infinitivo pessoalUsa-se o infinitivo pessoal basicamente quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito do verbo daoração principal:Passei aqui para jantarmos juntos.(sujeito: eu) infinitivo (sujeito: nós)

Atenção:jamais se usa o infinitivo pessoal em locuções verbais:Errado

CertoNós vamos trabalharmos. Nós vamos trabalhar.

Modo verbal:O falante, ao enunciar o processo verbal, pode tomar várias atitudes em relação ao que enuncia: de certeza,de dúvida, de ordem, etc.O modo verbal revela a atitude do falante ao enunciar o processo.Pode ser:a) indicativo: revela o fato de modo certo, preciso, seja ele passado, presente ou futuro.Ele deitou na redeb) subjetivo: revela o fato de modo incerto, duvidoso.Se todos estudassem, a aprovação seria maior.c) imperativo: exprime uma atitude de mando, ordem ou solicitação.Fique quieto.

Emprego dos tempos verbais.Há em Português, basicamente, três tempos verbais:

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a) presente: revela um fato que ocorre no momento em que se fala.Neste instante ele olha para mim.b) passado: revela um fato que ocorreu anteriormente ao momento em que se fala.Ele saiu com os amigos.c) futuro: revela um fato que deverá ocorrer posteriormente ao momento em que se fala.Amanhã terei aula de Português.Essa divisão dos tempos verbais em passado, presente e futuro não esgota todas as variações que o verbopode assumir em relação à categoria tempo, já que esses tempos verbais se subdividem e, muitas vezes,assumem outros matizes, alterando de maneira bastante sensível a significação inicial.Sem pretender esgotar o assunto, vejamos alguns empregos significativos dos tempos verbais.1. presente do indicativo: exprime um fato que ocorre no momento em que se fala. Vejo um pássaro najanelaO presente do indicativo também é usado para:a) exprimir uma verdade científica, um axioma:A Terra é redonda.Por um ponto passam infinitas retas.b) para exprimir uma ação habitual:Aos domingos não saio de casa.c) para dar atualidade a fatos ocorridos no passado:Cabral chega ao Brasil em 1500.d) para indicar fato futuro bastante próximo, quando se tem certeza de que ele ocorrerá:Amanhã faço os exercícios.

2. pretérito perfeito do indicativo: exprime um fato já concluído anteriormente ao momento em que se fala.Ontem eu reguei as plantas do jardim.3. pretérito imperfeito do indicativo: exprime um fato anterior ao momento em que se fala, mas não o tomacomo concluído, acabado. Revela, pois, o fato em seu curso, em sua duração.Ele falava muito durante as aulas.4. pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato passado que já foi concluído, em relação a outrofato também passado.Quando você resolveu o problema, eu já o resolvera.

Obs.: Na linguagem atual tem-se usado com mais freqüência o pretérito mais-que-perfeito composto.Quando você resolveu o problema, eu já o tinha resolvido.

O mais-que-perfeito é, em alguns casos, usado no lugar do futuro do pretérito ou do imperfeito dosubjuntivo."…mais servira, se não fora Para tão longo amor tão curta a vida!"(Camões) servira = serviria; fora = fosse)

5. futuro do presente: exprime um fato, posterior ao momento em que se fala, tido com certo.Amanhã chegarão os meus pais. As aulas começarão segunda-feira.O futuro do presente pode ser empregado para exprimir idéia de incerteza, de dúvida. Serei eu o únicoculpado?

6. futuro do pretérito: exprime um gato futuro tomado em relação a um fato passado.Ontem você me disse que viria à escola.O futuro do pretérito também pode ser usado para indicar incerteza, dúvida.

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Seriam mais ou menos dez horas quando ele chegou.Usa-se ainda o futuro do pretérito, em vez do presente do indicativo ou do imperativo, como forma decortesia, de boa educação.Você me faria um favor?

Emprego do infinitivo:Não é fácil sistematizar o emprego do infinitivo em Português, já que, além do infinitivo impessoal, nossalíngua apresenta também o infinitivo pessoal (ou flexionado). Emprega-se o infinitivo impessoal:1. quando ele não estiver se referindo a nenhum sujeito:É preciso sair.2. na função de complemento nominal (virá regido de preposição):Esses exercícios eram fáceis de resolver.3. quando ele faz parte de uma locução verbal:Eles deviam ir ao cinema.4. quando, dependente dos verbos deixar, fazer, ouvir, sentir, mandar, ele tiver por sujeito um pronomeoblíquo:Mandei-os sair. Deixei-os falar.5. com valor de imperativo:Fazer silêncio, por favor.

Emprega-se o infinitivo pessoal: * quando ele tiver sujeito próprio (expresso ou implícito) diferente dosujeito da oração principal:O remédio era ficarmos em casa.O costume é os jovens falarem e os velhos ouvirem.Além dos casos mencionados, em que é obrigatório o uso de uma ou de outra forma, quando o infinitivo forregido de preposição (com exceção de a), admite-se indiferentemente o uso das duas formas.Viemos aqui para cumprimentar (ou cumprimentarmos) os vencedores.

Tempos derivados do presente do indicativoO presente do indicativo é um tempo primitivo. Da primeira pessoa do singular do presente do indicativoobtêm-se: o presente do subjuntivo; o imperativo negativo.

Obs.: Evidentemente, se o verbo não possui a primeira pessoa do singular do presente do indicativo, nãopossuirá também o presente do subjuntivo e o imperativo negativo. O imperativo afirmativo provém emparte do presente do indicativo (as segundas pessoas) e em parte do presente do subjuntivo (as demaispessoas).

Flexão VerbalConjunto de formas flexionadas de uma palavra. A flexão verbal exprime noções referentes à ação:

• voz: ativa, passiva, média • modo: indicativo, subjuntivo, optativo, imperativo, infinitivo, particípio • aspecto: durativo, pontual, perfectivo • momento temporal: presente, passado, futuro • pessoa do discurso: 1ª, 2ª, 3ª • número: singular, plural, dual

Flexão Nominal

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A flexão nominal exprime noções referentes à caracterização de seres e coisas:

• gênero: masculino, feminino e neutro • número: singular, plural, dual • caso: nominativo, vocativo, acusativo, genitivo, dativo

As partículas são palavras invariáveis de múltiplas funções: advérbios, preposições, conjunções, interjeições,etc. Algumas partículas exprimem certas nuances da fala que são intraduzíveis.

Vozes do verbo

As vozes verbais são três:1. voz ativa: quando o sujeito é o agente, isto é, aquele que executa a ação expressa pelo verbo.O macaco comeu a banana.O aluno leu o livro.2. voz passiva: quando o sujeito é o paciente, isto é, o receptor da ação expressa pelo verbo.Há dois tipos de voz passiva:a) voz passiva analítica: formada por verbo auxiliar mais particípio. A banana foi comida pelo macaco.O livro foi lido pelo aluno.b) voz passiva sintética (ou pronominal): quando é formada pelo verbo na terceira pessoa mais a partículaapassivadora se.Comeu-se a banana.Leu-se o livro.3. voz reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, executor e receptor da açãoexpressa pelo verbo.O macaco cortou-se.O aluno feriu-se.

Verbos pra que te quero! Mais de 150 questões pra você exercitar...

1. (IBGE) Todos se .......... à espera dos resultados que .......... em breve. Preenche corretamente aslacunas da frase acima a opção:

a) detêem - viriam d) detiveram - vêem

b) detêm - virão e) deteram - vêm

c) detém - vêem

2. (IBGE) Preencha as lacunas com as formas adequadas dos verbos entre parênteses e assinale aseqüência correta:

Quando eles ....I.... (refazer) o relatório, ....II.... (receber) a primeira parcela do pagamento.

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Se você ....III.... (poder) cumprir os prazos, ....IV.... (ficar) liberado mais cedo.

I II III V

a) refazerem receberiam puder ficara

b) refazerem receberão pode ficou

c) refizerem receberão pudesse ficaria

d) refizerem receberiam pôde ficava

e) refizessem receberão podia ficará

3. (FTU) "Pensemos no avião, pensemos no caminhão, pensemos no navio, mas não esqueçamos o trem."Das alterações feitas no final da frase acima, a inaceitável, por apresentar a forma verbal em modo ou tempodiferente do da forma em negrito, é:

a) mas não receemos o trem

b) mas não nos riamos do trem

c) mas não renunciemos ao trem

d) mas não descreiamos do trem

e) mas não nos olvidamos do trem

4. (MACK) A forma verbal correta é:

a) interviu d) entretesse

b) reavenha e) manteram

c) precavesse

5. (TFT-MA) "se a queremos legítima." Das alterações feitas na passagem ao lado, a que tem erro deflexão verbal é:

a) se virmos sua legitimidade

b) se propormos sua legitimidade

c) se reouvermos sua legitimidade

d) se mantivermos sua legitimidade

e) se requerermos sua legitimidade

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6. (EPCAR) Há uma forma verbal errada na alternativa:

a) queixai-vos d) queixáveis-vos

b) queixamos-nos e) queixásseis-vos

c) queixávamo-nos

7. (CESESP-PE) Assinale a alternativa que estiver incorreta quanto à flexão dos verbos:

a) Ele teria pena de mim se aqui viesse e visse o meu estado.

b) Paulo não intervém em casos que requeiram profunda atenção.

c) O que nós propomos a ti, sinceramente, convém-te.

d) Se eles reouverem suas forças, obterão boas vitórias.

e) Não se premiam os fracos que só obteram derrotas.

8. (CARLOS CHAGAS-BA) Transpondo para a voz passiva a frase: "Haveriam de comprar, ainda, umtrator maior", obtém-se a forma verbal:

a) comprariam d) ter-se-ia comprado

b) comprar-se-ia e) haveria de ser comprado

c) teria sido comprado

9. (CESGRANRIO) Assinale o período em que aparece forma verbal incorretamente empregada emrelação à norma culta da língua:

a) Se o compadre trouxesse a rabeca, a gente do ofício ficaria exultante.

b) Quando verem o Leonardo, ficarão surpresos com os trajes que usava.

c) Leonardo propusera que se dançasse o minuete da corte.

d) Se o Leonardo quiser, a festa terá ares aristocráticos.

e) O Leonardo não interveio na decisão da escolha do padrinho do filho.

10. (CESGRANRIO) Assinale a opção que não completa corretamente as lacunas da frase abaixo:

Quando os convidados da comadre ....... Leonardo ....... para dançar o

minuete da corte.

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a) chegarem - teve de chamá-los

b) tivessem chegado - teve de chamá-los

c) chegaram - foi chamá-los

d) chegassem - haveria de chamá-los

e) tiverem chegado - deverá chamá-los

11. (FMU) Leia a seguinte passagem na voz passiva: "O receio é substituído pelo pavor, pelo respeito,pela emoção ..." Se passarmos para a voz ativa, teremos:

a) O pavor e o respeito substituíram-se pela emoção e o receio.

b) O pavor e o receio substituem a emoção e o respeito.

c) O pavor, o respeito e a emoção são substituídos pelo receio.

d) O pavor, o respeito e a emoção substituem-se.

e) O pavor, o respeito e a emoção substituem o receio.

12. (FUVEST) ....... em ti; mas nem sempre ....... dos outros.

a) Creias - duvidas d) Creia - duvide

b) Crê - duvidas e) Crê - duvides

c) Creias - duvida

13. (UF-UBERLÂNDIA) Assinale a frase que não está na voz passiva:

1.

"Esperavam-se manifestações de grupos radicais japoneses de esquerda e de direita... ." 2.

"Foram salvos pelo raciocínio rápido de um agente do serviço secreto... ." 3.

"Vocês se dão pouca importância nessa tarefa." 4.

"Documentos inúteis devem ser queimados em praça pública." 5.

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"Devem-se estudar estas questões."

14. (SANTA CASA) Os mesários .......-se de votar, mas não ....... dispensa. Se você os ......., peça quevenham aqui imediatamente.

a) absteram - requereram - vir

b) absteram - requiseram - ver

c) abstiveram - requereram - vir

d) abstiveram - requereram - ver

e) abstiveram - requiseram - ver

15. (PUC) Uma das alternativas abaixo está errada quando à correspondência no emprego dos temposverbais. Assinale qual é esta alternativa:

a) Porque arrumara carona, chegou cedo à cidade.

b) Se tivesse arrumado carona, chegaria cedo à cidade.

c) Embora arrume carona, chegará tarde.

d) Embora tenha arrumado carona, chegou tarde.

e) Se arrumar carona, chegaria cedo à cidade.

16. (SANTA CASA) Transpondo para a voz ativa a frase: "Os ingressos haviam sido vendidos comantecedência", obtém-se a forma verbal:

a) venderam d) haviam vendido

b) vendeu-se e) havia vendido

c) venderam-se

17. (SANTA CASA) Transpondo para a voz passiva a frase: "Eu estava revendo, naquele momento, asprovas tipográficas do livro", obtém-se a forma verbal:

a) ia revendo d) comecei a rever

b) estava sendo revisto e) estavam sendo revistas

c) seriam revistas

18. (UNIMEP-SP) "Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como este sorriso."(Fernando Sabino) Assinale a série em que estão devidamente classificadas as formas verbais em destaque:

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a) futuro do pretérito, presente do subjuntivo

b) pretérito mais-que-perfeito, pretérito imperfeito do subjuntivo

c) pretérito mais-que-perfeito, presente do subjuntivo

d) futuro do pretérito, pretérito imperfeito do subjuntivo

e) pretérito perfeito, futuro do pretérito

19. (CESCEM) Se você ......., e o seu amigo ......., talvez você ....... esses bens.

a) requisesse - intervisse - reavesse

b) requeresse - intervisse - reavesse

c) requeresse - interviesse - reouvesse

d) requeresse - interviesse - reavesse

e) requisesse - interviesse - reouvesse

20. (CEE TECNOLÓGICA-SP) Aponte a frase correta:

a) Avançaram sobre ele, não se conteram.

b) Não repilais quem de vós se aproxima.

c) Se você não prever a ocasião, como agarrá-la?

d) Requiseram inutilmente, não lhe deferiram o pedido.

e) Busquei por muito tempo, mas não reavi o que perdera.

21. (UNB-DF) Assinale o item que contém as formas verbais corretas:

a) reouve - intervi d) reavi - intervi

b) reouve - intervim e) rehavi - intervim

c) rehouve - intervim

22. (CESGRANRIO) Assinale a frase em que há erro de conjugação verbal:

a) Os esportes entretêm a quem os pratica.

b) Ele antevira o desastre.

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c) Só ficarei tranqüilo, quando vir o resultado.

d) Eles se desavinham freqüentemente.

e) Ainda hoje requero o atestado de bons antecedentes.

23. (ITA) Assinale o caso em que o verbo sublinhado estiver correto:

a) Eu me precavo deve ser substituído por eu me precavejo.

b) Eu me precavenho contra os dias de chuva.

c) Eu reavi o que perdera há dois anos.

d) Problemas graves me reteram no escritório.

e) Nenhuma das frases acima.

24. (UF-PB) Transpostos para a voz passiva, os verbos do texto "Que miragens vê o iluminado no fundode sua iluminação? (...) E por que nos seduz a ilha?" (Carlos Drummond de Andrade), assumem,respectivamente, as formas:

a) eram vistas e somos seduzidos

b) são vistas e fomos seduzidos

c) foram vistas e somos seduzidos

d) são vistas e somos seduzidos

e) foram vistas e fomos seduzidos

25. (UF SÃO CARLOS) Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases:

I - Se nos ....... a fazer um esforço conjunto, teremos um país sério.

II - ....... o televisor ligado, para te informares dos últimos acontecimentos.

III - Não havia programa que ....... o povo, após o último noticiário.

a) propormos - Mantenha - entretesse

b) propusermos - Mantém - entretesse

c) propormos - Mantém - entretivesse

d) propormos - Mantém - entretesse

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e) propusermos - Mantém - entretivesse

26. (UF-MA) O verbo da oração: Os pesquisadores orientarão os alunos" terá, na voz passiva, a forma:

a) haverão de orientar d) terão orientado

b) haviam orientado e) serão orientados

c) orientaram-se

27. (CESGRANRIO) Não há devida correlação temporal das formas verbais em:

a) Seria conveniente que o leitor ficasse sem saber quem era Miss Dollar.

b) É conveniente que o leitor ficaria sem saber quem é Miss Dollar.

c) Era conveniente que o leitor ficasse sem saber quem é Miss Dollar.

d) Será conveniente que o leitor fique sem saber quem era Miss Dollar.

e) Foi conveniente que o leitor ficasse sem saber quem era Miss Dollar.

28. (MACK) Que alternativa contém as palavras adequadas para o preenchimento das lacunas?

"Ao lugar de onde eles ......., ....... diversas romarias."

a) provém, afluem d) provêem, afluem

b) provém, aflue e) provêm, afluem

c) provém, aflui

29. (BB) Se ............ que não sabes, ............ outra questão.

a) vires, faz d) vir, faz

b) veres, faças e) vires, faze

c) ver, faça

30. (PUC) Dê, na ordem em que aparecem nesta questão, as seguintes formas verbais:

advertir - no imperativo afirmativo, segunda pessoa do plural

compor - no futuro do subjuntivo, segunda pessoa do plural

rever - no perfeito do indicativo, segunda pessoa do plural

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prover - no perfeito do indicativo, segunda pessoa do singular

a) adverti, componhais, revês, provistes

b) adverti, compordes, revestes, provistes

c) adverte, compondes, reveis, proviste

d) adverti, compuserdes, revistes, proveste

e) n.d.a

31. (PUC) No trecho: "Agora vire a página e olhe o anjo que ele possuiu, veja esta mantilha sobre esteombro puro (...)", alterando-se o sujeito dos verbos destacados para tu e depois nós, teríamos a seguintemodificação das formas verbais:

a) vira, olhe, vê / viremos, olhamos, vemos

b) vire, olhe, veja / viremos, olhemos, vejamos

c) vira, olha, vês / viramos, olhamos, vemos

d) viras, olhas, vês / viramos, olhamos, vemos

e) vira, olha, vê / viremos, olhemos, vejamos

32. (FAAP) Assinale a resposta correspondente à alternativa que completa corretamente os espaços embranco: Se você o ......., por favor .......-lhe que ....... para apressar o processo.

a) ver - peça - intervenha d) ver - pede - intervenha

b) vir - peça - intervém e) vir - peças - interviesse

c) vir - peça - intervenha

33. (FUVEST) "Eu não sou o homem que tu procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir oteu retrato." Se o pronome tu fosse substituído por Vossa Excelência, em lugar das palavras destacadas notexto acima transcrito teríamos, respectivamente, as seguintes formas:

a) procurais, ver-vos, vosso d) procurais, vê-la, vosso

b) procura, vê-la, seu e) procurais, ver-vos, seu

c) procura, vê-lo, vosso

34. (FAAP) Assinale a resposta correspondente à alternativa que completa corretamente os espaços embranco: Não ...... . Você não acha preferível que ele se ....... sem que você o .......?

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a) interfere - desdiz - obriga

b) interfira - desdisser - obrigue

c) interfira - desdissesse - obriga

d) interfere - desdiga - obriga

e) interfira - desdiga - obrigue

35. (FAAP) "Os infantes não chegariam lá, ou, se chegassem, seria a duras penas ..." As formas verbaiscompostas correspondentes às formas simples destacadas são, respectivamente:

a) tinha chegado - tivessem chegado

b) não há - tinha chegado

c) teriam chegado - têm chegado

d) terão chegado - tivessem chegado

e) teriam chegado - não há

36. (CESCEM) Se ao menos ....... a confusão que aquilo ia dar! Mas não pensou, não se ......., e ....... nabriga que não era sua.

a) prevesse - continha - interveio

b) previsse - conteve - interveio

c) prevesse - continha - interviu

d) previsse - conteve - interviu

e) prevesse - conteve - interveio

37. (FUVEST) Ele ....... a seca e ....... a casa de mantimentos.

a) preveu - proveu d) preveu - provera

b) provera - provira e) previu - proveu

c) previra - previera

38. (FMU) Que alternativa possui as formas verbais adequadas para o preenchimento das lacunas daoração abaixo: Sempre que há vagas, ....... candidatos que ....... de todos os lugares do Brasil.

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a) afluem - provém d) aflui - provêem

b) aflue - provém e) afluem - provêem

c) afluem - provêm

39. (UNESP) "Explicou que aprendera aquilo de ouvido." Transpondo para a voz passiva, o verbo assumea seguinte forma:

a) tinha sido aprendido d) tinha aprendido

b) era aprendido e) aprenderia

c) fora aprendido

40. (FGV) Assinale o item em que há erro quanto à flexão verbal:

a) Quando eu vir o resultado, ficarei tranqüilo.

b) Aceito o lugar para o qual me proporem.

c) Quando estudar o problema, ficará sabendo a verdade.

d) Sairás assim que te convier.

e) O fato está patente a quem se detiver a observá-lo.

41. (CARLOS CHAGAS) Para nós, tanto ....... vocês ....... ficar aqui como ....... a fronteira.

a) faria - quisessem - transporem

b) faz - quererem - transpossem

c) faz - quererem - transporem

d) faria - queressem - transpusessem

e) faria - quiserem - transporem

42. (FUVEST) Em "Queria que me ajudasses", o trecho destacado pode ser substituído por:

a) a sua ajuda d) a ajuda deles

b) a vossa ajuda e) a tua ajuda

c) a ajuda de você

43. (PUC) Assinale a alternativa que traga indicativo de ação do sujeito:

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a) Passavam cestas para a feira do Largo do Arouche.

b) Carrocinhas de padeiro derrapavam nos paralelepípedos.

c) A Aída levantou-se ...

d) Garoava na madrugada roxa.

e) Padre Nosso, que estais no céu ...

44. (BB) Flexão verbal incorreta:

a) Se vir o tal colega, falar-lhe-ei.

b) Se eu pôr o verbo no plural, erro de novo.

c) Se eu vier cedo, aguardo-o.

d) Se a duplicata estiver certa, paguem-na.

e) Se eu for tarde, esperem-me.

45. (DASP) Assinale a única alternativa em que há erro de flexão verbal:

a) Quando eu o vir, acertarei as contas.

b) Se ele propor um aumento de verba, direi que não teremos recursos.

c) O governo interveio na região.

d) Os funcionários vêm aqui hoje.

e) Na tentativa de solucionar o problema, eles se desavieram.

46. (DASP) Assinale a única alternativa que contém erro na passagem da forma verbal, do imperativoafirmativo para o imperativo negativo:

a) parti vós - não partais vós

b) amai vós - não ameis vós

c) sede vós - não sejais vós

d) ide vós - não vais vós

e) perdei vós - não percais vós

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47. (BNH) Assinale a forma correta do verbo vir no presente do indicativo:

a) Chefe, viemos mostrar a todos este trabalho.

b) Vim comunicar ao amigo minha decisão.

c) Vimos, através desta, comunicar-lhe o ocorrido.

d) Viesse ele, ora, tudo estaria bem.

e) Vindo Paulo, não há mais nada.

48. (CESGRANRIO) Assinale a forma errada do verbo pontear:

a) ponteias d) ponteiam

b) ponteiamos e) ponteie

c) pontearei

49. (ITA) Examinando as afirmações de que a terceira pessoa do singular do presente do Indicativo de:Progredir é progrede / Ansiar é ansia / Remediar é remedia / Transgredir é Transgride

Verifica-se que:

a) apenas uma está correta d) três estão corretas

b) apenas duas estão corretas e) nenhuma está correta

c) todas estão corretas

50. (ITA) Vi, mas não ............; o policial viu, e também não ............, dois agentes secretos viram, enão ............ Se todos nós ............ , talvez .......... tantas mortes.

1.

intervir - interviu - tivéssemos intervido - teríamos evitado 2.

me precavi - se precaveio - se precaveram - nos precavíssemos - não teria havido 3.

me contive - se conteve - contiveram - houvéssemos contido - tivéssemos impedido 4.

me precavi - se precaveu - precaviram - precavêssemo-nos não houvesse 5.

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Page 82: LÍNGUA PORTUGUESA

intervim - interveio - intervieram - tivéssemos intervindo - houvéssemos evitado

51. (EEAER) Para completar corretamente as frases:

.......... (pôr - imperativo afirmativo) mais atenção no que você faz.

.......... (pôr - imperativo afirmativo) mais atenção no que tu fazes.

.......... (pôr - imperativo afirmativo) mais atenção no que vós fazeis.

.......... (requerer - primeira pessoa do singular do presente do indicativo) licença.

a) ponha, põe, ponde, requeiro

b) ponhas, põe, ponde, requeiro

c) ponde, ponde, punhas, requero

d) ponhe, ponde, punhas, requero

e) n.d.a

52. (EEAER) Completar: "Pedrinho ............ seus pertences, embora o delegado lhe pedisse que ............ aação do assalto."

a) reaveu, recomposse d) reaveu, recompusesse

b) reouve, recomposse e) n.d.a

c) reouve, recompusesse

53. (ECPAR) Marque o item que está em desacordo com a gramática:

a) Se fores lá, põe a carta no correio.

b) Não intervenhais no que não vos diz respeito.

c) Sê prudente: não fale da vida alheia.

d) Faze o que te pedem e não reclames.

e) Mede tuas palavras e não te desanimes.

