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Bem-estar para cavalo e cavaleiro. www.mundoequestre.com.br R$ 9,90 #43 Número 43 | Novembro 2011 Nesta Edição Saiba Mais Eduardo Moreira Respeitando limites Entendendo a coceira Brasileiro bronze no Pan-Americano 2011 Especial: Cobertura dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara Bernardo Alves Entrevista exclusiva

Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

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Revista Mundo Equestre - Bem estar para cavalo e cavaleiro, também na internet

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Page 1: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Bem-estar para cavalo e cavaleiro.www.mundoequestre.com.brR$

9,9

0 #43

Número 43 | Novembro 2011

Nesta Edição

Saiba Mais

Eduardo Moreira

Respeitando limites

Entendendo a coceira

Brasileiro bronze no Pan-Americano 2011Especial: Cobertura dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara

Bernardo AlvesEntrevista exclusiva

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Page 4: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Caro Leitor,

Nessa edição, trazemos uma cobertura especial da participação da equipe

equestre brasileira durante os jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011,

seguida por uma entrevista exclusiva com o cavaleiro brasileiro medalhista

de bronze da categoria Salto Individual: Bernardo Alves.

Na seção Raça do mês, conheça mais sobre os selvagens Mustangues.

Fortes, resistentes e rebeldes, descubra os motivos que fizeram esta

raça se tornar um ícone de liberdade e aventura. Hoje em dia, apro-

ximadamente 30 mil animais vivem em rebanhos selvagens no

oeste dos Estados Unidos.

Com o intuito de contribuir para a saúde de seu cavalo, confira na

seção assinada pela médica veterinária Priscila Azevedo como alguns

cuidados na escolha e manejo da ração podem afetar o bem-estar de

seu animal.

Ainda sobre relacionamento cavalo cavaleiro, Eduardo Moreira co-

menta sobre um caso bastante particular, em que um cavalo conside-

rado por muitos como um “cavalo problema” se tornou um grande

parceiro.

Uma ótima leitura,

Editor

E D I TO R I A L

Page 5: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011
Page 6: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

10 ENtrEvIStABernardo Alves

14 rAçA do mêSMustangue

20 SAIBA mAIS Entendendo a coceira

22 ESPECIALPan Guadalajara 2011

34 PrISCILA AzEvEdoA alimentação equina II

36 CLíNICA vEtErINárIAFerrageamento e Podiatria

42 INFormECopa Hermès

44

Índice

26303239

áLBumPErFILmoNzoNNotíCIAS

10

14

ExPEdiENtE

Rua Visconde do Rio Branco 1630, sala 705, Centro. CEP 80420 210 Curitiba, [email protected] ou ligue: 41 3203.1960

Edição

Afonso Westphal

diREção ExECUtiVA E

MARkEtiNg

Manuela Merico

REdAção

Afonso Westphal giovana Neiva (Colaboração)

FotogRAFiA

grace Carvalho (Colaboração)

CAPA

Jefferson Bernardes / ViPCoMM

dEPARtAMENto CoMERCiAl

[email protected]

AssEssoRiA JURídiCA

Merico Advogados

ARtE E diAgRAMAção

Editora BemAmostra

REVisão lays Coutinhogiovana Neiva

EqUiPE VEtERiNáRiAPedro Vicente Michelotto Jr.Bruna dzyekanski

iMPREssão E ACABAMENto

impressul

MAlA diREtA PARA:sociedade Hípica de Brasíliasociedade Hípica Paranaensesociedade Hípica Catarinensesociedade Hípica Porto Alegrense sociedade Hípica Paulista (no clube)sociedade Hípica de Ribeirão PretoCriadores Brasileiro de Hipismo

Federações:FHPR | FCH | FHBR

todos os direitos reservados.Artigos assinados não repre-sentam necessariamente a opinião da revista.

6

22

Page 7: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Charme em pistaA amazona francesa Pénélope leprevost lançou sua

própria marca recentemente. são diversas linhas de

produtos, desde equipamentos para cavalos, como

tocas e mantas, a diversos modelos de roupas para

cavaleiros e amazonas. Confira os produtos no site:

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War Horse

o filme conta a história de Joey, um potro que é vendido ao exér-

cito e enviado à Europa, onde se desenrola a 1ª guerra Mundial.

A coragem de Joey toca os soldados, enquanto o cavalo sofre

pela ausência de Albert, o filho do fazendeiro que ele deixou para

trás. será que ele verá seu dono verdadeiro outra vez? o longa é

dirigido por steven spielberg e será lançado no Brasil, dia 06 de

janeiro de 2012. www.warhorsemovie.com

Clínica de verãode 23 a 28 de janeiro, será realizado na CEHiP, em Flo-

rianópolis a iV edição da clínica de verão retomando as

rédeas. A clínica contará com a participação da expe-

riente amazona luciana de Almeida, além dos instru-

tores Mariana Cassettari, sandro e leandro Cardoso.

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Page 8: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

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> “Adoro a revista Mundo Equestre pelo fato dela ser

uma edição bastante interativa, bonita, bem organizada

e com ótimas fotos.

Acho que faltava uma iniciativa como essa no nosso es-

porte. A equipe da Mundo Equestre está realizando esse

trabalho com muito empenho e dedicação. A revista é um

sucesso! Parabéns a todos. ”

Bibi Teixeira - Amazona - SP

> “A Mundo Equestre é uma revista com garra! É isso

o que eu vejo. tive a chance de acompanhar as pri-

meiras edições até as atuais, e o crescimento e a de-

terminação dos seus idealizadores sempre estiveram à

frente do seu tempo! Uma salva de palmas para quem

acreditou e acredita na revista, referência nacional no

hipismo e no mundo do cavalo! Um abraço a todos os

leitores!”

Sérgio Portela - Cavaleiro e fotógrafo - BA

No mês de novembro a Mundo Equestre em parceria com a Horse Riding sorteia um culote Tween Femme Jeans.

Page 9: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011
Page 10: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Bronze no PanCom mais de 30 anos de experiência no esporte, Bernardo Alves firma-se como grande promessa de medalha no hipismo nas Olimpíadas após garantir o bronze individual nos jogos Pan-Americanos.

Bernardo Alves

E N T R E V I S TA

10

texto: Afonso Westphal | Foto: Jefferson Bernardes/vIPComm

Page 11: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Com a conquista da terceira posição em Guadalajara, Bernardo torna-se um dos cavaleiros brasileiros que mais conquistou medalhas em Pan-Americanos. Nesta

entrevista, o cavaleiro comenta sobre sua impressão dos Jogos de Guadalajara e revela seus planos para Londres 2012.

.

Como você iniciou no esporte?

Eu comecei a montar logo aos 6 anos, no Cepel, na

cidade de Belo Horizonte, e foi através dos meus pais que me

apoiaram e me deram esta oportunidade.

O que representou para você a conquista da

medalha de bronze em Guadalajara?

Esta foi a minha maior vitória individual e com certeza

esta medalha será muito importante para abrir novas portas

no futuro.

Por gentileza, comente um pouco sobre a sua

fantástica égua, Bridgit.

Ela é o melhor cavalo em que eu já montei. Ela tem

todo o respeito pelos resultados, é muito competitiva

e a cada dia que passa ela está ganhando mais força e

hoje eu ainda não descobri o seu limite.

A Bridgit BWP (sela Belga) é filha de kannan e

Adora. kannan kWPN é um filho de Voltaire que hoje

é um dos principais garanhões da Europa. Ele passa

muita qualidade de limpeza e força para os seus filhos.

A égua Adora foi uma vencedora sob a sela do ludo

Philippaerts e penso que a Bridgit tem muito do seu

sangue porque ela é muito competitiva e ágil numa

pista.

Como você avalia o desempenho da equipe do

Brasil nos jogos Pan-Americanos?

o Brasil fez o seu melhor, com certeza. o problema

é que nunca os americanos tinham levado uma equipe

tão forte para os Pan-Americanos. o Rodrigo foi

impecável como cavaleiro e técnico da equipe, o doda

mostrou toda a sua experiência, provando porque é

o brasileiro melhor ranqueado no ranking da FEi e

a karina participando pela primeira vez da equipe

brasileira como titular, mostrou frieza e bastante

determinação.

Qual sua opinião sobre a dificuldade dos percursos

durante os jogos Pan-Americanos?

As dificuldades foram aumentando a cada percurso e

a última passagem em especial estava muito difícil, tinha

um triplo de potência numa saída de curva não muito

agradável. Mas ao mesmo tempo o armador colocou as

equipes favoritas no pódium e os melhores conjuntos

chegaram decidindo até a última passagem.

O que você achou da qualidade da pista de

Guadalajara?

Eu não gostei do piso, ele estava muito duro e tinha

pedaços de madeira que faziam perder um pouco da

aderência na curva. E no final, dois cavalos não puderam

terminar o Pan-Americano por causa de lesões (a égua do

Rodrigo e o cavalo do ian Millar).

Como é ter o Rodrigo Pessoa como

técnico da equipe Brasileira de Saltos?

Quais são as principais qualidades

dele como técnico?

Ele sempre foi o técnico nestes

últimos anos, mas só agora virou

oficialmente. o Rodrigo tem toda

a experiência conquistada com anos de

treinamento com o seu pai, Nelson

Pessoa, o Neco, e muito conhecimento

nestes anos todos em que ele

mostrou ser um dos melhores

cavaleiros do mundo. Além

de ótimo atleta, ele é um

grande técnico.

