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2ª Edição do Jornal da Concelhia de Lisboa da Juventude Popular, Saiba mais em: http://www.facebook.com/lisboa.jp
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LISBOA
CONVIDA:
ADOLFO MESQUITA NUNES
ANTÓNIO CARLOS MONTEIRO Pág. 3 e 4
ENTREVISTA:
MICHAEL
SEUFERT Pág. 7
2ª Edição
Outubro 2012
Diretora: Diana Vale
Visita ao Lar da Casa da Nossa
Senhora da Vitória
REALIZAÇÕES JP LISBOA
REUNIÃO COM ASSOCIAÇOES DE ESTU-
DANTES DE LISBOA Pág.18
INTERVENÇÃO
DO PRESIDENTE
NO CONSELHO
NACIONAL DA
JP Pág. 27
JP LISBOA REUNIU COM
VEREADOR DO CDS-PP
Pág. 25
2
Editorial
3 - LISBOA CONVIDA
Adolfo Mesquita Nunes “Há Vida Para
Além do Défice?”
António Carlos Monteiro “Esta Cidade
Não é Para Novos”
5 - ENTREVISTA
Michael Seufert
8 - NACIONAL
Sentido de Estado
Eleições nos Açores
12 - INTERNACIONAL
A Paz de Roma
Congresso PPE em Bucareste
16 - REALIZAÇÕES JP LISBOA
Fundação do Centrista
Reunião com Associações de Estudantes
de Lisboa
Plenário Concelhio
Como Sorrir e Fazer Sorrir Numa Tarde
de Chuva
Reunião com o Vereador do CDS-PP
Conselho Nacional JP
Intervenção no Conselho Nacional
30 - ESCREVE O MILITANTE
É a Hora
33 - O BUSTO E O BETINHO
34 - AGENDA
Índice
Nesta segunda edição do jornal centrista, o
tema preponderante é o do orçamento de
estado. Num momento tão difícil como o que
estamos a atravessar, este orçamento é, sem a
menor dúvida, o mais complexo e controver-
so de todos os que foram, até aqui, apresen-
tados. Para enquadramento das dificuldades
que vivemos, o Sr. Deputado Adolfo Mes-
quita Nunes, contribuiu, muito simpatica-
mente, para esta edição com um artigo cujo
tema é “há vida depois do défice”.
Participa também nesta edição, o Deputado
Michael Seufert, antigo Presidente da JP e
hoje deputado na Assembleia da República
que, muito amavelmente, se prestou a uma
entrevista sobre o tema quente do momento e
também das suas atividades passadas na JP.
Sendo o orçamento de estado, o tema central
que ocupa a opinião pública atualmente, esta
edição contém, também, as declarações do
CDS-PP em relação ao mesmo. Tiveram
igualmente lugar, este mês, as eleições para a
Assembleia regional dos Açores que não cor-
reram da melhor forma para o partido e que
são igualmente objeto de reflexão.
Não podemos deixar de salientar neste mês,
dois acontecimentos internacionais de grande
importância: o prémio nobel da paz atribuído
à União Europeia e o Congresso do PPE em
Bucareste.
Há ainda a salientar, as diversas atividades da JP Lisboa ao longo do mês de Outubro, dando
especial enfâse à reunião com o Secretário-geral e também Vereador da Câmara de Lisboa do
CDS-PP, Dr. António Carlos Monteiro, que nos fala do problema de uma cidade que está a per-
der a sua juventude.
Não poderia deixar de referir o espaço reservado ao militante que conta com mais uma contri-
buição de um militante sobre um tema ligado à atualidade política, e o cartoon humorístico do
Busto e do Betinho sobre um tema da atualidade.
Por último, informo todos os leitores, que poderão consultar, na última página do jornal, todas
as atividades da JP Lisboa a serem realizadas no próximo mês.
Diana Vale
3
LISBOA CONVIDA...
Deputado da Nação
Adolfo Mesquita Nunes
HÁ VIDA PARA ALÉM DO DÉFICE?
O problema da frase "há vida para além do défice" não
está na ideia de que, em determinados momentos, pode-
mos ou devemos relativizar o problema do défice (basta
pensar que algumas das reformas estruturais que Portugal mais precisa geram, no imediato,
mais despesa, podendo nesse caso aceitar-se que o défice cresça). O problema dessa frase está
na triste circunstância de ilustrar a gestão pública portuguesa ao longo de décadas. Ou seja, no
facto de ela se ter tornado, mesmo antes de ter sido dita, um princípio geral: gaste-se, que
depois logo se vê como se paga. Como é evidente, a coisa não poderia durar para sempre. E os
resultados são os que conhecemos: Portugal novamente sujeito a intervenção externa.
Mas como pudemos chegar aqui? Como pudemos ignorar, durante décadas, o problema do
défice? A resposta é, a meu ver, simples. Porque durante décadas aceitámos ser governados
em socialismo. Com maior ou menor gradação, com maior ou menor inspiração de esquerda
ou de direita, andamos a viver em socialismo desde 1974. Não é que o socialismo tenha espe-
cial prazer (embora tenha queda) para nos trazer à bancarrota. Mas é com o socialismo que,
acreditando que é pelo Estado e pela despesa pública que se gera crescimento, ficamos reféns
desta ideia de que é mais importante gastar, para crescer, do que saber como pagar. O gaste-se,
que depois logo se vê como se paga é uma ideia voluntarista, e nós sempre tivemos queda para
o voluntarismo. Seria bom se desse resultado. Mas Portugal não cresce decentemente há anos e
anos. E ficou endividado até mais não. E há quem queira mais socialismo. Como se pudésse-
mos curar uma ressaca não parando de beber.
Quer isto dizer que o Estado não pode fazer nada para promover o crescimento? Não. Há
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muita coisa que o Estado pode e deve fazer. A primeira das quais passa por não desviar todos
os recursos privados para a esfera pública, impedindo as famílias e as empresas de, responden-
do aos desafios do presente, porem, cada uma à sua forma, a economia a crescer. E sim, já sei
que os socialistas têm sempre na boca o modelo social escandinavo para demonstrar que, afi-
nal, o socialismo até funciona. Mas sabia, por exemplo, que o sistema de ensino sueco é um
sistema em que impera a liberdade de escolha que os socialistas tanto criticam em Portugal?
Sabiam que nenhum dos países nórdicos tem salário mínimo nacional? Sabiam que a Suécia
tem prosseguido uma significativa redução da carga fiscal e uma grande redução da despesa?
Não sabiam? Deixem estar. A esmagadora maioria das pessoas que defende o modelo social
escandinavo também não sabe.
ESTA CIDADE NÃO É PARA NOVOS
Durante as últimas décadas Lisboa perdeu 10.000 habitantes por ano.
As novas gerações, impossibilitadas de se instalarem na cidade pelo
elevado custo da habitação, foram sendo empurradas para os conce-
lhos vizinhos, levando a que ela se desertificasse e envelhecesse ace-
leradamente. Ao envelhecimento das pessoas somou-se a degradação dos edifícios e a saída de
empresas e empregos.
Nas últimas décadas, a cristalização dos arrendamentos antigos desumanizou a Cidade – são
vários os casos de idosos que morrem abandonados, em habitações desadequadas às suas
necessidades, enquanto jovens que procuram constituir família e não conseguem uma oportu-
nidade, com tantas casas vazias, e são remetidos para bairros sociais descaracterizados e mas-
sificados.
