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BTG Pactual Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.729 - 9º Andar - Itaim Bibi - 04538-133 - São Paulo - SP - Brasil – Tel. +55 11 3383 2000 www.btgpactual.com Gerenciamento de Risco Setembro de 2011

Gerenciamento de Risco Set11...Gerenciamento de Risco Setembro de 2011 1 INTRODUÇÃO Este relatório visa informar as metodologias de gerenciamento de risco da organização, detalhando

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BTG Pactual Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.729 - 9º Andar - Itaim Bibi - 04538-133 - São Paulo - SP - Brasil – Tel. +55 11 3383 2000 www.btgpactual.com

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Gerenciamento de Risco Setembro de 2011

ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO 3

2 OBJETIVO 3

3 ESCOPO DE GERENCIAMENTO DE RISCO 3

4 MAPA DE RISCO 3

5 GOVERNANÇA 4

6 RISCO DE MERCADO 4

7 RISCO DE CRÉDITO 10

8 RISCO DE LIQUIDEZ 17

9 RISCO OPERACIONAL 18

10 BASILÉIA 23

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1 INTRODUÇÃO Este relatório visa informar as metodologias de gerenciamento de risco da organização, detalhando as exposições das operações de acordo com as recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basiléia (Pilar III) e as determinações do Banco Central do Brasil. A análise deste documento em conjunto com as demonstrações financeiras permitirá uma visão completa das atividades do BTG Pactual.

2 OBJETIVO O objetivo do gerenciamento de risco é o de obter controle pleno sobre todos os riscos inerentes aos negócios da instituição, visando primordialmente a preservação do capital/patrimônio da instituição e auxiliando a administração na seleção das melhores oportunidades de negócios, consequentemente melhor utilização do capital.

3 ESCOPO DE GERENCIAMENTO DE RISCO O gerenciamento e o controle de riscos do BTG Pactual permite o monitoramento completo dos negócios desenvolvidos no âmbito do conglomerado Financeiro e Econômico-Financeiro, identificando, mensurando, mitigando e controlando as operações, suportando assim o desenvolvimento sustentado das atividades do Banco.

4 MAPA DE RISCO O BTG Pactual, mapeou os riscos pertinentes as suas atividades, seguindo as determinações do Banco Central do Brasil, indicados na circular nº 3.477 (que dispõe sobre a divulgação de informações referentes à gestão de riscos) e destaca os riscos mapeados a seguir como os principais: • Risco de Mercado - possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado das posições detidas por

uma instituição financeira, bem como das suas margens financeiras, incluindo os riscos das operações sujeitas à variação cambial, das taxas de juros, dos preços de ações e dos preços de mercadorias (“commodities”).

• Risco de Crédito - possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas

respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

• Risco de Liquidez – possibilidade de ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis - "descasamentos"

entre pagamentos e recebimentos - que possam afetar a capacidade de pagamento da instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações.

• Risco Operacional - possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos,

pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Inclui o risco legal, associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como a sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição.

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5 GOVERNANÇA DOS ESCRITÓRIOS GLOBAIS (PRIMEIRA LINHA)

6 RISCO DE MERCADO O Risco de Mercado é definido essencialmente como o risco de perdas decorrentes de movimentos adversos nos preços dos componentes de risco subjacentes às posições em carteira. Todo Risco de Mercado, seja ele oriundo de atividades de trading ou de qualquer outra área de negócios do banco, deve ser identificado, devidamente mensurado, monitorado e controlado com intuito de proteger a instituição de exposições indesejáveis. Este documento tem por objetivo descrever a estrutura de controle de Risco de Mercado do BTG Pactual, bem como a política de estabelecimento e monitoramento dos limites de risco – VaR, Stress, Exposição / Concentração e Operacionais, além do Controle do Nível de Perdas. ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO As áreas de trading do banco são, em primeira instância, as principais responsáveis pelo gerenciamento do risco de mercado. As áreas de negócio que não tiverem um mandato específico para tal devem transferir qualquer risco de mercado material que porventura exista no portfólio para as áreas de trading. A área de Risco de Mercado exerce a função de controle do risco de mercado e atua de forma independente das áreas de Negócios, reportando-se diretamente ao CRO do BTG Pactual.

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RESPONSABILIDADES DA ÁREA DE RISCO DE MERCADO • Identificação e mensuração do Risco de Mercado através do cálculo de VaR, testes de estresse e cálculo de exposições e

sensibilidades das carteiras feitos a partir do sistema de Risco de Mercado da instituição (PARIS); • Elaboração de relatórios diários para a divulgação dos números de risco consolidado e individuais (por entidade) para os responsáveis

pelas áreas de trading e para o Senior Management, dando o suporte necessário para o correto gerenciamento do risco; • Estabelecimento, controle e revisão das políticas de risco vigentes, incluindo os limites de risco; • Estabelecimento e revisão dos modelos de cálculo de risco utilizados; • Estabelecimento e revisão dos cenários de Stress Test Hipotéticos; • Geração de análises de backtesting, com frequência mínima mensal, com o input dos resultados calculados pela área de Finance, com

o intuito de verificar as estimativas de risco geradas pelo sistema PARIS, bem como os parâmetros utilizados no cálculo; • Monitoramento contínuo dos riscos incorridos e investigação de qualquer anomalia aparente, incluindo:

a) Inconsistências entre o risco reportado e o (não somente as exceções de backtesting, mas qualquer situação onde haja uma divergência significativa entre eles), que devem ser investigados junto à área de Finance;

b) Inconsistências entre os riscos incorridos e as estratégias das áreas de negócios – sempre que necessário, escalando para o Senior Management e Heads das áreas de trading; e

c) Posições que não estejam sendo aparentemente gerenciadas de forma ativa. LIMITES DE RISCO DE MERCADO Com o intuito de manter alinhado o risco incorrido pelas áreas de negócio do BTG Pactual às expectativas de resultado, e observando principalmente a base de capital do BTG Pactual, foram estabelecidos limites de Risco de Mercado a serem seguidos pelas mesas. Os limites de Risco de Mercado são controlados através das seguintes medidas de risco: • Limites de Portfolio:

– Limites de VaR 95% (1 dia) por portfolio / área de negócio. – Limites de Stress Test Hipotético por área de negócio região.

• Limites de Concentração

– Limites de Exposição / concentração em fatores de risco por países / regiões / emissores. • Limites Operacionais:

– Limites utilizados para cobrir eventuais riscos materiais que não estejam adequadamente capturados pelas métricas tradicionais, incluindo exposições a fatores de risco não observáveis. Eles também podem ser definidos quando condições específicas de mercado, incluindo liquidez, ou deficiências de controle indicarem a sua necessidade.

LIMITES VIGENTES Os limites atualmente vigentes de VaR, Stress e Exposição são divulgados diariamente no relatório de risco consolidado gerado pela área de Risco de Mercado, com a respectiva utilização observada para cada uma das mesas. O relatório é enviado para os responsáveis pelas áreas de trading na parte da manhã e é o principal instrumento para monitoramento dos limites.

