lisandra souto
editorial
ViaGeM PreMiUM
a bela e exóticadoha - no qatar
internacional
eqUita lyon
reúne os Melhores
na frança
eqUestrian arts
as incríVeis telas de
laUrie Pace
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3,00 € R$ 14,90
RMEL
as eMoções e resUltados
da tradicionalcoPa sítio chUin
entreVistaa exPeriência
do atleta e treinadoriVan caMarGo
Ano V | Número 67 - 2013
#67
ABOVE AND BEYOND
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ABOVE AND BEYOND
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4 | Mundo EquEstrE - luxo
Mundo EquEstrE luxo
editor
Afonso Westphal
diretoria executiva
Manuela Merico
assistente de redação
Thais Scuissiatto - Lucas Panek
revisão
Lays CoutinhoLucas Panek
arte e diagramação
Editora Bemamostra
departamento comercial
Manuela Merico - [email protected]
Mileny Merico - [email protected]
+55 (41) 3203-1960 / (41) 8534-1492
endereço para contato
Rua Visconde do Rio Branco, nº 1630 - 705.
Bairro: Centro - Cidade: Curitiba - PR / Brasil - CEP: 80420-210 - Todos os direitos reservados.
Edição mensal - artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista.
colaBoraçãoIvan Camargo - Luís Fernando Monzon - Manuelle Berger - Raphael Macek
Grace Carvalho Hipics - MktMix - Carola May - Roberta Milany
mala direta para:Clube Hípico de Santo AmaroSociedade Hípica de BrasíliaSociedade Hípica ParanaenseSociedade Hípica Catarinense
Sociedade Hípica Porto Alegrense Sociedade Hípica de Ribeirão Preto
Criadores Brasileiro de Hipismo
assine a revista mundo equestre luxo:Ligue para (41) 3203-1960 ou acesse o site: www.mundoequestre.com.br/assine
onde comprar?Livrarias Laselva (Aeroportos), Livrarias da Vila - Shopping Iguatemi JK (SP) e Pátio Batel (CWB).
Lojas especializadas:• Em São Paulo: maison du cavalier: Rua Quintana, 206 – São Paulo – Brooklin (dentro da Sociedade Hípica Paulista) / salto e sela: Av. Santo Amaro, 1775 – São Paulo – Vila Nova Conceição / Best choice: Rua Visconde de Taunay, 508 – São Paulo
– Santo Amaro (dentro do Clube Hípico de Santo Amaro) / cia do cavalo: Rua Visconde de Taunay, 809 – São Paulo – Vila Cru-zeiro / selaria villaça: Rua Pero Leão, 161 – São Paulo – Pinheiros.
• No Rio de Janeiro (RJ): maison du cavalier: Rua: Borges Medeiros, 2448 – Rio de Janeiro – Lagoa / • No Paraná (PR): selaria santa rosa: Av. Victor Ferreira do Amaral, 2299 – Curitiba – Tarumã (dentro do Jockey Club) / • No Rio Grande do Sul (RS): selaria santa rosa: Rua: Cel. Claudino, 10 casa 12 – Porto Alegre – Cristal (dentro do Jockey Club) ecuyer: Av. Juca Batista, 4931 – Porto Alegre (dentro da Sociedade Hípica Porto Alegrense) / • Em Santa Catarina (SC): cia do cavalo: Rodovia SC 401, 4677 – Florianópolis – Saco Grande II (dentro da Sociedade Hípica Catarinense).
capa
Atriz: Lisandra Souto - Cavalo: Diamant, proprietário André Oliveira Campos Freire - Foto: Raphael Macek -
Direção: Manuela Merico - Stylist: Arno Júnior - Beauty Artist: Ricardo Daigo e Marilena Hemico Sakata.
Lisandra Souto veste - camisa: Dudalina, blazer: Etiqueta Negra,
cinto: Waltão Boots & Belts, culote: Pikeur.
ivan camargo
manuelle berger
monty roberts
luís fernando monzon
raphael macek
marcelo miranda
Responsável por uma coluna mensal na revista, o cavaleiro e treinador internacional Ivan Camargo reside, atualmente, em Cascais - Portugal. Ivan foi treinador da equipe do Chile e em 2013 estava a frente do time da Colômbia como treinador.
Empresária e diretora da revista virtual Terapia do Luxo, Manu Berger traz aos leitores da Mundo Equestre novidades e ten-dências do mundo da moda através da seção Terapia do Luxo.
Dispensando maiores introduções, o lendário “Encantador de Cavalos“ norte-americano traz aos leitores dicas preciosas sobre o comportamento equino e como podemos nos relacionar me-lhor com nossos cavalos.
Juiz de prova, narrador e comentarista de Hipismo do SporTV, Monzon é uma das vozes mais conhecidas e respeitadas do cenário hípico. Em sua coluna, o profissional convida os atletas e dirigentes a refletir sobre alguns pontos essenciais para o crescimento do esporte no Brasil.
Veterinário especialista em podiatria (estudo dos cascos), Marcelo auxiliou, com seu conhecimento técnico, na seção “Saiba Mais”. Sócio e criador das Palmilhas ESE, em 2009, teve dois trabalhos apresentados no Con-gresso Mundial WEVA - World Equine Veterinary Association.
colaboradores:
Fotógrafo responsável pelo editorial de moda desta edição, Raphael Macek é mundialmente reconhecido por obter imagens únicas, re-pletas de expressão e sentimento. Recentemente, Raphael lançou no Brasil seu livro: Equine Beauty, disponível em mais de 20 países.
caro leitor,Seja muito bem-vindo à edição de novembro da revista Mundo
Equestre Luxo. Nesse mês, temos o prazer de contar com a
participação da bela e simpática atriz Lisandra Souto em nosso
editorial de moda.
Em sessão fotográf ica c l i cada pe lo ta len-
toso prof i ss iona l Raphae l Macek, as imagens
ref letem a a legr ia , leveza e s intonia presen-
tes durante a rea l i zação do ensa io . Ut i l i zan-
do como locação a be la Soc iedade Híp ica
Pau l i s ta , conf i ra os exce lentes resu l tados
provenientes da e legânc ia da at r iz somados
à be leza dos cava los e a técn ica apurada de
Macek.
Na seção Souveni r, descubra a encanta-
dora h i s tór ia da Gucc i e a for te l igação que
a marca possu i com o tema equest re . Com
mais de 70 anos de t rad ição, a gr i fe man-
tém seu padrão de exce lênc ia em qual idade
e acabamento assoc iados à responsabi l idade
soc ia l e ext remo bom gosto.
Como entrev i s tado de novembro, conv i -
damos o cava le i ro Ivan Camargo para com-
part i lhar parte de suas v i tór ias e v ivênc ias
no Hip i smo. Nasc ido no Bras i l , sua exper iên-
c ia e seus bons resu l tados f i zeram com que
Ivan fosse requis i tado em outros pa íses , ten-
do contr ibu ído para o desenvolv imento das
equipes do Chi le , Colômbia e Portuga l .
Na seção Dest inos Premium, conheça a
fasc inante cap i ta l do Qatar, Doha. Passan-
do, atua lmente, por grandes mudanças , a
c idade investe a l to tanto em inf raest rutura
quanto em questões soc ia i s , conquis tando
um número cada vez maior de tur i s tas , at ra-
ídos pe las ót imas opções de lazer, compras e
entreten imento propostos pe la c idade.
Em sua co luna mensa l , Monty Roberts ex-
p l i ca aspectos importantes da comunicação
cava lo-cava le i ro e exp lora a lguns tóp icos da
l inguagem Equus – técn ica desenvolv ida por
Monty Roberts para comunicar comandos de
forma c lara a esses an imais .
Seu mundo está prestes a se tornar mais
completo. V i re a página e ampl ie sua cu l tura
e conhec imento sobre o fasc inante Mundo
Equest re .
Dese jo uma ót ima le i tura ,
Editor
c a r ta d o e d i to r
6 | Mundo EquEstrE - luxo
• EDITORIAS •
14
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Entrevista
Monty Roberts
Internacional
O requisitado cavaleiro e treinador Ivan Camargo conta como é dividir sua rotina de treino de cavalos e cavaleiros em vários países, como Portugal, Estados Unidos e Colômbia.
O mundialmente famoso “Encantador de Cavalos”, Monty Roberts, compartilha seu conhecimento sobre a linguagem Equus e responde perguntas sobre a melhor forma de se comunicar com o seu cavalo.
8 | Mundo EquEstrE - luxo
Acompanhe, nesta seção, as emoções dos cinco dias da 19ª Edição do Equita’ Lyon na França.
Mundo EquEstrE luxonúMEro 67 . ano v
Mundo EquEstrE luxonúMEro 67 . ano v
• EDITORIAS •
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Terapia do luxo
Editorial de moda
Destinos premium
Confira a lista com sugestões de artigos de luxo mais desejados do mês e fique por dentro das novidades e tendências do mercado, contando sempre com um toque equestre.
A atriz Lisandra Souto conta sobre a sua conexão com o universo equestre ao posar com belíssimos cavalos na Sociedade Hípica Paulista.
Levamos você a conhecer Doha, a capital do Qatar. A cidade é pólo de luxo e turismo no Oriente Médio e sediará a última etapa do Global Champions Tour 2013 e a Copa do Mundo FIFA 2022. 12.
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10 | Mundo EquEstrE - luxo
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EIchholTz
guccIFABulouS
O abajur da loja de decoração holandesa Eichholtz segue a temática equestre: o apoio tem o formato de estribo, e sua haste é feito de couro. Uma excelente opção de decoração para extravasar sua paixão pelo tema.
Seguindo a tradição, Frida Giannini desenhou uma edição especial do lenço da Gucci para o Paris Masters 2013, competição de salto equestre que acontecerá em dezembro deste ano. O lenço de seda pura mede 90cm por 90cm e é feito com uma técnica de pintura manual. O modelo, adornado com a assinatura Gucci, é edição limitada e estará disponível para compra apenas na pop up-store da marca, durante o evento, por 400 dólares.
A linha de decoração da Swarovisk criou esta obra prima exclusiva, chamada Lightning (relâm-pago em português). Medindo 45 centímetros de altura e decorada com 39.600 cristais, a edição é limitada a 300 peças e custa 14 mil dólares. Simbolizando nobreza, força e liberdade, o cava-lo fica em uma base de granito preto, dando um toque de classe em qualquer ambiente.