54. (UFF) Das frases que seguem, uma traz errado o emprego da forma verbal. Assinale-a:

a) Cumpre teus deveres e terás a consciência tranqüila.

b) Suporta-se com paciência a cólica do próximo.

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Page 83: LÍNGUA PORTUGUESA

c) Nada do que se possui com gosto se perde sem desconsolação.

d) Não voltes atrás, pois é fraqueza desistir-se da empresa começada.

e) Dizia Rui Barbosa: "Fazei o que vos manda a consciência, e não fazei o que vos convém aos apetites."

55. (UC-PR) Transforme pelo modelo: Procurei o livro / Procura-o também.

1. Pus o carro na garagem / .........., também

2. Trouxe o livro / .........., também

3. Medi as conseqüências / .........., também

4. Ouvi suas queixas / .........., também

5. Mandei um presente ao nosso filho / .........., também

A alternativa correta é:

a) Põe-no, Traze-o, Mede-as, Ouve-as, Mande-o

b) Põe-lo, Traze-o, Mede-as, Ouve-as, Mande-o

c) Ponha-o, Traga-o, Meça-s, Ouça-s, Mande-o

d) Põe-no, Traze-o, Mede-as, Ouve-as, Manda-o

e) Ponha-o, Traga-o, Meça-s, Ouça-as, Manda-o

56. (UC-PR) Faça conforme o modelo: Peço-te que me perdoes / Perdoa-me

1. Peço-te que acudas a menina / .......... a menina

2. Peço-te que frijas o ovo / ........... o ovo

3. Peço-te que meças o quarto / ........... o quarto

4. Peço-te que leias meu artigo / .......... meu artigo

5. Peço-te que provejas o cargo / .......... o cargo

Assinale a alternativa correta:

a) Acuda, Frija, Meça, Leia, Provede

b) Acode, Frege, Mede, Lê, Provê

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Page 84: LÍNGUA PORTUGUESA

c) Acuda, Frija, Mede, Lê, Proveja

d) Acode, Frija, Mede, Lê, Provede

e) Acuda, Frege, Medi, Lê, Provê

57. (FAE-PR) Soldado! ......................... a cabeça, ..................... teu fuzil, ............... o que lá vês. Mas nãote ......................!

a) Levanta, ergue, destrua, firas

b) Levante, ergue, destrua, fira

c) Levanta, ergue, destrói, firas

d) Levantai, erguei, destruí, firais

e) Levanteis, ergueis, destruais, firais

58. (FCHS TOLEDO-PR) Assinale a frase correta:

a) Busque e acharás, peça e receberás.

b) Busque e achará, peça e receberá.

c) Busca e acharás, pede e receberá.

d) Busque e achará, peça e receberás.

e) Busca e achareis, pede e receberás.

59. (DIREITO DE CURITIBA) Indique a seqüência abaixo que preenche corretamente as lacunas dasorações abaixo:

1. .......... o que te mandou o diretor.

2. .......... à festa assim que você estiver pronta.

3. .......... alguma coisa em sua própria defesa.

4. .......... alguma coisa, em tua própria vantagem.

5. .......... . Todos nós vos pedimos.

a) Faça, Venha, Dize, Diga, Partai

b) Faze, Vem, Diga, Dize, Parti

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c) Faze, Vinde, Dize, Diga, Parti

d) Faça, Vem, Diga, Dizei, Parta

e) Faze, Venha, Diga, Dize, Parti

60. (EPCAR) Em apenas uma das frases a forma verbal está incorreta. Assinale-a:

a) Desejo que me ouçais com atenção.

b) Se eles se precavessem, não sofreriam o acidente.

c) Se intervissem, o conflito cessaria.

d) Não odieis vosso irmão.

e) Trá-lo-ei assim que me pedires.

61. (UNIMEP-SP) "Não fales! Não bebas! Não fujas!" Passando tudo para a forma afirmativa, teremos:

a) Fala! Bebe! Foge! d) Fale! Beba! Fuja!

b) Fala! Bebe! Fuja! e) Fale! Bebe! Foge!

c) Fala! Beba! Fuja!

62. (FESP) Assinale a alternativa em que todas as formas estejam na segunda pessoa do plural doimperativo afirmativo:

a) ouvi, vinde, ide, traze d) ouça, vinde, vá, tragais

b) ouvi, vinde, ide, trazei e) ouça, venhas, vás, tragais

c) ouvi, venhas, ide, trazei

63. (CARLOS CHAGAS-PR) Mesmo que você lhe ............ um acordo amigável, ele não .......... .

a) proponha - aceitará d) proporá - aceitará

b) propor - aceitava e) propôs - aceitava

c) proporia - aceitaria

64. (CARLOS CHAGAS-PR) Se você ............ chegado a tempo ............ visto o que ...................... .

a) tem - tenha - acontece d) tivesse - teria - aconteceu

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Page 86: LÍNGUA PORTUGUESA

b) tiver - terá - acontecesse e) tinha - tem - acontecia

c) teria - tinha - aconteça

65. (FUVEST) "Se ele ............ (ver) o nosso trabalho ............ (fazer) um elogio." Assinale a alternativa emque as formas dos verbos ver e fazer preenchem corretamente as lacunas da frase acima:

a) ver - fará d) vir - fará

b) visse - fará e) vir - faria

c) ver - fazerá

66. (MED-SANTOS) Assinale a letra correspondente à frase inteiramente correta para tratamento "osenhor": "Quando ............ nos debates, ............ ser moderado nas ............ expressões e ............ bem nas suasidéias."

a) intervier, procure, suas, coloque

b) intervier, procure, suas, coloca

c) intervir, procura, tuas, coloques

d) intervieres, procure, suas, coloque

e) intervier, procures, suas, coloque

67. (MED-SANTOS) Assinale a alternativa em que o imperativo está empregado corretamente:

a) Não ide lá, eu vo-lo proíbo.

b) Não vades lá, eu to proíbo.

c) Não vades lá, eu vo-lo proíbo.

d) Não ides lá, eu vos proíbo.

e) Não vade lá, eu vo-lo proíbo.

68. (FEB) Complete com ei ou i: Copiar - ele cop...a / Odiar - ele od...a / Ansiar: ele ans...a

a) ei - ei - ei d) i - ei - ei

b) i - i - i e) nenhuma das anteriores

c) ei - ei - i

69. (CARLOS CHAGAS) Não ............ diante de nenhum sacrifício que você de mim ............ .

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Page 87: LÍNGUA PORTUGUESA

a) recuei - exija d) recuara - exigiu

b) recuo - exigisse e) recuei - exigir

c) recuo - exija

70. (CARLOS CHAGAS) Para que você ............ isso, precisa ser ambicioso; quem ............ semque ............, certamente é ambicioso.

a) deseja - deseja - estima d) deseja - deseje - estime

b) deseje - deseja - estime e) deseje - deseje - estima

c) deseje - deseja - estima

71. (MED-ABC) Assinale a construção correta:

a) Tu viestes de Santos ontem.

b) Nós vimos de Santos ontem. ontem.

c) Nós viemos de Santos ontem.

d) Vós vieste de Santos ontem.

e) Vós vindes de Santos

72. (FURG-RS) A alternativa em que todas as formas correspondem ao exemplo: Pagar - paga, é:

Verbos: manter - ir - ser - pôr - rir

a) mantém - vá - sê - põe - ria

b) manténs - vá - seja - pões - ri

c) mantenha - vai - seja - ponha - ris

d) mantém - vai - sê - ponha - ris

e) mantém - vai - sê - põe - ri

73. (UE-BA) Os alunos que .................... revisão de provas ...................... com a rigidez da correção.

a) pleiteiam - indiguinam-se

b) pleiteam - indignam-se

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c) pleiteiam - indignam-se

d) pleiteam - indiguinam-se

e) pleiteam - indignam-se

74. (AMAM) Há uma frase com incorreção de flexão verbal. Assinale-a:

a) É preciso que nos penteamos bem para a cerimônia.

b) Convém que vades ver vosso pai doente.

c) Ele freou o carro bem perto da criança que corria.

d) Desavieram-se os dois amigos, ante a vitória do Corinthians.

e) Todas as frases acima estão incorretas.

75. (ESAN-SP) Assinale a alternativa em que há um verbo defectivo:

a) Demoliram vários prédios naquele local.

b) Eles se correspondem freqüentemente.

c) Estampava no rosto um sorriso, um sorriso de criança.

d) Compramos muitas mercadorias remarcadas.

e) Coube ao juiz julgar o réu.

76. (OBJETIVO) Dos verbos seguintes, assinale o único que não apresenta duplo particípio:

a) abrir d) morrer

b) imprimir e) enxugar

c) eleger

77. (UFSCAR-SP) Assinale a opção que preencha as lacunas corretamente:

I - Ficareis maravilhados, se ..................... o resultado. (ver)

II - Sereis perdoados, se .................. o que tirastes. (repor)

III - Não dê atenção a quem lhe .................. negócios ilícitos. (propor)

IV - Nós lhe daremos o recado assim que o ................ . (ver)

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Page 89: LÍNGUA PORTUGUESA

a) virdes, repuserdes, propuser, virmos

b) vires, repordes, propor, vermos

c) veres, repuserdes, propuserdes, virmos

d) vês, repordes, propordes, vermos

e) ver, repuseres, propor, vemos

78. (FUEL-PR) Pode ser que eu ............ levar as provas, se você ............ tudo para que eu ............ ondeestão.

a) consiga, fará, descobriria d) consigo, fizer, descubro

b) consiga, fizer, descubra e) consigo, fará, descobrirei

c) consigo, fizer, descobrir

79. (FUEL-PR) Ele ............... com muita prudência, na esperança de que se .................. o tempo perdido.

a) interviu, reavesse d) interveio, reouvesse

b) interveio, reavesse e) interviu, rehavesse

c) interviu, rehouvesse

80. (FUEL-PR) Transpondo para a voz ativa a frase "Os livros seriam postos em um líqüidodesinfetante", obtém-se a forma verbal:

a) vão pôr d) vão ser postos

b) íamos pôr e) poriam

c) põem-se

81. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi empregada incorretamente:

a) O superior interveio na discussão, evitando a briga.

b) Se a testemunha depor favoravelmente, o réu será absolvido.

c) Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida.

d) Quando você vir Campinas, ficará extasiado.

e) Ele trará o filho, se vier a São Paulo.

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Page 90: LÍNGUA PORTUGUESA

82. (FUVEST) Assinale a frase que não está na voz passiva:

a) O atleta foi estrondosamente aclamado.

b) Que exercício tão fácil de resolver!

c) Fizeram-se apenas os reparos mais urgentes.

d) Escolheu-se, infelizmente, o homem errado.

e) Entreolharam-se agressivamente os dois competidores.

83. (CARLOS CHAGAS-BA) Não te ............ com essas mentiras que ............ da ignorância.

a) aborreces, provêem d) aborreça, provêem

b) aborreça, provém e) aborreças, provém

c) aborreças, provêm

84. (CARLOS CHAGAS-BA) Transpondo para a voz passiva a oração "Os colegas o estimavam por suasboas qualidades", obtém-se a forma verbal:

a) eram estimadas d) era estimado

b) tinham estimado e) foram estimadas

c) fora estimado

85. (CARLOS CHAGAS-BA) Transpondo para a voz passiva a frase: "A assembléia aplaudiu com vigor aspalavras do candidato", obtém-se a forma verbal:

a) foi aplaudido d) estava aplaudindo

b) aplaudiu-se e) tinha aplaudido

c) foram aplaudidas

86. (CESGRANRIO) A frase negativa que corresponde a "Põe nela todo o incêndio das auroras" é:

a) Não põe nela todo o incêndio das auroras.

b) Não ponhas nela todo o incêndio das auroras.

c) Não põem nela todo o incêndio das auroras.

d) Não ponha nela todo o incêndio das auroras.

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Page 91: LÍNGUA PORTUGUESA

e) Não pondes nela todo o incêndio das auroras.

87. (FCMSC-SP) Mesmo que a direção o .................. para o lugar e ele .................. nomeado, duvidoque ...................... a exercer o cargo.

a) indicar, for, chega d) indique, seja, chegue

b) indicaria, seja, chega e) indicar, ser, chegue

c) indique, for, chega

88. (UNESP) Aponte a alternativa em que o verbo reaver está correto:

a) É necessário que você reavenha aquele dinheiro.

b) É necessário que você reaveja aquele dinheiro.

c) É necessário que você reaja aquele dinheiro.

d) É necessário que você reava aquele dinheiro.

e) n.d.a

89. (UM-SP) Qual o valor do futuro do pretérito na frase seguinte: "Quando chegamos ao colégio em1916, a cidade teria apenas um cinqüenta mil habitantes"?

a) fato futuro, anterior a outro fato futuro

b) fato futuro, relacionado com o passado

c) suposição, relativamente a um momento futuro

d) suposição, relativamente a um momento passado

e) configuração de um fato já passado

90. (UM-SP) Assinale a alternativa em que o emprego do infinitivo está incorreto:

a) Todos acreditam sermos os causadores da desordem.

b) Cometeres tamanha injustiça, tu não o farias.

c) Amar é viver.

d) Não podeis fazerdes a prova com tanta pressa.

e) Não estacionar na pista.

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Page 92: LÍNGUA PORTUGUESA

91. (CESESP-PE) Assinalar o único item em que o emprego do infinitivo está errado:

a) Deixei-os sair, mas procurei orientá-los bem.

b) De hoje a três meses podes voltar aqui.

c) Disse ser falsas aquelas assinaturas.

d) Depois de alguns instantes, eles parecia estarem mais conformados.

e) Viam-se brilhar as primeiras estrelas.

92. (ETF-SP) Se ele ............ o requerimento, posso mostrar-lhe a prova quando ............ .

a) troxer - querer d) trouxer - querer

b) trouxer - quiser e) trazer - quiser

c) trazer - querer

93. (ETF-SP) Se vocês não ............ os mais exaltados, creio que eles se ............ seriamente.

a) contessem - desaveriam d) contivessem - desaveriam

b) contessem - desaviriam e) contivessem - desaviriam

c) contessem - desaviam

94. (BB) Enquanto uns trabalhavam, outros .......... televisão.

a) se entretiam na d) entretinham com a

b) entretiam na e) se entretinham com a

c) entretinham na

95. (TRT) Observe:

I - Eu venho pensando em exercer atividades no campo da fiscalização.

II - Vi quando você apreendeu a mercadoria.

III - Não vá dizer que não foi orientado no tocante às formas tributárias.

Os verbos sublinhados acima têm, no plural, as seguintes formas:

a) vimos, vimos, ide d) vimos, vimos, vão

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Page 93: LÍNGUA PORTUGUESA

b) viemos, vimos, vades e) vimos, viemos, vão

c) viemos, vimos, ides

96. (TRT) Assinale a alternativa incorreta quanto à forma verbal:

a) Ele reouve os objetos apreendidos pelo fiscal.

b) Se advierem dificuldades, confia em Deus.

c) Se você o vir, diga-lhe que o advogado reteve os documentos.

d) Eu não intervi na contenda porque não pude.

e) Por não se cumprirem as cláusulas propostas, as partes desavieram-se e requereram rescisão docontrato.

97. (TRT) Indique a incorreta:

1.

Estão isentados das sanções legais os citados no artigo 6º. 2.

Estão suspensas as decisões relativas ao parágrafo 3º do artigo 2º. 3.

Fica revogado o ato que havia extinguido a obrigatoriedade de apresentação dos documentosmencionados. 4.

Os pareceres que forem incursos na Resolução anterior são de responsabilidade do Governo Federal. 5.

Todas estão incorretas.

98. (BANESPA) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do período ao lado: "Sevocê os .......... , não ............ no que lhe ........... ".

a) ver - creia - disser d) vir - creia - disserem

b) ver - creias - dizerem e) vir - creias - disserem

c) ver - crê - disserem

99. (BANESPA) "O farol guiava os navegantes". Transpondo esta frase para a voz passiva, o verboapresentará a forma:

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Page 94: LÍNGUA PORTUGUESA

a) guiava-se d) guiavam

b) iam guiando e) foram guiados

c) eram guiados

100. (BANESPA) Assinale a alternativa em que é incorreto flexionar o infinitivo:

a) Importa entendermos a situação.

b) Devemos provarmos o que dizemos.

c) Para chegardes à igreja, ainda tereis de caminhar muito.

d) É tempo de saberes de teus direitos.

e) Vi os escravos se curvarem perante seu amo.

101. (ESAF) Assinale a alternativa que apresenta um verbo incorretamente flexionado:

a) O enxoval conviria às noivas dos bairros mais pobres.

b) Não despeças os carregadores antes do desembarque.

c) Os policiais interviram nos protestos dos grevistas.

d) A noiva precaveu-se contra os prejuízos da mudança.

e) Eu expeço, primeiramente, as malas dos estudantes.

102. (ESAF) Assinale o trecho que não contém erro na voz passiva:

1.

Lamentamos que o pouco tempo disponível venha a prejudicar o processo que foi iniciado de formatão incorreta. 2.

No quarto, já tinham sido espalhados vários colchões pelo chão, para acomodar os parentes quevinham de longe. 3.

À distância, viam-se pequenos pontos de luz, a denunciar a presença de casas por ali. 4.

Assim que começou a cursar medicina, sentiu-se atraído para a área de neurologia. 5.

97

Page 95: LÍNGUA PORTUGUESA

A lembrança de sua convivência conosco ia sendo afastada à medida que os afazeres iam nosabsorvendo.

103. (ESAF) Os verbos das orações "ao prestar-nos as informações que lhe solicitamos" são,respectivamente:

a) transitivo direto e indireto, transitivo indireto

b) transitivo indireto, transitivo direto e indireto

c) ambos transitivos indiretos

d) ambos transitivos diretos

e) ambos transitivos diretos e indiretos

104. (ADM POSTAL CORREIOS) "Não sabemos qual será nossa reação quando .......... a chegada doadversário."

a) vemos d) virmos

b) vimos e) vermos

c) veremos

105. (PUC) Assinale a forma verbal errada na relação abaixo:

a) verbo vir - pres. do ind. 1a p.p. : vimos

b) verbo vir - particípio: vindo

c) verbo ver - imperativo afirmativo, 2 a p.p. : vede

d) verbo aprazer - pret. perf. do ind., 3 a p. sing. : aprouve

e) verbo intervir - pret. perf. do ind., 3 a p.p. : interviram

106. (PUC) Trazendo-os é o gerúndio do verbo trazê-los. Nas formas abaixo, do imperativo, assinale aúnica incorreta:

a) traze-os tu d) trazei-los vós

b) traga-os você e) tragam-nos vocês

c) tragamo-los nós

107. (PUC) "Com o último trompejo do berrante, engarrafam no curral da estrada-de-ferro o rebanho"(Guimarães Rosa). A forma verbal engarrafam se encontra no tempo:

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Page 96: LÍNGUA PORTUGUESA

a) presente do subjuntivo d) presente do indicativo

b) imperfeito do indicativo e) imperativo afirmativo

c) pretérito perfeito do indicativo

108. (GAMA FILHO) Há, na conjugação dos seguintes verbos, um tempo errado. Assinale-o:

1.

crer - pret. perf. Ind.: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram. 2.

entupir - pres. subj.: entupa, entupas, entupa, entupamos, entupais, entupam. 3.

polir - pres. Ind.: pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem. 4.

reter - mais-que-perf. Ind.: retera, reteras, retera, retéramos, retêreis, reteram. 5.

saudar - imperativo afirmativo: saúda, saúde, saudemos, saudai, saúdem.

109. (FARIAS BRITO) "Um prólogo a um livro de versos é cousa que se não lê, e quase sempre comrazão." (Sílvio Romero) O verbo "lê":

1.

está na voz passiva e seu sujeito é "que" 2.

está na voz ativa, seu sujeito é "cousa" e seu objeto direto é "versos" 3.

está na voz reflexiva, e o sujeito "versos" pratica e recebe a ação, ao mesmo tempo 4.

sugere reciprocidade de ação, pois há troca de ações entre os "versos" e quem os lê 5.

funciona acidentalmente como verbo de ligação, com predicativo oculto

110. (FARIAS BRITO) "Ontem à noite / Eu procurei / Ver se aprendia / Como é que se fazia / Umabalada / Antes d’ir / Pro meu hotel" (Oswald de Andrade: "Balada da Esplanada") Há uma locução verbalnesse texto. Essa locução é:

99

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a) "procurei Ver" d) "é que se fazia"

b) "Ver se aprendia" e) "Antes de ir"

c) "aprendia como é"

111. (CARLOS CHAGAS) Conforme o médico nos .........., seu organismo agora já .......... o cálcio.

a) prevenira - retem d) previnira - retem

b) previnira - retém e) prevenira - retém

c) provenira - retém

112. (CARLOS CHAGAS) Sem que ninguém tivesse .........., o próprio menino ..........-se contra os falsosamigos.

a) intervindo - precaviu d) intervido - precaveio

b) intervindo - precaveio e) intervindo - precaveu

c) intervido - precaveu

113. (CARLOS CHAGAS) Caso .......... realmente interessado, ele não .......... de faltar.

a) estiver - haja d) estivesse - havia

b) esteja - houve e) estiver - houve

c) estivesse - houvesse

114. (CARLOS CHAGAS) Se algum dia a .......... chegar arrependida, .......... o teu ódio num forte abraçode perdão.

a) veres - esqueça d) vires - esqueça

b) vires - esquecei e) vires - esquece

c) veres - esquece

115. (CARLOS CHAGAS) Quem .......... o Pedro, ou, pelo menos, .......... falar com ele, ..........-o em meunome.

a) ver - poder - advirta d) ver - puder - adverta

b) vir - puder - adverta e) vir - poder - adverta

c) vir - puder - advirta

100

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116. (CARLOS CHAGAS) Se você ........... no próximo domingo e .......... de tempo .......... assistir à finaldo campeonato.

a) vir - dispor - vá d) vier - dispuser - vá

b) vir - dispuser - vai e) vier - dispor - vai

c) vier - dispor - vá

117. (CARLOS CHAGAS) Ele .......... que lhe .......... muitas dificuldades, mas enfim .......... a verba para apesquisa.

a) receara - opusessem - obtera

b) receara - opusessem - obtivera

c) receiara - opossem - obtivera

d) receiara - oposessem - obtera

e) receara - opossem - obtera

118. (FUNDAÇÃO LUSÍADA) Assinale a alternativa que se encaixe no período seguinte: "Se você ..........e o seu irmão .........., quem sabe você .......... o dinheiro."

a) requeresse - interviesse - reouvesse

b) requisesse - intervisse - reavesse

c) requeresse - intervisse - reavesse

d) requeresse - interviesse - reavesse

e) requisesse - interviesse - reouvesse

119. (PUC) Indique a frase onde houver uma forma verbal incorreta:

a) Os vegetais clorofilados sintetizam seu próprio alimento.

b) Se ela vir de carro, chame-me.

c) Lembramos-lhes que o eucalipto é uma excelente planta para o reflorestamento.

d) Há rumores de que pode haver novo racionamento de gasolina.

e) n.d.a

101

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120. (MACK) Assinale a alternativa em que não há erro na forma verbal:

a) Minha mãe hesitou; tu não hesitastes.

b) Esta página vale por meses; quero que valha para sempre.

c) Tu tiveste dezessete anos; vós tivesteis sempre a mesma idade.

d) A análise das minhas emoções é que entrava no meu plano; vós não entravais.

e) Achavam-se lindo e diziam-no; achaveis-me lindo e dizieis-mo.

121. (FUVEST) Assinale a alternativa gramaticalmente correta:

a) Não chores, cala, suporta a tua dor.

b) Não chore, cala, suporta a tua dor.

c) Não chora, cale, suporte a sua dor.

d) Não chores, cales, suportes a sua dor.

e) Não chores, cale, suporte a tua dor.

122. (FUVEST) Aponte a alternativa em que a segunda forma está incorreta como plural da primeira:

a) tu ris - vós rides d) ele vem - eles vêem

b) ele lê - eles lêem e) eu ceio - nós ceamos

c) ele tem - eles têm

123. (FUVEST) Assinale a frase em que está correta a correlação verbal:

a) Se você não interferisse, ele faria o trabalho sozinho.

b) Se você não interferir, ele fazia o trabalho sozinho.

c) Se você não interferir, ele faria o trabalho sozinho.

d) Se você não interfere, ele faria o trabalho sozinho.

e) Se você não interferisse, ele faz o trabalho sozinho.

124. (FUVEST) Assinale a frase em que aparece o pretérito-mais-que-perfeito do verbo ser:

a) Não seria o caso de você se acusar?

102

Page 100: LÍNGUA PORTUGUESA

b) Quando cheguei, ele já se fora, muito zangado.

c) Se não fosses ele, tudo estaria perdido.

d) Bem depois se soube que não fora ele o culpado.

e) Embora não tenha sido divulgado, soube-se do caso.

125. (EEAER) Leia com atenção:

1.

Pôr, eu ponho, mas e se na hora eu não pôr? 2.

