12
 2014 V1 GRUPO IV O vale de Vajont, no nordeste de Itália, é um vale profundo e apertado, de vertentes muito in linadas! " área é #eolo#i amente ar ateri$ada por litolo #ias ar%onatadas interaladas, pred ominan tement e, om n&veis de ar#ilas, ujos planos de estrati'a()o na vertente sul t*m atitude +dire()o e inlina()o análo#a - do plano da vertente! .o 'nal dos anos /0 do séulo , foi a& onstru&da uma #ra nde %ar ra#e m idroelétri a, uj o topo do pared)o se enontrava - al tit ude de 2/,/ metr os! 3 medida ue se veri'ava o enimento da al%ufeira da %arra#em, o euil&%rio das linas de á#ua da re#i)o ia sendo per tur %ado, oorrendo al# uns movimentos de repta()o +mi#ra () o lenta de materiais, t&pi a de forma(5es n)o onsolidadas ao lon #o das vertentes, ompro vado s, por e6 emplo, pela in lina()o das árvores! 7stas movimenta(5es em massa foram8se intensi'ando, uer pelo enimento da al%ufeira, muito a%ai6o da ota má6ima de se#uran(a +20 m, uer pela preipita()o ue se fa$ia sentir! 7ntretanto, ia oorrendo a a%ertura de fendas nas vertentes! .o 'nal do ano de 19:0, ini iaram8se o%ras na %arr a#em, tendo em vista resolver o pro%lema da insta%ilidade das vertentes, o ue impliou o re%ai6amento do n&vel de á#ua na al%ufeira! Posteriormente, veri'ou8se ainda a neessidade de proeder a mais dois re%ai6amentos do n&vel de á#ua na al%ufeira! .o dia 9 de ou tu%ro de 19:;, a vertente sul edeu! Uma enorme massa de materiais des eu a en osta om velo idade elevada e penetr ou na al%ufeira, #erando uma onda de #rande altura! " onda #al#ou o pared)o da %arra#em, des eu o vale e pr ovo ou a devasta()o das lo alidades na mar#e m do rio Piave, omo ilustra a < i# ura ;! .a < i# ura 4, es t) o representadas a varia()o do n&vel de á#ua na al%ufeira e a veloidade de repta()o, desde a entrada em funionamento da %arra#em até ao aidente de outu%ro de 19:;!

TI BIO.docx

Embed Size (px)

Citation preview

2014 V1GRUPO IV O vale de Vajont, no nordeste de Itlia, um vale profundo e apertado, de vertentes muito inclinadas. A rea geologicamente caracterizada por litologias carbonatadas intercaladas, predominantemente, com nveis de argilas, cujos planos de estratificao na vertente sul tm atitude (direo e inclinao) anloga do plano da vertente. No final dos anos 50 do sculo XX, foi a construda uma grande barragem hidroeltrica, cujo topo do paredo se encontrava altitude de 725,5 metros. medida que se verificava o enchimento da albufeira da barragem, o equilbrio das linhas de gua da regio ia sendo perturbado, ocorrendo alguns movimentos de reptao (migrao lenta de materiais, tpica de formaes no consolidadas) ao longo das vertentes, comprovados, por exemplo, pela inclinao das rvores. Estas movimentaes em massa foram-se intensificando, quer pelo enchimento da albufeira, muito abaixo da cota mxima de segurana (720 m), quer pela precipitao que se fazia sentir. Entretanto, ia ocorrendo a abertura de fendas nas vertentes. No final do ano de 1960, iniciaram-se obras na barragem, tendo em vista resolver o problema da instabilidade das vertentes, o que implicou o rebaixamento do nvel de gua na albufeira. Posteriormente, verificou-se ainda a necessidade de proceder a mais dois rebaixamentos do nvel de gua na albufeira. No dia 9 de outubro de 1963, a vertente sul cedeu. Uma enorme massa de materiais desceu a encosta com velocidade elevada e penetrou na albufeira, gerando uma onda de grande altura. A onda galgou o paredo da barragem, desceu o vale e provocou a devastao das localidades na margem do rio Piave, como ilustra a Figura 3. Na Figura 4, esto representadas a variao do nvel de gua na albufeira e a velocidade de reptao, desde a entrada em funcionamento da barragem at ao acidente de outubro de 1963.

