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Arthur Chagas Viana
Matérias
Tipos de Texto
Tipos de Introdução
Tipos de Desenvolvimento
Tipos de Conclusão
Conjunções
Períodos Compostos
Pronomes Relativos
Funções Sintáticas
Tipos de textos
Tipologia textual
Tipologia textual:
descrição, narração, dissertação, exposição, injunção, diálogo e entrevista. É
importante que não se confunda tipo textual com gênero textual. Ver também tipos
textuais.
Índice
Informativo
Descrição
Narração
Dissertação
Argumentativo
Exposição
Injunção
Diálogo
Entrevista
Tipos
O objetivo do texto é passar conhecimento para o leitor. Nesse tipo textual, não se
faz a defesa de uma idéia. Exemplos de textos explicativos são os encontrados em
manuais de instruções.
Informativo
Texto informativo, tem a função de informar o leitor a respeito de algo ou alguém, é
o texto de uma notícia de jornal, de revista, folhetos informativos, propagandas.
Uso da função referencial da linguagem, 3ª pessoa do singular.
Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa,
um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é
o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-
se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e
posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer
uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se refere.
Narração
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado
tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real.
Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é
o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias
infantis, como o Chapeuzinho Vermelho ou a Bela Adormecida, até as picantes
piadas do cotidiano.
Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele.
Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente
com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo
enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a
persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto
informativo.
Argumentativo
Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o
leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além
de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos
um texto dissertativo-argumentativo.
Exemplos: texto de opinião, carta do leitor, carta de solicitação, deliberação
informal, discurso de defesa e acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de
opinião ou assinados, Apresenta informações sobre assuntos, expõe idéias; explica,
avalia, reflete. (analisa idéias).
1. Estrutura básica:
2. Idéia principal;
3. Desenvolvimento;
4. Conclusão.
Uso de linguagem clara. Ex: ensaios, artigos científicos, exposições, etc.
Injunção
Indica como realizar uma ação. É também utilizado para predizer acontecimentos e
comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua
maioria, empregados no modo imperativo. Há também o uso do futuro do presente.
Ex: Receita de um bolo e manuais.
Diálogo
Diálogo é uma conversação estabelecida entre duas ou mais pessoas. Pode conter
marcas da linguagem oral, como pausas e retomadas.
Entrevista
Entrevista é uma conversação entre duas ou mais pessoas (o entrevistador e o
entrevistado), na qual perguntas são feitas pelo entrevistador para obter
informação do entrevistado. Os repórteres entrevistam as suas fontes para obter
declarações que validem as informações apuradas ou que relatem situações vividas
por personagens. Antes de ir para a rua, o repórter recebe uma pauta que contém
informações que o ajudarão a construir a matéria. Além das informações, a pauta
sugere o enfoque a ser trabalhado assim como as fontes a serem entrevistadas.
Antes da entrevista o repórter costuma reunir o máximo de informações disponíveis
sobre o assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será entrevistada. Munido
deste material, ele formula perguntas que levem o entrevistado a fornecer
informações novas e relevantes. O repórter também deve ser perspicaz para
perceber se o entrevistado mente ou manipula dados nas suas respostas, fato que
costuma acontecer principalmente com as fontes oficiais do tema. Por exemplo,
quando o repórter vai entrevistar o presidente de uma instituição pública sobre um
problema que está a afeta o fornecimento de serviços à população, ele tende a
evitar as perguntas e a querer reverter à resposta para o que considera positivo na
instituição. É importante que o repórter seja insistente. O entrevistador deve
conquistar a confiança do entrevistado, mas não tentar dominá-lo, nem ser por ele
dominado. Caso contrário, acabará induzindo as respostas ou perdendo a
objetividade.
As entrevistas apresentam com freqüência alguns sinais de pontuação como o
ponto de interrogação, o travessão, aspas, reticências, parêntese e às vezes
colchetes, que servem para dar ao leitor maior informações que ele supostamente
desconhece. O título da entrevista é um enunciado curto que chama a atenção do
leitor e resume a idéia básica da entrevista. Pode estar todo em letra maiúscula e
recebe maior destaque da página. Na maioria dos casos, apenas as preposições
ficam com a letra minúscula. O subtítulo introduz o objetivo principal da entrevista
e não vem seguido de ponto final. É um pequeno texto e vem em destaque
também. A fotografia do entrevistado aparece normalmente na primeira página da
entrevista e pode estar acompanhada por uma frase dita por ele. As frases
importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em destaque nas outras
páginas da entrevista são chamadas de "olho".
Tipos de IntroduçãoDISSERTAÇÃO: TIPOS DE INTRODUÇÃO
O primeiro parágrafo da redação dissertativa é a porta de entendimento para aquele que está lendo. É o parágrafo mais importante do texto. Nele, está contido o "tema" que será desenvolvido nos outros parágrafos. Encontrei alguns "modelos" de
introdução que podem ser estudados e desenvolvidos por vocês.
Para exemplificação, suponhamos o tema:
A questão do menor no Brasil(Roteiro)
Uma possível introdução seria:
Para se analisar a questão da violência contra o menor no Brasil é essencial que se discutam suas causas e suas conseqüências.
O principal defeito em uma redação que utiliza este tipo de introdução é seguir outro roteiro que não seja o nela citado.
Hipótese (hipo) tese
Este tipo de introdução traz o ponto de vista a ser defendido, ou seja, a tese que se pretende provar durante o desenvolvimento. Evidentemente a tese será retomada –
e não copiada - na conclusão.
Vejamos um exemplo para o mesmo tema:
A questão da violência contra o menor tem origem na miséria - a principal responsável pela desagregação familiar.
O principal risco desse tipo de introdução é não ser capaz de realmente comprovar a tese apresentada.
Perguntas
Esta introdução constitui-se de uma série de perguntas sobre o tema.Exemplo:
É possível imaginar o Brasil como um pais desenvolvido e com justiça social enquanto existir tanta violência contra o menor?
O principal problema neste tipo de introdução é não responder, ou responder de forma ineficaz, as perguntas feitas. Além disso, por ser uma forma bastante simples de começar um texto, às vezes não consegue atrair suficientemente a atenção do
leitor.
Histórica
Esta introdução traça um rápido panorama histórico da questão, servindo muitas vezes de contraponto ao presente.
Às crianças nunca foi dada a importância devida. Em Canudos e em Palmares não foram poupadas. Na Candelária ou na Praça da Sé continuam não sendo.
Deve-se tomar o cuidado de se escolher fatos históricos conhecidos e significativos para o desenvolvimento que se pretende dar ao texto.
Compararão - por semelhança ou oposição
Procura-se neste tipo de introdução mostrar como o tema, ou aspectos dele, se assemelham - ou se opõem - a outros.
É comum encontrar crianças de dez anos de idade vendendo balas nas esquinas brasileiras. Na França, nos EUA ou na Inglaterra - países desenvolvidos - nessa
idade as crianças estão na escola e não submetidas à violência das ruas.
É bastante importante que a comparação seja adequada e sirva a algum propósito bem claro - no caso, mostrar o subdesenvolvimento brasileiro na questão do menor.
Definição
Parte da definição do significado do tema, ou de uma parte dele.
Menor: o mais pequeno, de segundo plano, inferior, aquele que não atingiu a maioridade. O uso da palavra “menor” para se referir às crianças no Brasil já
demonstra como são tratadas: em segundo plano.
Vale perceber que há, muitas vezes, mais de uma maneira de se definir algo e, portanto a escolha da definição mais adequada dependera do ponto de vista a ser
defendido.
Contestação
Contesta uma idéia ou uma citação conhecida.
O Brasil é o país do futuro. A criança é o futuro do país. Ora, se a criança no Brasil passa fome, é submetidas às mais diversas formas de violência física, não tem
escola, nem saúde, como pode ser esse o pais do futuro? Ou será que a criança não é o futuro do país?
Repare como esse tipo de introdução pode ser bastante atraente, uma vez que desfazer clichês atrai mais a atenção do que usá-los.
Narração
Trata-se de contar um pequeno fato de relevância como ponto de partida para a análise do tema.
Sentar numa frigideira com óleo quente foi o castigo imposto ao pequeno D., de um ano e meio, pelo pai, alcoólatra. Temendo ser preso, ele levou a criança a um hospital uma semana depois. A mulher, também vitima de espancamentos, o
denunciou à polícia. O agressor fugiu.
Cuidado, ao fazer este tipo de introdução, para não cometer o erro de contar um fato sem relevância, ou transformar toda sua dissertação em uma narrativa.
Estatística
Consiste em se apresentar dados estatísticos relativos à questão a ser tratada.
Quarenta mil crianças morreram hoje no mundo, vítimas de doenças comuns combinadas com a desnutrição. Para cada criança que morreu hoje, muitas outras vivem com a saúde debilitada. Entre os sobreviventes, metade nunca colocará os pés em uma sala de aula. Isso não é uma catástrofe futura. Isso aconteceu ontem,
está acontecendo hoje. E irá acontecer amanhã, exceto se o mundo decidir proteger suas crianças.
Veja que o dado estatístico, muitas vezes, não diz nada por si só. E necessário que ele apareça acompanhado de uma análise criteriosa.
Mista
Procura fundir várias formas de introdução. Veja como o exemplo dado em contestação traz também a introdução com perguntas. Vejamos um outro possível
exemplo.
Crianças mortas em frente a Igreja da Candelária. Denúncias de meninas se prostituindo nas cidades e nos campos. Garotos vendendo balas nas esquinas. Não
é possível imaginar o Brasil um país desenvolvido e com justiça social enquanto perdurar tão triste quadro.
