Analise e Percepcao Da Discalculia No Cotidiano Escolar

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  • I JORNADA DE DIDTICA - O ENSINO COMO FOCO

    I FRUM DE PROFESSORES DE DIDTICA DO ESTADO DO PARAN

    ISBN 978-85-7846-145-4

    ANLISE E PERCEPO DA DISCALCULIA NO COTIDIANO ESCOLAR DE

    PROFESSORES DE MATEMTICA DA REDE ESTADUAL DE DOIS

    MUNCIPIOS DO PARAN, NOVA TEBAS E QUINTA DO SOL

    Dolores Aparecida Dal Santos da Silva(1)

    Elisangela Nakao (2)

    Claudete Cargnin (3)

    (1)(2) Acadmicas PROFOP/UTFPR - Universidade Tecnolgica Federal do Paran-

    Campus Campo Mouro PR

    (3) Orientadora - Universidade Tecnolgica Federal do Paran- Campus Campo Mouro

    PR

    (1)[email protected];

    (2)[email protected];

    (3) [email protected]

    Didtica e Prticas de Ensino na Educao Bsica

    RESUMO: O presente trabalho almejou a realizao de uma abordagem a respeito da

    discalculia, considerando o foco no cotidiano de trabalho de professores estaduais de

    dois municpios do Paran: Nova Tebas e Quinta do Sol, partindo do objetivo de

    diagnosticar o conhecimento, a relao dos envolvidos no espao escolar, levantar

    relatos e experincias relativos ao tema, alm de relatar recursos e apoios adotados

    em sala de aula para tentar amenizar esta problemtica. Para tanto, apoiou-se em um

    embasamento terico pautado em uma pesquisa descritiva, atravs de reviso

    sistemtica da literatura. Posteriormente, procedeu-se a coleta de dados referente ao

    cotidiano do trabalho com a discalculia, por meio da realizao de entrevistas com

    professores dos referidos muncipios. De posse dos resultados, constatou-se que

    mesmo com particularidades oriundas de cada realidade pesquisada preciso basear-

    se no apoio de equipe pedaggica multidisciplinar, focar em uma formao

    continuada. Ademais, nem sempre professores e escolas encontram-se preparados,

    logo, emergente aprofundar-se e investir nesta questo.

    Palavras-Chave: Discalculia; Profisso-professor; Sala de recursos.

    1 INTRODUO

    Na disciplina de matemtica, a preocupao com aprendizagem no

    pode ser considerada algo recente, pois, de acordo com pesquisas, trata-se de um

    tema de longa data.

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    Neste sentido, diante da realidade educacional, com a deteco de

    diversos transtornos de aprendizagem, preciso admitir que as dificuldades em

    relao aprendizagem desta disciplina aumentam de forma significativa e indesejada

    nas escolas. Somando-se a isto, atualmente, a temtica vinculada com a dificuldade

    no aprendizado em matemtica tem sido alvo de pesquisas, palestras, encontros, com

    o intuito de desvendar as origens de tantos problemas no ensino, o que justifica a

    necessidade de amplitude de pesquisas nesta rea. Prova disto que, em estudo

    referente s dificuldades de aprendizagem, Lucion (2010, p. 05) caracteriza que:

    os distrbios de aprendizagem causam prejuzo significativo em

    reas especficas, tais como na leitura (dislexia), matemtica

    (discalculia), escrita (disgrafia), entre outros casos. Porm o distrbio

    especfico no compromete as demais reas do desenvolvimento.

    Os distrbios aritmticos, conhecidos tambm como discalculia,

    constituem-se na dificuldade especfica em realizar clculos e

    operaes que exijam raciocnio lgico-matemtico.

    Desta forma, conforme j mencionado, surgem e aumentam, de

    forma indesejada nas escolas, as dificuldades de aprendizagem, que ganham forma

    devido s particularidades de cada educando e do ambiente que o circunda. Em

    especial, a discalculia aumenta e agrava os problemas de aprendizagem em

    matemtica.

    Desta maneira, diagnosticar os sintomas e as causas deste

    transtorno imprescindvel, e o professor precisa estar atento a esta realidade.

    Todavia, analisar e ponderar todos os fatores que envolvem a discalculia faz-se

    necessrio para que possa ocorrer um atendimento, uma orientao e um

    acompanhamento adequado, o que muitas vezes no ocorre. Este acompanhamento,

    se possvel, deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, possibilitando que as

    dificuldades individuais sejam respeitadas, minimizadas ou adaptadas (SILVA, 2010).