1. Aps a entrada em funcionamento da barragem de Vajont, (A) a deposio de sedimentos imediatamente a montante do paredo diminuiu. (B) a probabilidade de ocorrncia de cheias peridicas anuais na localidade de Vajont aumentou. (C) o perfil transversal do rio Tuara foi sofrendo alteraes com o enchimento do reservatrio de gua. (D) o leito de cheia sofreu um alargamento progressivo a jusante da albufeira.2. De acordo com os dados fornecidos, os movimentos de reptao (A) comearam a ser registados quando o nvel de gua na albufeira atingiu, pela primeira vez, a cota de 650 metros. (B) foram essencialmente potenciados pelo aumento da cota de enchimento da albufeira. (C) aumentaram quando se atingiu a cota mxima de segurana de enchimento da albufeira. (D) atingiram 3 cm/dia quando o nvel de gua na albufeira alcanou, pela primeira vez, a cota de 700 metros. 3. O acidente da barragem de Vajont foi facilitado pela (A) atitude da estratificao dos materiais da vertente. (B) elevada coeso entre os detritos que constituam a vertente. (C) abundante vegetao existente na vertente. (D) reduzida permeabilidade dos calcrios da vertente. 4. Argilitos so rochas de origem (A) quimiognica que resultam da cimentao de argilas. (B) quimiognica que resultam da litificao de argilas. (C) detrtica que resultam da meteorizao de argilas. (D) detrtica que resultam da diagnese de argilas.

5. Explique a influncia da gua e das camadas argilosas na ocorrncia do movimento em massa de 1963, na vertente sul do vale de Vajont.

2013 v1GRUPO I O litoral rochoso situado a leste de Quarteira, na regio oriental algarvia, constitui um exemplo evidente de um troo costeiro em rpido retrocesso. A taxa de recuo da linha costeira, nos sectores da arriba localizados a leste de Quarteira, atingiu valores significativos, sobretudo aps a dcada de 70. A construo de algumas estruturas rgidas transversais linha de costa, representadas na Figura 1, para proteger Quarteira da eroso costeira, agravou os problemas de eroso marinha a oriente da povoao.

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 3., selecione a nica opo que permite obter uma afirmao correta. Escreva, na folha de respostas, o nmero do item e a letra que identifica a opo escolhida. 1. A direo predominante da ondulao na zona de Quarteira dever ser (A) SO-NE, conduzindo acumulao de sedimentos a oriente de cada um dos espores. (B) SO-NE, conduzindo acumulao de sedimentos a ocidente de cada um dos espores. (C) SE-NO, conduzindo acumulao de sedimentos a oriente de cada um dos espores. (D) SE-NO, conduzindo acumulao de sedimentos a ocidente de cada um dos espores.

2. A eroso costeira um dos processos de fornecimento de sedimentos para o meio ocenico. A eroso de arribas talhadas em rochas sedimentares (A) detrticas consolidadas responsvel pelo fornecimento de materiais ricos em olivina. (B) carbonatadas responsvel pelo fornecimento de grande volume de material sedimentar. (C) carbonatadas responsvel pelo fornecimento de materiais ricos em quartzo. (D) detrticas pouco consolidadas responsvel pelo fornecimento de grande volume de sedimentos. 3. A litificao de areias em arenitos resulta de processos de (A) aumento de volume, seguidos de compactao. (B) transporte, seguidos de eroso. (C) desidratao, seguidos de meteorizao. (D) reduo de porosidade, seguidos de cimentao. 4. Explique de que forma a manuteno de campos de golfe sobre arribas litorais pouco consolidadas pode contribuir para aumentar a taxa de eroso dessas arribas.

