Especial
Natal
100 presentes para comprar
sem sair de casa!
REVISTA
Fora de palco com Margarida CarpinteiroPágina 34
MAISUm hotel da moda em Lisboa e a nova geração de estilistas que já desfila
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N.O 141 / ANO 2012 / TRIMESTRAL / €2,50
Arte nas cidadesCultura viva no Matadero Madrid e o grito criativo que quer sair da margem e fazer das cidades galeriasPáginas 16 & 28
de
4 revista unibanco
Administradora Executiva Isabel Ramos de Almeida
Diretor Luís Inácio
Arte e projeto gráfico Rui Guerra
Colaboradores Ana Rita Lúcio, Catarina Vilar, Helena Estevens,
Isabel Ribeiro, João Paulo Batalha, José Miguel Dentinho, Oriol Pugés e Pedro Guilherme Lopes (texto)
Alexandre Bordalo (Estúdio Impresa), Anabela Trindade, FG+SG - Fotografia de Arquitectura,
Filipe Pombo, Miguel Manso e agência Getty Images (fotos)
Dulce Paiva (revisão)Secretariado Teresa Pinto
Gestor de Produto Luís Miguel Correia
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Rua Calvet de Magalhães, 242, 2770-022 Paço de ArcosTel.:
Impressão Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas S.A.
PeriodicidadeTrimestral
(Edição n.º 141, outubro/dezembro 2012)Depósito Legal
14 237Registo no ICS
n.º 108 584Tiragem
80 000 exemplares
A Revista Unibanco é uma publicação da Divisão Customer Publishing da Impresa Publishing,
sob licença da Unicre, S. A.
REVISTA
EDITORIAL
Cultura natalíciaNem no Natal nos desviamos dos objetivos fundamentais da sua
revista. Porque a cultura e as artes estão nos genes da Revista
Unibanco, questionamo-nos, neste número, sobre o que é a arte
urbana, quem são os seus principais protagonistas – e já há nomes
portugueses mundialmente conhecidos –, como se iniciou este
movimento, o que representa e qual a mensagem que as suas
intervenções encerram. São artistas de um novo tempo, que, tal como
os estilistas mais desconhecidos do público – cujo trabalho também
lhe apresentamos nesta edição –, enfrentam, entre vários desafios, a
capacidade de inventar e de se reinventar ao sabor das modas.
Quem, ano após ano, continua a dar cartas na representação,
indiferentemente do que se ouve ou do que se fala, é Margarida
Carpinteiro, uma atriz com mais de 40 anos de carreira que se
mantém fiel aos seus princípios, numa entrevista onde revela um olhar
atento – e crítico – ao estado atual da sociedade.
Não só de teatro, mas também de outras demonstrações de cultura
– como a projeção de documentários e filmes, e exposições –, vive o
Matadero Madrid. Quando vimos as primeiras imagens, percebemos
que, mais cedo ou mais tarde, este projeto de reabilitação teria lugar
nas nossas páginas. Erigido num edifício de traça industrial de 1910,
o antigo matadouro municipal da cidade ganhou vida como polo
cultural de livre acesso e merece a visita não só pelo que lá se passa
como pela excelente forma como foi recuperado.
Em plena época natalícia é incontornável falar de presentes e do
frenesim das compras. Sem rodriguinhos, fomos diretamente ao
essencial, selecionando 102 produtos num Guia Unistore pensado para
responder aos desejos de toda a família. Com a grande vantagem de
poder pagar em prestações, sem juros, e, a pensar na sua comodidade,
com entrega gratuita em casa.
Neste momento de celebração, de harmonia e de confraternização
familiar, gostaríamos de lhe endereçar os votos de Boas Festas.
Unibanco. Um cartão sempre consigo.
A Equipa Unibanco
Estatuto editorial 1. A REVISTA UNIBANCO é uma revista trimestral de estilo de vida, dirigida aos clientes da Unicre com cartão de crédito Unibanco, que aborda temas diversificados através de um tratamento cuidado da imagem e do texto. 2. A REVISTA UNIBANCO, para além da responsabilidade de informar, pretende ser um instrumento de cultura e entretenimento, promovendo a qualidade de vida dos seus leitores. 3. No que respeita à matéria editorial, a REVISTA UNIBANCO rege-se pelo escrupuloso cumprimento das normas éticas e deontológicas que regulamentam o jornalismo.
revista unibanco 5
REVISTA UNIBANCO N.O 141
( AS FIXAS ) ( AS ITINERANTES )
75 GUIA DE COMPRAS
UNISTORE
Uma seleção
de produtos que pode
pagar com o seu
Cartão Unibanco
(com condições exclusivas)
06BRIEFINGNotícias que importam
12PESSOALNuno Cardoso Santos:
à conquista do universo
21PLAYTantos produtos com style
40OUVIR, VER, LER, EM AGENDAPara passar os dias dentro
e fora de casa
52NAVEGAÇÃOToscana e os destinos
Unibanco Viagens
67 GOURMETPanorama sobre Lisboa
71 RETROCinquenta anos a acelerar
16ARQUITETURAMadrid me mata! Um Matadero que vive para a cultura
28NA CAPA Fachadas nuas reinventam-se e criam novos atrativos
na cidade. E há cada vez mais um circuito internacional
de que Portugal faz parte. A arte saiu à rua
34CONVERSAMargarida Carpinteiro, a atriz que construiu
o seu próprio palco
44CULTURA URBANASe passa a vida a correr para o trabalho, traga os ténis
e venha daí conhecer uma modalidade muito mais
interessante
46MODAOs estilistas que começam a dar cartas no exigente
mundo das passerelles
COLEÇÃO NATAL 2012
PARA VIVER A ÉPOCA COM UM SORRISO NO SAPATINHO
OS MELHORES PRODUTOS SELECIONADOS PELA REDAÇÃO DA REVISTA UNIBANCO
FASHION PERFUMES RELÓGIOS OURIVESARIA VIAGEM CRIANÇAS LED TECNOLOGIA FOTO E VÍDEO
INFORMÁTICA ACESSÓRIOS TELEMÓVEIS SMARTPHONES PORTÁTEIS LED TV CASA PORCELANA APARELHOS
CADEIRAS E BANCOS IDEIAS BAGAGEM SAÚDE COZINHA VINHOS
CONTEÚDO
6446
34
52
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FOTO DE CAPA MATADERO MADRID (FG+SG - FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA)
6 revista unibanco
PLAYCALENDÁRIO PIRELLI VESTE-SE EM 2013
São belas, famosas e todas dão a cara
por uma causa. É este o denominador
comum das protagonistas do Calendário
Pirelli 2013. As modelos Adriana
Lima, colaboradora do Global Iniciative
Program para o Haiti, Isabeli Fontana,
da Save The Children, Petra Nemcova,
criadora de um fundo para crianças
sobreviventes de desastres naturais, e a
cantora Marisa Monte, ativista da luta
contra o HIV/SIDA, são alguns dos
“meses” do famoso calendário, que no
próximo ano pretende uma perspetiva
mais interior da beleza. A lista
prossegue com outras mulheres, todas
envolvidas em projetos humanitários.
ARQUITETURAHERMÈS PARA AS PAREDES
O arquiteto japonês Shigeru Ban
criou para a Hermès o Module H,
um sistema modular de elementos
arquitetónicos. Disponível em
várias cores e materiais, o conceito
foi beber inspiração a projetos de
revestimento desenvolvidos pela
Hermès nos anos 20 e 30 e a que
ainda hoje a marca responde através
do departamento de encomendas
especiais. Ban também projetou a
própria estrutura que suporta os
elementos – uma grelha em alumínio
que forma uma série de “agás”
onde os módulos são fixados, uma
invenção já patenteada pela Hermès.
MÚSICAAMOR ELECTRO PREMIADA
A banda Amor Electro foi premiada
nos European Border Breakers Awards
2013. O prémio visa incentivar o
talento de artistas europeus em início
de carreira, distinguindo novos
talentos da música pop europeia que,
entre 1 de agosto de 2011 e 31 de julho
de 2012, tenham lançado um álbum
de estreia a nível internacional.
O galardão vai ser entregue numa
cerimónia agendada para o próximo
dia 9 de janeiro, na Holanda. Lançado
em 2011, o álbum Cai o Carmo e a
Trindade (Disco de Ouro em agosto)
conta já com vários prémios no
currículo, incluindo dois Globos de
Ouro atribuídos nas categorias de
Melhor Grupo e de Melhor Música pelo
single A Máquina.
BRIEFINGPORMENORES COM IMPORTÂNCIA
revista unibanco 7
PLAYSNEAKERS IRREVERENTES
Talvez muitos não saibam que a marca
brasileira Havaianas, para além dos
chinelos, também tem calçado fechado,
como alpargatas, galochas e sneakers. A
Soul Collection, lançada originalmente
em 2010, é uma linha original, divertida
e, sobretudo, confortável para usar
no verão ou no inverno. No que aos
sneakers diz respeito, a identidade da
marca não foi esquecida: as solas das
sandálias são as próprias palmilhas dos
sneakers, aliando o conforto à sensação
de caminhar sobre alpargatas.
MODAQUEM SAI AOS SEUS…
Depois de desfilar e fotografar para
nomes como Calvin Klein, Chanel,
Ferré, Givenchy ou Lagerfeld, a modelo
e atriz Dree Hemingway – bisneta do
famoso escritor e jornalista norte-
-americano Ernest Hemingway –
empresta novamente a sua imagem ao
lançamento de Lady Million, de Paco
Rabanne, agora na variante eau de
toilette. Vibrante e sensual, Dree, que
este ano entrou em Starlet e Nous York,
é a escolha perfeita para protagonizar
o anúncio televisivo, com o qual se
identifica totalmente.
LERGRANTA EM PORTUGUÊSA revista literária britânica Granta vai
contar com uma edição em português
já no próximo ano. Com periodicidade
semestral, vai ser dirigida por Carlos Vaz
Marques e publicada pela editora
Tinta-da-China. Os dois números do
ano serão lançados em maio e dezembro
e, para além dos textos que virão dos
arquivos da edição britânica, contará,
na mesma proporção, com textos de
autores portugueses subordinados
a um tema específico.
A REVISTAESPECIALIZADA NORTE--AMERICANA WINEENTHUSIAST INCLUIU10 VINHOS PORTUGUESESNA SUA LISTA ANUALTOP 100 BEST BUYS 2012. O PRIMEIRO DA LISTAÉ NACIONAL EPRODUZIDO NO DOUROPOR JOSÉ NEIVACORREIA: TRATA-SE DOVEGA DOURO 2009 TINTO,DA D. F. J. VINHOS.
PLAYABSOLUTAMENTE
A tempo do Natal, chega a Portugal
J’Adore L’Absolu, de Dior. François
Demachy e Jean-Michel Othoniel
reinterpretaram o clássico J’Adore,
propondo um aroma sofisticado, obtido
a partir do absoluto de rosa damascena
da Turquia, jasmim sambac e tuberosa
da Índia. O resultado é fantástico. E
para acompanhar a nova fragrância
está disponível em alguns mercados
um frasco em edição limitada (na foto),
pensado por Jean-Michel Othoniel.Foto
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LERGERAÇÃO LUSOFONIA
PLAY APOIAR COM UM SORRISO
CH Pink Limited Edition Love é a
designação oficial da edição limitada
lançada este ano por Carolina Herrera
para apoiar a luta contra o cancro
da mama. Iniciada em outubro, a
campanha visa “iniciar uma cadeia de
gestos de amor, com pequenos grandes
detalhes capazes de gerar sorrisos e
mover o mundo”, explica Carolina
Herrera. Envie o seu “Gesture of Love”
em carolinaherrera.com/chpink.
FERRADURAS, TREVOS DEQUATRO FOLHAS, OSSOS
E NÚMEROS DA SORTE FAZEMPARTE DO IMAGINÁRIO CRIADOPELA LOUIS VUITTON PARA A ÉPOCA NATALÍCIA. NUMABROCHURA DEDICADA À SORTE E AO NATAL 2012, A CASAFRANCESA APRESENTA ASTENDÊNCIAS RECORRENDO AELEMENTOS INSPIRADORES, TALISMÃS PARA O NOVO ANO.SABIA QUE NA TAILÂNDIA O NÚMERO 9 REPRESENTAPROGRESSO? E QUE PARA OSCHINESES O 8 SIGNIFICA BOASORTE? AS ICÓNICAS MALAS DACOLEÇÃO HERITAGE, INICIADAPOR GASTON-LOUIS VUITTON,TAMBÉM FIGURAM NO CATÁLOGO.
É capa da revista Monocle, na última
edição de outubro, o português,
atualmente “a língua de poder e de
comércio por excelência”. A prová-lo,
os mais de dez artigos sobre temas tão
abrangentes que vão da economia à
cultura, passando também pela política
do mundo lusófono. E nenhum
país foi esquecido – de Angola
a Timor Leste, abre-se ao mundo
um universo em que “já era altura
de alguém reparar”, segundo Steve
Bloomfield, editor de internacional
da prestigiada revista. Nem algumas
das comunidades mais emblemáticas
falantes de língua portuguesa, caso
de Macau, Goa ou até mesmo França,
foram esquecidas. Portugal, apesar de
reconhecidos “problemas económicos
sérios”, brilha, através da entrevista
a Siza Vieira, Prémio Pritzker, das
conservas, vinhos, design e cortiça, sem
esquecer o potencial geoestratégico
dos Açores. Junte-se-lhe, entre outros,
a pujança económica de Angola,
passando pelas telenovelas e o sucesso
das Havaianas brasileiras – sem
esquecer a realização dos próximos
Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro –, e
é fácil perceber porque faz a “geração
lusofonia” capa da Monocle. Foto
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BRIEFING
8 revista unibanco
10 revista unibanco
BRIEFING
OUVIRCLÁSSICOS DE TONY BENNETT EM NOVO ÁLBUM
Vencedor de 17 prémios Grammy
e com uma carreira de 60 anos,
Tony Bennett tem novo álbum, uma
compilação dos seus maiores êxitos,
cantados em espanhol, inglês e
português, com grandes nomes da
música latina. Viva Duets, o terceiro
registo de duetos do cantor, traz-
-nos vozes como Roberto Carlos,
Ana Carolina, Maria Gadú, Marc
Anthony, Miguel Bosé, Chayanne,
Gloria Estefan, FrancoDeVita, Juan
Luis Guerra, entre outros, em temas
não raras vezes gravados ao vivo em
Fort Lauderdale, Nova Iorque
e Guadalajara.
PLAYRED DOT NACIONAL
Desenhado por italianos, mas produzido
em Portugal, o sofá Marea foi premiado
com um Red Dot Design Award na
categoria de Product Design para
escritórios. O júri premiou sobretudo
a flexibilidade da peça, já que esta
pode ser facilmente configurada para
responder às necessidades do espaço
onde vai ser inserida. O processo de
adaptação é simples e pode ser levado a
cabo por uma única pessoa. Trata-se do
primeiro Red Dot atribuído à Guialmi,
uma empresa portuguesa com 40 anos
de existência e sede em Águeda.
PLAY FUTURO SOBRE RODAS
A BMW apresentou em Paris, no Mondial de l’Automobile, o protótipo i3,
um veículo pensado para uma utilização urbana e que recorre apenas
à energia elétrica para propulsão. Num interior marcado pela elevada
qualidade de construção são utilizados materiais de recursos naturais,
como a madeira de eucalipto europeia. A pele é curtida através da utilização
de um agente natural derivado de folhas de oliveira. O motor elétrico
montado no eixo traseiro é capaz de debitar uns impressionantes 170 cv,
com um binário de 250 Nm disponível logo desde o arranque.
O BMW i3 Concept acelera de 0 a 60 km/h em menos de quatro segundos
e demora menos de oito segundos a atingir os 100 km/h.
O PROJETO VIANA CRIATIVA ESTÁ PRESTES A FORMALIZAR A CANDIDATURA DE VIANA DO CASTELO A SLOW CITY, UMA REDE INTERNACIONAL QUE VISA FOMENTAR A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE, UM ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL, A DIVERSIDADE CULTURAL E AS ESPECIFICIDADES QUE TORNAM CADA CIDADE ÚNICA.
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NUNO CARDOSO SANTOS
À luz das estrelasPara quem cedo entrou na órbita da Astronomia, a descoberta de mais de 200 planetas é só mais um (grande) passo na odisseia de trazer o infinito um pouco mais aquém
texto de Ana Rita Lúcio fotografia de Anabela Trindade
AINDA SEM UMA TRAJETÓRIA definida – depois da licenciatura em Física e do mestrado em Astronomia –, o investigador lançou-se ao estudo dos exoplanetas depois de ter conhecido Michel Mayor, que descobriu o primeiro exoplaneta em 1995 e lhe orientou a tese de doutoramento.
ADN CIENTISTAO ELOGIO DA DÚVIDANão se lembra quando se deu o big bang do gosto pela Ciência, ainda o céu de Mirandela cabia no infinito da sua infância. Mas admite que tenha sido enquanto perdia horas a ver a série Cosmos, de Carl Sagan. Dessa altura, quando o caminho podia ter sido o da Geologia ou da Biologia, ficou-lhe a personalidade metódica e o espírito crítico que o acompanham em todas as missões.
“Qualquer cientista tem de se colocar a si próprio em causa e a tudo o que o rodeia constantemente. Só assim se faz Ciência”
FÉ NA RAZÃOA VIDA EM ANOS-LUZEsteja no deserto do Atacama, no Chile, a sondar as estrelas, ou no Porto, na órbita do computador, o astrónomo não abandona a convicção de que pode existir vida noutras regiões do cosmos. Mas rejeita que esta seja uma "crença". Antes, "é uma extrapolação com base naquilo que conhecemos".
“Se os planetas são comuns no universo, se a vida se desenvolve em condições extremas e se só na nossa galáxia existem cerca de 100 mil milhões de estrelas, do ponto de vista probabilístico é quase impossível que não haja vida noutros sítios do Universo”
A CIÊNCIA DOS ASTROS A EXCELÊNCIAQUE SE FAZ POR CÁAcolhendo investigadores de vários pontos do globo, o CAUP está entre "as instituições com mais impacto da Astrofísica a nível mundial", segundo Nuno Cardoso Santos. Prova de que o nosso País é capaz de fazer bem nesta área.
"Apesar da crise, Portugal é, neste momento, um País atrativo do ponto de vista científico”
O percurso
Trinta anos se passaram, mas é como se ainda lhe escutássemos
o eco, como o brilho de uma estrela que não se apaga.
“O Universo é um espaço enorme. Se estivermos sozinhos, parece
um tremendo desperdício de espaço, não?” Se pudesse responder
a Carl Sagan, certamente que Nuno Cardoso Santos daria razão ao célebre
astrónomo norte-americano. Afinal, o que faz mover o investigador do Centro
de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) não é mais do que “a perspetiva
de encontrar uma outra Terra, um outro planeta potencialmente habitável” e,
nele, o lampejo de vida que cintila mesmo nas condições mais inóspitas. Hoje,
ao liderar a “armada” portuguesa que já participou na descoberta de mais de
200 planetas fora do sistema solar, Nuno está mais perto de ajudar a dar novos
mundos ao espaço.
O último capítulo desta odisseia cósmica foi escrito à luz da estrela Alfa
Centauro B – a nossa vizinha mais próxima, a “apenas” quatro anos-luz de
distância –, onde Xavier Dumusque, outro investigador português que integra
a equipa de Cardoso Santos, foi vislumbrar precisamente uma outra Terra. Ou,
como esclarece o protagonista desta história, também envolvido na investigação,
o planeta mais parecido com o nosso, de entre os mais de 800 que até agora se
conhecem. O que os une é a massa, semelhante entre os dois astros. “O único
detalhe menos romântico”, é que, 25 vezes mais próximo da sua estrela do que a
Terra está do Sol, não estão reunidas as condições para que a vida se gere neste
planeta. “Pelo menos não a vida como a conhecemos”, acrescenta.
O infinito aqui tão pertoJá a vida deste cientista de vocação – “desde muito cedo” – conhece-se de olhos
postos no céu. Pelo menos a contar do tempo em que, com 16 anos, entregou
as mãos à construção de um telescópio, em conjunto com outros amigos. Mas,
apesar de ainda haver muito por descobrir debaixo do Sol, Nuno arriscou ir mais
longe. Desde que, em 2002, rumou à Suíça para completar o seu doutoramento
no Observatório de Genebra, muito do que é a sua rota tem-se feito na senda dos
exoplanetas – os tais que estão além do sistema solar. Que ele não vê, apesar de lhe
orientarem o caminho. “A única informação que nos chega é a luz das estrelas.”
A partir dessa nesga de luz, é preciso detetar os planetas pela influência que têm
sobre a velocidade das estrelas. “É como tentarmos ver uma mosquinha que anda
ao pé de um holofote muito brilhante”, explica. O mais recente projeto Espresso,
em que o astrónomo português e o CAUP estão envolvidos para a construção de um
espectógrafo de alta resolução que permita varrer o universo em busca de novos
planetas, é a prova de que é possível não se deixar ofuscar.
PESSOALASTRÓNOMO
12 revista unibanco
1973
Nuno Cardoso Santos nasce em Moçambique, na antiga
Lourenço Marques. Há-de vir para Portugal ainda antes de
completar um ano.
1996
Siderado pela Ciência desde pequeno, forma-se em Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Segue- -se o mestrado em Astronomia e Astrofísica, em 1998.
Pés bem assentes na TerraQuando não está a alimentar a investigação com o conhecimento colhido por
esse universo fora, Nuno Cardoso Santos gosta de se fazer ao terreno lá de
casa, cuidando das árvores do quintal. Para semear os momentos em família
também não falta tempo, assim como para se cultivar noutras ciências.