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ESTABELECIMENTO DOS LIMITES A revisão dos limites é feita com freqüência mínima trimestral, observando-se tanto o histórico de utilização de risco quanto à expectativa de exposição média / máxima de cada área de trading. A área de Risco de Mercado elabora uma proposta de limites, considerando principalmente a base de capital corrente do BTG Pactual, submetendo o documento à aprovação do Comitê de Risco. CONTROLE DE PERDAS (“STOP LOSS”) Todas as posições devem ter um nível de Stop Loss associado e estes devem ser respeitados. O Stop Loss é definido pela área de gestão e, via de regra, é mais próximo aos preços de mercado em posições de trading e pouco mais distante em posições estruturais. Adicionalmente, o Comitê de Risco define níveis de Stop Loss (atrelados aos resultados consolidados da Tesouraria) que são monitorados; uma vez atingidos, o Comitê de Risco é responsável por decidir se posições devem ou não ser reduzidas e em qual velocidade. ALTERAÇÕES/EXCEÇÕES Qualquer tipo de alteração ou exceção à presente política deve ser aprovada pelo Comitê de Risco, composto pelo CEO, COO, CFO e os responsáveis pela área de Risco de Mercado, Risco de Crédito e Risco Operacional. CARTEIRA DE NEGOCIAÇÂO (TRADING BOOK) E BANKING BOOK De acordo com a Circular nº 3.354, que estabelece os critérios mínimos para a classificação das operações das instituições financeiras na Carteira de Negociação (Trading Book) e fora da Carteira de Negociação (Banking Book), e a Circular nº 3.365, que dispõe sobre a mensuração do risco de taxas de juros das operações do Banking Book, o BTG Pactual segrega as operações classificadas na carteira de Banking Book das operações classificadas como Trading Book para cálculo do Risco de Mercado. A mensuração de risco do Banking Book segue as premissas apontadas na circular nº 3.365, avaliando as operações sensíveis à variação nas taxas de juros, incluindo a utilização de técnicas de mensuração de risco em cenários de estresse. Valor total da Carteira de Negociação nos respectivos fatores de Risco de Mercado

Set - 2011 Total R$ Mil

Comprado Vendido

Ações 3,364,933,725 -3,364,719,325 214,399

Cambial 41,384,492 -42,518,342 -1,133,850

Commodities 1,021,321 -1,247,212 -225,891

Cupom Cambial 33,259,114 -35,102,854 -1,843,740

Taxa de Juros 112,978,315 -43,354,995 69,623,320

Jun - 2011 Total R$ Mil

Comprado Vendido

Ações 6,527,121 -5,817,599 709,522

Cambial 33,416,944 -34,203,407 -786,463

Commodities 1,826,506 -1,399,262 427,244

Cupom Cambial 23,766,132 -23,751,420 14,712

Taxa de Juros 127,847,789 -40,738,687 87,109,103

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Mar - 2011 Total

R$ Mil Comprado Vendido

Ações 6,438,308 -5,136,204 1,302,105

Cambial 26,342,759 -26,564,193 -221,434

Commodities 1,745,370 -1,367,948 377,421

Cupom Cambial 19,924,204 -23,035,766 -3,111,562

Taxa de Juros 216,327,553 -52,614,004 163,713,549

Dez - 2010 R$ Mil

Comprado Vendido Total

Ações 5,178,876 -4,230,377 948,499

Cambial 20,527,822 -20,548,926 -21,104

Commodities 936,250 -670,353 265,897

Cupom Cambial 17,122,627 -20,796,357 -3,673,730

Taxa de Juros 85,978,257 -34,704,671 51,273,586

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Valor total Fora da Carteira de Negociação com risco de Taxa

Set - 2011 R$ Mil

Comprado Vendido Total

Cupom Cambial 2,239,140 -3,588,240 -1,349,099

Taxa de Juros 5,043,898 -5,204,798 -160,900

Jun - 2011 R$ Mil

Comprado Vendido Total

Cupom Cambial 1,817,194 0 1,817,194

Taxa de Juros 5,108,620 -5,031,779 76,841

Mar - 2011 R$ Mil

Comprado Vendido Total

Cupom Cambial 1,714,469 0 1,714,469

Taxa de Juros 1,451,592 -573,124 878,468

Dez - 2010 R$ Mil

Comprado Vendido Total

Cupom Cambial 1,455,587 0 1,455,587

Taxa de Juros 1,167,694 -639,867 527,828

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Valor total da Exposição a Instrumentos Financeiros Derivativos

Set - 2011

Brasil Exterior R$ Mil

Comprado Vendido Comprado Vendido

Total

Ações 3,361,814,263 -3,360,028,456 1,283,731 -792,018 2,277,521

Cambial 7,132,261 -10,466,986 20,513,184 -19,159,412 -1,980,954

Commodities 831,397 -1,078,561 189,924 -168,651 -225,891

Cupom Cambial 7,336,442 -10,414,484 19,249,384 -17,895,259 -1,723,918

Taxa de Juros 58,187,517 -23,254,249 20,558,540 -9,621,247 45,870,561

Jun - 2011

Brasil Exterior R$ Mil

Comprado Vendido Comprado Vendido

Total

Ações 2,732,510 -3,796,049 2,029,323 -510,189 455,595

Cambial 8,803,628 -10,957,167 14,172,125 -12,438,489 -419,903

Commodities 1,326,040 -854,616 500,466 -544,646 427,244

Cupom Cambial 9,459,014 -11,497,748 10,225,322 -8,179,231 7,356

Taxa de Juros 88,952,302 -29,533,985 8,086,142 -1,833,415 65,671,044

Mar - 2011

Brasil Exterior R$ Mil

Comprado Vendido Comprado Vendido

Total

Ações 2,427,309 -3,541,808 2,056,744 -445,457 496,787

Cambial 6,186,571 -8,168,634 11,612,682 -11,369,011 -1,738,391

Commodities 1,099,451 -748,895 645,919 -619,053 377,421

Cupom Cambial 7,021,642 -8,749,102 10,231,193 -10,059,514 -1,555,781

Taxa de Juros 177,265,551 -41,355,018 6,782,987 -2,402,240 140,291,279

Dez - 2010

Brasil Exterior R$ Mil

Comprado Vendido Comprado Vendido

Total

Ações 1,643,229 -1,911,225 1,234,745 -221,010 745,739

Cambial 4,565,421 -5,863,842 11,618,990 -12,206,466 -1,885,896

Commodities 21,548 -3,534 914,702 -666,819 265,897

Cupom Cambial 4,716,946 -5,910,973 9,348,863 -9,991,700 -1,836,865

Taxa de Juros 55,708,506 -20,543,500 2,039,214 -963,284 36,240,935

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7 RISCO DE CRÉDITO O Risco de Crédito consiste na possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador e à redução de ganhos ou remunerações. O risco de crédito é inerente à atividade de empréstimos, e está presente em alguns produtos de derivativos, bem como em determinadas operações estruturadas. O risco de crédito existe em Banking Products e Traded Products: • O risco de Banking Products abrange os valores a receber de uma contraparte ou seus garantidores advindos da concessão de

recursos financeiros, investimentos de recursos em outra instituição (depósitos bancários ou interfinanceiros), aquisição de títulos privados, bem como emissão de garantias/cartas de crédito, ou o comprometimento de fazê-lo. A exposição de Banking Products é capturada em termos nominais.