Tipos de Desenvolvimento
Causa e Conseqüência
Expõem-se, obviamente, as causas e as conseqüências do problema abordado. Geralmente se encadeiam as causas em um parágrafo e as conseqüências noutro, mas, como sabemos, não se pode dizer que isso seja uma regra, e sim um costume da redação dissertativa. É possível, ainda, valer-se somente das causas ou somente das conseqüências do problema. Tudo vai depender dos dados e dos conhecimentos de que você dispõe.Leia um exemplo, produzido a partir do tema “Evolução tecnológica e proteção ambiental – como conciliar?”, sugerido pelo Enem. Note que o aluno priorizou as conseqüências que a displicência do homem em relação à natureza pode acarretar:
Exemplo:
É inevitável o desenvolvimento da humanidade, porém esta se concentra apenas em criar meios tecnológicos que lhe proporcionem maior comodidade e se esquece de analisar as conseqüências que tal procedimento poderá gerar.Questionamentos sobre o futuro do mundo já estão sendo levantados por muitos cientistas que se preocupam, principalmente, com itens relacionados ao desmatamento.Mais de 45% das florestas tropicais foram desmatadas e nada se tem feito para reverter essa situação.A sociedade é rodeada de pessoas gananciosas que visam apenas ao seu bem estar, não importando quanto mal tal procedimento poderá causar aos demais. É o caso, por exemplo, da Amazônia. 25% de sua mata original deu espaço à agricultura e à pecuária, e, atualmente, foi reivindicado ao governo o desflorestamento de mais 25% do restante. Isso gerou certa revolta por parte da população, mas como intervir nesse tipo de problema, que envolve pessoas com muita influência no poder?Outra agravante relaciona-se à poluição. Cidades como São Paulo e Nova Iorque possuem um dos mais elevados índices de internações hospitalares decorrentes de problemas respiratórios. Foi por esse motivo, entre outros, que as nações se uniram e elaboraram o Tratado de Kyoto, pedindo a redução dos gases poluentes gerados pelas indústrias. Entretanto, os EUA, um dos principais responsáveis pela poluição
mundial, recusaram-se a assinar o acordo, que, segundo o presidente George Bush, poderia afetar sua economia.Os países precisam deixar de lado os interesses financeiros e dar prioridade aos assuntos que dizem respeito ao ecossistema, visto que os prejuízos do desenvolvimento não são imediatos, mas muitas amostras já têm sido exibidas. O melhor a fazer é providenciar medidas que possam reverter essa situação enquanto há tempo.
Você percebeu que o poder argumentativo do texto reside no esforço, por parte doautor, de mostrar as conseqüências negativas que o comportamento do homem emrelação à preservação ambiental pode gerar.
Desenvolvimento por trajetória histórica
Se você tiver um bom conhecimento de história (fruto de seu estudo ou de uma boa coletânea de textos do vestibular!), pode utilizá-lo a seu favor. É possível ilustrar a defesa deseu ponto de vista ou a exposição de informações por meio de fatos históricos.Nas dissertações escolares, costuma-se fazer isso desta maneira: em umparágrafo, geralmente o primeiro do desenvolvimento, utiliza-se um fato do passado;noutro, o segundo, um do futuro. Leia uma dissertação sobre o tema “Em briga deelefantes, é a grama que sai perdendo”, sugerido pela UEL. O aluno-escritor, quedispunha de bom referencial histórico, optou por ilustrar o seu ponto de vista com um fatodo passado e um do presente.
Confira
A admirada estória de Davi e Golias, em que o fraco prevalece, está longe de ser realidade. É cada vez mais evidente o massacre dos pequenos.Fatos como a Guerra Fria mostram exorbitante mente isso. Nessa época, as potências URSS e EUA eram os elefantes. Impunham suas políticas intervencionistas em todo e qualquer país sob seu regime. É o caso de nações do Oriente Médio, às vezes financiadas pelos ianques contra o inimigo vermelho ou vice versa. Esses povos tiveram muitos soldados mortos em prol de seu subdesenvolvimento.A conotação mais atual, porém não tão recente, da inversão dessa passagem bíblica é o neoliberalismo, principalmente no aspecto social. Os pobres (a grama), cada vez mais pobres, são "exilados" por fugirem dos pisoteio. No entanto, os "elefantes humanos" retomam sua briga nesse novo local. É o que ocorre em virtude das guerras empresariais em que, sedentos por lucro e por superar seus concorrentes, os grandes"engolem" as pequenas empresas e, com toda a sua tecnologia, deixam milhares desempregados.Essa inversão de valores gera um mundo violento e selvagem. É interessante, porém, que, mais que não olhar para as conseqüências, os responsáveis se deixem levar pela sua falsa segurança (o dinheiro) e continuem com sua conduta, imperceptível aos próprios, injusta em relação à humanidade.É notória a necessidade de revertermos essa crônica situação, algo que dificilmente os poderosos farão. Portanto, deverá partir de nós a solução. Esta é uma educação sólida e humanitária de nós mesmos e, principalmente, das futuras gerações.
Não é difícil perceber que, para convencer o leitor de que em briga de elefantes é a grama que sai perdendo, o autor traçou uma trajetória histórica dos conflitos
provocados pela Guerra Fria até as guerras comerciais geradas pelo regime neoliberal.
Desenvolvimento por contraste de idéias
Na dissertação argumentativa, é possível contrastar argumentos contrários e favoráveis a algum tema e, a partir dessa oposição, posicionar-se (contrária ou favoravelmente, é claro) diante dele. É importante que, nesse embate de idéias, aquelas que respaldam o real ponto de vista do autor sejam nitidamente mais convincentes e razoáveis que as adversas.Já na dissertação expositiva, como não há o mesmo posicionamento argumentativo do escritor, este age como mero intermediador entre idéias favoráveis e contrárias a determinado tema. Sua função, nesse caso, é a de mostrar ao leitor como existem opiniões contrastantes sobre o assunto.Veja agora uma dissertação predominantemente expositiva sobre um tema bastante atual e polêmico: A clonagem em seres humanos. Observe que o autor, no primeiro parágrafo do desenvolvimento, explora o lado negativo desse procedimento científico e, no segundo, o positivo:
Exemplo:
Muito se debate, atualmente, a respeito da clonagem humana. Acredita-se que esse processo possa ser desastroso, trazendo ao mundo possíveis "seres mutantes". Por outro lado, ela pode ser benéfica, pois devidamente utilizada privilegiará a sociedade com avanços científicos jamais vistos.Alguns constatam que a clonagem em humanos, para apenas reproduzir novos seres, pode ser perigosa, pois ela não está livre de resultados anômalos. Cite-se o exemplo da ovelha Dolly. Dos 276 embriões manipulados, apenas 29 sobreviveram para serem implantados em ovelhas, e desses somente um teve a reprodução efetivada.Então, da mesma maneira que o sucesso dessa tecnologia nos animais foi custoso, o mesmo pode ocorrer no projeto que envolve humanos.Entretanto, no ano passado, cientistas apresentaram à sociedade o projetoGenoma, que consistiu na "leitura" dos cromossomos humanos. Com esse avanço da ciência, no futuro, eles pretendem identificar as funções de cada cromossomo, para depois corrigir os erros genéticos. Essas falhas talvez possam ser corrigidas com a"clonagem terapêutica", que visa à regeneração de órgãos e tecidos danificados. A conciliação do Genoma com a clonagem terapêutica pode resultar em uma grande conquista científica.Levando-se em conta o que foi observado, é notório que, assim como a clonagem humana pode trazer inúmeros benefícios à sociedade, ela pode, conforme nos demonstra a experiência científica, ter conseqüências negativas.
O aluno, como você pode perceber, esforçou-se por estruturar o desenvolvimento de maneira bem organizada: em um parágrafo, o lado bom; em outro, o ruim. Simples e eficiente!
Desenvolvimento a partir de enumeração
Sempre que se enumerarem na introdução os argumentos ou informações que constarão dos parágrafos subseqüentes, tratar-se-á de um desenvolvimento a partir de enumeração.
É importante, como já vimos, que em cada parágrafo do desenvolvimento seja abordado somente um argumento/informação e que nenhum dos argumentos/informações antecipados na introdução seja “esquecido” na parte mais importante do texto dissertativo.O exemplo a seguir foi produzido a partir do seguinte tema: “O Brasil é o Brasil das novelas?”. À disposição do escritor havia uma coletânea de textos, nos quais era possível encontrar importantes reflexões a respeito dos contrastes entre o Brasil real e o Brasil“maquiado”.
Leia:
O retrato real do Brasil não é a riqueza e o conforto que vemos nas novelas, e sim a miséria, o clientelismo e o individualismo das classes mais abastadas que grande parte da população brasileira enfrenta dia após dia.As cenas dramáticas de miseráveis pedindo nos semáforos, crianças trabalhando desde muito pequenas, famílias morando em meio ao lixão e sobrevivendo dele, são muito mais freqüentes do que imaginamos.O governo, preocupado com assuntos “mais importantes”, lembra-se desse povo somente em véspera de eleição. Promete mundos e fundos ou troca votos por qualquer miséria.Mas não é só o governo que tem culpa do enorme problema. A classe média só pensa em aumentar sua riqueza para não entrar nesse índice de pobreza e os ricos preferem blindar os vidros de seus carros para se proteger dessa população, que teima em incomodar e pela qual não se acham responsáveis.Enquanto houver, neste país, tanto preconceito, tanta corrupção e tanta gente achando que não é responsável por tal fato, a pobreza continuará e aumentará cada vez mais.
Na introdução, anteciparam-se os três argumentos que sustentariam a tese de que o Brasil real está distante daquele apresentado nas novelas: a miséria, o clientelismo e o individualismo. Na mesma ordem, cada um deles, em parágrafo próprio, foi abordado no desenvolvimento.
Desenvolvimento por contra-argumentação
É o tipo de desenvolvimento em que o escritor expõe um argumento com o qual não se concorda e, por meio de um contra-argumento mais convincente, refuta-o, nega-o, corrige-o.A dissertação a seguir, cuja estrutura argumentativa foi auxiliada pela consulta a uma farta coletânea de textos, demonstra muito bem como se pode refutar um argumento ou um dado, indicando-lhe a fragilidade e a inconsistência. O tema é “As pesquisas mostram melhoras no Brasil. E a realidade?”.