Valer eu valho, mas e se na hora eu não valer? 3.

Poder eu posso, mas e se na hora eu não poder? 4.

Caber eu caibo, mas e se na hora eu não couber?

Quanto aos verbos, estão corretos os períodos:

a) I e IV d) I, II e IV

b) II e IV e) I, II e III

c) III e IV

126. (FATEC) Assinale a alternativa em que a forma verbal grifada do período II não substituicorretamente a do período I:

a) I - Economistas afirmaram que já foi descoberto o remédio para a inflação no Brasil.

II - Economistas afirmaram já ter sido descoberto o remédio para a inflação no Brasil.

b) I - Não souberam ou não me quiseram dizer para onde você tinha ido.

II - Não souberam ou não me quiseram dizer para onde você fora.

c) I - Eram passados já muitos anos, desde o acidente.

II - Haviam passado já muitos anos, desde o acidente.

d) I - Honrarás a teu pai e a tua mãe.

103

Page 101: LÍNGUA PORTUGUESA

II - Honra a teu pai e a tua mãe.

e) I - Ao chegar à sua casa, o seu amigo já terá partido.

II - Ao chegar à sua casa, o seu amigo já partirá.

127. (TFC) A forma passiva correspondente ao enunciado "Vi, no claro azul do céu, um papagaio depapel, alto e largo", é:

a) O garoto viu, no claro azul do céu, um papagaio de papel, alto e largo.

b) Um papagaio de papel, alto e largo, estava sendo visto pelo menino, no claro azul do céu.

c) No claro azul do céu, era visto um papagaio de papel, alto e largo, por mim.

d) Alto e largo, um papagaio de papel foi visto por mim no claro azul do céu.

e) Foi visto pelo menino, no claro azul do céu, um papagaio de papel.

(TFC) Nas questões 128 a 130, assinale a opção cujo período apresente erro na sintaxe ou morfologia dasformas verbais:

128.

1.

Se não prevessem os estoques do governo com a necessária antecedência, dificuldades maioresadviriam na entressafra. 2.

Se eles interporem um novo recurso contra a decisão do diretor, é possível que seja aceita aargumentação que apresentaram. 3.

Exige-se que as amostras não difiram significativamente do padrão oficial e que se expeça orespectivo laudo de fiscalização. 4.

Por não se preverem as conseqüências do novo decreto, deixaram de ser tomadas medidas quecontivessem o aumento de custos. 5.

O governo não interveio nem pretende intervir no mercado, embora as informações secontradissessem.

129.

1.

104

Page 102: LÍNGUA PORTUGUESA

Haviam, entre os meses de outubro e dezembro, ocorrido pancadas de chuva tão violentas que asestradas estavam em péssimas condições. 2.

Se houver desistências, as vagas poderão ser preenchidas por candidatos sem habilitação legal. 3.

Embora muitas dificuldades houvessem surgido, os trabalhos foram concluídos em tempo hábil. 4.

Todas as opiniões que houvesse entre os participantes do encontro seriam debatidasdemocraticamente. 5.

Ninguém sabe se vão haver ou não novas inscrições para o concurso anunciado há duas semanas.

130.

1.

É necessário que se intermedeiem os conflitos étnicos para que a paz seja preservada. 2.

Segundo pressupuseram especialistas, novas bactérias, de extrardinária resistência, estão surgindonos hospitais. 3.

Ao não se aterem aos liames previstos para a pesquisa, corriam o risco de falsear os resultados. 4.

Sem que se trasgridam os modelos convencionais, os prejuízos jamais poderão ser reavidos. 5.

Se não sobrevirem novos problemas, serão satisfeitas todas as exigências do contrato assinado.

131. (FUVEST) Em "Se aceitas a comparação distinguirás...", se a forma aceitas for substituída poraceitasses, a forma distinguirás deverá ser alterada para:

a) vais distinguir d) distinguirias

b) distinguindo e) terás distinguido

c) distingues

132. (FUVEST) "Quanto a mim, se vos disser que li o bilhete três ou quatro vezes, naquele dia, acreditai-o, que é verdade; se vos disser mais que o reli no dia seguinte, antes e depois do almoço, podeis crê-lo, é arealidade pura. Mas se vos disser a comoção que tive, duvidai um pouco da asserção, e não a aceitei sem

105

Page 103: LÍNGUA PORTUGUESA

provas." Mudando o tratamento para a terceira pessoa do plural, as expressões sublinhadas passam a ser:

a) lhes disser; acreditem-no; podem crê-lo; duvidem; não a aceitem.

b) lhes disserem; acreditem-lo; podem crê-lo; duvidam; não a aceitem.

c) lhe disser; acreditam-no; podem crer-lhe; duvidam; não a aceitam.

d) lhe disserem; acreditem-no; possam crê-lo; duvidassem; não a aceites.

e) lhes disser, acreditem-o; podem crê-lo; duvidem; não lhe aceitem.

133. (FUVEST) "... e antes nunca houvesse aberto o bico..."; "Assim da tua vanglória há muitos que seufanam." Nestas passagens, o verbo haver é, respectivamente:

a) auxiliar e auxiliar d) principal e auxiliar

b) auxiliar e impessoal e) principal e impessoal

c) impessoal e impessoal

134. (FUVEST) A transformação passiva da frase: "A religião te inspirou esse anúncio", apresentará oseguinte resultado:

a) Tu te inspiraste na religião para esse anúncio.

b) Esse anúncio inspirou-se na tua religião.

c) Tu foste inspirado pela religião nesse anúncio.

d) Esse anúncio te foi inspirado pela religião.

e) Tua religião foi inspirada nesse anúncio.

135. (FUVEST) "Ficam desde já excluídos os sonhadores, os que amem o mistério e procurem justamenteesta ocasião de comprar um bilhete na loteria da vida." Se a primeira frase fosse volitiva, e o segundo eterceiro verbos grifados conotassem ação no plano da realidade, teríamos, respectivamente, as seguintesformas verbais:

a) fiquem, amassem, procurassem

b) ficavam, tenham amado, tenham procurado

c) ficariam, amariam, procurariam

d) fiquem, amam, procuram

e) ficariam, tivessem amado, tivessem procurado

106

Page 104: LÍNGUA PORTUGUESA

136. (FUVEST) Passando-se o verbo do trecho: "aquilo que o auditório já sabe" para o futuro compostodo subjuntivo, obtém-se a forma verbal:

a) terá sabido d) tenha sabido

b) ter sabido e) souber

c) tiver sabido

137. (FMU) Na voz passiva, escreve-se "Deu-me as lições sem uma só das intragáveis ternuras", daseguinte forma:

a) As lições me são dadas...

b) As lições me eram dadas...

c) As lições me foram dadas...

d) A mim deu-me ele as lições

e) A mim as lições deu-as ele

138. (TRE-SP) Ele .......... que a sensatez dos convidados .......... a euforia geral e .......... as dúvidas.

a) supusera - freasse - desfizesse

b) supora - freasse - desfizesse

c) supusera - freiasse - desfazesse

d) supora - freiasse - desfizesse

e) supora - freiasse - desfazesse

139. (TRE-SP) Tendo .......... na operação, os funcionários se .......... a serviços essenciais e executaram astarefas que lhes .......... .

a) intervido - ativeram - caberam

b) intervido - ateram - couberam

c) intervindo - ateram - caberam

d) intervindo - ativeram - couberam

e) intervido - ativeram - couberam

107

Page 105: LÍNGUA PORTUGUESA

140. (TRE-SP) Transpondo para a voz passiva a frase "O auxiliar judiciário estava organizando osarquivos", obtém-se a forma verbal:

a) foram sendo organizados

b) estavam sendo organizados

c) foram organizados

d) tinham sido organizados

e) eram organizados

141. (TRE-SP) Transpondo para a voz ativa a frase "Os pretendentes ao cargo teriam sido cadastradospelo coordenador", obtém-se a forma:

a) cadastraria

b) terá cadastrado

c) seriam cadastrados

d) teria cadastrado

e) tinha cadastrado

142. (TRE-SP) Não se .......... e .......... bem cada palavra que .......... .

a) precipite - pesa - pronunciares

b) precipite - pese - pronunciar

c) precipita - pesa - pronunciar

d) precipita - peses - pronunciares

e) precipite - peses - pronunciar

143. (TRE-SP) Assim que .......... encaminhados ao arquivo e .......... colhido todos os dados, é provávelque já .......... prontos para iniciar o trabalho.

a) sermos - termos - estejamos

b) formos - tivermos - estejamos

c) formos - tivermos - estejemos

d) formos - termos - estejamos

108

Page 106: LÍNGUA PORTUGUESA

e) sermos - tivermos - estejemos

144. (TRE-MT) I - Os leitores de jornal não ......... os artigos mais longos.

II - Se eles ............... a programação, já será ótimo.

III - Quando ele .........., receba-o com delicadeza.

As formas que preenchem, corretamente, as lacunas das frases acima são:

a) leem - obtiverem - vir d) lêem - obterem - ver

b) lêem - obtiverem - vier e) lêm - obtiverem - vir

c) leem - obterem - vier

145. (TRE-MT) Só está correta a forma verbal grifada na frase:

a) Embora ele esteje indicado, o Senado ainda não o aprovou.

b) Ele passeiava diariamente no parque.

c) Quando eles trouxerem a permissão, poderão entrar.

d) Se mantermos as posições, o inimigo não avançará.

e) Os deputados se entretiam com esses discursos.

146. (TRE-MT) O único verbo sublinhado cuja conjugação é regular está na alternativa:

a) "............ pois só se contradisse".

b) "............ também não teve escrúpulos".

c) "Os heróis de janeiro são os vilões de dezembro."

d) "E Ricupero também acaba como símbolo de perdão .......".

e) "........ o Brasil ia dar vexame na Copa".

147. (UF CAXIAS-RS) Não se .................... dias melhores, os problemas de ordemeconômica ..................... preocupando muitas pessoas: ...................... que as dificuldades não são problemaspara poucos.

a) entrevêm - vem - conclue-se

b) entrevêem - vêem - conclui-se

109

Page 107: LÍNGUA PORTUGUESA

c) entrevêm - vêm - conclui-se

d) entrevêem - vêm - conclui-se

e) entrevêem - vêm - conclue-se

(TRE-MG) Nas questões de 148 a 150, tendo em vista a flexão das formas verbais sublinhadas, assinale:

a) se estiver correto apenas o item I

b) se estiver correto apenas o item II

c) se estiver correto apenas o item III

d) se estiverem corretos os itens I e II

e) se estiverem corretos os itens II e III

148.

I - A partir de hoje, os funcionários que virmos fora do ambiente de trabalho serão demitidos.

II - A fim de que ele reavenha o tempo perdido, é necessário que os amigos o ajudem.

III - Os pacientes se entreteram a olhar a paisagem e não viram a noite chegar.

149.

I - Para que nós requeiramos a recompensa, será preciso que vocês nos ajudem.

II - O livro só foi impresso após a autorização de todos os diretores da gráfica.

III - Se ele não entrever nossas dificuldades, o recurso é não o acompanhar.

150.

I - O bêbado que descompor nossos amigos será convidado a retirar-se.

II - Alguns alunos haviam trazido a notícia de que não haverá recesso na próxima semana.

III - É bem provável que agora eles nomeiem a pessoa certa para o cargo.

151. (TRE-RJ) "E quando os mórmons se viram frente ao problema de povoar um deserto, não hesitaramem sancionar a poligamia." Das sentenças abaixo, construídas com verbos derivados de ver, aquela cujalacuna se completa corretamente com a forma entre parênteses é:

1.

110

Page 108: LÍNGUA PORTUGUESA

Os mórmons ....... as dificuldades a serem enfrentadas. (anteveram) 2.

Quando os mórmons ....... as dificuldades a enfrentar, agem corajosamente. (entrevêm) 3.

Os mórmons já se tinham ...... dos recursos necessários para seguir para o deserto. (provisto) 4.

Se os mórmons ....... as dificuldades que enfrentariam, talvez tivessem desistido. (prevessem) 5.

Sempre que os mórmons ....... a história da colonização do deserto, sentir-se-ão honrados. (revirem)

152. (TRE-RO) Assinale a única opção em que o verbo não se encontra na voz passiva:

a) Far-se-ão registros e títulos eleitorais.

b) O cabo eleitoral e o candidato elogiaram-se durante a votação.

c) Apuraram-se rapidamente os votos daquela região.

d) Em outras épocas já se fizeram experiências semelhantes.

e) Ouvia-se do lado de fora o sussurro dos eleitores.

153. (TRE-RO) Observe a frase: Se tu ....... que os eleitores chegam para votar, ....... a porta e .......... -osentrar.

a) veres / abre / deixa d) vires / abre / deixa

b) veres / abra / deixe e) virdes / abri / deixai

c) vires / abra / deixa

154. (FUVEST) Considerando a necessidade de correlação entre tempos e modos verbais, assinale aalternativa em que ela foge às normas da língua escrita padrão:

1.

A redação de um documento exige que a pessoa conheça uma fraseologia complexa e arcaizante. 2.

Para alguns professores, o ensino da língua portuguesa será sempre melhor, se houver o domínio dasregras de sintaxe. 3.

111

Page 109: LÍNGUA PORTUGUESA

O ensino de Português tornou-se mais dinâmico depois que textos de autores modernos foramintroduzidos no currículo. 4.

O ensino de Português já sofrera profundas modificações, quando se organizou um SimpósioNacional para discutir o assunto. 5.

Não fora a coerção exercida pelos defensores do purismo lingüístico, todos teremos liberdade deexpressão.

155. (FUVEST) "A ferida foi reconhecida grave. " A transposição acima para a voz ativa estácorretamente indicada em:

a) Reconheceu-se a ferida como grave.

b) Reconheceu-se uma grave ferida.

c) Reconheceram a gravidade da ferida.

d) Reconheceu-se que era um ferida grave.

e) Reconheceram como grave a ferida.

156. (TRE-RJ) Alguns tempos do modo indicativo podem ser utilizados com valor imperativo. Está nestecaso o verbo sublinhado na seguinte alternativa:

a) Não matarás, diz a Biblía.

b) Faça logo esse serviço!

c) Saiam logo depois do sinal.

d) Prestem atenção ao que foi dito.

e) Não desçam correndo a escada.

157. (TRE-RJ) A alternativa que não apresenta perfeita concordância quanto à conversão da voz ativapara passiva é:

a) Viram-me. / Fui visto.

b) Vamos fazer a lição. / A lição vai ser feita por nós.

c) Abri o caderno. / O caderno tem sido aberto por mim.

d) Devemos preparar tudo. / Tudo deve ser preparado por nós.

112

Page 110: LÍNGUA PORTUGUESA

e) Meu amigo fazia os trabalhos. / Os trabalhos eram feitos por meu amigo.

158. (TRE-RJ) A alternativa correta quanto à conjugação do verbo sublinhado é:

a) A chegada do projeto detive os políticos.

b) Os políticos desaviram-se por causa das emendas.

c) A comissão de juristas antevira as sugestões animadoras.

d) A emenda contêm margem de fraudes de difícil apuração.

e) O ministro solicitou que o Congresso proposse na decisão.

159. (TRE-RJ) Está correta a forma verbal grifada na seguinte frase:

a) Só poderemos opinar sobre o filme, se o vermos.

b) Os guardas intervieram na luta entre os assistentes.

c) Os policiais mantiam os ladrões sob a mira dos revólveres.

d) Nós passeiávamos diariamente pelas principais praças da cidade.

e) Embora ele seje considerado inteligente raramente faz boas provas.

160. (TRE-RJ) A frase que apresenta erro quanto à conjugação do verbo é:

a) A Justiça Eleitoral compôs com cidadãos as mesas de votação.

b) A Justiça Eleitoral comporia com cidadãos as mesas de votação.

c) A Justiça Eleitoral compusera com cidadãos as mesas de votação.

d) A Justiça se fará quando a Justiça Eleitoral compor com cidadãos as mesas de votação.

e) A Justiça se fará quando a Justiça Eleitoral compuser com cidadãos as mesas de votação.

(TRE-MG) Tendo em vista a flexão dos verbos sublinhados, responda às questões 161 e 162, assinalandopara cada questão:

a) se os itens I, II e III estiverem incorretos

b) se apenas os itens I e III estiverem incorretos

c) se apenas os itens II e III estiverem incorretos

d) se apenas o item I estiver incorreto

113

Page 111: LÍNGUA PORTUGUESA

e) se apenas o item II estiver incorreto

161.

1. Para que não agridamos as pessoas mais próximas, a empresa contratou um psicólogo. 2. O exercício que eu refazer em casa será cobrado, mais tarde, em outra avaliação. 3. Talvez a professora anseie por uma medida que não implique sua demissão.

162.

1. Apesar das informações, acredito que ele possue as qualidades necessárias para ocupar o cargo. 2. Só requeiro um emprego melhor, casa haja apoio total de meus familiares. 3. É possível que estejem preocupados com o resultado das eleições passadas.

163. (IBGE) Assinale a opção que apresenta erro na forma verbal:

a) Os brasileiros mantêm opiniões divergentes a respeito destes assuntos.

b) Nem todos crêem nos resultados de certas pesquisas.

c) Pessoas treinadas intervêm positivamente para dar esclarecimentos.

d) Os recenseadores revêem as respostas dos questionários.

e) Muitos entrevistadores provêem de lugares distantes do país.

164. (CEETEPS) A eletricidade era empregada para acender lâmpadas. Redigiu-se, de outra forma, afrase acima. Assinale a alternativa em que se verifica uma perfeita correspondência entre as duas formas deredação:

a) Empregou-se a eletricidade para acender lâmpadas.

b) A eletricidade poderia ser empregada para acender lâmpadas.

c) Empregava-se a eletricidade para acender lâmpadas.

d) Para acender lâmpadas, emprega-se a eletricidade.

e) A eletricidade será empregada para acender lâmpadas.

165. (CEETEPS) "Ouviam-se os apitos." Substituindo-se o sujeito "apitos" pelo correspondente singular"apito", obtém-se:

a) Ouviam o apito. d) Ouviram o apito.

114

Page 112: LÍNGUA PORTUGUESA

b) Ouvia o apito. e) Ouvia-se o apito.

c) Ouvi o apito.

166. (CEETEPS) "O controle de várias formas de energia deu ao homem um enorme poder..." No trechoacima, o verbo "dar" pode causar a impressão de que o homem é um ser passivo. Na realidade, porém, sabe-se que o homem procura ser agente. Que alternativa mostra mais claramente o caráter ativo do homem?

1. O controle de várias formas de energia concedeu ao homem um enorme poder. 2. Ao homem foi dado poder pelo controle de várias formas de energia. 3. O homem conquistou um enorme poder com o controle de várias formas de energia. 4 Deu-se ao homem um enorme poder de controlar várias formas de energia. 5 O homem herdou o controle de várias formas de energia.

167. (FATEC) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas: .........., entre analistas políticosque, se o governo .......... essa política salarial e se o empresariado não ......... as perdas salariais, .......... sériosproblemas estruturais a serem resolvidos e, quando os sindicatos .......... estará instalado o caos total.

a) Comentam-se; manter; repor; haverão; intervierem

b) Comenta-se; mantiver; repuser; haverão; intervirem

c) Comenta-se; mantesse; repuser; haverão; intervierem

d) Comenta-se; mantiver; repuser; haverá; intervierem

e) Comentam-se; manter; repor; haverá; intervirem

168. (FCL-BRAGANÇA) Transpondo para a voz ativa a frase "As testemunhas

seriam ouvidas pelo corregedor", obtém-se a forma verbal:

a) irão ser ouvidas d) deviam ser ouvidas

b) estaria ouvindo e) vai ouvir

c) ouviria

169. (UF-MG) Em todas as alternativas, a lacuna pode ser preenchida pelo verbo indicado entreparênteses, no subjuntivo, exceto em:

115

Page 113: LÍNGUA PORTUGUESA

a) Olhou para o cão, enquanto esperava que lhe .......... a porta. (abrir)

b) Por que foi que aquela criatura não .......... com franqueza? (proceder)

c) É preciso que uma pessoa se .......... para encurtar a despesa. (trancar)

d) Deixa de luxo, minha filha, será o que Deus .......... . (querer)

e) Se isso me ......... possível, procuraria a roupa. (ser)

170. (UE PONTA GROSSA-PR) Nesse fragmento poético: "Cantando espalharei por toda parte / Se atanto me ajudar o engenho e arte", encontram-se, respectivamente, formas verbais nominais:

a) participial e infinitiva d) infinitiva e gerundial

b) gerundial e infinitiva e) gerundial e participial

c) infinitiva e participial

171. (MACK)

I - Embora o jogo estivesse monótono, a torcida se exaltou muito;

II - O torcedor gritou tanto que ficara rouco;

III - É preciso que se evita gritar muito. Com relação ao uso dos tempos verbais:

a) somente a I está adequada

b) I, II e III estão adequadas

c) somente a II está adequada

d) somente a I e III estão adequadas

e) I, II e III estão inadequadas

172. (UC-PR) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:

1. O intruso já tinha sido .......... . 2. Não sabia se já haviam .......... a casa.

3. Mais de uma vez lhe haviam .......... a vida. 4. A capela ainda não havia

sido .......... .

a) expulsado, coberto, salvo, benzida

b) expulso, cobrido, salvo, benzida

116

Page 114: LÍNGUA PORTUGUESA

c) expulsado, cobrido, salvado, benta

d) expulso, coberto, salvado, benta

e) expulsado, cobrido, salvo, benzida

173. (MACK) Assinale a alternativa que completa corretamente a seguinte frase: "Quando .......... maisaperfeiçoado, o computador certamente .......... um eficiente meio de controle de toda a vida social."

a) estivesse - será d) estivesse - era

b) estiver - seria e) estiver - será

c) esteja - era

174. (TTN) Na resposta de um médico a seu paciente, há erro do emprego verbal. Assinale-o: - Doutor,eu preciso tomar o remédio?

a) Convém que você o tome.

b) Se você tomar o remédio, sarará mais rapidamente.

c) É preciso que você tome o remédio.

d) Tome o remédio por mais uma semana.

e) É bom que você toma o remédio.

175. (TTN) Marque a frase em que o verbo está empregado no futuro do pretérito (Frases extraídas daFolha de SP, 05/10/89):

1. "O exército dos EUA em horas poria Noriega para fora do Panamá". 2. "Em Santa Catarina, as concessionárias de transportes coletivos tiveram seus contratosprorrogados sem a necessidade de novas licitações". 3. "Um dos 84 deputados estaduais vai estar ausente da assinatura da Constituição Paulista". 4. "A campanha de Brizola vai entrar em crise daqui a alguns dias". 5. "A visita de Gorbatchev poderá causar manifestações políticas".

176. (TTN) Assinale a alternativa que apresenta incorreção verbal:

1. Observa-se que muitos boatos provêm de algumas pessoas insensatas. 2. Se você quiser reaver os objetos roubados, tome as providências com urgência. 3. Prevendo novos aumentos de preços, muitos consumidores proveram suas casas. 4. O Ministro da Fazenda previu as despesas com o funcionalismo público, em 1989. 5. No jogo de domingo, quando o juiz interviu numa cobrança de falta, foi inábil.

177. (TTN) Assinale a sentença que contém erro na forma verbal:

117

Page 115: LÍNGUA PORTUGUESA

1. "Examinai todas as coisas e retende o que for melhor". (Extraído de um marcador de páginas) 2. Detenhamo-nos nos aspectos centrais do pensamento marxista para que saibamos extrair dele oque melhor se aproveita para os dias atuais. 3. Para que elaboremos propostas inovadoras, é preciso que ponhamos nossa criatividade a serviçoda geração de idéias inusitadas. 4. Mas não caiamos na tentação de julgar todos os dirigentes políticos como se fossem unsaproveitadores, que usam os cargos apenas para se locupletarem. 5. Se almejardes o saber, vades aos livros e conviveis com os sábios.

178. (AFTN) Indique o período correto:

a) Se você reaver seus cruzados retidos, empreste-me algum dinheiro.

1. Se tu reaveres teus cruzados retidos, poderás me emprestar uma parte? 2. Caso você reaveja seus cruzados retidos, pode emprestar-me uns cem mil? 3. Se eu reavesse meus cruzados retidos, emprestar-te-ia uma parte. 4. Todos neste país reaveremos os cruzados bloqueados, nos prazos estipulados pela lei.

179. (UF-MG) Em todas as frases, os verbos estão na voz ativa, exceto em:

1. Ele, que sempre vivera órfão de afeições legítimas e duradouras, como então seria feliz!... 2. O quinhão de ternura que a ela pretendia, estava intacto no coração do filho. 3. Os dois quadros tinham sido ambos bordados por Mariana e Ana Rosa, mãe e filha. 4. E dizia as inúmeras viagens que tinha feito até ali; contava episódios a respeito do boqueirão. 5. Sobre a banca de Madalena estava o envelope de que ele tinha falado

180. (PUC-RJ) "Se eu soubesse ... não tinha aceitado! Indique a opção em que o verbo está flexionado nomesmo tempo, modo e voz de tinha aceitado:

a) "Desse lado do sobrado apoiava-se a uma escarpa da colina. (...)"

b) "Se não fosse isso teria eu vindo?"

c) "(...) como uma riqueza que Deus dá para ser prodigalizada".

d) "(...) nunca a palavra amor fora proferida em referência a nós".

e) "(...) e assumira para comigo o despotismo da mulher amada com paixão".