2011 V1GRUPO IV Remediao de Solos por Juncus effusus Nas zonas mineiras abandonadas onde se encontram frequentemente depsitos de escombreiras enriquecidos em sulfuretos, ocorrem processos de oxidao e hidrlise que levam produo de guas extremamente cidas e enriquecidas em metais. Estes ambientes impedem o normal crescimento e desenvolvimento das plantas. Dados relativos anlise de solos no contaminados indicam que, em regra, os valores de cdmio (Cd) normais variam entre 0,01 e 1 mg kg1. Qualquer valor acima de 1 mg kg1 pode ser considerado txico para algumas plantas. Por outro lado, valores acima de 400 mg kg1 de zinco (Zn) e de 20 mg kg1 de cobre (Cu) so considerados txicos para a maioria das plantas. Juncus effusus uma planta bem adaptada a estes ambientes, acumulando e tolerando metais pesados por processos de bioacumulao. Esta planta, de pequeno porte, apresenta tolerncia a pH baixo (entre 4 e 6) e a concentraes elevadas de metais, o que permite a sua sobrevivncia em condies de toxicidade varivel. Para avaliar a sua tolerncia a nveis de toxicidade elevados, investigadores recolheram amostras de Juncus effusus em lagoas cidas da mina do Lousal, com pH 2,9. Foram tambm recolhidas duas amostras de solo (solo 1, at 1 cm de profundidade, e solo 2, parte subjacente anterior) do local de onde se retiraram as plantas, tendo sido analisada a sua composio qumica. Aps lavagem em gua destilada, os caules e as razes foram colocados, separadamente, numa estufa a 65 C, durante 24 horas. Depois da moagem dos mesmos, guardou-se uma determinada quantidade de material, tendo o restante sido reduzido a cinza, durante 2h 30 min, a 550 C, para destruio da matria orgnica. Os resultados das anlises qumicas realizadas no decurso da investigao encontram-se registados na Tabela 1. Os valores apresentados na tabela so expressos em mg kg1 de cinza.

Na resposta a cada um dos itens de 1 a 4, seleccione a nica opo que permite obter uma afirmao correcta. Escreva, na folha de respostas, o nmero do item e a letra que identifica a opo escolhida.

1. Segundo o darwinismo, a tolerncia a concentraes elevadas de metais, em Juncus effusus, ter resultado da (A) ocorrncia de cruzamentos entre variedades de plantas que apresentavam maior tolerncia. (B) seleco natural de plantas cuja tolerncia foi causada por mutaes em clulas somticas. (C) seleco artificial de plantas que apresentavam genes responsveis pela tolerncia. (D) alterao da capacidade de tolerncia, por necessidade de a planta aumentar a descendncia. 2. Na designao cientfica de Juncus effusus, (A) Juncus corresponde ao gnero e effusus espcie. (B) effusus corresponde ao gnero. (C) Juncus effusus corresponde espcie. (D) Juncus corresponde espcie. 3. Nas lagoas da mina do Lousal coexistem bactrias e Juncus effusus, que tm em comum (A) membrana celular e mitocndrias. (B) membrana celular e ncleo. (C) parede celular e ribossomas. (D) parede celular e cloroplastos. 4. Os dados experimentais revelam que a acumulao de (A) zinco maior na raiz do que no caule das plantas. (B) cobre maior na raiz do que no caule das plantas. (C) chumbo maior na capa superficial do solo. (D) cdmio maior na capa superficial do solo. 5. Juncus effusus pode ser utilizado na recuperao de solos com elevada concentrao de metais e com elevada toxicidade, provocadas pela actividade mineira. Para esse efeito, esta planta colocada, antes do repovoamento por outras plantas, nesses mesmos terrenos. Justifique a utilizao de Juncus effusus nas condies descritas. 6. Explique, segundo a perspectiva neodarwinista, o sucesso adaptativo da populao de Juncus effusus.

2011 2 V1GRUPO IV As Bacias Hidrogrficas na Madeira As caractersticas naturais da ilha da Madeira so muito favorveis a movimentos de detritos e a cheias repentinas, que constituem uma ameaa segurana de pessoas e bens: bacias hidrogrficas com um tempo de resposta relativamente curto; cursos de gua com elevado declive; zonas muito montanhosas; vales encaixados e grande quantidade de material slido, facilmente mobilizvel. Estas caractersticas, representadas na Figura 5, num territrio com pouca disponibilidade de reas planas, conduzem frequente utilizao urbana e industrial em terrenos com elevado perigo de enxurradas, de deslizamentos ou de outras instabilidades de carcter geolgico. Na sequncia de um evento desta natureza que ocorreu em 2010, uma equipa pluridisciplinar desenvolveu um estudo em bacias hidrogrficas de vrias ribeiras, com os objectivos de avaliar e caracterizar os riscos associados a este tipo de fenmenos e de definir linhas orientadoras de proteco das populaes. Geologicamente, a rea em estudo caracteriza-se pela existncia de trs complexos gneos: complexo de base, com depsitos de piroclastos, brechas vulcnicas e escoadas lvicas, intersectado, em alguns pontos, por uma densa rede filoneana; complexo intermdio, constitudo por escoadas lvicas baslticas, com mais de 500 m de espessura, cobrindo toda a ilha; complexo superior, formado por aparelhos vulcnicos, cones de escrias e depsitos piroclsticos.