    Em face do exposto, este trabalho buscou uma abordagem a respeito

    da discalculia, um dos transtornos de aprendizagem mais conhecidos, considerando o

    foco no cotidiano de trabalho de professores estaduais de dois municpios do Paran,

    sendo estes: Nova Tebas e Quinta do Sol.

    Partiu-se do objetivo de diagnosticar o conhecimento, a relao dos

    envolvidos no espao escolar, levantar relatos e experincias relativos ao tema, alm

    de relatar recursos e apoios adotados em sala de aula para tentar amenizar esta

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    problemtica atentando-se para consolidao de um paralelo entre dois muncipios

    bem como analise e percepo por parte de professores regulares e de sala de

    recursos multifuncional.

    Para tanto, em relao metodologia adotada no presente trabalho,

    esta baseou-se, inicialmente, em uma pesquisa descritiva, por meio de reviso

    sistemtica da literatura nos ltimos anos, referente a temtica discalculia e sua

    relao com o cotidiano do professor de Matemtica. Logo, a pesquisa se desenvolveu

    com base em material j elaborado, constitudo principalmente por pesquisa em

    artigos cientficos, livros, teses e monografias. Posteriormente, procedeu-se a coleta

    de dados referente ao cotidiano do trabalho com a discalculia por meio da realizao

    de uma entrevista tendo como os sujeitos da pesquisa: professor de sala de recursos

    de uma escola estadual de Nova Tebas PR e trs professores de matemtica de

    turmas regulares em Quinta do Sol PR. Os respondentes foram caracterizados,

    respectivamente, como professor 01, 02, 03 e 04, progressivamente.

    Ambos muncipios apresentam realidade socioeconmica muito

    prxima e tratam-se da rea de atuao dos envolvidos na construo da referida

    pesquisa. Em tempo, importante destacar que outros professores do Municpio tanto

    de Nova Tebas PR como de Quinta do Sol PR receberam o referido questionrio,

    no entanto, no houve a devolutiva em tempo hbil, ou estes no se dispuseram a

    responder, possivelmente em virtude de que desconheciam o tema pesquisado.

    O trabalho foi desenvolvido durante os meses de junho e julho de

    2012. A partir da obteno dos resultados, estes foram tabulados, interpretados e

    descritos, baseando-se em transcries das entrevistas.

    2 A DISCALCULIA NO COTIDIANO ESCOLAR

    2.1 Caracterizao da discalculia

    Ao tratar da discalulia torna-se necessrio caracterizar este termo

    para que seja possvel compreender suas origens, complexidade e fatores envolvidos,

    causas e sintomas. De acordo com Almeida (2006, p. 01):

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    falar de dificuldade em Matemtica simples quando dizem que se

    trata de uma disciplina complexa e que muitos no se identificam

    com ela. Mas essas dificuldades podem ocorrer no pelo nvel de

    complexidade ou pelo fato de no gostar, mas por fatores mentais,

    psicolgicos e pedaggicos que envolvem uma srie de conceitos e

    trabalhos que precisam ser desenvolvidos ao se tratar de

    dificuldades em qualquer mbito, como tambm em Matemtica.

    Com relao utilizao e adoo deste termo tem-se que:

    o termo discalculia foi referido, primeiramente, por Kosc (1974) que

    realizou um estudo pioneiro sobre esse transtorno relacionado s

    habilidades matemticas. Para ele, a discalculia ou a discalculia de

    desenvolvimento uma desordem estrutural nas habilidades

    matemticas, tendo sua origem em desordens genticas ou

    congnitas naquelas partes do crebro que so um substrato

    anatmico-fisiolgico de maturao das habilidades matemticas

    (BERNARDI; STOBAUS, 2011, p. 48).

    Notoriamente, considerando os estudos, o transtorno da matemtica

    apresenta caractersticas muito especficas, em que o educando no consegue

    sistematizar as operaes aritmticas, influenciando, de forma grave, no rendimento

    escolar e at mesmo nas atividades simplrias e cotidianas que envolvam habilidades

    matemticas.

    Em se tratando dos sintomas da discalculia, os mais caractersticos,

    aparentemente, compreendem: dificuldade no desenvolvimento de clculos

    matemticos, alm de problemas com distino entre direita e esquerda, podendo

    apresentar habilidades viso-motoras afetadas. Ainda, verifica-se, comumente,

    dificuldade de associar nmeros com quantidade e operaes de conservao, tendo

    uma organizao do espao prejudicada, juntamente com acentuada dificuldade em

    distinguir formas, tamanhos, quantidades e espessuras (LUCION, 2010).