Em Lisboa só conseguem ter casa os muitos ricos, ou os muito pobres. Esta Cidade congelada,
sem mobilidade social, está a perder o seu futuro e a acelerar a sua decadência.
Vereador do CDS-PP na CML
António Carlos Monteiro
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É por isso fundamental inverter a tendência, rejuvenescer a cidade e recuperar a esperança. Só
se consegue reabilitar Lisboa se houver liberalização do arrendamento e a Câmara finalmente
perceber que as suas intervenções no mercado de habitação, por bem-intencionadas que sejam,
têm tornado mais caras as casas para os jovens.
O CDS conta com a JP de Lisboa para este combate político.
ENTREVISTA
Deputado da Nação
Michael Seufert
JP: 1-Qual é a sua opinião em relação ao Orçamento de
Estado?
Acho que é o mais difícil e exigente Orçamento de que há
memória. As contas públicas vêm seguindo há décadas uma
trajetória que é absolutamente insustentável. Os níveis de
dívida e juros associados atingiram níveis de difícil consoli-
dação. Nos últimos dois anos já se cortaram 13 mil milhões de euro na despesa e ainda assim o
estado não se consegue – nem de longe nem de perto – governar com níveis de imposto decen-
tes. Sim, os níveis de imposto de hoje, bem como aqueles que o novo orçamento deixam ante-
ver, são absolutamente indecentes. Dívidas e encargos assumidos sobretudo nos últimos dez
anos empenharam o presente a favor de obras, festas e inaugurações do passado.
Infelizmente, no entanto, nada faz crer que a alternativa fosse melhor: as pessoas queixam-se
do ajustamento estar a ser feito de forma rápida demais, mas a bancarrota – o “não pagamos” –
teria efeitos ainda mais nefastos no imediato – quer porque o estado falido atiraria muitas
famílias para a miséria famílias, quer porque são os nossos bancos e seguradoras mas também
a Segurança Social que detêm boa parte da dívida pública.
Assim temos de forçar um equilíbrio muito difícil entre o sucessivo e continuado corte estrutu-
ral na despesa e o pontual aumento na receita. O corte na despesa foi dificultado pela decisão
incrível do Tribunal Constitucional, mas o caminho não deve ser abandonado.
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JP: 2-Quais são as perspetivas do Orçamento de Estado para as autarquias?
As autarquias vão ter alguma folga, que aliás já vem do ano passado: ano passado, apesar dos
cortes com dois subsídios na Função Pública, as autarquias não viram as transferências para os
municípios substancialmente reduzidas. Este ano os previstos aumentos na receita do IMI por
via da reavaliação dos prédios, volta a funcionar a favor dos municípios. Eu acho mesmo se
podia e devia cortar nas transferências do estado central para as autarquias e com isso aliviar o
esforço do aumento no IRS.
JP: 3- Em tempos de crise, de que forma é que se pode promover o empreendedorismo e
de forma é que a JP pode ajudar a fazê-lo?
Julgo que há que perceber que o empreendedorismo é uma forma de promover o autoemprego
e a inovação mas que não é solução para todos os males do desemprego. Fazer a diferença
num mercado global é cada vez mais difícil e está reservado a poucos. Ainda assim creio que é
muito útil que a JP possa agir a dois níveis: promover encontros com quem já teve sucesso
para partilhar as suas experiências e dificuldades e, por outro lado, agir junto das instituições
de ensino (superior mas não só) para que os estudantes possam ter contacto com a realidade
empresarial e ainda terem formação em como se cria um negócio.
JP: 4- Em que medida é que a Juventude Popular pode ajudar o CDS-PP nas próximas
eleições autárquicas, tendo em conta que já foi Presidente da JP e que já acompanhou
vários processos eleitorais no Porto?
A JP tem, em todas as eleições, um papel importante a dois níveis: o mais visível que a mobili-
zação de campanha e o mais invisível (pelo menos mediaticamente) no contributo das propos-
tas de campanha. Ambos os contributos são fundamentais.
As campanhas vivem da vivacidade dos contactos de rua, das visitas institucionais, etc. Quem
faz a sua primeira campanha nunca mais a esquece pelas emoções fortes que se vivem apesar
do cansaço e do esforço que se dão todos os dias.
Ainda mais importante é o facto de a JP participar na produção dos programas eleitorais. É
fundamental que haja uma visão dos mais novos (que por exemplo sofrem sobre proporcional-
mente com a falta de habitação para arrendar) nas propostas eleitorais.
Por fim destaco de forma autónoma o mais nobre papel da JP nas autárquicas: haverá milhares
7
de militantes em todo o país que ocuparão lugares nas listas e que serão eleitos para represen-
tar as populações nos órgãos das freguesias e cidades. O meu primeiro mandato foi em 2005
na Assembleia de Freguesia de Campanhã e recordo esse tempo como o que em que mais
aprendi sobre políticas de proximidade.
JP: 5- Qual é a sua opinião ao facto de o CDS-PP Porto ter dito que não iria apoiar o
Luís Filipe Menezes? Apesar desta notícia acha benéfico para o partido e para o país
existirem coligações nas maiores câmaras do país?
A decisão da Concelhia do CDS-PP do Porto tem o meu total apoio. Foi importante dar um
sinal aos portuenses que uma coligação tem de ser feita com o acordo dos dois parceiros e não
em que um anda a reboque do outro. Nesse sentido acho que toda e qualquer coligação deve
ser formada quando o interesse dos dois partidos convirja num projeto comum. Está à vista
que no Porto isso não aconteceria com Luís Filipe Menezes, mas ainda pode acontecer com o
PSD. Noutras câmaras deve haver o cuidado dos partidos falarem entre si antes de tomarem
decisões internamente que impeçam esse entendimento.
JP: 6- Considera o percurso na JP, uma experiência benéfica para uma vida política
mais tarde?
Completa e absolutamente. Foi por militar na JP que fui eleito deputado de freguesia e mais
tarde deputado da nação. Aprendi na JP a trabalhar com algumas das pessoas mais capazes da
política que conheço, como o João Almeida ou o Pedro Moutinho com quem aprendi e apren-
do ainda.
JP: 7- Qual foi a sensação da primeira vez que fez uma intervenção como deputado do
CDS-PP?
Foi horrível. A sério. Se consegui ser coerente e terminar a intervenção sem perder os sentidos
foi mero acaso. Nada nos prepara para falar, ainda para mais de improviso como foi o meu
caso, no parlamento. Aliás, recordo idêntica intervenção em que os nervos também quase leva-
vam a melhor: a primeira vez que falei num Conselho Nacional da JP. Podemos ter muita
experiência (eu fiz teatro a vida toda, p.ex.), que há momentos que nos marcam sempre.
JP: 8- Tendo em conta que foi Presidente da Juventude Popular, que conselhos gostaria
de deixar aos jovens portugueses?
Os jovens devem manter uma atitude de irreverência como aliás a JP defendeu numa campa-
nha de cartazes quando o Pedro Moutinho era secretário-geral do João Almeida. Ser jovem é
questionar, contestar e pensar fora da caixa. No momento que o país atravessa é mais impor-
tante que nunca por em causa vacas sagradas, a começar pela Constituição da República Portu-
guesa. O atraso sistemático e estrutural do nosso país não vem por acaso e tem a sua origem
num período revolucionário que teve o seu pináculo numa constituição socialista e que nos
amarra a um estatismo retrógrado. E as novas gerações de hoje herdam esse projeto socialista
falhado e passarão os próximos anos a pagar desvarios do passado sem que o seu futuro tenha
perspetivas muito positivas.