11

Page 12: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Quais são seus planos para Bridgit, após o Pan-

Americano?

Agora eu estou acreditando muito no potencial da

Bridgit, e depois deste Pan-Americano eu devo fazer um

planejamento para ela atingir o seu auge no próximo ano

durante as olimpíadas.

Como avalia as chances do Brasil de medalha

para os Jogos Olímpicos de 2012?

querendo ou não, as olimpíadas são muito diferente

dos Jogos Pan-Americanos, mas acredito que teremos

boas chances. A base da nossa equipe hoje é muito forte

e, fazendo um bom planejamento para o próximo

ano, de maneira em que não precisemos saltar muito

e atingir o melhor de cada cavalo na época dos Jogos

olímpicos, poderemos ter boas chances de medalhas

também.

Como é sua rotina de treinos? Onde você mora

atualmente?

Hoje em dia, moro na Bélgica e monto todos os

dias da semana em torno de 6 cavalos, no Haras de

gerpinnes, aonde eu alugo alguns boxes. Normalmente,

eu monto de segunda-feira a quarta-feira no haras e nos

fins de semana eu estou saltando em algum concurso na

Europa.

Quem você tem como referência dentro dos

esportes equestres?

Eu sempre fui muito fã do trabalho do cavaleiro alemão

ludger Beerbaum e inclusive eu já passei 4 meses treinando

nas cocheiras dele.

Você contou com algum apoiador nos esportes

equestres?

sim, com o apoio importantíssimo de Jorge gerdau

Johannpeter. o Jorge sempre me apoiou e há 12 anos

quando eu pedi a ele para me comprar um cavalo, ele

disse que compraria mas eu teria que vir morar na

Europa.E hoje eu tenho certeza que esta foi a melhor

decisão da minha vida.

Do que sente mais saudades do Brasil?

Eu adoro o Brasil e sinto muita saudade da família e

12

Page 13: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

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dos meus amigos, mas eu ainda quero atingir o máximo do hipismo que

é conseguir uma medalha olímpica, e para isso eu tenho que treinar e

competir com os melhores e só aqui na Europa eu poderia conseguir tudo

isso.

Você treina há muitos anos fora do Brasil. Você acredita que

para se ter uma carreira de ponta no hipismo, é necessário que

o atleta se mude para treinar na Europa?

Na minha opinião o cavaleiro deve vir sim para o continente

europeu, porque no Brasil ainda não temos uma cultura hípica forte,

e se você quer ser o melhor, com certeza tem que estar competindo

entre os melhores.

Como é sua relação com os outros cavaleiros brasileiros que

moram na Bélgica? Vocês se veem com frequência?

temos uma relação muito boa. Hoje somos quase como uma

família, moramos todos muito próximos e nos encontramos quase

sempre.

Teria algum recado para deixar para os fãs do esporte no Brasil?

Podem esperar ainda mais porque montando a Bridgit eu acredito que eu

possa proporcionar muitas vitórias para vocês.

Foto: Jefferson Bernardes/vIPComm

Orgulho nacional: Bernardo Alves comemorando a merecida medalha de bronze.

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Page 14: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

texto: Sarah Westphal | Foto: Arquivo

Mustangue

R A ç A D O m ê S

14

Page 15: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

MustangueSelvagem com coração indomável.

15

Page 16: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

16

O Mustangue é um animal corajoso que enfrenta o perigo, ao invés de simplesmente fugir.

S eu nome deriva da palavra

espanhola “mesteño” ou

“monstenco” que signifi-

ca selvagem ou extraviado.

Como indica a denominação, trata-se de uma

raça não domesticada e totalmente independen-

te da interferência humana. A origem do Mus-

tangue encontra-se na colonização da América.

Nessa época não havia cavalos no novo conti-

nente e os colonizadores sentiam a necessidade

de ter animais para auxiliar no trabalho braçal

e no mapeamento da região. Para resolver o

problema, os colonos europeus começaram a

trazer cavalos de seus países de origem para

ajudar no trabalho. os Estados Unidos foram os

pioneiros na “importação”, recebendo cavalos

da Espanha.

Com o passar dos anos, no entanto, obser-

vou-se que esses

cavalos não eram

bons para a exploração: tinham comportamento

arredio e comiam mais pasto que as outras raças.

Assim, o Mustangue foi substituído pelo quarto

de Milha, considerado mais obediente. Muitos

animais foram soltos, outros levados pelos índios

para diversas áreas dos Estados Unidos.

No início do século xx havia cerca de dois mil

mustangues nos Estados Unidos, porém a dispu-

ta de pasto entre criadores de gado e mustan-

gues motivou uma matança que fez com que a

manada caísse pela metade, em apenas 20 anos.

somente em 1971 foi decretada uma lei

apoiando a sobrevivência da raça. Hoje, aproxi-

madamente 30 mil animais vivem em rebanhos

selvagens no oeste dos Estados Unidos.

Influências

Muitas raças contribuíram para a formação

do mustangue atual. o sangue frio espanhol dos

primeiros cavalos foi, aos poucos, se diluindo e

Por apresentar um bom porte físico e ser mais alto que outros pôneis, o Connemara.

Page 17: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

17

Sinônimo de força e rebeldia, a influência da raça ultrapassa barreiras, alcançando setores como o automobilístico e o cinematográfico.

dando espaço às influências das raças de sangue

quente. devido a essa miscigenação, suas carac-

terísticas são bastante variáveis, tanto na colora-

ção, quanto no tamanho: podem ser encontrados

em todas as cores e sua altura oscila entre 1,40m

e 1,50m. são cavalos de aparência robusta que

apresentam pernas fortes e resistentes, requisito

para a defesa ou fuga em situações de perigo.

Como funcionam os bandos de cavalos

selvagens

Em um bando selvagem, sempre há um gara-

nhão, suas éguas e seus potros. o garanhão é o

líder e responsável pela sobrevivência do grupo.

Por isso, está sempre atento a possíveis ataques

de predadores. Para sinalizar um ataque, o ga-

ranhão abaixa a cabeça na “posição de cobra”.

É o sinal para que ele e os outros saiam em de-

bandada.

Ele também é responsável por evitar doenças

genéticas de consanguinidade no bando, prote-

gendo as éguas contra potros precoces que ten-

tam copular antes de atingirem a maturidade. o

garanhão os adverte com mordidas nas pernas

e no pescoço, ou até mesmo com coices. quan-

do os potros chegam à maturidade, o garanhão

os expulsa do grupo para que não copulem com

suas mães e irmãs.

Num bando, a hierarquia entre os potros é

determinada pela idade, por exemplo: um potro

com 4 anos faz questão de beber água ou entrar

em um rio antes de um potro de 3 anos, a fim de

afirmar sua superioridade.

Indomáveis nas pistas e nas telas

Bravo, independente e indócil. Essas três ca-

racterísticas marcantes dessa raça foram as inspi-

rações para que a Ford, em 1965, desse o nome

de Mustang para seu maior lançamento da épo-

ca. derivado do antigo Falcon, o Mustang che-

gou ao mercado com esse nome a fim de sugerir

a bravura, potência e liberdade características

desses animais aos consumidores.

A essência liberta dos cavalos selvagens

norte-americanos inspirou também muitos ci-

neastas a roteirizar histórias usando-os como

protagonistas. Entre as aventuras cinemato-

gráficas vividas por mustangues, destacam-

se a animação spirit, o Corcel indomável, da

disney, o longa-metragem Mar de Fogo e o

popular Flicka.

Page 18: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011
Page 19: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

No último curso que lecionei, sobre as técnicas de Monty Roberts, fui apresentado a um dos cavalos mais agressi-

vos com que já tive contato até hoje.

E D u A R D O m O R E I R AFoto: raphael macek

Um cavalo sem passado conhecido,

sem histórico narrado, cedido por um vizi-

nho para que aquele rapaz, que se dizia um

seguidor de técnicas revolucionárias apren-

didas com um cowboy americano, mos-

trasse do que era capaz. Aliás, em vários

dos cursos que leciono percebo que vários

dos cavalos com os quais tenho de traba-

lhar recebem a missão de provar que estou

errado, e que a violência é sim a resposta,

justificando assim os atos de seus donos.

imediatamente após entrar no redon-

del com o cavalo percebi a situação de pe-

rigo à qual estava exposto. o cavalo vinha

frontalmente em minha direção buscando

ferir-me com mordidas ferozes, lembrando

um cão absolutamente obcecado em der-

rubar um invasor de seu terreno. quando

eu fui corrigi-lo percebi que aquele era o

menor de meus problemas, pois assim que

eu me posicionava a sua frente ele levanta-

va seus membros dianteiros e tentava me

golpear com manotadas que seriam capa-

zes de me ferir gravemente se me acertas-

sem. Um golpe destes pode ser fatal. Eu

não podia corrigi-lo estando a sua frente,

tinha de proteger-me de suas mordidas e

não conseguia afastá-lo para ficar numa

zona segura pois ele estava com a ideia fixa

de me agredir de alguma forma e movia-se

sempre em minha direção.

decidi então que pela primeira vez na

vida deste cavalo aquelas atitudes não se-

riam premiadas com a pessoa próxima a ele

indo embora. Controlei minha respiração,

mantive minha frequência cardíaca baixa, e

quando eu conseguia ter alguns segundos

sem uma atitude agressiva do cavalo eu o

premiava com um carinho na testa, ou no

pescoço e me afastava de sua presença.

