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Afecções das Vias Biliares COLELITÍASE

Ebook - Colelitíase · 2020. 5. 1. · Colelitíase é a presença de cálculos na vesícula biliar. Esta pode ser assintomática ou cursar com sintomas clássicos de “cólica

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Afecções das Vias Biliares

COLELITÍASE

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Colelitíase é a presença de cálculos na vesícula biliar. Esta pode ser assintomática ou cursar com sintomas clássicos de “cólica biliar”. Os cálculos podem ser for-mados por bilirrubinato de cálcio, colesterol ou mistos. O cálculo de cálcio (de cor PRETA) é mais comum em pacientes cirróticos e com doença hemolítica; Os cál-culos de colesterol (AMARELOS) são mais frequentes em diabéticos, obesos e pacientes em uso de fibratos. O cálculo de colesterol é o cálculo da mulher grá-vida! Já os cálculos mistos (de cor castanha) remetem à estenose biliar.

A epidemiologia da colelitíase é classicamente caracterizada com a paciente do sexo feminino, com mais de 40 anos de idade, obesa e diabética. É importante, porém, ressaltar que é muito frequente a forma assintomática, constando apenas de achado em exame de rotina.

A cólica biliar é a dor aguda no hipocôndrio direito, classicamente pior à (ou pre-cipitada por) alimentação gordurosa, podendo (ou não) irradiar para dorso e es-cápula direita. A dor é bem localizada no ponto cístico, embora possa apresentar-se de forma menos específica, como, por exemplo, epigastralgia (especialmente em pacientes diabéticos).

O ponto cístico localiza-se no cruzamento entre as linhas do rebordo costal di-reito e da borda lateral do músculo reto abdominal direito. A vesícula normal não deve ser palpável neste ponto, porém esta é a localização da dor e da avaliação semiológica do paciente.

O diagnóstico é feito por exames de imagem, em especial, a Ultrassonografia (USG). A Tomografia também pode ser utilizada, sendo um bom método, embora mais caro e menos disponível. O exame que deve ser solicitado em suspeita de colelitíase é o USG. Ele demonstra bem o cálculo evidenciando sombra acústica posterior. Esse é o achado que identifica o cálculo e o diferencia, por exemplo, de um pólipo. A onda de USG encontra o cálculo sólido, denso, e não o ultrapassa,

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formando uma sombra após o mesmo. Já a tomografia apresentará uma imagem radiopaca (“branca”) no interior da vesícula.

O tratamento é a cirurgia! A colecistectomia pode ser videolaparoscópica (CVL) ou aberta, antigamente chamada de convencional. As vantagens da cirurgia vi-deolaparoscópica são o pós-operatório menos doloroso, a melhor visualização das estruturas e menos invasão. As contraindicações, por sua vez, são pacientes que não toleram o pneumoperitônio (como cardiopatas graves), anomalias ana-tômicas e infecções graves ou câncer avançado.