A revista Mundo Equestre Luxo traz, a cada edição, uma coluna men-sal assinada por Manu Berger com sugestões de artigos de luxo, moda e decoração associados a temática equestre. Para mais dicas e produtos, acesse: www.terapiadoluxo.com.br
12 | Mundo EquEstrE - luxo
terapia
do luxo
chANEl MooNPhASE
cogNAc louIS xII
A joalheria Boucheron criou uma obra de arte em ouro branco, com 200 diamantes brancos, safiras azuis e viole-tas, ametistas redondas e dois cabochões de safiras azuis. Custando mais de 70 mil reais, o anel em formato de ca-valo faz parte da coleção “Of Animals”, na qual podem ser encontradas peças belíssimas em forma de outros animais como: cisne, elefante, girafa, cobra, entre outros.
wIlD hoRSESA marca de cosméticos Chantecaille sempre preza por unir produtos de alta qualidade e consciência ecológica. Pensan-do nisso, um dos últimos lançamentos da loja americana é a Wild Horse Pallete. A paleta de maquiagem conta com quatro tons de sombra com nomes relacionados a cavalos: Freedom, Palomino, Mustang e Black Stallion. Os destaques são a embalagem, com estampa de cavalos, e a filantropia: parte do dinheiro das vendas vai para uma instituição que preserva mustangues selvagens nos Estados Unidos.
Sensações que são reveladas progressivamente, do mais alto nível de finesse à percepção de suprema opulência. Essa é a experiência de provar Louis XIII, uma referência em sofistica-ção e exclusividade quando se fala em cognacs. Produzido na região da Grande Champagne, a mais privilegiada das seis regiões de cultivo de uvas de Cognac, na França, esse destilado é um elo entre o passado, o presente e o futuro. A exclusividade a cada gole.
13Mundo EquEstrE - luxo |
ENcANTADoR
chANEl MooNPhASEUma década após o lançamento do J12, relógio de cerâmica icônico da Chanel, a marca de luxo francesa está lançando uma nova versão inspirada no céu noturno. Através de uma solução inovadora, os relojoeiros da Chanel enriqueceram ainda mais o cobiçado objeto acrescentando um pequeno mostrador que indica a fase atual da lua, em um fundo azul escuro pontuado de “estrelas”. Disponível em cerâmica high-tech nas cores branca e preta, o J12 Moonphase custa cerca de 9.500 dólares no modelo sem diamantes e em tor-no de 25 mil dólares com a moldura em diamantes.
14
ivan camargo
e n t r e v i s taTexto: Mundo Equestre Luxo / Foto: Acervo Pessoal
15Mundo EquEstrE - luxo |
talento tipo exportaçãoCom quase 40 anos de experiência no esporte, Ivan acumula títulos tanto como atleta quanto como treinador. Atual-mente, suas funções ultrapassam os limites das pistas. Co-mentarista do canal ESPN, o atleta já integrou equipes do Chile e da Colômbia como técnico e do Brasil e Portugal
como cavaleiro.
Como foi sua trajetória no esporte? Sou nascido em Curitiba. Quando tinha nove anos
de idade, fui assistir a uma competição na Hípica Pa-
ranaense e descobri o Hipismo. Logo comecei a fazer
aulas na escolinha, sempre com o enorme apoio do meu
pai. Fui progredindo e me dedicando. Comprávamos ca-
valos no Jockey e treinávamos, assim eu conseguia meus
cavalos de concurso. Participei de muitos campeonatos
nacionais e estaduais, sempre com bons resultados. Com
19 anos, fui montar por um ano na Bélgica, com o Nel-
son Pessoa. Foi quando escolhi viver para e do esporte.
Quando voltei ao Brasil, mudei-me de Curitiba para São
Paulo e iniciei a vida de profissional de Hipismo. Com 25
anos retornei à Europa, desta vez para integrar a equipe
do cavaleiro Nelson Pessoa. Trabalhei para ele na Bélgica
e na Alemanha, onde a equipe tinha também um Cen-
tro de Treinamento. Foi um ótimo e produtivo período
de aprendizagem, conviver e treinar com o Neco foi um
enorme privilégio. Participei de competições em toda a
Europa, fiz muitos amigos. Fiquei lá por três anos, mas
resolvi voltar para o Brasil para me casar.
A vontade de voltar a trabalhar no Hipismo na Europa
sempre me acompanhou. Com 37 anos, já casado e com três
filhos, recebi um convite de um cliente que estava se mudando
para a Inglaterra e resolvi aceitar o desafio. Fiquei por cinco
anos vivendo na Inglaterra, tive muitos alunos e clientes, mas o
frio e a chuva eram um grande empecilho. Hoje, tenho minha
estrutura em Portugal, um excelente país para viver, onde con-
sigo desenvolver bem minhas atividades profissionais e tam-
bém proporcionar ótima qualidade de vida à minha família.
Onde você monta atualmente? Monto e dou aulas no meu Centro Hípico em Cascais,
uma linda cidade a beira mar, que fica a 15 minutos de
Lisboa, Portugal. Acredito que, profissionalmente, manter-
-me em atividade na Europa é imprescindível, aqui é o cen-
tro para o esporte hípico, porém, o clima frio e a diferença
de cultura nos países do Norte da Europa dificultam muito
a vida de uma família brasileira. Em Portugal, consegui
encontrar um clima muito bom, com sol, pessoas acolhe-
doras, ótima comida e estou na Europa. A qualidade de
vida que posso oferecer à minha família aqui é muito boa.
Já tive a oportunidade de morar na Bélgica, Alemanha e
Inglaterra e acredito que nada se compara a Portugal para
nós brasileiros.
Como montar na Europa pode agregar técni-ca ao cavaleiro?
A Europa é a capital mundial do Hipismo. Aqui
estão os melhores concursos, os melhores cavalei-
ros, a melhor criação de cavalos para o esporte e,
por consequência, aqui na Europa é onde deve es-
tar o profissional que pretende estar atualizado na
sua área. Enquanto eu estiver produtivo no Hipismo
tenho que manter-me ligado à Europa, seja vivendo
por aqui ou passando temporadas em solo europeu.
Hoje, quais são seus principais trabalhos dentro do esporte equestre?
Tenho dedicado cada vez mais atenção à minha carreira
como treinador. É uma atividade que tem me dado muito
prazer, tenho viajado por muitos países ministrando clínicas
e treinando equipes. É um trabalho muito prazeroso e os
resultados que tenho obtido são muito positivos. No meu
Centro de Treinamento aqui em Cascais, dedico-me, além
de dar aulas, à formação de jovens cavalos. A ini-
16 | Mundo EquEstrE - luxo
ciação de cavalos novos também tem sido uma ótima
experiência, meus cavalos de competição são 100%
treinados por mim desde os cinco anos de idade. Outra
área que tenho atuado é a assessoria na compra de
cavalos de salto para clientes e alunos. Tenho experi-
ência como treinador e sei avaliar quando um cavalo
“serve” para um cavaleiro, assim auxilio meu cliente
na busca e avaliação de cavalos pela Europa.
Você treina cavaleiros no Brasil, na Colômbia e nos Estados Unidos. Como você concilia estes treinamentos?
Monto minha agenda de viagens entre as competições
em que meus alunos ou eu participamos ou para épocas de
menor atividade de concursos. Normalmente, viajo por uma
semana a cada dois meses.
Além disso, tenho no meu Centro Hípico uma ótima
equipe, que mantém tudo em ordem enquanto estou fora.
Meu cavaleiro, que está comigo há seis anos, já está absolu-
tamente integrado ao sistema de trabalho, e quando é ne-
cessário, trabalha meus cavalos e acompanha meus alunos.
Como é sua rotina de treinos? Dedico as manhãs ao treinamento dos meus cavalos, as
tardes são para treinar meus alunos. Costumamos competir
todos os finais de semana, viajamos bastante por Portugal,
Espanha e algumas vezes para outros países ao Norte da
Europa.
Como foi a experiência de ser o chefe de equi-pe do time colombiano da Copa das Nações este ano?
Tenho uma relação de muito carinho pelos colombianos.
Foi na Colômbia, há 16 anos, que iniciei minha carreira
de técnico internacional. Fui treinador de muitos jovens
cavaleiros que hoje fazem parte da equipe principal do
país. Foi uma honra ser contratado pela Federação Co-
lombiana para liderar a equipe num torneio tão impor-
tante. Temos desenvolvido um ótimo trabalho e creio que
eles estão num bom caminho.
Quais os campeonatos mais importantes que você já participou?
Foram muitos campeonatos e concursos importantes
que participei, mas destaco especialmente os títulos na-
cionais e estaduais no Brasil, em todas as categorias até a
Sênior.
Na Europa, no início da minha carreira internacional,
destaco a participação na Final da Copa do Mundo, em
1993, na Holanda. Os concursos que me emocionam mais
são as Copas das Nações. Fiz parte da equipe brasileira em
algumas Copas das Nações pelo mundo e, agora, represen-
to Portugal.
Em 2010, você teve o desafio de classificar a equipe chilena de salto para os Jogos Olímpicos de Londres, após o país ficar de fora das Olimpí-adas por 28 anos. Como você alcançou este ob-jetivo?
Sem dúvida com muito trabalho, determinação e pla-
nejamento. Foram dez idas à Santiago, em nove meses
antes dos Jogos. Tínhamos um plano e tive sempre muito
apoio da Federação e dos cavaleiros chilenos, o que fez
toda a diferença para termos sucesso em nosso objetivo.
Foi um trabalho muito cansativo, mas que me deu imen-
so prazer.
17Mundo EquEstrE - luxo |
“Nunca se esqueça de que cavalos não são máquinas.
Eles são animais e têm dias bons e ruins, assim como os humanos”, Pius
Schwizer.
Para você, quais são os aspectos positivos e ne-gativos do Hipismo no Brasil?
É um assunto delicado e extenso, poderia falar por
muito tempo sobre este tema, mas, em resumo, tenho
muita admiração pela garra e vontade de vencer inata
do cavaleiro brasileiro, é uma característica que não
se vê pelo mundo, somos realmente diferentes neste
aspecto. Destaco também a determinação e apoio dos
pais e familiares dos cavaleiros, que fazem acontecer,
que investem e correm atrás, para que o cavaleiro che-
gue a algum lugar, foi assim comigo também.
Já nos pontos negativos, que infelizmente não são
poucos, são basicamente a falta de planejamento a
longo prazo para o esporte como um todo. Desde a
formação dos instrutores, passando por apoiar as cate-
gorias de base, e a iniciação dos cavalos jovens. Sem
dúvida, o Hipismo brasileiro progrediu muito, deu um
salto, é hoje muito melhor do que todos os outros paí-
ses da América Latina, mas, agora, tem que se espelhar
nos melhores do mundo e ajustar o rumo para seguir
melhorando e se firmar, criar tradição e cultura hípica.
Temos que nos destacar como um país e não somente
por excelentes resultados que poucos cavaleiros alcan-
çam a nível mundial e que não representam a realidade
do esporte que acontece em solo brasileiro.