Foram 30 minutos onde eu poderia ter me

machucado seriamente, mas eu sabia que

eu era talvez a última chance de salvar a

vida deste cavalo. Ao final deste período eu

conseguia acariciá-lo com calma na testa,

no pescoço e ele havia parado de tentar me

morder e me golpear. Eu estava exausto,

era o meu limite. Ele também não me dei-

xaria avançar muito além daquilo, era o seu

limite. talvez os alunos quisessem ver um

avanço maior, como viram nos outros ani-

mais, mas eles não eram meu foco naquele

momento, era o cavalo. Eu queria que pela

primeira vez na vida ele tivesse um momen-

to com um homem e saísse mais calmo do

que entrou, mais feliz.

No dia seguinte os organizadores do

curso, pessoas fantásticas e que não tinham

culpa do dono não ter-lhes dito verdadei-

ramente o perigo que aquele cavalo repre-

sentava, vieram me falar que o cavalo havia

amanhecido absolutamente diferente. Não

estava mordendo aqueles que se aproxima-

vam, demonstrava uma calma nunca antes

vista e pouco se parecia com o cavalo de

um dia atrás. Certamente não estava cura-

do, mas sua atitude demonstrava que ele

só queria que tirassem a violência de sua

vida para mostrar que podia ser um bom

animal. Respeitando o seu limite, e também

o meu, conseguimos superar os limites que

pareciam intransponíveis. Nunca me esque-

cerei deste marcante animal.

Respeitando limites

Page 20: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Mesmo sendo uma ação comum entre os cavalos, a atenção com o agente causador da coceira pode prevenir futuras complicações.

Cavalo acuado, esfregando-se na sela, com falhas na pelagem... A coceira

é um incômodo extremamente comum nos equinos, e sua causa pode ser

sempre associada a uma circunstância: a alergia. Resposta exagerada do

sistema imunológico (de defesa) a uma substância estranha ao organismo, a

alergia demartológica no cavalo pode ser desencadeada por diversos fatores

– e são eles que devem ser combatidos para eliminar o sintoma da coceira.

Embora somente um sintoma, o ato incessável de coçar do animal pode

provocar feridas que venham a agir como porta de entrada para infecções –

dai a importância de se identificar o que está causando a alergia. Para isso é

preciso procurar por todos os ângulos: alimentação incorreta, contato com

produtos químicos aplicados nas instalações, fungos e saliva proveniente de

picadas de insetos são os agentes principais, e muitas vezes a profilaxia é

simples.

Evitando mosquitosMoscas extremamente pequenas, com cerca de 2 mm, as Culicoides são

as principais responsáveis por mordidas em cavalos. Ativas principalmente em

tempo quente e sem vento, por serem fracas voadoras, reproduzem-se em

ambientes mornos próximos de água, o que torna bastante efetivo remover

seu cavalo de locais com essas condições.

os mosquitos alimentam-se durante o período do pôr-do-sol até o

amanhecer, sendo importante evitar seu contato com o cavalo durante essas

horas. outras medidas profiláticas úteis incluem: envolver o cavalo com um

Entendendo a coceira

texto: mundo Equestre | Foto: Arquivo

S A I b A m A I S

20

Page 21: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

cobertor de corpo inteiro, para dificultar mordidas;

instalar uma rede contra insetos na porta de seu

estábulo e usar repelentes. Cremes e pomadas

manipuladas especificamente para reduzir os

sintomas de alergia da pele também podem ser

usados e trazem um benefício extra: mosquitos não

gostam de morder superfícies oleosas.

FungosEsses pequenos parasitas estão normalmente

presentes no meio ambiente e na pele dos animais

com certa abundância, sendo que apenas algumas

espécies apresentam capacidade de causar doença

(tinha ou dermatofitose). Essa presença comum por

vezes atrapalha um diagnóstico, já que uma amostra

de pêlos que revele a presença de fungos pode não

ser necessariamente significativa, por exemplo.

os fungos podem se instalar facilmente no

organismo do cavalo tirando proveito também do

seu sistema imunológico enfraquecido por outra

doença, fazendo papel de agente secundário no

processo alérgico.

A umidade é a principal aliada na proliferação

de fungos causadores de doenças nos equinos, já

que fornecem ambiente propício para a reprodução

e a sobrevivência dos parasitas. Evitar a umidade é,

portanto, a principal maneira profilática para livrar

seu cavalo dos males causados por fungos. Cuidados

simples como manter o animal em abrigo nas épocas

chuvosas, deixar as baias sempre bem arejadas e

limpas diminuem muito o risco de alergia por fungos.

Ácarostambém parasitas, provocam lesões com

localização diferente dependendo da espécie a que

pertencem: na cabeça e pescoço, na base da crina

e da cauda, ou nos membros, por exemplo. seu

representante mais conhecido e principal agente

de doenças é o Sarcoptes scabiei, causador da

popular sarna ou escabiose.

A sarna desencadeia uma processo alérgico e

inflamatório na pele do animal que resulta em uma

coceira intensa quase sempre acompanhada de

prurido. dependendo de sua gravidade, prejudica

também a pelagem do animal, que se torna escassa

nas regiões afetadas.

o maior meio de propagação dessa doença

é o contato direto entre os animais, o que faz

dela altamente contagiosa. Para evitar a sarna, é

aconselhada a limpeza regular das cocheiras, além

do total isolamento de cavalos contaminados com

o restante dos animais. Materiais de procedimentos

veterinários também devem ser separados, porque

o ácaro causador consegue sobreviver por semanas

mesmo fora de um hospedeiro.

21

Page 22: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Pan-Americano Guadalajara 2011

22

texto: Afonso Westphal, rute Araújo e Imprensa CBH - mkt mix Foto: Jefferson Bernardes/vIPComm e StockImageServices.com/FEI

E S p E c I A L

Conquistando três medalhas: prata e bronze no Salto e bronze no CCE, o hipismo brasileiro volta de Guadalajara com novo ânimo rumo aos Jogos

Olímpicos de Londres 2012.

E m nove dias de competições, os

melhores atletas das Américas das

categorias Adestramento, Concur-

so Completo de Equitação e salto

entraram em pista em busca das cobiçadas medalhas

e da classificação para os Jogos olímpicos de londres

2012. Com boas participações dentro das três mo-

dalidades disputadas nos Jogos, a equipe equestre

brasileira demonstrou alto nível técnico e com-

petitividade, aumentando a expectativa dos

fãs brasileiros para a disputa das próximas

olimpíadas. Confira o desempenho

dos atletas do Brasil

em cada modalidade.

SaltoPor Equipes - Com

excelentes participa-

ções, a equipe brasi-

leira comandada por

Rodrigo Pessoa garantiu

a medalha de prata por equipes.

“Nós sabíamos que a briga pelo ouro com os Estados

Unidos seria muito grande. Como para eles estava em

jogo a classificação por equipe para londres, vieram

com os seus principais cavalos. Estamos contentes com

a medalha de prata, fizemos o que estava ao nosso

alcance, e é uma alegria enorme conquistar mais uma

medalha para o Brasil”, contou o campeão olímpico

Rodrigo Pessoa, que conquistou a sua quarta medalha

em Jogos Pan-Americanos.

A prova - Na primeira passagem, os quatro

conjuntos do time verde e amarelo tiveram

aproveitamento máximo com percurso sem faltas.

Com o resultado, o Brasil superou o México e passou

para a 2ª colocação na classificação geral. Na segunda,

em um percurso idêntico ao da primeira passagem

desenhado pelo mexicano Javier Fernandez, Rodrigo

Pessoa foi novamente o primeiro da equipe brasileira a

se apresentar. No dorso de HH Ashley fez um percurso

sem faltas. A amazona gaúcha karina Johannpeter

O conjunto Álvaro Affonso de Miranda, o Doda e AD Norson.

Page 23: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Pan-Americano Guadalajara 2011

com dragonfly de Joter fez quatro pontos, Bernardo

Alves e Bridgit zeraram o percurso e álvaro de Miranda,

o doda, com Ad Norson cometeu duas faltas. o Brasil

encerrou a participação com 11.58 pontos perdidos.

Com um aproveitamento espetacular os EUA

garantiram o ouro e a classificação olímpica. A terceira

colocação coube a equipe do México.

Individual - Em uma disputa emocionante, o

mineiro Bernardo Alves conquistou a medalha de

bronze nos Jogos Pan-Americanos. Bernardo com

Bridgit fez dois percursos impecáveis e com apenas

2.09 pontos perdidos garantiu a 3ª colocação para

o Brasil e a 22ª medalha do hipismo em Jogos Pan-

Americanos.

“Eu estou muito feliz com essa medalha. A minha

égua foi fantástica. saltou super bem mostrando que

estamos no caminho certo para a preparação para os

Jogos olímpicos”, comemorou Bernardo.