O ERRO DE KEPLER
Uma outra descoberta em que Nuno Cardoso Santos e
a sua equipa no CAUP estiveram envolvidos, em conjunto com outros cientistas europeus, foi a de que o satélite Kepler pode estar errado no que diz respeito à identificação de planetas de maiores dimensões. De acordo com os novos dados recolhidos com o auxílio do espectrógrafoSophie, cerca de 30 por cento dos planetas gigantes detetados pelo satélite da NASA podem ser, afinal, estrelas.
2010
Como reconhecimento pelo trabalho alcançado no estudo das estrelas que têm planetas em órbita, recebe o prémio internacional Viktor Ambartsumian, o mais importante em Astrofísica, depois do Nobel.
2002
Já com os exoplanetas na mira, ruma a Genebra, onde fará o doutoramento. Cinco anos depois regressa de vez a Portugal, tendo o CAUP como destino.
16 revista unibanco
Carne para criação
Para matar a fome de arte - a sétima - à ávida movida cultural madrilena,
a velha carcaça de um antigo matadouro de meados do século XX ganhou vida como um entreposto de cinema contemporâneo,
onde a criação audiovisual é talhada para o futuro. Dando a provar à cidade e ao mundo o travo da experimentação
criativa apurada em comunidade, a Cineteca do Matadero Madrid serve documentários como prato principal, numa travessa ousada de arquitetura
que mais parece saída de um filme fotografia de FG+SG - Fotografia de Arquitectura
texto de Ana Rita Lúcio
ARQUITETURAMATADERO MADRID
revista unibanco 17
MATA DERO
18 revista unibanco
Sem pingo de sangue. É como se apresenta, de cara limpa e ar imaculado,
expiando os pecados da carne do antigo matadouro da capital espanhola
– que o arquiteto Luis Bellido fez erguer entre 1908 e 1928 –, o renascido
Matadero Madrid, onde a nova fornada artística madrilena sacia o apetite
de cultura de quem por lá passa. Mas é também como nos poderíamos
sentir ao colocarmos pé num dos edifícios recuperados do complexo - o da
Cineteca, mais propriamente – perante o prato cheio de ousadia arquitetónica que ali se serve.
Cravado no coração do Bairro de Legazpi, com o rio Manzanares a cirandar bem per-
to, os cortes que se fazem por lá já não são os das lâminas das facas rasgando a carne. Ao
invés, são os dos planos das câmaras de filmar e as cisões que separam a traça industrial
herdada, do traço futurista com que a dupla de arquitetos José María Churtichaga e Cayera
de la Cuadra atiraram a última das construções do projeto do Matadero para o século XXI.
LUZ, CÂMARA... FICÇÃOOs vários espaços do matadouro - onde outrora ficavam os antigos pavilhões - embarcaram
nessa viagem no tempo desde que, em 2003, se decidiu que passaria a ser aquele o epicentro
do terramoto cultural operado nas artes visuais, no design, no cinema, na fotografia, na
música, na dança, na moda, e em tudo o que é forma de expressão artística, assumindo a via
do experimentalismo. Oito anos volvidos, a inauguração da Cineteca, em 2011, veio assinalar,
porém, mais um ponto de paragem na rota vanguardista do lugar onde convivem duas salas
de cinema, um arquivo, estúdios, uma cantina e um pátio para exibir filmes no verão.
Se nos grandes ecrãs da sala principal, batizada em nome do guionista espanhol Rafael
Azcona, ou da sala B, quem mais ordena são os documentários, os elementos ficcionais não se
furtam a entrar em cena. A deixa é dada pelo imaginário dos autores, inspirados pela magia da
Sétima Arte. As vigas de madeira de pinho em cinza escuro que colonizam paredes, teto e chão
recordam o fundo das telas e deixam-nas em primeiro plano, em contraste com o tom rubro
dos tijolos do velho matadouro, nos estúdios. Já o papel da luz cinematográfica é representado
pela malha de mangueiras entrelaçadas, como se de uma obra de cestaria se tratrasse: ora em
tonalidades mais sombrias, nas salas de projeção, ora resplandecendo em laranja ao revestir
um candeeiro pelo qual se pode passar, que ilumina a zona do arquivo. Realidade e ficção são,
afinal, no novo Matadero sangue do mesmo sangue e carne da mesma carne.
MUDAM-SE OS TEMPOS, mudam-se as vontades e os propósitos também. Construído para dar carne à cidade, ao longo dos anos o complexo onde agora se pôs em marcha o projeto do Matadero já desempenhou diversos papéis. Nos anos 40 passou a albergar um armazém de batata no mesmo pavilhão onde, em 1992, se fez nascer uma estufa. A década de 90 marcou, porém, a viragem para a cultura: de 1990 a 1996 passou a dar guarida às sedes do Ballet Nacional de Espanha e da Companhia Nacional de Dança.
ARQUITETURAMATADERO MADRID
MEMÓRIA Os tijolos do edifício centenário e os resquícios do antigo matadouro convivem no novo ambiente contemporâneo
revista unibanco 19
o seu check-in
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revista unibanco 21
PLAYCLARINS MULTI-RÉGÉNÉRANTE
A BELEZA NÃO É SUBJETIVAA CUIDAR O ROSTO DO DIA PARA A NOITECom fibras de colagénio, fibras elásticas e células da derme – entre outros segredos –, os cremes da linha Multi-Régénérante, da Clarins, regeneram visivelmente a pele, garantindo um alisamento das rugas e um efeito de lifting. No creme de noite, as raízes de lótus são o ingrediente de eleição para prevenir a produção de melanina, na origem das manchas de pigmentação; já no creme de dia, o extrato de banana verde biológica junta-se ao tomilho-limão e à cortiça de bocoa para combater os efeitos da fadiga e do stress que vão marcando a pele ao longo do dia. E a cereja no topo do creme: a marca abriu recentemente um instituto no El Corte Inglés, em Lisboa, propondo 17 tratamentos e massagens que são um convite para desfrutar de um momento único de descontração e bem-estar absoluto. Para harmonia do corpo e da mente. clarins.com
ESTILO Páginas para arregalar a vista
WALTER KNOLL BAOMULSANNE EXECUTIVE INTERIORESCADA DELICATE NOTESSMART BRABUS EBIKEBRAUN BN0106
As escolhas da redação da Revista Unibanco
CremeCRÈME DE LA CRÈME Jacques Courtin-Clarinsfundou a empresa em 1954
NOITE TEXTURA FLEXÍVEL E SUAVE QUE SE FUNDE NA PELE
DIA TEXTURA FRESCA E FUNDENTE PARA DEIXAR A PELE SUAVE E FLEXÍVEL
revista unibanco 21
22 revista unibanco
MARCAR POSIÇÃOSENTE-SE EM FORMAProjetado pelo estúdio austríaco EOOS, o cadeirão Bao, da Walter Knoll, é cheio de curvas. E foram precisamente essas curvas que encantaram os jurados do Red Dot Design Award, culminando essa paixão com a atribuição de um dos prémios do ano na sua categoria. Com uma forma muito semelhante à de uma bola, o Bao parece abraçar quem nele se senta, transmitindo uma sensação com tanto de envolvente como de confortável. Com uma conjugação de dois materiais – tecido e pele – e uma prática base giratória, este cadeirão promete ser uma adição elegante – e fun – a qualquer ambiente. walterknoll.de
BOLAS! UMA FORMA REDONDA ORIGINAL E A CONJUGAÇÃO DE DOIS MATERIAIS NUMA POLTRONA MUITO CONFORTÁVEL
PLAYWALTER KNOLL BAO
Cadeirão DESIGN A colaboração entre o EOOS e a Walter Knoll não é de hoje, tendo o estúdio austríaco desenhado várias dezenas de peças para o fabricante de mobiliário
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TECNOLÓGICO COM UMA POTÊNCIA DE 511 CV, DOIS IPAD, TRÊS MONITORES, DUAS PORTAS USB E UM IPOD TOUCH
"ICH BIN ENGLÄNDER"A marca é britânica, mas a propriedade é alemã, pois o Grupo Volkswagen adquiriu-a em 1998
PLAYBENTLEY MULSANNE EXECUTIVE INTERIOR
LUXUOSO ACELERARESCRITÓRIO SOBRE RODASO Bentley Mulsanne já era um dos mais exclusivos automóveis do mundo. Recentemente passou também a estar disponível com um pack Executive Interior, que o transforma num luxuoso escritório sobre rodas. Apresentado como protótipo em 2011, o conceito foi tão bem recebido que o construtor inglês decidiu disponibilizá-lo este ano aos seus clientes. Entre as diversas especificações estão três monitores LED (um deles de alta definição), dois iPad com teclado, duas portas USB e um iPod Touch com uma app da Bentley pré-instalada (que comanda várias operações). Um interior de cinco estrelas, a que não falta um pequeno frigorífico, que pode alojar duas garrafas de champanhe e flûtes. Para estar sempre online em grande estilo. bentley.com
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PLAYESPECIALLY ESCADA DELICATE NOTES
SUBIR A ESCADASÃO ROSAS, SENHORASTodos os motivos são bons para falar da lindíssima Bar Rafaeli. Neste caso, porque se trata do rosto de uma nova fragrância Escada. Criada a partir de um botão de rosa, Especially Escada Delicate Notes é uma eau de toilette fresquinha e suave, que combina sofisticação a uma alegre evasão. Abre com rosa orvalhada e pêra, revelando pétalas de rosa e ylang ylang e sementes de ambreta almiscarado. Apresentada num elegante frasco quadrado de vidro fosco, a que se acede através de uma tampa com o duplo "E", é uma interpretação das rosas originais da fragrância base da casa Escada. A supermodelo brasileira diz que a inspira "a fazer coisas divertidas e engraçadas, que nunca tinha feito antes". Quem somos nós para dizer o contrário? escada.com
CRIAÇÃO Ao contrário do que muitos podem pensar, a marca Escada é alemã, tendo sido fundada em 1978, em Munique, por Margaretha e Wolfgang Ley
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ROSA FLOR O DUPLO "E" DA MARCA É UM CONVITE A DESCOBRIR UMA FRAGRÂNCIA LUXUOSAMENTE FRESCA
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PLAYSMART BRABUS EBIKE
Bicicleta
BRABUS SMART!DAR AO PEDAL Se a ebike da smart em duas rodas já tem pinta, imagine agora uma variante com o dobro da potência e com muito mais estilo. Já existe. É a smart Brabus ebike, uma bicicleta elétrica que se baseia no modelo já existente, acrescentando-lhe todo o design e exclusividade do preparador alemão de desportivos. E, obviamente, é muito mais... picante. O motor é de 500 watts, permitindo à bicicleta atingir uma já respeitável velocidade de 45 km/h. Depois, os materiais. Do bom e do melhor: quadro, selim e jantes em carbono, travões de disco e pneus desportivos. Para uma experiência "verde" do outro mundo. daimler.com
EXPERIÊNCIA VENHA DAÍ SENTAR-SE NUMA BICICLETA POTENTE, QUE CONSEGUE CHEGAR A 45 KM/H
NOBRES FIBRA DE CARBONO E PNEUS DESPORTIVOS NUM ACABAMENTO MATE, COM PORMENORES A VERDE PARA DAR NAS VISTAS A PEDALAR
BOMBAS Fundada em 1977, a Brabus já modificou centenas de carros, conseguindo, por vezes, dobrar a potência original dos mesmos para atingir valores na ordem dos... 750 cv
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Relógio RÁPIDA A Minipimer 3 tem 450 watts de potência e duas velocidades. Este relógio digital não tem nada disso mas é bom à mesma
PLAYBRAUN BN0106 STEEL
TEMPO DIGITALA VER AS HORAS COM STYLEMuitos conhecem a marca via publicidade às varinhas mágicas e às máquinas de barbear. Mas a Braun também fabrica relógios, e um deles – que já tinha ganho um iF Award – acaba agora de conquistar um Red Dot Design Award na sua categoria. Desenhado pelo estúdio Hannes Wettstein de Zurique, o BN0106 apresenta um estilo que tem tanto de minimalista como de futurista. Com caixa em aço de 41,8 mm e mostrador de cristais líquidos retroiluminado por LED, está mesmo a pedir para ser colocado no pulso. braun-clocks.com
UMA MINIPIMER? NÃO. A MARCA QUE SE NOTABILIZOU PELOS ACESSÓRIOS DE COZINHATAMBÉM FAZ RELÓGIOS
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Sele
ção OLHA A MALA
IMPERDÍVEIS GUIAS A nova coleção Louis Vuitton City Guides já está à venda, com importantes novidades. A cidade de São Francisco está agora disponível a título individual e os guias de Paris, Nova Iorque e Tóquio sofreram grande remodelação. Na caixa dedicada exclusivamente à Europa foram adicionados os destinos Yekaterinburg, Kitzbühel, Lugano e Verona, que assim se juntam, entre muitos outros, a Budapeste, Londres e Marselha. Os guias da casa francesa têm ganho grande reputação desde o primeiro lançamento, em 1998. Antiquários, designers, mercados de rua, bistros, pequenos hotéis de charme, guesthouses... os Louis Vuitton City Guides revelam os caminhos a seguir para chegar a locais originais, contando, só na edição europeia, com mais de sete mil entradas.
NOVA COLEÇÃOPORTUGUÊS MODERNO
A marca portuguesa dedicada ao homem Giovanni Galli reposicionou-se com o lançamento da coleção outono/inverno 2012. Os modelos Gonçalo Teixeira e Jonathan Sampaio foram escolhidos para dar corpo às peças num novo catálogo de 36 páginas; em paralelo, as lojas estão a ser remodeladas para responder à nova imagem. Na foto, o sobretudo de uma coleção que foi beber inspiração ao ambiente urbano, ao rugby e ao futebol americano. Apesar do reposicionamento e da nova imagem, a marca da Vasconcelos & Gonçalves decidiu manter a aposta na relação qualidade/preço, propondo agora um estilo "confiante, descontraído e alegre".
OLÁ, NATAL!OS TONS ROSA QUE NOS INSPIRAM
As galochas voltam a estar na moda este inverno. Mesmo que não chova, são essenciais em qualquer guarda-roupa. Da Killah, o modelo 1 Rabitt. Para animar os dias. O 2 For Her, de Narciso Rodriguez, que recebeu este ano o Fifi Award para Melhor Perfume Feminino dos Últimos 20 Anos, vai estar à venda este Natal num coffret que junta a eau de toilette de 50 ml a uma versão de 10 ml para levar na mala. Na Perfumes e Companhia. Na Swarovski, destaque para a coleção Kingdom of Jewels. Na pulseira 3 Story, o cristal cabochon, de tom rubi, com faceta octogonal, é o centro de uma peça ultrafeminina, com minicristais em tons garnet aplicados através da técnica exclusiva pointiage.
CRIAR UM ESTILOOS HOMENS QUEREM-SE BONITOS
A Braun (lá está...) e a Gillette juntaram esforços e lançaram uma maquineta, a preço acessível (cerca de 20 euros), que permite aparar, barbear e definir. A Gillette Fusion ProGlide Styler – assim se chama – recorre a três pentes diferentes e a uma cabeça Fusion ProGlide com resultados muito positivos, sobretudo no que ao conforto diz respeito. E ainda melhora se utilizar também os novos produtos (como o gel transparente, por exemplo) da mesma linha. Funciona com uma pilha AAA.
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NA CAPAARTE URBANA
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o poder nas ruas
Dizer que usam a rua como tela é cliché – e, como todos os clichés, é redutor. Para uma nova geração de artistas, a rua não é apenas um meio; é um princípio e um fim. Uma forma de desafiar as pessoas e as convenções, de interpelar a cidade, de protestar, afirmar ou surpreender. Usam a rua como tela, mas, mais do que isso, usam a rua como espelhotexto de João Paulo Batalha
Em Lisboa, já toda a gente conhe-
ce. É “aquela coisa” na Avenida
Fontes Pereira de Melo, uma das
artérias mais movimentadas da
cidade. Por estar numa das vias
que ligam o aeroporto ao centro
da cidade, uma mão-cheia de jornalistas estrangei-
ros e escritores de viagem já passou pela intervenção
gigantesca que lavou a cara a um quarteirão inteiro
de imobiliário abandonado – e já escreveu sobre
ela em vários jornais e revistas internacionais. E,
de facto, é difícil não dar pelo trabalho do coletivo
Crono em dois prédios “outrora nobres” de Lisboa.
São fachadas inteiras intervencionadas por artistas
nacionais e, neste caso, também internacionais,
a uma escala invulgar. Figuras fantasmagóricas,
sombras sinistras, de aspeto perturbador, com um
subtexto político indesmentível. O caso da Fontes
Pereira de Melo é um exemplo de algo que está a
mudar na relação entre a arte e o espaço urbano.
As intervenções naquela avenida, promovidas em
prédios devolutos pelo projeto Crono, foram feitas
em parceria com a Galeria de Arte Urbana, um or-
ganismo municipal criado com o duplo objetivo de
tentar disciplinar a prática do graffiti em Lisboa e,
ao mesmo tempo, promover, através da arte, uma
nova forma de olhar para a cidade, de se relacionar
com ela. Porque é disso que se trata quando se fala
em street art: mais do que de arte na rua, estamos
a falar de arte da rua. De intervenções usam o
INTERVENÇÃO O crescimento económico acelerado chinês representado por Vhils, em Xangai, através dos rostos dos antigos proprietários de casas em processo de demolição Fo
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espaço urbano (paredes, prédios devolutos) para
nos interpelar, para uma mensagem de protesto
ou de afirmação.
Desde sempre malvista, como coisa clandestina
e poluente, a street art deu um passo em frente nos
últimos anos. Libertou-se, tornou-se mais corrente
e ambiciosa. Ganhou dimensão e escala. Faz sen-
tido. Afinal, grafitar é um ato de liberdade, uma
forma de expressão. É arte? Isso está no olhar de
cada espectador. Mas o que é certo é que, por mais
campanhas de repressão ou limpeza que se façam,
as cidades nunca se livram destas intervenções.
Goste-se ou não, uma cidade não se faz só de fa-
chadas limpinhas. O mundo é mais rico e complexo
do que isso. E se o centro urbano oferece espaços
apetitosos para a intervenção, melhor ainda!
Em Portugal, parece ser esse o caso. Além de
Lisboa já figurar entre as cidades mundiais com
circuitos específicos de visita a obras de street art,
a arte urbana é hoje uma constante em todas as
principais cidades. Portugal tem um conjunto de
artistas consagrados nesta área; e obras para ver
um pouco por todo o País. CAPITAL As intervenções do projeto Crono mudaram a face de um quarteirão na Avenida Fontes Pereira de Melo, em Lisboa
NA CAPAARTE URBANA
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O ESPAÇO DA LIBERDADEEm boa verdade, a arte urbana não é propriamente
novidade. Desde que existem cidades, existem
pessoas a escrever ou a desenhar nas paredes. Em
Portugal, aliás, ficaram famosos vários exemplos
de arte urbana produzida durante o período revo-
lucionário – vastos murais de propaganda ideo-
lógica, que, com o tempo, foram perdendo valor
político (mesmo que não artístico) e acabaram por
desaparecer. É pena que a cidade não guarde hoje
memória desses testemunhos do passado, mas essa
é também a natureza deste tipo de intervenção: as
ruas não são um museu. A arte urbana reflete o seu
tempo e, como tal, é efémera. A renovação de um
prédio, a requalificação de uma parte da cidade,
a intervenção das autoridades, podem apagar o
trabalho dos artistas de rua. Não é defeito, é feitio. E
é justo: afinal, esta é um pouco “arte de guerrilha”.
Mesmo que hoje as cidades comecem deliberada-
mente a abrir espaço para as intervenções, o que
nasceu na clandestinidade manterá sempre um
caráter de fronteira, marginal.
Tomemos como exemplo Alexandre Farto.
Nascido e criado na Margem Sul, este artista, hoje
conhecido mundialmente como Vhils, é uma estrela
planetária na street art. A imprensa internacional
já lhe chamou o “Banksy português”, associando-
-o, no mesmo fôlego, ao nome maior deste tipo de
intervenção. Com 25 anos, Alexandre vive hoje
entre Lisboa e Londres, onde está representado
pela principal galeria de arte urbana; e já assinou
intervenções, como convidado, em dezenas de
cidades pelo mundo fora – da China ao México, de
Aveiro a Paris. A técnica que usa destaca-o entre os
outros artistas urbanos: mais do que pintar pare-
des, Vhils destapa-as. Com um escopro, às vezes
mesmo com um martelo pneumático, descasca
o estuque das paredes, deixando-as nuas até ao
tijolo. No relevo daquilo que faz surgem rostos,
a larga escala, interpelando quem passa. À saída
de Lisboa, milhares de automobilistas cruzam-se
quotidianamente com o seu trabalho junto ao Eixo
Norte-Sul, a caminho da Ponte 25 de Abril, ou na
Avenida Calouste Gulbenkian, onde o seu trabalho
está lado a lado com o famoso painel de azulejos
SELEÇÃO NACIONALGENTE DAS RUAS
Alexandre Farto (Vhils) é o nome maior da street art portuguesa. Representado pela mesma galeria de Banksy, em Londres, tem
hoje obra em cidades espalhadas pelo mundo. Mas não é o único notável na galeria dos street artists portugueses. Paulo Arraiano, mais conhecido como Yup, é outro dos consagrados, com obra internacional em várias cidades europeias. Mais visíveis entre nós estão nomes como Dalaiama (quem ainda não viu os seus stencilsicónicos numa parede desprevenida?) ou o projeto +-, de Miguel Januário – conhecido, além dos graffitis, por eventos de crítica política e social, como o famoso funeral de Portugal, que organizou no final de agosto, em Guimarães. Com as galerias mais atentas, organizando exposições e abrindo as portas aos street artists, tem sido mais fácil identificar novos talentos. E a street art não é só coisa de homens. Artistas como Maria Imaginário ou Super Van (Vanessa Teodoro) têm assinado intervenções não só em paredes mas em mobiliário urbano ou até em campanhas publicitárias. Várias marcas têm, aliás, promovido operações de street art nas nossas cidades, provando que a arte que fala a linguagem das ruas é um meio de comunicação poderoso nos tempos que correm.