Quais seus próximos objetivos? Aprimorar-me cada vez mais na preparação de jo-
vens cavalos. Aqui, tenho muita matéria prima de qua-
lidade. E dedicar-me aos cavaleiros que queiram melho-
rar a técnica, independente de onde queiram chegar,
sendo amadores, jovens, profissionais ou não.
e q u e s t r i a n a r t s
A americana Laurie Justus Pace já trabalhou
como modelo, instrumentista, cantora e pro-
fessora antes de se consolidar como artista.
Suas pinturas, feitas com pincéis largos, espá-
tulas e tintas a óleo de cores vivas, já foram
vendidas e exibidas pelo mundo todo, e têm
um elemento chave em comum: os cavalos.
Aos 11 anos, Laurie começou a pintar quan-
do seus pais lhe deram um cavalete – antes
disso, ela já desenhava. A pintura dos cavalos
começou em 2006, quando Laurie, já tendo
estudado anos de arte e aprendido as técni-
cas de pintura abstrata, resolveu pintar um nu.
Ao mostrar o resultado para um amigo, este
apontou que o personagem da tela tinha dois
pés esquerdos. Frustrada, Laurie raspou com
uma espátula toda a tinta da tela e pintou, por
cima, um cavalo. Desde então, esses belos ani-
mais têm sido sua especialidade, aparecendo
em dezenas de telas.
O estilo de Laurie Pace, que vive em Mount
Vernon, Texas, é reconhecido internacional-
mente como único. A mistura das cores e o
traçado do desenho são admirados em galerias
de arte por todo o mundo: atualmente, Laurie
tem pinturas expostas desde a Earthworks Art
Gallery, em Nova York, até a SR Gallery, em
Hong Kong. O estilo mais recente desenvolvi-
do pela pintora é a sobreposição de tintas: o
quadro primeiramente é feito com tintas acríl i-
cas, para depois ser revestido com uma camada
que mistura tinta acríl ica com tinta a óleo. “A
cada pintura, eu me esforço um pouco mais
para aprender um pouco mais”, conta a artista,
que tenta sempre adquirir novas técnicas para
aprimorar seus quadros.
Apesar de não ter iniciado sua carreira de
artista com a pintura de cavalos, Laurie Pace
já havia tido contato com esses animais duran-
te a infância. “Eu montava em cavalos durante
minha juventude em um haras perto de onde
eu morava, em Dallas, no Texas. Quando adul-
ta, eu não tinha um cavalo, mas alguns ami-
gos tinham um rancho e eu sempre ia para os
campos com os cavalos quando os visitava”,
conta ela.
A pintura de cavalos foi uma guinada na
sua carreira. Antes, quando pintava outros ani-
Uma artista nos Estados Unidos faz sucesso ao pintar cavalos com expressividade, cores fortes e estilo abstrato.
Conheça um pouco do trabalho de Laurie Pace.
19Mundo EquEstrE - luxo |
cavalos
abstratos
e q u e s t r i a n a r t s
20 | Mundo EquEstrE - luxo
mais e paisagens diferentes, seu trabalho era mais
puxado e ela chegou a pintar 2.000 quadros entre
2003 e 2010. Quando seus quadros equestres co-
meçaram a fazer sucesso, Laurie pôde diminuir o
r itmo e, agora, pinta apenas para as suas galerias e
quadros encomendados – esses são feitos com todo
o cuidado para atender ao gosto do cl iente. Além
de pedir informações sobre o t ipo de cavalo e cores
desejadas, a art ista pede ao comprador uma l ista de
músicas, f i lmes, l ivros preferidos: “Como art ista, eu
sinto que é vital saber algo sobre a famíl ia ou a casa
onde a pintura vai f icar, para que ela se encaixe e
harmonize com o ambiente”, expl ica.
Laurie Pace também dá aulas part iculares de
arte, e gosta de relatar suas experiências no atel iê
em seu site el lepace.com, que reúne quatro blogs.
Sobre seu sucesso com as telas, Laurie declara:
“Deus tem me dado muitas dádivas, e eu sou muito
grata por ter feito essa jornada e ter a arte na mi-
nha vida. Eu acredito que todos nós temos sonhos
quando somos cr ianças e, quando crescemos, esses
sonhos mudam. O meu sonho era pintar e ser reconhe-
cida, e eu consegui”.
Pinceladas e cores fortes são o estilo dos cavalos de Laurie Pace – esse se chama
Starlight Run, e atualmente está na South Hill Gallery, em Kentucky.
21Mundo EquEstrE - luxo |
s o u v e n i r
Uma grife fundada sobre a tradição de uma so-
ciedade nobre que dependia do cavalo para as ativi-
dades básicas. Criada em Florença, no ano de 1921,
por Guccio Gucci, a marca nasceu da ideia de aliar
a classe dos ingleses ao incomparável talento arte-
sanal italiano.
A Gucci esteve ligada ao luxo do universo eques-
tre desde o início, quando seus principais clientes
utilizavam esses animais para transporte, locomo-
ção e lazer. Atento a isso, Guccio desenvolveu as
primeiras peças inspiradas no tema equestre. O su-
cesso se estendeu pelos anos 30 e um acessório em
particular se tornou ícone fashion da marca: O Hor-
sebit (bridão) – instrumento essencial para auxiliar
a condução do cavalo pelo cavaleiro – que acabou
sendo usado em sapatos, bolsas e relógios.
Na década de 40, outro símbolo de elegância foi
inspirado na montaria. A Bamboo Bag, cujas curvas
foram desenhadas para lembrar uma sela, tornou-se
a favorita da realeza. Desde então, novas versões
da bolsa aparecem para suprir o êxito entre as ce-
lebridades.
Em 1950, a Gucci já havia percebido a impor-
tância de trabalhar suas coleções junto aos luxuosos
traços equestres. Nessa década, outra linha ficou
famosa e, uma vez mais, as selas deram origem a
novos modelos. O sucesso instantâneo, atrelado ao
novo produto chamado de Web, trouxe reconheci-
mento para a marca em grandes cidades como Mi-
lão e Nova York.
Hoje, a organização produz sapatos, acla-
madas coleções de moda, roupas para crianças,
joias, fragrâncias e acessórios que incorporam a
moda cotidiana. É uma marca estruturada para
atender os homens e mulheres mais exigentes do
mundo por meio do alto artesanato, opulência
e glamour moderno. É por conta dessa ousadia
aliada a tradicional qualidade da costura italiana
que a Gucci é recordista mundial de vendas da
Itália.
RESPONSABILIDADE SOCIAL A Gucci é reconhecida como uma marca res-
ponsável e envolvida com filantropia. Ela é ativa
na luta pelos direitos das mulheres, assim como
na preservação da arte como legado humano.
Cerca de 12 milhões de Euros são destinados
para ajudar o programa da UNICEF. O valor é re-
passado para melhorar a qualidade de vida de
mulheres e crianças na África e Ásia. Além disso,
a grife colabora com a Kering Corporate Foun-
dation no combate à violência contra mulheres.
Na arte, a Gucci atua em parceria com a The Film
Foundation na restauração de películas cinema-
tográficas como “La Dolce Vita” e “Once Upon a
Time in America”.
22
A Gucci está relacionada ao universo equestre desde sua fundação. Saiba como uma das maiores marcas consegue há 90
anos aliar seus ícones fashions com a nobreza dos cavalos.
o glamour inspirado
nos cavalos
22 | Mundo EquEstrE - luxo
GUCCI E O HIPISMOEm comemoração ao seu aniversário de 90 anos,
a Gucci desenhou uma coleção que explora ainda
mais a sua conexão com o glamour equestre. A par-
ceria de dois anos com Charlotte Casiraghi, compe-
tidora de hipismo na categoria de salto, rendeu, em
2011, uma linha com roupas e acessórios técnicos
exclusivos para o treinamento da amazona.
Charlotte Casiraghi é a segunda filha de Caroli-
ne, Princesa de Hanover, e também a quinta na linha
de sucessão ao trono de Monaco. Na maioria das
competições, seus cavalos são Troy e Tintero.
Neste mesmo ano, a parceria fechada foi com a
amazona Edwina Alexander, bicampeã geral do Glo-
bal Champions Tour. Conhecida por ser a primeira
australiana a se qualificar para a final do Campeo-
nato Mundial em Aachen, Edwina conquistou vários
Grand Prix como os de Bruxelas, Londres, Cannes e
Doha. No ano passado, ela e seu cavalo Cevo itôt
du Chateau conquistaram a medalha de prata no GP
Athina Onassis no Rio de Janeiro.
Já em 2013, Gucci apadrinhou Guillaume Ca-
net, conceituado ator e diretor de cinema francês
que resolveu perseguir seu sonho de ser cavaleiro.
Os três atletas competem com roupas exclusivas,
desenhadas por Frida Giannini, diretora de criação
da marca.
Além das três parcerias de sucesso, de 5 a 8
de dezembro acontecerá o Gucci Paris Masters,
evento de Salto Indoor patrocinado pela marca.
Tradicionalmente, a quinta edição será sediada
em Paris e contará com um espetáculo de alto ní-
vel proporcionado pela presença ilustre da elite
esportiva.
Em comemoração ao evento, a marca lançou
uma edição limitada de lenços com estampa te-
mática de cavalo. A montagem conta com arreios,
estribos e bridões em segundo plano a duas cabe-
ças de cavalos. Para adquirir uma peça, apenas no
estande da Gucci na competição.
2424 | Mundo EquEstrE - luxo
s o u v e n i r
e d i to r i a l
27Mundo EquEstrE - luxo |
lISANDRA SouTo
Bela e extramemente elegante, confira o ensaio fotográfico da atriz que desenvolve, a cada dia, maior admiração pelos cavalos. Sendo protagonista do clipe musical
“Apaixonado por você” do talentoso cantor sertanejo Paulinho Reis, Lisandra confere beleza e classe ao edito-rial da edição de novembro da Mundo Equestre Luxo.
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CaMisa: dudalina, blazEr: EtiquEta nEgra, CulotE: pikEur,Cinto: Waltão boots & bElts.-----------------------------------Cavalo: diaMant,raÇa: (bWp) sEla bElga,propriEtário: andré olivEira CaMpos frEirE.
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CaMisa: dudalina,ColEtE: Calvin klEin,Cinto: Waltão boots & bElts,Cap: instEp - Maison du CavaliEr.
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CaMisa: dudalina, blazEr: EtiquEta nEgra,
CulotE: pikEur,Cinto: Waltão boots & bElts,
-----------------------------------Cavalo: diaMant,
raÇa: (bWp) sEla bElga,propriEtário: andré olivEira
CaMpos frEirE.
“Acho os cavalos animais fascinantes. Este foi meu primeiro ensaio fotográfico com cavalos e, para mim, foi uma experiência di-ferente, porém bastante especial. Me senti muito à vontade fotografando com eles”. Lisandra Souto
30 | Mundo EquEstrE - luxo
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vEstido: bobô,joias: MoMussk.
------------------------------------------------Cavalo: ContiCa,
raÇa: holstEinEr,propriEtária: luCiana CaMargo E
franÇoisE CôtE.