Gabarito

1 - B 38 - C 75 - A 112 - E 149 - D

2 - C 39 - C 76 - A 113 - D 150 - E

118

Page 116: LÍNGUA PORTUGUESA

3 - E 40 - B 77 - A 114 - E 151 - E

4 - C 41 - C 78 - B 115 - C 152 - B

5 - B 42 - E 79 - D 116 - D 153 - D

6 - B 43 - C 80 - E 117 - B 154 - E

7 - E 44 - B 81 - B 118 - A 155 - E

8 - E 45 - B 82 - E 119 - B 156 - A

9 - B 46 - D 83 - C 120 - B 157 - C

10 - A 47 - C 84 - D 121 - A 158 - C

11 - E 48 - B 85 - C 122 - D 159 - B

12 - E 49 - A 86 - B 123 - A 160 - D

13 - C 50 - E 87 - D 124 - D 161 - E

14 - C 51 - A 88 - E 125 - B 162 - B

15 - E 52 - C 89 - D 126 - E 163 - E

16 - D 53 - C 90 - D 127 - D 164 - C

17 - E 54 - E 91 - C 128 - B 165 - E

18 - D 55 - D 92 - B 129 - E 166 - C

19 - C 56 - B 93 - E 130 - E 167 - D

20 - B 57 - C 94 - E 131 - D 168 - C

21 - B 58 - B 95 - D 132 - A 169 - B

22 - E 59 - E 96 - D 133 - B 170 - B

23 - E 60 - C 97 - A 134 - D 171 - A

24 - D 61 - A 98 - D 135 - D 172 - D

25 - E 62 - B 99 - C 136 - C 173 - E

26 - E 63 - A 100 - B 137 - C 174 - E

119

Page 117: LÍNGUA PORTUGUESA

27 - B 64 - D 101 - C 138 - A 175 - A

28 - E 65 - D 102 - D 139 - D 176 - E

29 - E 66 - A 103 - E 140 - B 177 - E

30 - D 67 - D 104 - D 141 - D 178 - E

31 - E 68 - D 105 - E 142 - B 179 - D

32 - C 69 - C 106 - D 143 - B 180 - E

33 - B 70 - B 107 - D 144 - B

34 - E 71 - C 108 - D 145 - C

35 - E 72 - E 109 - A 146 - D

36 - B 73 - C 110 - A 147 - D 37 - E 74 - E 111 - E 148 - A

Advérbios

Advérbio é a palavra invariável que modifica o sentido do verbo, acrescentando a ele determinadascircunstâncias de tempo, de modo, de intensidade, de lugar, etc. Ex.

Um lindo balão azul atravessava o céu.Um lindo balão azul atravessava lentamente o céu.

Nesse caso, lentamente modifica o verbo atravessar, pois acrescenta uma idéia de modo. Os advérbios deintensidade têm uma característica particular, pois além de intensificar o verbo, eles podem intensificar osentido de adjetivos e de outros advérbios. Ex.

Nosso amigo é inteligente demais.As encomendas chegaram muito tarde.

• Locução Adverbial

Locução adverbial é toda expressão formada por mais de uma palavra e que funciona como advérbio. Ex.

As notícias chegaram cedo.As notícias chegaram de manhã.

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Page 118: LÍNGUA PORTUGUESA

• Classificação do Advérbio

Dependendo da circunstância que expressam, os advérbios classificam-se em:

Lugar: lá, aqui, acima, por fora, etc.Modo: bem, mal, assim, devagar, às pressas, pacientemente, etc.Dúvida: talvez, possivelmente, acaso, porventura, etc.Negação: não, de modo algum, de forma nenhuma, etc.Afirmação: sim, realmente, com certeza, etc.Intensidade: muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, etc.Tempo: agora, hoje, sempre, logo, de manhã, às vezes, etc.

• Palavras Denotativas

Existem palavras e locuções semelhantes aos advérbios, as palavras denotativas, que indicam idéia de:

Inclusão: até, mesmo, inclusive, etc.Exclusão: só, apenas, menos, etc.Retificação: isto é, aliás, ou melhor, etc.Explicação: por exemplo, ou seja, etc.

Preposição

Preposição é a classe de palavras que liga palavras entre si; é invariável; estabelece relação de vários sentidosentre as palavras que liga.

Sintaticamente, as preposições não exercem propriamente uma função: são consideradas conectivos, ou seja,elementos de ligação entre termos oracionais. As preposições podem introduzir:

• Complementos verbais: Obedeço “aos meus pais”.• Complementos nominais: continuo obediente “aos meus pais”.• Locuções adjetivas: É uma pessoa “de caráter”.• Locuções adverbiais: Naquele momento agi “com cuidado”.• Orações reduzidas: “Ao chegar”, foi abordado por dois ladrões.

As preposições podem ser de dois tipos:

1. Preposição essencial: sempre funciona como preposição.Exemplo: a, ante, de, por, com, em, sob, até...

2. Preposição acidental: palavra que, além de preposição, pode assumir outras funções morfológicas.Exemplo: consoante, segundo, mediante, tirante, fora, malgrado...

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Page 119: LÍNGUA PORTUGUESA

Locução prepositiva

Chamamos de locução prepositiva ao conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição.A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição.

Exemplos: por causa de, ao lado de, em virtude de, apesar de, acima de, junto de, a respeito de...

As preposições podem combinar-se com outras classes gramaticais.

Exemplos: do (de + artigo o) no (em + artigo o) daqui (de + advérbio aqui) daquele (de + o pronome demonstrativo aquele)

Emprego das preposições

- as preposições podem estabelecer variadas relações entre os termos que ligam.

Ex.: Limpou as unhas com o grampo (relação de instrumento) Estive com José (relação de companhia) A criança arrebentava de felicidade (relação de causa) O carro de Paulo é novo(relação de posse)

- as preposições podem vir unidas a outras palavras.Temos combinação quando na junção da preposição com outra palavra não houver perda de elementofonético.Temos contração quando na junção da preposição com outra palavra houver perda fonética.

- a preposição a pode se fundir com outro a, essa fusão é indicada pelo acento grave ( `), recebe o nome decrase.Ex.: Vou à escola (a+a)

Preposição + Artigos

De + o(s) = do(s)

De + a(s) = da(s)

De + um = dum

De + uns = duns

De + uma = duma

De + umas = dumas

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Page 120: LÍNGUA PORTUGUESA

Em + o(s) = no(s)

Em + a(s) = na(s)

Em + um = num

Em + uma = numa

Em + uns = nuns

Em + umas = numas

A + à(s) = à(s)

Por + o = pelo(s)

Por + a = pela(s)

Preposição + Pronomes

De + ele(s) = dele(s)

De + ela(s) = dela(s)

De + este(s) = deste(s)

De + esta(s) = desta(s)

De + esse(s) = desse(s)

De + essa(s) = dessa(s)

De + aquele(s) = daquele(s)

De + aquela(s) = daquela(s)

De + isto = disto

De + isso = disso

De + aquilo = daquilo

De + aqui = daqui

De + aí = daí

De + ali = dali

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Page 121: LÍNGUA PORTUGUESA

De + outro = doutro(s)

De + outra = doutra(s)

Em + este(s) = neste(s)

Em + esta(s) = nesta(s)

Em + esse(s) = nesse(s)

Em + aquele(s) = naquele(s)

Em + aquela(s) = naquela(s)

Em + isto = nisto

Em + isso = nisso

Em + aquilo = naquilo

A + aquele(s) = àquele(s)

A + aquela(s) = àquela(s)

A + aquilo = àquilo

Dicas sobre preposição

1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los?

- Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo. Ele servirá para determiná-lo como umsubstantivo singular e feminino.

- A dona da casa não quis nos atender.- Como posso fazer a Joana concordar comigo?

- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos e estabelece relação de subordinação entreeles.

- Cheguei a sua casa ontem pela manhã.- Não queria, mas vou ter que ir a outra cidade para procurar um tratamento adequado.

- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou a função de um substantivo.

- Temos Antônia como parte da família. / A temos como parte da família- Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / Creio que a conhecemos melhor que ninguém.

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Page 122: LÍNGUA PORTUGUESA

2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das preposições:

Destino

Irei para casa.

Modo

Chegou em casa aos gritos.

Lugar

Vou ficar em casa;

Assunto

Escrevi um artigo sobre adolescência.

Tempo

A prova vai começar em dois minutos.

Causa

Ela faleceu de derrame cerebral.

Fim ou finalidade

Vou ao médico para começar o tratamento.

Instrumento

Escreveu a lápis.

Posse

Não posso doar as roupas da mamãe.

Autoria

Esse livro de Machado de Assis é muito bom.

Companhia

Estarei com ele amanhã.

Matéria

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Page 123: LÍNGUA PORTUGUESA

Farei um cartão de papel reciclado.

Meio

Nós vamos fazer um passeio de barco.

Origem

Nós somos do Nordeste, e você?

Conteúdo

Quebrei dois frascos de perfume.

Oposição

Esse movimento é contra o que eu penso.

Preço

Esse roupa sai por R$ 50 à vista.

Conjunção

Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.

CLASSIFICAÇÃO- Conjunções Coordenativas- Conjunções Subordinativas

CONJUNÇÕES COORDENATIVASDividem-se em:

- ADITIVAS: expressam a idéia de adição, soma.

Observe os exemplos:

- Ela foi ao cinema e ao teatro.- Minha amiga é dona-de-casa e professora.- Eu reuni a família e preparei uma surpresa.- Ele não só emprestou o joguinho como também me ensinou a jogar.

Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também, não só...como também.

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Page 124: LÍNGUA PORTUGUESA

- ADVERSATIVASExpressam idéias contrárias, de oposição, de compensação. Exemplos:

- Tentei chegar na hora, porém me atrasei.- Ela trabalha muito mas ganha pouco.- Não ganhei o prêmio, no entanto dei o melhor de mim.- Não vi meu sobrinho crescer, no entanto está um homem.

Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto.

ALTERNATIVASExpressam idéia de alternância.

- Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.- Minha cachorra ora late ora dorme.- Vou ao cinema quer faça sol quer chova.

Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer...quer, já...já.

CONCLUSIVASServem para dar conclusões às orações. Exemplos:

- Estudei muito por isso mereço passar.- Estava preparada para a prova, portanto não fiquei nervosa.- Você me ajudou muito; terá, pois sempre a minha gratidão.

Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.

EXPLICATIVASExplicam, dão um motivo ou razão:

- É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.- Não demore, que o seu programa favorito vai começar.

Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.

CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVASCAUSAISPrincipais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como (= porque). Exemplos:

- Não pude comprar o CD porque estava em falta.- Ele não fez o trabalho porque não tem livro.- Como não sabe dirigir, vendeu o carro que ganhou no sorteio.

COMPARATIVASPrincipais conjunções comparativas: que, do que, tão...como, mais...do que, menos...do que.

- Ela fala mais que um papagaio.

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Page 125: LÍNGUA PORTUGUESA

CONCESSIVASPrincipais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que.

Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado.Traz em si uma idéia de “apesarde”.

- Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada)- Apesar de ter chovido fui ao cinema.

CONFORMATIVAS

Principais conjunções conformativas: como, segundo, conforme, consoante

- Cada um colhe conforme semeia.- Segundo me disseram a casa é esta.

Expressam uma idéia de acordo, concordância, conformidade.

CONSECUTIVASExpressam uma idéia de conseqüência.

Principais conjunções consecutivas: que ( após “tal”, “tanto”, “tão”, “tamanho”).

- Falou tanto que ficou rouco.- Estava tão feliz que desmaiou.

FINAISExpressam idéia de finalidade, objetivo.

- Todos trabalham para que possam sobreviver.- Viemos aqui para que vocês ficassem felizes.

Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (=para que),

PROPORCIONAISPrincipais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que.

- À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.- Quanto mais ela estudava, mais feliz seus pais ficavam.

TEMPORAISPrincipais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que.

- Quando eu sair, vou passar na locadora.- Chegamos em casa assim que começou a chover.- Mal chegamos e a chuva desabou.

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Page 126: LÍNGUA PORTUGUESA

Obs: Mal é conjunção subordinativa temporal quando equivale a "logo que".

O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chama-se locução conjuntiva.

Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que.

Algumas pessoas confundem as circunstâncias de causa e conseqüência. Realmente, às vezes, fica difícildiferenciá-las.

Observe os exemplos:- Correram tanto, que ficaram cansados.

“Que ficaram cansados” aconteceu depois deles terem corrido, logo é uma conseqüência.Ficaram cansados porque correram muito.

“Porque correram muito” aconteceu antes deles ficarem cansados, logo é uma causa.

Interjeição

Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agirsobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer usode estruturas lingüísticas mais elaboradas.

• Ah! Pode exprimir prazer, deslumbramento, decepção;• Psiu! Pode indicar que se está querendo atrair a atenção do interlocutor, ou que deseja que ele façasilêncio.

Outras interjeições e locuções interjetivas podem expressar:

• Alegria: oh!, ah!, oba!, viva!;• Dor: ai!, ui!;• Espanto, surpresa: oh!, ah!, ih!, opa!, céus!, puxa!, chi!, gente!, hem?!, meu Deus!, uai!;• Chamamento: olá!, alô!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó!;• Medo: uh!, credo!, cruzes!, Jesus!, ai!;• Desejo: tomara!, oxalá!, queira Deus!, quem me dera!;• Pedido de silêncio: psiu!, caluda!, quieto!, bico fechado!;• Estímulo: eia!, avante!, upa!, firme!, toca!;• Afugentamento: xô!, fora!, rua!, toca!, passa!, arreda!;• Alívio: ufa!, uf!, safa!;• Cansaço: ufa!.

A compreensão de uma interjeição depende da análise do contexto em que ela aparece.Quando a interjeição é expressa por mais de um vocábulo, recebe o nome de locução interjetiva.Ora bolas!, cruz credo!, puxa vida!, valha-me Deus!, se Deus quiser!Macacos me mordam!

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Page 127: LÍNGUA PORTUGUESA

A interjeição é considerada palavra-frase, caracterizando-se como uma estrutura à parte. Não desempenhafunção sintática.

Crase

Crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se graficamente a crase pelo acento grave.

Fomos à piscina

à artigo e preposição

Ocorrerá a crase sempre que houver um termo que exija a preposição a e outro termo que aceite o artigo a.

Para termos certeza de que o "a" aparece repetido, basta utilizarmos alguns artifícios:

I. Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer ao ou aos diante de palavrasmasculinas, é porque ocorre a crase.

Exemplos:

Temos amor à arte.

(Temos amor ao estudo)

Respondi às perguntas.

(Respondi aos questionário)

II. Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a, ocorre a crase:

Exemplos:

Contarei uma estória a você.

(Contarei uma estória para você.)

Fui à Holanda

(Fui para a Holanda)

3. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expressão voltar da, é porque ocorre acrase.

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Page 128: LÍNGUA PORTUGUESA

Exemplos:

Iremos a Curitiba.

(Voltaremos de Curitiba)

Iremos à Bahia

(Voltaremos da Bahia)

Não ocorre a Crase

a) antes de verbo

Voltamos a contemplar a lua.

b) antes de palavras masculinas

Gosto muito de andar a pé.

Passeamos a cavalo.

c) antes de pronomes de tratamento, exceção feita a senhora, senhorita e dona:

Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza

Dirigiu-se à Sra. com aspereza.

d) antes de pronomes em geral:

Não vou a qualquer parte.

Fiz alusão a esta aluna.

e) em expressões formadas por palavras repetidas:

Estamos frente a frente

Estamos cara a cara.

f) quando o "a" vem antes de uma palavra no plural:

Não falo a pessoas estranhas.

Restrição ao crédito causa o temor a empresários.

Crase facultativa

1. Antes de nome próprio feminino:

Refiro-me à (a) Julinana.

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Page 129: LÍNGUA PORTUGUESA

2. Antes de pronome possessivo feminino:

Dirija-se à (a) sua fazenda.

3. Depois da preposição até:

Dirija-se até à (a) porta.

Casos particulares

1. Casa

Quando a palavra casa é empregada no sentido de lar e não vem determinada por nenhum adjuntoadnominal, não ocorre a crase.

Exemplos:

Regressaram a casa para almoçar - Regressaram à casa de seus pais

2. Terra

Quando a palavra terra for utilizada para designar chão firme, não ocorre crase.

Exemplos:

Regressaram a terra depois de muitos dias.

Regressaram à terra natal.

3. Pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aqueles, aquilo.

Se o tempo que antecede um desse pronomes demonstrativos reger a preposição a, vai ocorrer a crase.

Exemplos:

Está é a nação que me refiro.

(Este é o país a que me refiro.)

Esta é a nação à qual me refiro.

(Este é o país ao qual me refiro.)

Estas são as finalidades às quais se destina o projeto.

(Estes são os objetivos aos quais se destino o projeto.)

Houve um sugestão anterior à que você deu.

(Houve um palpite anterior ao que você me deu.)

Ocorre também a crase

a) Na indicação do número de horas:

Chegamos às nove horas.

b) Na expressão à moda de, mesmo que a palavra moda venha oculta:

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Page 130: LÍNGUA PORTUGUESA

Usam sapatos à (moda de) Luís XV.

c) Nas expressões adverbiais femininas, exceto às de instrumento:

Chegou à tarde (tempo).

Falou à vontade (modo).

d) Nas locuções conjuntivas e prepositivas; à medida que, à força de...

OBSERVAÇÕES: Lembre-se que:

Há - indica tempo passado.

Moramos aqui há seis anos

A - indica tempo futuro e distância.

Daqui a dois meses, irei à fazenda.

Moro a três quarteirões da escola.

Oração e Período

Oração

Como escrevemos na edição anterior, a oração é a construção gramatical composta de sujeito e predicado.Vamos estudar esses dois elementos oportunamente.

A oração é uma frase estruturada em torno de um verbo ou locução verbal.

Uma oração é uma frase verbal quando:

* A frase tiver sentido completo e

* Contiver verbo.

Exemplos:

* Grande parte da população necessita de saneamento básico.

* Madalena terminou o seu trabalho.

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Page 131: LÍNGUA PORTUGUESA

Ou pode ser uma frase estruturada em uma locução verbal.

Exemplos:

* Você pode tornar um sonho real.

* Não deixe de fazer o necessário.

É preciso atenção porque nem toda frase é oração! Exemplo?

* Que dia maravilhoso!

Esse enunciado faz sentido, portanto é frase. Mas não é oração, porque não tem verbo.

E também, pasme, nem toda oração é frase!

* Desejamos que Buarque conserte o Brasil.

O enunciado acima é formado pelos verbos desejar e consertar. E a cada verbo forma-se uma oração:

* 1ª oração - Desejamos

* 2ª oração - que Buarque conserte o Brasil.

Perceba que cada oração isolada não tem sentido completo. Mas para formar a frase foi preciso juntar asduas orações.

Período

Período é a oração absoluta ou reunião de orações que formam sentido completo. Toda frase verbal échamada de período.

Exemplos:

* Que saudades sentimos da década de 70!

* As portas fecharam-se ao emprego estável.

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Page 132: LÍNGUA PORTUGUESA

O período é classificado em simples e composto:

Exemplos de períodos simples (apenas um verbo):

* O barulho do motor do ônibus nos incomodou a viagem inteira.

incomodou -> verbo formando uma oração

* Uma forte neblina vai começar agora mesmo.

vai começar -> locução verbal formando uma oração

Exemplos de períodos compostos (dois verbos/locuções verbais ou mais):

* Robinho chutou quando foi marcado pênalti.

1ª oração -> Robinho chutou (verbo)

2ª oração -> quando foi marcado pênalti (locução verbal)

* Era de dia, tinha muita gente na rua, mas começava a chover forte.

1ª oração -> Era de dia (verbo)

2ª oração -> tinha muita gente na rua (verbo)

3ª oração -> mas começava a chover forte (locução verbal)

A maneira prática de se saber quantas orações existem em um período é contar os verbos e/ou as locuçõesverbais.

Termos da oração

Já vimos anteriormente frase, oração, período e classificações. Agora vamos abordar os termos da oração. Éum assunto muito importante e a sua compreensão facilita a construção correta de frases.

O que são termos da oração?

É a palavra ou grupo de palavras, dentro da oração, que desempenha função sintática.

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Page 133: LÍNGUA PORTUGUESA

E o que é função sintática?

É a relação estabelecida entre palavras ou grupo de palavras. O estudo de função sintática se dá, portanto,dividindo-se a oração em partes e termos.

Exemplos:

* Ninguém entoava a melodia do cantor.

Ninguém > termo palavra

entoava > termo palavra

a melodia do cantor > termo grupo de palavras.

* A reforma tributária não pode fracassar.

A reforma tributária > termo grupo de palavras

não > termo palavra

pode fracassar > termo grupo de palavras.

A oração pode ser composta então de:

* Termos essenciais;

* Termos integrantes;

* Termos acessórios.

Termos essenciais da oração > sujeito e predicado

Os termos essenciais, isto é, o sujeito e o predicado, dão significado à frase.

O que é o sujeito?

Sujeito é o termo da oração sob o qual cai a referência para pessoas, animais, objetos e outros. A maneiraprática de identificar o sujeito na frase é inserir o pronome "quem" como pergunta na própria frase.

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Page 134: LÍNGUA PORTUGUESA

Exemplos:

* Buarque é o novo presidente.

"Quem é o novo presidente?

Sujeito > Buarque

* O vento soprava muito forte.

"Quem soprava muito forte?

Sujeito > O vento

E o que é o predicado?

Predicado é o termo da oração que identifica ou informa algo sobre o sujeito. Contém o verbo. A maneiraprática de identificar o sujeito na frase é inserir as expressões "o que", "como" ou "quando" para a perguntana própria frase.

Exemplos:

* Buarque é o novo presidente.

"Buarque é o que?"

Predicado > é o novo presidente.

* O vento soprava muito forte.

"O vento soprava como?

Predicado> soprava muito forte.

O estudo do sujeito

Como vimos na edição anterior, sujeito é o termo da oração sob o qual cai a referência para pessoas,animais, objetos e outros. Agora vamos ver a posição do sujeito, o núcleo do sujeito, tipos de sujeito e asorações sem sujeito.

Posição do sujeito

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Page 135: LÍNGUA PORTUGUESA

Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar configurada da seguinte forma:

* Na ordem direta (sujeito antes do predicado)

Exemplo: Os meninos brincavam alegremente.

Sujeito na ordem direta: Os meninos

Predicado: brincavam alegremente.

* Na ordem inversa (sujeito depois do predicado)

Exemplo:Brincavam despreocupados os meninos.

Sujeito na ordem indireta: os meninos.

Predicado: Brincavam despreocupados

* Sujeito no meio do predicado

Exemplo: Alegremente, os meninos brincavam

Sujeito: os meninos

Predicado: Alegremente

Predicado: brincavam.

Núcleo do sujeito

Núcleo é a palavra principal ou base do sujeito. O predicado sempre faz referência ao núcleo do sujeito, istoé, diz algo a respeito. Exemplos:

* Um enxame de abelhas sobrevoava a plantação.

Sujeito: Um enxame de abelhas

Núcleo do sujeito: Um enxame

Predicado: sobrevoava a cidade.

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Page 136: LÍNGUA PORTUGUESA

* Gato escaldado tem medo de água fria.

Sujeito: Gato escaldado

Núcleo do sujeito: Gato

Predicado: tem medo de água fria.

* Os meus dois amores são lindos.

Sujeito: Os meus dois amores

Núcleo do sujeito: amores

Predicado: são lindos.

Observação

O núcleo do sujeito compõe-se de um substantivo ou

qualquer outra palavra com valor de substantivo. Exemplos:

* Os astronautas subiram ao céu.

Substantivo: astronautas

* Eles foram ao médico.

Pronome substantivo: Eles

* Sorrir é saudável.

Palavra substantivada: Sorrir

Tipos de sujeito

O sujeito pode ser determinado e indeterminado.

Sujeito determinado

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Page 137: LÍNGUA PORTUGUESA

É aquele possível de determinar na oração. Exemplos:

* Romário voltou para o Flamengo.

* Alguém soltou um pum!

* (eu) Aprendi a ser humilde.

O sujeito, uma vez determinado, pode ser simples, composto e implícito.

Sujeito simples

Possui apenas um núcleo. Exemplo:

* A simples ocasião era favorável a todos.

Sujeito simples: A simples ocasião

Núcleo do sujeito: ocasião

Sujeito composto

Possui dois ou mais núcleos. Exemplo:

* O Pai, o Filho e o Espírito Santo constituem a trindade.

O Pai, o Filho e o Espírito Santo: sujeito composto

Pai: núcleo do sujeito

Filho: núcleo do sujeito

Espírito Santo: núcleo do sujeito

Sujeito implícito

É aquele que não está expresso na oração, mas é reconhecido pela desinência verbal. Exemplos:

* (eu) Convidei você para uma palestra.