A ARTE URBANA REFLETE O SEU TEMPO E, COMOTAL, É EFÉMERA
IMPORTÂNCIA O trabalho de Alexandre Farto (Vhils) na Travessa das Merceeiras, em Alfama, e numa artéria principal de Moscovo (em baixo)
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de João Abel Manta. A crítica internacional está
rendida: Alexandre Farto, Vhils, é português e é
um dos melhores do mundo.
Mas para ele tudo começou no Seixal, a grafitar
paredes e comboios e a fugir à polícia. Hoje, Vhils
não tem problemas com a polícia: as suas inter-
venções são feitas a convite das próprias cidades e
cada trabalho seu vale uns bons milhares de euros.
Ele, no entanto, vê poucas diferenças de substância
entre as suas intervenções e as suas origens. “O
problema não é a maneira como o graffiti existe na
cidade, é mais como a cidade trata o graffiti. Sempre
foi visto como um intruso, como algo que deve ser
limpo e combatido, quando, na realidade, faz parte
dela. Pode revitalizar o lado visual de um lugar e
pôr o dedo nas feridas da cidade, chamar a atenção
para os prédios devolutos, as zonas degradadas e
esquecidas.” É, em suma, a democratização do
espaço público. A alternativa, diz, seria um “espaço
acetinado e cinzento em que o único ponto de cor
seria a sinalética ou a publicidade que nos vai ao
bolso”. Uma cidade menos livre.
A SUBVERSÃO MAINSTREAMNa rua, decididamente, cabe de tudo. Se artis-
tas como Vhils ou o inglês Banksy se tornaram
célebres pelas intervenções de grande dimen-
são, outros, como o também britânico Slinka-
chu, provam que o tamanho não importa. Com
exposições e livros em várias cidades e línguas,
este artista dedica-se a instalações urbanas com
figuras minúsculas, pequenos bonecos fotogra-
fados em situações quotidianas, ou nem tanto.
O projeto Little People é uma forma de repen-
sar a escala da cidade com figuras do tamanho
de um dedo, dispostas pelo espaço urbano. Dois
minúsculos polícias de choque a tirar uma foto
souvenir em frente à Acrópole de Atenas, um super-
-herói obeso sentado no rebordo de uma lata de
PROPORÇÃO Slinkachu é mestre da miniaturização, criando, com Little People, um mundo em que somos gigantes
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cerveja tombada num beco ou um minúsculo es-
correga de água que dá para um ralo de águas plu-
viais são exemplos de um estilo subversivo típico
da arte de rua.
Mas fará sentido que a street art salte das ruas
para as galerias? Uma peça de arte urbana vale o
mesmo se não for clandestina, se não for um grito
contra os poderes? O mundo da arte nunca teve
dificuldade em assimilar todo o tipo de movimen-
tos, mesmo aqueles que nasceram claramente em
contestação ao próprio establishment.
Talvez por isso não seja de estranhar
ver artistas como Vhils representados
nas grandes galerias de Lisboa ou de
Londres. Na capital portuguesa, a ati-
tude face à arte urbana mudou muito
nos últimos anos. “Se não podes vencê-
-los, junta-te a eles”, parece ser a abordagem dos
poderes locais. A Galeria de Arte Urbana foi o refle-
xo desta política. Criada há cerca de três anos, foi,
sobretudo, um instrumento para tentar disciplinar
a prática do graffiti e dos tags nas paredes do Bairro
Alto. Para tentar limpar um pouco o bairro, foi
criada uma galeria ao ar livre na Calçada da Glória,
acompanhando o percurso do famoso ascensor.
Aqui, com paredes especificamente destinadas ao
trabalho dos street artists, foi feito o convite para
o graffiti, às claras.
O entusiasmo municipal, aliás, não se ficou por
aí. Sempre com o apoio da Galeria de Arte Urbana,
além das exposições regulares na Calçada da Gló-
ria, já se promoveram intervenções em mobiliário
urbano (nos ecopontos, por exemplo) e até em
camiões do lixo. E, claro, a famosa intervenção
na Fontes Pereira de Melo, que trouxe a Lisboa,
a convite da cidade, artistas consagrados, como
os Gémeos, de São Paulo, ou o graffiter italiano
Blu. O reverso da medalha é que há muitos artis-
tas desagradados com a “institucionalização” da
street art – afinal, terá o mesmo sabor deixarmos a
marca numa fachada abandonada se o presidente
da Câmara está atrás de nós a “inaugurar” a obra?
Não é de admirar que os street artists joguem nos
dois campos, e às grandes obras, patrocinadas pela
própria cidade, continuem a somar intervenções
clandestinas. Afinal de contas, a arte que nasce
da rua, que vive na rua, é, por definição, livre.
Controversa, muitas vezes, incómoda, mas livre
de regras e condicionantes. Um grito na cidade.
BANSKYO INICIADOR
Eo nome mais famoso da street art em todo o mundo, mas até hoje ninguém sabe bem quem
ele é. Banksy vai conseguindo permanecer anónimo, mas fez-se notar a partir dos anos 90, primeiro em Bristol, depois pelo mundo fora, pelas suas intervenções satíricas, por vezes cáusticas, mas sempre bem- -humoradas. Com obra por todo o mundo, Banksy é uma espécie de reinventor da street art, ou, na verdade, talvez o primeiro street pop artist. Um papel com que não está inteiramente confortável: em 2010 lançou um pseudodocumentário que, sob a capa de uma história pretensamente verdadeira, faz uma reflexão hilariante sobre como o mundo da arte tem uma capacidade para assimilar – e, no processo, desvirtuar – a arte de rua. As autoridades, parece, não são a única ameaça à genuinidade da arte urbana. Contudo, fica para a história o sucedido há dois anos, em Melbourne, na Austrália, quando, em plena Hosier Lane (o centro da street artna cidade, e no país), uma equipa municipal apagou por engano um mural valioso do britânico. O mayorde Melbourne reconheceu o engano, mas encolheu os ombros. “Também não era nenhuma Mona Lisa.”
UMA PEÇA DE ARTE URBANAVALE O MESMO SE NÃO FOR CLANDESTINA? SE NÃO FOR UMGRITO CONTRA OS PODERES?
PLAYPINTURA DE BANKSY EM HACKNEY, LONDRES
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A rua-galeria Só na capital,
estimam-se
em mais de oito
mil os edifícios
abandonados ou
em mau estado
de conservação,
de acordo com
uma estimativa
recente da Câmara
Municipal. Não
que a arte urbana
se confine às
fachadas de prédios
abandonados,
mas o que é certo
é que nas nossas
cidades não faltam
oportunidades de
intervenção.
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CONVERSAMARGARIDA CARPINTEIRO
A vida ao pormenorDiz-se cansada, a precisar de tempo para si e para as coisas de que mais gosta. Mas a cada novo desempenho dá-nos motivos de sobra para continuarmos a querer vê-la. Na base do sucesso, o profissionalismo, o rigor, a disciplina e o respeito. O mesmo que pede, não só para si, mas para aqueles pequenos nadas que dão sentido ao todotexto de Pedro Guilherme Lopes fotografia de Filipe Pombo
MARGA RIDA CARPIN TEIRO
CONVERSAMARGARIDA CARPINTEIRO
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CONVERSAMARGARIDA CARPINTEIRO
Existem pessoas que conseguem atravessar gerações. Mar-
garida Carpinteiro é uma delas. Há quem se recorde dela
como Mariette, a protagonista de Vila Faia, há quem não
esqueça a sua presença em O Tal Canal, há quem recue me-
nos no tempo e a veja como Graciete, uma das personagens
que mais brilhou em Laços de Sangue.
O mais curioso é pensar que este percurso com mais
de 40 anos, quase 20 telenovelas e mais de duas dúzias de
peças de teatro nasceu fruto da vontade de uma funcionária
pública fugir à rotina e dar um “safanão” na sua vida. Foi
tal a mudança que se apaixonou. Pelos palcos, pelas tá-
buas, as mesmas que, diz, fizeram dela gente e lhe deram
a conhecer gente que não esquece. Gente que guarda no
coração e na cabeça, o mesmo coração e a mesma cabeça
que hoje a fazem viver num dilema: o coração pede-lhe
um descanso seletivo, abraçando apenas o que mais o faça
palpitar; a cabeça diz-lhe ser arriscado abandonar traba-
lhos que trazem o dinheiro que paga contas. A realidade,
nua e crua, feita destes pormenores que Margarida não
entende como são constantemente desvalorizados, como
se as pessoas esquecessem que a vida se faz desses mesmos
pormenores. E de amor, claro, diz esta incontornável atriz,
que acredita ter nascido para amar e ser amada.
O que é que a Margarida me diria se eu começasse esta entrevista afirmando que é um privilégio estar a entre-vistá-la? Um privilégio?!? Não, não é… É uma circunstância
normal da sua vida e da minha vida, nada mais do que isso.
Isso significa que, para si, os elogios valem o que valem? Exatamente. Valem o que valem. Obviamente que agradeço
Eos elogios, mas acho demasiado empregar-se a palavra
“privilégio”.
Mas este reconhecimento do seu trabalho e do seu per-curso por parte de gerações mais novas, incluindo colegas de trabalho, acaba por alimentar esta sua paixão que é ser atriz, certo? Sem dúvida que qualquer ator precisa do
amor, do respeito e do reconhecimento por parte do pú-
blico, dos colegas e da imprensa, e eu, sim, sinto-me uma
privilegiada nesse aspeto. Acaba por ser uma conquista,
julgo que fruto de sempre ter sido uma atriz que respeita
quem a rodeia, quem sempre deu tudo o que tinha para
dar, que nunca foi de meias-tintas, que faz do rigor a sua
forma de trabalhar.
Tenta passar essa forma de trabalhar a essas gerações mais novas? Tento, tento… Cada vez mais. Sabe, estamos
numa época em que é tudo descartável, em que as coi-
sas passam depressa. E há algo que eu não suporto, que
é dizerem-me “isso é um pormenor, não tem importân-
cia”. Caramba, a nossa profissão, a nossa vida, é feita de
pormenores. O conjunto de pormenores é a essência de
muitas coisas, e eu estou constantemente a alertar para
esses pormenores . Olhe, se calhar por não repararmos nos
pormenores é que estamos como estamos…
A vontade de passar essa mensagem é uma das formas que encontra para combater o facto de, por vezes, se sentir farta da sua profissão? Eu estou cansada, é ver-
dade. Como atriz profissional, trabalho há 40 anos, mais
cinco de cursos e de outros pequenos trabalhos, portanto
já lá vão 45 anos. Antigamente os atores trabalhavam até
à morte, até poderem, mas acho que a nossa vida hoje é
tão pesada… no meu caso, que vivo do que ganho, tenho
que aceitar coisas que já não me apetecem quando o que
me apetecia era, precisamente, o contrário: ter novos de-
safios, algo que espevitasse esta paixão, este amor pela
profissão. Mas eles não aparecem, principalmente agora
que estamos a atravessar uma grande crise, onde a cultura
é das primeiras a sofrer.
O cinema podia ser um desses desafios? Mas também não
há, não é? [Risos] E, quando há, temos que admitir que a
idade também conta. É raro aparecer um bom papel para
alguém da minha idade. É uma das consequências de ter
escolhido esta profissão.
Essa questão da idade não surge um pouco batida no caso das telenovelas? Sim, de certa forma, mas há muita gente
da minha geração que está sem trabalho e em condições
muito precárias.
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Essa vontade de mudança, de desafios, de quebrar a rotina, faz parte da sua forma de ser? Sim, acompanha-
-me sempre, tanto pessoal como profissionalmente. E,
felizmente, tenho sido muito bem sucedida quando resolvo
abraçar novos desafios e novos projetos.
E como encarou um projeto intitulado A Rapariga dos Fósforos, o filme que assinalou a sua estreia? [Risos]
Primeiro foi um grande susto, pois tratava-se de um texto
de um grande escritor, o José Cardoso Pires, depois porque
eu não tinha grande à-vontade com o cinema, o que fazia
com que eu estivesse muito preocupada. Esse é dos tais
trabalhos que me exigia uma tal diferença de mim própria
que se transformou num desafio que jamais esquecerei.
Logo a seguir teve outro enorme desafio, ser a Mariette na novela Vila Faia. Isso foi uma paixão, porque todos,
desde a produção ao guarda-roupa, estávamos empenhados
em fazer o melhor que nos fosse possível. Tive a ajuda de
muita gente. Do Nicolau, claro, da Rosa Lobato Faria, do
Nicholson… toda a gente nos ajudava muito, principalmente
no meu papel, pois estava a fazer de prostituta, e, nessa
altura, falar de prostituição era quase tabu. E eu tive
COMO É QUE NASCEUESSA VONTADE DE SERATRIZ? OLHE, EU SOU UMA ATRIZ POR ACASO. NA ALTURA, TINHA EU27 OU 28 ANOS, ERAFUNCIONÁRIA PÚBLICA, ALI NO RATO, E VI UMCARTAZ ONDE SEANUNCIAVA UM CURSO DE TEATRO E VOZ. FIQUEIA OLHAR PARA AQUILOE A PENSAR “A MINHAVIDA É UMA ROTINA TÃO ESTÚPIDA E EU DETESTO ROTINAS. VOU FAZER ISTO PARA ME DISTRAIR”.FIZ E FIQUEI.
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CONVERSAMARGARIDA CARPINTEIRO
muito medo. Tive medo de como seria tratada na rua, tive
medo da reação da minha família, mas quando a novela
começou a ir para o ar percebi que não ia acontecer-me
mal nenhum, muito pelo contrário. Devo dizer-lhe que
foi dos trabalhos em que me senti mais acarinhada pelo
público, incluindo pelas crianças, que é uma coisa que
não sei explicar. Passados cinco ou seis anos, viam-me no
Bairro Alto, chamavam-me Mariette e vinham-me abraçar.
Nesse tempo, ser atriz ainda não era encarado como algo normal, verdade? Tem razão. Nesse tempo, ser atriz ainda
era uma escolha difícil, tanto por causa das famílias como
por causa da opinião pública. Nós não éramos bem vistos.
Nos anos 60 as coisas ainda eram olhadas com um franzir de
sobrancelhas, como que perguntando “quem é esta gente,
o que é que eles fazem, vão para o teatro e saem de lá às três
da manhã”, mas isso, esse olhar da opinião pública, não
me incomodava. Preocupava-me, sim, a minha família,
e conseguir fazer algo que fizesse com que as pessoas me
olhassem com respeito. E consegui.
Depois da Mariette, passou para um registo completa-mente diferente em O Tal Canal. Sentiu essa necessida-de de rir depois de um papel tão exigente? Sabe, eu sou
daquelas atrizes que mata o seu papel assim que dizem
“corta” ou quando a peça acaba. Acabou, fechou, eu sou
a Margarida Carpinteiro. O Tal Canal foi um desafio que me
foi proposto pelo Herman e foi dos momentos que mais me
marcaram até hoje. O humor é algo que me fascina, até por,
pelo menos para mim, ser mais difícil, e este programa
marcou uma época, a história da televisão portuguesa e o
próprio País, que estava a precisar de rir-se de outras coisas.
Quando olha para trás, para este percurso, o que é que sente? Sinto que a minha verdadeira escola foram as tábuas,
foi andar ali nos palcos durante muito tempo, que foram
esses longos primeiros anos do meu trabalho que me deram
corpo. Que foram as pessoas que me marcaram, com quem
fica o coração e a cabeça, que me fizeram admirar ainda
mais a capacidade de trabalho, a disciplina, o sacrifício. Os
atores, hoje em dia, acham que a capa de uma revista pode
dar-lhes algo, mas pode não dar nada. Agora o trabalho
dá, como dava nesse tempo. Guardo tudo isso no coração
com muita alegria.
A propósito de trabalho e de disciplina, a Margarida, aos 12 anos, já dava explicações. Essa vontade de trabalhar…Olhe, se calhar, e como diz o nosso primeiro-ministro,
essa coisa de vontade de trabalhar aos 12 anos é uma pie-
guice! Eu queria ser gente e sabia que os meus pais não
podiam dar-me tudo, pois era filha de um operário e de
uma doméstica. Eu morava na periferia, queria estudar,
queria ir para o liceu, e essa foi a forma que encontrei para
consegui-lo. Pieguices…
Não querendo ser piegas, o que é que a faz gostar tanto de escrever? É a coisa mais misteriosa da minha vida.
Não me considero uma escritora, mas posso dizer-lhe que
se não precisasse de dinheiro provavelmente o que teria
mesmo feito era escrever. É algo que sinto dentro de mim
como uma paixão daquelas que não são resolvidas, que a
um tempo dão alegria, que a um tempo magoam. E quando
tenho tempo para escrever faço-o com uma tal ganância
que nada pode interromper-me… é também a escrita que
me faz dizer que me apetece parar, para poder dedicar-lhe
tempo. Não quer dizer que vá publicar, mas a escrita é algo…
... que a equilibra? Que me equilibra. Muito. É algo que me
dá tempo para poder pensar, e eu gosto muito de pensar.
Num dos seus livros, o Animal Desconhecido, regressa à infância. Que memórias guarda dessa infância? Foi
complicado, em termos financeiros, mas fui muito amada.
São memórias felizes, porque as dificuldades eram ultra-
passadas com grande amor entre as pessoas, fossem família
ou vizinhos. As pessoas ajudavam-se. E o facto de viver na
periferia, perto de uma quinta, deu-me a possibilidade de
contactar de perto com a Natureza, de aprender a fazer
manteiga, de aprender a fazer queijo… Tenho um enorme
respeito pela Natureza, e essa é outra das razões que me dão
vontade de largar tudo isto e ir-me embora: a possibilidade
de regressar a essa maravilha que é a Natureza.
São essas memórias de amor que a levam a dizer que nasceu para amar e para ser amada? Todos nós nascemos
para amar e para sermos amados, e é pena que as pessoas
percam tanto tempo com coisas que pouco ou nada valem,
que passem tanto tempo zangadas com elas mesmas e com
os outros.
rigorosa
revista unibanco 39
os dias... Perante isso, o vedetismo soa a ignorância. As
pessoas confundem marketing com amizade, com respeito,
com amizade, com integridade.
Isso fá-la zangar-se? Olhe, quando são pessoas novas,
não me zango. E, se gostar delas, até sou capaz de meter o
nariz onde não sou chamada. Se forem pessoas mais velhas,
não digo nada.
E que outras coisas a fazem zangar-se? [Risos] As pessoas
não fazerem pisca quando estão a conduzir, por exemplo.
Tanta coisa… Faz-me zangar uma certa estupidez emplu-
mada, faz-me zangar aquela postura que pretende marcar
classes sociais, faz-me zangar o desrespeito por aqueles que
não tiveram as mesmas oportunidades. E eu não sou uma
pessoa boa, longe disso. Perco a cabeça com facilidade,
digo o que não devo…
Pelo contrário, o que é que a faz sorrir, mesmo que seja com aquele sorriso característico, meio tímido e melan-cólico, que é quase uma imagem de marca? Eu sei que
tenho este ar meio triste. Acho que faz parte das pessoas
que gostam de fazer humor. [Risos] O que me faz sorrir?
A própria vida, o ter chegado a esta idade e estar como
estou… Olhe, outra coisa que me faz zangar é as pessoas
terem saúde e queixarem-se da idade. A idade é uma vitória!
A propósito de humor, gostaria de voltar a participar num grande programa de humor, capaz de reunir as famílias em frente à televisão? O que eu queria, mesmo, era po-
der ir-me embora, ir para o meio da Natureza, poder ter
tempo para escrever, para cozinhar, para semear… Já não
tenho essa tendência para dizer que gostava de fazer este
ou aquele papel, mas claro que se surgisse essa oportuni-
dade diria que sim.
Rir continua a ser o melhor remédio? Sem dúvida alguma!
Eu, com a idade que tenho, chego à conclusão de que saber
rir de si próprio é a coisa mais saudável que há, e isso vai-se
aprendendo. Rir é fundamental.
Disse, há pouco, que a idade é uma vitória. A vitória nos Emmy, com Laços de Sangue, poderia ser o prémio certo para colocar o desejado ponto final neste capítulo? É óbvio
que é uma vitória importante para todos os que participa-
ram nessa novela, e é bom que, numa altura destas, o nosso
País tenha bons motivos para ser citado lá fora. Só espero é
que vitórias desse género sejam envolvidas em respeito…
E que prémio é que a vida ainda podia dar-lhe? Deixar-
-me ser eu. Mais nada.
A Margarida falou na importância de as pessoas se aju-darem para ultrapassarem as dificuldades. É isso que faz falta hoje em dia? Uma das coisas que eu gostaria, e
talvez esteja a dizer um grande disparate, é que esta crise
em que nos encontramos servisse para as pessoas voltarem
a olhar-se olhos nos olhos, para voltarem a dizer bom dia
e boa tarde com respeito, para perguntarem a quem está
a seu lado se precisa de algo. As pessoas não olham à sua
volta. Querem ir em frente, mas sem olhar não sabem qual
a direção certa. É bom que as pessoas entendam que esta
crise é mais do que uma crise financeira – estamos perante
uma crise de valores.