A decisão da medalha individual contou com

dois percursos distintos armados pelo mexicano

Javier Fernandez. Na primeira passagem, o paulista

doda Miranda com Ad Norson foi o primeiro

da equipe verde e amarela a entrar em pista. o

conjunto brasileiro cometeu duas faltas e ficou sem

chances de lutar por medalha, com isso o brasileiro

desistiu da segunda passagem. “o Norson não se

adaptou com este piso. Conseguimos fazer boas

apresentações nos primeiros dias, mas para a

disputa individual acabamos ficando sem chances

de medalhas. Por isso, resolvi poupá-lo e até

mesmo evitar uma possível lesão, como aconteceu

com a égua HH Ashley do Rodrigo”, comentou

doda Miranda.

Instantes finais - A medalha de bronze de

Bernardo Alves veio de um duelo contra três

americanos. o brasileiro precisava zerar seus dois

percursos e torcer para os americanos cometerem

pelo menos uma falta. Bernardo cumpriu sua

missão e o americano Mclain Ward com Antare

-F, que entrou logo após a sua apresentação,

cometeu uma falta, garantindo o bronze para o

Brasil. A amazona americana Christine Mccrea

veio na sequência com Romantovich take one

e fez percurso sem faltas. Finalmente, Bezzie

Madden com Coral Reef Via Volo, até então líder,

fez um ponto de excesso de tempo e passou a

medalha de ouro para a compatriota, ficando

com a medalha de prata. A gaúcha karina

Johannpeter com dragonfly de Joter fez quatro

pontos na primeira passagem e 16 na segunda,

terminando seu segundo Jogos Pan-Americanos

entre os 15 melhores das Américas.

Brasil pela América - Um fato a se destacar

durante a realização dos Jogos foi a presença de

profissionais brasileiros treinando equipes de outras

nacionalidades: Hélio Pessoa pela guatemala, Nelson

Pessoa pela Colômbia, Vitor Alves teixeira pela

Argentina, denis gouvea e lucas Brambilla pelo

Uruguai, além de cavaleiros que foram treinados

individualmente por outros atletas brasileiros.

Na opinião de Vitor Alves, esse fato se deve ao nível

de profissionalismo e reconhecimento que o Brasil vem

conquistando ao longo dos anos. Com investimentos

em infra-estrutura, cavalos e treinamentos nosso

País vem conquistando um espaço importante no

cenário hípico internacional.

AdestramentoBrasil na final individual

se o maior nome do

Adestramento nos Jo-

gos Pan-Americanos de

23

A amazona Karina Johannpeter, com Dragonfly de Joter, ficou com a 15ª posição da categoria individual.

Page 24: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

24

guadalajara foi do norte-americano steffen Peters com

Weltino´s Magic, vencedor das três provas e ganhador do

ouro por Equipe e individual, dois brasileiros também fi-

zeram da competição um momento histórico para o País.

Mauro Pereira Junior montando tulum Comando sN e Ro-

gério silva Clementino com sargento do top, dois Puros

sangue lusitano, levaram o Brasil a uma final individual

depois de 28 anos. A última vez que o País tinha entrado

na disputa por medalha individual foi em 1983, nos Jogos

de Caracas, na Venezuela, quando orlando Facada, cava-

leiro português radicado no Brasil faturou o Bronze, assim

como a equipe brasileira.

Fazendo parte do seleto grupo de 15 conjuntos que

se habilitaram a participar do Freestyle, Mauro e Roger

entraram na pista do guadalajara Country Clube, decididos

a fazer bonito. E fizeram. os dois cavaleiros conseguiram

registrar as maiores notas já conquistadas por brasileiros

em competições internacionais.

A definição do pódio individual nos Jogos de

guadalajara levou em consideração a soma das notas

obtidas na prova intermediária i, realizada na segunda-

feira, (17/10), e no Freestyle de

quarta-feira, (19/10).

Estreante em Jogos Pan-

-Americanos, Mauro Pereira

Jr e tulum Comando sN chegou

à Final trazendo 70,711% da

prova intermedi-

ária i, enquanto

Roger Clementino

/ sargento do top

havia registrado

66,974%, se po-

sicionando, respecti-

vamente, em 11º e

15º lugar no ranking parcial.

No Freestyle, prova com coreografia e música, os dois

renderam ainda mais.

o primeiro a entrar em pista foi Roger Clementino com

seu sargento do top. o relógio marcava 15h30 (18h30

no Brasil). o dia quente de céu limpo inspirou o cavaleiro

sul-mato-grossense revelado na Coudelaria ilha Verde, de

Araçoiaba da serra (sP). No final da apresentação os juízes

atribuíram a performance do conjunto a nota de 72,550%.

depois foi a vez de Mauro Pereira Jr, melhor

representante do Adestramento brasileiro no Pan, com as

maiores notas na Prix st george (68,737%) e intermediária

i (70,711%). o cavaleiro paulista que representa o Haras

Juliana mais uma vez surpreendeu ao registrar a média final

de 74,275% no Freestyle. A torcida verde-amarela delirou.

Mas ainda faltavam competir os melhores conjuntos.

Colombianos, mexicanos, canadenses e norte-americanos

foram se sucedendo na pista, assim como o painel de

resultados.

No final, Mauro Pereira Jr e tulum Comando sN se

despediram dos Jogos de guadalajara com a ótima média

final de 72,493%, ocupando a 9ª colocação na classificação

final. Roger Clementino/sargento do top somou 69,762%,

ocupando o 12º lugar.

Festa Americana - o pódio individual do

Adestramento no Pan de guadalajara foi tomado pelos

Estados Unidos. o time que já havia conquistado a

medalha de ouro por Equipe no domingo, confirmou o

favoritismo e também faturou o ouro, a prata e o bronze

na disputa individual.

Às 17h40 (20h40 no Brasil), steffen Peters com

seu Weltino´s Magic foi o último competidor a entrar

em pista. o campeão norte-americano comandou o

show de encerramento da modalidade nos Jogos. A

Conquista: o cavaleiro de CCE Serguei “Guega” Fofanoff, que

junto a equipe brasileira conquistou a classificação para disputar

as Olimpíadas de 2012.

E S p E c I A L

Page 25: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

performance do conjunto no Freestyle rendeu a

excepcional nota de 87,200%, a média final de

82,640% (na soma da intermediária e Freestyle) e a

merecida medalha de ouro.

Heather Anderson Blitz, montando Paragon,

que já vinha em segundo no ranking, fez uma linda

apresentação no Freestyle alcançando a média final de

86,650%, média final de 81,917% e a medalha de

Prata.

Marisa Festerling montando Big time também

manteve o terceiro lugar no ranking, atingindo a nota

de 80,775% no Freestyle, a média final de 77,546% e

a medalha de Bronze.

Concurso Completo de EquitaçãoEquipe conquista a terceira posição

Conquistando a medalha de bronze por equipes no

Concurso Completo de Equitação (CCE), nos Jogos Pan-

Americanos de guadalajara, a equipe brasileira formada

por serguei Fofanoff / Barbara tW, Marcio Jorge / Jo-

sephine MCJ, Jesper Martendal / land Jimmy, Marcelo

tosi / Eleda All Black e Ruy Fonseca Filho / tom Bomdaill

too garantiu a classificação para os Jogos olímpicos, em

londres, no ano que vem. o ouro foi para os Estados

Unidos e a prata para o Canadá.

“Estamos todos muito contentes. A equipe se apre-

sentou muito bem e podemos dizer que foi uma vitória

da superação. ontem tivemos a queda do Ruy e hoje a

égua do guega (serguei Fofanoff) acordou sentindo um

pouco. os veterinários fizeram um tratamento intensivo

e ela conseguiu se recuperar a tempo de passar na inspe-

ção. Caso contrário estaríamos fora da competição. Foi

uma vitória da união do grupo e isso realmente é muito

emocionante”, conta luiz Roberto giugni, presidente da

Confederação Brasileira de Hipismo (CBH).

“Agora é continuar o trabalho rumo às olimpíadas.

o CCE brasileiro vem crescendo, acabamos de renovar

com o Nick turner e o objetivo é seguir com a mesma

filosofia de treinamento e trabalho pois acreditamos que

estamos no caminho certo. toda a equipe está de para-

béns”, completou giugni.

Classificação individual - o cavaleiro

brasileiro melhor classificado foi Marcio Jorge com sua

Josephine MCJ, 9º colocado, 71,80, Jesper com land

Jimmy, 12º, 81.20, e Marcelo com Eleda All Black, 18º,

99.30. guega com Barbara tW saltou apenas

a 1ª passagem da prova de salto, válida pela

final por equipes, e não foi para a 2ª volta para

decisão final do pódio individual para poupar

a sua égua.

Gran Finale: Mauro Pereira Jr foi o

representante brasileiro melhor colocado no

Adestramento, ocupando a

9ª posição nos Jogos.

Domínio: A alegria dos atletas Norte Americanos

de Adestramento, Heather Blitz, Steffen Peters e

Marisa Festerling, na premiação individual.