    Romagnolli (2008, p. 15-16) em trabalho intitulado Discalculia:

    desafio da matemtica aprofunda-se em alguns sintomas potenciais da discalculia

    que podem tornar mais acessveis tanto a investigao como o diagnstico:

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    dificuldades frequentes com os nmeros, confundindo os sinais: +, -,

    e x; Problemas para diferenciar o esquerdo e o direito

    (lateralidade); Falta de senso de direo (norte, sul, leste, e oeste) e

    pode tambm ter dificuldade com um compasso. A inabilidade de

    dizer qual de dois nmeros o maior. Dificuldade com tabelas de

    tempo, aritmtica mental, etc. Melhor nos assuntos que requerem a

    lgica, do que nas frmulas de nvel elevado que requerem clculos

    mais elaborados; Dificuldade com tempo conceitual e elaborao da

    passagem do tempo; Dificuldade com tarefas dirias, como verificar

    a mudana nos dias da semana e ler relgios analgicos; A

    inabilidade de compreender o planejamento financeiro ou inclu-lo no

    oramento estimando, por exemplo, o custo dos artigos em uma

    cesta de compras; Dificuldade mental de estimar a medida de um

    objeto ou de uma distncia (por exemplo, se algo est afastado 10

    ou 20 metros); Inabilidade de apreender e recordar conceitos

    matemticos, regras, frmulas, e seqncias matemticas;

    Dificuldade de manter a contagem durante jogos; Dificuldade nas

    atividades que requerem processamento de seqncias, tal como

    etapas de dana ou leitura, escrita e coisas que sinalizem listas,

    Pode ter o problema mesmo com uma calculadora devido s

    dificuldades no processo da alimentao nas variveis. A

    circunstncia pode conduzir, em casos extremos, a uma fobia da

    matemtica e de quaisquer dispositivos matemticos, como as

    relaes com os nmeros.

    Portanto, como visto identificar os sintomas e levantar as causas da

    discalculia pode auxiliar na tomada de medidas com vistas ao enfrentamento do

    problema.

    Com relao s causas da discalculia estas podem ser variadas.

    Castello (2008) enumera as mais aceitas. So elas: neurolgica, a qual acontece

    devido complexa disfuno e, possivelmente, est associada a leses do

    supramarginal e os giros angulares, na unio dos lbulos temporal e parietal do crtex

    cerebral; dficits na memria: de acordo com o autor, alguns indivduos com dficits de

    memria podem apresentar a discalculia, no entanto, no possvel especific-la, uma

    vez que os dficits de memria podem ter relao com demais distrbios de

    aprendizagem; memria curta reduzida, neste caso, alguns indivduos que convivem

    com distrbios na memria curta podem desenvolver a discalculia, em razo de que

    no conseguem recordar os clculos a serem feitos; quociente de inteligncia (QI)

    menor que 70. Todavia, indivduos com QI normal tambm podem apresentar

    discalculia; desordem hereditria alm da combinao de dois ou mais fatores destes

    apresentados.

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    Entretanto, a discalculia no pode ser considerada uma doena, e

    nem necessariamente, uma condio crnica. Para Silva (2010, p. 11) em geral

    encontrada em combinao com o transtorno da leitura, transtorno da expresso

    escrita, dos Transtornos de Dficit Hiperatividade e Ateno (TDHA). Assim, entender

    os requisitos necessrios para o aprendizado de matemtica e as dificuldades

    causadas pelas discalculia muito importante.

    O fator social tambm precisa ser considerado no desenvolvimento

    da discalculia. Neste sentido, o embasamento bibliogrfico pesquisado expe que os

    fatores culturais, emocionais e sociais (principalmente no quesito famlia) so

    considerados situaes preocupantes que podem contribuir para o agravamento de

    dificuldades. Castello (2008, p. 24) lista aspectos relacionados com famlia: crianas

    muito dependentes ou com problemas emocionais (pais alcolatras, exigentes) no

    conseguem apresentar assimilar os novos contedos e tambm com a cultura com

    um nvel scio econmico baixo, onde no h exigncias da famlia, no existe

    perspectiva futura, podem ser fatores que dificultam a aprendizagem.(id.)