É esse olhar à sua volta que a faz comportar-se como antivedeta? Não sei explicar-lhe… Sou como sou e, sim,
sou antivedeta. Ainda outro dia, ao observar uma trovoada
sobre o mar, dei comigo a pensar que nós somos uma parte
tão pequena deste universo, temos tanto a aprender todos
40 revista unibanco
SHUT UP AND PLAY THE HITSLCD Soundsystem
Este é um documentário dedicado ao fim da banda norte-americana LCD Soundsystem. Protagonizado por James Murphy, mentor dos LCD, o filme retrata o último concerto da banda, em abril de 2011, em Madison Square Garden: os preparativos, o dia seguinte e as consequências da decisão a nível profissional e pessoal. Obrigatório.
Género Eletro punk Editora Alambique
GLAD RAG DOLLDiana Krall
Pela primeira vez em muitos anos, Diana Krall não se junta a Tommy Li Puma, o seu produtor de sempre, entregando essa tarefa a T Bone Burnett. O resultado é um álbum que reinventa clássicos dos anos 20 e 30 e também da década de 50, recuperando os discos de 78 rotações que marcaram Diana Krall ao longo da vida.
Género New jazz Editora Universal Music
GOLD DUSTTori Amos
Na comemoração dos 20 anos da edição de Little Earthquakes, o incontornável álbum de estreia de Tori Amos, é editado este Gold Dust,uma seleção das mais adoradas composições da cantautora e pianista norte-americana.
Género Pop Editora Universal Music
ENIGMÁTICA A VOZ DENATASHA KHAN CONDUZ-NOSPOR CENÁRIOS QUE SOAMA CONTO DE FADAS
Música
Sol de inverno Pop independente, refinada e melancolicamente luminosa, para aquecer os dias mais frios e terminar o ano com um grande disco
Como é que um álbum com um lado negro indisfarçavelmente vincado pode servir como escape para as constantes notícias que anunciam o tormentoso 2013? Esse é, precisamente, o segredo de Natasha Khan, mais conhecida por Bat for Lashes. Pega em flutuações emocionais, amores mal resolvidos, paixões que magoam e solidão, utilizando tão pesaroso cocktail como a lenha que incendeia a criatividade reinante em The Haunted Man, terceiro disco de Bat for Lashes numa estrada onde nem faltam nomeações para o Mercury Prize. A inglesa de raízes paquistanesas consegue mergulhar nas suas emoções mais sombrias e daí retirar uma estranha luminosidade, que teima em brilhar ao longo das suas músicas. Embaladados pela sua voz, que por vezes soa hipnótica (Olá, Kate Bush!, Olá, Tori Amos!, Olá, Beth Gibbons!), sentimo-nos como fazendo parte de um conto de fadas, onde a banda sonora assenta numa pop eletrónica capaz de respirar por si mesma, com a curiosidade de estarmos perante um disco que deixa de lado temas passíveis de conquistar as massas, como havia acontecido com Daniel ou Pearl's Dream, no anterior Two Suns. Mas, ainda assim, arriscamos: este será um dos discos do ano.Pedro Guilherme Lopes
OUVIR
THE HAUNTED MAN Bat for LashesGénero Indie popEditora EMI Music
revista unibanco 41
Bond. James BondA passagem dos 50 anos do agente secreto mais conhecido do planeta no cinema é assinalada com uma edição que lhe presta tributo
São 600 páginas, ao todo, para deleite dos fãs do
agente secreto britânico criado por Ian Fleming
em 1953. O acesso sem restrições ao espólio
cinematográfico de Bond – iniciado em 1962 com
Dr. No – resultou numa obra rica em "estórias", com
1100 imagens com storyboards, posters e fotos de
bastidores e de protótipos capazes de enriquecer
a cultura Bond mesmo daqueles que julgavam
já saber tudo sobre ele.
Da editora alemã, e tendo em conta a efeméride,
não se esperaria menos do que a criação de
exemplares de colecionador. Assim, à primeira
edição limitada (a “corrente”, à venda por 150
euros), juntou a Art Edition, assinada por Daniel
Craig, com a reprodução de dois cenários assinados
por Sir Ken Adam e uma capa exclusiva dourada,
no total de 500 unidades.
Completo e atualizado, com todos os filmes até
ao mais recente Skyfall, é o livro mais detalhado
jamais feito sobre a vida do agente 007 no cinema.
Batido, não mexido. Luís Inácio Lite
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43
AÇÃO O LIVRO MAIS COMPLETO SOBRE A HISTÓRIA CINEMATOGRÁFICA DO AGENTE CRIADO POR IAN FLEMING
LER
THE JAMES BOND ARCHIVESPaul DuncanGénero Cinema Editora Taschen
1 A PIADA INFINITADavid Foster Wallace
Puro entretenimento, com o toque único de David Foster Wallace, sem sombra de dúvidas um dos grandes escritores norte--americanos da sua geração. Este Infinite Jest, finalmente traduzido para português, marcou em definitivo a sua obra, precocemente interrompida pelo seu suicídio, em 2008, após anos de luta contra uma depressão. Um livro absolutamente essencial numa biblioteca que se preze.
Género RomanceEditora Quetzal
2 PEITO GRANDE, ANCAS LARGASMo Yan
Gerou polémica na China e regressa agora às livrarias portuguesas, onde se encontrava esgotado. Escrito pelo Prémio Nobel da Literatura 2012 em 1995, foi censurado pelo Partido Comunista chinês, que obrigou o autor a escrever uma autocrítica, acabando depois por ordenar a sua retirada do mercado. Com edição da Ulisseia, mantém-se como a única obra de Mo Yan traduzida para português.
Género RomanceEditora Ulisseia
3 A CIVILIZAÇÃO DO ESPETÁCULOMario Vargas Llosa
A cultura e o jornalismo de espetáculo ao serviço do entretenimento na mira de Mario Vargas Llosa no seu primeiro livro escrito depois do Nobel da Literatura. A sociedade do nosso tempo é passada em revista pelo olhar crítico do escritor peruano num ensaio que, entre outras coisas, questiona, inclusive, a responsabilidade do intelectual na "civilização do espetáculo". Incontornável.
Género Ensaio Editora Quetzal
4 O ANJO ESMERALDADon DeLillo
Astronautas, terroristas, freiras e outros personagens numa compilação – a única – dos contos de Don DeLillo, escritos entre 1979 e 2011. Do mesmo autor de Submundo – considerado em 2006, pelo The New York Times Book Review, como um dos três melhores romances dos últimos 25 anos –, O Anjo Esmeralda traça, em nove histórias, um retrato fiel da civilização americana das últimas décadas.
Género ContosEditora Sextante Editora
42 revista unibanco
Mestre do suspenseReunir as obras-primas de Alfred Hitchcock, ainda para mais em versões Blu-ray carregadinhas de extras, é motivo para começarmos já a escrever a carta ao Pai Natal
Não há fã da Sétima Arte que não conheça o seu nome. Pode até nem
ter visto nenhum dos seus filmes, mas sabe que ao falarmos de Alfred
Hitchcock estamos a falar de uma figura incontornável do cinema de
mistério, capaz de colocar inovadores recursos narrativos ao serviço
do suspense, tornando-se parte fundamental do desenvolvimento da
linguagem cinematográfica moderna.
Nascido em 1899, num povoado chamado Leytonstone e numa época que,
sob o nevoeiro de Londres, eternizou nomes como Sherlock Holmes, Jack,
O Estripador e Scotland Yard, “Hitch” viria a tornar em imagens de marca
a capacidade para, ao longo do filme, manter o espectador num estado
de tensão, bem como a solidez da narrativa. Características que ficam
bem expressas nos filmes que fazem parte desta caixa obrigatória: Janela
Indiscreta (1954), O Homem que Sabia de Mais (1956), Vertigo - A Mulher
que Viveu Duas Vezes (1958, considerado, já este ano, o melhor filme de
todos os tempos, de acordo com a revista do British Film Institute), Psico
(1960) e Os Pássaros (1963). Em versão Blu-ray, todos estes títulos surgem
acompanhados de apetecíveis extras. PGL
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LAWRENCE DA ARÁBIAEDIÇÃO 50º ANIVERSÁRIO David Lean
Vencedor de sete Óscares, incluindo Melhor Filme, em 1962, Lawrence da Arábia continua a ser uma das mais essenciais obras- -primas do cinema. O filme é brilhantemente protagonizado por Peter O'Toole, como T. E. Lawrence, um oficial do Exército Britânico da I Grande Guerra. É ele que vai unir tribos rivais do deserto, liderando-as na guerra contra o poderoso Império Turco. Imperdível, numa versão restaurada e remasterizada.
Género Épico Editora Sony Pictures
PROMETHEUSRidleyScott
O realizador Ridley Scott volta a mergulhar no universo que lhe deu reconhecimento, convidando-nos a embarcar em nova viagem assombrada pela presença de aliens. Uma equipa de cientistas e exploradores viaja em busca das origens da humanidade, mas o que encontram pode ameaçar a vida na Terra e o futuro da raça humana.
Género Ficção científica Editora Fox
TEDSeth McFarlane
Aos oito anos, John Bennett tem um único amigo: Ted, o seu ursinho de peluche. Uma noite, o seu desejo de dar vida a Tedconcretiza-se e eles tornam-se inseparáveis, mas a amizade vai ser posta à prova quando John atinge a idade adulta.....
Género Comédia Editora Universal Pictures
OBRAS-PRIMASDE ALFRED HITCHCOCKAlfred Hitchcock Género Suspense Editora Universal Pictures
EMBLEMÁTICA UMA FOTOGRAFIAPROMOCIONAL DO FILME"OS PÁSSAROS" EM 1963
EM AGENDA
15 novembroPEDRO CHORÃOA galeria de Miguel Justino Alves, Bloco 103, em Lisboa, inaugura uma exposição de Pedro Chorão. Nascido em Coimbra em 1945, tem um percurso iniciado nos anos 70, mais propriamente em 1975, quando se estreou na Galeria da Emenda. Desde então nunca deixou de surpreender graças a uma linguagem que não alinhou em desvios ou modas, tendo sido sempre capaz de marcar o seu próprio tempo através de um original discurso pictórico. Confira.
25 novembroROLLING STONESDepois de cinco anos de ausência, os Rolling Stones voltam a juntar-se para quatro concertos com que pretendem celebrar os 50 anos da banda (ver Revista Unibanco 140), dois na Europa e outros tantos nos Estados Unidos. A O2 Arena, em Londres, onde terminou precisamente a última digressão, A Bigger Bang, dos Stones, recebe o primeiro concerto no dia 25 e o segundo no dia 29. E vale mesmo a pena a viagem para voltar a ver de perto a eterna banda de Mick Jagger, que recentemente se mostrou em forma em Paris num concerto surpresa para 350 pessoas, numa espécie de aquecimento para os quatro espetáculos que aí vêm.
27 novembroSLINKACHU THE BIG CITY Não tenha dúvidas: esta entrada na agenda vem a propósito do artigo entre as páginas 28 e 33, e é sobretudo um pretexto para reforçarmos a abordagem à arte urbana de Slinkachu, um artista que vive em Londres mas que tem corrido mundo num projeto denominado Little People.Slinkachu chega a uma cidade, monta uma pequena instalação com pessoas do tamanho de um dedo, fotografa o cenário
15 nov // 27 jan
revista unibanco 43
e abandona o local deixando o projeto para outros verem, caso, obviamente, deem por ele, o que não é nada fácil, tendo em conta a miniaturização da obra... O resultado pode ser conferido online, em little-people.blogspot.pt, em slinkachu.com e andipa.com. Slinkachu termina precisamente neste dia 27 de novembro uma mostra no Kunstverein Ludwigsburg, numa cidade situada a 12 km de Estugarda. Para além de alguns trabalhos do seu arquivo, está patente uma nova série de retratos levada a cabo nas ruas de Berlim, Estugarda e Ludwigsburg.
06 janeiroMODERNISMEOU MODERNITÉTermina em Paris, na MaisonEuropéene de la Photographie,a mostra Modernisme ou Modernité, com obras de Jean-Baptiste Gustave Le Gray, sem dúvida um dos mais importantes fotógrafos franceses do século XIX. Esta exposição abrange os dez anos entre 1850 a 1860 e inclui 160 imagens, muitas delas nunca antes vistas em público. E já que está na Maison aproveite para ver as obras emblemáticas da sua coleção permanente.
13 janeiroIMPRESSIONISM:SENSATION & INSPIRATIONO museu Hermitage Amesterdãoencerra a exposição dedicada ao impressionismo, que conseguiu reunir, sob fortes medidas de segurança, obras-primas como Dame au Jardin, de Claude Monet, ou o Retrato de Jeanne Samary, de Renoir. Estão também representados Eugène Delacroix, Paul Cézanne e Paul Gauguin, entre outros. Palavras para quê? Ligue para o Unibanco Viagens e marque a sua viagem enquanto é tempo.
25 janeiroREUNION BIG JAZZ BANDDepois do Ritz Club, em Lisboa, e de uma passagem por Sesimbra, a Reunion Big Jazz Band toca no Fórum Municipal Romeu Correia,em Almada. Francisco Costa Reis está à frente desta orquestra, que, depois de ter lançado Ouija – que se encontra à venda nas lojas da especialidade –, promove agora este seu primeiro trabalho num conjunto de concertos a realizar um pouco por todo o País. Para ver, ouvir e aplaudir.
27 janeiroHOLLYWOOD COSTUME
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Último dia para ver cerca de uma centena dos mais conhecidos looks usados por atores e atrizes, como Dorothy Gale, em O Feiticeiro de Oz (1939), Harrison Ford, em Os Salteadores da Arca Perdida,e Johnny Depp, em Piratas das Caraíbas (2007). A exposição, no londrino Victoria and Albert Museum, tem curadoria de
Deborah Nadoolman Landis – vencedora de vários prémios, entre os quais alguns Óscares, pelos guarda-roupas da sua autoria – e obrigou a procurar, identificar e assegurar o transporte de peças reunidas um pouco por todo o mundo junto de estúdios, museus e muitos colecionadores privados. Absolutamente imperdível.
A NÃO PERDER!
FATOS DE HOLLYWOOD
EM LONDRES
44 revista unibanco
CULTURA URBANACORRIDA
O desafio lançado é simples: descobrir a cidade
a correr. De dia ou à noite, pelos locais mais
emblemáticos, pelas ruas e vielas que enchem
as páginas dos mais reconhecidos guias
turísticos. É o caso, em Lisboa, do Chiado,
Bairro Alto, Glória, Castelo de São Jorge ou
de bairros como Alfama e Mouraria, ou zonas
como a Ribeira, a Sé, algumas Caves do Vinho
do Porto, ou túneis, na Invicta.
E é aqui que reside o charme destas provas,
que têm feito sair de casa e “dar corda
aos sapatos” a um número crescente de
pessoas. Corredores habituais, e não só.
Uns conduzidos pela novidade; outros, pela
curiosidade. Até porque não é preciso ser um
atleta profissional – o objetivo é, aliás, aliar
a promoção da prática da atividade física ao
lazer e convívio.
Lisboa e Porto concentram até agora estes
eventos. É o caso das Luna Runs, promovidas
pela Nike Running Portugal, com início ao cair
da noite, que convidam a descobrir a cidade ao
longo de cerca de 45 minutos, através de pistas
espalhadas pelos percursos. No final, não faltam
prémios nem convívio. Nem música ou piza!
As Urban Trail também vieram para ficar. Diz
quem participa que vão voltar. Especialmente
as Urban Night Races, à noite. Coimbra é a
próxima contemplada. Na Invicta, a Porto a
Subir, prova que vai da Ribeira até à Sé, faz jus
ao nome: é feita pelas escadarias de Guindães e
Codessal. Se o ar já lhe começa a faltar, respire
fundo e relaxe. A companhia e a boa disposição
são auxílios a não menosprezar.
RUNNING
UMA NOVA PERSPETIVA
Um novo conceito de desporto invade as nossas cidades. O formato chega de fora, prometendo revolucionar
a forma como se corre. Trata-se das corridas urbanas, feitas
nos centros históricos, aliando as componentes física,
lúdica e cultural
Descobrir a cidade a correr
NÃO ESQUECERMáquina fotográfica Atualmente cabem facilmente numa bolsa para prender à cintura ou no braço. A participação numa prova deste tipo vai deixar-lhe, decerto, bons momentos para recordar.
IluminaçãoEssencial para as provas noturnas, se não for fornecida pela organização. Luz frontal ou lanterna.
Companhia Não é absolutamente necessária e o ambiente é propício a conviver com os vários participantes, mas é sempre um bom incentivo.
Calçado adequado Afinal, vai correr ou andar, por isso conforto é essencial.
CORRER AQUILuna Runfacebook.com/NikeRunningPortugal
Porto a Subirrunporto.com
Urban Trail Lisboa, Porto e, brevemente, Coimbra urbantrail.pt
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46 revista unibanco
MODARESTAURANTEMODANOVOS TALENTOS
revista unibanco 47
MODARESTAURANTE
Novas personagens no palco da moda Não estão entre as referências que saltam
à memória na hora de nomear designersde moda de destaque. Muitos deles nem
ambicionam este feito. Com passos firmes,
mostram o seu talento e comprovam
que a moda está em constante renovação
texto de Catarina Vilar
Coco Chanel disse um dia: “A moda não é
algo presente apenas nas roupas. A moda
está no céu, nas ruas. A moda tem a ver
com ideias, a forma como vivemos, o
que está a acontecer.” Pegando nestas
palavras, não é difícil perceber que cada
novo momento na História da humanidade traz diferentes
abordagens e visões. A roupa de designer é muito mais que
um acessório, é, sim, uma forma de manifestação artística
e de expressar conceitos. Só aqueles que gritam com voz
própria conseguem imprimir o seu DNA no laboratório da
moda. Se há designers que se inscrevem de forma clara no
mainstream, outros movem-se em circuitos paralelos, menos
mediáticos mas igualmente inspirados. Têm sobre si menos
luzes de ribalta mas começam a espreitar por baixo do pano, a
projetar as suas peças e a ouvir o seu nome ecoar mundo fora.
UMA QUESTÃO DE ATITUDEGosta de desenhar as suas peças em torno do corpo feminino,
procurando sensualidade, construção e controlo. Considera
que são características saídas do seu sangue meio belga,
meio italiano. Anthony Vaccarello é o senhor de que se fala.
Em 2008 trocou Paris por Roma e ali estabeleceu o seu
MANISH ARORA
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48 revista unibanco
atelier. Afasta-se dos padrões e opta pelos tecidos
lisos e monocromáticos, que trabalha de forma
exemplar. O sex appeal que imprime às criações
cativou revistas da especialidade, produtores e
manequins. O seu feito? Vaccarello conseguiu
reinventar - e apimentar - o simples vestido preto,
aquele que a atriz Gwyneth Paltrow exibiu na
capa de março da revista Harper’s Bazaar e que
desafia as mentalidades mais conservadoras.
Noutro lado deste espetro encontra-se Manish
Arora, por muitos considerado o “John Galliano da
Índia”. Cada peça deste designer é uma explosão
de cores, com bordados e aplicações, num
conceito onde cozinha as tradições indianas com
abordagens ocidentais. Em 1997 lançou a linha
homónima e em 2011 faria uma nova aposta com
a coleção Fish Fry, associada à marca desportiva
Reebok. Em 2005 já via as suas criações na London
MODANOVOS TALENTOS
MARQUESALMEIDA
MANISHARORA
PRABAL GURUNG
SE HÁ DESIGNERS QUE SEINSCREVEM NO MAINSTREAM,OUTROS MOVEM-SE EM CIRCUITOS PARALELOS
revista unibanco 49
Elena Perminova e a estrela norte-americana
Cassie Ventura já se renderam a estas propostas.
Longe das gangas rasgadas, falemos de Sophia
Kah, marca londrina que vestiu estrelas musicais
como Florence ou Nelly Furtado. É formada pela
brasileira Camila Meca e pela portuguesa Ana
Teixeira Sousa. Aqui, a aposta é nos vestidos: os
cocktail dresses de Sophia Kah já estão à venda
em referências de luxo, como Harvey Nichols
e Feathers. Talento e visão de negócio são aqui
palavras chave: Camila estudou na Central
Saint Martins e Ana licenciou-se em Negócios
Internacionais na European Business School, ambas
em Londres. Seda, rendas, drapeados, aplicações,
fazem dos seus vestidos uma aposta de sucesso.
Alguns destes designers poderão nunca vir a ter
frases imortalizadas, como acontece com a senhora
que abriu este texto, mas trazem uma perspetiva
nova, inspirada, aquela que Chanel referiu ter
saído de boas ideias e da panóplia de abordagens
que o mundo contemporâneo oferece. Se uns se
mantêm num palco secundário, mas não menos
prestigiante, outros assumem a posição de atores
principais num universo onde os tecidos podem
atingir a categoria de obras de arte.
PRABAL GURUNGNO PASSEIO DA FAMA
Oprah Winfrey, Michelle Obama, Zoe Saldana, Lady Gaga, Carrey
Mulligan, Demi Moore, são algumas celebridades que escolheram vestir as criações de Prabal Gurung. Nasceu em Singapura, cresceu no Nepal e começou a carreira em Nova Delhi, Índia. Foi stylist e assistente em diversos desfiles, até se estabelecer em Nova Iorque, em 1999. Lançou a primeira coleção em 2009 e um ano depois estava na Semana da Moda nova-iorquina. Os seus vestidos são uma das escolhas de Kate Midletton. Em menos de uma hora, um vestido de Prabal usado pela princesa esgotou no site de vendas Amazon. Divas de Hollywood, a primeira-dama americana, realeza, todas se deixaram cativar pelas suas criações, e já a revista Time o considerou “o novo fenómeno da moda”. Mistura inspirações de todos os países onde viveu e tem uma prioridade: fazer as mulheres sentirem-se belas, confiantes e femininas com as suas roupas.