Page 26: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Carlos gamarra e dyego Neves

Carlos seixas e Fernanda Ceconello

isabela e shirley Heusi

gabriela Pruner, germano e Bruno

Ricardo Calixto, Arnaldo Viana e otaviano Angelo

Alcides Jimenez, Pedro leon e guilherme AlonsoAnna dora Fischer Boos

Eduardo Arruda e Clarissa Rechden

Equipe Momento Equestre - José sanches, samys Montanaro, André Calió e silvia Milani

Bruna Vicense, Marina Bongiorno e Carla Batista

Mario Morgenstern, Erleno schenkel e Cristian schenkel

Arthemus de Almeida

André lara Resende

daniela lunardelli

Roland Herlory, Ana Magalhães, Pascale Mussard e Marina Al Makul

Nando Miranda

isabela salles e isabela Pinheiro

Pascale Mussard e Roland HerloryAndré Beck e Rodrigo Rivelino

sérgio e Ana Magalhães

Pascale Mussard e Patrick Albaladejo

donata Meirelles e Nizan guanaes

André Américo de Miranda

26

Á L b u m - c O pA H E R m è S

Foto por: marina malheiros

Page 27: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Carlos gamarra e dyego Neves

Carlos seixas e Fernanda Ceconello

Anna dora Fischer Boos

luiz Francisco Azevedo

Bob Ellis

álvaro Coelho da Fonseca

Mariana Auriemo

gustavo El Jack, André Beck e lúcia santa Cruz

Marquinhos e guilherme Ciampi

Aida de Mendonça Nunes e Carlos Vinicius gonçalves da Motta

Bruno de lucca e Pedro Fiorini

staff Hermès

Arthemus de Almeida e José Roberto Reynoso F. Filho

Rodrigo da Cunha

Chris Morais e silvia Milani

27

Foto por: Anna Paula Carvalho

Foto: marina malheiros

Page 28: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

.

28

I N f O R m E

Paranaense de Amazonas 2011

Fotos: Grace Carvalho - HIPICS

londrina recebeu nos dias 7, 8 e 9 de outubro o Campe-

onato Paranaense de Amazonas. sediado na sociedade Ru-

ral do Paraná, a competição reuniu participantes de todo o

estado, que mostraram muita leveza e elegância nas provas

realizadas na pista de grama principal.

Prova 1m

A vencedora da categoria Amazonas B foi a representante

do Haras Adal Manoela Reis e Columbia itapuã, saltando a altu-

ra de 1m. o segundo lugar foi conquistado pela amazona Maria

Roberta P. Boeira de oliveira com HFB singulady, da sociedade

Hípica Paranaense. o conjunto da Vila Hípica de londrina, Bar-

bara Pasello e Charlton, ficou com a terceira colocação.

Prova 1,10m

kamila Miksza Ribas Prestes e le

Rose Joter do Clube Hípico de Maringá

se sagraram campeões dessa prova. A

representante da sociedade Hípica Pa-

ranaense Elisa guimarães Forchezatto

e daphine JMen conquistaram o se-

gundo lugar. A amazona Patricia Maki-

ta leitão, montando luck Jet, ficou

com a terceira posição. logo depois

dela, Juliana Macedo Ribas com Mufassa

das Cataratas.

Prova 1,20m

A grande campeã foi a londrinen-

se Jéssica Carvalho de sá com Rhonda

JMen, representante da Vila Hípica da cidade. Montando Nilo

das Cataratas, a amazona Ananda Borges conquistou o se-

gundo lugar e levou a medalha para a sociedade Hípica Para-

naense. A terceira posição da concorrida prova ficou com mais

uma amazona da soc. Hípica Paranaense, Maria Augusta P. C.

Montanha teixeira, montando Porto Frio Naerobic das Catara-

tas, seguida pela quarta colocada Amanda leite lourenço e seu

cavalo olimpico das Cataratas, de Foz do iguaçu.

Prova 1,30m

A anfitriã da competição, Paula Marchezoni Alho da sil-

va e Acordian JMen, mostrou toda a habilidade e conquistou

o primeiro lugar. o vice-campeonato coube à amazona da

sHPr Adriana Busato, com HFB Belize B. A terceira coloca-

ção ficou com o conjunto também da sociedade Hípica Pa-

ranaense tânia louise greuel e Rebel With out a Caused. A

quarta amazona melhor colocada foi Fernanda Zettel Bastos

e Nebiolo pelo Char.

Campeonato paranaense reúne asmelhores amazonas do estado em Londrina.

Page 29: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

.

Page 30: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

30

Stephan BarchaCom mais de 15 anos de carreira no esporte, o jovem Stephan Barcha demonstra em pista qualidade técnica

digna de grandes cavaleiros.

Foi na fazenda de criação de manga-

larga marchadores de seu pai que hoje o

cavaleiro sênior stephan Barcha deu seus

primeiros galopes, com apenas quatro

anos. A mãe do cavaleiro, bastante apre-

ensiva com as aventuras do filho, resolveu

então matriculá-lo na escola da Hípica do

Rio de Janeiro, para que pudesse aprender

a montar de forma correta e segura.

Hoje com 22 anos, stephan mora em

Copacabana e mantém uma rotina de trei-

no rigorosa: acorda diariamente às 7 da ma-

nhã e, após trabalhar seus cavalos na Hípica

Brasileira, segue viagem até a região de itai-

pava, onde monta animais de clientes em

duas propriedades particulares. Para ameni-

zar o risco de lesões causadas por tamanho

esforço físico, o cavaleiro diz frequentar

uma academia de ginástica com uma fre-

quência de pelo menos 5 vezes semanais.

tamanha dedicação vem gerando óti-

mos frutos na carreira do jovem Barcha. Em

2009, ganhou medalha de ouro por equi-

pes na Copa das Nações do Haras El Capri-

cho, na Argentina – a qual considera sua

principal conquista. Aos 14 anos, montou

por alguns meses na Europa, onde ganhou

uma importante prova na categoria Junior.

somam-se a esses títulos ainda três cam-

peonatos brasileiros, respectivamente em

2003, 2006 e 2009.

o maior colaborador de tantas con-

quistas foi o professor ibsen Villaça. “Ele

me deu todo o apoio no esporte, me mos-

trava o caminho das vitórias e me dizia que

nada estava perdido quando eu parecia

desmotivado”, recorda stephan. Foi Villaça

quem o ajudou a consolidar seu estilo de

montaria – bastante competitivo e sensível

às necessidades e limites de cada animal. A

morte prematura do treinador, em 2005,

foi, segundo o cavaleiro, seu maior desafio

dentro do hipismo. “Foi difícil me manter

motivado e com a mesma perseverança na

busca por resultados após o acontecido”,

conta.

Atualmente com seu principal cavalo

Jacady des Champs, stephan Barcha alme-

ja crescimento dentro do esporte, e sonha

com vagas importantes em campeonatos

Pan-Americanos, mundiais, e até mesmo

olímpicos. “Por que não?”, brinca o jovem

e determinado cavaleiro.

Foto: Alexandre vidal | FotoBr

• Nome: stephan Barcha

• Idade: 22 anos • Categoria: senior

• Estado: Rio de Janeiro • Cavalo: Jacady des Champs

p E R f I L

Page 31: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

• Nome: stephan Barcha

• Idade: 22 anos • Categoria: senior

• Estado: Rio de Janeiro • Cavalo: Jacady des Champs

Page 32: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Eram dois vizinhos com crianças, um deles comprou

um coelho e outro comprou um filhote de pastor alemão.

Conversa entre os dois vizinhos:

- seu cachorro vai comer o meu coelho!

- de jeito nenhum. o meu pastor é um filhote, vão

crescer juntos, ficar amigos...

E parecia que o dono do cão tinha razão. Juntos cres-

ceram e era normal ver o coelho no quintal do cachorro e

vice-versa. As crianças, felizes com os dois animais. Eis que

o dono do coelho foi viajar com a família e o coelho ficou

sozinho. No domingo, à tarde, o dono do cachorro lancha-

va e, do nada, entra o pastor alemão com o coelho entre

os dentes, sujo de terra, morto. o cão levou uma surra!

dizia o homem:

- o vizinho estava certo! E agora? só podia dar nisso!

Mais algumas horas e os vizinhos vão chegar. o que fare-

mos?

todos em desespero, o cachorro, coitado, lá fora, lam-

bendo os seus ferimentos.

- Já pensaram como vão ficar as crianças?

Não se sabe exatamente quem teve a ideia, mas pare-

cia infalível:

- Vamos lavar o coelho, depois a gente seca com o se-

cador e o colocamos na sua casinha.

E assim fizeram. Até perfume colocaram no coelhinho.

Ficou lindo, parecia vivo...

logo depois ouvem os vizinhos chegarem. Notam os

gritos das crianças.

Alguns minutos e o dono do coelho veio bater à porta,

parecia muito assustado...

- o que foi? que cara é essa?

- o coelho morreu!!!

- Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem... dissimulou.

- Morreu na sexta-feira! Antes de viajarmos as crianças

o enterraram no fundo do quintal e agora reapareceu!

A história termina aqui. o que aconteceu depois não

importa. Mas o grande personagem dessa história é o ca-

chorro. imaginem o coitado, desde sexta-feira procurando

em vão pelo seu amigo de infância. depois de muito fare-

jar, descobre o amigo enterrado. Muito triste, o desenterra

e vai mostrar aos seus donos, desesperado por socorro.

E humanos continuam julgando sem provas, sem o

contraditório...