+ EquESTRELisandra, que interpretou a personagem Amanda na novela Salve Jorge,
conta que sempre gostou de cavalos, mas que ficou mais próxima desses ani-
mais após o início do namoro com o empresário e criador Gustavo Fernandes.
Recentemente, a atriz também foi protagonista de um clipe com tema
equestre. “Gravei há poucos meses o clipe do cantor sertanejo Paulinho Reis.
A música do vídeo trata da história de um peão que se apaixona pela proprie-
tária da fazenda e, por isso, gravamos com cavalos. Foi uma experiência muito
bacana e o clipe vem obtendo uma repercussão super positiva. Estive junto
com Paulinho no programa da Ana Maria Braga para comentar mais sobre as
filmagens. Por este maior envolvimento com a vida equestre, comecei a admirar
os cavalos cada vez mais”, finaliza.
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vEstido: bobô,joias: MoMussk.------------------------------------------------Cavalo: ContiCa,raÇa: holstEinEr,propriEtária: luCiana CaMargo E franÇoisE CôtE.
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atriz: lisandra souto- Foto: raphaEl MaCEk – Direção: ManuEla MEriCo – stylist: arno júnior - Beauty artist: riCardo daigo E MarilEna hEMiCo sakata - agraDecimento: paulo MontEiro, luCiana CaMargo, andré olivEira CaMpos frEirE, tatianE zEitunlian, gustavo frEitas, josias dE souza.
vEstido: iódiCE, blazEr: bobô,brinCo: sWarovski.-------------------------------------- Cavalo: ContiCa,raÇa: holstEinEr,propriEtária: luCiana CaMargo E franÇoisE CôtE.
3434 | Mundo EquEstrE - luxo
s a i b a m a i s
História da ferradura
A primeira citação na história sobre a existência de
ferradores aparece na Bíblia, em Genesis 4, versículo 22
(Gn 4, 22), onde cita Tubalcaim. Porém, há indícios de
que os egípcios foram os primeiros a prender um apara-
to de esteiras de capim e corda nos cascos dos cavalos,
utilizando assim as primeiras proteções rudimentares dos
cascos, que datam 3000 a.C. Depois disso, um equipa-
mento chamado de “sandálias hípicas” foi usado duran-
te as guerras no Império Romano, para evitar o desgaste
dos cascos dos cavalos antes de chegar ao local das ba-
talhas. A partir daí, as ferraduras foram se aperfeiçoando
até chegar aos modelos leves e funcionais que encon-
tramos hoje. Com esse invento, o ser humano passou a
ser responsável por zelar o bem-estar dessa estrutura tão
importante da anatomia equina, que antes era natural-
mente gasta pela abrasão do solo.
Responsabilidade
O casco tem uma natureza autorregulável: seu equi-
líbrio é feito naturalmente com o desgaste. À medida
que o casco cresce, a extremidade que fica em contato
com o solo se desidrata. “Isso quer dizer que o casco
do cavalo se desgasta de acordo com a sua conforma-
ção para obter o máximo de seu equilíbrio. A fim de
poupá-los desse desgaste, o homem começou a inserir
metal sob os cascos dos cavalos, sendo então o único
responsável por sua manutenção”, explica o médico ve-
terinário especializado em podiatria Marcelo Miranda.
Percepção do ambiente
Os cascos são o equivalente, no corpo humano,
à primeira falange do dedo, onde ficam as unhas.
Mesmo assim, essa área é responsável por diver-
sas funções no organismo de um equino: defesa,
sensibilidade, equilíbrio, locomoção e absorção de
impacto.
Através do casco, o cavalo estabelece parte de
sua relação com o meio ambiente. Isso acontece
porque na sola existem receptores nervosos que
são responsáveis, principalmente, pela noção de
equilíbrio e pela percepção do meio para os cava-
los. Um exemplo da utilização desses receptores é
no momento em que o cavalo está aprendendo a
saltar um rio – obstáculo com água no hipismo.
Normalmente, o animal vai perceber o solo com os
cascos nas primeiras vezes, para sentir o que há
por baixo da água, qual a profundidade e se é se-
guro avançar. Ao contrário do que muitos pensam,
a percepção do ambiente pelos cavalos está, tam-
bém, intimamente relacionada com os cascos, além
de, é claro, com os demais sentidos.
O casco é uma das partes mais importantes do cavalo. Afinal, além de servir como suporte, sustentação e equilíbrio do ani-mal, ainda recebe todo o impacto dos movimentos – principal-
mente dos saltos.
o fascinante mundo
dos cascos
Texto: Mundo Equestre Luxo - Colaboração: M. Veterinário Marcelo Miranda.
35Mundo EquEstrE | 35Mundo EquEstrE - luxo |
Impacto mínimo
A percepção, porém, não é a característica mais no-
tável em um casco equino, e sim sua capacidade de ab-
sorver grande impacto sem causar danos ao animal. Se-
gundo o médico veterinário podiatra Marcelo Miranda,
um cavalo de 600 quilos que faz uma prova de hipismo
a uma velocidade de 360 metros por minuto, saltando a
1,50m, recebe no primeiro casco a tocar o solo um im-
pacto equivalente a impressionantes 19 toneladas. Isso
em uma área restrita do corpo: o casco tem apenas de
18 a 20 cm2 de área.
Resistir a um impacto tão grande só é possível graças
a um sofisticado sistema de amortecimento dos cavalos.
Toda vez que o cavalo move o casco no ar, a inércia faz com
que o máximo de sangue vá para esse membro. Quando o
cavalo recebe o peso, esse sangue é expulso quase com-
pletamente do casco, funcionando com um princípio se-
melhante ao de um amortecedor hidráulico de automóveis.
Esse sistema tem como objetivo amortecer a força
do impacto – força essa que, se não dissipada pelo siste-
ma anticoncussivo do casco, pode causar várias doenças,
como a artrite. O sistema anticoncussivo é a junção de
várias estruturas presentes no casco, desde a sola até
a ranilha, passando pelas paredes, o talão e o sistema
vascular, entre outras.
Crescimento
Os cascos estão em crescimento contínuo, e, por isso,
devem ser sempre bem cuidados para garantir que todas
essas importantes funções estejam agindo adequadamen-
te. Em um potro recém-nascido, o casco tem crescimento
de 15 milímetros por mês. Já o de um animal adulto cresce
cerca de 8mm nesse período. Essa taxa pode variar de acor-
do com a dieta alimentar, clima e umidade da região.
Somando todas essas características, o casco pode ser
considerado uma parte essencial para a saúde e desempe-
nho de um cavalo e, como tal, não pode ser negligenciado.
Afinal, o casco tem a função de transformar todo o poten-
cial genético e muscular do cavalo em beleza, equilíbrio,
performance e elegância. Sua atenção e zelo pelos cascos
do seu cavalo tornarão a vida do animal mais saudável,
confortável e vitoriosa.
s a i b a m a i s m o n z o n
3636 | Mundo EquEstrE - luxo
s a i b a m a i s m o n z o n
Quando chega o final do ano, depois de even-
tos maravilhosos, como foi o “Porto Alegre - The
Best Jump”, a final do “Oi Brasil Horse Show” e o
“Indoor - Sociedade Hípica Paulista”, entre tantos
outros, fica uma enorme vontade de saber como
os cavaleiros fazem para manter seus cavalos em
forma, sem que eles percam a desejável vontade
de saltar. Para o cavalo, saltar é uma boa ou má
experiência dependendo da forma como é prepa-
rado e utilizado, antes e depois das competições.
O cavalo, assim como nós, sofre com rotina e re-
petição. O que deve conter motivação e novidade
pode facilmente ser lembrado apenas pela fadiga
muscular e pela dor. As competições seguidas, com
a busca incessante dos limites e da vitória, tornam
os cavalos arredios e desinteressados, parceiros
instáveis e imprevisíveis.
Após uma competição é comum ver cavalos,
ainda molhados da merecida ducha, serem embar-
cados em caminhões que vão mantê-los restringi-
dos de seus movimentos por horas, muitas vezes
por centenas de quilômetros. O que motiva esta
pretensa falta total de entendimento da fisiologia
animal é o compreensível desejo de tratadores e
motoristas de caminhão de voltarem para suas re-
sidências, ou de seus compromissos já no final de
semana seguinte. Os melhores sempre evitam agir
desta forma, programam para que o cavalo durma
no local da competição e, depois de uma boa ca-
minhada ou trabalho leve desintoxicante, tenham
uma volta com paradas e descanso.
Os modernos preparadores físicos do futebol,
que envolve grandes investimentos em pesquisas
multidisciplinares, não dão mais a folga aos jo-
gadores no dia seguinte ao de grandes jogos. Ao
contrário, programam sessões de musculação, ae-
róbica, natação e massagens. Após as primeiras 24
horas o repouso é até indicado, mas com atletas já
livres de todo o ácido lático e toxinas impregnadas
nos músculos. A volta aos treinos é gradual e con-
trolada. Para grandes competidores este controle
não pode ser empírico, baseado apenas na sensibi-
lidade, devem cercar-se de bons profissionais, que
já existem, e valer-se de exames laboratoriais peri-
ódicos e de controle rígido da alimentação.
Uma boa forma de manter o seu cavalo atleta
feliz e cooperativo é variar o trabalho. Quebrar a
rotina e sempre “perguntá-lo” se hoje é dia de sal-
tar, flexionar ou simplesmente caminhar e alongar.
Imagine que se você fosse treinar “o melhor amigo
do homem”, supostamente o cachorro, e dar-lhe a
mesma rotina de trabalho que 90% dos cavalos re-
cebem, ou seja: deixá-lo preso em um box que, em
seu lado maior, não passa de uma vez e meia seu
cumprimento, por 23 horas ao dia e retirá-lo apenas
por 1 hora para exercícios extenuantes e repetitivos,
você terá, em pouco tempo, uma fera incontrolável!
O cavalo, em geral, aceita, mas perderá seu bri-
lho e não retribuirá com seu empenho nas horas
decisivas. Ao final da temporada, vencerá o que es-
tiver mais bem preparado e este nem sempre será o
que treinou mais... Não neste caso!
final da temporada
37Mundo EquEstrE | 37Mundo EquEstrE - luxo |
O encantador de cavalos Monty Roberts desenvolveu uma linguagem com a qual consegue se comunicar com os cavalos
através de gestos e expressões corporais. Aprenda como utili-zar essa técnica para entender melhor seu cavalo.
Depois de muito estudo e observação, Monty Roberts
chegou a um conjunto de gestos que os cavalos compreen-
dem naturalmente. Porém, a linguagem Equus ainda gera
muitas dúvidas. Confira o que o treinador norte-americano
responde a algumas delas.
eu sempre me perguntei sobre a linguagem dos
animais. soube que há uma linguagem específica
para os cavalos, mas não consegui traduzi-la sem
ajuda. Há mais gestos além dos que você já usa?