Veja:
O resultado da pesquisa do Censo 2000 agradou ao presidente da república por indicar a melhoria das condições de vida do brasileiro, em relação a anos anteriores ao seu governo. Porém, tais dados não traduzem a dura realidade do país atual, fazendo com que se questione sua veracidade.E a desconfiança dessas informações animadoras parte, até mesmo, do próprioFHC, que não consegue relacionar os baixos níveis de renda da população ao aumento do consumo de bens eletrônicos pela mesma. Uma explicação otimista para tais estatísticas pode estar no fato de que a estabilidade monetária aumentou o poder de compra do povo com a queda dos preços e maior facilidade de acesso ao crédito. Porém, melhor condiz com as características da nova sociedade a
justificativa de que os únicos responsáveis pelo aumento das vendas são consumidores pertencentes a classe alta da população, com a qual se concentra a maior parte da riqueza do Brasil.A tal fator pode ser comparada a contraposição entre os 60% de brasileiros com mais de dez anos que não conseguiram concluir o ensino fundamental e o indicador social da pesquisa de que a grande maioria das crianças está matriculada e passa mais tempo estudando. Essa relação deixa claro o caráter maquiador do resultado do Censo, que é aproveitado pelo governo como forma de autopromoção e não representa um retrato fiel da sociedade.Assim, pode-se concluir que, apesar de as pesquisas revelarem conquistas importantes como a redução da mortalidade infantil e o aumento da eficiência da saúde pública, outros pontos positivos de seu resultado não devem ser levados ao pé da letra.Como podemos observar, esses são capazes de ocultar problemas graves do país, como a má distribuição de renda e o desequilíbrio quanto aos investimentos governamentais nos diferentes setores da educação pública.
Ignorando-se o fato de o escritor ter apresentado novas informações na conclusão(sobre a mortalidade infantil e a eficiência da saúde pública), pode-se considerar muito boa essa dissertação. O autor, habilmente, refutou os dados animadores do Censo 2000 por meio de interpretações coerentes e dados estatísticos.
DISSERTANDO POR MODELOS
Narrar ou Descrever no Dissertar (Notícia na Introdução)Esse modelo de redação é composto por três parágrafos. O primeiro é introdutório e confeccionado no gênero narrativo ou no descrito. O segundo parágrafo é de análise do primeiro parágrafo. O último ocorre o posicionamento crítico do produtor textual. Nesse modelo, o parágrafo de encerramento costuma ser uma conclusão-solução — quando a narrativa ou descrição mostrar um problema — ou uma conclusão-reforço — quando o parágrafo introdutório mostrar um fato positivo. A vantagem desse modelo é a facilidade em confeccioná-lo, principalmente pela introdução. Mas há desvantagens. Uma dela é produzir um texto predominantemente narrativo ou descritivo.
TIPOS DE CONCLUSÃO
Resumo:
O autor retoma, resumidamente, aquilo que explorou durante o texto."O relacionamento familiar tem suas particularidades, mas a maioria dos pais revela que, além das preocupações já mencionadas, sentem-se sufocadas com as exigências materiais dos jovens, que comprometem o orçamento doméstico de tal forma que eles não têm outra alternativa, a não ser adiar seus próprios sonhos." (Nilce Rezende Fernandes, O estado de Minas).
Questionamento:
O autor parte de um questionamento para encerrar seu raciocínio.
Exemplo:
"Quem é que vai pôr freios nessa gente, gentinha, gentalha? Quem sabe uma mudançana legislação que retire deles a proteção da idade, transformando-os em responsáveis porseus atos e, portanto, passíveis de cadeia, fizesse algum bem. Se os pais não cuidamdeles, chamem a polícia." (Cezar Globbi)
Proposta:
O autor faz uma (ou várias) sugestões daquilo que deve ser feito para transformar a realidade apontada durante o restante do texto.
Exemplo:
"Vamos começar uma vida nova, de inicio virando nossos mapas pra cima, para oCruzeiro do Sul. Vamos criar novos referenciais, novos pontos de apoio, novas formas de ver o mundo. Essa é uma única forma de criar uma nação. “Vamos finalmente descobrir o Brasil, mas desta vez com os nossos próprios olhos.”Observe que o verbo "vamos" apareceu três vezes. Trata-se de um recurso argumentativo e não mera repetição, que deve ser evitada.
Conjunções:Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.
CLASSIFICAÇÃO- Conjunções Coordenativas- Conjunções Subordinativas
CONJUNÇÕES COORDENATIVASDividem-se em:
- ADITIVAS: Expressam a idéia de adição, soma.
Observe os exemplos:
- Ela foi ao cinema e ao teatro.- Minha amiga é dona-de-casa e professora.- Eu reuni a família e preparei uma surpresa.- Ele não só emprestou o joguinho como também me ensinou a jogar.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só…mas também, não só…como também.
- ADVERSATIVAS:Expressam idéias contrárias, de oposição, de compensação. Exemplos:
- Tentei chegar na hora, porém me atrasei.- Ela trabalha muito mas ganha pouco.- Não ganhei o prêmio, no entanto dei o melhor de mim.- Não vi meu sobrinho crescer, no entanto está um homem.
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto.
ALTERNATIVAS:Expressam idéia de alternância.
- Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.- Minha cachorra ora late ora dorme.- Vou ao cinema quer faça sol quer chova.
Principais conjunções alternativas: Ou…ou, ora…ora, quer…quer, já…já.
CONCLUSIVAS:Servem para dar conclusões às orações. Exemplos:
- Estudei muito por isso mereço passar.- Estava preparada para a prova, portanto não fiquei nervosa.- Você me ajudou muito; terá, pois sempre a minha gratidão.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão:
- É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.- Não demore, que o seu programa favorito vai começar.
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
CAUSAISPrincipais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como (= porque).
Exemplos:
- Não pude comprar o CD porque estava em falta.- Ele não fez o trabalho porque não tem livro.- Como não sabe dirigir, vendeu o carro que ganhou no sorteio.
COMPARATIVAS:Principais conjunções comparativas: que, do que, tão…como, mais…do que, menos…do que.
- Ela fala mais que um papagaio.
CONCESSIVAS:Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que.
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado.Traz em si uma idéia de “apesar de”.
- Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada)- Apesar de ter chovido fui ao cinema.
CONFORMATIVAS Principais conjunções conformativas: como, segundo, conforme, consoante
- Cada um colhe conforme semeia.- Segundo me disseram a casa é esta.
Expressam uma idéia de acordo, concordância, conformidade.
CONSECUTIVASExpressam uma idéia de conseqüência.
Principais conjunções consecutivas: que ( após “tal”, “tanto”, “tão”, “tamanho”).
- Falou tanto que ficou rouco.- Estava tão feliz que desmaiou.
FINAISExpressam idéia de finalidade, objetivo.
- Todos trabalham para que possam sobreviver.- Viemos aqui para que vocês ficassem felizes.
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (=para que),
PROPORCIONAISPrincipais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que.
- À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.- Quanto mais ela estudava, mais feliz seus pais ficavam.
TEMPORAISPrincipais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que.
- Quando eu sair, vou passar na locadora.- Chegamos em casa assim que começou a chover.- Mal chegamos e a chuva desabou.
Obs.: Mal é conjunção subordinativa temporal quando equivale a “logo que”.
O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chama-se locução conjuntiva.
Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que.
Algumas pessoas confundem as circunstâncias de causa e conseqüência. Realmente, às vezes, fica difícil diferenciá-las.
Observe os exemplos:- Correram tanto, que ficaram cansados.
“Que ficaram cansados” aconteceu depois deles terem corrido, logo é uma conseqüência.Ficaram cansados porque correram muito.
“Porque correram muito” aconteceu antes deles ficarem cansados, logo é uma causa.
Períodos CompostosPeríodos compostos por coordenação são os períodos que, possuindo duas ou mais orações, apresentam orações coordenadas entre si. Cada oração coordenada possui autonomia de sentido em relação às outras, e nenhuma delas funciona como termo da outra.
As orações coordenadas, apesar de sua autonomia em relação às outras, complementam mutuamente seus sentidos. A conexão entre as orações coordenadas podem ou não ser realizadas através de conjunções coordenativas. Sendo vinculadas por conectivos ou conjunções coordenativas, as orações são coordenadas sindéticas. Não apresentando conjunções coordenativas, as orações são chamadas orações coordenadas assindéticas.
Orações Coordenadas Assindéticas
São as orações não iniciadas por conjunção coordenativa.
Ex. Cheguei, vi, venci. (Júlio César)
Orações Coordenadas Sindéticas
São cinco as orações coordenadas, que são iniciadas por uma conjunção coordenativa.
A) Aditiva: Exprime uma relação de soma, de adição.
Conjunções: e, nem, mas também, mas ainda.
Ex. Não só reclamava da escola, mas também atenazava os colegas.
B) Adversativa: exprime uma idéia contrária à da outra oração, uma oposição.
Conjunções: mas, porém, todavia, no entanto, entretanto, contudo.
Ex. Sempre foi muito estudioso, no entanto não se adaptava à nova escola.
C) Alternativa: Exprime idéia de opção, de escolha, de alternância.
Conjunções: ou, ou...ou, ora... ora, quer... quer.
Estude, ou não sairá nesse sábado.
D) Conclusiva: Exprime uma conclusão da idéia contida na outra oração.
Conjunções: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois - após o verbo ou entre vírgulas.
Ex. Estudou como nunca fizera antes, por isso conseguiu a aprovação.
E) Explicativa: Exprime uma explicação.
Conjunções: porque, que, pois - antes do verbo.
Ex. Conseguiu a aprovação, pois estudou como nunca fizera antes.
Pronomes RelativosPronome relativo é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e estabelece relação entre duas orações.
Não conhecemos o aluno. O aluno saiu.
Não conhecemos o aluno que saiu.
Como se pode perceber, o que, nessa frase está substituindo o termo aluno e está relacionando a segunda oração com a primeira.