    De fato, compreender a discalculia de fundamental importncia

    para que seja possvel o desenvolvimento de intervenes pedaggicas no sentido de

    superar esse dficit de aprendizado.

    Dada importncia da temtica, estudos como este tem por

    finalidade contribuir com os professores e profissionais da rea de educao, em

    especial da educao matemtica, de modo que possam dar a devida ateno aos

    alunos que apresentem tais caractersticas, tornando presumvel a identificao para

    posterior interveno pedaggica, procurando pautar-se em estratgias de estudo que

    permitam o sucesso tanto no ambiente escolar como na vida pessoal.

    Dentre estas intervenes citam-se a busca por formao

    continuada, atualizao por parte dos educadores, adoo e uso de novas

    tecnologias em sala de aula, bem como jogos e brincadeiras.

    Aprofundando-se, em matemtica, os jogos e brincadeiras so

    estimulados pelos Parmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998), os quais

    caracterizam que estes:

    [...] constituem uma forma interessante de propor problemas, pois

    permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e

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    favorecem a criatividade na elaborao de estratgias de resoluo

    de problemas e busca de solues. Propiciam a simulao de

    situaes-problema que exigem solues vivas e imediatas, o que

    estimula o planejamento das aes [...] podem contribuir para um

    trabalho de formao de atitudes enfrentar desafios, lanar-se

    busca de solues, desenvolvimento da crtica, da intuio, da

    criao de estratgias e da possibilidade de alter-las quando o

    resultado no satisfatrio necessrias para aprendizagem da

    Matemtica (BRASIL, 1998, p. 46-47).

    Outro fator importante, as tecnologias digitais, tambm favorecem o

    aprendizado, sendo: uso do computador, internet, vdeos, slides, CD, comunidades

    virtuais, correio eletrnico, televiso, entre outras. Neste sentido, refora-se a ideia

    que de as novas tecnologias podem se unir as novas formas de ensinar e de

    aprender, permitindo maior dinamismo no processo de construo do conhecimento

    (VIEIRA; HALU, 2007, p. 02). Lembrando que o professor precisa ser o mediador

    desta incluso a fim de planejar e delimitar o uso destas como forma de filtro de

    informaes.

    Como visto, o trabalho do professor precisa mesclar mtodos,

    alternativas, estratgias de ensino com um cuidado, uma ateno especial para esta

    problemtica, descobrindo o processo de aprendizagem do portador de discalculia e

    os instrumentos que favorecero seu aprendizado.

    2.2 O trabalho do professor: uma anlise e percepo da discalculia neste

    espao escolar

    Com a realizao dos procedimentos metodolgicos descritos para

    esta pesquisa, foi possvel contextualizar a discalculia e verificar a anlise e percepo

    de professores entrevistados acerca do tema em dois Muncipios do Paran (Nova

    Tebas e Quinta do Sol).

    Diante disto, apresentam-se os resultados obtidos com as

    contribuies dos sujeitos da pesquisa, sendo um professor de uma sala de recurso

    multifuncional de Nova Tebas e trs professores regulares de matemtica de Quinta

    do Sol.

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    Para caracterizar os respondentes, estes foram enumerados

    progressivamente, sendo tido como professor 01 - professor da sala de recursos de

    Nova Tebas; professor 02, 03 e 04 professores regulares de matemtica de Quinta

    do Sol, como descrito anteriormente. Salientando a justificativa de apenas um

    respondente em Nova Tebas pela no devoluo dos questionrios em tempo hbil

    dos demais ou possivelmente pelo desconhecimento do assunto.

    Ao ser questionado sobre o conhecimento acerca da discalculia, o

    professor 01 relatou j trabalhar com alunos com este distrbio em uma sala de

    recursos multifuncional e a individualizou como um transtorno funcional especfico

    caracterizado como dificuldade com nmeros, mas nada tem a ver com a inteligncia,

    causada por uma m formao neurolgica.

    Neste aspecto, evidencia-se a aproximao e conhecimento por

    parte do professor com a discalculia, corroborando com o descrito por Bernardi e

    Stoubaus (2011) que a apresentam como uma desordem gentica ou congnita.