Fashion Week, o que abriu a porta do prestigiado
Victoria & Albert Museum às suas peças. Foi diretor
artístico da casa Paco Rabanne e colaborou com
marcas de referência como a MAC ou Swatch. A sua
fórmula de sucesso? Proporcionar um verdadeiro
espetáculo psicadélico na passerelle - que parece
ter saído de Bollywood –, mas aliando-o a uma
forte visão comercial. As suas peças saltam da
catwalk para a rua num piscar de olhos.
O NOVO SANGUE LUSITANOVivem em Londres e já apresentaram as suas
coleções em mais de uma Semana da Moda
desta cidade. A dupla de criadores nacionais
Marta Marques e Paulo Almeida forma a marca
Marques Almeida. T-shirts e jeans são peças
de eleição de uma proposta que se quer jovem,
descontraída e muito contemporânea (a inspiração
recua, por norma, à década de 90 e ao grunge
em Seattle). Quase acabaram de chegar, mas já
puseram um pé na Semana da Moda parisiense
e na ModaLisboa. Marta estagiou com Alexandra
Moura e Paulo com Luís Buchinho, no Reino
Unido passaram pelos ateliers de Vivienne
Westwood/Anglomania e Preen. A modelo
PLAYAS PEÇAS DE VACCARELLO TRANSPIRAM SEX APPEAL
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Tons de outono
SHOPPINGMODA
COCCINELLE: 15% BCBGMAXAZRIA: 10% KAREN MILLEN: 10% MAX&Co.: 10%* Campanha válida até 24 de dezembro de 2012 e não acumulável com outras promoções em vigor.Consulte as lojas aderentes em unibanco.pt_Descontos.
Blusão em pele KAREN MILLEN
Mala verde em pele gravada COCCINELLE
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revista unibanco 51
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Vestido em lantejoulas BCBGMAXAZRIA
Vestido MAX&Co.
Sapatos MAX&Co.
Mala camel COCCINELLE
BotinsBCBGMAXAZRIA
52 revista unibanco
NAVEGAÇÃOTOSCANA
Odisseia no
MediterrâneoLonge das suas grandes cidades, como Florença e Pisa,
a Toscana encerra algumas das aldeias medievais mais
bem conservadas de Itália. A melhor forma de as visitar
é de automóvel, escolhendo um caminho a seu gosto texto de Oriol Pugés
revista unibanco 53
54 revista unibanco
B eleza, sim. A beleza é o primeiro adjetivo
que nos ocorre empregar quando atraves-
samos esta região maravilhosa chamada
Toscana. Como na Atenas de Péricles,
poderia dizer-se que aqui os homens, os
deuses, a Natureza e a História se aliaram
para atingir algo parecido com a perfeição. Aqui, como em
Atenas, a concentração de obras-primas ocorreu no meio de
contínuas lutas civis e guerras com o estrangeiro. O cenário
onde se ergueram 20 cidades – todas elas seriam, noutras
latitudes, autênticas capitais – e cerca de 300 comunidades,
que ocultam outras tantas pequenas maravilhas, é de uma
variedade excecional. Perante este facto, que poeta poderia
resistir a um nascer do sol na Toscana? Embora não sejamos,
nem de longe, poetas, não conseguimos resistir aos encantos
da Toscana, e aqui estamos, por fim, ansiosos por descobrir
a região e, sobretudo, os seus tesouros mais bem guardados.
LUCCA, A MELÓMANADe Florença, no final de um trajeto entre florestas de cas-
tanheiros e faias, e estendida sobre uma grande planície,
destaca-se Lucca, rodeada por poderosas muralhas cons-
truídas entre 1504 e 1645. São as fortificações mais bem
conservadas da Europa e podem percorrer-se a pé.
Para se aceder ao centro histórico há que deixar o auto-
móvel no parque da Rua Carducci, ao abrigo das muralhas,
pois aqui só se pode andar a pé ou, quando muito, de bicicleta.
Seguindo a direção da Porta San Pietro, que liga o coração
da cidade à Praça Napoleone, mais conhecida como Praça
Grande, onde se ergue o palácio ducal, e percorrendo a Rua
do Duomo, chega-se a São Martinho, a catedral de Lucca.
Para continuar a visita à cidade indicam-me outra rua,
NAVEGAÇÃOTOSCANA
ENCANTADORAS Da esquerda para a direita, em cima: Lucca, Siena e Volterra, três das paragens de um roteiro imperdível em Itália
PLAY
SAN GIMIGNANO
É PROTEGIDA PELA UNESCO
revista unibanco 55
FLORENÇAA CIDADE DA ARTE
OUnibanco Viagens propõe-lhe um citybreak em hotéis de três,
quatro e cinco estrelas com preços desde €527,00 por pessoa em quarto duplo (Hotel delle Nazioni) a €597,00 (Hotel Monna Lisa) ou €808,00 (Grand Hotel Villa Medici). Partidas de Lisboa de 1 nov. 2012 a 31 maio 2013 (exceto Natal, fim de ano, Carnaval e Páscoa). Inclui passagem aérea em classe económica com destino a Roma e comboio rápido para o percurso Roma/Florença/Roma. Informe-se pelo 213 509 797 ou em qualquer agência Top Atlântico. Os preços incluem as condições especiais para clientes Unibanco.
igualmente encantadora: o caminho de ronda das muralhas
fortificadas, que passa perto da exuberante campina. Aqui,
nos pontos mais belos e tranquilos das colinas que rodeiam
Lucca, erguem-se mais de 300 aldeias, construídas pelos
habitantes ao longo de quatro séculos. São lugares tran-
quilos, que nos levam à meditação, à contemplação de um
ambiente puro, que devemos visitar sem pressas. Com este
espírito, acedemos ao Palácio Pfanner, um imponente edifício
reconstruído em 1667, em cujo interior se esconde um dos
jardins mais belos da Toscana, e à Villa Bottini, edificada no
século XVI no meio de um parque magnífico, onde assistimos
a um concerto ao ar livre sob as arcadas de um pórtico. Que
bela maneira de concluir a visita à cidade!
SAN GIMIGNANO MEDIEVALRumando de Florença até Siena por uma estrada secundária,
atravessando uma campina verdejante, coberta de vinhedos
e de extensões salpicadas de colinas até onde a vista alcan-
ça, algo chama imperiosamente a atenção. De improviso,
uma floresta peculiar de torres recorta-se no horizonte: é a
cidade de San Gimignano, um dos centros medievais mais
bem conservados de Itália. Este burgo ergue-se sobre uma
colina de apenas 334 metros de altura, mas o efeito que pro-
duz à primeira vista é impressionante, como se dominasse
efetivamente todo o vale do Elsa. Durante a Idade Média, a
nobreza local mandou edificar nesta região 72 torres para
proteger a Via Francigena, estrada que levava a Roma e na
qual San Gimignano era uma das etapas mais importantes.
Os peregrinos que chegavam do Norte da Europa gostavam
muito desta cidade, porque lhes transmitia uma sensação de
segurança e de comodidade: era o lugar ideal para descansar
antes de retomar o caminho. Hoje, daquelas torres-sentinelas
não restam mais que 14, das quais a mais famosa é a Torre
Grossa, de 54 metros, verdadeira expressão de domínio
NÃO CONSEGUIMOS RESISTIRAOS ENCANTOS DA TOSCANAE AQUI ESTAMOS, POR FIM,ANSIOSOS POR DESCOBRI-LA
56 revista unibanco
NAVEGAÇÃOTOSCANA
sobre o vale do Elsa.
Penetra-se no burgo pela única via de acesso, infeliz-
mente repleta de autocarros cheios de turistas, cuja presença
neste recanto medieval de Itália é quase irreverente. Mas San
Gimignano é um lugar protegido pela UNESCO, Património
da Humanidade, e seria igualmente irreverente não o visitar.
São horas de almoço e as pessoas ocupam as enotecas e os
bares, o que nos permite passear em paz pelas ruas e admirar
os seus impressionantes edifícios de pedra. A cidade mere-
ce uma visita demorada, caminhando por ruas estreitas e
pavimentadas com seixos, entre portões de ferro, muralhas
e torres que evocam a memória de lendários episódios de
damas e cavaleiros, soldados e príncipes de nobres famílias,
que permitiram aos melhores artistas da Europa trabalhar
nas escolas de Siena e Florença, enquanto os palácios de San
Gimignano se enriqueciam com as suas pinturas.
Nada se compara a San Gimignano!
A ETRUSCA VOLTERRA Seguindo para sul, muito perto de San Gimignano, encontra-
-se uma das pequenas cidades mais estranhas do país tran-
ITALIA SOLE MIO ROTA TOSCANA
O Unibanco Viagens propõe-lhe um programa de nove dias com passagens por Milão, Verona, Veneza, Pádua, Pisa, Florença, Siena, Assis e Roma, com preços desde €909,00 por pessoa em quarto duplo, com pequeno-almoço, em hotéis centrais de 4 estrelas.
1º dia LISBOA/MILÃOVoo regular com destino a Milão. Chegada, transporte ao hotel e alojamento. Não deixe de passear pela Via Manzoni e Napoleão e admire as grandes montras das lojas Versace, Dolce & Gabbana, Gucci, Armani, entre outros.
2º dia MILÃO/LAGO DE GARDA/VERONA/VENEZATour de orientação em Milão: Castelo Sforza, Scala, Praça do Duomo e Catedral. Saída em direção ao Lago de Garda (de abril a outubro), onde efetuaremos um pequeno cruzeiro de barco entre as localidades de Desenzano e Sirmione. Posteriormente, chegada a Verona, a cidade que Shakespeare imortalizou no seu Romeu e Julieta, e breve tour de orientação. Continuação para Veneza, arquipélago de 118 ilhas conectadas por 400 pontes. Alojamento.
3º dia VENEZAInício de um passeio em barco pela Lagoa
de Veneza, passando por algumas das suas ilhas, até chegar à Praça de São Marcos. Desembarque e breve tour de orientação, destacando a Basílica de São Marcos, o Campanille e o Palácio Ducal. Possibilidade de visitar uma fábrica e assistir à criação de verdadeiras obras de arte em cristal. Opcionalmente, poderá efetuar um romântico passeio de gôndola com música e espumante. Resto de dia livre. Alojamento.
4º dia VENEZA/PÁDUA/PISA/FLORENÇASaída para Pádua e visita à Basílica de Santo António. Continuação para Pisa, uma das mais conhecidas cidades toscanas, para admirar a sua Torre inclinada. Chegada à tarde a Florença e breve paragem na Praça Miguel Ângelo, com uma bela vista sobre a cidade. Alojamento.
5º dia FLORENÇAVisita panorâmica, a pé, com passagens pela Praça de La Signoria, Il Duomo com a Basílica de Santa Maria dei Fiori, Batistério, Santa Croce e Ponte Vecchio. Resto de dia livre para passear pelas ruas e descobrir a cada passo o legado artístico que a cidade conserva. Alojamento.
6º dia FLORENÇA/SIENA/ASSIS/ROMASaída em direção a Siena, que se destaca pela sua Praça do Campo em forma de leque. Continuação pela região de Umbria, para
visitar Assis e a Basílica de São Francisco. Continuação de viagem para Roma pelo vale do Tibre. A cidade imperial tem especial encanto ao anoitecer. Como opcional, propomos realizar a excursão da Roma Barroca Iluminada. Alojamento.
7º dia ROMAVisita panorâmica da cidade, visitando o Lungotevere e passando por: Porta Portese, Pirâmide, Porta Ostiense, Termas de Carcala, Santa Maria Maior, São João de Latrão, Coliseu, Piazza Veneza, Teatro Marcello, Circo Máximo e Capitólio. O passeio inclui visita ao bairro de Trastevere. Visita opcional ao Museu do Vaticano, Capela Sistina e Basílica de São Pedro. Alojamento.
8º dia ROMADia livre. Excursão opcional a Nápoles, que reflete o caráter do Sul de Itália, e a Capri, a famosa ilha paradisíaca de rochedos e grutas. Alojamento.
9º dia ROMA/LISBOATransporte ao aeroporto e embarque para Portugal. Chegada e fim de viagem.
Partidas de Lisboa a 10, 17 e 24 nov. e 1, 8, 15, 22 e 29 dez. 2012. Informe-se pelo 213 509 797 ou em qualquer agência Top Atlântico. Os preços incluem as condições especiais para Clientes Unibanco.
PLAYBEM-VINDO AO BASTISTÉRIO DE SÃO JOÃO, EM FLORENÇA
�
revista unibanco 57
salpino, com os enormes leitos de torrentes que a rodeiam e
que parecem dispostos a devorá-la completamente. Numa
colina, entre os vales do Era e do Cecina, e rodeada por uma
dupla fileira de muralhas, uma etrusca e outra medieval,
surge Volterra.
O aspeto do seu traçado urbano, dos seus palácios, torres
e igrejas é medieval. No entanto, Volterra conserva muitos
testemunhos do período etrusco, como a Porta do Arco e
a Acrópole. A presença romana é igualmente visível nas
ruínas do teatro de Vallebona, da época de Augusto, e nos
edifícios termais.
Para contemplar uma impressionante panorâmica desta
bela localidade toscana há que subir a pé até à Praça dei Prio-
ri, de onde se contempla um cenário emocionante sobre as
ruínas do teatro romano e onde se encontram os principais
monumentos da cidade: o Palácio Pretório, com a torre de
ameias chamada Torre del Porcellino, a catedral do século
XII, o Batistério, construído em pedra local, e o Palácio dei
Priori, o mais antigo da região.
A cidade de Volterra é mágica, ancorada na eternidade,
muito animada, com ruas onde é delicioso passear calma-
mente... ou simplesmente deixar passar o tempo.
Situada no coração da península italiana, a Toscana ocupa cerca de 23 mil quilómetros quadrados, que representam algo como 8% do território nacional.
IRExiste uma oferta alargada de voos de Portugal para Itália, nomeadamente com várias carreiras diárias para Milão (TAP, Lufthansa e EasyJet), de onde se pode depois partir para explorar, de carro, diversas regiões italianas
FICARHOTEL PRINCIPESSA ELISA
Tel.: +39 0583 370 037Via Nuova per Pisa, 152, Lucca
Casa rústica tranquila e reservada, com apenas 10 quartos, com mobiliário de estilo antigo.
ALBERGO VILLA NENCINITel.: +39 0588 863 86Borgo Santo Stefano, 55, Volterra
Construído em pedra e rodeado por um pequeno parque, fica a poucos minutos do centro histórico de Volterra.
HOTEL CERTOSA DI MAGGIANO
Tel.: +39 0577 288 180Strada di Certosa, 82, Siena
Construído em 1314, era o mosteiro cartuxo mais antigo da Toscana. Desde 1969 pertence à família Grossi Recordati, que remodelou uma das alas para o tornar num hotel tranquilo e exclusivo.
VILLA SAN PAOLOTel. +39 0577 955 100Strada per Certaldo, San Gimignano
Esta elegante villa ergue-
-se sobre a colina de San Gimignano, entre espaçosos terraços ajardinados.
COMERA cozinha toscana, de origem campestre, baseia-se em produtos genuínos, como o azeite, a carne, os enchidos, acompanhados de pão sem sal, o peixe e os queijos, entre os quais se destacam o Ricota e os Pecorini. Entre as sobremesas, os cantucci e o panforte de Siena. O Pecorino, elaborado segundo antigas tradições, é muito famoso.
A Toscana é igualmente conhecida pelos seus vinhos: o Montalcino (rosé e tinto) é o mais famoso; o Chianti é também desta região.
BUCA DI SANT’ANTONIO Tel.: +39 0583 558 81 Via della Cervia, 3, Lucca
Pratos regionais muito variados. É o restaurante mais famoso da cidade.
LOGGETel.: +39 0577 480 13Via del Porrione, 33, Siena
Decorado, principalmente, com madeiras e mármores, oferece um ambiente requintado e pratos muito elaborados, com os melhores produtos toscanos.
COMPRARA Toscana é uma terra de artesãos hábeis e imaginativos. A região é conhecida pelas suas cerâmicas: vasos, louças, esculturas e joias.
TOSCANA
Toscana no mapa
MY NAME IS LUCCA No centro histórico desta cidade só se pode andar a pé ou, quando muito, de bicicleta
SAN GIMIGNANO MERECEUMA VISITA DEMORADA, CAMINHANDO POR RUAS ESTREITAS
58 revista unibanco
SIENA FESTIVA Já em pleno coração da Toscana, surpreendemo-nos com
Siena, a cidade medieval mais bonita de Itália. A sua Praça
del Campo, considerada uma das três mais belas praças do
mundo, proporciona um palco ideal para uma commedia
dell’arte: onze ruas desembocam num cenário em forma
de concha, cujo desnível nos incita a correr ou a marcar um
encontro. Nesta urbe tão colorida, rodeada por três colinas
de argila vermelha, a terra de Siena, pressente-se a Idade
Média, com a sua imaginação e bom-humor.
A Praça del Campo acolhe em julho e agosto
a festa do Palio, uma de muitas manifestações de
origem medieval que ainda permanece intacta na
cidade e certamente a mais concorrida, a ponto
de a repetirem no dia 16 de agosto. Observando
e falando com os habitantes de Siena, damo-nos
conta de que o Palio não é apenas o espetáculo das ruas e
dos cavalos na Praça del Campo. É um momento de intensa
vida comunitária, uma oportunidade para uma série de
eventos, de festejos e para a bênção de cavalos e cavaleiros.
É uma época de festa em cada bairro, quando os vizinhos se
vestem com trajes medievais e exibem os seus estandartes
e bandeiras. É uma cavalgada frenética e extraordinária,
violenta e por vezes cruel, que suscita as mesmas emoções
há séculos. Tudo acontece na Praça del Campo, 33 metros
de cenário em forma de caracol (embora haja quem diga que
se parece com o manto da Virgem, padroeira da cidade), de
onde correm os cavalos que representam os diversos bairros
de Siena. Nas varandas circundantes e mesmo dentro da
própria praça as pessoas apinham-se para incitar e aplaudir
os seus cavaleiros.
Terminada a festa, a Praça del Campo fica ainda mais
bela: elegante e harmoniosa, alberga uma série de edifícios de
prestígio, como o Palácio Público medieval, a sede da Câmara
Municipal e o Museu Cívico, com pinturas de Simone Martini.
Do alto da Torre dei Mangia, a vista sobre os telhados de Sie-
na e sobre a campina verdejante que a rodeia é espetacular.
Pode, inclusivamente, ver-se o Duomo, com a sua planta em
forma de cruz latina e as suas três naves, construído entre os
séculos XII e XIII sobre um antigo edifício, com as fachadas de
mármore branco, verde e vermelho e a rosácea rodeada por
bustos de patriarcas. Junto ao Duomo avistam-se o Batistério,
de mármore branco, e o Hospital de Santa Maria della Scala,
com uma fachada lindíssima e adornado com frescos.
“Siena é um lugar que, mais do que qualquer outro, pode
abrir-te o coração”, reza a frase escrita numa antiga ins-
crição da Porta Camollia. E é verdade: Siena tem um rico
património artístico, com monumentos, igrejas e palácios
aristocráticos que não podem perder-se.
SIENA É A CIDADE MEDIEVALMAIS BONITA DE ITÁLIA E A PRAÇADEL CAMPO UMA DAS TRÊS MAISBELAS PRAÇAS DO MUNDO
NAVEGAÇÃOTOSCANA
Roteiro imperdível As pequenas
cidades que
visitámos na
Toscana merecem a
nossa escolha pela
sua graça e beleza
e são paragem
obrigatória para
uma viagem
completa e
inolvidável pela
região.
revista unibanco 59
NAVEGAÇÃOROTAS
FIM DE ANO EM PORTUGALCruzeiro no DouroDOURO QUEENVálido de 31 dezembro 2012 a 1 janeiro 2013.Inclui: Estada de 1 noite em cabina dupla sem varanda
Cocktail de boas-vindas a bordo
animação pela noite dentro Brunch no dia 1
de janeiro.Preço por pessoa: €223 em cabina dupla
Vila Nova de GaiaHOTEL HOLIDAY INN PORTO GAIA ****Válido de 30 dezembro 2012 a 1 janeiro 2013.Inclui: Estada de 2 noites em quarto duplo standardPequeno-almoço com showcooking
réveillonde Hidroterapia no Spa & Tea
com seis estações de jatos de
Preço por pessoa: €204 em quarto duplo
SeiaHOTEL EUROSOL SEIA--CAMELO ***Válido de 28 dezembro 2012 a 1 janeiro 2013.Inclui: Estada de 2, 3 ou 4 noites em quarto duplo standardPequeno-almoço buffet
réveillonaperitivos, jantar, baile com música
Preço por pessoa: €169 em quarto duplo (programa de 2 noites)€200 em quarto duplo (programa de 3 noites)€226 em quarto duplo (programa de 4 noites)
Monte Real - LeiriaPALACE HOTEL MONTE REAL ****Válido de 29 dezembro 2012 a 1 janeiro 2013.Inclui: Estada de 1, 2 ou 3 noites em quarto duplo standard-almoço buffet
Brunch dia 1 de janeiro.Preço por pessoa: €188 em quarto duplo (programa de 1 noite)€228 em quarto duplo (programa de 2 noites)€267 em quarto duplo (programa de 3 noites)
SantarémHOTEL SANTARÉM ****Válido de 31 dezembro 2012 a 1 janeiro 2013.Inclui: Estada de 1 noite em quarto duplo standard
de réveillon
baby-sittingBrunch
Preço por pessoa:€143 em quarto duplo
VilamouraHOTEL DOM PEDRO GOLF ****Válido de 29 dezembro 2012 a 1 janeiro 2013.Inclui: Estada de 1, 2 ou 3 noites em quarto duplo standard-almoço buffet
Réveillon: jantar, música ao Brunch dia 1 de janeiro.