Os pronomes relativos são os seguintes:
VariáveisO qual, a qual Os quais, as quais Cujo, cuja Cujos, cujas Quanto, quanta Quantos, quantas
InvariáveisQue (quando equivale a o qual e flexões) Quem (quando equivale a o qual e flexões) Onde (quando equivale a no qual e flexões)
Emprego dos pronomes relativos
1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim determinar. Preposição pronome termo regente exigida relativo pelo verbo
Havia condições a que nos opúnhamos. (opor-se a) Havia condições com que não concordávamos. (concordar com)Havia condições de que desconfiávamos. (desconfiar de)Havia condições - que nos prejudicavam. (= sujeito)Havia condições em que insistíamos. (insistir em) 2. O pronome relativo quem se refere a uma pessoa ou a uma coisa personificada.
Não conheço a médica de quem você falou. Esse é o livro a quem prezo como companheiro.
3. Quando o relativo quem aparecer sem antecedente claro é classificado como pronome relativo indefinido.
Quem atravessou, foi multado.
4. Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá precedido de preposição.
João era o filho a quem ele amava.
5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo universal, pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas, no singular ou no plural.
Conheço bem a moça que saiu. Não gostei do vestido que comprei. Eis os instrumentos de que necessitamos.
6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o (a, os, as).
Sei o que digo. (o pronome o equivale a aquilo)
7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões).
Aquele é o machado com que trabalho. Aquele é o empresário para o qual trabalho.
8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivale a do qual, de que, de quem.Deve concordar com a coisa possuída.
Cortaram as árvores cujos troncos estavam podres.
9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relativos quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas.
Recolheu tudo quanto viu.
10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de em que, no qual.
Esta é a terra onde habito.
a) onde é empregado com verbos que não dão idéia de movimento. Pode ser usado sem antecedente.
Nunca mais morei na cidade onde nasci.
b) aonde é empregado com verbos que dão idéia de movimento e equivale a para onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde.
As crianças estavam perdidas, sem saber aonde ir.
Função sintáticaHá várias funções sintáticas. Algumas delas podem ser vistas abaixo:
Sintaxe de período simples:
Sujeito
Predicado
Verbo de ligação
Complemento nominal
Verbo intransitivo
Verbo transitivo direto
Verbo transitivo indireto
Verbo transitivo direto e indireto
Objeto direto
Aposto
Objeto indireto
Predicativo
Adjunto adnominal
Adjunto adverbial
Agente da passiva
Vocativo
SujeitoEm análise sintática, o sujeito é um dos termos essenciais da oração, responsável por realizar ou
sofrer uma ação ou estado.
Segundo uma tradição iniciada por Aristóteles, toda oração pode ser dividida em dois constituintes
principais: o sujeito e o predicado. Em português, o sujeito rege a terminação verbal em número e
pessoa e é marcado pelo caso reto quando são usados os pronomes pessoais. As regras de
regência do sujeito sobre o verbo são denominadas concordância verbal. Na frase, Nós vamos ao
teatro. vamos é uma forma do verbo "ir" da primeira pessoa do plural que concorda com o
sujeito nós.
Para os verbos que denotam ação, freqüentemente o sujeito da voz ativa é o constituinte da oração
que designa o ser que pratica a ação e o da voz passiva é o que sofre suas conseqüências. Sob
outra tradição, o sujeito (psicológico) é o constituinte do qual se diz alguma coisa. Segundo Bechara,
"É o termo da oração que indica a pessoa ou a coisa de que afirmamos ou negamos uma ação ou
qualidade".
Índice
1 Exemplos
2 Tipos de sujeito
2.1 Sujeito simples
2.2 Sujeito composto
2.3 Sujeito subentendido; desinencial, implícito, oculto ou elíptico
2.4 Sujeito indeterminado
2.5 Orações sem sujeito, sujeito inexistente
Exemplos
O pássaro voa. - Os pássaros voam.
O menino brinca. - Os meninos brincam.
Pedro saiu cedo. - Os jovens saíram.
O livro é bom. - Os livros são bons.
A menina é bonita. - As meninas são bonitas.
O carro estragou. - Os carros estragaram.
Didaticamente, fazemos uma pergunta para o verbo: Quem é que? ou Que é que? ― e teremos a
resposta; esta resposta será o sujeito.O sujeito simples tem um núcleo.
"O menino brinca." Quem é que brinca? O menino. Logo, o menino é o sujeito da frase.
"O livro é bom." O que é que é bom? O livro. Logo, o livro é o sujeito da frase.
Um jeito de diferenciá-lo de objeto é o seguinte:
"João come maçã"
"Quem come maçã?" - Perceba que o verbo vem primeiro.
"João" - Sujeito, por causa da ordem.
"O que João come?" - Perceba o predicado vem depois.
"Maçã" - Objeto, por causa da ordem.
Lembre-se: Sempre que te pedirem para indicar o sujeito é só fazer uma perguntinha básica:
"Quem?" e você terá o sujeito na resposta.
Por exemplo: "A empresa fornecia comida aos trabalhadores", Agora façamos a pergunta - "Quem
fornecia comida aos trabalhadores?" - A empresa. Portanto a empresa é o sujeito.
Tipos de sujeito
O sujeito pode ser, segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), classificado
em simples, composto, indeterminado,desinencial ou implícito e inexistente. Nesse último caso,
temos o que se convencionou chamar de oração sem sujeito.
Sujeito simplesÉ o sujeito que tem apenas um núcleo representativo. Aumentar o número de características a ele
atribuídas não o torna composto. Exemplos de sujeito simples (o sujeito está em Negrito):
Obs.: o verbo concorda com o sujeito, seja ele anteposto ou posposto.
Maria é uma garota bonita.
A pequena criança parecia feliz com seu novo brinquedo.
João é astuto.
Eu sou uma garota doce.
A bola é azul.
O menino saiu.
Sujeito compostoÉ aquele que apresenta mais de um núcleo representativo, escrito na oração.
Luana e Carla fizeram compras no sábado.
Felipe e o amigo Bruno sairam para almoçar.
O sujeito também pode vir depois do verbo:
Saíram Bruno e Felipe.
Saiu Bruno e Felipe.
Note que, no segundo caso, o verbo "saiu" concorda com o sujeito "Bruno", mais próximo a
ele. Isso é permitido apenas quando o sujeito composto está posposto ao verbo; chama-se
concordância atrativa.
Sujeito subentendido; desinencial, implícito, oculto ou elíptico
Sujeito desinencial é aquele que não vem expresso na oração, mas pode ser facilmente
identificado pela desinência do verbo.
Fechei a porta.
Quem fechou a porta?
Eu fechei a porta.
Perguntou mesmo isso a professora?
Obs.: Não confundir Vocativo (expressão de chamamento) com sujeito. Exemplo:
Querido aluno, leia sempre! (sujeito oculto: "você"- Leia "você" sempre)
Querido candidato, fico feliz com seu sucesso! (sujeito oculto "eu" - "eu" fico feliz com
seu sucesso)
Apesar do sujeito não estar expresso, pode ser identificado na oração: Fechei a
porta Eu. E na frase Perguntaste mesmo isso ao professor?, o identificado é Tu.
Entretanto, cuidado para não criar confusão com a segunda frase, que pode passar
a idéia de elipse do sujeito ou sua indeterminação; pois o sujeito simples está
explícito e é o pronome interrogativo Quem.
Obs.: As classificações do sujeito, em Língua Portuguesa, são apenas três:
simples, composto e indeterminado.
Dar o nome de Sujeito desinencial, elíptico ou implícito não equivale a classificar o
sujeito, mas somente determinar a forma como o sujeito simples se apresenta
dentro da estrutura sintática. No mais, a classificação Sujeito Oculto foi abolida, por
questões técnico-formais e lingüístico gramaticais, passando a denominar-se
Sujeito Simples Desinencial, uma vez que se pode determiná-lo através dos
morfemas lexicais terminativos das formas verbais, situação na qual, para indicar
que o sujeito se encontra elíptico usa a forma pronominal reta equivalente à pessoa
verbal entre parênteses. Assim, na estrutura sintática: "Choramos todos os dias",
para indicar o sujeito simples subentendido na forma verbal, coloca-se entre
parênteses da seguinte forma: (Nós)= sujeito simples desinencial.
Conforme a NGB - Nomenclatura Gramatical Brasileira - e o entendimentos de
notórios pesquisadores, estudiosos, doutrinadores, linguistas e conceituados
gramáticos, não se pode falar que o sujeito desinencial, elíptico ou implícito seja
classificado como sujeito. Na verdade, essa classificação simplesmente não existe.
O que se costumou denominar-se de sujeito desinencial é, em verdade, sujeito
simples, nome consagrado pela NGB. Em frase como: "Saímos pela manhã.", o
que há é o sujeito simples (subentendido, elíptico, desinencial, implícito) "NÓS".
Assim, ensina o Professor Cláudio Firmo: classifica-se o sujeito como simples,
composto e indeterminado; quanto à denominada oração sem sujeito, embora
elencada no rol classificatório da NGB, trata-se de um equívoco, pois se está
falando de uma estrutura desprovida de sujeito, como sugere o próprio nome:
ORAÇÃO SEM SUJEITO.
Sujeito indeterminadoSujeito indeterminado é o que não se nomeia ou por não se querer ou por não se
saber fazê-lo. Podemos dizer que o sujeito é indeterminado quando o verbo não se
refere a uma pessoa determinada, ou por se desconhecer quem executa a ação ou
por não haver interesse no seu conhecimento. Aparecerá a ação, mas não há
como dizer quem a pratica ou praticou.
Há três maneiras de identificar um sujeito indeterminado:
a. O verbo se encontra na 3ª pessoa do plural.
Dizem que eles não vão bem.
Estão chamando o rapaz.
Falam de tudo e de todos.
Falaram por aí.
Disseram que ele morreu.
b. Com um Verbo Transitivo Indireto, somente na terceira pessoa do singular, mais
a partícula se.
Precisa-se de livros. (Quem precisa, precisa de alguma coisa → verbo
transitivo indireto)
Necessita-se de amigos. (Quem necessita, necessita de alguma coisa → verbo
transitivo indireto)
A palavra se é um índice de indeterminação do sujeito, pois não se pode dizer
quem precisa ou quem necessita.