8
NACIONAL
Bernardo Serrão Brochado
Vice-Presidente da Democracia cristã
Sentido de Estado
se unir e organizar fazendo face à crise de
forma eficaz; povos onde, em tempos difí-
ceis, se vê um aumento da solidariedade e
entreajuda em geral e, do lado oposto, os
povos em que esta situação apenas faz
É de facto a noção que mais falta tem feito,
quanto a mim, no quadro político e social
nestes últimos tempos.
Atravessamos tempos que requerem ao
comum cidadão uma paciência estoica é cer-
to, e estou convicto que não há, neste país,
quem não o reconheça. A verdade é que a
história nos tem mostrado que normalmente,
a crises profundas, costumam-se suceder
mudanças importantíssimas seja a nível
estrutural, social ou mesmo cultural.
Por outro lado, fenómenos destes são tam-
bém grandes testes para uma nação no senti-
do em que permitem avaliar de forma clara
quais os povos que têm a capacidade de
9
aumentar a entropia de forma drástica.
Quanto ao teste à nossa união, quer-me pare-
cer que tem vindo a ser superado com bas-
tante distinção, basta olhar para os movimen-
tos cívicos e organizações (como o Banco
Alimentar contra a fome) que, embora regis-
tem um aumento da procura, registam um
crescimento generalizado dos apoios que,
para uma altura de crise, é mais que notório.
De referir também o ambiente pacífico que,
de uma forma geral, tem caracterizado a
grande maioria das manifestações populares
– eventos naturais em democracia, que têm a
sua importância relativa, mas que muitas
vezes são exploradas para fins políticos que
não estão na sua síntese.
Não quero com isto estar a dourar a pílula: a
coesão social não dura sempre, os esforços
têm limites, as pessoas desesperam. Estou
ciente disso e sinto-o, tal como os restantes
portugueses. Por outras palavras, a nossa rea-
ção patriótica não invalida que a situação
seja de uma delicadeza cirúrgica. É aprovei-
tando o termo “delicadeza” que introduzo o
tema que me motiva a grafar estas linhas: O
(tão badalado) Orçamento de Estado.
Sim, estou consciente de todas as trivialida-
des que em torno deste tema têm girado.
Tenho consciência também do quão desgas-
tado está. Mas seria criminoso que um jornal
que, como o Centrista, procura focar os
assuntos que – de facto – tocam as pessoas
não abordasse aquele que é o “tema quente”
do momento. Não quero com isto dizer que o
leitor poderá esperar um artigo técnico e
maçudo sobre o OE: antes pelo contrário,
não me atreveria a traçar uma opinião alicer-
çada nos pormenores técnicos de um docu-
mento que diz respeito a matéria económica,
que nem sequer é a minha área de especiali-
dade. É com relativa frequência que se obser-
vam personalidades deste país a cometerem
erros dos mais grosseiros nas suas análises,
precisamente por caírem no erro de analisar
aquilo que não estão habilitados a analisar.
Deixemo-nos de rodeios e olhemos para o
que realmente interessa. A discussão à volta
deste documento, que sublinho é uma pro-
posta, começa a roçar o ridículo: Por um lado
temos uma amena cavaqueira à volta de qual
a metáfora mais divertida para caracterizar o
aumento da carga fiscal implícita no docu-
mento, “bomba atómica fiscal” lança a ban-
cada cor-de-rosa, “assalto à mão armada”
sugere Marques Mendes; por outro temos a
inércia e o tacticismo político a que já esta-
mos tão habituados que, a dada altura nem
notamos. O PS, que deveria estar interessado
em se mostrar redimido dos erros do passado
procurando assumir-se como alternativa, pre-
fere manter o jogo fácil da crítica destrutiva,
o discurso demagógico e alheio à realidade e,
mais chocante que tudo isto, uma nulidade
de propostas que só pode ser encarada como
imaturidade/incoerência de um partido que
aclama a viva voz que há outro caminho e
que se mostra cheio de convicções ao assu-
mir publicamente que votará contra a propos-
ta de OE (fica no ar a questão, bem colocada
em sede própria, sobre se este partido votaria
da mesma forma caso do seu voto dependes-
se a aprovação deste documento).
Sobre as posições da ala não democrática do
parlamento julgo não haver necessidade de
qualquer espécie de comentários, já que, quer
estejamos numa situação financeira fantásti-
ca, quer se atravessem tempos conturbados,
o discurso é sempre o mesmo, os argumentos
são sempre os mesmos e, mais uma vez, as
propostas (quando existem) primam pela sua
utópica natureza.
Visto o impacto social e analisadas as opções
partidárias relativas ao assunto visado, resta-
nos debruçar-nos sobre as forças coligadas
PSD/CDS.
É público o desagrado do CDS quanto a
matéria de aumentos de carga fiscal; é públi-
co também o desagrado face às injustiças que
eventualmente serão cometidas após a apro-
vação do OE; mas é do domínio público tam-
bém o facto de que este partido tentará modi-
ficar o que lhe for possível na altura própria
para o efeito, que será a sua discussão em
plenário na AR que terá início dia 30 do pre-
sente mês (Outubro).
Se tudo isto é público, julgo que é pertinente
também relembrar que:
1. Estando, ou não, em coligação, o peso
político que os últimos sufrágios deram ao
CDS foram inferiores a 12%, pelo que, por
um lado não se pode responsabilizar este par-
tido pelas políticas do Governo e por outro
há que ter consciência que o CDS sozinho
não pode travar todas as posições do Execu-
tivo. Importa referir, porém, que este facto
não desresponsabiliza o CDS face às políti-
cas que têm sido levadas a cabo nos últimos
tempos, nem significa que o CDS não esteja
de acordo com a estratégia orçamental base
do governo.
2. Já foi afirmado pelo Ministério das Finan-
ças e reafirmado pelos próprios elementos da
Troika que não há muita margem de manobra
relativamente ao que está expresso no relató-
rio da proposta de OE. O governo, como
representante que é do nosso Estado e que
10
11
rendo honrar os compromissos que assumiu
com as entidades internacionais, está limita-
do na sua ação.
3. Mais importante que tomar medidas agra-
dáveis para os eleitores, contribuintes e cida-
dãos é saber ter a frieza e capacidade de
abnegação necessárias para colocar acima de
todos os seus interesses o superior interesse
nacional. E no que a isto diz respeito, não é
preciso ser nem técnico nem especialista para
se ter noção das consequências absolutamen-
te catastróficas que uma eventual queda do
governo, motivada, quiçá, pelo rompimento
da coligação por parte do CDS.
Em resumo, há motivos mais que suficientes
para que se comece a discutir alternativas
coerentes e exequíveis às matérias que mais
desagradam cada sector da sociedade em vez
desta procura doentia e diária por roturas e
desentendimentos da coligação governamen-
tal. É hora de se elevar o nível do debate
político em Portugal. É hora de valorizar
mais os consensos do que as divergências
que existem, naturalmente em democracia.
No fundo, não se pede mais que Sentido de
Estado a cada um de nós: Comuns cidadãos,
dirigentes políticos, dirigentes sindicais,
pobres ou ricos. Todos.