Exposição de Banking Products = Principal + Juros

• O risco de Traded Products abrange os valores a receber - reais ou potencias - de uma contraparte em operações de derivativos,

empréstimo de ações (fora do mercado de bolsa) bem como em compromissos de recompra ou revenda de títulos. No BTG Pactual, essa exposição é reportada como a soma da exposição potencial máxima para o prazo da operação1 mais o valor a receber da contraparte (marcação a mercado positiva). Essa exposição é dada pela seguinte fórmula:

Exposição de Traded Products = [Notional x (add-on)] + MTM

O risco de default inerente aos ativos detidos pela Tesouraria (risco do emissor) é reportado como exposição a risco de mercado, tendo em vista a liquidez de tais ativos e a existência de mercado secundário para os mesmos. A exposição de crédito pode ser visualizada em dois diferentes níveis: exposição bruta e exposição líquida. A exposição bruta reconhece os valores devidos sem nenhum tipo de garantia recebida pelo conglomerado enquanto a exposição líquida reconhece reduções advindas de colateral, garantias, transferência de risco e acordos de compensação por netting. A mensuração da exposição líquida da garantia só ocorre onde existe parecer do departamento jurídico do conglomerado favorável a tal situação. ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO A área de renda fixa-crédito (credit fixed income) está dividida em três mesas, quais sejam: • Negociação e subscrição de créditos (credit trading and underwritting desk). • Créditos Estratégicos (strategic credit desk) • Securitização Essas áreas são as detentoras de todos os riscos de crédito assumidos pelo BTG Pactual e são também responsáveis pelo gerenciamento ativo e contínuo de todas as exposições de crédito. A Área de Controle de Risco de Crédito é responsável por identificar, mensurar, monitorar, controlar e reportar o risco de crédito das operações realizadas pelo Conglomerado. O Head da área de Controle de Risco de Crédito aloca recursos para o desenvolvimento, manutenção e aprovação das políticas de risco que devem refletir os Princípios de Controle do Conglomerado BTG Pactual.

1 A Área de Gerencialmente de Risco de Mercado é responsável pelo cálculo dos fatores de risco (add-on) que refletem a potencial exposição de crédito em determinado prazo. Como referência, incluímos o Anexo I com a Tabela de Fatores de Risco vigente.

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As propostas de crédito são trazidas pelas áreas de negócios através de memoranduns internos ou trocas de e-mails. Caso o cliente seja uma entidade nova para o Banco (não cliente), as áreas de negócios submetem um NOC (confirmação de não-objeção - non-objection confirmation). A idéia do NOC é verificar se algum membro sênior do Grupo (relacionado das áreas de crédito e/ou business) tem informação negativa relevante que justifique a recusa de determinado nome à base de clientes do Grupo BTG Pactual (histórico ruim, por exemplo). A partir do NOC, é realizado um comitê de crédito inicial conhecido internamente como NBCC (New Business Commitment Committee). Neste comitê estão presentes membros representantes de diversas áreas: controle de risco de crédito; áreas de estruturação (CTU, SCD e Securitização); área comercial (corporate ou sales); back-office de crédito; jurídico, risco de mercado; compliance e área de distribuição. Nesse fórum são discutidos os principais pontos da operação e pessoas destacadas de cada uma das áreas são alocadas a trabalharem na due-dilligence do cliente/operação (‘Grupo de Trabalho’). Esse Grupo de Trabalho entra em contato com o cliente, realiza visitas, devidas verificações, consulta escritórios externos ou consultorias, se necessário, e se prepara para apresentar a proposta final ao comitê de crédito final (conhecido como FCC – Final Credit Committee). O FCC é, portanto, o comitê de aprovação de propostas de crédito. Sempre estarão presentes representantes da área de Controle de Risco de Crédito (CRC), das áreas de negócios, da área de operações, do jurídico, de compliance bem como o responsável pela área de Renda Fixa do Grupo (detentor de alçada). A alçada dos membros do time de CRC é soberana à alçada das áreas de negócios – CRC tem poder de veto em toda e qualquer operação apresentada. Em determinadas situações, a alçada do sócio responsável por CRC é excedida e existe necessidade de aprovação da operação pelo COO (Chief Operating Officer) do Grupo. O mesmo pode acontecer em relação ao chefe da área de Renda Fixa, situação que demandará aprovação do CEO do Grupo. O Comitê de Risco do Conglomerado - do qual fazem parte o CEO, COO, CFO, CRO Heads das áreas de Controle de Risco de Crédito e Risco de Mercado – no que tange a Risco de Crédito, é responsável pela aprovação das Políticas & Procedimentos relacionados ao gerenciamento de Risco de Crédito, definição de limites setoriais, limites de portfolio entre outros, bem como pela aprovação das alçadas de crédito. O Management Committee Brazil - do qual fazem parte CEO, COO, CFO e principais sócios do Grupo, incluindo o Head da área de Controle de Risco de Crédito – é responsável pela aprovação das alçadas de crédito das áreas de negócios. Esse comitê definirá, ainda, o conteúdo e a freqüência dos relatórios de risco de crédito internos e para uso regulatório. A não observância dessa política poderá levar a sanções disciplinares, inclusive desligamento. ESTABELECIMENTO E MANUTENÇÃO DE CONTRAPARTES DE CRÉDITO • Todo potencial cliente de crédito deve seguir o Programa de AML (Prevenção a Lavagem de Dinheiro) e Programa de Identificação de

Cliente (CIP). Todo Cliente deverár possuir as pesquisas de “background checkings” definidas no referido procedimento e ter sido aprovado por AML Compliance.

• Crontrapartes de crédito devem ser analisadas pela área de Controle de Risco de Crédito (CRC) e as mesmas estarão sujeitas a aprovação prévia de limites pelas alçadas competentes (alçadas demonstradas no Anexo III dessa política).

• É de responsabilidade das áreas de negócios assegurarem que em negociações com a contraparte não seja dado um compromisso direto ou implícito sem o conhecimento e aprovação do Officer de Crédito (CO).

• Excessos de limites são passíveis de medidas disciplinares. • Todas as contrapartes do Conglomerado estão sujeitas ao acompanhamento contínuo e a revisões periódicas.