Cuidado! Caso você encontre frases com Verbo Transitivo Direto:
Compram-se carros. (Quem compra, compra alguma coisa → verbo transitivo
direto)
Vende-se casa. (Quem vende, vende alguma coisa → verbo transitivo direto)
Não se caracteriza sujeito indeterminado, pois nos casos de VTD, a partícula "se"
exerce a função de partícula apassivadora e a frase se encontra na voz passiva
sintética. Transpondo as frases para a voz passiva analítica, teremos:
Carros são comprados (sujeito: "Carros");
Casa é vendida (sujeito: "Casa").
c. Com um Verbo Intransitivo, somente na terceira pessoa do singular, mais a
palavra se, índice de indeterminação do sujeito.
Vive-se feliz, aqui.
Aqui se dorme muito bem.
Orações sem sujeito, sujeito inexistente
Observação: Dar o nome de Oração sem sujeito' (OSS) não se constitui,
formalmente, da classificação do sujeito, mas da oração enquanto estrutura
linguística desprovida de sujeito.
Há verbos que não possuem sujeito, porque nulo. A língua desconhece a
existência de sujeito de tais verbos. Uma oração é sem sujeito quando o verbo está
na terceira pessoa do singular, sobretudo os seguintes:
1. Com os verbos que indicam fenômenos da natureza, tais
como anoitecer, trovejar, nevar, escurecer, chover, relampejar, ventar
Trovejou muito.
Neva no sul do país.
Anoitece tarde no verão.
Chove muito no Amazonas.
Ventou bastante ontem em Vila Velha no Espirito Santo.
2. Com o verbo haver, significando existir ou acontecer.
Ainda há amigos.
Haverá aulas amanhã.
Há bons livros na livraria.
Há gente ali.
Há homens no mar.
Houve um grave incidente no meu apartamento.
3. Com os verbos fazer, haver e estar indicando tempo.
Está quente esta noite.
Faz dez anos que não o vejo.
Faz calor terrível no verão.
Está na hora do recreio.
4. Com o verbo ser indicando tempo.
Era em Londres.
É tarde.
Era uma vez.
Foi em janeiro.
5. Com os verbos ir, vir e passar indicando tempo.
Já passa de um ano….
Já passa das cinco horas.
Observação importante: existem advérbios que exercem claramente a
função sintática de sujeito, a qual é própria de substantivos.
Amanhã é feriado nacional. (O dia de amanhã…)
Aqui já é Vitória (Este lugar…)
Hoje é dia de festa. (O dia de hoje…)
Agora já é noite avançada. (Esta hora…)
Nota: Oração sem sujeito também pode ser chamada de OSS
Predicado
Na gramática, o predicado é um dos termos essenciais da oração; é tudo aquilo que se diz ou
o que se declara sobre o sujeito.
Significado de predicado: qualidade, característica, dote, prenda, virtude. Aquilo que numa
preposição se enuncia acerca do sujeito.
Índice
1 O que é predicado?
2 Tipos de predicado
o 2.1 Predicado verbal
o 2.2 Predicado nominal
o 2.3 Predicado verbo-nominal
3 Papel do predicado
O que é predicado?
É tudo aquilo que se informa sobre o sujeito e é estruturado em torno de um verbo. Ele sempre
concorda em número e pessoa com o sujeito.
Quando é um caso de oração sem sujeito, o verbo do predicado fica na forma impessoal, 3ª
pessoa do singular. O núcleo do predicado pode ser um verbo significativo, um nome ou
ambos. Ex.: "Seu trabalho tem uma ligação muito forte com a psicanálise.
Há verbos que expressam ação (chamados de significativos). São eles:
Verbo transitivo direto
Verbo transitivo indireto
Verbo transitivo direto e indireto
Verbo intransitivo
Há verbos que expressam estado e que são chamados de verbos de ligação, que possuem as
mesmas características para um predicado nominal.
Tipos de predicado
O predicado pode ser subdividido em Predicado nominal, verbal ou verbo-nominal (também
escrito verbo-nominal).
Predicado verbalPossui um verbo significativo, também denominado de verbo de ação; ou seja: verbo que
exprime ação. O predicado verbal não pode ser retirado,porque faz falta na frase.
O ministro do Sítio anunciará um pacote de reajuste de impostos.
O professor de informática bloqueou o acesso dos alunos ao msn.
Bush invadiu o Iraque, baseando-se em justificativas infundadas.
João foi à Escola de carro.
(Nota-se que na última o verbo "foi" está relacionado ao verbo "ir" e não ao verbo "ser".
Portanto, o sujeito efetuou uma ação. Caso fosse "foi" do verbo "ser", ele assumiria o papel de
verbo de ligação. Ex.: "João foi um aluno esperto)".
Predicado nominalPossui por núcleo um sintagma nominal (substantivo ou, normalmente, adjetivo), denominado,
sintaticamente, de predicativo do sujeito. Integra esse termo da oração um verbo de ligação,
também chamado de verbo não-significativo (uma vez que não expressa ação) ou deverbo
relacional.
O acesso à internet banda larga está cada vez mais ao alcance da classe média urbana.
Franco-Dousha é o mais novo fórum lingüístico da atualidade.
Estou com uma Vontade louca de comer bombom!
Chico está doente.
Carlos Drummond de Andrade é um poeta notável.
Predicado verbo-nominalOs alunos saíram da aula alegres.
O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um verbo (saíram - verbo intransitivo),
que indica uma ação praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito (alegres), que indica o
estado do sujeito no momento em que se desenvolve o processo verbal. É importante
observar que o predicado dessa oração poderia ser desdobrado em dois outros, um verbal e
um nominal. Veja:
Os alunos saíram da aula. Estavam alegres.
Estrutura do Predicado Verbo-Nominal
O predicado verbo-nominal pode ser formado de:
1 - Verbo Intransitivo(não transita entre substantivos) + Predicativo do Sujeito
Por Exemplo: Joana partiu contente. Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito
2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto
Por Exemplo: A despedida deixou a mãe aflita. Sujeito Verbo Transitivo Objeto
Direto Predicativo do Objeto
3 - Verbo Transitivo + Predicativo do Sujeito + Objeto
Por Exemplo: Os alunos cantaram emocionados aquela canção. Sujeito Verbo
Transitivo Predicativo do Sujeito Objeto Direto
Saiba que:
Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo,
basta passar a oração para voz passiva. Veja:
Voz Ativa: As mulheres julgam os homens insensíveis. Sujeito Verbo Significativo Objeto
Direto Predicativo do Objeto
Voz Passiva: Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres. Sujeito Verbo
Significativo Predicativo do Objeto
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa
relação se evidencia quando passamos a oração para a voz passiva.
Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre
predicativo do objeto indireto com o verbo chamar. Assim, vem precedido de preposição. Por
exemplo:
Todos o chamam de irresponsável. Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.)
Papel do predicado
Assim como o sujeito, o predicado é um segmento extraído da estrutura interna das orações
sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Isso implica dizer que a noção de predicado só
se mostra importante para a caracterização das palavras em termos sintáticos.
Nesse sentido, o predicado revela-se, sintaticamente, o segmento lingüístico onde se
estabelece a concordância verbal com outro termo essencial da oração – o sujeito. Não se
trata, portanto, de definir o predicado como "aquilo que se diz do sujeito" como o faz gramática
tradicional, mas, sim, estabelecer a importância do fenômeno da concordância entre esses
dois termos oracionais.
Imperioso frisar: ainda que, na realidade, somente o predicado seja, verdadeiramente, um
termo essencial da oração, uma vez que não há oração que não o possua, o mesmo não se
pode afirmar quanto ao sujeito que, embora seja classificado pela NGB (Nomenclatura
Gramatical Brasileira) como termo essencial, de fato não o é; prova disso é a existência da
Oração sem Sujeito (OSS) constituída apenas de predicado.
Verbo de LigaçãoVerbo de ligação (ou cópula) é aquele verbo que não indica ação, geralmente tendo o significado de
permanência, como nos verbos ser/estar e continuar/permanecer/ficar, mas também no verbo
parecer, uma vez que a aparência pode ser efêmera ou duradoura, isto é, possui um certo tempo de
permanência, e faz a ligação entre dois termos - o sujeito e o predicativo.
Verbos de ligação
Ser
Estar
Continuar
Parecer
Permanecer
Ficar
Andar
Tornar-se
Verbo de ligação liga o sujeito ao predicado.
Complemento Nominal
Complemento nominal, em análise sintática, é um termo integrante, referente a substantivo,
adjetivo e advérbio, que completa o sentido de um nome.
Complemento nominal é a parte paciente, podendo ser representada. Exemplo: "João ficou à
disposição..." A pergunta inevitável é: de que? ou de quem ? A resposta (da empresa, da Justiça, da
família, da escola, etc.) é um complemento nominal, porque completa o sentido de um nome (à
disposição).
Outros exemplos: "Faz tempo que não tenho notícia de Joaquim" "Sou favorável à sua
promoção". "Tenho esperança de que seus planos dêem certo". Os termos assinalados
completam o sentido de nomes (notícia - substantivo - e favorável - adjetivo). O complemento
nominal pode ser até uma oração, classificada como "subordinada substantiva completiva nominal",
que completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio da oração subordinante: "Tenho
esperança de que ele venha".
A oração subordinada completa o sentido do substantivo esperança. Repare que esse tipo de
oração é sempre introduzido por uma preposição, clara ou subentendida (no exemplo, a preposição
"de"). Como o próprio nome já diz, o complemento nominal completa o sentido da frase. Ex.: " Está
difícil o pagamento das dívidas " das dívidas completa o sentido da frase.
E também, para finalizar, devemos saber que o termo preposicionado para ser complemento
nominal terá que estar ligado a um substantivo abstrato que seja o receptor, o alvo da ação. No
exemplo dado acima "pagamento" é um substantivo abstrato, pois precisa de algo para existir, e
"das dívidas" é o complemento nominal, pois as "dívidas" é o agente receptor/alvo da ação, as
"dívidas" estão sendo o ALVO do pagamento. O complemento nominal pode ser substantivo,
adjetivo, advérbio ou expressão ou oração.