A lição que podemos tirar desta história é que temos

a tendência de agir sem antes verificar a totalidade dos

acontecimentos. Principalmente quando não sabemos ou

conseguimos entender. Nossos animais falam... Aprenda a

ouví-los. Muitas vezes agimos de forma violenta baseados

em conclusões equivocadas, gerando reações indesejadas

e igualmente violentas.

Recomendo ler “o homem que ouve cavalos”, do

Monty Roberts, a todos aqueles que amam seus animais e

não querem um drama de consciência, mas claro, se você

tiver alguma...

Ver a

TotalidadeEm muitos casos, a pressa no momento de se tirar uma conclusão resulta em reações equivocadas.

m O N z O N

Page 33: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

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Page 34: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Alimentaçãodos cavalos Dando continuidade ao tema abordado na edição de outubro, neste mês iremos discutir aspectos importantes com relação aos concetrados (rações).

Hoje em dia, existe uma grande variedade de rações

disponíveis no mercado, e uma das perguntas que es-

cuto com mais frequência é: qual a melhor ração para

oferecer ao meu cavalo?

A maioria das rações desenvolvidas por marcas já

consagradas são boas, mas, ainda melhor, é a ração que

você pode contar com um bom fornecimento, garantin-

do que não irá faltar e que esteja sempre fresca.

Não é indicado comprar uma ração que supere os 30

dias de fabricação. Procure sempre por rações novas e

que estejam bem armazenadas.

No momento de escolher a marca da ração, a efi-

ciência do fornecimento tem que ser levada em conta.

deve ter uma boa logística, entregar os concentrados

nos tempos combinados e dentro da validade.

Tipo de raçãoCom relação às opções de concentrados, existem os

mais energéticos, mais protéicos, enriquecido com vitami-

nas e aminoácidos, etc… A escolha por um ou outro tipo

de ração deve obedecer às características e necessidades

de cada animal.

Cada cavalo atleta precisa ter uma alimentação indi-

vidualizada que vá suprir suas carências específicas. Esse

procedimento demanda mais programação, gerencia-

mento e atenção dos tratadores, mas apresenta um resul-

tado final bastante positivo.

ExEmPLo: Um cavalo de temperamento quente

saltando as categorias de base com uma criança e que

se alimente de uma ração bastante energética, prova-

velmente terá essa característica potencializada, estará

mais ansioso, prejudicando o rendimento do conjunto.

Neste caso, o ideal seria disponibilizar uma ração pouco

energética, equilibrando o temperamento do cavalo e

contribuindo para uma montaria mais agradável. Por ou-

tro lado, se o cavalo apresenta um comportamento lin-

fático e irá saltar gPs de 1,50m , irá necessitar da ração

mais energética disponível. outras características podem

ser citadas como animais com tendência a obesidade ou

facilidade em emagrecer.

traçar o perfil do seu cavalo e entender suas neces-

sidades é o primeiro passo para acertar na escolha da

ração.

A relação entre a característica de cada cavalo, seu

uso, intensidade de provas e a que categoria está ser-

vindo pode ser avaliada pelo seu veterinário para que

encontre a rotina alimentar mais adequada.

Questão de saboroutro fator importante, porém pouco discutido, é a

palatabilidade, o paladar. Alguns cavalos comem vaga-

rosamente ou mesmo deixam parte da ração no cocho.

Existem muitos fatores que levam a este comportamen-

to, mas a causa pode estar simplesmente no paladar.

ExEmPLo: Algumas rações utilizam muito óleo a fim

de conferir maior nível energético, porém alguns animais

rejeitam o alimento devido ao sabor. Para estes cavalos

quando se oferece uma ração menos oleosa já se vê re-

solvido o problema.

Não adianta oferecer uma ração com muita energia

e o animal não comer. quando é este o caso, é possível

aumentar o volume de uma ração menos energética e

equilibrar o ganho de energia prometido por outros con-

centrados.

p R I S c I L A A z E V E D O

Page 35: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Para o cavalo atleta, a ração deve ser dividida em por-

ções ao longo do dia, e uma porção nunca deve passar de

3 quilos de concentrado.

se este cavalo atleta come até seis quilos de concen-

trado por dia e costuma viajar para competições, a ração

deve ser oferecida duas vezes ao dia, pela manhã e ao

final da tarde.

Muitas pessoas pensarão que estou indo contra as ba-

ses da alimentação saudável quando indico que ofereça

concentrados apenas duas vezes em 24 horas. geralmen-

te, o animal em questão tem uma rotina fixa de horários

para o trabalho no clube e outro cronograma imprevisível

para prova, assim, se você oferece três refeições em casa e

durante um campeonato não consegue a mesma frequên-

cia, estará quebrando mais uma rotina.

Cavalos adoram e precisam de rotina.

ExEmPLo: Nas viagens um tratador atento e cons-

ciente faz a diferença, ele sabe que seu cavalo fica ansio-

so quando se aproxima o horário da ração. Para um ani-

mal habituado a comer às 17hs e que tem prova marcada

às 19h, o stress de não receber a alimentação no horário

provavelmente o deixará tenso e nervoso, prejudicando

a performance. Para ele o ideal é adiantar a alimentação

para as 16:30h para que se acalme, assim terá de duas

a três horas de digestão e depois da prova receberá o

restante do volume.

Já para um cavalo que não viaja para competições,

como os de escola e de atletas amadores, dividir a ração

em três momentos é o ideal.

Mineraisoutro tópico de fundamental importância é o forne-

cido diário do sal mineral.

o cavalo apresenta avidez pelo sal conforme sua ne-

cessidade, por isso, o sal deve ser oferecido separada-

mente da ração, e nunca acrescentado a ela.

A opção pelo sal “pendurado” na cocheira é uma boa

escolha, pois são de fácil manejo, não sujam com facili-

dade e apresentam boa qualidade nutricional.

A popular mistura de sal, aveia e outros elementos a

ração definitivamente não é uma boa ideia.

As empresas produtoras de ração gastam fortunas

com pesquisa nutricional, até chegar a uma fórmula ade-

quada, equilibrada com o objetivo de oferecer uma ração

balanceada e de qualidade.

O b

om t

rata

dor

: o diálogo entre o tratador e o veterinário da equipe é fundamental para detectar e solucionar

os problemas:

- o tratador deve observar a maneira como o cavalo está se alimentando. (se está comendo

rápido, se está largando ração pela cocheira, etc…)

- o cocho deve estar sempre seco e limpo, nunca úmido.

- Após uma ou duas horas, retirar a ração que o cavalo não comeu.

- Não misturar ração nova com ração velha.

- A ração deve ser armazenada em local seco, sem contato direto com o chão ou com a parede

(para isso, utilize um estrado).

- sacos de ração abertos devem estar com a “boca” dobrada, de preferência dentro de recipientes

com tampo, como baldes grandes ou baús (evitando o contato com roedores, gambás e gatos).

Page 36: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Ferrageamento e a Podiatria de Cavalos

A utilização moderna dos cavalos pelo homem, seja

em condições esportivas, ou ainda, para o trabalho, só

é possível e tem seu pleno aproveitamento devido ao

ferrageamento.

A necessidade de trabalhar em diversas condições e

realizar diferentes atividades equestres faz com que o

desgaste do casco seja maior do que o seu crescimento,

exigindo assim uma proteção adicional para os mesmos.

A proteção do casco é responsabilidade das ferraduras,

do ferrageamento e da podiatria, os quais englobam as

atuais técnicas e metodologias a fim de garantir e man-

ter um bom estado de saúde e boa capacidade funcional

do casco.

A podiatria veterinária é a parte da medicina vete-

rinária responsável pelo estudo dos pés ou dos dígitos.

Fica a cargo ainda da podiatria englobar e garantir que

o processo de ferrageamento siga parâmetros técnicos

e científicos objetivando com isso a manutenção de ca-

valos equilibrados, funcionais e saudáveis. A podiatria

veterinária e o ferrageamento estão intimamente rela-

cionados com a ótima performance do cavalo em dife-

rentes modalidades e, devido a complexidade do dígito

do equino e a pequena área de suporte do cavalo, os

cascos tornam-se o mais delicado aspecto da biomecâ-

nica dos equídeos.

Além do aspecto terapêutico, onde, importantes pa-

tologias como a laminite, síndrome navicular, encastela-

mento e a osteite são alvos de ininterruptos estudos e

pesquisas, a manutenção de bons aprumos, sobre tudo

em cavalos jovens e potros é fundamental para o desen-

volvimento de cascos e aprumos adequados e eficientes.

Amparado por conceitos holísticos, devemos estar

Dr. Marcelo Miranda, Médico Veterinário. Crmv-PR 4407

36

c L í N I c A V E T E R I N Á R I A

Page 37: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

atentos e entender que não ferramos cascos e sim ca-

valos. Uma visão global do equino antes do ferragea-

mento é fundamental para a obtenção de um resultado

diferenciado e especial, tanto para o cavalo quanto para

o cavaleiro. informações e percepções fornecidas pelo

cavaleiro sobre o comportamento e reações dos cavalos

na atividade a que se destina, fornecem informação va-

liosa para o devido ajuste podiátrico do animal.