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CONTROLE DA EXPOSIÇÃO DE CRÉDITO Visão Geral O Conglomerado BTG Pactual estabelece verificações de exposição de crédito e risco para produtos, operações, contrapartes e portfolios a fim de identificar, quantificar e controlar as várias facetas do risco de crédito. Produto Todos os instrumentos financeiros que geram algum tipo de risco de crédito para o Conglomerado (incluindo-se empréstimos em geral; compra de títulos privados; operações estruturadas; operações de derivativos; fianças; garantias concedidas em colocações de mercado de capitais; etc.) deverão ser capturados e sua exposição reportada adequadamente. Como mencionado anteriormente, os Banking Products são monitorados em bases nominais enquanto os Traded Products refletem a exposição potencial do Conglomerado no prazo da operação e em determinado ativo2. Contraparte A exposição por contraparte é calculada pela soma das exposições em diversos produtos. As exposições são vistas de forma bruta em função da atual infra-estrutura dos sistemas de controle, mas existem relatórios que refletem a exposição líquida por contraparte. Portfolio A exposição do portfolio é utilizada para identificar concentrações de risco entre as classificações Setorial, por Grupo e por Produto. As exposições são agregadas de forma bruta e deduzidas – quando aplicável – da provisão de crédito estabelecida para as mesmas. Probabilidade de Default e Ratings A Probabilidade de Default (PD) é um parâmetro estatístico utilizado pela área de Controle de Risco de Crédito que estima a chance que uma contraparte não cumprirá com suas obrigações (declaração de moratória ou default). A probabilidade de default está associada a contrapartes e o rating da contraparte corresponde a uma faixa de probabilidades de default em certo período de tempo (1 ano no caso do BTG Pactual). A tabela abaixo detalha as probabilidades de default de cada rating. Os ratings são determinados com base nos modelos internos do grupo BTG Pactual e os mesmos devem ser revisados anualmente. Rating Probalidade de Default (PD) – 1 ano AAA 0.02% AA+, AA, AA- 0.04% A+, A, A- 0.08% BBB+, BBB 0.17% BBB- 0.35% BB+ 0.63% BB 1.46% BB- 2.70% B+ 4.60% B 7.75% B- 13.00% CCC 22.00%

Nota: Além de trabalharmos com essa escala de ratings internamente, o BTG Pactual atende a Resolução 2.682 do CMN e também classifica os clientes/operações de acordo com a escala mencionada na referida Resolução que incorpora não somente a classificação de risco do cliente/operação, como também o número de dias em atraso de determinada operação.

2 Ativo nesse contexto refere-se ao ‘ativo de referência/underlying’ da operação, ou seja, vértice sobre o qual é calculada a volatilidade potencial do preço de tal ativo que leva ao seu fator de risco potencial ou add-on. Tal cálculo é efetuado pela área de Gerenciamento de Risco de Mercado.

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Valor de recuperação (Loss Given Default) A probabilidade de default de uma contraparte nem sempre reflete a perda potencial que o Conglomerado teria caso existisse efetivamente o default. Operações que contam com garantias - em suas diversas formas - têm uma probabilidade de default menor. O valor de recuperação ou Loss Given Default (LGD) é um parâmetro usado para estimar a possibilidade de ocorrência de perda caso o tomador ou contraparte declarem default. O LGD deve cobrir não somente a perda de principal mas também os juros, multas entre outros custos associados (como custos advocatícios), sem esquecer o custo de capital alocado para determinada operação na sua fase de recuperação e/ou restruturação. PROCESSOS DE CRÉDITO Concessão Trata-se da fase inicial do processo. Abrange a análise do cliente e da operação bem como sua aprovação. O Grupo utiliza os métodos descritos acima para definir a probabilidade de inadimplência do cliente e o limite de exposição. Quanto à análise da operação, o Grupo busca compatibilizar o apetite de risco com o perfil e a capacidade de pagamento do cliente. Monitoramento O monitoramento das operações de crédito é realizado pela área de Controle de Risco de Crédito. O Sistema Risco de Crédito contém as operações em vigor e diariamente os analistas e Officers de Crédito são informados sobre eventuais excessos ou atrasos e os mesmos são explicados/curados. Consideram-se excessos as exposições acima dos limites estabelecidos. Importante ressaltar que os excessos passivos nas operações de derivativos (oriundos de variação extrema na marcação a mercado da operação) são considerados apenas excessos técnicos e não implicam em ação da área de crédito. Em relação as operações em atraso, em até 24 horas após a data de não-pagamento, o detentor da alçada de crédito na área de Controle de Risco de Crédito deve receber das áreas de Apoio (para esclarecer eventuais erros operacionais) ou Business (que entram em contato com o cliente) informação referente aos atrasos. Caso o atraso não seja resolvido em até 10 dias, o mesmo é escalado para o Head da Área de Crédito que definirá as medidas corretivas a serem adotadas tais como: execução de colateral, reversão de posição, entre outras possibilidades. A área de Apoio ao Crédito envia e-mails diários com os nomes dos clientes e volume de operações em atraso. Além disso, mensalmente são realizadas reuniões com Jurídico, Business, Apoio e Crédito onde os casos são discutidos de forma detalhada. O Business é vedado de realizar operações de crédito sem a prévia autorização da área de crédito. O descumprimento dessa norma implica, no extremo, ao potencial desligamento do funcionário que infringir os termos aqui dispostos. Condução Compreende a fase de acompanhamento da aplicação dos recursos liberados, o gerenciamento das garantias, controle do fluxo de recebívies na casa, entre outras ações. O principal objetivo nesta fase é a prevenção contra a inadimplência dos ativos. Nessa parte, a área de Controle de Risco de Crédito atua conjuntamente com a área de Backoffice de Crédito.