Preço por pessoa:€176 em quarto duplo (programa de 1 noite)€200 em quarto duplo (programa de 2 noites)€219 em quarto duplo (programa de 3 noites)
Carvoeiro HOTEL BAÍA CRISTAL ****Válido de 29 dezembro 2012 a 1 janeiro 2013.Inclui: Estada de 1, 2 ou 3 noites em quarto duplo standard
e réveillonBuffet
Brunch buffet
piscina interior climatizada, jacuzzi,
Late check-out
Preço por pessoa:€162 em quarto duplo (programa de 1 noite)€190 em quarto duplo (programa de 2 noites)€219 em quarto duplo (programa de 3 noites)
Funchal – Porto Moniz – – Camacha – Pico do Areeiro – SantanaFIM DE ANO EM CIRCUITO NA MADEIRAPartidas de Lisboa ou Porto no dia 28 dezembro 2012.Inclui:
duplo standard no Hotel Four Views
réveillon com animação
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Ponta Delgada – Lagoa do Forno e Furnas – Lagoa das Sete Cidades - NordesteFIM DE ANO EM CIRCUITO EM S. MIGUEL/AÇORESPartidas de Lisboa ou Porto no dia 28 dezembro 2012. Inclui:
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revista unibanco 59
60 revista unibanco
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TurquiaISTAMBULPartida de Lisboa no dia 29 dezembro 2012.Inclui: Passagem aérea em classe
Preço por pessoa:Desde €658 em quarto duplo
FrançaPARISPartida de Lisboa no dia 29 dezembro 2012.Inclui: Passagem aérea
Preço por pessoa: Desde €662 em quarto duplo
ItáliaVENEZAPartidas de Lisboa ou Porto no dia 29 dezembro 2012.Inclui: Passagem aérea em classe
de viagem.Preço por pessoa: Desde €657 em quarto duploNota: às saídas do Porto acresce €25/pessoa
República ChecaPRAGAPartidas de Lisboa ou Porto
Inclui: Passagem aérea em classe
Preço por pessoa: Desde €715 em quarto duploNota: às saídas do Porto acresce €25/pessoa
Dakar – Lago Rosa – Ilha de Gore – Safari Bandia – Parque Nacional Sine Saloum – Delta Niominka – Joal Fadiouth – Saly PortudalSENEGAL EM CIRCUITO CULTURAL E DE CHARMEPartidas de Lisboa ou Porto no dia 29 dezembro 2012.Inclui: Passagem aérea
em transporte privativo com
ar condicionado e acompanhado
lounge
de viagem.Preço por pessoa: Desde €1996 em quarto duploNota: às saídas do Porto acresce €25/pessoa
60 revista unibanco
Rovaniemi/FinlândiaFIM DE ANO NA TERRA DO PAI NATALPartida de Lisboa no dia 29 dezembro 2012.Inclui: Passagem aérea em voos TAP/Finnair em
privado aeroporto/hotel/
noites em quarto duplo
Regime de meia pensão, incluindo o jantar de
Celebração da passagem de ano em pleno Ártico com uma discoteca gigante em gelo, bares de gelo, fogo de artifício, um espetáculo de dança
Santa Safari com entrega de diploma da travessia
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revista unibanco 61
ESCAPADAS EM PORTUGALEscapadinha Albandeira no CarvoeiroSUITES ALBA RESORT & SPA *****Programa válido de novembro 2012 a março 2013 (exceto Natal, fim de ano, janeiro, Carnaval e Páscoa).Inclui: Estada de 2 noites em suite villa
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sensações e sala de relaxamento
Preço por pessoa: €125 em quarto duplo
Romance junto ao mar em CascaisSENHORA DA GUIA CASCAIS BOUTIQUE HOTEL *****Programa válido de janeiro a março 2013 (exceto Carnaval e Páscoa).Inclui:
relaxante a 2 no SPA
Late check-out até às 13h30 (mediante disponibilidade).Preço por pessoa: €145 em quarto duplo
Abrande o ritmo no LusoGRANDE HOTEL DO LUSO ****Programa válido de janeiro a março 2013 (exceto Carnaval e Páscoa).Inclui: Estada de 2 noites em
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de Massagem Total Relax
Preço por pessoa: €150 em quarto duplo
HolandaAMESTERDÃOPartidas de Lisboa de 1 novembro 2012 a 30 abril 2013 (exceto Natal, fim de ano e Páscoa).Inclui: Passagem aérea em classe
panorâmica da cidade em
Desde €498 por pessoa em quarto duplo
EspanhaMADRIDPartidas de Lisboa de 1 novembro 2012 a 30 abril 2013 (exceto Natal, fim de ano e Páscoa).Inclui: Passagem aérea em classe
Desde €362 por pessoa em quarto duplo
FrançaPARISPartidas de Lisboa de 1 novembro 2012 a 30 abril 2013 (exceto Natal, fim de ano e Páscoa).Inclui: Passagem aérea em classe
Desde €463 por pessoa em quarto duplo
HungriaBUDAPESTEPartidas de Lisboa de 1 novembro 2012 a 30 abril 2013 (exceto Natal, fim de ano e Páscoa).Inclui: Passagem aérea em classe
Desde €451 por pessoa em quarto duplo
AlemanhaMUNIQUEPartidas de Lisboa de 1 novembro 2012 a 30 abril 2013 (exceto Natal, fim de ano e Páscoa).Inclui: Passagem aérea em classe
hop on hop off
Desde €480 por pessoa em quarto duplo
Pequim & ShangaiCHINA
novembro 2012 a 18 fevereiro 2013 (exceto Natal e fim de ano).
1º dia – Porto ou Lisboa/PequimComparência no aeroporto
Noite a bordo.2º dia – Pequim
modernidade. Resto do dia livre.
Otani *****.3º dia – Pequim
Tian An Men e à Cidade Proibida,
cor predominante é o vermelho. Almoço. À tarde, visita ao Palácio de
de acrobacia.4º dia – Pequim/Grande Muralha
por esta grandiosa maravilha da engenharia. Almoço. À tarde, visita
jantar especial de pato.5º dia – Pequim/Xangai
em 1420. A viagem pelo templo é distinta e tradicional, começando
caminho das cerimónias. Almoço
Chegada e alojamento no
6º dia – Xangai
Entraremos na parte antiga, onde
mais de 20.000 m2 e cerca de 30
jovens vêm rezar. Passeio pelo
revista unibanco 61
VIAGENSPARA RESERVARESTES DESTINOS LIGUE 213 509 797/707 237 800, CONTACTE [email protected] OU VISITE QUALQUER AGÊNCIA DA TOP ATLÂNTICO
62 revista unibanco
7º dia – Xangai/Lisboa ou PortoPequeno-almoço no hotel. Transporte ao aeroporto para embarque em voo com destino a Portugal, via cidade europeia. Noite a bordo.8º dia – Lisboa ou PortoChegada a Lisboa ou Porto e fim da viagem.Inclui: Passagem aérea em voos British Airways ou KLM/Air France
velocidade de Pequim para Transfers e visitas em
privado acompanhadas de guia
em quarto duplo com pequeno--almoço nos hotéis previstos ou
+ 1 jantar (bebidas não incluídas)
segurança e combustível
Desde €1517 por pessoa em quarto duplo
Uma semana mágicaÍNDIAPartidas de Lisboa ou Porto de 1 novembro 2012 a 25 março 2013
1º dia – Porto ou Lisboa/DelhiComparência no aeroporto 120 minutos antes da partida. Formalidades de embarque e partida com destino a Delhi, via uma cidade europeia. Chegada e
2º dia – DelhiPequeno-almoço. De manhã, visita a Jamad Masjid, a maior mesquita da Índia, em pleno coração da Velha Delhi. Mais tarde, iremos ao
Continuação com uma panorâmica
Porta da Índia. Para completar, visita ao Templo de Birla, ao Templo
de Qutab Minar, com 72 metros de altura.
3º dia – Delhi/Agra
estrada para Agra, cidade que alternava com Delhi como capital do Império Mongol. À tarde, veremos o Forte Vermelho e os
que se elevam majestosamente nas margens do pacífico rio Jamuna, assim como o Taj Mahal, que, com
que o contemplam. Alojamento no Hotel ITC Mughal *****.4º dia – Agra/Fatehpur Sikri/Jaipur
abandonada, aparentemente, por
seu nome à cor do arenito com que
antiga cidade. Alojamento no Hotel
5º dia – Jaipur/Amber/JaipurPequeno-almoço. Visitaremos Amber, que desde o caminho nos brinda com uma imagem
estão adornadas com pinturas e
6º dia – Jaipur/Samode/ Delhi
convertido num requintado hotel
e continuação da viagem para o aeroporto de Delhi.7º dia – Delhi/Lisboa ou Porto
a Portugal, via cidade europeia. Chegada a Lisboa ou Porto e fim da viagem.Inclui: Passagem aérea em voos
Transfers e visitas acompanhadas de guia
em quarto duplo com pequeno--almoço nos hotéis previstos ou
Desde €1892 por pessoa em quarto duplo
À descoberta do OesteESTADOS UNIDOSDA AMÉRICAPartidas de Lisboa ou Porto
1º dia – Porto ou Lisboa/ Los AngelesComparência no aeroporto 120 minutos antes da partida. Formalidades de embarque e partida com destino a Los Angeles. Chegada e alojamento no Hotel
2º dia – Los AngelesVisita panorâmica a Hollywood e Beverly Hills. Aqui encontram-
espetaculares do país.
3º dia – Los Angeles/Grand Canyon
entraremos no deserto para atravessar o Parque Nacional
Canyon. Alojamento no Hotel
4º dia – Grand Canyon/ Las VegasPequeno-almoço. Manhã dedicada a um passeio panorâmico pelo
em miradouros. Continuação da viagem para Las Vegas. Alojamento
5º dia – Las VegasPequeno-almoço. Dia livre. À noite realizaremos uma visita noturna à cidade, onde os néons, os casinos
do pôr do sol.6º dia – Las Vegas/Fresno
entre deserto, montanha e vales
7º dia – Fresno/Yosemite/ São FranciscoPequeno-almoço. Visita aos principais pontos de interesse do Parque Nacional de Yosemite. Depois
Hotel (Primeira).8º dia – São Francisco Pequeno-almoço. De manhã, visita panorâmica da cidade, onde
Chinatown, a Câmara Municipal e
Tarde livre.9º dia – São Francisco/Monterrey/Carmel/Santa Maria
para Monterrey, onde realizaremos uma visita panorâmica a esta
17 Mile Drive, chegaremos a Carmel, onde teremos tempo livre antes de
Maria. Chegada e alojamento no
10º dia – Santa Maria/Los Angeles
a Los Angeles passando por
Chegada à tarde a Los Angeles. Alojamento no Hotel Wilshire
11º dia – Los Angeles/Lisboa ou Porto
aeroporto para embarque em voo com destino a Portugal. Noite a bordo.12º dia – Lisboa ou PortoChegada a Lisboa ou Porto e fim da viagem.Inclui: Passagem aérea em voos United Airlines em classe L
Transfers e visitas acompanhadas
de 3 noites em Los Angeles em
de 7 noites nas restantes cidades em quarto duplo, com pequeno-almoço, nos hotéis previstos ou
parques nacionais
viagem.Desde €2625 por pessoa em quarto duplo
NAVEGAÇÃOROTAS
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Uma viagem inesquecívelNOVA ZELÂNDIAPartidas de Lisboa ou Porto de 6 novembro 2012 a 26 março 2013 (exceto Natal e fim de ano).1º dia – Porto ou Lisboa/AucklandComparência no aeroporto 120 minutos antes da partida. Formalidades de embarque e partida com destino a Auckland, via uma cidade europeia. Noite a bordo.2º dia – Em viagem.3º dia – AucklandChegada a Auckland, chamada a "Cidade das Velas" pela quantidade de barcos que povoam as suas águas. Alojamento no Hotel Stamford Plaza ****.4º dia – Auckland Pequeno-almoço no hotel. Visita ao museu, com interessantes relíquias maoris e polinésias, e ao Bairro de Parnell, um dos mais antigos de Auckland, até chegar a Mission Bay. Em seguida, subiremos à Sky Tower (328 metros de altura). Continuaremos até à costa oeste, onde visitaremos o Parque Regional de Muriwai.5º dia – Auckland/Waitomo/RotoruaPequeno-almoço no hotel. Saída até Waitomo para visitar as grutas das larvas luminosas, com passeio de barco para ver como as larvas iluminam o teto
da gruta. Almoço tipo barbecueneozelândes. Continuação para Rotorua, centro termal e da cultura maori. Ao entardecer seremos recebidos à maneira tradicional numa vila maori, onde desfrutaremos das suas danças e canções para continuar com um jantar típico maori. Alojamento no Hotel Millennium ****.6º dia – Rotorua/Christchurch/Lake TekapoApós o pequeno-almoço no hotel, saída para visita da reserva termal de Waimangu. Transporte ao aeroporto para embarque com destino a Christchurch. Chegada e continuação por estrada até à zona agrícola de Canterbury Plains, para desfrutar de um lanche numa típica quinta neozelandesa. Chegada ao Lago Tekapo e alojamento no Hotel Peppers Bluewater Resort ****.7º dia – Lake Tekapo/WanakaPequeno-almoço no hotel. Visita a este maravilhoso lago, rodeado de montanhas, com cristalinas águas azul-turquesa. Saída até Wanaka, via Mackenzie Country. Chegada a Wanaka e alojamento no Hotel Edgewater Resort ****.8º dia – Wanaka/QueenstownPequeno-almoço no hotel. Manhã livre para passear por este espetacular lago. Saída para Queenstown, passando por Arrowtown, pitoresca cidade que conserva todas as reminiscências da
época da "febre do ouro", e paragem na “Bungy Bridge”, local que deu origem ao bungeejumping. Continuação para Queenstown, capital mundial da aventura, uma cidade alpina à beira do lago Wakatipu e rodeada pela montanhas Remarkables. Passeio pela cidade e subida em teleférico a Bob’s Peak, para contemplar impressionantes vistas da região. Alojamento no Hotel Millennium **** ou similar.9º dia – Queenstown/Milford Sound/QueenstownPequeno-almoço no hotel. Visita de dia inteiro a Milford Sound, no centro do Parque Nacional dos Fiordes. Um passeio de barco irá levar-nos até ao mar da Tasmânia, onde poderemos apreciar as magníficas vistas do Pico Mitre e das cascatas Bowen, onde as focas descansam sobre as rochas. Almoço. Regresso por estrada a Queenstown.10º dia – Queenstown/DunedinPequeno-almoço no hotel. Manhã livre. Saída até aos Moeraki Boulders antes de continuarmos para Dunedin, a “Edimburgo do Sul”, a cidade mais antiga da Nova Zelândia. Chegada e alojamento no Hotel Southern Cross.11º dia – DunedinPequeno-almoço no hotel. Visita panorâmica da cidade,
onde conheceremos a rua mais íngreme do mundo, a Baldwin Street. Continuamos até Mt. Signal, onde se avistam magníficas paisagens, como St. Clair Beach e Olveston House. Tarde livre.12º dia – Dunedin/Lisboa ou PortoPequeno-almoço no hotel. Transporte ao aeroporto para embarque em voo com destino a Portugal, via cidade europeia. Noite a bordo.14º dia – Lisboa ou PortoChegada a Lisboa ou Porto e fim de viagem.Inclui: Passagem aérea em voos Qantas ou Cathay Pacific
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revista unibanco 63
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64 revista unibanco
NAVEGAÇÃOMERCY HOTEL LISBOA
Hotel com vista sobre a cidadeBem no centro de Lisboa, entre
o Tejo e o Bairro Alto, há um
hotel que, aberto há dois meses,
chama a atenção de quem passa.
No Mercy há design, moda e
arquitetura. Há um naipe de
pormenores que justificam as
cinco estrelas. E um irresistível
charme urbano que rapidamente
nos cativa
texto de Pedro Guilherme Lopes fotografia de Filipe Pombo
Subimos, calmamente, a Rua
da Misericórdia, sentindo
o pulsar de uma das mais
movimentadas artérias do
casco antigo lisboeta. O Tejo
como pano de fundo; o Bairro
Alto, o Chiado e o Príncipe Real a dois passos.
Gente de cá, e de lá de fora, aproveitando um
envergonhado sol de outono, que não deixa
esquecer o quão bela é a capital portuguesa,
Lisboa, quando resolve brindar-nos com aquela
luz que é só dela. À nossa direita, uma enorme
vidraça suga-nos a atenção. Manequins, bem
vestidos, propositadamente localizados num
cenário preto e dourado, deixam na dúvida
quem passa, obrigando a um olhar mais atento.
É um hotel, afinal, e chama-se Mercy Hotel
Lisboa.
DESIGN E ARQUITETURAAberto desde setembro deste ano, este hotel de
cinco estrelas, com nome derivado da rua onde
se situa, já entrou no leque de escolhas de turistas
estrangeiros que chegam para conhecer a cidade
(e de alguns clientes portugueses de topo). São
eles que dão movimento a um hotel que começa
por marcar a diferença logo na zona do lobby.
Manequins, vestidos por estilistas portugueses
de renome (é possível adquirir as roupas em
exposição), procuram fazer a ponte para o que
ABRIU EM SETEMBRO, MAS JÁ CONVENCEU TURISTAS ESTRANGEIROS E TAMBÉM MUITOS PORTUGUESES
CONTACTOMERCY HOTEL LISBOA
Tel.: 212 481 [email protected]. da Misericórdia, 76,Lisboa
Um charmoso cinco estrelas em Lisboa, ainda a cheirar a novo. Um sonho tornado realidade para o proprietário, que adquiriu o imóvel há nove anos.
revista unibanco 65
de melhor se faz ao nível do design e da moda
nacional. Atualmente, Filipe Faísca assina as
propostas femininas, cabendo a Nuno Gama vestir
os homens, mas dentro em breve serão destacados
novos nomes. No mesmo piso, aberto ao público, o
restaurante Umai, dirigido pelo chef Paulo Morais,
um dos grandes especialistas em cozinha asiática.
Aberto diariamente, para almoço e jantar, é
também aqui que se serve o pequeno-almoço.
Voltamos à zona do lobby e descemos a escada
que nos conduz ao lounge bar, também ele aberto
ao público (das 15 horas à uma da manhã). O
soalho em madeira maciça, rústica, contrasta
com o resto da decoração e da construção, num
projeto assinado pelo arquiteto Miguel Saraiva,
onde nem falta um pequeno jardim suspenso
numa casa de banho forrada com uma belíssima
pastilha de cobre.
CHARME COM CINCO ESTRELASDESCONTO PARA CLIENTES UNIBANCO
Os Clientes Unibanco têm desconto de 10% no alojamento sobre o melhor preço do dia e
10% sobre o total do consumo no Lounge Bar. Para beneficiar destas condições, deverá efetuar a reserva diretamente para o Mercy Hotel Lisboa e identificar a sua qualidade de Cliente Unibanco. Reservas sujeitas a disponibilidade.
COSY Os espaços do Mercy têm tanto de contemporâneos como de confortáveis
66 revista unibanco
CONFORTO CONTEMPORÂNEOA propósito de sonhos, nada melhor do que
rumar aos quartos deste Mercy Hotel Lisboa.
Assentando a sua decoração no preto e no bege,
somos convidados a ficar em espaços que têm
tanto de contemporâneos como de confortáveis.
“Quentes” talvez seja a palavra mais apropriada
para os descrever, tal a sensação de aconchego
que transmitem, quais refúgios no centro da
cidade. Salta à vista a utilização de materiais
como a camurça, a seda natural, o veludo, ou a
roupa de cama em algodão 100 por cento. Nos
roupeiros há surpreendentes cabides de seda
e pelas janelas, umas com vista para a Rua da
Misericórdia, outras com vista para o Castelo de
São Jorge, dependendo dos quartos, entra uma
luz natural fantástica.
Oito dos quartos são temáticos e intitulam-
-se delux. Lá dentro, dá-se destaque a autores
portugueses, como, por exemplo, Agustina Bessa-
-Luís, Almeida Garrett, Fernando Pessoa ou
Sophia de Mello Breyner. Com uma enorme
estilizada localizada atrás da cabeceira, em
todos estes quartos existem duas obras do autor
destacado, traduzidas na língua mais adequada
ao hóspede, e máquina de café em cápsulas para
degustar sem hora marcada.
Regressamos ao corredor, onde o preto é
imagem de marca, estrategicamente pontuado
por zonas de iluminação, e preparamo-nos para
subir ao sexto piso. É lá, num ambiente ainda
mais privado, que encontraremos as suítes. Duas.
De dimensões efetivamente generosas, também
elas mantendo pormenores arquitetónicos de
outros tempos, como as típicas mansardas, e
com o bege, o dourado e o branco a ganharem
destaque face ao preto. E, qual cereja no topo do
hotel, ambas dão acesso a um pequeno terraço
privado. A Rua da Misericórdia está, agora, lá
em baixo. O Tejo continua a ser pano de fundo; o
Bairro Alto, o Chiado e o Príncipe Real continuam
a dois passos. Este é, decididamente, um hotel
com vista sobre a cidade.