Alexandra Benitez
Presidente da Mesa do Plenário
Concelhio da JP Lisboa [email protected]
Eleições nos Açores
Os Açores são um arquipélago que, embora
situado precisamente sobre a Dorsal Média
Atlântica, devido à sua proximidade com o
continente europeu e á sua integração políti-
ca na República Portuguesa e na União Euro-
peia é englobado na Europa.
As medidas de austeridade impostas pela
Capital foram um dos temas desta Campanha
eleitoral.
Paulo Portas foi até á ilha Terceira , para um
jantar- comício do CDS- PP, onde falou de
política nacional , no entanto, estas demarca-
INTERNACIONAL
ções das políticas nacionais, não atraíram
mais votos ao CDS, decidindo assim renovar
o mandato com o PS, apesar do Candidato já
não ser o mesmo, Carlos César, que venceu
por quatro vezes as eleições regionais.
Dia 14 de Outubro do presente ano, com
todos os 57 mandatos atribuídos, o PS
renovou a maioria absoluta nas eleições
regionais açorianas, conseguindo 31 deputa-
dos, mais um do que há quatro anos.
Artur Lima responsabilizou a bipolarização
pela redução do número de votos em relação
a 2008, que levou mesmo os centristas a bai-
xarem de cinco para três eleitos.
12
Hugo Dantas
Vogal dos Assuntos Económicos
O Prémio Nobel da Paz do ano de 2012 foi
atribuído à União Europeia. Antes de con-
cluir precipitadamente da decisão do Comité
Nobel Norueguês alguma censura ou louvor,
saibamos apreciar a fundamentação oferecida
para a mesma no comunicado à imprensa do
passado dia 12 de Outubro, que anunciou a
deliberação.
Diz o Comité Norueguês que a União Euro-
peia «por mais de seis décadas contribuiu
para a consolidação da paz e reconciliação,
democracia e direitos humanos na Europa».
O documento prossegue, lembrando que,
desde 1945, o Comité premiou várias perso-
nalidades que moveram esforços para recon-
ciliar as nações francesa e alemã que, até
aquela data, e num período de apenas 70
A Paz de Roma
anos, se debateram em três conflitos arma-
dos. «Hoje», clama o Comité, «a guerra entre
a Alemanha e a França é impensável». O
longo período de paz franco-germânico – que
dura até hoje - é creditado à experiência his-
tórica da União Europeia.
Continuando a fundamentação, o Comité
13
lembra o papel desempenhado pela União
Europeia no estabelecimento da democracia
da Europa: por um lado, pela integração da
Grécia, Espanha e Portugal na então CEE,
países acabados de emergir de longos perío-
dos de ditadura, e, por outro lado, pelo con-
tributo da União para sanar a divisão da
Europa de Oeste e de Leste, após a queda do
Muro em Berlim.
Por fim, evocando a admissão da Croácia à
União e a abertura das negociações de ade-
são com o Montenegro e a Sérvia, o Comité
encontra nesses atos a manifestação de um
novo papel da União na Europa – curar as
feridas das lutas étnicas nos Balcãs. Não fica
por lembrar o caso turco: a perspetiva da
adesão tem incrementado os esforços das
autoridades nacionais para garantir o respeito
pelos direitos humanos no país.
Um breve comentário me merecem estas
considerações. Quem conhece a história da
União Europeia não desconhece que o objeti-
vo de raiz do projeto europeu foi garantir a
paz duradoura na Europa. Para isso se fun-
dou a Comunidade Europeia do Carvão e do
Aço, em 1951, que punha em comum, entre a
França e a Alemanha, a produção e comércio
das duas matérias que alimentaram a indús-
tria da guerra na Europa. Dentro do espaço
das Comunidades, desde então, não se vive-
ram mais conflitos fratricidas.
O grande atrativo económico que a potência
europeia, erigida em Comunidade, desde
sempre representou, teve como consequência
nos países aderentes, a sujeição às exigências
de funcionamento democrático das institui-
ções políticas e de respeito pelos direitos
humanos, que os tratados institutivos desde
sempre previram. Aliás, desde o ano de
2000, com a proclamação da Carta de Direi-
tos Fundamentais da União Europeia, que a
comunidade de Direito europeia viu sedi-
mentado o compromisso com a garantia do
princípio da dignidade humana – a que, a
adoção da Convenção Europeia de Direitos
do Homem, após o Tratado de Lisboa, veio
trazer um novo reforço.
O Comité Nobel, como que antecipando a
objeção que mais se levantou à atribuição
deste prémio, escreve – e cito-o em estran-
geiro, para melhor compreensão:
The EU is currently undergoing grave eco-
nomic difficulties and considerable social
unrest. The Norwegian Nobel Committee
wishes to focus on what it sees as the EU's
most important result: the successful strug-
gle for peace and reconciliation and for
democracy and human rights. The stabilizing
14
part played by the EU has helped to trans-
form most of Europe from a continent of war
to a continent of peace.
O grave período histórico que a União atra-
vessa não deve obnubilar o património
importantíssimo que já nos legou – deve
antes lembrar-nos do perigo de o ver destro-
çado. O facto de o Prémio vir a ser deposita-
do nas mãos dos atuais dirigentes da União
deve recordar o princípio jurídico que traça a
distinção entre os cargos e os seus titulares
em um dado momento – e recordar-nos o
perigo de esquecer que a União Europeia é
mais do que a soma dos seus representantes.
E, se estes argumentos não fossem suficien-
tes, reservaria ao leitor o argumento a fortio-
ri indestrutível. Barack Obama foi Prémio
Nobel da Paz em 2009. Aaron David Miller,
analista político americano, em entrevista
concedida a uma correspondente americana
do jornal Público em Washington, expressa-
se assim sobre a política externa da Adminis-
tração Obama: «Ele [Obama] intensificou a
presença militar no Afeganistão, manteve
Guantánamo aberto, autorizou uma campa-
nha de drones que deixa George W. Bush
para trás em relação ao número de terroristas
suspeitos que matámos». Especulou-se, em
2009, que aquele Prémio Nobel pretendia
salvaguardar um futuro de quatro – ou,
dependendo de alguma infelicidade, oito –
anos comprometido, na política externa, com
a Paz entre as nações. Não o conseguiu. O
Prémio Nobel da Paz de 2012 pretende sal-
vaguardar um passado, e um presente, de
sessenta anos de Paz na Europa – creio que
terá mais sucesso.
15
A 17 e 18 deste mês teve lugar o Congresso
do PPE em Bucareste na Roménia. Entre
outras declarações, falou o Secretário Geral
do partido UMP (França) que lembrou que a
União Europeia só será forte se cada um dos
Estados que a compõe é capaz de conduzir as
reformas estruturais indispensáveis para um
regresso à competitividade. O secretário
geral daquele partido lançou também um
apelo à preservação da relação de força mui-
to favorável à família PPE e alertou para
esquerda cujo único remédio para a crise é a
reabilitação da despesa pública e o seu coro-
lário, a subida de impostos.
Foi reeleito Vice-presidente do PPE, o Sr.
Michel Barnier, Comissário encarregado do
“Mercado interno e serviços”.
Esta cimeira contou também com a presença
de Portugal na pessoa do Primeiro-ministro
Pedro Passos Coelho.
Desenrolaram-se igualmente nos mesmos
dias Jornadas de Estudo subordinadas ao
tema: a resposta é mais Europa.