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Cobrança O Grupo dispõe de mecanismos que asseguram o retorno dos recursos emprestados, levando-se em conta algumas variáveis tais como: relacionamento do cliente, minimização de custos e utilização de mecanismos de cobrança e recebimento de dívidas. As operações de crédito vigentes têm seu acompanhamento de vencimentos realizado diariamente e, caso o cliente não tenha recursos suficientes para liquidação, nossos controles, via sistema, apontam a inadimplência que é automaticamente repassada às áreas de CRC e ao Business. Nas operações que possuem garantias líquidas (recebíveis em geral) há monitoramento periódico para que a expectativa de fluxo esteja em linha com o que foi aprovado no FCC, dessa forma, antecipamos possíveis problemas na liquidação de parcelas, por exemplo. Adicionalmente, todo vencimento de operação é encaminhado via e-mail para os nossos clientes a fim de avisá-los na data de liquidação pela manhã para que os clientes providenciem os recursos. Caso o pagamento da parcela não seja efetuado, o backoffice de crédito comunica ao time que aprovou a operação cobrando prazo para cobertura do saldo. Caso exista necessidade, o crédito em atraso é movido para o estágio de recuperação. Recuperação Trata-se da fase em que o Grupo busca reduzir as perdas de crédito, minimizar os custos de recuperação e aumentar a taxa de recuperação. Estão contemplados nesta etapa o processo de cobrança extrajudicial, terceirização (contratação de empresas para prestar serviços de cobrança e recuperação de créditos inadimplidos) e a cobrança judicial em si caso necessário. Importante ressaltar que mensalmente existe uma reunião formal com as diversas áreas responsáveis pelos clientes que estão em processo de cobrança extrajudicial (crédito, estruturação, backoffice, jurídico e o responsável pela área de Renda Fixa) com o intuito de repassarmos as ações tomadas para cobrança dos créditos. Além dessa reunião, realizamos o monitoramento semanal dos atrasos e das pendências, reunindo as áreas de apoio, jurídico, CRC e business que em conjunto tomam conhecimento dos problemas e buscam soluções diretamente com os clientes para problemas pontuais e, consequentemente, evitando novos defaults. Caso seja decidido por uma renegociação que implique em qualquer redução no valor de juros, encargos ou qualquer outro valor referente a operação de crédito, tal renegociação deverá ser obrigatoriamente aprovada pelo detentor da alçada de crédito tanto na área de controle de risco de crédito como na área comercial. EXCEÇÕES À POLÍTICA Exceções à Política devem ser aprovadas pelo Head da Área de Crédito dentro do limite de suas responsabilidades e até o limite de sua alçada. A seu critério o Head de Crédito pode delegar autorização para aprovar exceções a seus subordinados ou escalar para aprovação pelo Comitê de Crédito. Exceções que transcendam seu limite e/ou responsabilidades previamente definidos deverão obrigatoriamente ser escaladas ao Comitê de Crédito. Exceções deverão ser formalmente aprovadas (ex.: e-mail, sistema, ata de comitê, etc.) e a evidência deve ser arquivada junto à documentação da respectiva operação e/ou aos arquivos de crédito.

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Valor total das Exposições relativas à Risco de Crédito e a Exposição Média trimestral

Conglomerado Financeiro e Econômico Financeiro R$ Mil

Set - 2011 Jun - 2011 Mar - 2011 Dez - 2010

Exposições 218,894,267 153,281,464 195,419,853 108,040,373

Média do Trimestre 236,484,638 130,881,754 194,356,682 91,429,348 Valor total das Exposições relativas à Risco de Crédito, quebradas por Fator de Ponderação de Risco (FPR)

Conglomerado Financeiro e Econômico Financeiro R$ Mil

Set - 2011 Jun - 2011 Mar - 2011 Dez - 2010

FPR - 0% 28,429,921 57,709,671 27,570,278 38,575,447

FPR - 20% 1,054,530 248,502 111,086 755,791

FPR - 35% 0 0 31,470 151,673

FPR - 50% 46,595,942 50,848,893 91,564,952 32,105,900

FPR - 75% 2,319,337 2,697,822 4,596 42,346

FPR - 100% 140,240,248 41,640,255 75,997,195 36,245,066

FPR - 300% 254,290 136,320 140,276 164,150 Percentual das exposições das Operações de Crédito dos 10 maiores clientes

Conglomerado Financeiro e Econômico Financeiro

Set - 2011 Jun - 2011 Mar - 2011 Dez - 2010

46.57% 43.30% 46.84% 44.30% Montante das Operações de Crédito classificadas por Atraso

Conglomerado Financeiro e Econômico Financeiro R$ Mil

Set - 2011 Jun - 2011 Mar - 2011 Dez - 2010

<= 60 dias 2,238,148 236,967 21,617,097 0

> 60 dias e <= 90 dias 0 1,903,153 0 152,500

> 91 dias e <= 180 dias 2,592,014 7,037,106 12,939,681 2,479,122

> 180 dias 0 0 1,242,070 14,185,327 Fluxo das Operações de Crédito Baixadas para Prejuízo

Conglomerado Financeiro e Econômico Financeiro R$ Mil

Set - 2011 Jun - 2011 Mar - 2011 Dez - 2010

Prejuízo 35,617 37,188 35,070 28,855

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Montante das Provisões para perdas relativas às Operações de Crédito

Conglomerado Financeiro e Econômico Financeiro R$ Mil

Set - 2011 Jun - 2011 Mar - 2011 Dez - 2010

PDD 97,516 71,983 72,498 74,668 Exposição das Operações de Crédito quebradas por Fatores de Risco

Conglomerado Financeiro e Econômico Financeiro R$ Mil

Set - 2011 Jun - 2011 Mar - 2011 Dez - 2010

FPR - 35% 0 0 31,470 151,673

FPR - 50% 1,072,107 782,395 781,863 345,850

FPR - 75% 2,319,337 2,697,822 0 0

FPR - 100% 10,398,058 10,929,798 9,102,410 4,280,422 Exposição das Operações de Crédito quebradas por Setor Econômico

Conglomerado Financeiro e Econômico Financeiro

Set - 2011 Jun - 2011 Mar - 2011 Dez - 2010 Setor Econômico

R$ Mil % R$ Mil % R$ Mil % R$ Mil %

Comércio 130,091 1.42% 79,955 1.15% 92,079 1.25% 79,252 1.66%

Indústria 749,349 8.19% 747,669 10.74% 819,843 11.16% 1,017,651 21.30%

Outros Serviços 6,795,023 74.30% 5,616,664 80.66% 5,948,125 80.98% 2,968,719 62.13%

Pessoas Físicas 1,190,426 13.02% 257,893 3.70% 227,807 3.10% 559,792 11.72%

Rural 280,468 3.07% 261,377 3.75% 257,583 3.51% 152,530 3.19% Instrumentos Mitigadores

Conglomerado Financeiro e Econômico Financeiro R$ Mil

Set - 2011 Jun - 2011 Mar - 2011 Dez - 2010

FPR - 0% 1,537,758 887,650 848,215 103,046

FPR - 50% 0 0 67,160 218,523 Risco de Crédito de Contraparte

Conglomerado Financeiro e Econômico Financeiro R$ Mil

Set - 2011 Jun - 2011 Mar - 2011 Dez - 2010

RCP 40,215,796 41,553,058 41,241,539 31,625,695

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8 RISCO DE LIQUIDEZ A Política de Gerenciamento de Risco de Liquidez, aprovada e revisada periodicamente pelo Management Committee, constitui um conjunto de princípios que norteiam a estratégia do BTG Pactual no controle e gerenciamento de risco de liquidez de todas as entidades do Conglomerado. A Política de Gerenciamento de Risco de Liquidez foi estabelecida com base nas diretrizes do Banco Central do Brasil e do Comitê da Basiléia, e nas melhores práticas sugeridas pelo Institute of International Finance no Principles of Liquidity Risk Management, procurando proporcionar a permanente adequação do gerenciamento à natureza das operações, à complexidade dos produtos e à dimensão da exposição a risco de liquidez da Instituição. PARÂMETROS E LIMITES Os limites e parâmetros de controle são revisados periodicamente no CFO Committee, e aprovados pelo Management Committee Brazil. ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO E RISCO DE LIQUIDEZ O gerenciamento do risco de liquidez abrange: • Todos os instrumentos financeiros constantes das carteiras das empresas pertencentes ao conglomerado; • Os processos e controles relevantes para o atendimento dos objetivos de negócios. O gerenciamento do risco de liquidez é realizado pelo Tesoureiro do BTG Pactual, sob supervisão direta do CFO – Chief Financial Officer por meio de acompanhamento, avaliação e consolidação tempestiva das informações de risco de liquidez das áreas de negócios, visando sempre seguir os critérios internos e atendimento ao órgão regulador brasileiro.