NAVEGAÇÃOMERCY HOTEL LISBOA
FASHION A montra (e não só) do Mercy Hotel Lisboa remete para o universo da moda; os manequins vestem Filipe Faísca e Nuno Gama
GOURMETRESTAURANTE
PANORAMA RESTAURANTE
Cozinha panorâmicaÉ no último andar do Hotel Sheraton, no centro de Lisboa, que se une a excelência da cozinha do chef Leonel Pereira a uma vista panorâmica da cidade de cortar o fôlego
texto de Isabel Ribeiro fotografia de Filipe Pombo
Como a ementa dos almoços muda de duas em duas semanas e
a do jantar de seis em seis meses, há sempre novos pratos que
estão a ser testados. Esses testes não demoram uma ou duas
semanas: muitos deles, confessa o chef Leonel Pereira, estiveram
anos à espera de estar “no ponto” para poderem merecer, finalmente, a
distinção de fazerem parte da carta do restaurante Panorama.
Os sabores da memóriaCom essas mudanças de pratos, o chef dá aos elementos da sua equipa a
possibilidade de se mostrarem, pois é nessa altura que têm a oportunidade
de executar e aprimorar as receitas de Leonel Pereira. E se conseguirem criar
muitos e bons pratos para o almoço, ganham o ambicionado estatuto de
passar a trabalhar nos jantares.
Para este chef, um prato vai surgindo aos poucos, e é preciso depois juntar tudo,
FICHACONTACTOS: Sheraton Lisboa Hotel & Spa R. Latino Coelho, Lisboatel.: 213 120 000 Coordenadas GPS: 38º 43' 53"N | 9º 8' 49"OPREÇO MÉDIO: 37-40 euros (almoço), 55-75 euros ( jantar, sem bebidas)TIPO: Cozinha contemporânea e de autorHORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:Todos os dias, das 12h30 às 15 horas e das 19h30 às 23h30OPÇÕES DE PAGAMENTO: Multibanco e cartões de crédito
todas as ideias. Para isso joga muito
com as suas memórias da infância
vivida em Alcoutim, com as paisagens
com que teve contacto, com as flores,
com os cheiros e sabores. Será por
isso que a força da sua criação surge
com a passagem do inverno para a
primavera, quando tudo começa a
florir e a cheirar. Nasceu numa terra
pobre, mas considera-se riquíssimo:
porque essa terra pobre, o campo,
é de uma enorme riqueza natural.
A estas memórias vem depois juntar-
-se aquilo de que não prescinde:
a qualidade dos ingredientes, que
procura que sejam o mais biológicos
possível.
O chef e a sua equipaUm chef não é uma ilha, não trabalha
sozinho, e tem de puxar pelos seus
subchefes, e estes têm de aproveitar
essas oportunidades para começarem
a aparecer. E ao fazer isso Leonel
Pereira está a agradecer-lhes o que
eles fazem por ele. E quando grita com
a sua equipa, esta sabe que é para a
incentivar, para lhe dar consistência,
porque a equipa de um restaurante é
como uma tropa de elite.
As sugestõesApesar das mudanças de carta, muitos
pratos acabam por se revelar grandes
êxitos e, assim, conquistam o direito
a uma maior exposição temporal.
O chef Leonel Pereira referiu alguns
desses casos de sucesso, falando com
óbvio orgulho algarvio da sua entrada
maresia, aquilo que ele define como
sendo “uma possibilidade de comer o
mar”.
A sua segunda sugestão é um prato
de peixe e carne, o bacalhau com
pezinhos de porco de coentrada, uma
receita de criação recente mas que
vai continuar. E, finalmente, como
sobremesa, o chef Leonel Pereira
sugere a desconstrução do pastel de
nata, com café, canela e gelado de
caramelo.
revista unibanco 67
68 revista unibanco
1 Limpe o pombo
e retire-lhe os peitos.
Tempere-os com sal
e pimenta seshuan e
core-os em azeite.
2 Asse a banana sem
casca, coberta de bacon,
no forno, a 140oC,
durante 20 minutos;
depois, passe-a por um
peneiro e embale-a a
vácuo.
3 Para o bombom de
amêndoa, faça um
puxado com azeite e
cebola picada, junte-lhe
o arroz e vá adicionando
caldo de pato, pouco a
pouco. Quando estiver
quase cozido, junte-lhe
passas e amêndoas e
em seguida coloque no
abatedor de temperatura.
Depois, molde bombons
com cubos de foie-gras
no interior e congele.
Pane depois, passando
por ovo e pão pancko.
4 Para o molho de azhar,
ferva o leite com mel,
amêndoa e cardamomo
e deixe em infusão. De
seguida, junte a azhar e
ligue com um pouco de
xantana.
Para 4 pessoas
620 g peito de pombo200 g amêndoas250 g foie-gras150 g banana35 g arroz25 g pão pancko35 g passas de uva2 g cardamomo10 g xantana150 g leite30 g mel5 g azharq. b. cebolaq. b. baconq. b. azeiteq. b. salq. b. pimenta seshuan
Pombo lacado com pimenta seshuan sobre banana assada e bombom de arroz frito com amêndoa, muse de foie-gras e jus de azhar
LEONEL PEREIRACHEF
Leonel Pereira nasceu em Alcoutim, em 1969. Antes de chegar ao Panorama, o chef Leonel Pereira começou a trabalhar no Hotel da Quinta do Lago. Dois anos depois decidiu que tinha de ir trabalhar para o estrangeiro e foi para a Suíça, de onde regressou passados 24 meses, novamente para a Quinta do Lago, como subchefe. Entretanto começou a trabalhar nos hotéis da companhia, em Veneza e Portofino, Itália. Depois surgiu o convite para o antigo Méridien, em Salvador da Baía, Brasil. Mais tarde recebeu um convite para chef executivo das Pousadas de Portugal, um desafio gigantesco: 43 unidades, abrir novas nos Açores e ainda a do Convento do Carmo, no Brasil. Uma experiência inesquecível, mas esgotante. Quando lhe surgiu o convite para o Panorama, ainda ponderou ir para a Tailândia, mas o seu país venceu. Não esquece o chef Tinoco, a pessoa que em Vilamoura percebeu que ele tinha talento, e diz, com graça, que tem tido tanto trabalho que só ao fim de 14 anos de casado conseguiu ser pai...
( INGREDIENTES ) ( CONFEÇÃO )HERDADE DAS SERVAS VINHAS VELHAS2009
Castas: Alicante Bouschet,Touriga Nacional eAragonez
Tinto de cor violeta escura, de aroma complexo, com notas de frutos pretos bem maduros, chocolate, charuto e café. Na boca ainda se sentem os taninos redondos, num vinho com boa estrutura e grande potencial de envelhecimento. Também pode servir agora.
QUINTA DO GRADIL TOURIGA NACIONAL E TANNAT 2009
Castas: Touriga Nacional e Tannat
Cor rubi e aroma intenso a violetas, frutos pretos maduros, com saliência para a amora, e vermelhos. Na boca tem boa estrutura, é fresco e elegante e final longo com notas de especiarias. Bom parceiro de pratos de carne vermelha grelhada, mas também de peixe frito com arroz de feijão, por exemplo.
RIBEIRO SANTO RESERVA 2009
Castas: Touriga Nacional,Alfrocheiro e Tinta Roriz
Tinto de cor rubi, elegante e com boa estrutura, mostra um aroma complexo, com notas de frutos silvestres e bosque. Tem um final longo, com notas tostadas a amêndoa torrada e especiarias. É boa companhia para carnes vermelhas assadas no forno ou grelhadas.
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( A ACOMPANHAR ) selecão José Miguel Dentinho
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revista unibanco 69
70 revista unibanco
Os vinhos de Nuno Cancela de AbreuProduzidos no Dão, Península de Setúbal e Alentejo, a sua filosofia assenta na diversidade
texto de José Miguel Dentinho
Os seus terrenos estendem-se ao longo de oito hectares. Protegidos
dos ventos do Atlântico pelas serras do Buçaco e do Caramulo,
reúnem condições particulares de exposição solar. A Quinta da
Giesta fica em Mortágua, sobre solos argilosos e sob influência da
Barragem da Aguieira. A conjugação destes fatores ajuda os vinhos a serem mais
frescos e frutados, com boa acidez e mineralidade. É o que se sente no seu rosé
de Touriga Nacional, marcado pelos morangos e framboesas.
Nuno Cancela de Abreu herdou, com a Quinta da Giesta, a responsabilidade
de continuar o trabalho de três gerações. O bisavô, João Tavares Festas, iniciou
ali a sua produção de vinho em 1884, comercializando-o em nome próprio nas
cidades de Coimbra, Porto e Lisboa. A atividade foi-se mantendo ao longo do
tempo, passando a ter pouca expressão a partir dos anos 30 do século passado.
Com as idas ao Dão, Nuno Cancela de Abreu acabou por ser influenciado
pelos tempos de vindima passados, em setembro, na quinta e apaixonou-se em
definitivo pela enologia. Depois da formação académica em Portugal e França,
iniciou a produção própria de vinhos em 1991, mas manteve-se ligado a outros
projetos. A partir de 2010 dedicou-se a tempo inteiro ao Boas Quintas.
Com propriedades situadas no Dão, Península
de Setúbal e Alentejo, a sua filosofia assenta na
diversidade. Nuno Cancela de Abreu defende,
por isso, que cada um dos seus vinhos tem uma
natureza e identidade próprias. Nelas pretende
produzir vinhos com caráter português,
com base em boas castas nacionais. Por isso
FICHACONTACTOS:Sociedade Agrícola Boas Quintas, Mortágua, tel.: 231 921 076 [email protected]
as estrangeiras entram apenas em
pequenas percentagens.
No Dão, para além da Quinta
da Giesta, Nuno Cancela de Abreu
produz na Quinta da Fonte do Ouro,
em Nelas. Com solos arenosos, clima
mais seco e quente, é dali que saem os
topo de gama mais estruturados, com
potencial para serem guardados.
Na Herdade de Gâmbia, em
Setúbal, nas areias junto ao Sado,
Nuno Cancela de Abreu criou um
branco exuberante e fresco com
uvas das castas Moscatel e Fernão
Pires. Também um tinto de Touriga
Nacional, Aragonez e Syrah, com
bastante fruta e redondo na boca.
Por fim, no Alentejo, na Quinta da
Garro, perto de Elvas, a Boas Quintas
vinifica um tinto com base nas castas
Touriga Nacional, Syrah e Alicante
Bouschet, marcado pelas especiarias e
frutos pretos, que não foge ao paladar
alentejano.
2010Castas: Touriga Nacional(50%), Jaen, Tinta Roriz e Trincadeira
Neste Dão rubi sente-se, no aroma, notas de frutos vermelhos e chocolate, bem casados com a madeira. O seu corpo é suave e elegante na boca, onde mostra bons taninos, aroma complexo com notas de frutos silvestres e final de boca suave, agradável e muito longo. Boa companhia para caça de pelo (veado, javali), carnes vermelhas e assados.
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revista unibanco 71revista unibanco 71
Criada como resposta industrial a uma pequena provocação lançada por Enzo Ferrari a Ferrucio Lamborghini (ver Revista Unibanco, nº 128) , a Automobili Lamborghini lançava, em outubro de 1963, o primeiro automóvel desportivo da sua história, a berlinetta 350 GTV. Materializava-se, assim, o sonho de Lamborghini, que havia jurado a si próprio ser capaz de criar uma marca de automóveis desportivos capaz de rivalizar com os modelos da Ferrari. Com projeto de Franco Scaglione, o 350 GTV – na foto, junto à fábrica de Sant'Agata Bolognese, no dia da sua apresentação
– é hoje um dos modelos em destaque no Museo Lamborghini, entretanto erigido junto à fábrica – a mesma de sempre – de onde saem hoje "bombas" como o Aventador ou o Gallardo. Da linha de produção artesanal – como convém na montagem de superdesportivos de luxo – já saíram, entretanto, modelos como o Miura, o Countach e o Diablo, para citar apenas três. Esses e outros vão encabeçar o Grande Giro Lamborghini 50.° Anniversario, ponto alto nas comemorações do cinquentenário da marca, que decorrerá em Itália ao longo de 1200 km, no que pretende ser o maior desfile Lamborghini da história.
1963O TOURO ENRAIVECIDOCINQUENTENÁRIO DA LAMBORGHINI
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Mediante aceitação pela Unicre. (*) Montante total imputado ao consumidor. Linha de Crédito: (**) O prazo indicativo inclui o valor correspondente ao prémio mensal do seguro (facultativo), que é de 0,60% do montante em dívida/mês, não estando este reflectido no MTIC e na TAEG.Crédito Pessoal: O valor do seguro (facultativo) mensal é de 0,308% do capital em dívida no momento de adesão ao seguro, não estando este reflectido no MTIC e na TAEG. UNICRE, mediador de seguros inscrito em 04/04/2011 no registo do Instituto de Seguros de Portugal com a categoria de Agente de Seguros, sob o n.º 411346313/3, com autorização para ramos Vida e Não Vida, verificável em www.isp.pt. A Eurovida e a American Life Insurance Company conferiram poderes necessários à UNICRE para apresentar e propor a celebração de contratos de seguro e autorizaram o recebimento de prémios de quaisquer seguros por si mediados. A UNICRE não assume a cobertura de riscos. Para mais informações contacte a Unicre - Instituição Financeira de Crédito, S. A., Av. António Augusto de Aguiar, 122, 1050-019 Lisboa, NIPC 500 292 841, CRC de Lisboa e Capital Social de €10.000.000,00.
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COLEÇÃO NATAL 2012
PARA VIVER A ÉPOCA COM UM SORRISO NO SAPATINHO
OS MELHORES PRODUTOS SELECIONADOS PELA REDAÇÃO DA REVISTA UNIBANCO
FASHION PERFUMES RELÓGIOS OURIVESARIA VIAGEM CRIANÇAS LED TECNOLOGIA FOTO E VÍDEO
INFORMÁTICA ACESSÓRIOS TELEMÓVEIS SMARTPHONES PORTÁTEIS LED TV CASA PORCELANA
CADEIRAS E BANCOS IDEIAS BAGAGEM SAÚDE COZINHA VINHOS
76 revista unibanco
NatalO Natal já está aí outra vez. E não perde nunca a sua magia!
Inspirada pela época, a redação da Revista Unibanco foi às compras à Unistore e selecionou 15 presentes. São sugestões mágicas para fazer
a festa e entrar no novo ano com muito estilo, alegria e diversão
Star ClockUm eterno clássico dos anos 50, que se afirmou como ícone de design. O seu formato de estrela é intemporal, mas é inegável que ainda brilha mais no Natal
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Decantador com prata Atlantis Herdade da Prata Com assinatura de Hugo Amado, um decantador com prata que confere um toque de requinte no momento de servir um bom vinho
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A SELEÇÃO DE NATAL
PRESENTES PARAPÔR NO SAPATINHO
E ARRANCAR MUITOSSORRISOS EM FAMÍLIA
revista unibanco 77
TchaikovskyCom o nome do famoso compositor romântico russo, ao beber o seu café por estas chávenas deixe-se transportar para o cenário de O Lago dos Cisnes. Quatro chávenas de café e pires
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Herdade de Gâmbia, tintoVinho da região de Setúbal, jovem, direto e cativante. Caixa com seis garrafas
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Armani Code Men edt 75 mlPara o homem moderno e sofisticado, um perfume misterioso, picante, oriental. O código da sedução absoluta
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Canon Powershot SX260 HSUma pequena grande máquina com zoom ótico 20x, filmes full HD e GPS para identificar os locais
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Morgan MOR004Resistente à água, com movimento japonês, um relógio que lhe dará uma pontualidade britânica
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78 revista unibanco
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Copos Criterium da Atlantis em estojo de madeiraPara prestar homenagem aos vinhos de várias regiões de Portugal, a Atlantis concebeu este estojo com quatro cálices
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RAR Roking Armchair Rod BaseCom a chancela da empresa suíça Vitra e assinatura dos designers Charles e Ray Eames, uma cadeira que valoriza qualquer ambiente. Cores: branco, preto, vermelho, mostarda
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Nike+ SportWatch GPS TomTomUma experiência de corrida do outro mundo com um relógio que o desafia constantemente a superar-se
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A SELEÇÃO DE NATAL
PRESENTES PARA PÔR NO SAPATINHO
E ARRANCAR MUITOS SORRISOS EM FAMÍLIA
Garmin nüvi 2585TVEcrã tátil de 5" num sistema de navegação completo da Garmin com múltiplas possibilidades de entretenimento. Tem rádio com gravação e reprodução e permite ver televisão em direto
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revista unibanco 79
CH Carolina Herrera edt 100 mlCriado pela estilista venezuelana Carolina Herrera, o CH é um perfume feminino com um aroma irresistível, para usar de dia ou de noite
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Bicicleta Trekking para homem e senhoraCom quadro de 17" e 19" em alumínio de 21 velocidades, uma bicicleta Órbita ideal para passear pela cidade. Para homem, em branco, prata, azul e cinzento, e para senhora em prata, rosa, azul e roxo
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Apple iPad Mini Wi-Fi 32GBÉ, sem margem para dúvidas, o gadget de eleição deste Natal! Um iPad com apenas 7,9 polegadas de ecrã, FaceTime, câmaras iSight e milhares de apps
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Apple iPod Nano 16 GBO iPod da Apple mais pequeno de sempre: imagine um cartão de crédito com 5,4 mm de espessura. São estas as medidas deste aparelho, que é um gigante em funções e armazenamento
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80 revista unibanco
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80 revista unibanco
Um molho de cheirosTodos diferentes nos seus aromas, mas iguais na sua finalidade: a de nos dar aquele toque que nos diferencia dos restantes
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Armani Diamonds edt 100 mlSímbolo da ousadia e da sensualidade, um perfume que se torna o melhor amigo das mulheres€32,01 x 3 sem jurosou €96,04Comercialização: Premium Rate
Carolina Herrera 212 Men, edt 100 ml Três perfumistas de renome criaram uma fragrância para homem em que imperam as notas de madeira, florais e musk
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FASHION
PERFUMES
O ELEMENTOFUNDAMENTAL
PARA FINALIZAR UMA TOILETTE OU PARA UTILIZAÇÃO DIÁRIA
revista unibanco 81
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Crianças segurasNo carro ou em passeios a pé, proporcione aos seus filhos pequenos toda a segurança que eles merecem
VIAGEM
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Cadeira de segurança Solution X2-Fix Grupo II/III (15 a 36 kg)A Solution X2-fix apresenta dispositivos de segurança como os protetores laterais (duplo L.S.P), um encosto de cabeça que reclina em 3 posições diferentes, assim como o sistema de fixação ISOFIX proporcionando uma maior estabilidade e segurança às crianças€37,50 x 6 sem juros ou €225,00Comercialização: Cybex
Carro de passeio Twynx (até aos 35 kg)Para pais com gémeos ou simplesmente com duas crianças com pouca diferença de idade, o Twinyx oferece uma solução prática e moderna para as famílias urbanas. Com apenas 76 cm de largura o Twinyx converte-se no carro de passeio mais compacto na categoria para gémeos. Disponível em preto, azul e vermelho €42,90 x 10 sem juros ou €429,00Comercialização: Cybex
Cadeira de segurança Juno-Fix Grupo I (dos 9-18 Kg) Cadeira auto equipada com uma almofada de segurança que distribui a força do impacto pela sua superfície, protetores laterais (sistema de suplo L.S.P) e fixadores ISOFIX que proporcionam uma maior estabilidade e a máxima segurança. Disponível em vermelho, cinza, azul e preto €38,17x6 sem jurosou €229,00Comercialização: Cybex
82 revista unibanco
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82 revista unibanco
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PODEMOS REVER SEMPRE QUE O DESEJARMOS, EM FOTOS OU VÍDEO
Mil imagensAs técnicas digitais, cada vez mais apuradas, permitem-nos guardar as imagens que nos são mais queridas. Para sempre e com uma qualidade única
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Sistema de segurança sem fio (central + uma câmara de vigilância)Ponha a sua casa a salvo de ladrões e assaltantes com este sistema de vigilância, composto por uma central de receção com ecrã TFT de 17,8 cm e uma câmara exterior
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Câmara de filmar para automóvel Útil para registar as circunstâncias de um acidente ou para filmar o percurso que faz nas suas férias. Qualidade HD
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84 revista unibanco
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revista unibanco 85
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LAZER
revista unibanco 85
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iPad com ecrã Retina Wi-Fi 32 GBO iPad com o novo chip A6X, ecrão Retina e tecnologia Wi-Fi avançada, até duas vezes mais rápida do que qualquer iPad da geração anterior
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OUVIR O IPOD TOUCH INCLUI OS NOVOS EARPODS DA APPLE, COM TELECOMANDO E GRANDE QUALIDADE DE SOM
RÁPIDO O NOVO CHIPA6X NO IPAD É ATÉ DUAS VEZES MAIS RÁPIDO DO QUE O A5X DA ANTERIOR GERAÇÃO
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86 revista unibanco
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IDEIAS
BAGAGEM
PARA QUE AS SUAS DESLOCAÇÕES SEJAM
SEMPRE FEITAS EM GRANDE ESTILO
86 revista unibanco
A Samsonite Corporation foi fundada em
Denver, Estados Unidos da América, em 1910,
por Jesse Shwayder, na altura com a designação
de Shwayder Trunk Manufacturing Company.