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Page 138: LÍNGUA PORTUGUESA

Sujeito implícito (ou oculto): eu

* (nós) Convocaremos já um inquérito!

Sujeito implícito (ou oculto): nós

Sujeito indeterminado

É aquele que não está expresso na oração, e nenhum outro termo fornece elementos para o seureconhecimento. Exemplos:

* Levaram a minha carteira, seu guarda!

* Come-se e bebe-se muito bem na Itália.

Note que nesses exemplos na oração inteira o predicado está expresso. Mas não se pode determinar sobrequem recai a informação.

O sujeito indeterminado pode ser construído de duas maneiras:

1.

Colocando-se o verbo na 3ª pessoa do plural. Exemplo:

Mandaram o vovô dançar na gafieira.

2.

Colocando-se o verbo na 3ª pessoa do singular acompanhado do pronome "se". Exemplo:

Precisa-se de muambeiros.

Orações sem sujeito

Embora o sujeito seja um termo essencial, é possível que haja orações constituídas apenas do predicado. É ocaso das orações formadas com determinados verbos.

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Page 139: LÍNGUA PORTUGUESA

* HAVER - na acepção de existir, acontecer, realizar-se e fazer. Exemplos:

Há muita gente querendo se locupletar. (existem)

Houve um acidente na BR 262. (aconteceu)

Houve uma grande passeata na Savassi. (realizou-se)

Há muitos anos que eu não vou a São Paulo. (faz)

* FAZER, SER e ESTAR - na acepção de tempo transcorrido ou tempo relativo ao fenômeno da natureza.Exemplos:

Faz dias que não o vejo.

Era tarde quando o caminhão chegou.

Estava um verão maravilhoso.

* Verbos que expressam fenômenos da natureza. Os chamados verbos defectivos: chover, nevar, ventar,gear, trovejar, relampejar, anoitecer, etc. Exemplos:

Chove muito em Belo Horizonte.

Anoitece mais tarde no verão.

Trovejou e relampejou muito antes de cair o temporal.

Nota: os verbos das orações sem sujeito chamam-se impessoais. São utilizados na 3ª pessoa do singular e, seacompanhados de auxiliares, transmitem a eles sua impessoalidade. Exemplo:

Faz cinco anos que me formei.

Vai fazer cinco anos que me formei.

É bom saber

* Que o verbo "ser", impessoal, concorda com o predicativo. Sendo assim, aparece na 3ª pessoa do plural.Exemplo:

É uma hora da manhã.

São seis horas da tarde.

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Page 140: LÍNGUA PORTUGUESA

* Que os verbos que exprimem fenômenos da natureza, quando usados no sentido figurado, deixam de serimpessoais. Exemplo:

Amanheci indisposto. (eu)

Choveram denúncias sobre o Silveirinha. (denúncias)

O estudo do predicado

O estudo do predicado é mais complexo, mas é o que realmente determina a boa formação de uma frase.

O predicado, como já vimos, é o termo da oração que contém o verbo. Não obstante o sujeito e o predicadoserem termos essenciais da oração, há situações (com verbos impessoais) em que a oração não possui sujeito.Mas se a oração é estruturada em torno de um verbo e ele está contido no predicado, não é possível existiruma oração sem predicado. Exemplos:

* O presidente Lula viajou para Davos.

Sujeito: O presidente Lula

Predicado: viajou para Davos.

* Choveu torrencialmente no Rio de Janeiro.

Sujeito: sem sujeito

Predicado: Choveu torrencialmente no Rio de Janeiro.

Verbo quanto à predicação

Existem verbos que expressam AÇÃO. São os chamados verbos significativos. E esses verbos significativosclassificam-se em:

* Verbos intransitivos

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Page 141: LÍNGUA PORTUGUESA

* Verbos transitivos

Verbo intransitivo

É aquele que expressa a idéia completa da ação, sem necessitar, no entanto, de um outro termo paracompletar o seu sentido, ou seja, sua ação não transita. Exemplos com sujeito simples e verbo intransitivo:

* O menino brinca.

* O sol raiou.

* As flores murcham.

Perceba que o verbo intransitivo sozinho poderá formar o predicado ou, ainda, aparecer acompanhado depalavras ou expressões indicativas de lugar, tempo, modo, intensidade etc. Exemplo:

* As flores desabrocham na primavera.

Verbo Transitivo

Recordando o módulo anterior, vimos que o verbo intransitivo é aquele que expressa a idéia completa deação.

Já o verbo transitivo não expressa a idéia completa de ação. Necessita de outro termo para completar o seusentido. Por isso a grafia "transitivo", isto é, a ação transita. Portanto, para que a frase tenha um sentidocompleto, o verbo transitivo necessita do complemento verbal ou objeto. Exemplos:

* O povo viu o ladrão.

Sujeito simples: O povo

Verbo transitivo: viu

Complemento verbal ou objeto: o ladrão.

* Os parlamentares necessitam de melhor remuneração.

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Page 142: LÍNGUA PORTUGUESA

Sujeito simples: Os parlamentares

Verbo transitivo: necessitam

Complemento verbal ou objeto: de melhor remuneração.

Agora um detalhe sutil para a correta formação de frases. O verbo transitivo divide-se em:

* Transitivo direto

* Transitivo indireto

O verbo transitivo direto transita diretamente para o complemento -que chamamos de objeto direto- e nãoexige preposição. Exemplos:

* Derrubaram o muro de Berlim.

Sujeito indeterminado: ?

Verbo transitivo direto: Derrubaram

Objeto direto: o muro de Berlim.

* Os banqueiros tiveram muito lucro.

Sujeito simples: Os banqueiros

Verbo transitivo direto : tiveram

Objeto direto: muito lucro.

* Ouvimos música alegre.

Sujeito oculto (ou implícito): Nós

Verbo transitivo direto: ouvimos

Objeto direto: música alegre.

Já no verbo transitivo indireto a ação transita indiretamente para o complemento por intermédio de umapreposição. É o chamado objeto indireto. Exemplos:

* Eu acredito em Deus.

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Page 143: LÍNGUA PORTUGUESA

Sujeito simples: Eu

Verbo transitivo indireto: acredito

Objeto indireto: em Deus.

Preposição: em

* Todos nós necessitamos de carinho e compreensão.

Sujeito simples: Todos nós

Verbo transitivo indireto: necessitamos

Objeto indireto: de carinho e compreensão.

Preposição: de

* Não concordamos com Vossa Excelência!

Sujeito oculto (ou implícito): Nós

Verbo transitivo indireto: concordamos

Objeto indireto: com Vossa Excelência.

Preposição: com

Mas existe uma situação em que o verbo pode ser simultaneamente transitivo direto e indireto, isto é,apresentar dois complementos (objeto direto e indireto). Isso porque a ação contida no verbo transita para ocomplemento direta e indiretamente ao mesmo tempo. Exemplos:

* O presidente recebeu elogios da imprensa internacional.

Sujeito simples: O presidente

Verbo transitivo direto e indireto: recebeu

objeto direto: elogios

Objeto indireto: da imprensa internacional.

Preposição: de "+ artigo a"

* Escrevi um texto para o "Jornal dos Amigos".

Sujeito oculto (ou implícito): Eu

Verbo transitivo direto e indireto: Escrevi

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Page 144: LÍNGUA PORTUGUESA

Objeto direto: um texto

Objeto indireto: para o "Jornal dos Amigos".

Preposição: para

* Proporciono a você momentos de reflexão.

Sujeito oculto (ou implícito): Eu

Verbo transitivo direto e indireto: Proporciono

Objeto indireto: a você

Objeto direto: momentos de reflexão.

Preposição: a

Verbo de Ligação

É aquele que qualifica o sujeito no predicado. Os principais verbos de ligação são: ter, haver, ser, estar, ficar,permanecer, parecer, andar. Exemplo:

* O Brasil é um grande país.

Sujeito: O Brasil

Predicado: é um grande país.

Verbo de ligação (estado permanente): é

Característica do sujeito ou sua qualificação:

um grande país.

Paschoalin & Spadoto define que "os verbos de ligação expressam estado e que não são significativos". Dizainda que, expressando o estado, liga características ao sujeito, estabelecendo entre eles (sujeito ecaracterísticas) certos tipos de relações. Exemplos:

* Manoel está feliz.

Sujeito simples: Manoel

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Page 145: LÍNGUA PORTUGUESA

Predicado: está feliz.

Verbo de ligação (estado): está

Característica do sujeito: feliz.

* O ministro e o seu assessor pareciam irritados.

Sujeito composto: O ministro e o seu assessor

Predicado: pareciam irritados.

Verbo de ligação (estado aparente): pareciam

Característica do sujeito: irritados

Os verbos de ligação podem expressar:

* Estado permanente: ser, viver

* Estado transitório: estar, andar, achar-se, encontrar-se

* Estado mutatório: Ficar, virar, tornar-se, fazer-se

* Estado de continuidade: continuar, permanecer

* Estado aparente: parecer

Nota importante: Exatamente porque o verbo de ligação qualifica o sujeito no predicado (nesse caso dá-se onome de predicativo), na frase não pode haver a separação, por vírgula, do sujeito do predicado.

Predicados verbal, nominal e verbo-nominal

Esses predicados são classificados segundo as informações neles contidas.

Predicado verbal

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Page 146: LÍNGUA PORTUGUESA

É aquele que informa a ação. Exemplos:

* Os políticos lutam por melhores salários.

Sujeito: Os políticos

Predicado verbal: lutam por melhores salários

Núcleo do predicado verbal: lutam

* O menino socorreu a menina do velho tarado.

Sujeito: O menino

Predicado verbal: socorreu a menina do velho tarado.

Núcleo do predicado verbal: socorreu

* Acenderam-se as chamas.

Sujeito: as chamas.

Predicado verbal: Acenderam-se

Núcleo do predicado verbal: acenderam

Como vimos, o núcleo do predicado verbal é o verbo. E para que o verbo seja o núcleo do predicado verbalé preciso que esse verbo encerre a noção ou uma idéia de ação.

O predicado verbal pode ser formado por:

* Verbo intransitivo

* Verbo transitivo (direto e indireto).

Exemplos:

* As terras arenosas não produzem.

Sujeito: As terras arenosas

Núcleo do predicado, verbo intransitivo: produzem

* Os palhaços fazem a festa.

Sujeito: Os palhaços

Núcleo do predicado, verbo transitivo: fazem

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Page 147: LÍNGUA PORTUGUESA

Objeto direto: a festa.

* Eu concordo com o contrato.

Sujeito: Eu

Núcleo do predicado, verbo transitivo: concordo

objeto indireto: com o contrato.

* Os marujos prestaram uma homenagem ao comandante.

Sujeito: Os marujos

Núcleo do predicado, verbo transitivo direto e indireto: prestaram

Objeto direto: uma homenagem

Objeto indireto: ao comandante.

Predicado nominal

É aquele que informa o estado do sujeito. E nesse caso o verbo empregado é de ligação. Exemplos:

* Romário está feliz.

Sujeito: Romário

Predicado nominal: está feliz.

* Geovanna Antonelli é linda.

Sujeito: Geovanna Antonelli

Predicado nominal: é linda.

Núcleo do predicado nominal

Esse núcleo não é o verbo, mas sim a palavra que indica as características do sujeito contidas no predicado.Exemplos:

* Aquele automóvel era lindo.

Sujeito: Aquele automóvel

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Page 148: LÍNGUA PORTUGUESA

Predicado nominal: era lindo.

Núcleo do predicado: lindo.

* O ministro ficou apreensivo.

Sujeito: O ministro

Predicado: ficou apreensivo.

Núcleo do predicado: apreensivo.

* Esta criança permanece irrequieta.

Sujeito: Esta criança

Predicado: permanece irrequieta.

Núcleo do predicado: irrequieta.

Predicativo do sujeito

Trata-se do termo que atribui características ao sujeito por intermédio do verbo. Todo predicado construídocom verbo de ligação necessita de predicativo do sujeito. Exemplos:

* Romário continua feliz.

Sujeito: Romário

Predicado nominal: continua feliz.

Verbo de ligação: continua

Predicativo do sujeito: feliz.

* As atitudes de alguns políticos são imperdoáveis.

Sujeito: As atitudes de alguns políticos

Predicado nominal: são imperdoáveis.

Verbo de ligação: são

Predicativo do sujeito: imperdoáveis.

O predicativo do sujeito também pode aparecer com outros verbos. Exemplos:

* Romário saiu insatisfeito.

Sujeito: Romário

Verbo intransitivo: saiu

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Page 149: LÍNGUA PORTUGUESA

Predicativo do sujeito: insatisfeito.

* Os motoristas terminaram a greve satisfeitos.

Sujeito: Os motoristas

Verbo transitivo direto: terminaram

Objeto direto: a greve

Predicativo do sujeito: satisfeitos.

O predicativo do sujeito pode ser representado por

* um adjetivo ou locução adjetiva

* um substantivo ou palavra substantivada

* um pronome substantivo

* um numeral.

Adjetivo ou locução adjetiva

* O seu aroma é maravilhoso.

Sujeito: O seu aroma

Predicado nominal: é maravilhoso.

Predicativo do sujeito e adjetivo: maravilhoso.

* A refeição estava deliciosa.

Sujeito: A refeição

Predicado nominal: estava deliciosa.

Predicativo do sujeito e adjetivo: deliciosa.

Substantivo ou palavra substantivada

* Aquele cara parece uma bola.

Sujeito: Aquele cara

Predicado nominal: parece uma bola.

Predicativo do sujeito: uma bola.

Substantivo: bola.

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Page 150: LÍNGUA PORTUGUESA

* Recordar é viver.

Sujeito: Recordar

Predicado nominal: é viver.

Predicativo do sujeito e palavra substantivada: viver.

Pronome substantivo

* Meu texto não é esse.

Sujeito: Meu texto

Predicado nominal: não é esse.

Predicativo do sujeito e pronome substantivo: esse.

Numeral

* Nós somos onze em campo.

Sujeito: Nós

Predicado nominal: somos onze em campo.

Predicativo do sujeito e numeral: onze

Estrutura do predicado nominal

Essa formação dá-se por dois termos básicos:

* Verbo de ligação

* Predicativo do sujeito.

A palavra central do predicativo é o núcleo do predicado. Exemplos:

* Eu sempre ficava nervoso.

Sujeito: Eu

Predicado nominal: sempre ficava nervoso.

Verbo de ligação: ficava

Predicativo do sujeito e núcleo do predicado: nervoso.

* As mulheres parecem distraídas.

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Page 151: LÍNGUA PORTUGUESA

Sujeito: As mulheres

Predicado nominal: parecem distraídas.

Predicativo do sujeito e núcleo do predicado: distraídas

Predicado verbo-nominal

É aquele que expressa uma dupla informação:

ação e estado.

Exemplos:

* Os atletas chegaram exaustos.

Sujeito: Os atletas

Predicado verbo-nominal: chegaram exaustos.

Ação: Os atletas chegaram.

Estado: Os atletas estavam exaustos.

* Os artistas terminaram a apresentação contentes.

Sujeito: Os artistas

Predicado: terminaram a apresentação contentes.

Ação: Os artistas terminaram a apresentação.

Estado: Os artistas estavam contentes.

Repare que houve a fusão de dois predicados: um verbal e outro nominal.

Distinção entre predicativo do objeto e adjunto adnominal do objeto

O predicativo do objeto não pertence ao mesmo termo do objeto. Prova é que, se substituirmos o objetodireto pelos pronomes o, a, os e as, o predicativo do objeto continuará sendo expresso.

Exemplo:

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Page 152: LÍNGUA PORTUGUESA

* Os garimpeiros acharam o ouro valioso.

Objeto direto: o ouro

Predicativo do objeto: valioso.

* Os garimpeiros acharam-no valioso.

Objeto direto: no

Predicativo do objeto: valioso.

O adjunto adnominal pertence ao mesmo termo do objeto. Se se substituir o objeto direto pelos pronomes o,a, os, as, o adjunto deixará de ser expresso. Sua inclusão tornaria a frase gramaticalmente incorreta.

Exemplo:

* Os ladrões fizeram um assalto fácil.

Objeto direto: um assalto

Adjunto adnominal: fácil

* Os ladrões fizeram-no.

Objeto direto: no

Estrutura do predicado verbo-nominal

O predicado verbo-nominal pode ser formado de:

* Verbo intransitivo + predicativo do sujeito:

O trem partiu rápido.

Sujeito: O trem

Predicado verbo-nominal: partiu rápido.

Verbo intransitivo: partiu

Predicativo do sujeito: rápido.

* Verbo transitivo + predicativo do sujeito:

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Page 153: LÍNGUA PORTUGUESA

Os ladrões fizeram o assalto tranqüilos.

Sujeito: Os ladrões

Predicado verbo-nominal: fizeram o assalto tranqüilos.

Verbo transitivo direto: fizeram

Objeto direto: o assalto

Predicativo do sujeito: tranqüilos.

* Verbo transitivo + predicativo do objeto:

Os parlamentares consideraram a lei relevante.

Sujeito: Os parlamentares

Predicado verbo-nominal: consideraram a lei relevante.

Verbo transitivo direto: consideraram

Objeto direto: a lei

Predicativo do objeto: relevante

Sujeito e Vozes do Verbo

Neste módulo é preciso muita atenção. Nas provas de vestibulares e concursos costumam aparecer questõesque derrubam muita gente.

Em relação à ação expressa pelo verbo, o sujeito pode aparecer como agente, paciente e agente e paciente daação verbal.

Sujeito agente - voz ativa

É aquele que pratica, que executa a ação expressa pelo verbo.

O sujeito é agente e o verbo se encontra na voz ativa. Exemplo:

O rapaz partiu o coração da moça.

Sujeito agente: O rapaz

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Page 154: LÍNGUA PORTUGUESA

Voz ativa: partiu

Sujeito paciente - voz passiva

É aquele que sofre ou recebe a ação expressa pelo verbo.

Quando o sujeito é paciente, o verbo se encontra na voz passiva.

O termo que indica o responsável pela ação verbal chama-se agente da passiva.

Ele aparece, normalmente, precedido de preposição por, e, com menor freqüência, da preposição de.Exemplos:

O anúncio foi criticado por todos.

Sujeito paciente: O anúncio

Voz passiva: foi criticado

Agente da passiva: todos.

A artista estava rodeada de admiradores.

Sujeito paciente: A artista

Voz passiva: estava rodeada

Agente da passiva: admiradores.

Passagem da voz ativa para a voz passiva

As frases que na voz ativa são formadas com verbos transitivo direto e transitivo direto e indireto podem serconvertidas em estruturas passivas.

Na conversão, ocorrem mudanças de função:

1. O sujeito agente da voz ativa passa a agente da passiva.

2. O objeto direto da voz ativa passa a sujeito paciente da voz passiva.

O verbo, na voz passiva, aparece no particípio precedido de verbo auxiliar.

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Page 155: LÍNGUA PORTUGUESA

Exemplo:

VOZ ATIVA

O comerciante vendeu as mercadorias.

Sujeito agente: O comerciante

Voz ativa: vendeu

Objeto direto: as mercadorias.

VOZ PASSIVA

As mercadorias foram vendidas pelo comerciante.

Sujeito paciente: As mercadorias

Voz passiva (constituído por verbo auxiliar e particípio): foram vendidas

Agente da passiva: comerciante.

Sujeito e Vozes do Verbo

Vimos anteriormente:

* Sujeito agente - voz ativa;

* Sujeito paciente - voz passiva e

* Passagem da voz ativa para a voz passiva.

Agora vamos complementar este módulo com os assuntos:

* Estruturas da voz passiva

* Sujeito agente e paciente - voz reflexiva

Estruturas da voz passiva

* Analítica

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Page 156: LÍNGUA PORTUGUESA

Quando a frase é construída com o verbo auxiliar "ser" seguido de particípio. Exemplo:

O VT foi reproduzido na íntegra pela emissora.

Sujeito paciente: O VT

Verbo auxiliar: foi

Particípio: reproduzido

Agente da passiva: emissora.

O agente da passiva pode surgir de forma indeterminada:

A maior parte dos livros foi queimada.

Sujeito paciente: A maior parte dos livros

Voz passiva: foi queimada.

* Sintética

Quando a frase é construída com verbo transitivo direto acompanhado do pronome "se". Chama-setambém de PASSIVA PRONOMINAL. Exemplo:

Reproduziu-se a bactéria no laboratório.

Sujeito paciente: a bactéria

Na passiva sintética o agente da passiva é indeterminado e o verbo concorda com o sujeito. Exemplos

Vende-se cajus.

Sujeito: cajus

Vendem-se terrenos.

Sujeito: terrenos

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Page 157: LÍNGUA PORTUGUESA

Só se apresentam na voz passiva os verbos transitivo diretos e transitivos direto e indireto. Por isso, nãose confundem estruturas tais como:

1) Divulgou-se a notícia falsa. -> Voz passiva sintética

Verbo transitivo direto: Divulgou

Sujeito paciente: a notícia falsa.

TRANSFORMAÇÃO

A notícia falsa foi divulgada. -> Voz passiva analítica

Sujeito paciente: A notícia falsa

2) Precisa-se de maquinistas.

Sujeito: indeterminado

Verbo transitivo indireto: Precisa

Objeto indireto: de maquinistas.

3) Bebe-se mal neste buteco.

Sujeito: indeterminado

Verbo intransitivo: Bebe

IMPORTANTE

1. O pronome "se" que acompanha o verbo na voz passiva sintética chama-se

PRONOME APASSIVADOR ou PARTÍCULA APASSIVADORA.

2. Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a colocação do pronome "se" sefaz no meio da forma verbal.

Exemplos:

Será realizada uma festa no próximo domingo. (passiva analítica)

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Page 158: LÍNGUA PORTUGUESA

Realizar-se-á uma festa no próximo domingo. (passiva sintética)

Serão realizadas festas nos próximos finais de semana. (passiva analítica)

Realizar-se-ão muitas festas durante vários finais de semana. (passiva sintética)

Sujeito agente e paciente - voz reflexiva

É aquele que, ao mesmo tempo, pratica e sofre a ação expressa pelo verbo.

Exemplos:

* O marginal feriu-se.

Sujeito agente e paciente: O marginal

Voz reflexiva: feriu-se

* A moça vestiu-se rapidamente.

Sujeito agente e paciente: A moça

Voz reflexiva: vestiu-se

IMPORTANTE

O "se" da voz reflexiva é pronome reflexivo, assim como os pronomes:

te, me, nos, vos.

Exemplos:

* Tu não te enxergas com essa roupa?

* Eu me queimei quando tirei a panela do fogo.

* Nós nos cortamos com a faca.

Adjunto Adnominal

É a palavra ou expressão que acompanha um ou mais nomes conferindo-lhe um atributo. Trata-se, portanto,

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Page 159: LÍNGUA PORTUGUESA

de um termo de valor adjetivo que modificará o nome a que se refere.

Os adjuntos adnominais não determinam ou especificam o nome, tal qual os determinantes. Ao invés disso,eles conferem uma nova informação ao nome e por isso são chamados de modificadores.

Além disso, os adjuntos adnominais não interferem na compreensão do enunciado. Por esse motivo, elespertencem aos chamados termos acessórios da oração.

Os adjuntos adnominais podem ser formados por artigo, adjetivo, locução adjetiva, pronome adjetivo,numeral e oração adjetiva.

Exemplos:

1. Nosso velho mestre sempre nos voltava à mente.

...[nosso: pronome adjetivo]

...[velho: adjetivo]

2. Todos querem saber a música que cantarei na apresentação.

...[a: artigo]

...[que cantarei na apresentação: oração adjetiva]

É importante conhecer algumas outras particularidades dos adjuntos adnominais, tais como :ComplementoNominal

Dá-se o nome de complemento nominal ao termo que complementa o sentido de um nome ou um advérbio,conferindo-lhe uma significação completa ou, ao menos, mais específica.

Como o complemento nominal vem integrar-se ao nome em busca de uma significação extensa para nomeao qual se liga, ele compõe os chamados termos integrantes da oração.

São duas as principais características do complemento nominal:

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Page 160: LÍNGUA PORTUGUESA

- sempre seguem um nome, em geral abstrato;

- ligam-se ao nome por meio de preposição, sempre obrigatória.

Os complementos nominais podem ser formados por substantivo, pronome, numeral ou oração subordinadacompletiva nominal.

Exemplos:

1. Meus filhos têm loucura por futebol.

...[substantivo]

2. O sonho dele era saltar de pára-quedas.

...[pronome]

3. A vitória de um é a conquista de todos.

...[numeral]

4. O medo de que lhe furtassem as jóias a mantinha afastada daqui.

...[oração subordinada completiva nominal]

Em geral os nomes que exigem complementos nominais possuem formas correspondentes a verbostransitivos, pois ambos completam o sentido de outro termo. São exemplos dessa correlação:

- obedecer aos pais - obediência aos pais

- chegar em casa - chegada em casa

- entregar a revista à amiga - entrega da revista à amiga

- protestar contra a opressão - protesto contra a opressão

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Page 161: LÍNGUA PORTUGUESA

Aposto e Vocativo

Aposto é o termo que explica, desenvolve, identifica ou resume um outro termo da oração, independente dafunção sintática que este exerça. Há quatro tipos de aposto:

Aposto Explicativo:

O aposto explicativo identifica ou explica o termo anterior; é separado do termo que identifica por vírgulas,dois pontos, parênteses ou travessões.