Os modelos de controle de liquidez são validados de forma centralizada pelo Management Committee Brazil. ACOMPANHAMENTO Com reuniões semanais, acompanha o fluxo de caixa do BTG PACTUAL e verifica que todos os parâmetros estabelecidos estão sendo seguidos. Estabelece limites globais de risco e os critérios de gestão, incluindo risco de liquidez. Aprova os procedimentos necessários para o efetivo cumprimento da Política e dos processos estabelecidos. PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE LIQUIDEZ Para a efetividade do gerenciamento de risco de liquidez, o processo prevê os procedimentos de identificação, avaliação, monitoramento, controle, mitigação e comunicação das informações de risco de liquidez. Estes procedimentos são executados de forma independente. As condições de mercado são revisadas diariamente e a arquitetura utilizada para fins da gestão e do controle do risco de liquidez compreende ferramental organizado para realização do monitoramento descrito abaixo. Analise Quantitativa • Caixa Mínimo/ Análise de Cobertura de Liquidez

São estabelecidos indicadores de liquidez, visando o acompanhamento e antecipação de possível deterioração do caixa. Valores mínimos são estabelecidos para o curto e médio prazo, que sejam capazes de absorver variações de caixa não previstas, mantendo um volume mínimo de caixa no Banco BTG Pactual.

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Análise Qualitativa • Concentração de vencimentos de passivos • Concentração de passivos por perfil de clientes e segmentos econômicos. • Mapas de acompanhamento de captações de recursos por segmento econômico, grupo de clientes, contraparte e prazo são utilizados,

visando detectar concentrações que possam comprometer os níveis mínimos de caixa. PLANO DE CONTINGÊNCIA Em situações de estresse específico de liquidez ou de crise sistêmica de liquidez que acarretem significativa redução dos níveis projetados de reserva, acionamos o plano de contingência para manter o caixa do BTG Pactual em níveis confortáveis, evitando assim impacto no ciclo normal das atividades de negócio do banco.

9 RISCO OPERACIONAL Risco operacional é definido como sendo o risco de perdas resultantes de processos internos, pessoas e sistemas inadequados ou falhos ou de causas externas (deliberadas, acidentais ou naturais). As perdas podem ser prejuízos financeiros diretos ou indiretos, na forma de receita não realizada devido a suspensão de negócios. Também podem resultar de danos à nossa reputação e a nossa franquia, que tenham consequências financeiras a longo prazo. Entre os eventos de risco operacional, incluem-se: • Fraudes internas e externas; • Práticas inadequadas relativas a clientes, produtos e serviços; • Falhas na execução, cumprimento de prazos e gerenciamento das atividades da instituição; • Danos a ativos físicos próprios ou em uso pela instituição; • Aqueles que acarretam a interrupção das atividades da instituição; • Falhas em sistemas; • Demandas trabalhistas e segurança deficiente do local de trabalho. OBJETIVO DA GESTÃO E CONTROLE DE RISCO OPERACIONAL O objetivo geral da gestão e controle do risco operacional é promover uma cultura de controles internos e de gerenciamento da continuidade do negócio em nossa organização, a fim de assegurar que o BTG Pactual sempre opere sob os mais elevados padrões de qualidade nos processos de negócio, bem como proteger os ganhos e a reputação da Empresa. A gestão e controle do risco operacional devem considerar: • Os ativos e os interesses a serem protegidos; • Os eventos que podem dar errado; e • As consequências em potencial de tais eventos. A Estrutura do Risco Operacional (ERO) oferece as ferramentas e os processos para a gestão e controle do risco operacional para identificar os riscos em potencial e reagir aos mesmos adequadamente.

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ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS OPERACIONAIS A Gestão de Riscos Operacionais é responsabilidade de todos os empregados do Banco ao longo do desempenho de suas atividades cotidianas. A ERO oferece ferramentas (por exemplo, normas de controle, métricas, inventário de riscos) e um processo estruturado que são utilizados pela Administração em todas as áreas de negócios (por exemplo, Front Office, BackOffice, TI, etc.) para identificar riscos. Estas também auxiliam a Administração ao propor a avaliação, resposta e relatório de riscos. Risco Operacional supervisiona e revisa as atividades da gestão de riscos operacionais, e é responsável por: • Verificação independente da identificação, avaliação e medidas de resposta determinadas pela Administração; • Relatórios e monitoramento de riscos; • Estabelecer e administrar um fórum multidisciplinar para discussões sobre os problemas relativos à Risco Operacional; e • Garantir a integridade da implantação da ERO. ESTRUTURA DO RISCO OPERACIONAL - ERO O diagrama abaixo apresenta os componentes fundamentais da ERO. Políticas e Normas Gerenciamento da documentação que suporta a estrutura de risco operacional, incluindo as políticas, definição de controles, padrões e métricas. Coleta de Dados Para que os riscos possam ser identificados pelo ERO, deve-se coletar dados de várias fontes, conhecidas como indicadores de riscos. Estas fontes incluem: • Processo de Certificação Interna • Registro de Erros Operacionais • Métricas • Mapeamento de Processos Operacionais (F2B) • Relatórios de Auditoria Interna e Externa

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• Avaliações Pontuais de Fluxos/Riscos • Avaliação Periódica de Riscos Processo de Avaliação do Risco Operacional - PARO O objetivo do PARO é criar e manter um inventário de risco do Grupo BTG Pactual que incorpore problemas específicos de Risco Operacional e planos de ação avaliados de acordo com uma metodologia comum. O PARO abrange quatro estágios, conforme descrito abaixo. • Identificação – Utilizando as informações provindas de várias fontes no processo de coleta de dados, os riscos são identificados no

primeiro estágio do processo de avaliação da ERO. O objetivo do estágio de identificação é determinar se as questões de Risco Operacional identificadas são casos isolados, ou se retratam diferentes aspectos de um problema maior. Isto é necessário porque uma série de questões de identificação de riscos pode indicar um ou mais problemas subjacentes. Um dos objetivos do estágio de identificação é determinar se o risco em questão já foi encaminhado ao Inventário de Riscos Operacionais (IRO) existente ou não.

Assim que o problema de risco for identificado, este pode ser avaliado; • Avaliação – Todas as questões de Risco Operacional devem passar por um processo de avaliação pré-definido, que avalia o seu

potencial de freqüência e gravidade. As questões de risco são, então, avaliadas como branco, verde, laranja ou vermelho, conforme descrito no documento de Grade de Apetite de Risco.