A meu ver, as seguintes declarações do dele-
gado francês estão em perfeita sintonia com
a posição que o CDS vem defendendo, isto é,
que a competitividade só pode ter lugar se
abandonar a ideia do investimento público a
todo o custo. É necessário referir que este
representa uma falácia, já que não é gerador
de desenvolvimento perene de um emprego
sustentado e que no final, conduz a um dese-
quilíbrio orçamental com uma despesa públi-
ca que não cessa de aumentar e com a con-
trapartida de tentar por fim a esse aumento
vertiginoso com cada vez mais impostos.
E se a resposta à crise é MAIS EUROPA,
então que seja um ponto de partida para uma
base sã das economias dos países que a com-
põem.
Diana Vale
Vogal da Formação Política
Diretora do Jornal Centrista [email protected]
Congresso do PPE
em Bucareste
16
Francisco Rodrigues dos Santos
Presidente da JP Lisboa [email protected]
Fundação do
Centrista
A assunção de funções governativas despole-
ta nos titulares dos órgãos de decisão deveres
e obrigações institucionais para com os seus
representados, conformados por um regime
de serviço público gratuito e de melhoria do
circunstancialismo atinente à prossecução
das suas atividades.
Nos órgãos Concelhios da Juventude Popular
(JP), assistimos, bastas vezes, à inércia de
quem tem a função de dirigir esses trabalhos
e é, creio bem, através do cumprimento de
uma agenda interativa com a própria socieda-
de, que convirja o papel ativo dos militantes
e simpatizantes desta Estrutura política com
a de tantos outros jovens independentes, que
se conseguirá despertar consciências e dire-
cionar, num esforço de futuro, as mentalida-
des para as soluções dos problemas dos nos-
sos tempos.
O Jornal Centrista nasce, precisamente,
embebido desse espírito congregador: de for-
talecer a reforçar a comunicação interna e
externa da Concelhia de Lisboa, projetando
REALIZAÇÕES JP LISBOA
o poder opinativo dos vários participantes na
sua elaboração. O nome escolhido para o
pasquim revela um regresso às origens e,
numa última aceção, à matriz fundadora da
JP e do CDS – o centrismo assente no huma-
nismo personalista, atento ao valor do pro-
gresso como condição necessária para a
implementação da responsabilidade e da éti-
ca social; amante da Liberdade do Homem
como forma de expressão da participação ati-
va na causa pública, da criatividade, da ini-
ciativa e da descentralização do aparelho do
Estado.
A estrutura base do Centrista é composta
17
por uma dicotomia entre a coluna dedicada
aos destaques no plano nacional e outra res-
peitante à conjuntura internacional. Cada edi-
ção contará, também, com uma entrevista a
uma personalidade bem conhecida dos leito-
res e com um artigo de opinião escrito por
uma figura de referência da nossa sociedade.
Os militantes e simpatizantes da JP têm, nes-
te Jornal, uma oportunidade única de verem
publicados os seus artigos de opinião, uma
vez que a Concelhia de Lisboa augura
fomentar a sua participação cívica e, por con-
seguinte, atribuir visibilidade ao pensamento
livre e espontâneo dessa massa crítica, atra-
vés de uma rubrica intitulada “Escreve o
Militante”. Para o efeito, basta enviar os
escritos para o endereço eletrónico da Direto-
ra do Centrista, a Vogal da Formação Políti-
ca, Diana Vale ([email protected]).
Contará, ainda, nas suas páginas, com um
cartoon humorístico-satírico, preconizado
por um Betinho (irreverente e calão) e pelo
Busto do Patrono da nossa Juventude, Adeli-
no Amaro da Costa (ex libris da credibilidade
e da sapiência).
Na última página do Jornal constará a agenda
da Concelhia para o mês subsequente, por
forma a informar, com a devida antecedên-
cia, o público-alvo das atividades a levar a
cabo, convidando, por esta via, todos os lei-
tores a juntarem-se a nós na sua realização. A
periodicidade do Centrista será mensal e
sairá no último fim-de-semana de cada mês.
Excecionalmente, a edição de Setembro foi
lançada no dia 1 de Outubro, segunda-feira,
uma vez que a Concelhia de Lisboa decidiu
realizar uma apresentação pública do Jornal,
onde foram explicados os conteúdos subja-
centes, a sua envolvência e os fins a atingir.
Este evento contou com a participação de
cerca de 40 militantes e simpatizantes da
Juventude Popular e do CDS.
O Centrista será tão grande quanto maior
for a contribuição de Todos e de cada um.
Junta a tua voz à nossa voz!
18
Hélder Santos Correia Vice –Presidente da Intervenção Política
Reunião com
Associações de
Estudantes de
Lisboa
Cientes das necessidades que o Ensino
Superior enfrenta nos dias de hoje, atentos às
dificuldades financeiras com que se deparam
os jovens e as suas famílias, a Concelhia de
Lisboa da Juventude Popular decidiu ouvir
os representantes dos Jovens Universitários
do Concelho de Lisboa. A reunião teve lugar
na Faculdade de Direito de Lisboa no dia 3
de Outubro.
O intuito desta reunião foi ter contacto direto
com os representantes das Associações de
Ensino Superior do Concelho de modo a ter
perceção real dos obstáculos que, hoje, todos
os estudantes estão a sentir. Em representa-
ção da Juventude Popular esteve Hélder San-
tos Correia, Vice-Presidente da Juventude
Popular e Raquel Frazão Vaz, vogal do Gabi-
nete de Educação.
O debate que se travou manteve-se acesso. O
que mostrou que o objetivo foi cumprido. Á
mesa estiveram presentes André Machado,
presidente da Associação Académica da
Faculdade de Direito de Lisboa, Duarte
Gouveia, presidente da Associação de Estu-
dantes da Faculdade de Economia da Univer-
sidade Nova, João Marecos, presidente da
Associação Académica da Universidade de
Lisboa, José Pereira, Tesoureiro da AAUL,
Vasco Embaixador, Presidente da Associação
de Estudantes da Faculdade de Arquitetura e
Frederico Bradfort da Câmara.
Debateram-se assuntos de vária ordem:
Desde logo, o processo de Fusão da Univer-
sidade de Lisboa com a Universidade Técni-
ca de Lisboa, e todas as suas potencialidades.
É um assunto que a JP Lisboa se propõe a
acompanhar de perto, evidentes que são as
vantagens e desvantagens de tal decisão para
os jovens. Dentro de alguns dias, espera-se a
publicação do Decreto-Lei de fusão da
19
Universidade de Lisboa e da Universidade
Técnica de Lisboa, nos termos do Protocolo
assinado com o Governo no dia 2 de Agosto
deste ano. Imensas potencialidades virão
para todos e Lisboa ficará, de novo, na senda
de grandes pólos universitários europeus.
Potenciam-se aqui economias de escala evi-
dentes.
O difícil acesso às profissões jurídicas foi
também uma preocupação abordada. Cientes
que estamos de que só às Universidades cabe
a função científica e pedagógica da Ciência
do Direito e de que o acesso às profissões
liberais não pode nem deve ser restringindo,
nem dificultado. É este o Direito da União
Europeia e que deve ser respeitado, também
aqui.
Deparámo-nos com diferentes realidades
sociais nas Universidades da Capital e dife-
rentes perspetivas dos seus dirigentes, o que
tornou o diálogo ainda mais estimulante.
Debateu-se muito a questão de apoios sociais
do Estado aos estudantes de ensino superior.