Foi um longo processo para eu ficar satisfeito com os
gestos, que são verdadeiros e demonstráveis. Ainda não
estou totalmente satisfeito, já que não tenho mais gestos
de identificação para acrescentar aos que já estão incluídos
nos meus livros até hoje.
Eu te congratulo por continuar investigando o poten-
cial para identificar mais gestos e seus significados. Espero
que, um dia, eu possa ver o seu trabalho e ler sobre suas
descobertas. Por favor, continue a explorar. É divertido, e
quem sabe o que você poderá descobrir?
Não seria certo deixar você acreditar que a linguagem
Equus já foi inteiramente identificada. Estou certo de que o
futuro aguarda muitas descobertas nessa área. Eu acredito
que o que sabemos agora é bem menos do que está espe-
rando para ser descoberto.
como você sabe o que significam os gestos que
você identificou?
Essa é uma pergunta legítima, e acredito que você fi-
cará surpreso com a resposta. As definições que eu ofere-
ço são traduções e interpretações, e eu considero Equus
minha segunda língua. As minhas traduções são absoluta-
mente corretas? Não faço ideia!
Eu sei que cheguei às minhas conclusões depois de
quase oito anos de trabalho, inicialmente com mustan-
gues, somados aos meus quase 55 anos de experiência.
Minha interpretação dos gestos dos cavalos é baseada na
tentativa e erro, porque eu não conheço nenhum outro
meio de decifrar o significado.
Sou constantemente alertado por pessoas de boas in-
tenções, que eles têm interpretações um pouco diferentes
para alguns gestos. Eu mantenho a cabeça aberta e inves-
monty
responde
m o n t y r o b e r t s
3838 | Mundo EquEstrE - luxo
39
m o n t y r o b e r t s
Foto: Raphael Macek
39Mundo EquEstrE | 39Mundo EquEstrE - luxo |
tigo essas possibilidades com os próprios cavalos. As inter-
pretações que eu tenho escrito são baseadas nas minhas
melhores tentativas. Elas vão ficar em seu lugar até que
alguém me mostre uma tradução mais lógica de um gesto
em particular. Lembre-se do que eu frequentemente digo:
“Eu não quero que algum aluno fique tão bom quanto eu,
eu quero que todos os alunos fiquem muito melhores”.
Com isso em mente, eu encorajo a investigação contínua
de o que os cavalos querem dizer com seus gestos.
Existem três universidades europeias que atualmente
estudam meu trabalho. Elas querem qualificar minhas des-
cobertas através de testes desenvolvidos com especialistas
acadêmicos muito mais avançados do que eu. Isso não me
incomoda por muitas razões. Eu quero que os cavalos se-
jam compreendidos, então eu quero a verdade, e eu te-
nho confiança – uma confiança baseada em décadas de
bons relacionamentos que me ajudaram a entender a men-
te equina – que minhas descobertas vão ser qualificadas
como, no mínimo, muito próximas da realidade.
Eu escrevi antes que minhas descobertas iniciais, no fi-
nal dos anos 1940 e início dos anos 1950, sobreviveram
ao teste do tempo. Refinar a minha compreensão dos mo-
vimentos dos olhos levou muito mais tempo do que essas
descobertas iniciais. A descoberta chave foi, na verdade,
feita enquanto eu trabalhava com veados. Eu conto a his-
tória de uma velha corça que ficou impressionada com um
movimento de olho que eu fiz. Veados, você deve saber,
têm um mecanismo de fuga cerca de cem vezes mais sen-
sível do que o dos cavalos. Isso faz deles professores muito
severos, que cobram um grande preço por um erro. Grand-
ma, a velha corça que se tornou minha professora, passou
meses me ensinando que mover os olhos de um ponto para
outro era um grande erro ao lidar com animais. Arrastar o
olho em uma transição suave vai permitir uma comunica-
ção muito mais efetiva no mundo animal. Eu testei o que
Grandma me ensinou com os cavalos com os quais eu tra-
balhava e percebi que essas descobertas eram válidas. Isso
foi no fim dos anos 1970 e começo dos 1980.
Eu constantemente procuro oportunidades de apren-
der mais sobre a linguagem Equus, e encorajo você a fazer
o mesmo. Fazendo grandes descobertas ou não, você vai
se divertir no processo, e também melhorar seu relaciona-
mento com cavalos.
eu sempre falo com minha égua e peço coman-
dos verbalmente. ela sempre faz o que eu peço.
você sugere que eu continue com isso ou que
eu volte ao método normal e tradicional de
treinamento?
Cavalos treinados por comandos de voz são bem-sucedi-
dos em desenvolver um pequeno vocabulário. Na minha opi-
nião, eles nunca sabem o que as palavras realmente significam,
habituando suas respostas só depois de ordens repetidas.
Vamos dizer que você é da Hungria. Você falaria hún-
garo com seus cavalos, o que significaria que eu precisa-
ria aprender a língua se quiser que os cavalos respondam
aos meus comandos. Porém, se você aprendesse a lingua-
gem Equus, poderia se comunicar com qualquer cavalo no
mundo, independente de qual país ele nasceu. Equus é a
linguagem natural do cavalo, vinda de séculos de sobrevi-
vência desse animal aos predadores.
Eu não sugiro que você pare com os comandos ver-
bais. Eu digo ‘whoa’ para meu cavalo quando quero que
ele pare, e faço um som de clique quando quero que ele vá.
Esses sons são muito similares aos que você está usando, e
eu não acho que você esteja errado. Porém, eu recomendo
que você associe isso a movimentos das pernas e rédeas
enquanto estiver treinando o cavalo.
m o n t y r o b e r t s
4040 | Mundo EquEstrE - luxo
m o n t y r o b e r t s
d e s t i n o s p r e m i u m
4242 | Mundo EquEstrE - luxo
Foto: Raphael Macek
Sede da ú l t ima etapa de um dos maiores
c i rcu i tos h íp icos do mundo, o Globa l Cham-
pions Tour, que será rea l i zada no d ia 21 de
novembro, Doha é uma ót ima opção de v iagem
exót ica e envolvente. Lá , é poss íve l confer i r de
perto a cu l tura i s lâmica, arqu i tetura des lum-
brante e grandes eventos esport ivos – a lém da
etapa do GCT, a cap i ta l do Qatar sed iará a
Copa do Mundo F IFA em 2022.
In ic ia lmente uma reg ião pacata , cu ja eco-
nomia g i rava ao redor da pescar ia , c r iação de
ost ras e camelos , o Qatar fo i impuls ionado
com a descoberta de petró leo em sua ba ía ,
nos anos 1940. Essa descoberta enr iqueceu de
forma notáve l o pa ís e , atua lmente, o Qatar
mantém o t í tu lo de maior P IB per cap i ta do
mundo.
O pa ís passa por grandes t ransformações
est rutura i s a f im de se tornar um polo edu-
cac iona l , tecnológ ico e cu l tura l dos Emirados
Árabes Unidos , a exemplo da v iz inha Dubai ,
um dos dest inos tur í s t i cos mais v i sados do
mundo.
Al ShaqabMuito antes de o Qatar enr iquecer com a
ext ração de petró leo e gás natura l , o pa ís já
era conhec ido por seus premiados cava los ára-
bes . A equi tação sempre fo i um grande inte-
resse da população loca l e da monarquia : o
haras que sed ia a ú l t ima etapa do GCT é de
propr iedade de Emir She ikh Hamad b in Kha-
l i fa A l Thani , o monarca regente do pa ís . Sua
pa ixão por cava los árabes o insp i rou a cr ia r e ,
anos depois , expandi r o Al Shaqab, complexo
equest re de Doha. Hoje , o haras conta, a lém
da cr iação de cava los , com uma academia de
equi tação, c lube equest re , arenas de padrão
internac iona l e a const rução do que será o
maior e mais avançado hosp i ta l veter inár io do
Or iente Médio.
Souq Waqif Cons iderado um dos pr inc ipa is dest inos tu-
r í s t i cos de Doha, este loca l é parada obr igató-
r ia para todos que querem v ivenc iar um pouco
mais do esp í r i to árabe da c idade. O mercado
de Souq Waqi f é um loca l t rad ic iona l desde os
beduínos . Suas rue las e ga ler ias estavam em
ru ínas e , em cerca de uma década, o merca-
do fo i tota lmente restaurado. E le é conhec ido
pe la venda de roupas t rad ic iona is , espec iar ias ,
ar tesanato e lembranças . É este também o lar
de dezenas de restaurantes que servem pratos
de todo o mundo. No Souq Waqi f também são
rea l i zadas expos ições de ar te e shows.
Museu da ar te i s lâmica (MIA)
Maior marco da c idade, o préd io fo i pro je-
tado pe lo renomado arqui teto s ino-amer icano
I .M. Pe i , o mesmo que rea l i zou as p i râmides
do Museu do Louvre , em Par i s . O museu é des-
lumbrante: desenhado com l inhas retas , é ro-
deado por uma p isc ina de águas verdes . Por
dentro, escadar ias e passare las t i ram o fô lego
dos v i s i tantes .
Lá , é poss íve l ver o maior acervo de cu l tura
muçulmana do mundo. Desde ca l igraf ias e i lu-
minuras até escu l turas e tapetes , a expos ição
Localizada às margens do Golfo Pérsico, na costa leste dos Emirados, conheça Doha, capital do Qatar – uma cidade que
está a caminho de se tornar, junto com Dubai, o maior polo de luxo e turismo do Oriente Médio.
exótico e
deslumbrante
43Mundo EquEstrE - luxo |
Foto: Raphael Macek
reúne peças que datam desde o sécu lo 7 d.C. e
contam a h is tór ia dessa re l ig ião at ravés de obras
de ar te mi lenares .
Vilaggio MallVi laggio Mal l é um dos shoppings mais luxuo-
sos do mundo. Sua arqui tetura fo i toda insp i rada
na I tá l ia e seus pontos tur í s t i cos : um exemplo é
a rép l i ca dos cana is de Veneza, que fo i minuc io-
samente pro jetada ao ar l i v re . Dando a sensação
de se estar na Veneza or ig ina l , é poss íve l fazer
um passe io de gôndola e aprec iar a perfe ição
da arqui tetura do shopping. Para aprove i tar as
compras , as marcas d i sponíve i s são: D ior, Bu lga-
r i , Cart ie r, Fendi , Lou is Vui t ton e T i ffany & Co,
entre mui tas outras .
Comida típicaApesar de sua cu l tura mi lenar, os Emirados
Árabes não possuem uma t rad ição cu l inár ia , ten-
do em v i s ta os costumes do povo que lhes deu
or igem. Os beduínos v iv iam no deserto e por
i s so a l imentavam-se do que estava d i sponíve l
no momento: essenc ia lmente tâmaras , an imais
se lvagens e pe ixes . O modo a l imentar de seus
antepassados não gerou um prato t íp ico aos Emi-
rados, entretanto e les têm muita inf luênc ia da
gast ronomia de pa íses v iz inhos, como o L íbano
e o I rã .