Verbo IntransitivoPredicação Verbal (verbos
intransitivos)
Verbo INTRANSITIVO: Não possuem complemento. Ou seja, os verbos intransitivos
possuem sentido completo.
Ex: “Ele morreu.” O verbo morrer tem sentido completo. Algumas vezes o verbo intransitivo
pode vir acompanhado de algum termo que indica modo, lugar, tempo, etc. Estes termos são
chamados de adjuntos adverbiais. Ex. Ele morreu dormindo.
Dormindo foi a maneira, o modo que ele morreu.
Dormindo é o adjunto adverbial de modo.
OBSERVAÇÃO: Existem verbos intransitivos que precisam vir acompanhados de adjuntos
adverbiais apenas para darem um sentido completo para a frase.
Ex. Moro no Rio de Janeiro. O verbo morar é intransitivo, porém precisa do complemento “no
RJ’ para que a frase tenha um sentido completo. “No RJ” é o adj. adverbial de lugar.
Verbo TransitivoVerbos transitivos: São aqueles em que necessitam de complemento com ou sem preposição
após o verbo da oração. Trata-se do complemento direto que se liga ao predicado sem
preposição e do complemento indireto que se liga ao predicado com preposição. O verbo
transitivo é o verbo que não se constitui por si só, ele precisa de um complemento. Caso
contrário não possui sentido pleno. Exemplos:
Eu preciso de um lápis.
Neste último caso, se retirarmos o complemento, ficamos apenas com: Eu preciso.
Surge-nos então a seguinte pergunta: Precisa de quê?
Se respondermos: Precisa de um lápis, obtemos o transitivo, logo a resposta completa fornece-
nos o transitivo.
O verbo precisar não faz sentido sozinho, necessita de um complemento.
Quando esse complemento vem acompanhado de uma preposição, ele é chamado de objeto
indireto:
Eu gosto de leite com chocolate.
Dona Maria saiu do trabalho.
Por outro lado, quando o complemento vem sem a preposição, ele é chamado de objeto
direto:
Eu ganhei dois presentes.
O meu pai comprou uma bicicleta
E quando a oração tem as duas formas verbais, ou seja, quando não tem a preposição e
depois tem a preposição é objeto direto e indireto.
Ofereceram o cargo ao deputado.
Verbo Transitivo DiretoVerbo Transitivo direto: Não possuem sentido completo, logo precisam se um complemento (objeto). Esses complementos (sem preposição) são chamados de objetos diretos.
Ex.: Maria comprou um livro.
“Um livro” é o complemento exigido pelo verbo. Ele não está acompanhado de preposição. “Um livro” é o objeto direto. Note que se disséssemos: “Maria comprou.” a frase estaria incompleta, pois quem compra, compra alguma coisa. O verbo comprar é transitivo direto.
Verbo Transitivo Indireto
Verbo Transitivo Indireto: Também não possuem sentido completo, logo precisam
de um complemento, só que desta vez este complemento é acompanhado de uma preposição. São chamados de objetos indiretos.
Ex. Gosto de filmes.
“De filmes” é o complemento exigido pelo verbo gostar, e ele está acompanhado por uma preposição (de). Este complemento é chamado de objeto indireto. O verbo gostar é transitivo indireto
Verbo Transitivo Direto e IndiretoVerbo Transitivo Direto e Indireto: Exigem dois complementos. Um com preposição, e outro sem.
Ex. O garoto ofereceu um livro ao colega.
O verbo oferecer é transitivo direto e indireto. Quem oferece, oferece alguma coisa a alguém.
Ofereceu alguma coisa = Um brinquedo (sem preposição).Ofereceu para alguém = ao colega (com preposição).ao = combinação da preposição a com o artigo definido o.
Objeto Direto Objeto direto
Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo direto. O
objeto direto liga-se ao verbo sem o auxílio de uma preposição. Indica o paciente, o alvo ou o
elemento sobre o qual recai a ação.
Identificamos o Objeto direto, quando perguntamos ao verbo: "quem" ou "o quê". A resposta
será o Objeto Direto.
Exemplos
Vós admirais os companheiros. -Perguntamos, Vós admirais o quê? A resposta é 'os
companheiros', que é o objeto direto.
Nós amamos Julieta. -Perguntamos, nós amamos quem? A resposta é 'Julieta', que é o
objeto direto da oração.
Maria vendia doces, - Perguntamos, Maria vendia o que? A resposta é 'doces', que é o
objeto direto.
Ivano ama Hortência. -Perguntamos, Ivano ama quem? A resposta é 'Hortência', que é o
objeto direto.
Objeto direto preposicionado
Há casos, no entanto, que um verbo transitivo direto aparece seguido de preposição, que,
por sua vez, precede o objeto direto. Nesses casos temos o chamado objeto direto
preposicionado.
Ex: Vós tomais do vinho. -Esta construção se faz da contração de termos como: Vós
tomais "parte" do vinho
O objeto direto é obrigatoriamente preposicionado quando expresso:
por pronome pessoal oblíquo tônico;
pelo pronome relativo "quem", de antecedente claro;
por pronome átono e substantivo coordenados.
Objeto indireto
O objeto indireto é o termo da oração que completa um verbo transitivo indireto, sendo
obrigatoriamente precedido de preposição.
Identificamos o Objeto indireto, quando perguntamos ao verbo: "a quem" ou "a quê". A resposta
será o Objeto indireto.
Objeto indireto reflexivo
O objeto indireto reflexivo é o objeto indireto que indica a reflexão da ação do sujeito. Exemplo:
O dono da casa deu-se o prazer de uma torta.
Exemplos
André obedece aos pais. (André obedece a quem? Resposta: aos pais, Objeto Indireto.)
Mariana obedeceu a sua avó (Mariana obedeceu a quem? Resposta: a sua avó, Objeto
Indireto.)
OpostoAposto é um termo acessório da oração que se liga a um substantivo, tal como o adjunto
adnominal, mas que, no entanto sempre aparecerá com a função de explicá-lo, aparecendo de
forma isolada, ora entre vírgulas, ora separado por uma única vírgula no início ou no final de
uma oração ou ainda por dois pontos.
Existem sete tipos de aposto: O aposto explicativo, o aposto enumerativo, o aposto
especificativo, o aposto distributivo, aposto oracional, aposto comparativo e o aposto
recapitulativo (resumidor). Na norma culta é permitido utilizar qualquer um dos apostos também
entre parênteses ou entre dois travessões e outros tipos de adjunto.
Aposto explicativo
É aquele que explica o termo do estudado. É acompanhado por vírgulas. Exemplo:
Hagar, o terrível.
Helena, a menina que encontramos, estava triste.
A morte, angústia de quem vive, ocorre ao acaso.
ECA ( estatuto da criança e do adolescente).
Aposto enumerativo
É aquele utilizado para enumerar dados relacionados ao termo fundamental.
Exemplo:
Mario possui quatro filhas: Janaína, Vitória, Bruna e Karine.
Tenho três amigos: José, Marcos e André.
A pesquisa analisou dois grupos: crianças e adolescentes.
Aposto especificativo
É aquele que especifica o termo a que se refere. Não é acompanhado de vírgulas.
Exemplo:
A melhor praia de Salvador é a de São Tomé.
A cidade de São Paulo é muito famosa.
Observe, no entanto, a diferença entre As ruas de São Paulo (Adjunto adnominal) e A
cidade de São Paulo (Aposto especificativo). No aposto especificativo, há uma ideia de
igualdade de termos, ou seja, "A cidade" = "São Paulo", o que não ocorre em As ruas de São
Paulo (paulistanas).
Aposto distributivo
É aquele que distribui as informações de termos separadamente. Geralmente, utilizado com
ponto e vírgula.
Exemplo:
Henrique e Núbia moram no mesmo país; esta na cidade do Porto, e aquele, na cidade
de Lisboa.
Aposto oracional
É o aposto que possui um verbo.
Exemplo:
Desejo uma única coisa: que plantem novas árvores.
Ele me disse apenas isso: 'a nossa sociedade acabou
Aposto Recapitulativo (resumidor)
É o aposto que recapitula toda a oração.
Exemplo:
Trocar fraldas, amamentar, limpar o nariz, acordar de noite, tudo exige paciência.
Vento, chuva, neve, nada o impediu de cumprir sua missão.
Aposto Comparativo
É o aposto que compara. Geralmente entre vírgulas.
A inflação, que parece um monstro devorador dos salários, é sempre uma ameaça à
estabilidade econômica do país.
Objeto Indireto
O objeto indireto é o termo da oração que completa um verbo transitivo indireto, sendo
obrigatoriamente precedido de preposição.
Identificamos o Objeto indireto, quando perguntamos ao verbo: "a quem" ou "a quê". A resposta
será o Objeto indireto.
Objeto indireto reflexivo
O objeto indireto reflexivo é o objeto indireto que indica a reflexão da ação do sujeito. Exemplo:
O dono da casa deu-se o prazer de uma torta.
Exemplos
André obedece aos pais. (André obedece a quem? Resposta: aos pais, Objeto Indireto.)
Mariana obedeceu a sua avó (Mariana obedeceu a quem? Resposta: a sua avó, Objeto
Indireto.)
Toby, o cachorro, obedeceu a Amanda (O cachorro obedeceu a quem? Resposta: a
Amanda, Objeto Indireto.)
PredicativoPredicativo, na análise sintática, é o termo ou expressão que complementa o objeto direto ou
o objeto indireto, conferindo-lhes um atributo. O predicativo somente aparece
em predicado nominal ou verbo-nominal pois é complemento do verbo de ligação. A formação do
predicativo do objeto é feita através de um substantivo ou um adjetivo. Há duas classificações para
o predicativo, predicativo do sujeito e predicativo do objeto.