Embora possa parecer um lugar-comum, par-
timos com a certeza de que em período de
crise como a que vivemos, a fiscalização
séria, imparcial e justa das candidaturas a
apoios sociais se impõe. Se a nossa cultura
ainda, galvaniza algum aproveitamento ilíci-
to da máquina burocrática da coisa pública,
nas relações dos particulares com o Estado, a
nossa Geração deve marcar já a diferença. E
enquanto assim não for, alertamos os órgãos
de decisão que, neste concreto, a regulação
legal deve ser chamada à colação no sentido
de se reverem os atuais tramites. Estes conti-
nuam sem dar resposta.
Não esquecemos, por outro lado, a má-fé do
Estado. Exemplo disso são a entrada em
vigor do novo Regulamento de Atribuição de
Bolsas, que incompreensivelmente estabele-
ce injustiças de entre os estudantes com mais
dificuldades, a questão de uma nova norma
que dita que as dividas do agregado familiar
influenciam a atribuição da bolsa de estudo
do jovem, isto é: caso o agregado familiar
tenha dividas ao Fisco, fica automaticamente
impossibilitado de receber Apoio. Para além
disso, continua sem existir uma política
demográfica ativa de apoio às famílias mais
numerosas, que continuam prejudicadas na
fórmula de cálculo da bolsa.
Mais preocupante, e que merece cuidada
análise profunda (quando for público o Orça-
mento do Estado), é a circunstância da Orça-
mentação dos apoios sociais, fazer agora par-
te da rubrica das Universidades. Anterior-
mente, a Direção Geral do Ensino Superior
dispunha de uma rubrica própria para os
apoios sociais, que em nada dependia das
instituições. Fomos alertados para esta pro-
blemática e comprometemo-nos a analisá-la
com o maior dos cuidados, visto que esta
decisão pode, no limite, resultar numa dimi-
nuição das garantias dos Estudantes.
Do nosso ponto de vista, este tipo de apoios
não pode ser visto como mais uma contribui-
ção social do Estado, como tantas outras. É
diferente, visa dar resposta a circunstancialis-
mos muito peculiares, tem contornos muito
precisos. Devem ser vistos como Investimen-
to no País. A formação superior é antes de
tudo, um investimento em Portugal e no nos-
so Futuro. Portugal não se pode dar ao luxo
de eliminar deste futuro jovens muitíssimo
capazes, inteligentes e com vontade de traba-
lhar, por razões socioeconómicas. Como tal,
para além de um problema para o próprio
Estudante, é sem dúvida um dos problemas
mais basilares de uma Nação.
De notar que, a importância do que foi
desenvolvido por este grupo de jovens é cru-
cial. A cidade de Lisboa tem aproximada-
mente 140.000 estudantes, todos eles com
voz própria. O propósito desta reunião foi o
de ouvir. Lamentamos que a adesão a esta
iniciativa não tenha sido total mas é certo
que todas as Associações foram devidamente
contactadas. Num momento em que se pro-
cura tantas vezes sair à Rua com palavras de
ordem e em manifestação, num momento em
que, nós, jovens ansiamos por soluções,
esperávamos que todos os dirigentes associa-
tivos se unissem e procurassem em todos os
fóruns em que estas temáticas se discutem,
ter voz e fazer ouvir a sua opinião.
A JP Lisboa agradece mais uma vez à
AAFDL pelo esforço encetado na preparação
do lugar da nossa reunião e todos aquelas
instituições presentes pela oportunidade úni-
ca que nos proporcionaram de debater os
problemas dos jovens, para que todos pos-
sam beneficiar do elevador social, numa
sociedade que se quer meritocrática.
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21
Francisco Rodrigues dos Santos
Presidente da JP Lisboa [email protected]
Plenário Concelhio
CDS-PP
O Presidente da Concelhia de Lisboa da
Juventude Popular (JP) esteve presente no
Plenário Concelhio do CDS, que se realizou
na passada quinta-feira, na sede nacional do
Partido.
Durante a discussão dos trabalhos, Francisco
Rodrigues dos Santos tomou a palavra, dan-
do voz à linha de pensamento seguida pelos
Jovens Centristas do Concelho.
Na sua intervenção, estabeleceu uma dicoto-
mia entre o plano nacional e o plano local:
sublinhou as dificuldades sentidas pelo CDS
ao nível da implantação local - historicamen-
te justificadas pela resistência criada pela
extrema-esquerda ao nacimento do Partido,
num período em que a democracia dava os
primeiros passos em Portugal – o que o
impossibilitou de estabelecer raízes mais
profundas na polis, que permanecessem inti-
mamente ligadas às pessoas numa perspetiva
de continuidade e de futuro; notou, em con-
traponto, que essa realidade menos favorável
não impede o CDS de conseguir apoios mais
amplos e alargados para Governar Portugal,
o que indicia paradoxalmente que as pessoas
que confiam os destinos do País no CDS são
manifestamente mais do que aquelas que dão
o seu consentimento à sua gestão administra-
tiva em áreas territorialmente mais pequenas.
Nessa perspetiva, lançou o repto para que a
Estrutura fosse capaz de cativar, também,
essa massa populacional, aproveitando, des-
de logo, para descentralizar o plano de ativi-
dades da Concelhia, sair do Caldas e ir de
encontro aos grandes aglomerados de popu-
lação, executando uma agenda interativa com
a sociedade civil, atenta às dificuldades pre-
mentes que esta atravessa nestes tempos de
acentuada crise social.
O Presidente da Concelhia da JP aproveitou
para salientar que os portugueses estão can-
sados do debate ideológico e da teorização
dogmática feita à volta dos problemas – coi-
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sa que, hoje, pouco ou nada lhes interessa.
O que os portugueses esperam e exigem dos
seus representantes é que resolvam os dra-
mas instalados, deem resposta e apresentem
soluções para os flagelos que assombram o
seu quotidiano.
Afirmou, ainda, que a estrutura que lidera
incorpora um Gabinete Autárquico capaz
contribuir na plenitude para esse trabalho de
criação programática de medidas úteis à
cidade, onde se podem destacar as preocu-
pações da JP com o Desemprego, o Abando-
no Escolar, a Segurança, o Empreendedoris-
mo Jovem e o Vandalismo.
E foi precisamente nessa procura de uma
alternativa séria e credível, que resulte em
soluções concretas, que Francisco Rodrigues
dos Santos se comprometeu, em nome da JP
Lisboa, em trabalhar ao lado do CDS, aju-
dando Lisboa e o País a ultrapassar este
momento difícil.
23
Isabel Oom Mónica (Inha)
Vogal da Ação Social
Como Sorrir e
Fazer Sorrir Numa
Tarde de Chuva
Chegámos ao lar da Casa de Nossa Senhora
da Vitória, na Baixa, e subimos a escadas de
pedra, com azulejos portugueses que as
acompanhavam.
Era Sexta-Feira à tarde e a chuva trazia-nos
um ar desamparado e triste. E era esse mes-
mo ar que esperávamos encontrar nas expres-
sões das idosas que lá viviam.
Lá fora a chuva continuou, talvez porque este
grupo de voluntários roubou o Sol, para o
oferecer à dona Maria Luísa, à dona Guada-
lupe, à dona Teresa, à dona Natália...
Depois de trocarmos umas palavras com a
Dra. Isabel Braga, diretora do lar, fomos
encaminhados para a sala onde se encontra-
vam algumas senhoras, e bastou a nossa
entrada para pintar a sala de outro tom.