Hoje , dev ido a grande presença de est rangei -
ros em c idades como Dubai e Abu Dhabi e ao
r iqu íss imo mercado de importação é poss íve l en-
contrar na cu l inár ia loca l uma enorme inf luênc ia
de todas as coz inhas do mundo, como a ind iana,
a europe ia , etc .
Para os bras i le i ros uma boa opção é aprec iar
pratos baseados na cu l inár ia ind iana, com arroz
p icante, f rango, corde i ro e legumes.
Legendas (página ao lado)01. Vista da cidade de Doha.
02 - 06. Museu da arte is lâmica.
03. Arquitetura t ípica do Qatar antes de sua mo-
dernização.
04 - 05. Mercado Souq Waqif.
Com modernos prédios e altos investimentos em infra-estrutura, Doha vem se transformando em uma imponente cidade e atrai a cada ano um número maior de turistas.
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Foto: Raphael Macekd e s t i n o s p r e m i u m
4848 | Mundo EquEstrE - luxo
verdadeiro aprendizado
Na minha opinião, as escolas de equitação e os
professores de cavaleiros e amazonas iniciantes deve-
riam dedicar boa parte das aulas ao tema do “Horse-
manship”.
Horsemanship é o relacionamento, a interação do
homem e seu cavalo. É fundamental que o iniciante
aprenda, desde o primeiro contato com o cavalo, que
este é um esporte coletivo, sim; um esporte de duplas,
um time formado por cavalo+cavaleiro e que a quali-
dade da relação entre eles é muito importante para o
resultado final.
Aprender a correta técnica esportiva, isto é, como
trotar elevado, galopar, etc., é imprescindível, mas
aprender que o cavalo é um ser vivo, que pensa, tem
reações, reage a pressões e a instintos de sobrevivên-
cia é tão importante quanto.
A sensibilidade do cavaleiro deve ser despertada e
desenvolvida no sentido de torná-lo um líder confiável
e respeitado pelo seu cavalo. O cavaleiro ou a amazo-
na deve perceber que é o líder, portanto, é responsável
pelos resultados da equipe, e que este trabalho come-
ça muito antes de subir na sela e termina bem após o
término do trabalho na pista.
O bem-estar físico e psicológico do cavalo é de
total responsabilidade do seu cavaleiro. Para tanto,
temos que entender as necessidades e o comporta-
mento natural do cavalo. Sou terminantemente contra
tratar animais como pessoas, ou mesmo como “pets”.
Vejo imensos absurdos, não é este o caminho. É pre-
ciso respeitar a natureza do cavalo e colocar-se como
um líder confiável e equilibrado. Esse líder deve saber
o que acontece na vida do seu cavalo 24 horas por
dia, tem que saber o que seu cavalo come, quanto
come, a que horas come. Deve saber como ele tem
que ser limpo e escovado, deve manter e supervisionar
as condições das baias, deve saber encilhar, colocar
ligas e proteções. É natural que, no Brasil, tenhamos
a ajuda dos tratadores (aqui na Europa são poucos os
que têm esse luxo). É uma ajuda muito bem-vinda e
muito útil, mas a responsabilidade pelo bem-estar do
cavalo é total do seu cavaleiro.
Minha experiência de 40 anos com os cavalos de-
monstra que a relação que desenvolvemos com nossos
parceiros quando estamos no chão, isto é, nas baias,
num passeio puxado pelo cabresto ou na guia, é muito
útil para o fortalecimento do vínculo, da confiança
mútua e estabelecimento de hierarquia e liderança.
Já recebi clientes aqui na Europa, jovens cavaleiros
brasileiros, que os pais mandavam com a seguinte re-
comendação: “Não quero ver meu filho limpar cochei-
ras ou carregar selas, não é para isso que o mandei, mas
sim para melhorar sua equitação”. Tento explicar que
essas tarefas fazem parte da formação do bom cavalei-
ro, pois quem não sabe fazer, não sabe supervisionar,
mas nem sempre o pai esta disposto a ouvir. Essa se-
mente já deveria ter sido plantada lá no início, quando
o filho dele se iniciou no hipismo. Seria tudo mais fácil e
os resultados, certamente, muito melhores.
i va n c a m a r g o
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i n F o r m e
50 | Mundo EquEstrE - luxo
Conhecida por apresentar ótima qualidade técnica
somada a uma excelente recepção de atletas e especta-
dores, a Copa Sítio Chuin 2013 encantou mais uma vez
os seletos convidados, que puderam usufruir de dois dias
de fortes emoções dentro das pistas e de muitas comodi-
dades e atrações fora delas.
A Copa é a maior prova realizada numa hípica parti-
cular no Brasil e, em 2013, prestou homenagem ao Ja-
pão, utilizando em sua decoração objetos, ornamentos e
fantasias com referências nipônicas.
De acordo com a anfitriã do evento, a amazona Lívia
Neves, a Copa traz aos atletas iniciantes uma excelente
oportunidade de aprendizagem. “Um dos aspectos que
considero importante deste concurso é a chance que ele
possibilita aos alunos da escolinha de poderem assistir de
perto cavaleiros de renome como César Almeida, Pedro
Paulo Lacerda, José Roberto Reynoso, entre outros. Isso
faz com que esses novos atletas possam expandir sua vi-
são do esporte e almejar sonhos maiores”, conclui Lívia.
Todas as provas foram realizadas na ampla pista de
grama do local que, além de seu belo aspecto, manteve
sua qualidade intacta ao longo das competições. O tra-
çado dos percursos ficou a cargo do experiente course-
designer internacional Hélio Pessoa, que proporcionou
aos atletas pistas bastante técnicas. Participando pela
primeira vez do evento, Hélio se mostrou muito satisfeito
por desenhar os percursos da competição. “Achei esta
Copa muito especial, realizada com muito bom gosto. A
organização deste evento é algo ímpar, e estou encan-
tado com a ótima recepção que o Sítio Chuin proporcio-
na tanto aos atletas quanto aos espectadores”, conclui
Hélio.
Outra presença marcante foi a do course-designer
Guilherme Nogueira, um dos profissionais cotados para
assinar os percursos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janei-
ro, em 2016. Guilherme, que tem a honra de ter a pista
principal batizada com seu nome, comenta sua parceria
de longa data com o Sítio Chuin: “Venho todos os anos
O Sítio Chuin sedia, a cada ano, um dos melhores eventos equestres do país. Fique por dentro das emoções, belezas e atrações que
abrilhantaram a nona edição da premiada Copa Sítio Chuin.
copa
sítio chuin
51Mundo EquEstrE - luxo |
para prestigiar o concurso e, para mim, esta competição
é especial. Do ponto de vista do esporte, acho muito
interessante as condições que as provas oferecem. Com
média de 40 inscritos e com provas fortes, as competi-
ções ocorrem de maneira agradável e, ao mesmo tempo,
garantem aos espectadores fortes emoções. É um evento
que acrescenta muito no calendário hípico nacional. Pou-
cos concursos no mundo oferecem condições tão boas
quanto as daqui, considerando pista, piso, decoração,
comissários. Tudo isso associado aos ótimos serviços e
facilidades para os atletas e convidados”.
Sexta-feiraNo primeiro dia de disputas, o grande destaque foi a
prova principal, com obstáculos a 1,45m de altura. Com
a participação de 35 conjuntos, a vitória ficou com o ca-
valeiro olímpico José Roberto Reynoso Fernandez Filho,
no dorso de Azrael W Sanol Dog Protécnica. O paulista foi
imbatível na prova ao cronômetro ao marcar o tempo de
61s58, sem penalidades. O experiente cavaleiro Fabio Sarti
com Querida II Z chegou muito perto, com dois milésimos
de diferença para o primeiro colocado, conquistando a se-
gunda posição, em 61s60 e percurso limpo.
Francisco José Mesquita Musa, com Ratina JV, ficou em
terceiro lugar, sem faltas, em 61s86, seguido por Luiz Felipe
Pimenta Alves, com VDL Valdez, em 66s72, também sem
faltas. Completando a cerimônia de premiação da prova,
na quinta e sexta colocações apareceram: Bruno Pessanha
com Codex JR e Saint-Clair Passarinho Neto com Zarfiel,
ambos com percurso limpo, nos tempos de 67s67 e 69s72,
respectivamente.
Mini Grande PrêmioNa ensolarada tarde de sábado, 45 conjuntos larga-
ram no Mini Grande Prêmio a 1,30m. Dezoito fizeram um
percurso limpo, levando a decisão para o desempate. Com
quase dois segundos de diferença para o segundo coloca-
do, o lugar mais alto do pódio coube a amazona Diana
Magalhães Mesquita Martins, no dorso de Galant de la
Land, que fez um percurso sem faltas, no incrível tempo
de 39s81.
A medalha de prata ficou com Thiago Rhavy de Sá e
Silva com Garda, no tempo de 41s76, sem faltas. O cava-
leiro Luiz Felipe Pimenta Alves, montando Stakato Z, ficou
na terceira colocação, após fechar o desempate em 43s36,
percurso limpo.
Em quarto lugar ficou o cavaleiro baiano Pedro Paulo
Lacerda com Gold Lock Cepel JL Sítio Chuin, em 44s68,
seguido pela amazona anfitriã Lívia Neves, com Quadrilhe
Cepel JL Sítio Chuin. A amazona Vitoria Rabello Nolli com
CHJR Smile completou o placar na sexta posição, em 42s07.
Grande PrêmioEncerrando a Copa JL Sítio Chuin 2013 em grande esti-
lo, 35 conjuntos largaram na primeira passagem do dispu-
tado Grande Prêmio, a 1,45m, no final da tarde de sábado.
i n F o r m e
52 | Mundo EquEstrE - luxo
Superando os demais 14 conjuntos que retornaram
para a volta decisiva do GP, o grande campeão foi um
dos conjuntos mais velozes do país: o paulista Rafael Ri-
beiro com Beef Passion Brucce Climber garantiu a vitória
sem faltas, em 45s36.
O medalhista olímpico José Roberto Reynoso Fernan-
dez Filho, com Azrael W Sanol Dog Protécnica, ficou na
segunda colocação, com pista limpa, em 46s16. O mineiro
Rodrigo Sarmento com Tendenz conquistou o terceiro lu-
gar, com uma falta no percurso de desempate, em 47s47.
Na quarta colocação, aparece novamente José Roberto
Reynoso, dessa vez montando Radiator JMen Sanol Dog
Protécnica, cometendo uma falta, no tempo de 47s86.