Na resposta a cada um dos itens 1 e 2, seleccione a nica opo que permite obter uma afirmao correcta. Escreva, na folha de respostas, o nmero do item e a letra que identifica a opo escolhida.

1. Na zona representada na Figura 5 com um X, os sedimentos so (A) bem calibrados e angulosos. (B) mal calibrados e angulosos. (C) bem calibrados e arredondados. (D) mal calibrados e arredondados. 2. Admitindo que o Princpio da Sobreposio se aplica na regio em estudo, a rede filoneana (A) anterior s brechas vulcnicas e posterior aos cones de escrias. (B) posterior s brechas vulcnicas e anterior aos cones de escrias. (C) anterior s brechas vulcnicas e posterior s escoadas lvicas baslticas. (D) posterior s brechas vulcnicas e posterior s escoadas lvicas baslticas3. Faa corresponder cada uma das rochas sedimentares caracterizadas na coluna A respectiva designao, que consta da coluna B. Escreva, na folha de respostas, as letras e os nmeros correspondentes. Utilize cada letra e cada nmero apenas uma vez.

4. Ordene as letras de A a E de modo a reconstituir a sequncia cronolgica dos acontecimentos relacionados com os processos de formao de rochas sedimentares detrticas. Escreva, na folha de respostas, apenas a sequncia de letras. A. Meteorizao B. Diagnese C. Deposio D. Eroso E. Transporte 5. Relacione o elevado risco geolgico na ilha da Madeira com o tempo de resposta das bacias hidrogrficas e com o declive do terreno.2009 3 V1GRUPO III A formao de cadeias montanhosas resultou de um conjunto de fenmenos representativos da actividade geolgica do nosso planeta h milhes de anos. O diagrama da Figura 2 representa os domnios de estabilidade dos minerais andaluzite, distena e silimanite em funo das condies de temperatura presso profundidade existentes numa cadeia montanhosa durante as fases de deformao que ocasionaram o metamorfismo e condicionaram a instalao de um macio grantico. A linha 1 do grfico indica o incio da fuso em granitos.

1. Seleccione a nica opo que permite obter uma afirmao correcta. A partir da anlise do grfico da Figura 2 pode afirmar-se que (A) o aumento de temperatura promove a transformao de andaluzite em distena. (B) a 600 C, o aumento de presso promove a transformao de silimanite em andaluzite. (C) a distena sofre cristalizao em condies de presso menos elevadas do que a andaluzite. (D) o aumento de presso de 2Kb para 4Kb, a 600 C, promove a transformao da andaluzite em silimanite. 2. Seleccione a nica opo que permite obter uma afirmao correcta. A andaluzite, a silimanite e a distena so minerais polimorfos, pois apresentam (A) a mesma composio qumica e a mesma estrutura cristalina. (B) a mesma composio qumica e diferente estrutura cristalina. (C) diferente composio qumica e diferente estrutura cristalina. (D) diferente composio qumica e a mesma estrutura cristalina.3. Explique a importncia da presena de distena, de andaluzite ou de silimanite na caracterizao do ambiente de formao da rocha em que surgem. 4. Faa corresponder a cada uma das caracterizaes de rochas sedimentares, que constam da coluna A, o termo que as identifica, expresso na coluna B. Escreva, na folha de respostas, as letras e os nmeros correspondentes. Utilize cada letra e cada nmero apenas uma vez.

5. Ordene as letras de A a F, de modo a reconstituir a sequncia cronolgica dos acontecimentos relacionados com a transformao de um granito at que se venha a formar outra rocha magmtica. Escreva, na folha de respostas, apenas a sequncia de letras. Inicie pela letra A. A. Aco de movimentos tectnicos que levam exposio do granito. B. Acumulao de sedimentos, originando estratos. C. Meteorizao da rocha grantica. D. Cristalizao de minerais a partir de material silicatado em fuso. E. Remoo de partculas do granito alterado. F. Adaptao mineralgica e textural ao aumento de temperatura e presso.