Toda a gente tem o dom de conversar. Toda a
gente tem o dom de sorrir. Toda a gente tem
o dom de estar. Toda a gente tem o dom de
fazer de uma tarde destas o sucesso que foi.
Num projeto de ação social, o sucesso não se
mede. Ele existe sempre, podendo, contudo,
ser mais ou menos óbvio. Mas isso não
assegura o sucesso da JP. Quem assegura tal
sucesso é o trabalho de quem organiza, o
esforço de quem divulga, e a generosidade de
quem dá de si a quem mais precisa.
Neste sentido, um obrigada a todos aqueles
que, direta ou indiretamente, fizeram deste
dia uma Graça para as senhoras do lar, e,
principalmente, para nós, que tanto recebe-
mos e crescemos, inconscientemente.
Não só foi importante tomarmos consciência
de situações da cidade onde atuamos, mas foi
também enriquecedor reconhecer novos
métodos políticos (inesgotáveis e gratuitos!):
aprende-se, ao participar neste tipo de proje-
tos, que a Humildade, a Entrega e a Disponi-
bilidade de espírito - adquiridas em momen-
tos como este -, ao contrário do que,
por vezes, parece, é que são instrumento de
um projeto Maior.
25
25
Frederico do Canto Brum
Gabinete Autárquico
Reunião com
Vereador do
CDS-PP
No dia 22 de Outubro, a Concelhia da JP
Lisboa reuniu-se com o Dr. António Carlos
Monteiro, vereador da Câmara de Lisboa e
Secretário geral do CDS Lisboa, com o obje-
tivo de apresentar a equipa e também debater
ideias.
Durante a reunião, depois de uma breve e
elucidativa introdução histórica ao edifício
dos gabinetes de vereação, foram debatidas
várias ideias a pôr em prática para tornar Lis-
boa uma cidade melhor.
Atenciosamente, o Dr. António Carlos Mon-
teiro sugeriu várias possibilidades de engra-
decer esta nossa cidade com as quais a con-
celhia concordou e assentiu, e vice-versa.
Falou-se também da enorme importância das
eleições autárquicas do ano de 2013, tendo
em conta a atual conjuntura tanto política
como económica do nosso país.
Importante também, o grande conselho dado
relativamente à necessidade da concelhia, ter
um papel mais ativo junto dos jovens através
de ações conjuntas, como festas, ações de
solidariedade etc..
Falou-se ainda da importância de fazer cres-
cer a JP Lisboa, porque se acreditamos que
para Portugal crescer precisamos de um CDS
26
Conselho Nacional
da JP
Bernardo Serrão Brochado
Vice-presidente da Democracia cristã
Reuniu-se no passado domingo dia 28 de
Outubro o Conselho Nacional da JP, em
Tomar, para, entre outros trabalhos, votar o
próximo secretário do Conselho de Fiscaliza-
ção e Disciplina e o Orçamento para o segun-
do semestre de 2012.
Da concelhia de Lisboa estiveram presentes a
Presidente de Mesa Alexandra Benitez, o
Presidente Francisco Rodrigues dos Santos, a
Secretária-Geral Mariana Brandão Rodri-
gues, os Vice-Presidentes Hélder Santos Cor-
reia, Bernardo Serrão Brochado e Francisco
Laplaine Guimarães e ainda os vogais Diana
Vale, Tiago Leitão e Francisco Camacho.
Devido à proximidade da Universidade JP, a
realizar este ano em Guimarães, houve bas-
tantes e criticadas ausências, o que não impe-
diu os trabalhos de se realizarem de forma
correta e participativa.
Foi feita ainda a análise da situação política
como da crise financeira.
O presidente da JP Lisboa interveio, também,
em representação da concelhia, num discurso
onde abordou quais os problemas que mais
preocupam o nosso concelho, quais as nossas
linhas de ação e, de uma forma mais abran-
gente, qual a nossa visão sobre o papel do
CDS e da JP no contexto da atualidade
nacional. Foi largamente aplaudido, num
sinal de admiração pelas posições tomadas.
Por fim, referir ainda a apresentação do novo
forte, a responsabilidade começa nos jovens
aderindo e promovendo não só o partido e a
juventude porque sim mas, porque acreditam
nos valores que guiam as atividades do parti-
do e da juventude.
Desta maneira a concelhia da JP Lisboa agra-
dece, a disponibilidade e simpatia do Dr.
António Carlos Monteiro em nos receber, e
pelos seus ótimos conselhos que nos deu.
27
site da JP que foi do agrado de todos os con-
selheiros nacionais presentes. Falou, ainda, o
Deputado e antigo Presidente da JP Eng.
Michael Seufert que nos transmitiu de forma
clara qual a posição do CDS e qual o seu
papel na conjuntura atual, tendo sido aborda-
da, como não poderia deixar de ser, a temáti-
ca tanto do Orçamento de Estado .
Francisco Rodrigues dos Santos
Presidente da JP Lisboa [email protected]
Intervenção em
Conselho Nacional
Decidi intervir neste Conselho Nacional, em
nome da Concelhia de Lisboa, quando os tra-
balhos incidiam sobre a análise da situação
política atual.
Fi-lo com a convicção de que faria todo o
sentido expor, naquela sede, a nossa perspeti-
va acerca dos acontecimentos recentes, o
nosso comentário à atuação da estrutura e,
mais objetivamente, a nosso entendimento
sobre o papel a assumir pela Juventude
Popular em tempos de convulsão social.
Quando tomei a palavra, antes de encetar a
discussão desses pontos, preferi saudar a
anterior Comissão Política Concelhia pelo
meritório segundo lugar alcançado na atri-
buição do Prémio Adelino Amaro da Costa,
que serve para distinguir a melhor Concelhia
do País, avaliada em função da relação quali-
dade/quantidade do trabalho desenvolvido.
De facto, esse reconhecimento orgulha-nos e,
em abono da verdade, revela que no passado
soubemos, em conjunto, colaborar com quem
tinha o poder executivo, num espírito de mis-
são assinalável e de obra feita. Nesse sentido,
lancei o repto para que, hoje, aqueles que
estão fora da esfera do poder formal – à
semelhança do que aconteceu connosco – se
juntem a nós na prossecução da nossa agenda
interativa com a sociedade; porque, como
referi, nunca somos de mais, somos a Juven-
tude Popular (JP), não somos a Lista A, nem
somos a Lista B.
Dita esta nota prévia, iniciei a abordagem à
grave crise económica e de valores que o
País enfrenta, alertando para o facto de não
podermos nem devermos aliar a todas as
intempéries uma crise de identidade, frisando
bem que o papel das Juventudes Partidárias
é, justamente esse: não permitir que isso
aconteça, devendo, antes, lutar pela exaltação
permanente dos princípios e valores que as
fundam e definem, provando que há sempre
uma alternativa possível – ou não fosse a
juventude o último reduto da salvaguarda
nacional; o amanhã que não se pode perder
hoje.
Nesse sentido, procurei demonstrar que é
estritamente necessário que exista debate
numa dupla vertente: internamente – onde é
saudável que falemos a várias vozes e se
apontem caminhos diferentes para o futuro;
externamente – onde se exige que falemos
em uníssono, preservando o património his-
tórico e intelectual legado pela entidade polí-
tica que representamos.