Predicativo do sujeito
O predicativo do sujeito é o elemento do predicado que se refere ao sujeito, completando o
verbo de ligação
Exemplos:
Isabela anda doente
anda é o verbo de ligação, e doente é o predicativo do sujeito;
Miguel dirige feliz. Feliz é o predicativo do sujeito, pois ele está feliz;
Obs.: É importante também salientar que o verbo de ligação é assim chamado porque apenas
liga o sujeito a um atributo, uma qualidade (no caso, o predicativo do sujeito). Não é um
verbo que dá um significado preciso ao sujeito, necessitando pois de um atributo ou qualidade
para aquele termo. Exemplos de alguns verbos de ligação: ser, estar, ficar, parecer,
permanecer, andar (no sentido de estar)sempre acompanhados de uma qualidade ou atributo.
Mais exemplos:
Ela ficou alegre. Os jogadores parecem cansados. Todos permaneceram calados.
Predicativo do objeto
O predicativo do objeto é o elemento do predicado que se refere ao objeto.
Exemplo:
Os adultos consideram as crianças sapecas
No exemplo acima, as crianças sapecas é o objeto direto e sapecas é o predicativo do objeto
(pois elas são sapecas)
Adjunto Adnominal
Adjunto adnominal é o termo que caracteriza e/ou define o nome sem intermediação de um
verbo. As classes de palavras que podem desempenhar a função de adjunto adnominal
são adjetivos, locuções adjetivas, pronomes, numerais e artigos.[2] Ele é uma expressão que
acompanha um ou mais nomes, conferindo-lhe um atributo. Trata-se, portanto, de um termo de
valor adjetivo que modificará o nome a que se refere.[2]
Exemplos
No desfile, duas meninas vestiam calças e camisetas verdes.
O jogo de futebol foi suspenso até segunda ordem.
O espetáculo coreográfico foi suspenso até segunda ordem.
O passeio era demorado e filosófico.
Nosso velho mestre sempre nos voltava à mente.
O menino comprou dois carros.
O primeiro sutiã nunca se esquece
Confusão com predicativo
É importante notar que o adjunto adnominal pode estar em qualquer parte da oração e dá uma
característica permanente ao substantivo. Já o predicativo só se encontra no predicado, e dá
uma característica momentânea ao substantivo. Podemos diferenciar um do outro substituindo
a estrutura sintática por -o, -os, -a, -as. Veja os exemplos:
Busquei o caderno velho. Busquei-o.
Note que a estrutura o caderno velho pode ser substituída por -o. Isso caracteriza o adjunto
adnominal.
Considero sua decisão triste. Considero-a triste
Note que a estrutura sua decisão triste não pode ser substituída inteiramente, caracterizando o
predicativo, que nesse caso é o predicativo do objeto, pois se refere ao substantivo decisão.
Confusão com complemento nominal
É comum as pessoas fazerem confusão ao tentar classificar essas estruturas sintáticas. Uma
dica é: sempre notar que o adjunto adnominal só trabalha para o substantivo (concreto ou
abstrato), enquanto o complemento nominal pode trabalhar para o substantivo abstrato,
adjetivo e advérbio. Quando uma estrutura que se está em dúvida quanto sua classificação
estiver trabalhando para um adjetivo ou advérbio, certamente será complemento nominal.
Quando a estrutura estiver relacionada a um substantivo, basta olhar se este substantivo
"existe" sem o auxílio de um complemento. Se existir, a estrutura é classificada como adjunto
adnominal, se não, complemento nominal. Vejamos exemplos:
necessidade de atenção – note que necessidade não "existe" sem o complemento de "de
atenção". Isso caracteriza o complemento nominal;
chuva fria – note que chuva "existe" sem complemento, fria pode ser retirado, sem alterar o
significado do substantivo. Isso caracteriza o adjunto adnominal.
Apesar disso, ainda é comum de se confundir complemento nominal com adjunto adnominal.
Um outro teste que serve para saber se determinado termo é um ou outro, temos os seguintes
passos:
1) se o substantivo é um deverbal, ou seja, ou substantivo que pode dar origem a um verbo
(como a compra - comprar) vemos que se o termo é agente da ação do termo deverbal, então o
que temos é um adjunto adnominal; caso contrário, se for paciente, o termo é um complemento
nominal.
Ex.:
A compra do circo por empresários estrangeiros salvará os animais. Note que o termo do
circo funciona como paciente da compra. O circo é comprado
A compra do circo foi de três novos leões Aqui, no entanto, o termo do circo é agente de
compra. O circo comprou
2) um adjunto adnominal jamais modificará um adjetivo ou um advérbio. Nesse caso, sempre
teremos um complemento nominal.
3) certos substantivos exigem um complemento (como fora dito acima) como: fato, boato,
necessidade, etc.
Adjunto Adverbial
O adjunto adverbial é um termo acessório da oração que obrigatoriamente exprime valor
circunstancial, podendo modificar um verbo, um adjetivo, ou um advérbio. Pode vir
preposicionado ou não.
Exemplo 1: Choveu Ontem - Adjunto Adverbial de tempo.
O termo grifado, no caso, sob uma análise sintática, é um adjunto adverbial, modificando um
verbo intransitivo, de sentido pleno, que no caso é o verbo "chover". Já numa análise
morfológica, o termo ontem passa a ser categorizado como um advérbio composto pela
própria palavra, ou seja, os adjuntos adverbiais têm que ter obrigatoriamente um advérbio.
Exemplo 2: Divórcio tão profundo - Adjunto Adverbial de intensidade.
O termo grifado, neste caso, modifica o adjetivo profundo
Exemplo 3: Planejamento tão satisfatoriamente estabelecido - Adjunto Adverbial
de intensidade.
O termo grifado, neste caso, modifica o advérbio satisfatoriamente
Classificação dos adjuntos adverbiais:
Assunto;
Concessão;
Matéria;
Meio;
Lugar (aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, dentro, fora, longe, perto, em casa, no cinema,
etc...; Ex: Fomos ao cinema);
Tempo (ontem, hoje, amanhã, cedo, tarde, ainda, agora, etc...; Ex: Amanhã,
sairemos cedo.);
Modo (bem, mal, melhor, pior, assim, velozmente e quase todos terminados em mente; Ex:
Ela não está bem);
Intensidade (muito, pouco, mais, menos, bastante, intensamente; Ex: Ele estudou muito);
Dúvida (talvez, acaso, provavelmente; Ex: Talvez eu vá com você);
Causa (Ex: A criança morria de frio);
Finalidade (Ex: Estudava para a prova);
Instrumento (Ex: Feriu-se com a faca);
Companhia (Ex: Saiu com os amigos);
Afirmação (Sim, certamente, realmente; Ex: Certamente sairemos hoje);
Negação (não, nunca, jamais; Ex: Nunca menospreze seus amigos).
Agente da Passiva
É o termo da oração que complementa o sentido de um verbo na voz passiva, indicando-lhe o ser que praticou a ação verbal.
A característica fundamental do agente da passiva é, pois, o fato de somente existir se a oração estiver na voz passiva. Há três vozes verbais na nossa língua: a voz ativa, na qual a ênfase recai na ação verbal praticada pelo sujeito; a voz passiva, cuja ênfase é a ação verbal sofrida pelo sujeito; e a voz reflexiva, em que a ação verbal é praticada e sofrida pelo sujeito. Nota-se, com isso, que o papel do sujeito em relação à ação verbal está em evidência.
Na voz ativa o sujeito exerce a função de agente da ação e o agente da passiva não existe. Para completar o sentido do verbo na voz ativa, este verbo conta com outro elemento – o objeto (direto). Na voz passiva, o sujeito exerce a função de receptor de uma ação praticada pelo agente da passiva. Por conseqüência, é este mesmo agente da passiva que complementa o sentido do verbo neste tipo de oração, substituindo o objeto (direto).
Exemplo:
O barulho acordou toda a vizinhança. [oração na voz ativa]
...[o barulho: sujeito]
...[acordou: verbo transitivo direto = pede um complemento verbal]
...[toda a vizinhança: ser para o qual se dirigiu a ação verbal = objeto direto]
Toda a vizinhança foi acordada pelo barulho. [oração na voz passiva]
...[toda a vizinhança: sujeito]
...[foi: verbo auxiliar / acordada: verbo principal no particípio]
...[pelo barulho: ser que praticou a ação = agente da passiva]
O agente da passiva é um complemento exigido somente por verbos transitivos diretos (aqueles que pedem um complemento sem preposição). Esse tipo de verbo, em geral, indica uma ação (em oposição aos verbos que exprimem estado ou processo) que, do ponto de vista do significado, é complementada pelo auxílio de outro termo que é o seu objeto (em oposição aos verbos que não pedem complemento: os verbos intransitivos). Como vimos, na voz passiva o complemento do verbo transitivo direto é o agente da passiva; já na voz ativa esse complemento é o objeto direto. Nas orações com verbos intransitivos, então, não existe agente da passiva, porque não há como construir sentenças na voz passiva com verbos intransitivos.
Observe:
1. Karina socorreu os feridos.
...[verbo transitivo direto na voz ativa]
2. Os feridos foram socorridos por Karina
...[verbo transitivo direto na voz passiva]
3. Karina gritou.
...[verbo intransitivo na voz ativa]
4. Karina foi gritada. (sentença inaceitável na língua)
...[verbo intransitivo na voz passiva]
*Os feridos: objeto direto em (1) e sujeito em (2)
Karina: sujeito em (1) e agente da passiva em (2)
A oração na voz passiva pode ser formada através do recurso de um verbo auxiliar (ser, estar). Nas construções com verbo auxiliar, costuma-se explicitar o agente da passiva, apesar de ser este um termo de presença facultativa na oração. Em orações cujo verbo está na terceira pessoa do plural, é muito comum ocultar-se o agente da passiva. Isso se justifica pelo fato de que, nessas situações, o sujeito pode ser indeterminado na voz ativa. Porém mesmo nesses casos, a ausência do agente é fruto da liberdade do falante.
Exemplos:
1. Os visitantes do zoológico foram atacados pelos bichos.
...[foram: verbo auxiliar / passado do verbo "ser"]
...[pelos bichos: agente da passiva]
2. Nossas reivindicações são simplesmente ignoradas.
...[são: verbo auxiliar / presente do verbo "ser"]
...[agente da passiva: ausente]
3. Cercaram a cidade. [voz ativa com sujeito indeterminado]
A cidade está cercada.