Em quinto lugar chegou José Cabral Araujo Neto com MC
Homer, pelas cores de Brasília, com uma falta, em 48s02.
Completando o pódio do Grande Prêmio, a amazona da
casa Lívia Neves, montando Estoril Cepel JL Sítio Chuin,
ficou na sexta posição, em 48s50 e uma falta.
Sítio Chuin 2014Localizado a 30 minutos da capital Salvador, o Sí-
tio Chuin é uma espécie de Oasis para os amantes
dos esportes equestres. A união de sua qualidade es-
trutural para a prática do esporte com o belíssimo
paisagismo torna esse Centro Equestre um dos mais
belos do país.
Durante a realização das provas, foi anunciada
a décima edição da Copa Sítio Chuin, a ser realiza-
da em 2014. O evento será uma segunda edição da
Copa Medieval, que contará com provas internacio-
nais prometendo ainda mais brilho para a elegante
competição. Alguns nomes como César Almeida, Ma-
rina Dal Agnol, Bartolomeu Bueno de Miranda Neto,
José Robeto Reynoso Ferandez Filho, entre outros,
foram anunciados em uma apresentação tipicamente
medieval, para dar um gostinho do que vem por aí no
próximo ano.
01. Pódio dos vencedores do Grande Prêmio. Os ca-valeiros Rafael Ribeiro, José Roberto Reynoso e Rodrigo Sarmento formaram o cobiçado pódio.
02. Salto da amazona e anfitriã do evento, Lívia Ne-ves, que demonstrou seu talento dentro das pistas.
54 | Mundo EquEstrE - luxo
vencedores master
Após as finais por equipes no sábado (26/10), foram
definidos os campeões individuais nas quatro catego-
rias, no domingo. A armação de pista contou com a
experiência de Vailton Jaci Cordeiro. Confira a seguir
os resultados.
Master B (1,00m)A decisão da categoria reservou momentos de mui-
ta torcida e alto nível técnico. Quatro dos 26 partici-
pantes inscritos chegaram zerados à final e voltaram a
garantir pista limpa no desempate. Pelas cores da casa,
Tamis Gonçalves Lusti com o experiente Nizocat Santa-
maria registrou a excelente marca de 26s72, sem faltas,
e comemorou seu primeiro título estadual de Salto. A
prata e o bronze ficaram para duas amazonas do Clube
de Campo de São Paulo: Francisca Izabel Pereira da Silva
Teixeira com Opium Du Ry, em 28s95, e Estela Soares de
Camargo com Zaralanda VDM, em 29s45.
Master A (1,10m)Com 28 inscritos, apenas dois chegaram à final sem
faltas e levaram a decisão ao desempate. Com o me-
lhor tempo (37s56) e uma falta, Plínio Soares Junior,
representando a Sociedade Hípica de Campinas e atual
presidente da FPH, com sua montaria Coronado x Sir
Shostakov levou o título de campeão. Pela Sociedade
Hípica Paulista, o conjunto Jacy do Prado Barbosa Neto
e Mc Anna Bolena Lutz, com a marca de 41s32 e um
derrube, ficaram em segundo lugar. O bronze ficou com
José Ricardo Sant’Anna e sua montaria Chaparral JMen,
com uma falta durante o campeonato.
Master (1,20m)Dez conjuntos chegaram à prova final do Campe-
onato Paulista da categoria Master. Representando a
Associação Paulista de Medicina, o conjunto vencedor
foi Ricardo Nunes Eliezer e Rosalia JMen, com quatro
pontos perdidos. Luiz Felipe Verdi com Eva comemorou
o vice-campeonato pela Sociedade Hípica Paulista, com
9 pontos perdidos. Katia Lara Loeb, também represen-
tante da SHP, com Luis, ficou na terceira colocação, com
10 pontos perdidos.
Master Top (1,30m)Um único conjunto fechou a disputa sem ne-
nhuma penalidade e levou o título estadual: Claire
Bays, no dorso de E3I Kideo D Alleaume, represen-
tando a Estância 3 Irmãos. Com oito pontos per-
didos, o vice-campeonato ficou com Antonio Luiz
Blanco Junior com Cenarium, pela Sociedade Hípica
Paulista. Representando o Clube Hípico de Santo
Amaro, Alexandre Silva e Silva e WS Kandanora Z
conquistou o terceiro posto, com 16 pontos per-
didos.
O final de semana entre 25 e 27 de outubro, no Clube Hípico de Santo Amaro, definiu os campeões paulistas da categoria Master.
Fonte: Brasil Hipismo / Foto: Marcelo Azevedo
n ot í c i a
55Mundo EquEstrE |
Campeão olímpico se juntará a nomes como Neymar, Zico, Thiago Silva, Ro-
bert Scheidt, Maurren Maggi e Gabriel Medina.
O cavaleiro Rodrigo Pessoa é o mais novo atleta da IMX Talent, braço da IMX responsá-
vel por gerenciar a imagem e a carreira de grandes nomes do cenário esportivo nacional e
internacional. Com contrato assinado por dois anos, Rodrigo passa a fazer parte do portfólio
de campeões da empresa, juntando-se a nomes como Thiago Silva e Gabriel Medina.
Medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004, campeão mundial em 1998 e
tricampeão da Copa do Mundo, o cavaleiro é um dos principais representantes do Hipis-
mo brasileiro no cenário internacional. “Fico honrado de fazer parte desse time. Acredito
que essa parceria possa render muitos frutos”, destaca Rodrigo.
“A chegada de um nome de peso como o de Rodrigo Pessoa vem reforçar a estratégia
da IMX de apostar nos melhores esportistas de cada modalidade”, afirma Cecilia Yoshiza-
wa, vice-presidente de Gestão de Talentos da IMX.
No domingo, 27/10, foram definidos os três títulos in-
dividuais nas séries: Sênior, Sênior Top e Sênior Especial,
com armação de pista de Vailton Jaci Cordeiro, o Baíca.
Sênior (1,40m)A vitória ficou com a jovem amazona da casa Isabella
Salles, que recém retornou de uma temporada no exterior, e
sua experiente Princess Emily do Buona Fortuna, com apenas
uma falta perdida ao longo da competição.
Sagrou-se vice-campeã, com 10,99 pontos perdidos, a
sempre competitiva amazona da Sociedade Hípica Paulista,
Tais de Souza Arruda, atual campeã brasileira Amazonas Top,
apresentando Little Pretty Princess. Em
terceiro lugar, chegou o jovem top
brasiliense que defende Santo Amaro,
Kitaro Baldaia Bemfica com Challen-
ger JMen.
Sênior Top (1,50m)O ouro ficou com o jovem talento
santamarense André Oliveira Campos
Freire e sua montaria Constar, que co-
memorou o título totalizando 20 pontos perdidos no campe-
onato. A segunda colocação, com 21 pontos perdidos, ficou
com outro santamarense: Rafael Ramos da Silva, no dorso
de Levis Z. A medalha de bronze ficou com Paulo Henrique
Coelho, no dorso de Alandra, da Hípica Brasil, com 23 pon-
tos perdidos.
Sênior Especial (1,30m)Karina Goldmann Lemos Torres fez valer a sua experiência
e, montando Kauana Renzo Elmy, conquistou o título sem um
único ponto perdido pelas cores da casa. Outros quatro con-
juntos com apenas uma falta ao final da terceira prova foram
ao desempate pelo vice-campeonato.
Sempre competitiva, a amazona
baiana que defende o Clube Hípico
de Santo Amaro, Andrea Guzzo, com
Warlod fez pista limpa em 37s35 con-
quistando a medalha de prata. O ter-
ceiro lugar, novamente pelas cores da
casa, ficou com o experiente cavaleiro
Rowin von Reininghaus que apresen-
tou Cakilly VZ.
paulista de sênior
Rodrigo pessoa ingressa no time imx
Ocorrendo simultaneamente ao Paulista de Masters, o cam-peonato foi bastante disputado, no Clube Hípico de Santo Amaro.
55Mundo EquEstrE - luxo |
premiação de Isabela salles
Texto: MktMix / Foto: Raphael Macek
Fonte: Brasil Hipismo / Foto: Marcelo Azevedo
Fonte: Brasil Hipismo / Foto: Tupa Video
n ot í c i a s
56 | Mundo EquEstrE - luxo
indoor de curitiba
Reunindo ao todo 300 conjuntos em 4 dias de com-
petição, as disputas incluíram provas com alturas de 1m
a 1,40m e contaram com a participação dos principais
cavaleiros e amazonas do Brasil. O páreo mais disputado
do evento foi realizado na tarde de domingo (27/10) – o
Grande Prêmio, com obstáculos a 1,40m e uma premia-
ção superando a casa dos 40 mil reais.
Grande Prêmio:Com a participação de 30 atletas, incluindo grandes es-
trelas do esporte nacional, entre eles o cavaleiro olímpico José
Roberto Reynoso F. Filho, Vitor Alves Teixeira e Cesar Almeida,
apenas 8 conjuntos retornaram para o segundo percurso.
A pista, com dimensões estreitas e assinado pelo expe-
riente course-designer Hélio Pessoa, colocou à prova a técnica
e ousadia dos competidores em um trajeto bastante delicado.
Última concorrente a entrar em pista, Giovanna Sobania,
com seu tordilho Top Horse Atomo Clasi, realizou uma exce-
lente passagem, com o veloz tempo de 39s99, sem cometer
nenhum derrube, conquistando assim o lugar mais alto do
pódio. A amazona, que representa a Sociedade Hípica Parana-
ense, além do troféu de campeã e medalha de ouro, faturou
também a desejada soma de quinze mil reais.
A medalha de prata ficou com o conjunto Fernando
de Assis Costa e WFH Vald’isere que, também sem come-
ter faltas, fechou sua participação no segundo percurso
com o tempo de 45s69. O terceiro posto coube a jovem
Jessica Carvalho, atleta que representa o estado do Para-
ná. Montando o experiente VHL Nic das Cataratas, a atle-
ta de Londrina finalizou seu percurso no ótimo tempo de
44s13, somando 4 pontos.
Na quarta posição, o conjunto formado pelo cavaleiro
Felipe Juarez de Lima e Forest Phinox, cruzou a linha de
chegada no tempo de 44s45, contabilizando também 4
pontos por um derrube na segunda passagem.
Completaram o pódio o conjunto Rafael Lima e Quin-
din MN, pelas cores do Rio Grande do Sul e, na sexta posi-
ção, destaque para o cavaleiro curitibano Bernardo Zattar
e seu imponente garanhão Organnact Challenger JMen II.
Mini Grande Prêmio:Com obstáculos a 1,30m, o Mini GP foi a principal
prova do sábado (26/10) e contou com a participação de
exatos 62 conjuntos.
O vencedor da prova foi o cavaleiro curitibano, mas
que representa o estado de São Paulo, Felipe Juarez de
Lima, montando Corline JMen. Após boa performance
em seu primeiro percurso, o cavaleiro habilitou-se ao de-
sempate e cruzou a linha de chegada no ótimo tempo de
32s47, sagrando-se campeão.