    Da mesma forma, os demais professores pesquisados caracterizam-

    na como discalculia uma dificuldade bem acentuada em compreender e trabalhar

    com clculos matemticos - professor 02; de uma forma resumida podemos dizer

    que a discalculia a dificuldade em efetuar as operaes matemticas (adio,

    subtrao, diviso e multiplicao professor 03 e professor 04: a discalculia um

    distrbio que afeta a habilidade de clculo mental, compreenso conceitual da

    nomenclatura matemtica e o desenvolvimento do racicionio lgico-matemtico. Fica

    evidente o envolvimento e conhecimento dos entrevistados para tanto.

    Em se tratando da questo relativa ao trabalho com casos de alunos

    com este transtorno e buscando relatos de experincia, o respondente 01 considerou

    que j teve alunos com discalculia evidenciando que a dificuldade em estabelecer a

    relao algarismo-quantidade, na resoluo de operaes o bsico que se

    apresenta. Ela acarreta problemas de comportamento ou alunos que ficam isolados ou

    agressivos, ento um trabalho psicopedaggico que necessita ser feito. Procuramos

    juntos materiais concretos, jogos que eles gostem para que o interesse deles seja

    maior. O respondente 02 tambm descreveu um caso, de forma detalhada: tive uma

    aluna com todas as caractersticas da discalculia, embora ela no tivesse laudo

    mdico, mas trabalhvamos de forma diferenciada, tentando verificar algum

    progresso. Mas isso foi h bastante tempo, no tnhamos muito conhecimento sobre o

    assunto, a equipe pedaggica nos ajudava bastante, mas a aluna tinha pouca

    concentrao e ateno nas aulas, no conseguia resolver operaes simples de

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    adio e subtrao, muito menos situaes-problema. No sei se pela prpria

    dificuldade, no trazia atividades prontas de casa, no gostava de trabalhar em grupo

    e se relacionar bem com outras pessoas. No entanto, tinha uma letra legvel, mas o

    professor de portugus relatava muita dificuldade tambm na interpretao de textos e

    falta de ateno. Os sujeitos da pesquisa 03 e 04 relataram, respectivamente:

    enquanto professor de matemtica, 70% dos alunos tem dificuldade com clculos,

    porem precisa ser feito um trabalho mais apurado para diagnosticar se trata de uma

    discalculia ou simplesmente uma preguia mental; temos um caso que achamos que

    seja discalculia, nada comprovado. Mas a criana apresenta muita dificuldade em

    matemtica.

    Portanto, a discalculia comum de ser encontrada em sala de aula,

    no entanto, muitas vezes, o prprio professor no consegue identific-la, surgindo,

    desta maneira, muitas dvidas, pois na maioria das ocorrncias de discalculia no h

    uma causa nica para tanto, podendo ter a influncia de diversos fatores, sejam eles

    internos, externos ou at mesmo relacionados ao modo do ensino-aprendizagem da

    matemtica.

    Neste aspecto, Silva (2010, p. 22-23) evidencia que:

    importante chegar a um diagnstico o mais rapidamente para iniciar

    as intervenes adequadas. O diagnstico deve ser feito por uma

    equipe multidisciplinar Neurologista, psicopedagogo, fonoaudilogo,

    psiclogo para um encaminhamento correto. No devemos ignorar

    que a participao da famlia e da escola fundamental no

    reconhecimento dos sinais de dificuldade.

    Assim, o autor mencionado acima e os profissionais pesquisados

    esto de comum acordo com os procedimentos a serem tomados quando da suspeita

    de transtorno de aprendizagem.

    Quanto s principais dificuldades encontradas no ensino da

    matemtica no cotidiano escolar de portadores de discalculia, foram apontadas as

    seguintes pelo professor da sala de recursos de Nova Tebas: difcil pontuar algumas,

    mas as principais que acompanho so dificuldades dos professores em ver uma

    dificuldade grande com o que consideramos fcil e ainda ver este aluno adolescente

    de 15, 16, 17 anos, alunos que no conseguem ler quantidades expressas por nmero

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    discalculia lxica; alunos com dificuldades em nomear quantidades discalculia

    verbal e mais comum que eu vejo nos alunos que trabalho a dificuldade na escrita de

    smbolos matemticos discalculia grfica, que acarreta o problema na resoluo de

    atividades e claro a discalculia ideagnstica, a dificuldade com o calculo mental.

    Com a transcrio das dificuldades relatadas nota-se o conhecimento

    do entrevistado em relao a temtica, pois, complementando, Silva (2010) apud

    Garcia (1998, p. 43), expe que a discalculia pode se classificar em seis subtipos,

    sendo possvel ocorrer combinaes diferentes e juntando-se a outros transtornos.