Ex. Terra Vermelha, romance de Domingos Pellegrini, conta a história da colonização de Londrina.

Oração Subordinada Adjetiva Explicativa:

É a oração que funciona como aposto explicativo. É sempre iniciada por um pronome relativo e, da mesmamaneira que o aposto explicativo, é separada por vírgulas, dois pontos, parênteses ou travessões.

Ex. Terra Vermelha, que é um romance de Domingos Pellegrini, conta a história da colonização deLondrina.

Oração Subordinada Substantiva Apositiva:

Oração Subordinada Substantiva Apositiva é outra oração que funciona como aposto. A função dela écomplementar o sentido de uma frase anterior que esteja completa sintaticamente. Por exemplo, quando sediz Ela só quer uma coisa a frase está completa sintaticamente, pois tem sujeito-verbo-objeto, porémincompleta quanto ao sentido. Portanto deveremos colocar algo que complete o sentido dessa frase. Porexemplo Ela só quer uma coisa: que sua presença seja notada. Eis aí a Oração Subordinada SubstantivaApositiva. Não confunda com a Oração Subordinada Adjetiva Explicativa, que também funciona comoaposto, mas que tem como função complementar o sentido de um substantivo anterior, e não uma frase. Porexemplo: A vaca, que para os hindus é um animal sagrado, para nós é sinônimo de churrasco. Eis aí aOração Subordinada Adjetiva Explicativa.

Aposto Especificador:

O aposto especificador Individualiza ou especifica um substantivo de sentido genérico, sem pausa.Geralmente é um substantivo próprio que individualiza um substantivo comum.

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Page 162: LÍNGUA PORTUGUESA

Ex. O professor José mora na rua Santarém, na cidade de Londrina.

Aposto Enumerador:

O aposto enumerador é uma seqüência de elementos usada para desenvolver uma idéia anterior.

Ex. O pai sempre lhe dava três conselhos: nunca empreste dinheiro a ninguém, nunca peça dinheiroemprestado a ninguém e nunca fique devendo dinheiro a ninguém.

Aposto Resumidor:

O aposto resumidor é usado para resumir termos anteriores. É representado, geralmente, por um pronomeindefinido.

Ex. Alunos, professores, funcionários, ninguém deixou de lhe dar os parabéns.

Vocativo

O vocativo é um termo independente que serve para chamar por alguém, para interpelar ou para invocarum ouvinte real ou imaginário.

Ex. Marcela, dê-me um beijo!

Período Composto por Subordinação

Períodos compostos por subordinação são períodos que, sendo constituídos de duas ou mais orações,possuem uma oração principal e pelo menos uma oração subordinada a ela. A oração subordinada estásintaticamente vinculada à oração principal, podendo funcionar como termo essencial, integrante ouacessório da oração principal. As orações subordinadas que se conectam à oração principal através deconjunções subordinativas são chamadas orações subordinadas sindéticas. As orações que não apresentamconjunções subordinativas geralmente apresentam seus verbos nas formas nominais, sendo chamadasorações reduzidas.

I. Orações Subordinadas Substantivas:

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Page 163: LÍNGUA PORTUGUESA

São seis as orações subordinadas substantivas, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa integrante(que, se)

A) Subjetiva : funciona como sujeito da oração principal.

Existem três estruturas de oração principal que se usam com subordinada substantiva subjetiva:

verbo de ligação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva.

Ex. É necessário que façamos nossos deveres.

verbo unipessoal + oração subordinada substantiva subjetiva.

Verbo unipessoal só é usado na 3ª pessoa do singular; os mais comuns são convir, constar, parecer, importar,interessar, suceder, acontecer.

Ex. Convém que façamos nossos deveres.

verbo na voz passiva + oração subordinada substantiva subjetiva.

Ex. Foi afirmado que você subornou o guarda.

B) Objetiva Direta: funciona como objeto direto da oração principal.

(sujeito) + VTD + oração subordinada substantiva objetiva direta.

Ex. Todos desejamos que seu futuro seja brilhante.

C) Objetiva Indireta: funciona como objeto indireto da oração principal.

(sujeito) + VTI + prep. + oração subordinada substantiva objetiva indireta.

Ex. Lembro-me de que tu me amavas.

D) Completiva Nominal: funciona como complemento nominal de um termo da oração principal.

(sujeito) + verbo + termo intransitivo + prep. + oração subordinada substantiva completiva nominal.

Ex. Tenho necessidade de que me elogiem.

E) Apositiva: funciona como aposto da oração principal; em geral, a oração subordinada substantivaapositiva vem após dois pontos, ou mais raramente, entre vírgulas.

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Page 164: LÍNGUA PORTUGUESA

oração principal + : + oração subordinada substantiva apositiva.

Ex. Todos querem o mesmo destino: que atinjamos a felicidade.

F) Predicativa: funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligação da oração principal.

(sujeito) + VL + oração subordinada substantiva predicativa.

Ex. A verdade é que nunca nos satisfazemos com nossas posses.

Nota: As subordinadas substantivas podem vir introduzidas por outras palavras:

Pronomes interrogativos (quem, que, qual...)

Advérbios interrogativos (onde, como, quando...)

Perguntou-se quando ele chegaria.

Não sei onde coloquei minha carteira.

Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas são sempre iniciadas por um pronome relativo. São duas as oraçõessubordinadas adjetivas:

A) Restritiva: é aquela que limita, restringe o sentido do substantivo ou pronome a que se refere. Arestritiva funciona como adjunto adnominal de um termo da oração principal e não pode ser isolada porvírgulas.

Ex. A garota com quem simpatizei está à sua procura.

B) Explicativa: serve para esclarecer melhor o sentido de um substantivo, explicando mais detalhadamenteuma característica geral e própria desse nome. A explicativa funciona como aposto explicativo e é sempreisolada por vírgulas.

Ex. Londrina, que é a terceira cidade do região Sul do país, está muito bem cuidada.

Orações Subordinadas Adverbiais

São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa

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Page 165: LÍNGUA PORTUGUESA

A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa.

Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que.

Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal.

B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido

Conjunções: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como.

Ex. Diocresildo era mais esforçado que o irmão(era).

C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão.

Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, postoque, ainda que, em que pese.

Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova.

D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição.

Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que.

Ex. Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce.

E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade.

Conjunções: como, conforme, segundo.

Ex. Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura.

F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de conseqüência.

Conjunções: (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que.

Ex. Ele fala tão alto, que não precisa do microfone.

G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo.

Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal.

168

Page 166: LÍNGUA PORTUGUESA

Ex. Fico triste, sempre que vou à casa de Juvenildo.

H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade.

Conjunções: a fim de que, para que, porque.

Ex. Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam.

I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção.

Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais.

À medida que o tempo passa, mais experientes ficamos.

Orações Reduzidas

quando uma oração subordinada se apresenta sem conjunção ou pronome relativo e com o verbo noinfinitivo, no particípio ou no gerúndio, dizemos que ela é uma oração reduzida, acrescentando-lhe o nomede infinitivo, de particípio ou de gerúndio.

Ex. Ele não precisa de microfone, para o ouvirem.

Orações coordenadas

Dois são os processos de estruturação fraseológica, ou seja, as orações se relacionam umas com as outras e seinterligam num período através dos mecanismos coordenativos ou subordinativos,como vimosanteriormente.

A oração coordenada é aquela que se liga a outra oração da mesma natureza sintática.

Num período composto por coordenação, as orações são independentes. Ela podem ser sindéticas (quando aoutras se prendem por conjunções), ou assindéticas (quando não se prendem a outras por conectivo)

Tipos de orações coordenadas

* Aditivas - relacionam pensamentos similares - e e nem, a primeira une duas afirmações; a segunda(+e não), une duas negações (Não veio nem telefonou).

* Adversativas - relacionam pensamentos contrastantes - mas (adversativa por excelência), porém,todavia, contudo, entretanto, no entanto (marcam uma espécie de concessão atenuada) (A estrada eraperigosa, entretanto todos queriam visitá-la).

169

Page 167: LÍNGUA PORTUGUESA

* Alternativa - relacionam pensamentos que se excluem - ou, ora ... ora, quer ... quer, já ... já, seja ...seja (Ora chama pela mãe, ora procura o pai)

* Conclusiva - relacionam pensamentos tais, que o segundo encerra a conclusão do enunciado doprimeiro - logo, portanto, pois, por conseguinte, conseqüentemente etc. (Falta carne no mercado, portantoconheça a comida vegetariana).

* Explicativa - relacionam pesnamentos em seqüência justificativa, de tal forma que a segunda fraseexplica a razão de ser da primeira - que, pois, porque, porquanto (Vou sair, que aqui está muito abafado).

Observações:

* A conjunção aditiva e pode aparecer com valor adversativo("É ferida que dói e não se sente.") econclusivo (Ele estudou muito e passou no concurso)

* A conjunção mas (adversativa) pode aparecer com valor aditivo (Era um homem trabalhador, masprincipalmente honesto).

* A conclusão de uma premissa deve vir em último lugar e é frase que não se pode inverter como asdemais coordenadas ("Penso; logo, existo.").

* São chamadas fórmulas correlativas: não só ... mas também / não só ... mas ainda / não só ... senãotambém).

* As conjunções de valor adversativo podem ser deslocadas, exceto MAS, que se usa em começo deoração.

* A conjunção POIS pode ter valor explicativo (iniciando a oração) ou conclusivo (deslocada).

Alguns exercícios de sintaxe:

1. (ESAF) – Assinale a opção em que o termo sublinhado no texto exerce a função de sujeito sintático daoração.

Em meio à profusão

(A) de novidades no mundo dos computadores, não há carteira

(B) que resista ao apelo consumista de vendedores interessados em empurrar-lhe um equivalente a ummodelo de Fórmula 1

(C), quando você

(D) precisa na verdade é de um carro confortável

(E) para ir de casa para o trabalho ou escapar para o sítio no fim de semana.

(VEJA, 14/3/2001)

a) A

b) B

c) C

d) D

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Page 168: LÍNGUA PORTUGUESA

e) E

2. (FAPEU) – Na frase “A urna eletrônica foi recebida pelo cidadão” o termo em destaque é classificadocomo:

a) adjunto adverbial de modo

b) objeto direto

c) agente da passiva

d) aposto

3. (FAPEU) – Em “O Brasil, um país maior que a parte continental dos Estados Unidos,realizou...”(linha 4), a parte em destaque corresponde a um:

a) predicativo

b) vocativo

c) sujeito simples

d) aposto

4. (FAPEU) – Na frase “Afinal uma das tartarugas murmurou”: a palavra sublinhada exerce a função de:

a) sujeito.

b) complemento.

c) adjunto nominal.

d) complemento nominal.

5. (FAPEU) – Complete as frases abaixo com os pronomes o ou lhe, conforme convenha.

Quem ... convidou?

Fugi ao espetáculo, tinha ... repugnância.

Dissuadiu ... da viagem.

Não ... quis para chefe.

Respondeu- .... que sim. Iria com ele ... seguir.

a) o, o, o, lhe, lhe, lhe.

b) o, o, lhe, lhe, o, lhe.

c) o, lhe, o, o, lhe, lhe.

d) o, lhe, o, o, lhe, o.

6. (FAPEU) – Classifique, quanto à predicação, os verbos das frases abaixo e assinale a alternativa queaponta a resposta CORRETA.

1. Muitos presidiários fugiram da cadeia.

171

Page 169: LÍNGUA PORTUGUESA

2. A pobreza e a preguiça andam sempre em companhia.

3. Trabalho honesto produz riqueza honrada.

4. Lúcio não atinava com essa mudança instantânea.

5. Ensinamos técnicas agrícolas aos camponeses.

Artigo: França – Português

Abreviações usadas na resposta:

♦ Verbo Transitivo Direto: VTD;

♦ Verbo Transitivo Indireto: VTI;

♦ Verbo Transitivo Direto e Indireto: VTDI

♦ Verbo Intransitivo: VI.

a) VI, VI, VTD, VTI, VTDI.

b) VTI, VI, VTD, VTDI, VTI.

c) VTI, VTD, VI, VTDI, VTI.

d) VTI, VTD, VTDI, VTI, VI.

7. (FAPEU) – Assinale a opção correta Em Após fortes chuvas, os canais ficam cheios, o termo sublinhado

é núcleo do:

a) objeto indireto.

b) adjunto adverbial.

c) objeto direto.

d) sujeito.

8. (FAPEU) – Assinale a opção correta.

Em relação à primeira frase A neurociência vê o sonho como um mecanismo auto-regulador do nosso

cérebro. , podemos afirmar que:

a) sonho exerce a função de objeto indireto.

b) o verbo ver é intransitivo.

c) temos um predicado nominal.

d) a frase está na voz passiva.

9. (CESGRANRIO) – A oração “Não faltam interessados em patrocinar o sonho da eternidade.” (l. 38-39)apresenta um sujeito:

a) oculto.

b) indeterminado.

c) inexistente.

d) claro (“interessados”).

172

Page 170: LÍNGUA PORTUGUESA

e) expresso (“o sonho da eternidade”).

10. (NCE) – “a compreensão do processo civilizatório ...”; o item cujo termo sublinhado desempenha amesma função do termo destacado nesse segmento do texto é:

a) enorme quantidade de objetos;

b) instrumentos de trabalho;

c) o levantamento de pesos;

d) sala de aula;

e) máquina de escrever

11. (FCC) – "Esses sintomas levam a pessoa a reiniciar o processo

." Substituindo os termos sublinhados pelos pronomes adequados, obtêm-se, respectivamente, as formas

a) levam-lhe e reiniciar-lhe.

b)) levam-na e reiniciá-lo.

c) levam-a e reiniciar-lo.

d) levam-na e reiniciar-lhe.

e) levam-lhe e reiniciá-lo.

12. (FCC) – Diante das fotos antigas, olhamos as fotos para captar dessas fotos a magia do tempo que repousanessas fotos.

Evitam-se as abusivas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados por,respectivamente:

a) olhamo-lhes - captá-las - lhes repousa

Artigo: França – Português

b) as olhamos - captar-lhes - nelas repousa

c) olhamo-las - as captar - repousa nas mesmas

d)) olhamo-las - captar-lhes - nelas repousa

e) olhamo-as - lhes captar - lhes repousa

13. (FCC) –... é algo que não agrada aos países desenvolvidos. (final do texto)

A mesma regência exigida pelo verbo grifado acima se encontra na frase:

a) Cientistas tentam determinar o tamanho exato das reservas de petróleo no mundo.

b) Os preços do petróleo aumentarão rapidamente, com a diminuição das reservas mundiais.

c) Outras fontes alternativas de combustíveis são, às vezes, mais caras e poluentes do que o petróleo.

d) O hidrogênio poderá ser utilizado como combustível no mundo todo, num futuro próximo.

e))O resultado atual das pesquisas depende da solução de alguns problemas, principalmente

173

Page 171: LÍNGUA PORTUGUESA

quanto à comercialização do hidrogênio.

14. (FCC) – As leis muçulmanas são rigorosas, mas muitos julgam as leis muçulmanas especialmentedraconianas com as mulheres, já que se reflete nas leis muçulmanas a hierarquia entre os sexos, hierarquiaque deriva de fundamentos religiosos.

Evitam-se as repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados por, respectivamente:

a) julgam-as - se lhes reflete - a qual

b) julgam-nas - se reflete nesta - o que

c))julgam-nas - naquelas se reflete - a qual

d) julgam-lhes - nas quais se reflete - a qual

e) julgam-lhes - naquelas se reflete - à qual

15. (FCC) – Os segmentos grifados nas frases que seguem estão substituídos pelos pronomes adequados ecolocados de modo INCORRETO na alternativa:

a) obedecer a um conjunto de regras

= obedecer-lhes.

b) se sigo regras de trânsito

= se as sigo.

c))que ele tem tal ou qual expectativa

= que ele tem-na.

d) que o mercado tenha regras

= que o mercado as tenha.

e) seguir regras

faz parte = segui-las faz parte.

16. (FCC) –...as empresas investem no treinamento de seus funcionários.

O mesmo complemento exigido pelo verbo assinalado na frase acima está em:

a) ...quando a produtividade se eleva.

b) ...que perde produtividade.

c)) ...depende também da educação.

d) ...o País deu grandes passos no campo quantitativo.

e) ...não há a menor possibilidade.

17. (FCC) – Há um excesso de leis, e qundo há leis em excesso deve-se reconhecer nessas leis o vício daexcessiva particularização, excessiva particularização que só revela a fragilidade dos princípios morais.

Evitam-se as desagradáveis repetições do período acima substituindo-se os seguimentos sublinhados,

174

Page 172: LÍNGUA PORTUGUESA

respectivamente, por:

a) as há – reconhecer nelas – a qual

b) há as mesmas – reconhecê-las – a qual

c) há elas – reconhecer-lhes – cuja

d) as há – reconhecer a elas – cuja

e) há estas – reconhecê-las – onde

Em dezembro do ano passado, milhares de pessoas tomaram as ruas de Seattle nos Estados Unidos, paraprotestar contra uma reunião da rganização Mundial de Comércio, que tentava aprovar mais uma rodadade liberalização comercial (a chamada Rodada do Milênio). Conseguiram

barrar a negociação, que ficou para um futuro para lá de incerto, e, de quebra, ridicularizaram ninguémmenos que o presidente americano Bill Clinton, o anfitrião do encontro . Há poucas se manas, o novo alvoda fúria antiglobalizante foi o Fundo Monetário Internacional, que realizava sua reunião anual em Praga, abela capital da República Tcheca. Mais uma vez, milhares de pessoas ganharam as ruas e forçaram osorganizadores do encontro

a antecipar o fim da reunião . A voz rouca das ruas parece gritar em uníssono um sonoro não à globalizaçãoe ao liberalismo.

18. (ESAF) – Quanto às estruturas sintáticas do texto, assinale a opção incorreta.

a) O sujeito de “conseguiram” e de “ridicularizaram” é “milhares de pessoas”.

b) “a antecipar o fim da reunião” funciona como objeto indireto.

c) A expressão “a bela capital da República Tcheca” tem a função de aposto de “Praga”.

d) “os organizadores do encontro” tem a função de objeto direto.

e) “o anfitrião do encontro” tem a função de objeto direto.

19. (NCE) – “...participar da construção e das decisões da sociedade,...”; sobre a estruturação desse segmentodo texto, pode-se afirmar que:

a) “da sociedade” funciona como complemento de “participar”;

b) “da construção” e “da sociedade” são termos do mesmo tipo;

c) a conjunção “e” opõe as idéias veiculadas por “construção” e “decisões”;

d) “da sociedade” estabelece relações distintas em relação a “construção” e “decisões”;

e) o emprego da preposição “de”, nas três ocorrências, está ligado ao termo “construção”.

20. (VUNESP) – Assinale a alternativa em que o advérbio grifado expressa idéia de negação.

a) Quando vem aqui, ele sempre nos visita.

175

Page 173: LÍNGUA PORTUGUESA

b) Ele sempre agiu diferentemente dos outros empregados.

c) Eu acredito que jamais ele nos daria apoio.

d) Casualmente encontramos a lei que você queria.

e) Ele talvez tenha mudado de opinião.

21. (ESAF) – Leia o aviso para responder à questão abaixo.

CUIDADO!

Não se sente o efeito dos agrotóxicos nos alimentos ao _____________, porém o envenenamento éprogressivo e cumulativo ao longo dos anos.

Assinale a opção que completa a lacuna de forma correta.

a) ingerir-lhes

b) ingerir eles

c) ingeri-lhes

d) ingeri-los

e) ingerir-los

Gabarito

1 D

2 C

3 D

4 A

5 D

6 A

7 D

8 A

9 D

10 C

11 B

12 D

13 E

176

Page 174: LÍNGUA PORTUGUESA

14 C

15 C

16 C

17 A

18 E

19 D

20 C

21 D

1. Assinale a única alternativa em que não ocorre oração subordinada adverbial causal.

a) Como estava velho, não participou dos jogos.

b) Por estar nervoso, nada falou ao amigo.

c) A angústia era tamanha, que chorou o dia todo.

d) Acostumado ao agito do dia, passou a tarde tranqüilo.

e) Como faltou dinheiro, voltou logo das férias.

2. (UNIVEST) – Assinale a alternativa que expressa a idéia correta da Segunda oração.

“A família incentivou os meninos; esses, contudo, não conseguiram obter o prêmio.”

a) explicação

b) oposição

c) conclusão

d) concessão

e) proposição

3. (MEDICINA-Itajubá) – Em que período a oração subordinada é adverbial concessiva.

a) Peço-lhe permissão para voltar ao trabalho.

b) Mesmo que faça calor, não poderemos nadar.

c) É possível que o rapaz tenha oportunidades.

d) Se tudo correr bem, levar-te-ei à Europa.

e) Ela era tão medrosa, que não saía de casa.

4. Em qual das alternativas abaixo ocorre a relação de causa e conseqüência.

a) Quando saiu de casa, os ladrões entraram.

b) Irei à festa, mesmo que chova.

177

Page 175: LÍNGUA PORTUGUESA

c) Estudei muito neste ano, a fim que fosse aprovado.

d) Tudo foi feito conforme o combinado.

e) Tamanha era a sua força, que demoliu tudo.

5. Qual é a idéia expressa pela segunda oração?

“Quase nada estudou, logo foi reprovado.”

a) oposição

b) conformação

c) conclusão

d) explicação

e) alternância

6. “A chuva foi tão forte, que ninguém pôde sair de casa”.

A oração destacada acima é:

a) causal

b) concessiva

c) comparativa

d) temporal

e) consecutiva

7. (UFPR) Indique a soma da(s) alternativa(s) que classifica(m) corretamente as orações destacadas.

01 – A reunião de que participei foi dinâmica. Oração subordinada adjetiva explicativa.

02 – O juiz, que é justo, julga com rigor. oração subordinada adjetiva explicativa.

04 – Sabemos quem cometeu esse erro. oração subordinada substantiva objetiva direta.

08 – Aquela é a mulher a quem pedi ajuda. oração subordinada substantiva objetiva indireta.

16 – A cidade onde moro é muito agitada. oração subordinada adjetiva restritiva.

32 – É preciso ter fé. Oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.

8. Assinale a alternativa que apresenta uma oração subordinada substantiva apositiva:

a) Ele falou: “eu o odeio”.

b) Não preciso de você: sei viver sozinho.

c) Sabendo que havia um grande estoque de roupas na loja, quis ir vê-las: era doida por vestidos novos.

d) Fez três tentativas, aliás, quatro. Nada conseguiu.

178

Page 176: LÍNGUA PORTUGUESA

e) Havia apenas um meio de salvá-la: falar a verdade.

9. Em: “Queria que me ajudasses”, o trecho destacado pode ser substituído por:

a) a sua ajuda.

b) a vossa ajuda.

c) a ajuda de vocês.

d) a ajuda deles.

e) a tua ajuda.

10. Assinale a alternativa cuja oração é predicativa:

a) É claro que eles não virão.

b) Acontece que ela mentiu.

c) Sabe-se que a notícia não é verdadeira.

d) Parece que tudo mudou.

e) O certo foi que tudo morreu.

11. Em"Não sei onde pegou meu pé, na barriga talvez...", a oração destacada classifica-se como subordinada:

a) substantiva objetiva direta.

b) adjetiva restritiva.

c) substantiva predicativa.

d) substantiva subjetiva.

12. Quatro alternativas a seguir contêm orações destacadas que desempenham a mesma função. Assinale aalternativa que contém a oração que não exerce a mesma função que as demais.

a) É conveniente que você estude mais.

b) Sua mãe quer que você vá ao mercado.

c) Fazer a prova tranqüiloé importante.

d) Bastava que você telefonasse ontem.

e) Seria necessário a inflação parar de subir.

13. Em “É possível que comunicassem sobre política“, a segunda oração é:

a) subordinada substantiva subjetiva.

b) subordinada substantiva predicativa.

c) subordinada substantiva apositiva.

d) principal.

179

Page 177: LÍNGUA PORTUGUESA

e) subordinada substantiva objetiva direta.

14. Classifique a oração subordinada nessa passagem de Drummond: "Meu pai dizia que os amigos são paraas ocasiões."

a) subordinada substantiva objetiva indireta.

b) subordinada substantiva objetiva direta.

c) subordinada substantiva completiva nominal.

d) subordinada substantiva predicativa.

e) todas as respostas estão erradas,

15. "Pode-se dizer que a tarefa crítica é puramente formal."

No texto acima temos uma oração destacada que é... e um se que é...

a) substantiva objetiva direta - partícula apassivadora.

b) substantiva predicativa - índice de indeterminação do sujeito.

c) relativa- pronome reflexivo.

d) substantiva subjetiva - partícula apassivadora.

e) adverbial consecutiva - índice de indeterminação do sujeito.

16. No período "Todos tinham certeza de que seriam aprovados", a oração destacada é:

a) substantiva objetiva indireta.

b) substantiva completiva nominal.

c) substantiva apositiva.

d) substantiva subjetiva.

e) n. d. a.