O segundo lugar do Mini GP ficou com o experiente
cavaleiro José Roberto Reynoso Fernandez Filho, que re-
presentou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres, em
2012. José Roberto e seu veloz Shalimar de Ker-
glenn não cometeram faltas, cruzando a linha de
chegada no tempo de 32s90 – apenas 43 milésimos
atrás de Felipe Juarez e Corline JMen.
A medalha de bronze foi para o Estado de São
Paulo, conquistada por um veterano do esporte, o
experiente cavaleiro Vitor Alves Teixeira. Montando
Commandante, Vitor Alves encerrou sua participa-
ção no Mini GP no tempo de 34s15.
Texto e foto: Assessoria de Imprensa - SHPr
indoor paulista
O Concurso de Salto Internacional Indoor aconteceu
entre os dias 17 e 20 de outubro, na Sociedade Hípica Pau-
lista. Mais de 20 mil espectadores foram prestigiar o evento,
um dos maiores da capital paulista. Esse é um dos poucos
concursos no Brasil que acontecem inteiramente em pica-
deiro coberto, o que dá o nome ao evento. As 16 provas
reuniram excelentes atletas em percursos assinados pelo re-
nomado course-designer Guilherme Jorge, candidato para
desenhar as provas dos Jogos Olímpicos de 2016.
SExtA-fEIRA - A prova mais importante do segundo dia de
competição foi a Coelho de Fonseca, a 1,45m. Subiu ao posto
mais alto do pódio Mario Francisco Cia Junior que, com sua
montaria Botupharma Willen, foi o único dos sete conjuntos
que se habilitaram para o desempate a conseguir um duplo
zero, em 37s55.
O segundo lugar ficou com Francisco Musa e Xindoctro
Método, com uma falta em 37s00. Mateus Ferreira Gomes
Correa conquistou o bronze com Salto por Salto Centina, em
39s18 e com uma falta.
MINI GP - O Mini GP, com obstáculos de até 1,40m, acon-
teceu no sábado e contou com uma disputa mais que acir-
rada: dos 67 conjuntos participantes, 15 se habilitaram para
o desempate. Nove conjuntos voltaram a zerar e levanta-
ram a torcida no picadeiro da centenária entidade.
O grande vencedor foi o jovem de 19 anos Guilherme
Saraiva de Moraes Filho, no dorso de Carry 62. O conjunto
completou a prova em 31s70, sem faltas. Guilherme é o
atual campeão brasileiro da categoria Young Riders, e foi o
campeão do GP Oi 2013, no Rio.
A prata ficou com João Eduardo Ferreira de Carvalho e
sua montaria Ragtime Equiprime, em 32s43, também sem
faltas. Em terceiro lugar, Pedro Junqueira Muylaert, o Pepê,
com Ze Is Mooi VDL, em 32s43.
GRANDE PRêMIO - O GP Sociedade Hípica Paulista foi váli-
do como etapa seletiva da liga sul-americana para a Final da
Copa do Mundo, em Lyon, na França. A prova foi disputada
por 29 conjuntos, sendo que apenas três habilitaram-se para
o desempate. O percurso teve obstáculos a 1,50m, e 105
mil reais foram distribuídos entre os 12 melhores colocados.
Yuri Mansur Guerios protagonizou uma surpreendente
vitória dupla: obteve o ouro e a prata na competição. Sua
montaria na primeira colocação foi a égua de apenas oito
anos Deulyz, com quem completou o percurso de desem-
pate em 33s57 sem faltas. Mansur voltou às pistas com First
Devision, sofreu um derrube e terminou a prova em 35s49,
conquistando a segunda colocação.
O terceiro lugar ficou para o experiente cavaleiro Fran-
cisco José Mesquita Musa, que com Pia Lena JMen comple-
tou a segunda volta em 46s15, com 12 pontos perdidos.
Os conjuntos que completam da quarta à sexta coloca-
ção são: Doda Miranda com Sam Van Generheese, Mário
Cia Junior com Botupharma Willen e José Roberto R. Fer-
nandez Filho com Maestro St Louis Sanol Dog Protécnica.
“Estou muito satisfeito com o meu resultado. Não pode-
ria ser melhor. Há muito tempo a gente não via um concurso
como esse, com tanto público e atrações. Os organizadores
estão de parabéns!”, declarou o campeão Yuri Mansur.
O grande destaque do concurso, realizado no belo picadeiro coberto da Sociedade Hípica Paulista, foi o cavaleiro Yuri Mansur, que ocupou a
primeira e segunda colocação no disputado Grande Prêmio.
Foto: Luiz Carlos Ruas
57Mundo EquEstrE | 57Mundo EquEstrE - luxo |
585858585858
i n t e r n a c i o n a lFoto: Stefano Grasso/Longines Global Champions Tour
58 | Mundo EquEstrE - luxo
festival francês
equitalyon
© Equita 2013 - PSV J. Morel
59Mundo EquEstrE - luxo |
festival francês
equitalyonA 19ª edição do Equita’ Lyon aconteceu entre os dias
30 de outubro e 3 de novembro na cidade francesa de
Lyon. Neste ano, mais de dois mil cavalos estavam pre-
sentes nos cinco dias de competições, que reuniram 660
expositores.
O evento exibiu provas disputadas por 180 cavaleiros
de 25 países e distribuiu mais de 450 mil euros, sendo 200
mil somente para o Grande Prêmio de Salto, o Longines.
No total, foram usadas oito mil toneladas de areia e 82
toneladas de palha para preparar o torneio. Além disso,
dois mil passeios de pôneis introduziram as crianças ao
meio equestre. Confira abaixo, os resultados de algumas
das principais provas de Salto do evento.
Equita’ MastersNo penúltimo dia de provas, o destaque foi a Equi-
ta’ Masters: com obstáculos a 1,60m e disputada em dois
rounds, reuniu 20 competidores e ofereceu um prêmio de
100 mil euros, sendo 25 mil para o grande campeão. A
vitória ficou com o alemão Daniel Deusser e sua montaria
Evita van de Veldbalie, que fecharam o segundo percurso
no tempo de 42s43, sem faltas. O cavaleiro japonês Elken
Sato com Espyrante, também sem faltas, conquistou a se-
gunda colocação e levou 20 mil euros para casa. O alemão
Hans-Dieter Dreher com Colore, também fez um percurso
limpo, em 43s93, ficando na terceira posição. O brasileiro
Marlon Módolo Zanotelli e sua montaria Clintash fizeram
uma ótima prova e terminaram na quinta colocação, com
uma falta na segunda pista, em 43s87.
Prix SommerCom obstáculos de 1,45m a 1,50m de altura, a prova
Prix Sommer foi contra o relógio e abriu o último dia de
competições. No tempo de 61s79, a suíça Janika Sprun-
gers venceu a disputa para se redimir da derrota na prova
Prix Merial. No dia anterior, ela vencia com o melhor tem-
po quando derrubou a última barra. A amazona de 26
anos, junto do seu cavalo JL’s Komparse, superou Steve
Guerdat e sua montaria Sidney VIII, que fez pista limpa em
63s11 e garantiu a segunda colocação, e Bertram Allen,
da Irlanda, que com Moly Mallone V completou o percur-
so sem faltas em 63s24, ficando em terceiro.
Prix Hermès SellierDisputada em duas fases, esta prova com obstáculos a
1,40m foi aberta para cavalos de sete e oito anos. Bonjovi,
montaria do cavaleiro francês Jérôme Hurel, é bom o su-
ficiente para entender como se portar numa prova desse
nível. Dando um longo passo na abordagem, para ganhar
tempo, e fazendo um grande voo no último obstáculo, o
cavalo de sete anos fez uma execução perfeita. A dupla
venceu com um percurso limpo, no tempo de 25s68, se-
guidos por seu conterrâneo Simon Delestre com Ryan des
Hayettes, em 26s09, sem faltas, e pelo japonês Eiken Sato
com seu cavalo Q Royal Palm, em 26s29, também sem
penalidades.
Longines Grand PrixEncerrando o evento com chave de ouro, a vitória no
CSI5* Longines Grand Prix ficou para o holandês Maikel
van der Vleuten, que vem apresentando grandes conquistas
neste ano, já foram sete medalhas internacionais. Com sua
montaria VDL Groep Verdi, o cavaleiro subiu ao topo do
pódio, após completar o segundo percurso sem faltas, no
tempo de 37s27, e garantiu sua premiação de 50 mil euros.
O cavaleiro sueco Rolf-Göran Bengtsson, com Casall
Ask, conquistou a segunda colocação, com pista limpa em
38s04, levando para casa 40 mil euros. O espanhol Sergio
Alvarez Moya, no dorso de Carlo 273, ficou com a meda-
lha de bronze, após um percurso limpo, em 38s60.
Uma das maiores competições equestres na França, o Equita’ Lyon preparou um show de Salto, Western e Adestramento com
a participação dos melhores cavaleiros do mundo.
spectacle équestre
6060 | Mundo EquEstrE - luxo
i n t e r n a c i o n a l
O cavaleiro campeão olímpico Rodrigo Pessoa tam-
bém garantiu um ótimo resultado no GP. Com Citizen-
guard Cadjanine Z, o brasileiro fez o melhor tempo no de-
sempate (36s74), mas cometendo uma falta no penúltimo
obstáculo ficou com o sexto lugar no GP. “Estou contente,
pois estamos cada vez mais seguros do zero. A égua tem
um lance muito grande, o que a torna bem competitiva e
isso é bom para disputar provas”, contou Rodrigo.
AtraçõesAlém das competições de Salto e Adestramento, os
espectadores também foram envolvidos pelo “Cabaret
Équestre” - espécie de circo onde cavaleiros e amazonas
demonstram suas habilidades sobre cavalos. Para as crian-
ças, a Children’s Village foi montada para incentivá-las a
andarem de pônei em um ambiente seguro com instru-
tores. O espaço ofereceu brincadeiras de balões, pintura
facial e jogos.
Outro encontro importante foi a feira de cavalos. Cer-
ca de 50 animais de porte foram selecionados para serem
apresentados duas vezes por dia na Horses Sale Arena.
Nos três últimos dias do evento, vendedores e cavaleiros
amadores ou profissionais puderam se reunir para fechar
acordo sobre a compra.
01. Sobre o dorso do excepcional VDL Gouep
Verdi, o holandês Maikel Van Der Vleuten con-
quistou a medalha de ouro da principal prova do
Concurso, o Longines Grand Prix.
02. Janika Sprunger, que recentemente vendeu
sua principal montaria pelo valor de 11 milhões de
euros, obteve vitória montando JL’S Komparse.
Fotos: © Equita 2013 - PSV J. Morel
1.
2.
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