...[está: verbo auxiliar / presente do verbo "estar"]
...[agente da passiva: ausente]
A cidade está cercada pelos inimigos.
...[pelos inimigos: agente da passiva]
O agente da passiva é mais comumente introduzido pela preposição por (e suas variantes: pelo, pela, pelos, pelas). É possível, no entanto, encontrar construções em que o agente da passiva é introduzido pelas preposições de ou a.
Exemplos:
1. O hino será executado pela orquestra sinfônica.
...[pela orquestra sinfônica: agente da passiva]
2. O jantar foi regado a champanhe.
...[a champanhe: agente da passiva]
3. A sala está cheia de gente.
...[de gente: agente da passiva]
É o elemento da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na
voz passiva. Sempre introduzido por uma preposição.
EXEMPLOS:
A lição foi feita pelo aluno.
Pelo aluno: agente da passiva
O Brasil foi descoberto por Cabral.
Por Cabral: agente da passiva
O mascate ficou rodeado de curiosos.
De curiosos: agente da passiva
Os exercícios foram resolvidos por mim.
Por mim: agente da passiva
Este mar se navega de cruéis marinheiros.
De cruéis marinheiros: agente da passiva
A grama foi cortada por Marilisa.
Por Marilisa: agente da passiva.
VocativoObserve as orações:
1. Amigos,vamos ao cinema hoje?
2. Lindos, nada de bagunça no refeitório!
Os termos “amigos” e “lindos” são vocativos, usados para se dirigir a quem escuta
de formas ou intenções diferentes, como nos períodos anteriores: a utilização de
um substantivo na primeira frase e de um adjetivo na segunda. Podemos concluir
que:
Vocativo: é a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante para se dirigir ao
interlocutor por meio do próprio nome, de um substantivo, adjetivo (característica)
ou apelido.
Vocativo é uma forma de chamamento, não pertence ao sujeito e muito menos ao predicado. Considerado como termo independente, ou seja, um termo acessório.
Quem pode exercer as funções de vocativo?
- Substantivo.Exemplo: Menino fique quieto!-Pronome.Exemplo: Senhor venha comer!
- Expressão substantiva.Exemplo: Meus queridos companheiros, aonde pegaram vocês?
Outros exemplos:
“Alice, olha que são horas…” (Lima Barreto)“Que tem isso, Adelaide?” (Lima Barreto)“Policarpo, eu não quero contrariar você” (Lima Barreto)“Senhor Azevedo, não seja leviano…” (Lima Barreto)“Tardei, major?” (Lima Barreto)“Filha, olha que mais cedo ou mais tarde é preciso que o faças” (Júlio Ribeiro)“Quando começou isto, coronel?” (Júlio ribeiro)
Diferença entre vocativo e apostoVocativo é um termo independente na frase, já o aposto é um termo que está relacionado com outro termo na frase.
Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um
ouvinte real ou hipotético. Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso. Veja os exemplos:
Não fale tão alto, Rita! Vocativo
Senhor presidente, queremos nossos direitos! Vocativo
A vida, minha amada, é feita de escolhas. Vocativo
Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam o interlocutor a que se está dirigindo a palavra.
Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, tais como ó, olá, eh!, etc.
Por Exemplo:
Ó Cristo, iluminai-me em minhas decisões.Olá professora, a senhora está muito elegante hoje!Eh! Gente, temos que estudar mais.
Distinção entre Vocativo e Aposto
- O vocativo não mantém relação sintática com outro termo da oração.
Por Exemplo:
Crianças, vamos entrar. Vocativo
- O aposto mantém relação sintática com outro termo da oração.
Por Exemplo:
A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada. Sujeito Aposto
Exercícios:Abaixo, você encontrará 20 ótimos exercícios de análise sintática. Se você é professor, são ótimos exercícios para usar como atividade para casa. Se você é aluno, adiante-se nos estudos e saia na frente na corrida por uma vaga no vestibular.
1) Indique os sujeitos da oraçãoa) Mariana precisa de apoio.b) Alguns homens destroem a natureza.c) Só pensam em namoro.d) O professor e a professora obedecem ao regulamento.e) Verifiquei os estragos no telhado.f) As plantas amazônicas necessitam de grande quantidade de luz.g) Ventou bastante ontem.
2) Determine e classifique o sujeito das seguintes orações. 1 - Chegaram os alunos.2 - Nada te direi.3 - Amanhã serão trinta de março. 4 – A dor permanecia a mesma.5 - Descobriram o culpado.6 - Fizeste o dever?7 - No inverno, amanhece tarde.8 – Os livros e os cadernos são úteis.9 – Entraram alunos e professor.10- Cai chuva do céu cinzento.
3) Classifique nas frases os objetos diretos e indiretos: a) Incêndio florestal já destruiu cem mil hectares.b) Discordo totalmente de você.c) Previdência reajusta valor dos benefícios.d) Não confiava em si absolutamente.e) O direito ao descanso semanal pertence a todos os trabalhadores.
4) Complete os títulos dos seguintes anúncios classificados com objetos diretos. Estes títulos devem estar de acordo com o texto.a) Vendo...Uma linha de 6919 e outro da linha 6962.Servem para os bairros de São Matheus e Sapopemba.b) Família doa...São filhotes de raça persa,já vacinados.
5) Agora,complete os títulos dos anúncios com um objeto indireto. a) Preciso de... Mesmo sem prática,para cuidar de grande área gramada,muitas plantas e algumas árvores ornamentais.b) Necessitamos de...
Com experiência em escola de ensino fundamental e médio,para aulas de Português no período matutino
6) Responda empregando um objeto indireto. Contra quem você votou?Para que time vocês torceram?Em que você pensava?De que música eles mais gostavam?
7) Dê a função sintática dos pronomes oblíquos em destaque nas frases abaixo:A) Entregaram-me o recibo.b) Não o incomode.c) Já lhes comuniquei a novidade.d) Deixaram-nos apenas este bilhete.e) Procuraram-nos há muito tempo.f) Ele se atribuiu um pequeno valor.
8) Identifique se os verbos são transitivos ou intransitivos:a) Expulso a senhora da sala.b) Ele fez o exercício com calma.c) Saiu com os amigos.d) Falava sobre política.e) O aluno preparou-se para a prova.f) Os alunos falam muito.g) Morreu de pneumonia.
9) Indique os verbos transitivos e os verbos intransitivos. a) Sua palavras provocaram confusão.b) Um vento forte soprava do Sul.c) Nenhum aluno faltou.d) O mar invadiu a praia.
10) Classifique cada um desses verbos em transitivo direto ou transitivo indireto.a) O raio clareou tudob) O raio sapecou a árvore.c) Aluguei uma ótima casa.d) Você não existe!e) Ele gosta de Manuela.f) O homem acordou.
11) Classifique os verbos das frases:a) Os pedestres andavam pelo calçadão.b) Os pedestres andavam preocupados.c) Hoje em dia,as pessoas vivem preocupadas.d) Aqueles moços vivem no mundo da lua.e) Aquela moça virou freira.f) O vento virou canoa.
12) Transforme as frases isoladas,numa única oração de predicado verbo-nominal,reunindo o verbo significativo de uma e o predicativo da outra.a)Filomena caminhava pelas ruas.Filomena estava aborrecida.b)Os alunos chegaram à escola.Os alunos estavam atrasados.c)Ficamos em casa.Permanecemos cansados.d)Fabiano marchava.Fabiano parecia preocupado.
13) Classifique os verbos quanto à predicação e,a seguir,diga que tipo de predicado ocorreu.a)Pedro está adoentado.b)Os jogadores deixaram o estádio.c)A população considera aquela atitude inexplicável. d)Aqueles soldados não confiam em seus superiores.e)A poetisa é uma sonhadora.F)Chegou ontem a São Paulo um jumbo da Varing.
14) Destaque e classifique os predicativos.a)Nossa vida tornou-se impossível.b)O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia.c)Consideraram neutra a posição do juiz.d)Os meninos esperavam inquietos o resultado do pedido. e)Os alunos elegeram Renata representante da sala.
15) Circule os complementos nominais:A)Manifestou-se favoravelmente ao réu.b)Optamos pela reciclagem de todo o lixo da cidade.c)O contato com o lixo é prejudicial à saúde.d)O povo tinha necessidade de alimentos.e)Tinham confiança em você.
16) Passe as orações abaixo para a voz da passiva e identifique o agente da passiva.a)O exército cercou a cidade.b)O goleiro desviou a bola.c)O menino quebrou a vidraça.d)Os alunos entregaram o prêmio.
17) Dê a função sintática dos termos em destaque:a)A seu lado,viajava um padre,alheio a tudo,mergulhando no breviário.b)Os passageiros não pareciam interessados no prejuízo.c)Tais palavras não eram compatíveis com a sua posição.d)Jamais me esquecerei de ti.e)Ele agradeceu aos companheiros,pois estava,realmente,agradecido aos mesmos,pela rejeição ao projeto.f)Ele foi encontrado pelo irmão.g)A aldeia era povoada pelos indígenas.
18) Circule os complementos nominais:A)Manifestou-se favoravelmente ao réu.b)Optamos pela reciclagem de todo o lixo da cidade.
c)O contato com o lixo é prejudicial à saúde.d)O povo tinha necessidade de alimentos.e)Tinham confiança em você.
19) Circule os adjuntos adnominais.a)O meu amigo vai ter o seu momento mágico.b)Veja estes exploradores do espaço.c)Alguns técnicos querem preservar as matas nativas.d)Cavalo pantaneiro tem venda inédita em Minas.E)Os japoneses construíram o maior aquário do mundo .
20) Circule os Adjuntos Adnominais:1 - O Repórter gaúcho fornecia os mínimos detalhes do acontecimento2- Aquele menino bom saiu três vezes.3- Pode levar também este jornal; meu filho caçula já leu o caderno de esportes.4- O espetáculo de dança foi suspenso até segunda ordem.5- No desfile, duas garotas lindíssimas vestiam calças e camisetas brancas.
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