17. Assinale a alternativa cuja oração subordinada é substantiva predicativa:

a) Espero que venhas hoje.

b) O aluno que trabalha é bom.

c) Meu desejo é que te formes logo.

d) És tão inteligente como teu pai.

e) n. d. a.

18. Não me importa que você continue agindo desta maneira.”A oração grifada exerce a função sintática de:

a) sujeito

180

Page 178: LÍNGUA PORTUGUESA

b) objeto direto

c) objeto indireto

d) aposto

e) complemento nominal

19. A notícia de que haveria o descongelamento de preçosprovocou pânico entre os consumidores.” Aoração grifada exerce a função sintática de:

a) sujeito

b) complemento nominal

c) aposto

d) objeto indireto

e) predicativo do sujeito

20. "Já se notava no semblante de todos que as últimas medidas econômicas não agradaram a ninguém."

A oração subordinada classifica-se em:

a) subjetiva

b) objetiva direta

c) completiva nominal

d) predicativa

e) apositiva.

21. Assinale a alternativa em que há oração substantiva completiva nominal:

a) Sê grato a quem te ensina.

b) Todos queriam, naquele momento, saber quando seriam realizadas eleições diretas.

c) Só desejo uma coisa: que vivam felizes.

d) Não compreendo por que não vens.

e) O essencial seria não perdermos a paciência.

22. A oração é adjetiva na opção:

a) Cão que late não morde.

b) Espere, que já estou cansado.

c) O pescador disse que voltaria logo.

d) É bom que saibas essas coisas.

181

Page 179: LÍNGUA PORTUGUESA

I. Apresento-lhe Lúcia.

II. Faço tudo por um sorriso de Lúcia.

23. Se juntarmos as duas orações num só período, usando um pronome relativo, teremos:

a) Apresento-lhe Lúcia, a quem faço tudo pelo sorriso dela.

b) Apresento-lhe Lúcia, que pelo sorriso dela faço tudo.

c) Apresento-lhe Lúcia, a qual faço tudo pelo seu sorriso

d) Apresento-lhe Lúcia, cujo sorriso faço tudo por ele.

e) Apresento-lhe Lúcia, por cujo sorriso faço tudo.

24. “Não compreendíamos a razão por que o ladrão não montava a cavalo.”

A oração em destaque é:

a) subordinada adjetiva restritiva.

b) subordinada adjetiva explicativa.

c) subordinada adverbial causal.

d) substantiva objetiva indireta.

e) substantiva completiva nominal.

25. Em qual alternativa o "que" destacado não pode ser substituído por "o qual" ou "os quais"?

a) O homem que eu vi é mendigo.

b) Aquele que trabalha progredirá.

c) Os velhos que seguem as modas presumem remoçar com elas.

d) Tenho receio de que não sejas aprovado.

e) Corria um vento que lhe esfriava a cabeça.

Gabarito

1. C

2. B

3. B

4. E

5. C

182

Page 180: LÍNGUA PORTUGUESA

6. E

7. 55

8. E

9. E

10. E

11. A

12. B

13. A

14. B

15. D

16. B

17. C

18. A

19. B

20. A

21. A

22. A

23. E

24. A

25. D

Pontuação

183

Page 181: LÍNGUA PORTUGUESA

Os sinais de pontuação servem para marcar pausas (a vírgula, o ponto-e-vírgula, o ponto) ou a melodia dafrase (o ponto de exclamação, o ponto de interrogação, etc.). Geralmente, estão ligados à organizaçãosintática dos termos na frase, eles são regidos por regras.

Vírgula

Ela marca uma pausa de curta duração e serve para separar os termos de uma oração ou orações de umperíodo. A ordem normal dos termos na frase é: sujeito, verbo, complemento. Quando temos uma frasenessa ordem, não separamos seus termos imediatos. Assim, não pode haver vírgula entre o sujeito e o verboe seu complemento.

Quando, na ordem direta, houver um termo com vários núcleos a vírgula será utilizada para separá-los.

Na fala de Madonna, a vírgula está separando vários núcleos do predicado na segunda oração. Ex.:

" A obscenidade existe e está bem diante de nossas caras. É o racismo, a discriminação sexual, o ódio, aignorância, a miséria. Tem coisa mais obscena do que a guerra?"

Utilizamos a vírgula quando a ordem direta é rompida. Isso ocorre basicamente em dois casos:

184

Page 182: LÍNGUA PORTUGUESA

- quando intercalamos alguma palavra ou expressão entre os termos imediatos, quebrando a seqüêncianatural da frase. Ex: Os filhos, muitas vezes, mostraram suas razões para seus pais com muita sabedoria.

"O que o galhofista queria é que eu, coronel de ânimo desenfreado, fosse para o barro denegrir a farda edeslustrar a patente".

- quando algum termo (sobretudo o complemento) vier deslocado de seu lugar natural na frase. Ex.:

Para os pais, os filhos mostraram suas razões com muita sabedoria.

Com muita sabedoria, os filhos mostraram suas razões para os pais.

Ponto-E-Vírgula

O ponto-e-vírgula marca uma pausa maior que a vírgula, porém menor que a do ponto. Por serintermediário entre a vírgula e o ponto, fica difícil sistematizar seu emprego. Entretanto, há algumasnormas para sua utilização.

- usamos ponto-e-vírgula para separar orações coordenadas que já apresentem vírgula em seu interior;

- nunca use ponto-e-vírgula dentro de uma oração. Lembre-se ele só pode separar uma oração de outra.

Com razão, aquelas pessoas reivindicavam seus direitos; os insensíveis burocratas, porém, em tempo algum,deram atenção a elas.

"Os espelhos são usados para ver o rosto; a arte, para ver a alma." Bernard Shaw

- o ponto-e-vírgula também é utilizado para separar vários incisos de um artigo de lei ou itens de uma lista.Ex:

[...] Considerando:

A) a alta taxa de juros;

B) a carência de mão-de-obra;

C) o alto valor de matéria-prima; [...]

Dois Pontos

Os dois-pontos marcam uma sensível suspensão da melodia da frase. São utilizados quando se vai iniciaruma seqüência que explica, identifica, discrimina ou desenvolve uma idéia anterior, ou quando se quer darinício à fala ou citação de outrem.

185

Page 183: LÍNGUA PORTUGUESA

Observe: (Percebeu? Vamos iniciar uma seqüência de exemplos, daí os dois pontos)

Descobri a grande razão da minha vida: você

Já dizia o poeta: "Deus dá o frio conforme o cobertor".

"Por descargo de consciência, do que não carecia, chamei os santos de que sou devocioneiro:

- "São Jorge, Santo Onofre, São José!"

Aspas

As aspas devem ser utilizadas para isolar citação textual colhida a outrem, falas ou pensamentos depersonagens em textos narrativos, ou palavras ou expressões que não pertençam à língua culta (gírias,estrangeirismos, neologismos, etc)

O rapaz ficou "grilado" com o resultado da prova.

Morava em um "flat" onde havia "playground".

Travessão

O travessão serve para indicar que alguém fala de viva voz (discurso direto). Seu emprego é constante emtextos narrativos em que personagens dialogam. Leia o texto abaixo:

-Salve!

- Como é que vai?

- Amigo, há quanto tempo...

- Um ano, ou mais.

Podem se usar dois travessões para substituir duas vírgulas que separam termos intercalados, sobretudoquando se quer dar-lhes ênfase.

Pelé - o maior jogador de futebol de todos os tempos - hoje é um bem-sucedido empresário.

Reticências

As reticências marcam uma interrupção da seqüência lógica do enunciado, com a conseqüente suspensão damelodia da frase. São utilizadas para permitir que o leitor complemente o pensamento que ficou suspenso.

Nas dissertações objetivas, evite reticências.

Ex: Eu não vou dizer mais nada. Você já deve ter percebido que...

186

Page 184: LÍNGUA PORTUGUESA

"Num repente, relembrei estar em noite de lobisomem - era sexta-feira..."

Parênteses

Os parênteses servem para isolar explicações, indicações ou comentários acessórios. No caso de citações éreferências bibliográficas, o nome do autor e as informações referentes à fonte também aparecem isoladospor parênteses.

"Aborrecido, aporrinhado, recorri a um bacharel (trezentos mil-réis, fora despesas miúdas com automóveis,gorjetas, etc.) e embarquei vinte e quatro horas depois..." Graciliano Ramos

"Ela (a rainha) é a representação viva da mágoa..." Lima Barreto.

O ponto

É usado para marcar o término das orações declarativas. O ponto usado para marcar o final do texto éconhecido como ponto final.

Exemplo: Quando os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, Pero Vaz de Caminha escreveu uma cartaao rei D. Manuel na qual informava sobre o descobrimento.

Exclamação

É usado no final dos enunciados exclamativos, que denotam espanto, surpresa, admiração.

Exemplo: Atenção!, Alô!, Bom dia!.

Interrogação

É usado ao final dos enunciados interrogativos.

Exemplo:

- Tudo bem com você?

- Tudo. E você?

- Tudo bem!

CONCORDÂNCIA VERBAL

A concordância verbal é marcada pela relação, em geral, entre o verbo e o sujeito. É o verbo que se desloca,mantendo relação com o sujeito. Temos três tipos de concordância verbal: a concordância lógica ( contatofísico, corpóreo, material, empírico, morfológico com todos os núcleos do sujeito), a concordância atrativa

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( concordância com o termo mais próximo) e a concordância lógica ( concordância com a idéia que o termoexpressa). Das três concordância, a concordância lógica é a concordância precedente. Mas o verbo tambémmantém contato com termos que não exercem a função de sujeito. Iniciemos os estudos de concordância.

1.REGRA GERAL: Verbo concorda com o sujeito

1.1Sujeito composto anteposto ao verbo = Verbo no plural, relacionando-se com todos os núcleos. * Se osnúcleos forem sinônimos, podemos usar a concordância com o núcleo mais próximo ( concordância atrativa).

1.2 Sujeito composto posposto ao verbo = verbo concorda com todos os núcleos ou concorda com o maispróximo. Neste último caso, não precisam ser sinônimos os núcleos.

Obs.: Se os núcleos forem antônimos, o verbo será usado sempre no plural.

Ex.;

a)Honestidade e sabedoria fortalecem todos nós.

b)Escárnio e sarcasmo estão/está em seu semblante.

c) Amor e ódio estão em suas ações.

d)Existe(m) bondade e sabedoria em seus gestos.

e)Existem alegria e tristeza em seus gestos.

2.Sujeito + adjunto adverbial de companhia = verbo concorda apenas com o sujeito ou verbo concorda comos dois termos sintáticos. Se o adjunto adverbial estiver virgulado, verbo concorda apenas com o sujeito.

Exs.:

a)Sandra com seu pai foi/foram à praia.

b)Sandra, com seu pai, foi à praia.

c)Os rapazes, com o pai de Laura, viajaram.

3.Sujeito formado por coletivo + determinante = verbo concorda com o coletivo, indo para o singular ouverbo concorda com o determinante. Porém, se o primeiro elemento não for coletivo, verbo não concordacom o determinante.

Exs.:

a)A maioria dos presentes não gostou/ gostaram do evento.

b)Boa parte dos brasileiros ignora(m) os fatos.

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c)Uma chuva de torcedores acredita na seleção

d) * O povo foi às ruas. Pediu/Pediram mudanças.

e)Têm-se/Tem-se resolvido uma porção de questões.

4.Sujeito formado por número decimal ou fracionário seguidos de determinante = Verbo concorda com onúmero inteiro ou com o numerador. A concordância com o determinante também é correta.

Exs.:

a)1,2% do público pagou os impostos.

b)2,1% do público pagou/pagaram os impostos.

c)1/3 dos brasileiros compareceu(compareceram) às urnas.

d)1,2 milhão foi entregue aos cofres públicos.

e)1/3 do brasileiro exige mudanças.

5.Os verbos EXISTIR / CONSTAR / RESTAR/ BASTAR/ FALTAR/ OCORRER/ SURGIR pedem sujeito,concordando com o sujeito.

Exs.

a)Ocorreu / Ocorreram, depois que os fiscais entregaram as provas, surpresa e satisfação por parte doscandidatos.

b) Faltam dois meses, apenas.

c)Falta, amigos, as provas entregar.

6.Verbos que expressam fenômenos naturais, verbo haver no sentido de existir e verbo fazer indicandotempo = São empregados na 3a pessoa do singular.

Exs.:

a)Faz dois meses, apenas.

b)Choveu muito, ontem.

c)* Choveram discórdias durante a sessão.

d)Haveria dificuldades, se...

7.V.T.I + SE / V.I + SE / V. de Lig. + SE = O “SE” é índice de indeterminação do sujeito, sendo usado na 3apessoa do singular, apenas.

V.T.D + SE / V.T.D.I + SE = O “SE” é partícula apassivadora. A concordância verbal será com o sujeito.

Exs.:

a)Têm-se anunciado conclusões inéditas.

b)Aspira-se a títulos acadêmicos.

c)Reconheceu-se/ Reconheceram-se, de fato, o erro e a ignorância do réu.

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d)É-se calmo.

e)Dorme-se pouco, naquela casa.

f)Os erros, aos quais há de se chamar de incipientes atitudes, foram compreendidos por todos da sala.

8.QUE X QUEM = Quando pronomes relativos.

Exs.:

a)Foram eles quem determinou/determinaram as regras do jogo.

b)Foram eles que determinaram as regras do jogo.

* No primeiro exemplo acima, sendo “quem” pronome relativo, temos a oração grifada subordinada adjetivaem relação à oração principal “Foram eles”. Ora, qual a função do pronome relativo “quem”? Substituir opronome pessoal do caso reto “eles”, que exerce a função de sujeito do verbo “Foram” ( verbo SER ). Masquem é o sujeito da oração subordinada adjetiva? O pronome relativo “quem”. Portanto, ou você, caroleitor, utiliza a concordância lógica, fazendo com que o verbo da oração subordinada adjetiva concorde como próprio pronome relativo, ficando na 3a pessoa do singular, ou você emprega a concordância ideológica,ou seja, apresenta a concordância do verbo DETERMINAR com a idéia que o pronome relativo traz,utilizando o verbo na 3a pessoa do plural. Ambas estruturas ou flexões verbais corretas, enfim. Já com oemprego do pronome relativo “que”, só podemos usar a concordância ideológica.

9.Sujeito constituído por elementos gradativos = verbo no singular ou no plural. Todavia, se houver quebrada gradação, verbo no plural.

Exs.:

a)Um mês, um ano, uma década marca/marcam nossa história.

b)Um dia, uma semana, um ano, um mês documentam nossos interesses.

10.Sujeito formado por pronomes pessoais distintos: a concordância será respeitando a precedência dospronomes pessoais. Temos apenas três pronomes pessoais do caso reto: EU/ TU/ ELE. O plural do pronome“eu” é “nós”, o plural do pronome “tu” é “vós” e o plural do pronome “ele” é “eles”. No exemplo “Tu, eu eela iremos ao clube”, o sujeito está constituído por três pronomes pessoais. Sendo “eu” o pronome deprimeira pessoa do singular, terá precedência, proporcionando a flexão do verbo na 1a pessoa do plural .Todavia, no último exemplo abaixo, a flexão do verbo na 2a pessoa do plural também é correta,gramaticalmente, embora seja norma popular ou coloquial culta. Geralmente em concursos públicos, oenunciado da questão exige apenas o uso da norma culta.

Exs.;

a)Tu, eu e ela iremos ao clube.

b)Irá/Iremos ela e eu ao clube.

c)Ele e tu ireis/irão ao clube.

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11.“Mais de um(a)” integrando o sujeito = faça a concordância com o núcleo do sujeito.

a)Mais de uma menina morreu.

b)Mais de um menino, mais de uma garota morreram.

c)Fugiu/Fugiram mais de um preso, mais de um suspeito.

d)Mais de um grupo de crianças correu/correram.

e)Mais de um jogador abraçaram-se / abraçou-se com a taça.

12.“Um dos que/Uma das que” = verbo no singular ou no plural.

a)Ela foi uma das que gritou/gritaram.

b)Virgínia é uma das que acredita/acreditam no projeto.

13.Verbo “SER” :

13.1Ao indicar tempo/hora, a flexão do verbo SER será com o núcleo do adjunto adverbial de tempo. Mas seusarem os termos “cerca de”, “perto de”, “próximo de”, a flexão no singular – relacionando o verbo comessas expressões – também é prudente gramaticalmente.

13.2Ao empregar o verbo SER indicando data, a concordância será com o núcleo do adjunto adverbial detempo que comunica a data da semana, ou seja, com a palavra “dia” que geralmente fica implícita. Ou você aconsidera implícita antes do n umeral, ou você a considera implícita após o numeral. Todavia, para oprimeiro dia do mês não use numeral cardinal; use apenas ordinal.

13.3Quando o verbo SER estiver relacionado a substantivo e a pronome pessoal do caso reto, a precedênciaserá com o pronome relativo, impedindo a concordância com o substantivo.

a)É uma hora.

b)São seis horas.

c)Devem ser três horas.

d)É /São cerca de quatro horas.

e)Hoje é 29 de julho de 2002. / Hoje são 29 de julho de 2002.

f)Alegria somos nós.

g)Eu não sou ele.

h)Ele não sou eu.

i)Ele é ele.

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j)Os brasileiros somos nós.

k)Tudo é / são flores. [ ambas flexões verbais corretas ]

14.Sujeito constituído por termos pluralícios : Os termos grifados nos exemplos abaixo são pluralícios, ouseja, usados apenas no plural. É comum encontrar registros dizendo que o verbo concorda com o artigo. Talargumento está incorreto. Artigo se relaciona com substantivo, estabelecendo concordância nominal. Noprimeiro exemplo abaixo, o sujeito do verbo “participaram” é “Os Estados Unidos”, sendo “Estados Unidos”o núcleo. Ora, nada mais coerente que o verbo ir para o plural, concordando com o núcleo do sujeito. Já nosegundo exemplo, há um termo implícito: “país”. Portanto, o verbo “participou”está concordando com onúcleo do sujeito que é a palavra implícita “país”. Quanto ao artigo explícito, trata-se do adjunto adnominaldo sujeito, cujo núcleo já verificamos que está implícito. E quanto ao termo pluralício “Estados Unidos”?Este é o aposto. Temos em uso do aposto especificativo ( substantivo comum seguido de substantivo próprio). É o único aposto que não recebe pontuação. Na terceira exemplificação abaixo, o sujeito estácompletamente implícito, ficando apenas explícito o aposto especificativo “Estados Unidos” . E quando osujeito for constituído por um termo pluralício que constitui o nome de uma obra artístico-literária? Noquanto exemplo, empregue o verbo na terceira pessoa do plural, tendo “Os Sertões” como sendo sujeito, ouuse o verbo PARTICIPAR na terceira pessoa do singular, tendo o termo “Os Sertões” como sendo aposto.Neste último caso, o sujeito está completamente implícito ( a obra, o texto, o livro ).

a)Os Estados Unidos participaram.

b)O Estados Unidos participou.

c)Estados Unidos participou.

d)Os Sertões refletem/reflete valores do nordeste.

e)Os Alpes proporcionam riquezas.

f)Minas Gerais é rica.

15.“Cada um(uma)” = Verbo no singular, quando não repetido; verbo no plural, quando repetido. É que otermo “Cada um(a)” expressa a individualização de ações. Quando o termo estiver repetido, leva-se emconsideração a soma de individualizações de ações.

a)Cada um dos curiosos permaneceu na rua.

b)Cada um dos diretores, cada um dos professores pediram ajuda aos discentes.

16.Sujeito formado por pronome indefinido + determinante = Se o pronome indefinido estiver no singular,verbo no singular, concordando com o pronome indefinido. Porém, se o pronome indefinido estiver noplural, o verbo concorda com o pronome indefinido, ou o verbo concorda com o determinante.

a)Alguns de nós escolherão/escolheremos os anúncios que...

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b)Algum de nós escolherá os anúncios que...

17.HAJA VISTA

a)Haja vista os crimes cometidos, é necessário... [ V ]

b)Hajam vista os crimes cometidos, é necessário... [ V ]

c)Haja vista aos crimes cometidos, é necessário... [ V ]

d)Hajam vista aos crimes cometidos, é necessário... [ F ]

e)Haja visto os crimes cometidos, é necessário... [ F ]

Após “haja vista” a preposição “a” é optativa.

Usando a preposição, “haja vista” não varia.

Não empregando a preposição, ou se flexiona o primeiro elemento, ou permanece invariável todo o termoem estudo ( haja vista )

“vista” nunca varia.

APLICAÇÀO

Leia o texto a seguir para responder à questão 1.

Texto 1

Por último, afirmam-se que os episódios envolvendo os policiais militares de Minas, quedesencadearam um “efeito dominó” em vários Estados, e as exibições de delitos graves, que chocaram aopinião pública nacional e internacional, como os casos da favela Naval e de Cidade de Deus, motivaram ogoverno federal e o Congresso a estabelecer um amplo debate sobre modificações das polícias no Brasil, queaté agora se mostrou infrutífero.

A proposta de emenda constitucional elaborada pelo governador Mário Covas, que unificava as funçõesde polícia, nem sequer foi discutida naquele momento, e algumas questões pontuais também deixaram deconstar da agenda política federal.

A resistência a mudanças estruturais nas polícias e a falta de uma política nacional de segurançapública também alimenta a violência. A questão é: quem quer um novo modelo de polícia?

- Benedito Domingos Mariano, sociólogo

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1. Julgue os itens a seguir.

( ) O verbo “motivaram” [ linha 4 ] concorda com o sujeito composto.

( ) Em vez de “... motivaram o governo federal e o Congresso a estabelecer...” [ linha 4 ], também estariacorreto: “... motivaram o governo federal e o Congresso a estabelecerem...”

( ) Em “... quem quer um novo modelo de polícia?” [ linhas 10,11], o verbo concorda com a terceira pessoado singular em virtude de o sujeito estar indeterminado.

( ) Em “... e algumas questões pontuais também deixaram de constar da agenda política federal” [ linhas7,8], o verbo também poderia concordar com o termo “agenda política federal”[ linha 8 ]

( ) No trecho “A resistência a mudanças estruturais nas polícias e a falta de uma política nacional desegurança publica também alimenta a violência”[ linhas 9,10], a concordância verbal está correta.

( ) Em “,,, afirmam-se que os episódios envolvendo os policiais militares de Minas(...) motivaram...”[ linhas 1 a 4 ], a concordância do verbo destacado está incorreta.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Consiste no estudo de relações entre adjetivo e substantivo, pronome e substantivo, artigo e substantivo,numeral e substantivo. É ,enfim, a relação entre nomes.

Condição Geral:

01. O nome impõe seu gênero e seu número a seus determinantes e aos pronomes que o substituem.

a)Meu irmão, minhas irmãs, dois reis, duas rainhas, este tronco, estas árvores.

b)Comprei alguns livros e já os li.

02. Um determinante se referindo a mais de um substantivo

2.1Quando o determinante vem depois dos substantivos: A concordância do adjetivo é com o substantivomais próximo, sendo adjunto adnominal; a concordância será com o substantivo mais próximo ou com todosos substantivos, sendo o adjetivo predicativo.

a)Ele se perdeu em bosques e vales escuros.

b)Ele se perdeu em florestas e cavernas escuras

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c)Ele se perdeu em florestas e vales escuros

d)Ele se perdeu em vales e florestas escuras

e)Comprei um livro e uma revista importados

f)Comprei um livro e uma revista importada

2.2Quando o determinante vem antes dos nomes: a concordância será com o substantivo mais próximo.Todavia, se os substantivos forem nomes de pessoa, o adjetivo concorda com todos os núcleos, apenas.

a)Sua mulher e filhos tinham viajado.

b)Você escolheu má hora e lugar para o nosso encontro

c)Você escolheu mau lugar e hora para o nosso encontro.

d)Os destemidos César e Napoleão...

1.Um determinante [ predicativo do sujeito ] : observe a concordância verbal e acompanhe com aconcordância nominal.

a)O clima e a água eram ótimos.

b)Eram ótimos o clima e a água.

c)Era ótimo o clima e a água.

d)Era ótima a água e o clima.

2.Um determinante [ predicativo do objeto ]: a concordância será com o substantivo mais próximo ou comtodos os substantivos. Porém, se o contexto não permite a concordância com todos os núcleos, claro que aconcordância será apenas com o mais próximo ( exemplo “c” ).

a)Considero o chapéu e o colete supérfluo(s)

b)Considero a gravata e a blusa supérflua(s)

c)Comi uva e carne frita

d)Considero supérflua(os) a gravata e o terno.

05. Um substantivo para mais de um adjetivo: se o substantivo estiver no plural, não use artigo ou qualqueradjunto adnominal antes do segundo adjetivo; se o substantivo estiver no singular, é necessário o empregode artigo ou de qualquer adjunto adnominal antes do segundo adjetivo, pois será o ícone a deixar implícito osubstantivo antes empregado no singular.

a)Ele conhece bem as línguas grega e latina

b)Ele conhece bem a língua grega e a latina

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06. Embora o predicativo deva concordar com o sujeito, há casos em que isso não ocorre, assumindo ogênero masculino. Aparentemente, porque, na realidade, trata-se de uma reminiscência do gênero neutroem latim. Isso ocorre quando a palavra feminina aparece sem nenhuma determinação, tomando um sentidovago, abstrato. Assim:

a)Pinga não é bom para a saúde.

b)É proibido entrada.

c)Cerveja é permitido.

d)É necessário coragem.