Outro objetivo da avaliação dos riscos é o acompanhamento dos Indicadores-chave de Risco: indicadores quantitativos que revelam a freqüência e a probabilidade de ocorrência de falhas operacionais, associando-os, quando possível, a um valor de perda financeira potencial.

As categorias de freqüência são definidas em termos de quantas vezes acredita-se que a exposição é suscetível de provocar um incidente específico.

As categorias de gravidade são definidas em termos do impacto que uma determinada exposição ao risco terá se resultar em um incidente específico. Como nem todas as posições podem ser traduzidas em valores financeiros, escalas adicionais são fornecidas para situações de risco com predominantemente outros impactos (relativos à reputação ou regulamentar). A preferência é usar a escala de impacto financeiro, sempre que possível. Nos casos em que uma questão de Risco Operacional teria maior taxa de gravidade em uma escala dada, então a maior gravidade deve ser usada.

As questões de risco são avaliadas em termos de perda esperada ao longo de um período de um ano. Este número é usado para classificar as questões de Risco Operacional entre si e para obter uma primeira decisão sobre o nível de escalada de um problema de Risco Operacional.

Os números do documento Grade de Apetite de Risco fornecem os limites necessários para esta avaliação. Se as perdas esperadas estão acima do limite mínimo determinado pela Administração, o problema será incluído no inventário de risco e será rigidamente controlado e monitorado pelo Risco Operacional;

• Resposta – Com base nos resultados da avaliação, uma resposta adequada ao risco é determinada (por exemplo, evitar, mitigar,

transferir, administrar, aceitar) e um plano de ação é implantado de acordo com o caso; e

Gravidade

Freqüência

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• Relatórios – No estágio do processo de avaliação do Risco Operacional, os problemas de risco são relatados e distribuídos a várias comissões para revisões.

Controle Ao longo da identificação, avaliação, resposta e relatórios dos problemas de risco, acontece uma revisão e uma verificação independentes conduzida pelo Risco Operacional em relação às políticas e normas do Banco. Inventário de Risco Operacional - IRO O inventário de Risco Operacional é um depositário que contém todos os riscos identificados ao longo do processo de avaliação de Risco Operacional, assim como os planos de ação relativos, criados para abordar e ou reduzir os riscos identificados. Exige-se um processo de atualização mensal dos planos de ação tanto da avaliação de risco quanto da administração do progresso para garantir que o perfil de risco capturado é adequado. Os riscos capturados sob o limiar mínimo estabelecido não estarão enquadrados nos planos de ação associados seguidos pelo Risco Operacional. ERROS OPERACIONAIS A área de Risco Operacional deve capturar os erros operacionais que gerem ganhos ou perdas financeiras para o BTG Pactual, além dos erros de financeiro zero. A captura dos erros operacionais permite à Instituição: • Montar uma base de dados histórica dos últimos 5 anos para atender ao Comunicado 16.137 e embasar pedido perante o Banco

Central do Brasil para alteração da metodologia de cálculo de requerimento de capital para risco operacional que hoje é feita pela abordagem básica. Essa abordagem aparta 15% das receitas/despesas com intermediação financeira e receitas com prestação de serviços do banco para eventuais perdas referentes a risco operacional. O objetivo do BTG Pactual é diminuir esse percentual, mostrando seus próprios modelos de cálculo e para isso necessita de aprovação do BACEN para alterar a metodologia de básica para avançada a partir de 2013.

• Analisar os erros e identificar riscos que precisem ser mitigados e inseridos no ORI. • Acompanhar planos de ação relevantes. • Acompanhar o processo de controles internos com as áreas e aprovar o registro dos erros / reembolsos aos clientes. Existe uma sinergia muito grande entre as áreas operacionais e o time de Risco Operacional devido à importância do processo de identificação e mitigação de riscos operacionais, além da manutenção da base histórica de erros operacionais. REGULAMENTAÇÃO A aplicação da Estrutura de Risco Operacional e seus processos associados, como a efetiva aplicação da Gestão de Riscos Operacionais e Princípios de Controle, é uma exigência de regulamentação para o BTG Pactual. Como regra geral, essa exigência se aplica a todas as entidades e atividades relacionadas com a atuação bancária essencial e com os negócios financeiros do grupo BTG Pactual. À medida que novas atividades são realizadas ou novas entidades são formadas, Risco Operacional deve ser envolvido para determinar a aplicabilidade da Estrutura de Risco Operacional e seus processos associados. A gestão de Riscos Operacionais e de processos de controle devem ser integrados, na medida do possível, nas atividades de gestão diária, de modo que possa evitar a criação de uma burocracia desnecessária. Assim, a Estrutura do Risco Operacional (ERO) geralmente segue a estrutura de gestão do BTG Pactual, em que as hierarquias existentes sejam utilizadas para a categorização dos controles aplicáveis - exceto em casos específicos (por exemplo, aplicações de TI), ou quando solicitado pela empresa.

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GERENCIAMENTO DO PLANO DE CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS O Gerenciamento de Continuidade de Negócios (BCM) define um guia de como montar e manter um planejamento que permita ao BTG Pactual a manutenção de seus serviços críticos durante uma interrupção de negócios não planejada. A área de Risco Operacional é a guardiã deste processo, bem como responsável por promover a atualização anual do Plano de Continuidade de Negócios e do gerenciamento para realização dos testes. O ciclo de BCM consiste em: • Solicitar aos responsáveis uma analise para identificar suas atividades criticas. • Criar uma estratégia de Continuidade de Negócios baseada no apetite de risco e nos requerimentos descritos pelas áreas de Negócio. • Desenvolver um Plano de Continuidade de Negócios que suporte as estratégias das diversas áreas de negócio no que tange infra-

estrutura, sistemas e processos. • Realizar testes para garantir que o planejamento satisfaz os requerimentos. • Identificar e documentar as deficiências durante os testes para que estas sejam endereçadas e tratadas pelo processo de análise. Definições a) Gerenciamento de Continuidade de Negócios (BCM): guia para montar e manter um planejamento que permita que a empresa continue

operando seus serviços críticos durante uma interrupção de negócios não planejada. b) DRP Owner (Department Recovery Plan): indivíduo responsável dentre outras coisas por documentar, através do Business Impact

Analysis (BIA), as atividades e os recursos críticos de sua área, bem como montar a estratégia de recuperação em caso de uma contingência ser declarada.

c) Business Impact Analysis – BIA: documento que servirá como um “guia de recuperação” para cada área. Nele encontram-se descritos a estratégia de recuperação da área, as tarefas consideradas críticas e que devem ser executadas, bem como a lista de pessoas, sistemas e serviços que são necessários para que a estratégia de recuperação funcione.

d) System Recovery Plan – SRP: documento técnico da área de TI que descreve o passo a passo de como restaurar um sistema ou serviço, bem como seus pontos de contato e suas interdependências.