Hoje em dia fabrica não só malas de viagem
de diversos tamanhos mas também pastas e
pequenos nécessaires.
Jesse Shwayder chamou a uma das suas
primeiras malas “Samson”, nome que foi
buscar ao fortíssimo Sansão de que fala a Bíblia,
e começou a usar a marca registada Samsonite
em 1941. A própria companhia viria a mudar o
nome para Samsonite em 1966, altura em que
criou uma subsidiária, a Samsonite Furniture
Co., que fabricava cadeiras dobráveis e mesas
para jogos de cartas, em Murfreesboro, no
Tennessee.
Foram sempre curiosas as campanhas
publicitárias da marca: na primeira metade do
século XX, a Samsonite promovia as suas malas
de caixa dura enfatizando a sua durabilidade
com frases como “tão fortes que se pode pôr
em cima delas”. Mas o mais célebre será um
anúncio que foi feito para a American Tourister,
uma marca que a Samsonite só viria a comprar
em 1993, e que utilizava os dinossauros do filme
Parque Jurássico: “Malas duras para um mundo
duríssimo.”
De malas aviadasLeves e resistentes, bonitas e práticas
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revista unibanco 87revista unibanco 87
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88 revista unibanco
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MERCÚRIO E OS ESFIGMOMANÓMETROS
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Máquina de café Nespresso Krups CitizUma máquina compacta e cheia de funções para tirar aromáticos cafés. Cores disponíveis: titaniume vermelho
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Máquina de café Nespresso Krups PixieCom sistema Nespresso de cápsulas, pode optar por uma "italiana" ou por um café longo. Cores disponíveis: titanium,vermelho e castanho
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Máquina de café Nespresso Essenza automáticaFácil de usar, com sistema de cápsulas, tira cafés deliciosos. Cores disponíveis: titaniume preto
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92 revista unibanco Maio / Junho
GOURMETRESTAURANTE
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TELEMÓVEIS
FAZEM COISAS IMPENSÁVEIS HÁ UM PAR DE ANOS. NÃO NOS
ADMIREMOS QUE, NUM DIA PRÓXIMO, TAMBÉM
TIREM CAFÉS...
92 revista unibanco
Espertos, espertos...... são os cães, diz o ditado popular. Estes aparelhos são mais espertos ainda – só não abanam o rabo... porque não o têm. Ainda!
BlackBerry 9220 TMNAdeus vida chata. Alô redes sociais. Uma "amora" que o vai pôr a par do mundo minuto a minuto
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Samsung Galaxy Mini 2 TMNPequeno, elegante, chique e cheio de recursos. O que mais pode querer?
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Samsung Galaxy S III TMNUm smartphone que vê, ouve e reconhece as nossas intenções. Melhor do que isto, só um amigo...
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Maio / Junho revista unibanco 93
GOURMETRESTAURANTE
revista unibanco 93
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tmn easy 1 TMNO nome diz tudo: é extremamente fácil de manusear. Ideal para seniores
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tmn script 23 TMNCom leitor de MP3 e câmara fotográfica de 1.3 megapixels, é ideal para os mais pequenos
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Huawei Honour TMNO design é prático. Ponha--lhe os dedos em cima e veja o que ele faz por si
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COM MILHARES DE APLICAÇÕESE DEZENAS DE FUNCIONALIDADES, OS NOVOS SMARTPHONESE TELEMÓVEIS SÃO VERDADEIROS TUDO-EM-UM
94 revista unibanco Maio / Junho
GOURMETRESTAURANTE
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Quando o telefone tocaÉ mesmo daquelas coisas para os muito revivalistas e saudosos: quando as marcas fazem auriculares pequenos, dignos de James Bond, eis que alguém inventa uns auscultadores maiores que os próprios telemóveis...
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ACESSÓRIOS
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PARA QUEM TEM SAUDADES DOS AUSCULTADORES
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94 revista unibanco
Native Union Pop PhoneTem um telemóvel de última geração, mas sente saudades dos velhinhos telefones fixos? Então este gadget é para si! Disponível em vermelho, preto, azul, roxo e rosa
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CONFORTOO MATERIAL E O FORMATO DO AUSCULTADOR MELHORAM A UTILIZAÇÃO
COMPRIDO O CABO LONGO PERMITE MANTER O SMARTPHONE À DISTÂNCIA
Maio / Junho revista unibanco 95
GOURMETRESTAURANTE
Sente-se, por favorAté apetece, de facto, pararmos um instante para usufruir do fabuloso designda Vitra, seja numa majestosa cadeira ou num "simples" banco
CASA
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PEÇAS INTEMPORAIS DA VITRA, MARCA SUÍÇADE GRANDE PRESTÍGIO
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revista unibanco 95
Cone ChairOriginalmente desenhada para um restaurante dinamarquês pela mão de Verner Panton, data de 1958. Disponível em preto, vermelho e azul
€193,79 x 10 sem jurosou €1937,92Prazo de entrega: 2 a 6 semanasComercialização: Vintage Interiores
Cone StoolTecido tonus. Disponível em preto, vermelho e azul
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As time goes by...Somos escravos dele, do tempo, cada vez mais. Mas se o relógio for uma belíssima peça, essa "escravatura" parece-nos muito mais doce
Morgan M1139SGMUm clássico com 38 mm de caixa e pulseira em aço, em tons de prata e dourado. Resistente à água até 30 metros
€23,25 x 6 sem jurosou €139,50Comercialização: GRX
Morgan M1135SCaixa em aço polido com 35x41,25 mm. Mostrador em madrepérola e pulseira em aço. Para ver as horas ao ritmo do coração
€17,85 x 6 sem jurosou €107,10Comercialização: GRX
Morgan M1135GMDa mesma coleção do modelo à esquerda. Caixa em aço polido com 35x41,25 mm. Sedução dourada com muito estilo
€21,75 x 6 sem jurosou €130,50Comercialização: GRX
Maio / Junho revista unibanco 97
GOURMETRESTAURANTE
revista unibanco 97
Morgan M1134BCaixa em aço polido com 35x41,25 mm. Mostrador preto em madrepérola e pulseira em pele com padrão serpente. Viva o dia – e as noites – ao ritmo certo do doce passar do tempo
€32,70 x 3 sem jurosou €98,10Comercialização: GRX
Sector 500Cronógrafo desportivo, preto e vermelho, com caixa em aço de 43 mm e vidro em cristal. Fivela em bracelete de canvas e tecido preto
€40,00 x 6 sem jurosou €240,00Comercialização: GRX
Morgan M1105BA simbiose perfeita entre elegância e funcionalidade. Caixa em aço polido com 35x41,25 mm. Vidro mineral, mostrador preto em madrepérola e pulseira em pele preta
€22,50 x 3 sem jurosou €67,50Comercialização: GRX
Sector 500Cronógrafo desportivo, preto e branco, com caixa em aço de 43 mm e vidro em cristal. Fivela em bracelete de canvas e tecido preto
€40,00 x 6 sem jurosou €240,00Comercialização: GRX
O TEMPO QUE PASSA DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO MATERIALIZADO NUM ACESSÓRIO DO QUOTIDIANO, IMPRESCINDÍVEL A TODAS AS HORAS
98 revista unibanco Maio / Junho
GOURMETRESTAURANTE
PARA COMPRAR ligue 213 501 500 ou vá a www.unibanco.pt
A tentação da maçãDepois de Adão, a "maçã" continua a tentar os simples mortais e, agora, de ambos os sexos. São portáteis leves, resistentes e poderosos. Quem resiste?
TECNOLOGIA
INFORMÁTICA
SÃO OS MAIS DESEJADOSE UMA CLASSE
ABSOLUTAMENTE À PARTE NO MUNDO
DOS COMPUTADORES
98 revista unibanco
Apple MacBook Pro 13" Intel® Dual-Core i5 2,5 GHzUm 13 polegadas com 500 GB, para guardar tudo o que lhe apeteça
€216,50 x 6 sem jurosou €1299,00Sujeito a disponibilidade de stock da Apple e a confirmação de entrega Comercialização: Tele-Média
Apple MacBook Air 11" Intel® Dual-Core i5 1,7 GHzÉ da família dos peso-leves da Apple, agora com a mais recente geração de processadores Intel
€199,83 x 6 sem jurosou €1199,00Sujeito a disponibilidade de stock da Apple e a confirmação de entrega Comercialização: Tele-Média
Apple MacBook Pro 13" Intel® Dual-Corei7 2,9 GHzUma verdadeira "máquina" no segmento dos portáteis
€266,50 x 6 sem jurosou €1599,00Sujeito a disponibilidade de stock da Apple e a confirmação de entrega Comercialização: Tele-Média
Apple iMac 21" Intel® Quad-Core i5 2,7 GHzAcabadinho de lançar, o iMac mais fino de sempre com, apenas 5 mm de espessura na área mais fina, e ecrã redesenhado que reduz o reflexo até 75 por cento, mantendo as cores brilhantes e elevados níveis de contraste
€233,17 x 6 sem jurosou €1399,00Sujeito a disponibilidade de stock da Apple e a confirmação de entrega Comercialização: Tele-Média
Apple iMac 27" Intel® Quad-Core i5 2,9 GHzRápido e incrivelmente fino – é o novo iMac 27" da Apple
€324,83 x 6 sem jurosou €1949,00Sujeito a disponibilidade de stock da Apple e a confirmação de entrega Comercialização: Tele-Média
NOVIDADEESTE JÁ É
O NOVO IMAC DA APPLE!
Maio / Junho revista unibanco 99
GOURMETRESTAURANTE
Simplesmente SonyQuebrada a ligação ao seu anterior parceiro, a Sony parte sozinha para esta nova aventura no mundo dos smartphones. Mas o design nórdico mantém-se
PARA COMPRAR ligue 213 501 500 ou vá a www.unibanco.pt
TECNOLOGIA
SMARTPHONES
O UNIVERSO DOSSMARTPHONES NÃO
SERIA O MESMO SEM OSEQUIPAMENTOS DA SONY
revista unibanco 99
Sony Xperia PSistema Android, com
memória de 16 GB e uma câmara de 8 MP
€79,98 x 6 sem jurosou €479,90
Comercialização: Premium Rate
Sony Xperia Miro TMNCom este smartphone fique perto dos seus amigos, partilhe com eles música, imagens e gargalhadas
€26,65 x 6 sem jurosou €159,90Comercialização: TMN
Sony Xperia ULeve, rápido, com memória interna de 4 GB, câmara de 5 megapixels e GPS assistido (A-GPS)
€48,32 x 6 sem jurosou €289,90Comercialização: Premium Rate
Sony Xperia S TMNA questão é: este é um smartphone que tira fotografias ou uma excelente câmara fotográfica que faz chamadas telefónicas?
€43,99 x 10 sem jurosou €439,90Comercialização: TMN
100 revista unibanco Maio / Junho
GOURMETRESTAURANTETECNOLOGIA
PORTÁTEIS
PORTÁTEIS CADA VEZ MAIS FÁCEIS DE
TRANSPORTAR, PARA ESTAR COMODAMENTE ONLINE
EM TODO O LADO
100 revista unibanco
Teclado, ecrã... ação!É espantoso como em poucos anos os portáteis aumentaram as suas capacidades, ao mesmo tempo que diminuíam o seu peso. E fazem coisas que eram impensáveis ainda ontem...
Samsung Ultra Light & Thin Design Notebook NP900X3D-A02PTIncrivelmente fino, impecavelmente equipado e já com Windows 8 em português
€199,83 x 6 sem jurosou €1199,00Comercialização: Tele-Média
Toshiba Portégé Z930-129Um i5-3317U num ultrabookmuito fino com ecrã HD de 13,3" retroiluminado por LED. Com upgrade para Windows 8
€204,00 x 6 sem jurosou €1224,00Comercialização: Tele-Média
SamsungNP550P5C-S03PTUm verdadeiro escritório portátil com Windows 8 incluído
€183,17 x 6 sem jurosou €1099,00Comercialização: Tele-Média
Samsung Series NP300E5C-A03PTDesfrute do desempenho, fiabilidade e durabilidade de um portátil irresistível. E também tem Windows 8
€83,17 x 6 sem jurosou €499,00Comercialização: Tele-Média
Toshiba Satellite PRO C850-1F5Um Satellite acessível e muito bem equipado, com processador i3-2370M e ecrã 15,6" Toshiba HD antirreflexo. Com upgrade para Windows 8
€98,33 x 6 sem jurosou €590,00Comercialização: Tele-Média
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NOVIDADEAGORA
COM WINDOWS 8 INTEGRADO!
Maio / Junho revista unibanco 101
Colar Ópera com esferas e lágrimas pretas€38,64 x 10 sem juros ou €386,40Comercialização: Topázio
revista unibanco 101
Joiasem prataQuem não gosta de um petit rienpara que aquela toilette realce ainda mais? A escolha é fácil e está nesta página... Em prata (0,925)
PARA COMPRAR ligue 213 501 500 ou vá a www.unibanco.pt
revista unibanco 101
Colar Rosas com ágatas e esferas€30,04 x 10 sem juros ou €300,40Comercialização: Topázio
Brincos Ópera com esfera e lágrima preta€16,70 x 3 sem juros ou €50,10Comercialização: Topázio
Pulseira Ópera com esferas€31,20 x 6 sem juros ou €187,20Comercialização: Topázio
Colar Mónaco€38,73 x 3 sem juros ou €116,20Comercialização: Topázio
FASHION
OURIVESARIA
PEÇAS EM PRATAQUE SÃO CRIAÇÕES
DE UMA MARCA PORTUGUESA DE REFERÊNCIA,
FUNDADA EM 1874
102 revista unibanco
TECNOLOGIA
LED TV
OS ECRÃS DE TELEVISÃO DO NOVOS TEMPO SÃO TÃO
AVANÇADOS QUE ATÉ JÁ PODEM RESPONDER
AO TOQUE Ver melhorTornaram-se finos, leves com mais qualidade e melhor definição. A caixa que mudou o mundo... já não é uma caixa
LG LED de 32" e 42" HDExcelente relação preço/qualidade num ecrã LED pronto para TDT
€35,80 x 10 sem jurosou €358,00 (32")€57,20 x 10 sem jurosou €572,00 (42")Comercialização: Tele-Média
Samsung LED UE40ES7000, pronto para TDTSmart TV na ponta dos dedos, com acesso à Internet num ecrã com 101 cm e uma impressionante resolução. Inclui dois óculos ativos 3D
€149,90 x 10 sem jurosou €1499,00Comercialização: Tele-Média
Samsung LED UE46ES6100 e UE55ES6100, pronto para TDTUma Smart TV com cores vibrantes, ultraslim, com um ecrã de 116 ou 138 cm. Para desfrutar de aplicações, vídeos, Skype, navegação na Internet, e muito mais
€124,90 x 10 sem jurosou €1249,00 (46")
€169,90 x 10 sem jurosou €1699,00 (55")Comercialização: Tele-Média
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revista unibanco 103
Toshiba Combo 23DL933GUm televisor LED de 23", com leitor DVD, sintonizador digital, duas portas HDMI e uma USB integrada. Poupa espaço e energia. Em preto
€33,90 x 10 sem jurosou €339,00Comercialização: Premium Rate
Toshiba Combo 26DL934GIdeal para pequenos espaços, um ecrã LED com 26", leitor DVD, sintonizador digital, duas portas HDMI e uma USB integrada. Em branco
€44,90 x 10 sem jurosou €449,00Comercialização: Premium Rate
Samsung LED UE32EH4000Para ver os programas favoritos num ultraslim.São 81 cm de ecrã com Mega Contrast e sintonizador digital
€35,90 x 10 sem jurosou €359,00Comercialização: Tele-Média
Samsung LED UE40ES5500, pronto para TDTEcrã ultraslim com 101 cm. num Smart TV Full HD que é uma verdadeira janela para o mundo
€69,90 x 10 sem jurosou €699,00Comercialização: Tele-Média
A TECNOLOGIA LED TROUXEMAIS QUALIDADE DE IMAGEM A TODOS OS FORMATOS E A INCLUSÃO DE ACESSOÀ REDE PARA NAVEGARNA INTERNET DIVERSIFICOU A SUA UTILIZAÇÃO
104 revista unibanco
IDEIAS
VINHOS
TINTOS, BRANCOS OU DO PORTO, VINHOS
QUE FAZEM A DIFERENÇA COM A QUALIDADE BOAS
QUINTAS À sua saúde!Com os amigos, a família ou sozinho, brinde à vida com a apurada seleção de vinhos que aqui lhe deixamos. A escolha é sua!
Quinta da Fonte do Ouro, Reserva (cx. 6 garrafas)Vinho de corpo suave e elegante, de complexidade e persistência notáveis. Estagiou nove meses em barricas de carvalho francês
€16,20 x 3 sem jurosou €48,60Comercialização: Boas Quintas
Herdade de Gâmbia branco (cx. 6 garrafas)Vinho fresco, fruta verde, citrino, com boa estrutura e cremosidade
€28,76Comercialização: Boas Quintas
Quinta da Fonte do Ouro, Touriga Nacional Este Touriga Nacional é um vinho robusto mas suave, com aroma a frutos silvestres, grande equilíbrio e complexidade. Estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês
€19,63 x 3 sem jurosou €58,88Comercialização: Boas Quintas
Conjunto gourmet Quinta da Fonte do OuroConjunto de dois vinhos, branco e tinto (Encruzado 2011 e Reserva 2010), de complexidade e persistência notáveis, acompanhados de duas pérolas da cozinha: trufa negra e foie-gras
€14,94 x 3 sem jurosou €44,81Comercialização: Boas Quintas
PARA COMPRAR ligue 213 501 500 ou vá a www.unibanco.pt
revista unibanco 105
Quinta da Fonte do Ouro, Encruzado (cx. 6 garrafas)Vinho fermentado em barricas novas, apresenta--se fresco e mineral, com volume e persistência notáveis
€16,20 x 3 sem jurosou €48,60Comercialização: Boas Quintas
Conjunto gourmet Herdade de GâmbiaCaixa com dois vinhos: um branco, fresco e citrino, e um tinto, jovem e frutado. A combinação perfeita para o risotto de pato e cogumelos e o ovo de flor de sal com ovas de atum secas que fazem parte deste pack
€10,14 x 3 sem jurosou €30,43Comercialização: Boas Quintas
Conjunto Vinho do Porto (cx. 3 garrafas)Magníficos vinhos Maynard's para acompanhar sobremesas ou simplesmente para serem apreciados a solo
€23,02 x 3 sem jurosou €69,05Comercialização: Boas Quintas
Conjunto Quinta da Fonte do OuroSeleção de vinhos de quinta do enólogo Nuno Cancela de Abreu. Uma garrafa de Encruzado 2011, uma garrafa de Reserva 2010 e uma garrafa de Touriga Nacional
€13,95x 3 sem jurosou €41,86Comercialização: Boas Quintas
106 revista unibanco Maio / Junho
GOURMETRESTAURANTE
CONDIÇÕES DE COMPRAE RESERVA DE VIAGENS
AS CONDIÇÕES DE COMPRA E RESERVA DE VIAGENS SÃO EXCLUSIVAS PARA PAGAMENTOS COM CARTÃO UNIBANCO.
As encomendas são realizadas através do telefone 213 501 500 (dias úteis, das 9h às 19 horas) ou através do cupão de encomenda que se encontra em www.unibanco.pt, no espaço “UNISTORE”.
Os produtos apresentados serão enviados para a morada indicada no ato da encomenda no prazo de 10 dias úteis (exceto se for indicado outro prazo na página do produto) a contar da data de receção da encomenda na Unicre, salvo rutura de stock ou situação anómala não prevista. As características dos produtos são as indicadas, salvo erro ou omissão.
O comprador tem 14 dias para devolução dos artigos, em perfeitas condições de utilização, com todos os acessórios, manual de instruções e na embalagem original, sem rasuras ou inscrições. No caso de o produto não ser devolvido nestas condições, o fornecedor não será obrigado a aceitar a devolução. Os custos da devolução são da responsabilidade do comprador. Os produtos em venda são comercializados pelas entidades identificadas em cada página e em cada produto.
As prestações indicadas não têm juros nem outros encargos adicionais (exceto se for indicado outro encargo na página do
produto). Os preços indicados incluem IVA à taxa em vigor (podendo ser alterados sempre que se justifique) e entrega gratuita. Todos os programas de viagens estão sujeitos a disponibilidade no ato da reserva. Os preços não incluem: taxa de serviço por reserva, eventuais suplementos aéreos de acordo com as datas de partida, despesas de caráter pessoal ou outros serviços não mencionados.
Com o cartão Unibanco tem sempre 20 a 50 dias de crédito gratuito em todas as compras.Nas restantes situações, se não pagar a totalidade do saldo, aplica-se: TAN 26,80% nas versões sem anuidade. Exemplo de prazo 12 meses, prestações iguais: TAEG 26,9% no Clássico, Atitude e Life para €1500 e TAN 25,50% nas versões com anuidade. Exemplo de prazo 12 meses, prestações iguais: TAEG 29,5% no Gold Exclusive para €5000, TAEG 31,5% no Gold para €2500, TAEG 30,5% no Clássico + para €1500, TAEG 28,8 % no Life para €1500, TAEG 26,4% no Atitude Oxygen para €1500 e TAEG 27,0% no Net Net para €1500.
Para mais informações contacte a Unicre - Instituição Financeira de Crédito, S. A., Av. António Augusto de Aguiar, 122, 1050-019 Lisboa. NIPC 500 292 841, CRC de Lisboa e Capital Social de €10.000.000,00. Cartões emitidos pela Unicre, S. A.
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