    Logo, a discalculia classifica-se em: verbal, em que ocorre a dificuldade para dar

    nomes as quantidades matemticas, os nmeros, os termos, os smbolos e as

    relaes; practognstica, a qual configura-se na dificuldade com enumerao,

    comparao e manipulao de objetos reais ou em imagens matemtica; lxica, que

    traduz as dificuldades na leitura de smbolos matemticos; grfica, transtorno na

    escrita de smbolos matemticos; ideognstica, relacionada com problemas de realizar

    operaes mentais e na compreenso de conceitos matemticos; operacional, ligada

    com as dificuldades na execuo de operaes e clculos numricos. O que foi bem

    exposto pelo professor pesquisado.

    Para os professores das salas regulares de matemtica de Quinta do

    Sol as dificuldades concentram-se em falta de preparo dos professores para trabalhar

    com alunos que apresentam esse problema; salas cheias, o que dificulta um

    atendimento mais prximo e individualizado; acompanhamento do profissional para

    sabermos onde estamos errando e analisar se esta havendo algum progresso, ou

    seja, algum que nos auxilie, para que no venhamos para contribuir com a baixa

    autoestima do nosso aluno. O professor 03 descreve o desinteresse em aprender

    matemtica e o professor 04 recorda-se de: respeitar o tempo do aluno; no cobrar do

    aluno aquilo que ele no tem condies de realizar; no corrigi-lo na frente do restante

    da turma para no intimida-lo.

    Logo, constata-se que as dificuldades variam de acordo com as

    particularidades dos alunos e do ambiente educacional.

    Avanando, ao ser indagado acerca de aspectos ligados formao

    continuada (busca a partir de cursos, leituras, material didtico, participao em

    grupos de estudos), o professor 01 descreveu o que tem feito: sim, isto elementar,

    atualmente estou cursando uma ps de psicopedagogia para melhor nortear meu

    trabalho com os casos que atendo. Cursos oferecidos pelo NRE tambm fazem parte

    de um apoio importante. E mexendo e procurando ajuda na internet a gente troca

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    experincia em sites especficos, retira atividades, jogos que ajudam na prtica da sala

    de recursos multifuncional. O professor 02 citou conhecimento por leituras e

    pesquisas, sem possuir curso especfico sobre o assunto. A resposta do professor 03

    foi muito semelhante, o qual recordou que na formao continuada pouco ou quase

    nada foi abordado sobre discalculia e o professor 04 baseia-se em pesquisas, leituras.

    Neste aspecto salienta-se um ponto fraco na conjuntura das

    dificuldades em matemtica e o foco no trabalho do professor, j que, pelo

    pesquisado, no h oferta de subsdios para a bagagem do educador, o que

    contribuiria de forma significativa para o enfrentamento do problema.

    Buscando elucidar outros aspectos do cotidiano do trabalho de

    professores frente a discalculia, considerando o uso de tecnologias na sala de aula

    como meio de contribuio no desempenho dos alunos com essa dificuldade, o sujeito

    da pesquisa 01 utiliza diversos meios: nossa sala padro, temos computador,

    televiso, rdio, DVD. Estes equipamentos ajudam a aula a ficar diferente da sala

    regular, as atividades ento propostas podem ate ser as mesmas, mas sem aquela

    coisa: ficar em fila, cada um com seu caderno sem contato com os outros, a atividade

    em conjunto e a troca de experincia, tiram o medo de mostrar o que no sabe, pode-

    se falar abertamente, pois se percebe no ser o nico que no sabe e isso bom, pois

    na sala regular por vergonha muitas vezes o aluno guarda suas dvidas. O sujeito 02

    expe que hoje no tem esse aluno em sala, enquanto o sujeito 03 admite o uso de

    tecnologias como o Paran Digital visando um estmulo para o ensino da matemtica e

    o sujeito 04 afirmou que caso tivesse um aluno com tal distrbio buscaria diversos

    recursos tecnolgicos para o auxilio na aprendizagem.

    Neste sentido, a adoo das tecnologias de informao (TICs)

    mostra-se uma opo vantajosa. Trata-se de um desafio da educao, incorporar

    novas tecnologias de informao e comunicao, com a finalidade de incluir seus

    alunos no mundo contemporneo, uma vez que o uso destas ferramentas desperta o

    interesse, a criatividade, a curiosidade (VIEIRA; HALU, 2007).

    E, conforme visto, os professores tem feito o uso deste importante

    recurso educacional.