Tão logo esses substantivos recebam uma determinação, a concordância passa a ser com o gênero dosubstantivo.

a)A cerveja é boa

b)Esta pinga não é boa para a saúde.

c)É ardida a pimenta.

07. O particípio concorda com seu substantivo

a)Estabelecidas essas premissas, vamos à conclusão.

b)Postos estes fundamentos, pode-se afirmar que...

Todavia, se o particípio integrar uma locução vergal, apenas se flexiona o particípio na voz passivaanalítica.

a)Ele tem participado

b)Eles têm participado

c)Têm-se entregue os materiais

d)Estão sendo elaborados os dados

08. ANEXO / INCLUSO / APENSO / JUNTO

Concordam com quem se relacionam. Porém, ANEXO precedido da preposição EM não varia.

a)As estatísticas vão anexas ao relatório.

b)Os gráficos inclusos esclarecem a tese.

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c)O formulário e a carta estão apensos.

d)À ficha está anexo o ofício.

e)As fichas seguem em anexo

09. MEIO

Pode ser substantivo, adjetivo, numeral e advérbio. Só não se flexiona quando advérbio.

a)O que ela disse é apenas meia verdade.

b)Ela ficou meio tonta.

c)Ao meio-dia e meia, saímos.

d)Ao meio-dia e meio defronte à farmácia, ficamos.

e)Meias palavras bastam

f)Bebi meia chávena de café.

10. MENOS / PSEUDO / A OLHOS VISTOS são sempre invariáveis

a)Há menos pessoas aqui.

b)Ela é uma pseudo-advogada

c)A crianças continuam a olhos vistos

11. TAL ... QUAL: “tal” concorda com o substantivo posposto imediatamente a ele; “qual” concorda com osubstantivo posposto imediatamente a ele.

a)Tal pai, qual filho

b)Tal pai, quais filhos

12. OBRIGADO / GRATO / AGRADECIDO concordam com o emissor.

a)“Obrigada!” – disse Eliane aos coordenadores.

b) - Nós estamos gratos.

c)“Obrigados!” – falaram os convidados.

d)Agradecidos estão Lourdes e Marcos.

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Page 195: LÍNGUA PORTUGUESA

13. SÓ / SÓS / A SÓS

a)Só estamos nós. ( invariável, pois o termo grifado é advérbio )

b)Sós, estamos nós. ( o termo grifado é predicativo do sujeito, concordando com o sujeito )

c)Elas estão sós. ( trata-se de um adjetivo, concordando com seu sujeito )

d)Elas estão a sós.( a locução “a sós” não se flexiona )

e)Só estudamos Contabilidade. ( trata-se de um advérbio de limitação, não se declinando )

f)Sós, estudamos Contabilidade. ( flexiona-se, pois é adjetivo/predicativo do sujeito )

14. MAL / MAU :

MAL: Advérbio ( invariável ) * O advérbio mantém relação com um verbo, com um adjetivo ou comoutro advérbio )

Conjunção subordinada adverbial temporal ( invariável )

Substantivo ( variável ) * O mal / os males

MAU : Adjetivo ( variável: mau/má/maus/más )

a)Mal chegamos, pediram satisfações. [ conjunção subordinada adverbial temporal ]

b)Conduzimos mal os trabalhos. [ advérbio ]

c)Ele é mau. [ adjetivo ]

d)Ela é má. [ adjetivo ]

e)Más pessoas assaltaram aquele homem idoso. [ adjetivo ]

f)O mal destrói o homem; o bem edifica-o [ substantivo ]

15. QUITE / ALERTA

* QUITE varia em número , apenas. * ALERTA só varia quando for substantivo

a)Ela está quite, mas nós não estamos quites.

b)Ela está alerta.

c)Elas estão alerta.

d)Alerta e preocupadas continuam as garotas.

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e)Os americanos estão alerta aos alertas.

16. CARO / BARATO

Quando advérbios, invariáveis; quando adjetivos, flexionam-se.

b)As laranjas custaram caro. [ V / F ] * Verdadeiro

c)As cebolas foram caras. [ V / F ] * Verdadeiro

d)Aquelas caras mangas custaram barato, naquela outra loja. [ V / F ] * Verdadeiro

e)Champanhe é caro, amigo.[ V / F ] * Verdadeiro

17. O PRONOME RELATIVO “CUJO” : Flexiona-se em gênero e número.

f)O livro cuja as páginas me referi está sobre a mesa. [ V / F ] * Falso. Correção: O livro a cujas páginas mereferi está sobre a mesa.

g)A revista cujo textos li ontem sumiu. [ V / F ] * Falso. Correção: A revista cujos textos li ontem sumiu.

h)A menina de cuja beleza aludiram com entusiasmo viajou. [ V / F ] * Falso. Correção: A menina a cujabeleza aludiram com entusiasmo viajou.

Não use artigo após o pronome relativo “cujo”.

O pronome relativo “cujo” concorda nominalmente com o substantivo que o segue.

Caso a oração que apresente o pronome “cujo” peça preposição, use-a antes do pronome relativo.

Regência

É a parte da Gramática Normativa que estuda a relação entre dois termos, verificando se um termo serve decomplemento a outro. A palavra ou oração que governa ou rege as outras chama-se regente ousubordinante;os termos ou oração que dela dependem são os regidos ou subordinados.Ex.: Aspiro o perfume da flor. (cheirar)/ Aspiro a uma vida melhor. (desejar)

Regência verbal

1- Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em.Ex.: Vou ao dentista./ Cheguei a Belo Horizonte.

2- Morar/ residir – normalmente vêm introduzidos pela preposição em.

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Ex.: Ele mora em São Paulo./ Maria reside em Santa Catarina.

3- Namorar – não se usa com preposição.Ex.: Joana namora Antônio.

4- Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a.Ex.: As crianças obedecem aos pais./ O aluno desobedeceu ao professor.

5-Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição com.Ex.: Simpatizo com Lúcio./ Antipatizo com meu professor de História.

Verbos que apresentam mais de uma regência

1 -Aspirara- no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposição. Ex.: Aspirou o ar puro da manhã.b- no sentido de almejar, pretender: exige a preposição a. Ex.: Esta era a vida a que aspirava.

2 - Assistira) no sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer: usa-se sem preposição. Ex.: O técnico assistia osjogadores novatos.

b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposição a.Ex.: Não assistimos ao show.

c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposição a.Ex.: Assiste ao homem tal direito.

d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição em.Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo.

3 - Esquecer/lembrara- Quando não forem pronominais: são usados sem preposição.Ex.: Esqueci o nome dela.

b- Quando forem pronominais: são regidos pela preposição de.Ex.: Lembrei-me do nome de todos.

4 - Visara) no sentido de mirar: usa-se sem preposição. Ex.: Disparou o tiro visando o alvo.

b) no sentido de dar visto: usa-se sem preposição. Ex.: Visaram os documentos.

c) no sentido de ter em vista, objetivar: é regido pela preposição a.Ex.: Viso a uma situação melhor.

5 - Querera) no sentido de desejar: usa-se sem preposição. Ex.: Quero viajar hoje.

b) no sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a preposição a.Ex.: Quero muito aos meus amigos.

6 - Procedera) no sentido de ter fundamento: usa-se sem preposição.Ex.: Suas queixas não procedem.

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Page 198: LÍNGUA PORTUGUESA

b) no sentido de originar-se, vir de algum lugar: exige a preposição de.Ex.: Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao próximo.

c) no sentido de dar início, executar: usa-se a preposição a.Ex.: Os detetives procederam a uma investigação criteriosa.

7 - Pagar/ perdoara) se tem por complemento palavra que denote coisa: não exigem preposição. Ex.: Ela pagou a conta dorestaurante.

b) se tem por complemento palavra que denote pessoa: são regidos pela preposição a. Ex.: Perdoou a todos,

8 - Informara) no sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas construções:

1) objeto direto de pessoa e indireto de coisa (regido pelas preposições de ou sobre). Ex.: Informou todos doocorrido. 2) objeto indireto de pessoa ( regido pela preposição a) e direto de coisa. Ex.: Informou a todos o ocorrido.

9 - Implicara) no sentido de causar, acarretar: usa-se sem preposição.Ex.: Esta decisão implicará sérias conseqüências.

b) no sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois complementos, um direto e um indireto com apreposição em.Ex.: Implicou o negociante no crime.

c) no sentido de antipatizar: é regido pela preposição com.Ex.: Implica com ela todo o tempo.transformação de estruturas

10- Custara) no sentido de ser custoso, ser difícil: é regido pela preposição a. Ex.: Custou ao aluno entender oproblema.

b) no sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se sem preposição. Ex.: O carro custou-me todas aseconomias.

c) no sentido de ter valor de, ter o preço: usa-se sem preposição.Ex.: Imóveis custam caro.

Regência Nominal

Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e ostermos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo daregência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dosverbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dosnomes cognatos. Observe o exemplo:

Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição "a".Veja:

Obedecer a algo/ a alguém.

201

Page 199: LÍNGUA PORTUGUESA

Obediente a algo/ a alguém.Mais exemplos:

acessível a

acostumado a, com

adaptado a, para

afável com, para com

aflito com, em, para, por

agradável a

alheio a, de

alienado a, de

alusão a

amante de

análogo a

ansioso de, para, por

apto a, para

atento a, em

aversão a, para, por

ávido de, por

benéfico a

capaz de, para

certo de

compatível com

compreensível a

comum a, de

constante em

contemporâneo a, de

contrário a

curioso de, para, por

desatento a

descontente com

desejoso de

desfavorável a

devoto a, de

diferente de

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Page 200: LÍNGUA PORTUGUESA

difícil de

digno de

entendido em

equivalente a

erudito em

escasso de

essencial para

estranho a

fácil de

favorável a

fiel a

firme em

generoso com

grato a

hábil em

habituado a

horror a

hostil a

idêntico a

impossível de

impróprio para

imune a

incompatível com

inconseqüente com

indeciso em

independente de, em

indiferente a

indigno de

inerente a

insaciável de

leal a

lento em

liberal com

medo a, de

natural de

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Page 201: LÍNGUA PORTUGUESA

necessário a

negligente em

nocivo a

ojeriza a, por

paralelo a

parco em, de

passível de

perito em

permissivo a

perpendicular a

pertinaz em

possível de

possuído de

posterior a

preferível a

prejudicial a

prestes a

propenso a, para

propício a

próximo a, de

relacionado com

residente em

responsável por

rico de, em

seguro de, em

semelhante a

sensível a

sito em

suspeito de

Significado das Palavras Significado das Palavras Significado das Palavras Significado das Palavras

Sinônimos:Sinônimos:Sinônimos:Sinônimos:

São palavras que apresentam, entre si, o mesmo significado.

triste = melancólico.

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resgatar = recuperarmaciço = compactoratificar = confirmardigno = decente, honestoreminiscências = lembrançasinsipiente = ignorante.

Antônimos:Antônimos:Antônimos:Antônimos:

São palavras que apresentam, entre si, sentidos opostos, contrários.

bom x maubem x malcondenar x absolversimplificar x complicar

Homônimos:Homônimos:Homônimos:Homônimos:

São palavras iguais na forma e diferentes na significação. Há três tipos de homônimos:

Homônimos perfeitos:Homônimos perfeitos:Homônimos perfeitos:Homônimos perfeitos:

Têm a mesma grafia e o mesmo som.

cedo cedo cedo cedo (advérbio) e cedocedocedocedo (verbo ceder);meio meio meio meio (numeral), meiomeiomeiomeio (adjetivo) e meiomeiomeiomeio (substantivo).

Homônimos homófonos:Homônimos homófonos:Homônimos homófonos:Homônimos homófonos:

Têm o mesmo som e grafias diferentes.

sessão sessão sessão sessão (reunião), seçãoseçãoseçãoseção (repartição) e cessãocessãocessãocessão (ato de ceder);concertoconcertoconcertoconcerto (harmonia) e consertoconsertoconsertoconserto (remendo).

Homônimos homógrafosHomônimos homógrafosHomônimos homógrafosHomônimos homógrafos

Têm a mesma grafia e sons diferentes.

almoçoalmoçoalmoçoalmoço (refeição) e almoçoalmoçoalmoçoalmoço (verbo almoçar);sedesedesedesede (vontade de beber) e sedesedesedesede (residência).

Parônimos:Parônimos:Parônimos:Parônimos:

São palavras de significação diferente, mas de forma parecida, semelhante.

retificar retificar retificar retificar e ratificarratificarratificarratificar;emergir emergir emergir emergir e imergirimergirimergirimergir.

Eis uma lista com alguns homônimos e parônimos:

acender acender acender acender = atear fogoascender ascender ascender ascender = subiracerca de acerca de acerca de acerca de = a respeito de, sobrecerca de cerca de cerca de cerca de = aproximadamentehá cerca de há cerca de há cerca de há cerca de = faz aproximadamenteafim afim afim afim = semelhante, com afinidadea fim de a fim de a fim de a fim de = com a finalidade deamoral amoral amoral amoral = indiferente à moralimoral imoral imoral imoral = contra a moral, libertino, devassoapreçar apreçar apreçar apreçar = marcar o preço

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apressarapressarapressarapressar = acelerararreararreararreararrear = pôr arreiosarriar arriar arriar arriar = abaixarbucho bucho bucho bucho = estômago de ruminantesbuxo buxo buxo buxo = arbusto ornamentalcaçar caçar caçar caçar = abater a caçacassar cassar cassar cassar = anularcela cela cela cela = aposentosela sela sela sela = arreiocenso censo censo censo = recenseamentosenso senso senso senso = juízocessão cessão cessão cessão = ato de doarseção ou secção seção ou secção seção ou secção seção ou secção = corte, divisãosessão sessão sessão sessão = reuniãochá chá chá chá = bebidaxá xá xá xá = título de soberano no Orientechalé chalé chalé chalé = casa campestrexale xale xale xale = cobertura para os ombroscheque cheque cheque cheque = ordem de pagamentoxeque xeque xeque xeque = lance do jogo de xadrez, contratempocomprimento comprimento comprimento comprimento = extensãocumprimento cumprimento cumprimento cumprimento = saudaçãoconcertar concertar concertar concertar = harmonizar, combinarconsertar consertar consertar consertar = remendar, repararconjetura conjetura conjetura conjetura = suposição, hipóteseconjuntura conjuntura conjuntura conjuntura = situação, circunstânciacoser coser coser coser = costurarcozer cozer cozer cozer = cozinhardeferirdeferirdeferirdeferir = concederdiferir diferir diferir diferir = adiardescrição descrição descrição descrição = representaçãodiscrição discrição discrição discrição = ato de ser discretodescriminar descriminar descriminar descriminar = inocentardiscriminar discriminar discriminar discriminar = diferençar, distinguirdespensa despensa despensa despensa = compartimentodispensa dispensa dispensa dispensa = desobrigaçãodespercebido despercebido despercebido despercebido = sem atenção, desatentodesapercebido desapercebido desapercebido desapercebido = desprevenidodiscente discente discente discente = relativo a alunosdocente docente docente docente = relativo a professoresemergir emergir emergir emergir = vir à tonaimergir imergir imergir imergir = mergulharemigrante emigrante emigrante emigrante = o que saiimigrante imigrante imigrante imigrante = o que entraeminente eminente eminente eminente = nobre, alto, excelenteiminente iminente iminente iminente = prestes a aconteceresperto esperto esperto esperto = ativo, inteligente, vivoexperto experto experto experto = perito, entendido

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espiar espiar espiar espiar = olhar sorrateiramenteexpiar expiar expiar expiar = sofrer pena ou castigoestada estada estada estada = permanência de pessoaestadia estadia estadia estadia = permanência de veículoflagrante flagrante flagrante flagrante = evidentefragrante fragrante fragrante fragrante = aromáticofúsil fúsil fúsil fúsil = que se pode fundirfuzil fuzil fuzil fuzil = carabinafusível fusível fusível fusível = resistência de fusibilidade calibradaincerto incerto incerto incerto = duvidosoinserto inserto inserto inserto = inserido, inclusoincipiente incipiente incipiente incipiente = inicianteinsipiente insipiente insipiente insipiente = ignoranteindefesso indefesso indefesso indefesso = incansávelindefeso indefeso indefeso indefeso = sem defesainfligir infligir infligir infligir = aplicar pena ou castigoinfringir infringir infringir infringir = transgredir, violar, desrespeitarintemerato intemerato intemerato intemerato = puro, íntegro, incorruptointimoratointimoratointimoratointimorato = destemido, valente, corajosointercessão intercessão intercessão intercessão = súplica, rogointerse(c)ção interse(c)ção interse(c)ção interse(c)ção = ponto de encontro de duas linhaslaço laço laço laço = laçadalasso lasso lasso lasso = cansado, frouxoratificar ratificar ratificar ratificar = confirmarretificar retificar retificar retificar = corrigirsoar soar soar soar = produzir somsuar suar suar suar = transpirarsortir sortir sortir sortir = abastecersurtirsurtirsurtirsurtir = originarsustar sustar sustar sustar = suspendersuster suster suster suster = sustentartacha tacha tacha tacha = brocha, pequeno pregotaxa taxa taxa taxa = tributotachar tachar tachar tachar = censurar, notar defeito emtaxar taxar taxar taxar = estabelecer o preçovultoso vultoso vultoso vultoso = volumosovultuoso vultuoso vultuoso vultuoso = atacado de vultuosidade (congestão na face)

REDAÇÃO OFICIAL

1. O que é Redação Oficial

Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atosnormativos e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo.

A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza,concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, quedispõe, no artigo 37: "A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes daUnião, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,

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impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)". Sendo a publicidade e a impessoalidadeprincípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear aelaboração dos atos e comunicações oficiais.

Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulteou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como suainteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não sejaentendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.

Além de atender à disposição constitucional, a forma dos atos normativos obedece a certa tradição. Hánormas para sua elaboração que remontam ao período de nossa história imperial, como, por exemplo, aobrigatoriedade – estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de 1822 – de que se aponha, ao finaldesses atos, o número de anos transcorridos desde a Independência. Essa prática foi mantida no períodorepublicano.

Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal)aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamenteimpessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem.

Nesse quadro, fica claro também que as comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois hásempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações ou é o próprio ServiçoPúblico (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos cidadãos ouinstituições tratados de forma homogênea (o público).

Outros procedimentos rotineiros na redação de comunicações oficiais foram incorporados ao longo dotempo, como as formas de tratamento e de cortesia, certos clichês de redação, a estrutura dos expedientes,etc. Mencione-se, por exemplo, a fixação dos fechos para comunicações oficiais, regulados pela Portaria no1 do Ministro de Estado da Justiça, de 8 de julho de 1937, que, após mais de meio século de vigência, foirevogado pelo Decreto que aprovou a primeira edição deste Manual.

Acrescente-se, por fim, que a identificação que se buscou fazer das características específicas da formaoficial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação – ou se aceite a existência –de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chamaburocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso deexpressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases.

A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da língua. É que suafinalidade básica – comunicar com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso quese faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondênciaparticular, etc.

Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial, passemos à análise pormenorizada decada uma delas.

1.1. A Impessoalidade

A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, sãonecessários: a) alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c) alguém que receba essa comunicação.No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério,Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo àsatribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o conjunto doscidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União.

Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam dascomunicações oficiais decorre:

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a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de umexpediente assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita acomunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que permite que comunicações elaboradas emdiferentes setores da Administração guardem entre si certa uniformidade;

b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a umcidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatárioconcebido de forma homogênea e impessoal;

c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais serestringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom particularou pessoal.

Desta forma, não há lugar na redação oficial para impressões pessoais, como as que, por exemplo, constamde uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. A redaçãooficial deve ser isenta da interferência da individualidade que a elabora.

A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para elaborar os expedientesoficiais contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária impessoalidade.

1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais

A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de umlado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais,aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ouregulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada alinguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informarcom clareza e objetividade.

As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquercidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinadosgrupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, osregionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada.

Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamentedinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar comoutros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc., para mencionar apenasalguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente astransformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar.

A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Porexemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que incorporeexpressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de estranhar a presençado vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso quese faz da língua, a finalidade com que a empregamos.

O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com omáximo de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrãoculto é aquele em que a) se observam as regras da gramática formal, e b) se emprega um vocabulário comumao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto naredação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticasregionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias lingüísticas, permitindo, por essa razão, que seatinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos.

Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja confundida

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com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagemrebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua literária.

Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um "padrão oficial de linguagem"; o que há é o uso dopadrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadasexpressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica,necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargãoburocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada.

A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu usoindiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, sãode difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, deexplicitá-los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em expedientes dirigidosaos cidadãos.

1.3. Formalidade e Padronização

As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além das jámencionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certaformalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste oudaquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível ; mais do que isso, a formalidade dizrespeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação.

A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Ora, se aadministração federal é una, é natural que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão. Oestabelecimento desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para todas as característicasda redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos.

A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramação do textosão indispensáveis para a padronização.

1.4. Concisão e Clareza

A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é o texto queconsegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com essaqualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, onecessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebemeventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de idéias.

O esforço de sermos concisos atende, basicamente ao princípio de economia lingüística, à mencionadafórmula de empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de forma algumaentendê-la como economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens substanciais do texto noafã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagensque nada acrescentem ao que já foi dito.

Procure perceber certa hierarquia de idéias que existe em todo texto de alguma complexidade: idéiasfundamentais e idéias secundárias. Estas últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las,exemplificá-las; mas existem também idéias secundárias que não acrescentam informação alguma ao texto,nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas.

A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial, conforme já sublinhado na introdução destecapítulo. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. No

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entanto a clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das demais características daredação oficial. Para ela concorrem:

a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um tratamentopersonalista dado ao texto;

b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento geral e por definição avesso avocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão;

c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos;

d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos lingüísticos que nada lhe acrescentam.

É pela correta observação dessas características que se redige com clareza. Contribuirá, ainda, aindispensável releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e deerros gramaticais provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção.

Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil compreensão por seu destinatário.O que nos parece óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos sobre certosassuntos em decorrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com que os tomemos como deconhecimento geral, o que nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termostécnicos, o significado das siglas e abreviações e os conceitos específicos que não possam ser dispensados.

A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que são elaboradas certas comunicaçõesquase sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder à redação de um texto que não seja seguida porsua revisão. "Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados", diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, comsua indesejável repercussão no redigir.

Por fim, como exemplo de texto obscuro, que deve ser evitado em todas as comunicações oficiais,transcrevemos a seguir um pitoresco quadro, constante de obra de Adriano da Gama Kury , a partir do qualpodem ser feitas inúmeras frases, combinando-se as expressões das várias colunas em qualquer ordem, comuma característica comum: nenhuma delas tem sentido! O quadro tem aqui a função de sublinhar a maneirade como não se deve escrever:

Como não se deve escrever:

COLUNA A COLUNA B COLUNA C COLUNA D COLUNA E COLUNA F COLUNA G

1. Anecessidadeemergente

secaracterizapor

uma corretarelação entreestrutura esuperestrutura

no interesseprimário dapopulação,

substanciando evitalizando,

numa óticapreventiva enão maiscurativa,

atransparência de cada atodecisional.

2. O quadronormativo

prefigura a superação decada obstáculoe/ou resistênciapassiva

sem prejudicar oatual nível dascontribuições,

não assumindonunca comoimplícito,

no contexto deum sistemaintegrado,

umindispensável salto dequalidade.

3. O critériometodológico

reconduz asínteses

a pontualcorrespondênciaentre objetivos erecursos

com critériosnão-dirigísticos,

potenciando eincrementando,

na medida emque isso sejafactível,

oaplanamento dediscrepâncias e discrasiasexistentes.

4. O modelo incrementa o para além das evidenciando e em termos de a adoção de

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dedesenvolvimento

redirecionamentodas linhas detendências emato

contradições edificuldadesiniciais,

explicitando eficácia eeficiência,

umametodologiadiferenciada.

5. O novotema social

propicia o incorporamentodas funções e adescentralizaçãodecisional

numa visãoorgânica e nãototalizante,

ativando eimplementando,

a cavaleiro dasituaçãocontingente,

aredefiniçãode uma novafiguraprofissional.

6. O métodoparticipativo

propõe-se a oreconhecimentoda demanda nãosatisfeita

mediantemecanismos daparticipação,

não omitindo oucalando, masantesparticularizando,

com as devidaseimprescindíveisenfatizações,

o co-envolvimento ativo deoperadores eutentes.

7. Autilizaçãopotencial

privilegia uma coligaçãoorgânicainterdisciplinarpara uma práxisde trabalho degrupo,

segundo ummódulo deinterdependênciahorizontal,

recuperando, ouantesrevalorizando,

como suapremissaindispensável econdicionante,

umacongruenteflexibilidadedasestruturas.

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