Daí que tenha julgado pertinente fazer um
pequeno reparo à Comissão Política Nacio-
nal pelo facto do último Conselho Nacional
ter decorrido há dez meses atrás. Com efeito,
se pretendemos instituir e fomentar o debate
interno, recai igualmente sobre nós a obriga-
ção de criar condições para que isso aconte-
ça. Tal como deixei bem patente, dez meses é
muito tempo e parece mais tempo ainda
quando o País atravessa as dificuldades que
são bem conhecidas e, em face das quais, se
28
29
espera que a Juventude Popular saiba tomar
uma posição corroborada por todos, com a
força e coesão necessária para vingar na
sociedade civil.
Posto isto, frisei que a afinidade ideológica e
doutrinária que nos une ao CDS-PP é condi-
ção necessária da nossa existência, pese
embora possamos discordar de algumas deci-
sões tomadas pelo Governo de Portugal. Ain-
da assim, essas divergências não podem con-
duzir a um comportamento passivo da nossa
parte, devendo, a contrario sensu, levar-nos
a fazer, na medida do possível, aquilo que o
Governo não é capaz de fazer. Para alcançar
esse desiderato, exige-se que trabalhemos
junto dos jovens e com os jovens portugue-
ses; que não tenhamos medo de dar a cara
pela nossas ideias; que auscultemos as suas
preocupações; e que, mais importante que o
diálogo e o acompanhamento dos vários por-
tugais em Portugal, apresentemos soluções
para as necessidades mais prementes dos
jovens! Felizmente, temos a capacidade de
ser o veículo que muita gente precisa para
fazer circular as suas preocupações até aos
grandes centros decisórios, já que militam
nas fileiras da JP e do CDS, Ministros, Depu-
tados e Autarcas. Cabe, então, ser esse
mediador útil e credível, que liga as pessoas
à resolução dos seus problemas.
Como tive oportunidade de o dizer no último
Plenário Concelhio do CDS, o debate ideoló-
gico per si, hoje em dia, vale pouco se não
houver a preocupação de repercutir esse
substrato teórico em medidas concretas, por-
que é destas que o País está órfão. E foi nes-
se sentido que enumerei as atividades recen-
tes levadas a cabo pela Concelhia de Lisboa,
como sinal do nosso forte investimento num
plano interativo com a sociedade: fundação
do Jornal Centrista, Reunião com as Associa-
ções de Estudantes de Lisboa, Jornadas Soli-
dárias que se iniciaram com a visita a um Lar
da Terceira idade, intervenção em vários
debates e espaços públicos, reunião com o
vereador do CDS na Câmara Municipal de
Lisboa, e colaboração com o Gabinete de
Estudos Gonçalo Begonha.
Terminei a minha intervenção afirmando que
as pessoas para terem opção de escolha têm,
efetivamente, que dispor de alternativas e se
a Juventude Popular quer ser uma delas tem,
logicamente, que a apresentar ao País. O Par-
tido tem crescido nas mesas do eleitorado
mais jovem e é a esse mesmo eleitorado que
a JP tem a responsabilidade social de dar a
mão, ajudando-o a superar a conjuntura
adversa que atravessa. Apelei aos presentes,
nas minhas últimas palavras, para que não se
coibissem desse papel tão útil e tão urgente,
tal como a JP Lisboa o tem feito, ao lado dos
jovens, ao lado CDS, ao lado do País.
ESCREVE O MILITANTE
É a Hora
É a Hora.
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
Fernando Pessoa
E é assim… Portugal retrocedeu no tempo
agora não só com uma crise económica como
também abraça uma enorme crise social e de
valores. O povo mergulhou num mar de
desespero de dúvida e incerteza deixando-se
ficar inertes e sofridos perante o cair de uma
nação… Perante a perda da própria identida-
de nacional e sobretudo assiste-se a perda da
esperança numa nação forte e vitoriosa.
Focando o momento atual do país fala-se,
acima de tudo, nas novas medidas de austeri-
dade, estas por sua vez assumem-se então
como ponto de viragem rígido e drástico na
vida dos portugueses. É verdade que os
30
31
reformados e a função pública perderam
mais do que 5.5 mil milhões de euros, é tam-
bém verdade que o executivo vai propor aos
parceiros sociais a diminuição de 10% no
limite mínimo do subsídio de desemprego de
419 para 337 euros e se este limite for apro-
vado vai obrigar a recalcular o valor das
prestações a partir da data da publicação da
lei. A nova razia nas prestações sociais é
também tema constante visto que o Governo
propõe corte transversal nas prestações
sociais. Dos desempregados aos idosos, nin-
guém escapa, cortes aplicam-se já nos atuais
beneficiários e os idosos, sem autonomia,
iriam então perder o apoio se tiverem uma
pensão acima de 600 euros. Sim, tudo isto
são medidas assustadores sem dúvida mas é
a hora de o estado e o povo darem as mãos…
é agora, mais do que tudo, necessário traba-
lhar em conjunto em prol da vitória do país
face a crise.
O povo apresenta-se como substrato humano
do estado, significa a sua razão de ser, aquilo
que o modela e constituem pede-se então aos
portugueses que não o esqueçam e que não
vivam de costas voltadas para quem os repre-
senta, mas sim que trabalhe com ele. Precisa-
mos de um estado forte e autoritário consigo
próprio que dê o exemplo, que faça cumprir
a lei e o direito. Por vezes assistimos a uma
falta de coercibilidade do próprio Estado
perante certas sentenças em que devia ter
sido irredutível em as fazer cumprir e aplicar.
Por ser de homens, a autoridade está tao pro-
pensa a infringir as normas jurídicas como a
liberdade humana individual.
Considero então ser necessário dar o exem-
plo, fazer cumprir os objetivos não esquecen-
do nunca as necessidades básicas da popula-
ção fazendo jus a sua dignidade originária e a
todos os direitos neste campo consagrados
pela nossa constituição como a nível interna-
cional.
Apela-se a um povo cada vez mais trabalha-
dor, cumpridor de horários e tarefas, lutador
e assertivo nos seus objetivos. É a hora de
caminhar, não para uma auto-sobrevivência,
mas sim para o destaque nacional e interna-
cional. Apostar e acreditar em medidas duras
mas fortes com o fim de fortalecer um povo,
unificar uma nação e sobretudo destacar uma
pátria gloriosa mas que há muito se encontra
perdida num nevoeiro de crise e conformis-
mo social.
“Nada é mais admirável do que o homem”
somos capazes das maiores proezas de com-
bater contra adversidades e sobretudo de nos
adaptarmos a vários ambientes. Somos impa-
res em áreas como a engenharia…tecnologia,
o Mayflower levou três meses a atravessar
para o Atlântico. Em 1924, o voo de Charles
Lindbergh levou 24 horas, o concorde de
hoje pode fazê-lo em três horas; mísseis
balísticos em 30 minutos.
É a hora…
Do pais se levantar do povo e o Estado se
unirem e de fazer valer o que temos de
melhor. Apostar numa agricultura valiosa…
num mar rico e numa posição geográfica
chave no mundo atual.
É a hora de fazer valer Portugal.
32
Verónica Santos
Militante da Juventude Popular
33
O Busto e o Betinho
32
Criação da Biblioteca Solidária JP Lisboa
Magusto da JP Lisboa
Debate entre Juventudes Partidárias do Con-
celho de Lisboa
Elaboração do Manual do Militante
Torneio de Futebol de Salão
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