    Quanto ao cotidiano de trabalho e o plano de aula visando o

    atendimento das necessidades dos alunos com discalculia, narrou-se o plano

    individual, feito especialmente para o aluno, nele esto propostas metodologias,

    intervenes que atendam a dificuldade do aluno, ento conhecer o problema,

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    conhecer o aluno, cruzar informaes e escolher atividades para o uso fazem parte do

    cotidiano professor 01; no fizemos alterao no plano de aula, j que para isso

    necessrio o laudo e o acompanhamento de um profissional, apenas adaptvamos as

    atividades e avalivamos se teria havido algum progresso no decorrer dos bimestres-

    professor 02; acredito que a equipe pedaggica com apoio de um psiclogo o que a

    minha escola no possui precisa primeiramente conhecer o aluno que possui

    discalculia, pois o professor de matemtica no muito bem visto pelos alunos em

    sala de aula pelo grau de dificuldade e esforo mental que a disciplina exige -

    professor 03 e professor 04 o atendimento do aluno com discalculia deve ser

    organizado de forma natural para que o aluno no se sinta constrangido. O professor

    deve adequar o plano de aula visando atender as necessidades dos alunos, para que

    o mesmo sinta-se capaz ao desenvolver algumas atividades de acordo com seu ritmo

    de aprendizagem.

    Fica claro que entrelaar todos os segmentos do ambiente

    educacional em prol do desenvolvimento do ensino e superao de dificuldades

    consiste no planejamento adequado. Somando-se ao fato de aprofundar-se em cada

    caso, buscando esmia-lo.

    Com relao ao tipo de apoio recebido pela equipe pedaggica com

    vistas ao cumprimento do currculo escolar destes alunos, o professor 01 exps o

    seguinte: os alunos com quais trabalho, no tem adaptao curricular. Isto era

    fundamental mas muito burocrtico. Ento com o apoio da equipe, eu converso com o

    professor sobre as caractersticas individuais do aluno e sugiro uso de material

    concreto, de calculadora e que todas as respostas positivas do aluno que evidenciem

    seu aprendizado sejam valorizadas, que no espere para a avaliao para se avaliar,

    mas isto seja feito paulatinamente. um apoio acadmico, mas tambm emocional

    elogiar, parabenizar no apenas os acertos. O professor 02 destacou o trabalho da

    equipe pedaggica na adaptao de atividades, avaliaes bimestrais e dvidas. O

    professor 03 declarou no receber nenhum apoio por falta de profissional habilitado e

    tempo para detalhamento e posterior diagnostico e por ltimo, o professor 04

    evidenciou que caso seja comprovado o aluno passar a frequentar sala de apoio

    contemplando diferentes metodologias visando seu aprendizado. Outra vez,

    reforada a questo pertinente s peculiaridades de cada ambiente escolar, sejam por

    fatores internos ou externos, bem como as distines dos alunos.

    Encerrando a anlise das entrevistas, constatou-se que, em

    sntese, buscar recursos para interveno, basear-se no apoio de equipe pedaggica

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    multidisciplinar, focar em uma formao continuada podem ser aliados fundamentais

    na construo do saber, especialmente quando deparado com transtornos como o

    aqui exposto.

    Todavia, nem sempre professores e escolas encontram-se

    preparados para tanto devido s peculiaridades pontuais dos cenrios escolares, logo,

    aprofundar-se e investir nesta questo relatada emergente e requer estudos

    direcionados com vistas a garantir embasamento terico e prtico para os educadores.

    3 CONSIDERAES FINAIS

    A partir da pesquisa bibliogrfica a respeito da discalculia e da

    tabulao dos resultados levantados foi possvel delinear um diagnstico sobre

    conhecimento, a relao dos envolvidos no espao escolar, elencar relatos e

    experincias relativos ao tema, alm de verificar os recursos e apoios usados em sala

    de aula em dois muncipios do Paran, Nova Tebas e Quinta do Sol.