e) Plano de Continuidade de Negócios: documento que contém o Plano de Continuidade propriamente dito. Visão Geral O processo de montagem do Plano de Continuidade de Negócios tem inicio com a identificação dos colaboradores que serão intitulados “DRP Owners” nas diversas áreas do banco. Uma vez identificados, eles passam por um processo de treinamento onde lhes são explicadas as responsabilidades e atribuições de um DRP Owner assim como lhes é apresentado todo o processo de BCM e seu ferramental. O ciclo anual de BCM inicia-se com uma analise por parte do DRP Owner a respeito da criticidade de sua área e das tarefas por ela executadas. Uma vez identificadas dentre todas as atividades da área quais são imprescindíveis durante um incidente, uma estratégia é montada. Com base nesta estratégia todo um planejamento de recursos, sistemas e serviços é traçado e reportado à área de Risco Operacional através do documento de Business Impact Analysis. Com base nos documentos de BIAs recebidos, a área de Risco Operacional em conjunto com a área de TI monta uma estratégia de recuperação de sistemas e serviços que atenda às estratégias e necessidades das áreas de negócios. Definidas as estratégias de recuperação das áreas de Negócios, assim como a estratégia de recuperação de sistemas e serviços, o documento “Plano de Continuidade de Negócios” é atualizado e enviado para a apreciação do Comitê Executivo. Uma vez aprovado, o documento é publicado no setor de BCM da intranet. Duas vezes por ano a área de risco operacional planeja, gerencia e executa testes para verificar se o Plano de Continuidade de Negócios satisfaz os requerimentos e as necessidades descritos nos BIAs das diversas áreas de negócios. Durante os testes, as áreas de negócios são envolvidas e seus colaboradores participam comparecendo no dia do teste. Evidências da realização do teste são coletadas e armazenadas.

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Gerenciamento de Risco Setembro de 2011

Eventualmente, durante os testes alguma deficiência pode ser identificada. Caso isto ocorra, o colaborador reporta o problema para a área de Risco Operacional que fica responsável por endereçá-lo através de um “Plano de Ação” e por garantir que as medidas cabíveis serão tomadas a fim de que o problema seja resolvido e o processo testado novamente o mais breve possível. Ciclo de BCM

10 BASILÉIA Tendo em vista as recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, contidas no documento "Convergência Internacional de Mensuração e Padrões de Capital: Uma Estrutura Revisada" (Basileia II), o Banco Central do Brasil estabeleceu critérios mais adequados aos níveis de riscos associados às operações conduzidas pelas instituições financeiras para fins de requerimento de capital, divulgando em dezembro de 2004, o cronograma e a implementação das diretrizes de Basiléia II. A partir de 1º de Julho de 2008, através da resolução nº 3.490 do Bacen, de 29 de agosto de 2007, disponibilizou-se os critérios de apuração do Patrimônio de Referência Exigido (PRE). A partir desta data, o cálculo do capital regulatório do BTG Pactual para a cobertura de risco passou a considerar as seguintes parcelas para a composição do PRE: • PEPR = parcela referente às exposições ponderadas pelo fator de ponderação de risco a elas atribuído [Circular 3.360]; • PCAM = parcela referente ao risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira e em operações sujeitas à variação cambial [Circular

3.389]; • PJUR = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação de taxas de juros e classificadas na carteira de negociação, na

forma da Resolução nº 3.464, de 26 de junho de 2007, onde n = número das diferentes parcelas relativas ao risco das operações sujeitas à variação de taxas de juros e classificadas na carteira de negociação [Circulares 3.361 (parcela Juros Pré), 3.362 (parcela Cupom Cambial), 3.363 (parcela Cupom Inflação) e 3.364 (parcela Cupom Juros)];

• PCOM = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de mercadorias (commodities) [Circular 3.368]; • PACS = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de ações e classificadas na carteira de negociação, na

forma da Resolução nº 3.464, de 2007 [Circular 3.366]; • POPR = parcela referente ao risco operacional [Circular 3.383].

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Gerenciamento de Risco Setembro de 2011

Evolução do patrimônio de referência e do capital requerido

Consolidado Financeiro R$ Milhoes

Sep-11 Jun-11 Mar-11 Dec-10 Sep-10

Risco de Crédito 3,340,108 2,520,382 2,003,414 1,657,020 1,407,926

Risco de Mercado 779,368 855,299 1,230,494 875,382 736,048 Risco de Taxa 580,947 504,169 810,268 318,117 413,812 Pré 167,376 177,211 125,376 102,922 168,317 Cupom Cambial 87,868 41,464 37,933 37,861 52,322 Inflação 214,993 140,554 523,407 120,416 146,749 Taxas de Juros 110,710 144,940 123,552 56,917 46,424

Cambial 222,456 140,828 Commodities 109,003 183,349 161,784 90,437 23,078 Ações 89,419 167,781 258,441 244,372 158,330

Risco Operacional 259,333 231,218 231,218 266,728 266,728

Banking Book (Rban) 319,229 210,795 105,124 67,801 54,648

Capital Requerido 4,698,039 3,817,694 3,570,250 2,866,931 2,465,350

Patrimônio de Referência 7,997,751 8,247,113 5,585,190 5,567,094 3,406,986

Nível I 5,639,816 5,812,969 5,586,500 5,587,663 3,411,430

Nível II 2,819,908 2,906,484

Deduções -461,974 -472,340 -1,310 -20,569 -4,444

Excesso de Capital 3,299,712 4,429,419 2,014,940 2,700,162 941,637

Índice de Basiléia 18.7% 23.8% 17.2% 21.4% 15.2%

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Gerenciamento de Risco Setembro de 2011

Consolidado Econômico-Financeiro

R$ Milhoes Sep-11 Jun-11 Mar-11 Dec-10 Sep-10

Risco de Crédito 3,188,231 2,490,899 1,974,156 1,631,880 1,402,033

Risco de Mercado 779,368 855,299 1,230,494 875,382 728,554 Risco de Taxa 580,947 504,169 810,268 318,117 413,812 Pré 167,376 177,211 125,376 102,922 168,317 Cupom Cambial 87,868 41,464 37,933 37,861 52,322 Inflação 214,993 140,554 523,407 120,416 146,749 Taxas de Juros 110,710 144,940 123,552 56,917 46,424

Cambial 222,456 140,828 Commodities 109,003 183,349 161,784 90,437 15,584 Ações 89,419 167,781 258,441 244,372 158,330

Risco Operacional 259,333 231,218 231,218 266,728 266,728

Banking Book (Rban) 319,229 210,795 105,124 67,801 54,648

Capital Requerido 4,546,162 3,788,211 3,540,991 2,841,792 2,451,962

Patrimônio de Referência 7,998,493 8,247,113 5,588,443 5,567,094 3,406,986

Nível I 5,640,311 5,812,969 5,589,754 5,587,663 3,411,430

Nível II 2,820,156 2,906,484

Deduções -461,974 -472,340 -1,310 -20,569 -4,444

Excesso de Capital 3,452,331 4,458,903 2,047,452 2,725,302 955,024

Índice de Basiléia 19.4% 23.9% 17.4% 21.5% 15.3%