Cavalos que se alcançam, cavalos que relutam em

fazer uma mudança, cavalos que não reunem, cavalos

que não cumprem as distâncias e cavalos que quando

galopam tiram o cavaleiro da sela são alguns exemplos

de situações de desequilíbrio dos cascos que influenciam

diretamente a condução e a performance do equino,

mas que, felizmente, têm como ser corrigido e tratado.

o casco sofre a influência de variáveis do clima,

do manejo, da atividade equestre, do piso da cochei-

ra, da manipulação do ferrador, do teor de sal do solo,

da estação do ano, da hidratação, da alimentação e de

enfermidades e situações não fisiológicas, entre outras

situações. também, por conseguinte, é verdadeiro que

quando realizamos alterações e ajustes em cascos de-

feituosos e patológicos, acabamos interferindo positiva-

mente na homeostase do cavalo.

Cada vez mais deve-se buscar formar um novo pi-

lar técnico de sustentação para o processo de ferrage-

amento moderno, aonde, o médico veterinário clínico,

o ferrador, o cavaleiro e o médico veterinário podiatra

trabalhem em conjunto a fim de alcançar sustentabilida-

de da performance dos cavalos. A interação entre ferra-

dores e veterinários é um excelente caminho para fundir

a ciência com a prática no desenvolvimento de novos

caminhos e novos conceitos em benefício da equinocul-

tura mundial.

infelizmente, em todo o mundo, muitos animais são

descartados ou precocemente aposentados devido a

problemas podiátricos, os quais, infelizmente, não rece-

beram a atenção e o cuidado devido. Muito se investe

com a aquisição de cavalos com papéis excelentes, mas,

ainda se negligencia o cuidado com os cascos e com os

aprumos. os cascos devem ser entendidos como o mais

importante sistema biológico de interação e da conver-

são da energia e da aptidão de um cavalo em movi-

mento. Nos cascos depositam-se todas as expectativas e

esperanças de um grande cavalo.

Page 38: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

AGENDE SUA VISITA E

CONHEÇA NOSSA QUALIDADE

Page 39: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

A organização Mundial de saúde Animal (oiE) e a FEi realiza-

ram Conferência sobre modernização nas condições de circulação

de cavalos na América do sul.

A necessidade de maior compreensão da certificação sanitária

e as exigências de quarentena para os cavalos concorrentes a ní-

vel nacional e internacional também foi destaque na conferência,

que aconteceu, durante os Jogos Pan-Americanos, em guadalajara

(MEx), com a participação de 80 ministros do governo, veterinários

internacionais e outros especialistas.

Porta-Voz da oiE, representantes do governo da América do

sul e da FEi abordaram as justificativas de algumas das atuais restri-

ções impostas aos cavalos de competição saudável quando viajam

entre países sul-americanos, e o impacto que isto pode vir a causar

sobre o desenvolvimento do esporte equestre.

Ao fim da conferência foi fechado um acordo unânime para

uma série de recomendações iniciais a serem feitas pela oiE, os

países membros, a FEi e suas Federações Nacionais nas Américas

contribuam para alcançar as mudanças necessárias.

Nas Américas, os esportes equestres tem crescido muito ao ní-

vel nacional e internacional e isso requer o aumento da circulação

de cavalos através das fronteiras, a fim

de competir.

Em 2016, Rio de Janeiro sediará os

Jogos olímpicos e agora estamos em

uma corrida contra o tempo para en-

contrar uma melhoria para a situação

atual nas Américas.

“A FEi concorda com a oiE que as

medidas sanitárias e períodos de quarentena devem ser aplicados

de forma fundamentada, que seja proporcional ao risco de todos.

Nós estamos olhando agora para frente, para encontrar facilmente

o entendido, harmonizando soluções e reduzindo confusas, e às

vezes conflitantes, exigências burocráticas.”

Com o mandato para melhorar a saúde animal e bem-estar em

todo o mundo, a oiE é reconhecida como referência de organi-

zação de definição de normas para o movimento internacional de

animais, incluindo cavalos pela organização Mundial do Comércio.

“Melhorar a circulação de cavalos, garantindo sua segurança e saú-

de é essencial para a contínua expansão do esporte a cavalo na

América do sul”, disse oiE Representante dr. gardner Murray.

Conferência FEI para América

Fonte: FEi | Foto: stockimageservices.com/FEi

Foto: Anna Paula Carvalho

N OT í c I A S - S A LTO

CSN Manoel Leão

Aconteceu entre 6 e 9 de outubro, em Ribeirão Preto, o CsN

Haras Manoel leão, que reuniu os melhores cavaleiros e amazo-

nas do País. o concurso somou 400 conjuntos inscritos e mais de

R$ 160 mil em prêmios.

As provas variaram de 1 a 1,45 metro, e foram prestigiadas

por cerca de 10 mil pessoas nos quatro dias de evento.

GrANdE PrêmIoo esperado grande Prêmio, realizado no sábado, dia

8/10, contou com a participação de 35 conjuntos com-

petidores, 7 dos quais zeraram o percurso. Numa disputa

emocionante no desempate, o cavaleiro Felipe Juarez de

lima consagrou-se campeão. Num bonito ato beneficen-

te, toda a renda arrecadada no evento foi destinada ao

programa de equoterapia do

haras, que atende atualmente

74 crianças com necessidades

especiais.

SoBrE o HArASo Haras Manoel leão foi

fundado em 2003, e suas ativi-

dades iniciais foram principalmente voltadas à criação

de cavalos da raça Brasileiro de Hipismo. Ao longo dos

anos, seus administradores resolveram, ao perceber o

potencial do lugar, ampliar suas instalações e estrutura,

tornando-o, assim, um dos haras mais completos e im-

portantes da região.

1. discurso de Murray gardner, diretor da organização Mundial da saúde Animal.

2. o senhor graeme Cooke, diretor veteri-nário da FEi.

1

2

1. A técnica do cavaleiro Felipe Juarez de lima, o Felipinho.

1AGENDE SUA VISITA E

CONHEÇA NOSSA QUALIDADE

Ministros, veterinários e dirigentes debateram questões relacionadas a otimização do trans-porte de cavalos nas Américas.

Page 40: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

CSI 5 estrelas

de Lyon

40

N OT í c I A S - S A LTO

Enquanto a nata da modalidade saltos das Américas es-

tava em pista nos Jogos Pan-Americanos 2011 em guada-

lajara, grandes estrelas em atividade na Europa marcaram

presença no Concurso de saltos internacional 2* e 5* em

lyon, na França, entre 27 e 30/10.

Entre os cavaleiros participantes da competição, esta-

vam os brasileiros Pedro Veniss e luciana diniz (que defende

Portugal) na série 5*, e Felipe Ramos guinato e Rodrigo

Marinho na série 2*. Na quinta-feira, 27/10, o destaque

brasileiro foi o carioca Rodrigo, que levou Cleofas van Wes-

tuur ao 4º posto a 1.35 metro. No dia seguinte, o cavaleiro

medalhista Pan-Americano Pedro Veniss emplacou em 4º

lugar a 1.50 metro montando Norlam des Etisses, enquanto

a medalha de ouro ficou com o francês Phillipe Rozier e seu

ideal de Roy.

No mesmo dia, Veniss disputou a série 1,40 metro com

Ad Capuera, com quem conquistou, mais uma vez, a quarta

colocação. o campeão da vez foi o também francês Ce-

dric Angot, montando Picolo. Ainda em 28/10, luciana,

com seu Winningmood, foi a grande vencedora da prova

a 1.50/1.60 metro, cujo percurso completou sem faltas em

57s55, superando os demais 64 concorrentes. destaque

também para Athina onassis de Miranda, 11ª colocada,

com seu Ad Crosshill.

GrANdE PrêmIo – 3ª EtAPA roLEx FEI WorLdCuPquarenta cavaleiros concorreram na prova mais impor-

tante da competição, o grand Prix 5*. o melhor de todos

foi o campeão europeu Rolf goran Bengtsson – dessa vez

montando Casall la silla. o cavaleiro sueco foi o mais rápido

dos 9 concorrentes que disputaram o desempate, com a

marca de 40s88. “Casall fez a diferença saltando um per-

curso nítido hoje. Eu não ousei ir muito rápido nas linhas

longas porque esse foi o motivo pelo qual cometi um erro

semana passada”, explicou o vencedor. o sueco manteve-se

pragmático quando interrogado sobre sua vitória: “É o meu

trabalho. A vida não para uma vez que você tenha ganho

um título, você tem que continuar vencendo e assegurar-se

que o cavalo mantenha uma boa performance”, diz.

o segundo lugar do gran Prix foi conquistado por uma

amazona que está em uma boa maré atualmente, kathari-

na offel. Foi recentemente divulgado que offel terminou

sua parceria com o empresário ucraniano Alexander onis-

chenko, mas a separação não pareceu afetar os resultados

da amazona. katharina fez dois percursos zerados no gP,

montando Cathleen 28.

“Cathleen está em boa forma no momento, ela fixou

em 2º lugar na Riders tour de Hannover semana passada

e hoje não ficou muito longe da vitória. Na verdade, ela

ficou apenas 7 centésimos de segundo atrás do campeão”,

relata offel. A vice-campeã diz que não sabe como poderia

melhorar ainda mais sua participação na competição, e que

por isso não se arrepende. “ Rolf goran Bengtsson foi incrí-

vel hoje”, elogia.

Fonte: FEi - Foto: stockPhotoimages/FEi

Atletas brasileiros conquistaram im-portantes colocações durante o badala-do campeonato.