    Constatou-se que os sujeitos da pesquisa so conhecedores da

    discalculia, sendo um aspecto positivo para que seja possvel a busca de recursos

    para interveno, tornando-se fundamental o apoio de uma equipe pedaggica

    multidisciplinar, quando possvel. Listando-se as dificuldades, notou-se que cada

    ambiente escolar e cada aluno em questo apresenta uma particularidade e o

    professor precisa estar preparado para saber lidar com elas, todavia, dentre os

    pesquisados no foi levantada uma formao continuada, o que pode ser traduzido

    como um ponto a ser corrigido neste contexto. Alm disso, verificou-se a presena das

    TICs como recurso adicional e vantajoso para o desempenho dos alunos com este

    transtorno. Sobretudo, ressaltou-se a importncia da identificao, da comprovao da

    discalculia para que seja possvel a execuo de um trabalho mais especfico, j que

    este aspecto associa-se ao surgimento de dvidas no cotidiano do trabalho do

    professor necessitando de apoio interdisciplinar.

    Dada importncia do tema, o fomento a pesquisas e estudos

    direcionados so fundamentais para alicerar o trabalho do professor e promover o

    progresso do aluno.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    ALMEIDA, C. S. Dificuldades de aprendizagem em Matemtica e a percepo dos

    professores em relao a fatores associados ao insucesso nesta rea. Trabalho

    de concluso de curso de Matemtica da Universidade Catlica de Braslia UCB,

    2006.

    BERNARDI, J.; STOBUS, C. D. Discalculia: conhecer para incluir. Rev. Educ.

    Espec., Santa Maria, v. 24, n. 39, p. 47-60, jan./abr. 2011

    BRASIL. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros curriculares nacionais:

    matemtica / Secretaria de Educao Fundamental. Braslia: MEC/SEF, 1997.

    142p.

    CASTELLO, E. C. Como a escola pode ajudar crianas com dificuldade de

    aprendizagem na matemtica ou discalculia?. Monografia (Especializao em

    Distrbios de Aprendizagem). Centro de Referncia em Distrbios de Aprendizagem

    CRDA. So Paulo, 2009.

    LUCION, C. S. Dificuldades de aprendizagem: formao conceitual e

    intervenes no contexto escolar. In: IV Simpsio Nacional. VII Frum Nacional de

    Educao. Currculo, formao docente, incluso social, multiculturalidade e ambiente,

    2006. 14p.

    ROMAGNOLLI, G. C. Discalculia: um desafio na Matemtica. Trabalho de

    Concluso de Curso (Especialista em Distrbios de Aprendizagem) Centro de

    Referncia em Distrbios de Aprendizagem (CRDA), So Paulo, 2008.

    SILVA, T. C. C. As consequncias da discalculia no processo de ensino-

    aprendizagem da matemtica. Monografia (Matemtica) Instituto Superior de

    Educao da Faculdade Alfredo Nasser, Aparecida de Goinia, 2010.

    VIEIRA, Solange Lopes; HALU, Regina Celia . Utilizao de blogs educativos no

    ensino/aprendizagem de lngua inglesa: uma experincia no Colgio Estadual

    Santa Gemma Galgani. PDE 2007. Disponvel em <

    http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/348-4.pdf> Acesso em 05

    julho 2012

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    ANEXO

    PESQUISA SOBRE O TEMA DISCALCULIA NO COTIDIANO ESCOLAR

    1- Voc j ouviu falar sobre discalculia? Comente sobre:

    R=.............................................................................................................................................

    .................................................................................................................................................

    ...................

    2 - Voc j teve algum caso de aluno com discalculia? Se sim, relate um pouco de

    sua experincia.

    R=

    .................................................................................................................................................

    .................................................................................................................................................

    ....................

    3 - Quais as principais dificuldades encontradas no ensino de matemtica no cotidiano

    escolar em relao ao aluno que possui discalculia?cite 3

    R=.............................................................................................................................................

    .................................................................................................................................................

    ...................

    4 - Na questo da formao continuada, voc professor busca conhecimento a

    respeito do assunto atravs de: Cursos, Leitura, Material didtico ou participa de

    grupo de estudo? Relate um pouco sobre essas experincias.

    R=.............................................................................................................................................

    .................................................................................................................................................

    ...................

    5 - Voc faz uso de tecnologias no desenvolvimento de suas aulas como meio de

    contribuio no desempenho dos alunos com essa dificuldade?

    R=.............................................................................................................................................

    .................................................................................................................................................

    ...................

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    6 - Como voc associa o cotidiano no seu plano de aula se atentando s necessidades

    dos alunos que tem discalculia?

    R=.............................................................................................................................................

    .................................................................................................................................................

    ...................

    7 - Que tipo de apoio voc tem recebido da equipe pedaggica, para o cumprimento

    do currculo escolar com esses alunos?

    R=.............................................................................................................................................

    .................................................................................................................................................

    ...................