21

1. Premiação do ven-cedor Rolf-göran.

2. salto de steve guerdat, terceiro lugar no gP.

3. salto do conjunto katharina offel e Cathleen 28.

4. kevin staut, anfitrião do concurso ocupou a 4ª colocação.

3

4

Page 41: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

Aconteceu no Haras Agromen, em orlandia, são Paulo, o Campeonato Paulista

de Cavalos Novos. Entre os dias 12 e 15 de outubro, o mais premiado criatório bra-

sileiro recebeu nada menos que 215 animais participantes, concorrendo em quatro

categorias: de quatro a sete anos.

A categoria 4 anos (1,05 metro) teve 59 concorrentes; a de 5 anos (1,15 metro)

60, a de 6 anos (1,25 metro) 63 e, finalmente, a de 7 anos (1,35 metro) contou com

31 conjuntos participantes. Foram para a decisão final os 50% melhores colocados

de cada série. os animais registrados na Federação Paulista de Hipismo também

concorreram ao título estadual.

CAtEGorIA 4 ANoS - Na sexta-feira, dia 14, 15 conjuntos chegaram zerados

ao final do terceiro percurso, habilitando-se, assim, ao desempate, que deci-

diria o vencedor pela melhor aproximação do tempo ideal de 52 segundos. o

primeiro lugar paulista e também nacional ficou com Monet HV (Manhattan

x imandra HV), apresentado por João Ferraz Coelho e marcando 51s59 no

cronômetro.

o vice campeonato foi conquistado por Airbone dC, montado por tiago

M. diniz Costa, seguido da égua gioconda JMen e Edison de Aguiar Coutinho.

CAtEGorIA 5 ANoS - dezenove concorrentes garantiram pista limpa e foram

para o desempate, também no dia 14. o tempo ideal da categoria era de 46

segundos, e quem mais aproximou-se dele foi quintana JMen (quinar Z x Pithiula

JMen), que garantiu o título estadual com Renato Rodrigues dos santos. o cam-

peão nacional foi sl Cardial (Cardento x sl sultana), apresentado pelo cavaleiro

luiz Felipe Pimenta Alves.

CAtEGorIA 6 ANoS - o desempate foi disputado por apenas 7 conjuntos que

mantiveram-se sem faltas. A disputa tanto pelo título estadual quanto pelo na-

cional foi vencida por Burggirl dC (Burggraf x Play girl doanjo), montada pelo

cavaleiro tiago M. diniz Costa, na marca de 30s17. o segundo lugar ficou com

Cantus JMen, apresentado por saint Clair de Aguiar, e a medalha de bronze foi

conquistada por gibraltar Climber e Rafael

Ribeiro.

CAtEGorIA 7 ANoS - o título de cam-

peão paulista e nacional ficou com Za-

terdag Cooper (quattro x lancelot) mon-

tado por luis Antonio Piva Filho, que

cronometrou 33s51. o segundo lugar

foi ganho por quito Jal e Fernando sa-

ragiotto, seguido pelo terceiro colocado

dimensional du Banney, com o cavaleiro

Artemus de Almeida.

Guilherme em Londres 2012> o experiente course-designer interna-

cional guilherme Jorge participará como

desenhador assistente nos Jogos olímpi-

cos de londres, auxiliando o inglês Bob

Ellis. o brasileiro já atuou como assistente

também nos Jogos Equestres Mundiais de

2010 e no Pan Americano de 2011. “Eu

e o Bob Ellis temos um ótimo relaciona-

mento, e ele queria que eu fizesse parte de

sua equipe nas olimpíadas”, comemora o

brasileiro.

Brasil no Pan> o time de atletas

brasileiros deixou gua-

dalajara com 104 atletas

classificados para os Jo-

gos olímpicos de londres

em 2012, alcançando sua melhor par-

ticipação fora de casa em Pan-Ameri-

canos. Ao total, foram 141 medalhas

para os representantes verde e ama-

relos, sendo 48 ouros, 35 pratas e 58

bronzes.

Brasileiro de Volteio> o Brasil fez bonito no 3º Campeonato

Mundial de Equitação de trabalho, reali-

zado em lyon, na França, no dia 30 de

outubro. de volta ao concurso após nove

anos, os cavaleiros brasileiros garantiram

uma medalha de bronze no individual,

com o conjunto Fábio lombardo e Brilho

do Rimo.

Master em Hong Kong> Agora é oficial: o primeiro Masters Jumping

da ásia acontecerá entre os dias 1 e 3 de março

de 2012. o evento terá como sede Hong kong,

com parceria do Jockey Clube e da Federação

Equestre da cidade. durante os três dias de

provas será entregue um total de 1 milhão de

dólares em prêmio.

Campeonato

Cavalos Novos

Fonte: impresna CBH | Foto: Roberta Milani

2. Pódio nacional, Cavalos Novos 5 anos.

1. Pódio nacional, Cavalos Novos 4 anos.

2

1

Page 42: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

.

42

Em 22 e 23 de outubro de 2011, a Hermès realizou pela

primeira vez no Brasil um evento de hipismo clássico, na

modalidade de salto - Primeira Copa Hermès de Hipismo.

Na Fazenda Boa Vista, próxima a são Paulo, a competição

reuniu 115 renomados cavaleiros e amazonas brasileiros nas

categorias sênior, Junior, Young Rider e Amador.

A Copa Hermès, evento aberto apenas a convidados,

recebeu aproximadamente mil pessoas, entre especialistas

e iniciantes em hipismo, numa demonstração da elegância,

técnica e cumplicidade entre o cavaleiro e seu cavalo. Entre os

que prestigiaram o evento: Angela Auriemo, Mariana Auriemo

e Maria Ana do Valle Pereira, Jose Auriemo Neto, Richard

Barczinski, álvaro Coelho da Fonseca, o fotógrafo JR duran,

Rogério e Ana Joma Fasano, Joka e Nizan guanaes, Johanna

stein, entre outros.

o evento contou também com presença da delegação da

Hermès - Pascale Mussard - diretora Artística da Petit H; Patrick

Albaladejo - Vice-Presidente Executivo de desenvolvimento

Estratégico e imagem Corporativa; Fabrice Crespel - Equestrian

sales Manager, Marion Bardet - diretora do departamento

Equestre, Roland Herlory – diretor geral da Hermès para

América latina e Caribe.

Fabricante de selas e arreios desde 1837, a Hermès continua

sua jornada com seu primeiro cliente: o cavalo. Até hoje a

atividade de selaria, com ateliers situados no Faubourg saint

Honoré, 24, em Paris, continua como o trabalho central da

Hermès.

A procura constante da melhor qualidade sempre foi a busca

da Hermès. desde seu estabelecimento em 1837, seis gerações

de artesãos empreendedores e apaixonados contribuíram para

ampliar seus valores: um savoir faire construído no trabalho

altamente habilidoso e preciso dos mais finos materiais, no

amor por belos objetos criados para durar ao longo do tempo

e no espírito constante de inovação. A empresa é chefiada

pelo CEo Patrick thomas. A direção artística é de Pierre-Alexis

dumas, membro da sexta geração da família.

Exposição e artesãoPara complementar o evento, além da exposição

fotográfica “Horse” de koto Bolofo e da boutique Hermès,

era possível observar passo-a-passo a confecção da sela

talaris, lançamento no Brasil. o artesão-seleiro Roman

Burtiey, que trabalha em Paris veio especialmente para a

ocasião e mostrou o processo ao longo dos dois dias.

Copa Hermès

texto: roberta milani | Foto: Anna Paula Carvalho

I N f O R m E

Page 43: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

.

A competiçãoo cavaleiro pernambucano, que hoje representa são Paulo, Andre Américo

de Miranda, montando Blaton, foi o vencedor do gP Prêmio Credit suisse

Hedging-griffo, a 1.55m. A prova que encerrou o evento contou com 27

participantes. desses, apenas 4 conseguiram zerar a pista elaborada por Robert

Ellis, e voltaram para o desempate.

Miranda, último a entrar no desempate, bateu a marca de 47s43 sem

faltas. Em segundo lugar ficou Felipe Amaral com dante du Petit lannoy. Em

terceiro Artemus de Almeida com dimensional landritter ii. A quarta posição

foi ocupada por Pedro Junqueira Muylaert com ducati. Em quinto Bartholomeu

Bueno de Miranda Neto com gk Romy Voltaire design. o sexto lugar foi do

cavaleiro Rafael Ribeiro com Rhea smet Climber.

“o desempate foi bom para o público e para os participantes, com lugares

de curva e galope. depois do guilherme Nogueira Jorge e da Marina Azevedo,

Robert Ellis é na minha opinião o terceiro melhor armador do mundo, afirmou

o campeão do gP Andre Miranda.

o campeão do gP Credit suisse Hedging-griffo recebeu além da sela

talaris, confeccionada pela Hermès, uma premiação em espécie no valor de

R$ 30 mil reais.

Page 44: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

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Page 45: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

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Page 46: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

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telefone: (11) 9519 9596R. dos Agrimenssores 770 - Cotiaharasbuonafortuna.com.brSão Paulo

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telefone: (51) 3264 1099Juca Batista 4931www.hipicapoa.com.brRio Grande do Sul

Page 47: Revista Mundo Equestre - Novembro 2011

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